Peças para o próximo leilão

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  • DOM PEDRO I  IMPERADOR DO BRASIL  OST  AUTOR DESCONHECIDO,  DEC. 1830. O IMPERADOR É REPRESENTADO CINGINDO A PLACA DA IMPERIAL ORDEM DO CRUZEIRO. RETRATO IDENTICO A ESTE E CERTAMENTE DO MESMO AUTOR,  PERTENCE AO ACERVO DO PALÁCIO DO ITAMARATY (VIDE EM: https://twitter.com/hitamaraty/status/1369352216553865216)). CHASSI EM PINHO DE RIGA TELA EM CANVAS, MOLDURA REMATADA EM OURO. DEC .1830. 57 X 48 CM (RETRATO COM MOLDURA).
  • MARQUESA DE SANTOS (1797-1867)   DOMITILA DE CASTRO CANTO E MELO  BACCARAT -  MAGNÍFICO CENTRO DE MESA/FLOREIRO EM CRISTAL DE BACCARAT COM LAPIDAÇÃO DITA CONFETE DOUBLE TRANSLÚCIDO COM PASTILHADOS EM AZUL. ESSA GRANDIOSA PEÇA, É ELEVADA SOBRE QUATRO PÉS. EXEMPLARES DESSE SERVIÇO ESTÃO REPRODUZIDOS NAS PÁGINAS 310 E 311 DO LIVRO O CRISTAL NO  IMPÉRIO DO BRASIL POR JORGE GETULIO VEIGA ET AL. FRANÇA, MEADOS DO SEC. XIX. 28 X 15 CM
  • MARQUESA DE SANTOS (1797-1867)   DOMITILA DE CASTRO CANTO E MELO. PESADOS GARFO E FACA EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA ÁUSTRIA, DEC. 1820. DECORAÇÃO ESTILO IMPÉRIO COM PLUMAS HERÁLDICAS. RESERVA COM CAPRICHADO MONOGRAMA MS SOB COROA DE MARQUÊS. INTEGROU O SERVIÇO DE TALHERES DA MARQUESA DE SANTOS ADQUIRIDO PARA  O PALACETE DE MATA PORCOS NO RIO DE JANEIRO. PARTE DESSE SERVIÇO INTEGRA O ACERVO DO MUSEU DA CASA BRASILEIRA (COLEÇÃO CRESPI PRADO). ÁUSTRIA DEC. 1820. 24,5 CM DE COMPRIMENTO. (FACA) NOTA: Nascida na cidade de São Paulo em 27 de dezembro de 1797, Domitila de Castro do Canto e Melo, Titília para os familiares e amigos, era a sétima e penúltima filha do casal João de Castro Canto e Melo, militar açoriano, e Escolástica Bonifácia de Toledo Ribas. Por pai, descendia da nobreza lusitana; pela mãe, das primeiras famílias paulistas. Alta, pele clara e expressivos olhos escuros, Titília casou-se em São Paulo, aos 15 anos, com o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça (1789-1833), de proeminente família mineira dona de lavras de ouro, e mudou-se para Vila Rica. O casamento durou de 1813 a 1819 e gerou três filhos: Francisca, Felício e João, falecido criança. O mineiro de boa família acabou se revelando, após o casamento, um homem violento. Bebia, perdia dinheiro com jogos de azar e maltratava a esposa. A família de Domitila aceitou-a de volta em São Paulo, para onde ela fugiu com os filhos em 1816. Felício conseguiu uma transferência, e os dois buscaram refazer o casamento. Mas as coisas continuaram não dando certo. Tentando vender as terras que o casal havia herdado com a morte da mãe, Felício falsificou a assinatura de Domitila no contrato e depois tentou assassiná-la. Em 6 de março de 1819, armou uma emboscada próximo à bica de Santa Luzia, em São Paulo, onde a esfaqueou. Tentando justificar o crime como legítima defesa da honra, Felício alegaria, sem apresentar provas, que a esposa lhe era infiel. O alferes foi preso e levado para o Rio de Janeiro, e Domitila levou mais de um mês para se restabelecer. A moral da época exigia que ela aguentasse firme ao lado desse homem, mas a tentativa de assassinato foi a gota dágua. Segundo a lei da época, era o suficiente para o divórcio, que só se realizaria cinco anos depois. Abrigada na casa paterna, Domitila ainda teria que lutar pela guarda dos filhos, que o pai de Felício queria que fossem enviados para Minas para serem educados. O então príncipe regente d. Pedro (1798-1834) chegou a São Paulo em agosto de 1822, acompanhado do irmão caçula de Domitila, o alferes Francisco de Castro (1799-1868), que lhe apresentou a família. O príncipe era casado desde 1817 com a arquiduquesa austríaca Leopoldina de Habsburgo (1797-1826). O relacionamento entre d. Pedro e Domitila teve início em 29 de agosto de 1822 e terminou definitivamente em 1829. Sete anos que podem ser acompanhados nas mais de 200 cartas trocadas entre eles e dispersas em arquivos públicos e particulares, nacionais e estrangeiros. Domitila e família mudaram-se para a corte em 1823, onde viveriam sob a proteção de D. Pedro, coroado imperador em dezembro do ano anterior. Em 4 de abril de 1825, após ser afrontada pelas damas de companhia da imperatriz, ela foi nomeada Dama Camarista, posto acima das demais damas do paço. No mesmo ano, em 12 de outubro, foi feita Viscondessa de Santos, e em 12 de outubro de 1826 recebeu o título de Marquesa de Santos, ambos acrescidos com as honras de grandeza. Do relacionamento com d. Pedro I, Domitila teve cinco filhos, sobrevivendo apenas duas meninas: Isabel Maria (1824-1898), reconhecida pelo imperador e feita Duquesa de Goiás, e Maria Isabel (1830-1896), condessa de Iguaçu por casamento. Com a morte da imperatriz d. Leopoldina, d. Pedro buscou uma nova esposa na Europa. Com a aproximação da chegada ao Rio de Janeiro da nova imperatriz brasileira, d. Amélia de Leuchtenberg (1812-1873), Domitila, grávida da última filha do imperador, foi banida pelo amante da corte no segundo semestre de 1829. A Domitila que voltou para a provinciana São Paulo em 1829 era bem diferente da que havia partido para Minas com o marido em 1813. Com bens que incluíam mais de quarenta escravos, tornou-se uma das pessoas mais abastadas da cidade, e isso significava independência. No início de 1833 envolveu-se com o então presidente da Província de São Paulo, Rafael Tobias de Aguiar, riquíssimo sorocabano. O relacionamento foi oficializado somente em 1842 em Sorocaba, durante a Revolução Liberal. Domitila só concordou com o casamento de papel passado quando o destino do companheiro, principal líder do movimento, tornou-se incerto. Diferente dos costumes da época, a Marquesa exigiu que o casamento fosse feito com separação de bens. Assim ela continuaria gerindo a sua própria fortuna, mantendo-se independente financeiramente. Ela partiu sozinha com os filhos de São Paulo para se juntar ao marido em Sorocaba, cruzando à noite o campo no meio da movimentação de dois exércitos. Com o término da revolta, e a consequente fuga de Tobias para o Rio Grande do Sul, Domitila refugiou-se com as crianças e a sogra em um convento de Sorocaba, onde logo assumiu a liderança. Cavou ela mesma uma vala no jardim do prédio para esconder os bens da família e do próprio convento. A sua presença impediu que as tropas governamentais que invadiram a cidade profanassem o local. Como deferência pela marquesa, o Barão de Caxias, futuro Duque (1803-1880), mandou que alguns oficiais a escoltassem para São Paulo, não sem antes escrever para a esposa dando notícias sobre Domitila: Estimei que a marquesa se vá conservando fresca. Na época, ela tinha 44 anos e já havia passado por 14 gestações. Domitila, ao saber que Tobias de Aguiar fora capturado e levado preso para o Rio de Janeiro, partiu para a corte e rogou, por meio de um procurador, para que o imperador d. Pedro II (1825-1891) a deixasse cuidar do companheiro doente. O requerimento foi deferido, e ela pôde morar com o marido na prisão. Meses depois, o imperador anistiou os envolvidos na revolução, e o casal voltou para casa. Ela e Tobias ficaram juntos por 24 anos, até a morte dele, em 1857. Tiveram seis filhos: Rafael, João, Antônio, Brasílico, Gertrudes e Heitor, os dois últimos falecidos na infância. Domitila, sempre lembrada por seu caso de amor com Pedro I, é esquecida quanto ao seu envolvimento nas questões nacionais. Na corte, doara, como brasileira, e brasileira paulista, grande quantia à Guerra da Cisplatina (1825-1828). Quarenta anos depois, durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), abrigou em sua fazenda a tropa que marchava para Mato Grosso, presenteando soldados e oficiais com dinheiro. Extremamente caridosa, foi uma das pessoas que ajudou a Santa Casa de Misericórdia a ter a sua primeira sede própria. Doou dinheiro para a construção da capela do Cemitério da Consolação e de uma casa para dispensário médico. Ninguém concorria em São Paulo com a Marquesa na comemoração do 7 de setembro e do 11 de agosto, dia da implantação dos cursos jurídicos no Brasil. Protetora dos estudantes de Direito, cuidava destes quando adoeciam e recebia-os para refeições e festas em seu palacete na antiga rua do Carmo, atual Roberto Simonsen. Em seus salões, declamou o estudante e poeta Álvares de Azevedo e tocou, entre outros, o pianista Emilio Correa do Lago. Sob os tetos do palacete do Carmo, e às vistas da respeitável matrona, centenas de casamentos entre moças paulistas e futuros bacharéis foram arranjados. Devido a uma enterocolite aguda, a Marquesa de Santos faleceu em seu solar às 16h30 do dia 3 de novembro de 1867, às vésperas de completar 70 anos. Rompendo os padrões de comportamento que se esperava de uma mulher de seu tempo, ao transgredir, chocou a sociedade. Ao mostrar sua força, fez-se respeitada. Seu enterro foi seguido pela elite cultural, econômica e política paulista, com a presença do presidente da província, Saldanha Marinho. O total dos bens inventariados da Marquesa chegou a 1.308:848$600 (um mil, trezentos e oito contos, oitocentos e quarenta e oito mil e seiscentos réis), que daria, atualmente, cerca de cento e vinte milhões de reais. Deixou em testamento dinheiro para a compra das alfaias litúrgicas da capela do cemitério municipal e esmolas para a pobreza envergonhada. Está sepultada no Cemitério da Consolação, onde acabou por se transformar em santa popular. Em seu túmulo, sempre bem cuidado devido a uma promessa feita a ela pelo sanfoneiro Mario Zan, podem ser vistas algumas placas de graças alcançadas.
  • MARQUESA DE SANTOS. DOMITILA DE CASTRO CANTO E MELO (SÃO PAULO, 1797 - 1867). RARO PRATO FUNDO DE LOUÇA INGLESA NA COR VERDE DELIMITADO POR FRISO AZUL COBALTO COM FILETES DOURADOS EM RELEVO. OSTENTA AO CENTRO DA CALDEIRA ROSETA EM AZUL COBALTO COM DETALHES EM DOURADO. EXEMPLAR DO SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO À PÁGINA 523 DO LIVRO "O BRASIL E A CERÂMICA ANTIGA", DE ELDINO DA FONSECA BRANCANTE. INGLATERRA, SÉCULO XVIII/XIX. 26 CM DIAMETRO. NOTA: Referência a esse serviço é apresentada no livro "A Marquesa de Santos" de Paulo Setubal: este serviço, apesar de não ser personalizado, aparece nitidamente descrito em documentos na época do casamento da jovem Domitila de Castro no alvorecer do século XIX. "Era um destramelar de armários, um remexer em empoeiradas arcas, um revirar canastras, um escancarar baús, um arrancar lá do fundo de tudo isso para expor ao sol, os preciosos guardados antigos, as coisas nobres e magníficas, as toalhas de crivo, as rendas de bilros, os panos bordados, a prataria do Reino, as peças de Porcelana. Sobretudo com muitos mimos era um esfregar aquelas pesadas louças de friso azul tão faladas na cidade".
  • RARA CARRUAGEM DO TIPO TILBURY AMERICANO. BANCO COM FORRAÇÃO EM CAPITONE. O ASSENTO CARACTERÍSTICO DESSA CARRUAGEM É  UM ENCOSTO ACOLCHOADO CURVO - MONTADO SOBRE UM PORTA-MALAS INCLINADO., TUDO EM UM ELABORADO SISTEMA DE SUSPENSÃO DE MOLAS DE LÂMINA CURVADAS ACIMA DO EIXO ÚNICO. O TILBURY TEM RODAS GRANDES PARA MOVER-SE RAPIDAMENTE EM ESTRADAS IRREGULARES. UM TILBURY É RÁPIDO, LEVE, ESPORTIVO. PERTENCEU AO CONDE EDUARDO PRATES E EM SUCESSÃO AO SEU FILHO CONDE GUILHERME PRATES. EM MUITO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO!  UM COCHE DESSE TIPO INTEGRA O ACERVO DO MUSEU DE CARROS DE CAVALO DE GERAZ DO LIMA EM PORTUGAL. INGLATERRA, SEC. XIX. NOTA: A carruagem tilbury (uma carruagem leve, aberta, de duas rodas com ou sem capota) recebeu o nome de seu fabricante, a empresa londrina Tilbury. Suas instalações de construção de carrocerias ficavam em Mount Street. A fabricação deste modelo iniciou-se em 1815 mas seguiu durante todo o sec. XIX. A Tilbury Firm também criou a carruagem Stanhope, em homenagem ao designer de carruagens Fitzroy Stanhope. Tanto o tilbury quanto o Stanhope eram variações do show. A popularidade desses veículos do tipo show deveu-se principalmente ao aumento do esporte de dirigir por homens jovens da moda (The Carriage Journal, Vol 28, 1890). Tilbury, descrito como um "jovem fabricante de rodas e construtor de carruagens", cuja oficina era originalmente na Edgeware Road, originalmente trabalhava com carruagens e também mantinha cavalos de charrete para aluguel diário. Depois de se juntarem a um dos fabricantes de coches mais respeitados da época, o honorável Fitzroy Stanhope, os dois lançaram primeiro o Stanhope e depois o Tibury, que desfrutou de uma popularidade entre os jovens. Com isso, o negócio de Tilbury decolou e ele se mudou para South Street, onde também conseguiu montar um estábulo para coches de aluguel e cavalos de montaria e charrete. A reputação de Tilbury continuou a crescer, de modo que ele acabaria se tornando um dos principais negociantes de caçadores do país e seu local de negócios acabaria se mudando para a mais elegante Mount Street.Tilbury também foi o inventor do Demi Mail Phaeton
  • GRANDE E EXUBERANTE POTICHE EM PORCELANA DECORADO COM VARIADAS E GRADAS FLORES REMATADAS EM OURO. MAGNÍFICA PEÇA!  CHINA, INICIO DO SEC. XX. 40 X 27 CM
  • REINADO QIANLONG - PAR DE MAGNÍFICAS BILHAS COM BACIAS EM PORCELANA CIA DAS INDIAS DECORADAS COM BRASÕES ARMORIAIS EUROPEUS. ARREMATES EM OURO E LINDAS GUIRLANDAS EM ROUGE DE FEUR. PEÇAS FORMIDÁVEIS! CHINA, SEC. XVIII. 28 CM DE ALTURA (BILHAS) E 27 CM DE DIAMETRO (BACIAS). POSSUEM ANTIGOS RESTAUROS PROFISSIONAIS.
  • CIA DAS INDIAS PADRÃO FOLHA DE TABACO VARIANTE FOLHA DE CHÁ  (REINADO QIANLONG 1736-1795)    EX COLEÇÃO CONDE GUILHERME PRATES - RARA SOPEIRA EM PORCELANA CIA DAS INDIAS PADRÃO FOLHA DE TABACO VARIANTE FOLHA DE CHA DECORADO COM ESMALTES DA FAMÍLIA ROSA FORMANDO FOLHAS DE CHÁ. FLORES, INSETOS, FRUTOS CORTADOS. CHINA, SEC. XVIII. 34 CM DE COMPRIMENTO (AUSÊNCIA DE TAMPA E PERDA DE UMA DAS PEGAS LATERAIS)
  • CIA DAS INDIAS CANTÃO - EX COLEÇÃO CONDE GUILHERME PRATES - BELA TRAVESSA OVAL EM PORCELANA UNDERGLAZE DO PERÍODO QIANLONG (1736-1795). BORDA COM BARRADOS EM AZUL. RESERVA COM CENAS LACUSTRES, COM BARCOS, PONTES E PAGODES. PERTENCEU A COLEÇÃO DO CONDE GUILHERME PRATES CHINA, SEC. XVIII. 27 CM DE COMPRIMENTO.
  • COMPANHIA DAS INDIAS  EX COLEÇÃO CONDE GUILHERME PRATES  GRANDE  TRAVESSA EM PORCELANA CHINESA DITA COMPANHIA DAS INDIAS REINADO QIANLONG (1735 -1796). DECORAÇÃO EM AZUL UNDERGLAZE COM PEÔNIAS, CERCAS E LUXURIANTES RAMAGENS REALÇADAS A OURO.  A BASE TEM A DESEJÁVEL FINALIZAÇÃO UNGLAZED (SEM COBERTURA DO ESMALTE) QUE MOSTRA A PASTA RUGOSA DA PORCELANA COM A COR NATURAL DA ARGILA (TÍPICA DA BOA PRODUÇÃO DO PERÍODO QIANLONG). PERTENCEU A COLEÇÃO DO CONDE GUILHERME PRATES. CHINA, MEADOS DO SEC. XVIII. 43 CM DE COMPRIMENTO
  • BARÃO DE ANTONINA  JOÃO DA SILVA MACHADO (1782-1875)  BARÃO COM GRANDEZA DE ANTONINA, GRANDE DO IMPÉRIO, FIDALGO CAVALEIRO DA CASA IMPERIAL, VEADOR HONORÁRIO DA IMPERATRIZ, GRANDE DIGNATÁRIO DA ORDEM DA ROSA, OFICIAL DA ORDEM DO CRUZEIRO. VITRAL EM VIDRO E ESMALTE PRODUZIDO POR CONRADO SORGENICHT REPRESENTANDO BRASÃO DE ARMAS DO BARÃO DE ANTONINA. EM CAMPO DE PRATA, UM LEÃO DE PÚRPURA ARMADO DE GÓLES, TENDO NA GARRA DESTRA UM CATECISMO E UM ROSÁRIO DE OURO E NA ESPADOA UM MACHADO DO MESMO MATERIAL, ACOMPANHADO A SINISTRA POR UM ÍNDIO AO NATURAL, VIRADO PARA ESQUERDA, DEPONDO AS ARMAS, QUE SÃO DE OURO. O BRASÃO É ENCIMADO POR CORONEL DE BARÃO COM HONRAS DE GRANDEZA. O BARÃO DE ANTONINA DESEMPENHOU RELEVANTE PAPEL NA LIGAÇÃO ENTRE SÃO PAULO E O RIO GRANDE DO SUL. DE UM SIMPLES TROPEIRO, SEGUNDO UM SEU BIÓGRAFO, TORNOU-SE ELEMENTO DE PROGRESSO EM SÃO PAULO, POR SEU PERSEVERANTE TRABALHO E VALOR, ALCANÇANDO UMA ILUSTRE POSIÇÃO. ERA TENENTE CORONEL DE MILÍCIAS EM 1829. CORONEL HONORÁRIO DO EXÉRCITO EM 1842, CJEFE DE LEGIÃO E COMMANDANTE SUPERIOR DA GUARDA NACIONAL, FOI DEPUTADO PROVINCIAL POR SÃO PAULO, SENADOR PELA PROVÍNCIA DO PARANÁ EM 1854, DIRETOR DA FÁBRICA DE FERRO DE IPANEMA (QUE ANOS APÓS A MORTE DO BARÃO SERIA VISITADA PELA PRINCESA ISABEL NA OCASIÃO EM QUE ESTEVE NA FAZENDA SANTA GERTRUDES). BRASIL, FINAL DO SEC. XIX. 39 CM DE ALTURA.
  • BACCARAT - DR. FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES  (1818-1900)  PAI DO CONDE DE PRATES. CASADO COM DONA INOCÊNCIA DA SILVA PRATES, SENDO ESTA FILHA DOS BARÕES DE ANTONINA. BACCARAT  LINDO DECANTER EM CRISTAL DE BACCARAT FINAMENTE LAPIDADO COM GUARNIÇÃO EM PRATA DE LEI. MARCAS DE CONTASTE CABEÇA DE MINERVA. CORPO LAPIDADO COM GARGALO SERRILHADO. NO BOJO MONOGRAMA FP ENTRELAÇADO, MARCA DE PERTENÇA DO DR. FIDÊNCIO PRATES, PAI DO CONDE DE PRATES. DUAS VEZES DEPUTADO PELA ASSEMBLÉIA GERAL NA LEGISLATURA DO IMPÉRIO. LENTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO. FRANÇA, MEADOS DO SEC. XIX. 31 CM DE ALTURANOTA: Fidêncio Nepomuceno Prates,  residia no bairro da Luz, em São Paulo. Era Bacharel em Letras, e em Ciências Físicas e Doutor em Medicina pela Faculdade de Paris, tendo ocupado espaço na política imperial como deputado provincial, entre 1848 e 1859, e deputado geral, entre 1853 e 1856. Era filho do Capitão Fidélis Nepomuceno Prates, grande estancieiro Rio Grandense, em sua propriedade em São Gabriel era grande criador de muares com os quais abastecia a província de São Paulo.  Décadas mais tarde, a sete de maio de 1887, foi nomeado Comendador da Ordem da Rosa. Fidélis e Fidêncio Nepomuceno Prates eram, além de sobrinhos-netos, genros de João da Silva Machado, o Barão de Antonina, outro morador do bairro da Luz. Fidélis havia casado com Ana da Silva Machado e Fidêncio com Inocência Júlia da Silva Machado, ambas filhas do barão. O Barão de Antonina, além de ocupar várias colocações nos corpos das Ordenanças, chegou ao comando superior da Guarda Nacional. Neste posto, envolveu-se com a Revolta Liberal de Sorocaba em 1842, sendo que por sua atuação para unificar a elite local em torno do governo central. Atuou em diversos cargos políticos. Iniciou como vereador na Vila do Príncipe (próximo a Curitiba) em 1821; foi conselheiro no Conselho Geral da presidência de São Paulo na legislatura 1830-1833; ocupou o cargo de deputado provincial por São Paulo por quatro legislaturas (1835-1836, 1838-1840, 1840-1841 e 1841-1843) além de ter ocupado a vice presidência da província de São Paulo, entre 1838-1839. Em 1853, aos 70 anos, foi eleito Senador pelo Paraná. Em 1855, foi condecorado com a Ordem da Rosa. O Barão de Antonina era irmão de Francisco de Paula e Silva, o barão do Ibicuí que, portanto, também era tio-avô de Fidélis, Fidêncio e seus outros irmãos.Vê-se, portanto, que os Prates estavam ligados à política imperial. E essa ligação se amplia quando observamos as relações familiares mais extensas. Balbina Alexandrina da Silva Machado, filha do Barão de Antonina, casou-se com Luiz Pereira de Campos Vergueiro, filho de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, cafeicultor paulista, conhecido como o liberal Senador Vergueiro (dono da Fazenda Ibicaba e vizinho da Fazenda Santa Gertrudes). As relações familiares ampliaram assim o espaço de circulação dos Prates, família à qual Francisco adentrou através do matrimônio com Carolina.
  • PRATA DE LEI SETECENTISTA - FORMIDÁVEL CAFETEIRA EM PRATA DE LEI . ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DE LISBOA (L COROADO) DATAVEL A PARTIR DE 1788. PRATEIRO JOSÉ ANDRÉ DE OLIVEIRA (PAG 139). ROBUSTA E DE MAGNIFICA EXECUÇÃO ESSA ELEGANTE CAFETERIA TEM DECORAÇÃO COM ANÉIS CONCÊNTRICOS NA PARTE CENTRAL DO BOJO. ALÇA EM MADEIRA. PORTUGAL, SEC. XVIII, 30 CM DE ALTURA. 1035 G
  • PRATA DE LEI BRASILEIRA DO PERÍDO SETECENTISTA - IMPORTANTE CAFETEIRA  SETECENTISTA EM PRATA DE LEI BATIDA E CINZELADA,  ESTILO DONA MARIA I. DE ELEGANTE CONSTRUÇÃO E REQUINTADA DECORAÇÃO EM TUDO SE DIFERENCIA DA PRODUÇÃO DE PRATA NO BRASIL NO PERÍODO EM QUESTÃO. EQUIPARA-SE EM QUALIDADE AS MELHORES PRODUÇÕES PORGUESAS DO PERÍODO. DELICADA GUIRLANDA GEOMÉTRICA  COMO A UTILIZADA POR VERSACE DECORA O BOJO. SOBRE A GUIRLANDA UM CAPRICHADO PEROLADO. FEITIO ALONGADO E PEGA EM MADEIRA DECORADA EM CARAPETA. A INSERÇÃO DA ALÇA NO BULE SE DÁ COM LINDO TRABALHO SIMULANDO FOLHA CINZELADA. A BASE TEM TAMBÉM DECORAÇÃO EM PEROLADO. NA BASE INICIAIS PROVAVELMENTE DO PRATEIRO DC. BRASIL, SEGUNDA METADE DO SEC. XVIII. 32 CM DE ALTURA. 865 G
  • MAGNIFICENTE CAFETEIRA DE GRANDES DIMENSÕES EM PRATA DE LEI. CONSTRASTES  PARA CIDADE DO PORTO, INICIO DO SEC. XIX. MARCAS DO PRATEIRO DESCRITAS POR MOITINHO PAG 214 DATAVEL A PARTIR DE 1810. ELEGANTE FEITIO. CORPO DECORADO COM CERCADURA DE ENROLAMENTOS VEGETALISTAS EM RELEVO. TERÇO INFERIOR COM CANELURAS. ASA EM MADEIRA NO FEITIO DE CARRAPETA. BASE EM PLATEAU. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. PEÇA DE COLEÇÃO! PORTUGAL, INICIO DO SEC. XIX. 34 CM DE ALTURA. 1410G
  • FABULOSO TINTEIRO EM PRATA DE LEI BATIDA, REPUXADA E CINZELADA, COM FEITIO DE CONCHA SOBRE O QUAL POUSA CISNE COM SUAS ASAS ABERTAS. DOTADO DE DOIS FRASCOS PARA TINTAS, AREEIRO E DOIS PORTA PENAS. MARCAS DE PRATEIRO PORTUGUÊS ATUANTE NO RIO DE JANEIRO NO PRÍNCIPIO DO SEC. XIX, REFERENCIADO POR MOITINHO COMO PESEUDO CONTRASTE DO PORTO. SEGUNDO MOITINHO ESSA MESMA MARCA FOI ENCONTRADA EM UMA URNA OFERTADA AO CONSELHEIRO JOSÉ DA SILVA CARVALHO, MINISTRO NO PERÍODO REGENCIAL, NO ANO DE 1835 QUANDO DE SUA SAÍDA DO MINISTÉRIO. PEÇA  REALMENTE FORMIDÁVEL! BRASIL, INICIO DO SEC. XIX. 970 G
  • TRADIÇÃO BANDEIRISTA  LINDA E ROBUSTA FARINHEIRA EM PRATA DE LEI BATIDA COM CORPO LISO E MONOGRAMA BMM ENTRELAÇADO. MANUFATURA BRASILEIRA DO PERÍODO SETECENTISTA. ESSA MAGNIFICA FARINHEIRA ASSIM COMO AS FORMIDÁVEIS TAMBULADEIRAS E OUTROS GÊNEROS DE ULTENSÍLIOS CONSTRUÍDOS EM PRATA DE LEI SÃO FREQUENTEMENTE ASSOCIADAS AOS BANDEIRANTES QUE DESBRAVARAM O BRASIL. NOTE-SE ENTRETANTO QUE NÃO ERAM DESTINADOS AO USO NAS EXPEDIÇÕES, E SIM PARA GUARNECER AS CASAS DOS BANDEIRANTES NAS VILAS. ERAM SINÔNIMO DE PRESTÍGIO E SUCESSO EM SEUS EMPREENDIMENTOS EXPLORATÓRIOS. OS OBJETOS ERAM CONFECCIONADOS POR PRATEIROS LOCAIS COM O METAL OBTIDO NAS MINAS DESCOBERTAS PELAS BANDEIRAS OU AINDA RECEBIDO COMO PAGAMENTO PELOS INDIOS QUE ESCRAVIZAVAM E VENDIAM. PEÇA MAGNIFICA REALMENTE DIGNA DE MUSEU! BRASIL, SEC. XVIII. 15,5 CM DE DIAMETRO. 250 GNOTA: A colonização do Brasil começou de fato a partir de 1530, quando D. João III em 1534 criou o sistema das capitanias hereditárias, nomeando capitães donatários para governá-las; doando terras através das sesmarias, nomeando funcionários para as vilas que começavam a surgir, além de incentivando a ida de famílias para colonizar aquelas vastas terras. Ao mesmo tempo que os colonos fundavam vilas e formavam roçados, ainda havia o incentivo de adentrar o interior, chamado de sertão, a fim de descobrir riquezas minerais ali escondidas. A fim de contornar o problema causado pelo estabelecimento dos povoamentos somente no litoral e atraso do desenvolvimento da colônia causado por isso, em 1548, D. João III criou o Governo-Geral e nomeou o político e militar Tomé de Sousa (1503-1579) para assumir como governador-geral do Brasil. No ano de 1549 ele chegou a Capitania da Bahia onde fundou a cidade de Salvador a primeira capital do Brasil. Uma das missões de Tomé, era explorar os sertões para descobrir riquezas e mapear o interior do território colonial. Em 1553 no final de seu mandato, ele ordenou a inciativa da entrada que ficara sob o comando do espanhol Francisco Bruzo de Espinosa com o objetivo de desbravar os sertões da Bahia. A entrada que contou com centenas de integrantes, conseguira chegar ao rio São Francisco naquela ocasião, e indo até mais além deste no que viria a ser território de Minas Gerais onde fora fundada a Vila de Espinosa. A partir dessa entrada em 1554, outras entradas seriam promovidas pelo restante da colônia, incentivando os sertanistas como ficariam conhecidos estes homens, a desbravarem as terras interioranas em busca de riquezas, de se caçar indígenas para a escravidão, de montar missões religiosas para a catequização destes. Os motivos de impulsionar tais homens a desbravar os sertões atrás de riquezas minerais era o fato que eles haviam visto índios usando ouro; além dos indígenas também contarem histórias sobre minas de ouro e prata, e o fato de que em 1534, Francisco Pizarro havia conquistado o Império Inca, conseguindo para a Coroa Espanhola, dezenas de toneladas em ouro e prata, e posteriormente descobriram a localização destas minas, e muitas destas ficavam localizadas em Potosi no chamado Alto Peru que hoje é a Bolívia. Sabendo que o Brasil estava no mesmo continente que o Peru, logo embora não se soubesse exatamente a distância até elas. Em 8 de setembro de 1553, o lugar-tenente Antonio de Oliveira e Brás Cubas, ordenados por Martim Afonso de Sousa, conseguiram com sua entrada, subir a Serra do Mar e alcançaram o planalto de Piratininga, fundando a Vila de Santo André da Borda do Campo. A vila fora fundada a partir da localização do povoado que João Ramalho havia erigido anos antes. Com a fundação da vila, Antonio de Oliveira, mudou-se para lá com sua esposa D. Genebra Leitão e o restante da família, além de levarem consigo, outras famílias vindas das vilas de São Vicente e Santos. E no ano seguinte os jesuítas padre Manuel da Nóbrega e o irmão José de Anchieta, junto com outros jesuítas, bandeirantes e o apoio do cacique Tibiriça, fundaram o Colégio de São Paulo do Campo do Piratininga a 25 de janeiro de 1554. Um povoado se formou em torno do colégio jesuítico e rapidamente cresceu em pouco tempo. Em 1560, o então governador-geral Mem de Sá (1500-1572), ordenou a criação da Vila de São Paulo do Piratininga, ordenando que a população da Vila de Santo André se muda-se para a nova vila, a qual se tornaria o principal centro urbano do planalto piratininguense, mesmo assim, a população da vila não vivia em condições prósperas. Não obstante, as vilas de São Vicente e Santos ainda eram mais prósperas do que São Paulo, pois essas participavam da produção e comércio do açúcar, o "ouro branco" da época. Somando-se a isso a proximidade com o mar, isso facilitava a vinda de mercadorias da África, de outros cantos da colônia e da própria metrópole. Os habitantes do planalto tinham que ir ao litoral comprar mercadorias que faltavam em suas terras (roupas, móveis, utensílios, objetos, armas, etc.). No entanto, a medida que Pernambuco, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro despontavam no cultivo canavieiro, a produção açucareira de São Vicente fora ofuscada, isso obrigou parte da população da capitania a procurar outro meio de subsistência. Além disso, em 1562 São Paulo sofrera um terrível ataque dos Tupinambás e outras tribos, que formavam a Confederação dos Tamoios os quais de 1554 a 1567 causaram problemas a ocupação colonial naquela região. Uma das soluções que alguns particulares encontraram, era arriscar se aventurar pelos sertões em busca das supostas minas de ouro e prata que se diziam existir no interior do continente; por outro lado, outros preferiram ir caçar os indígenas e vendê-los como escravos, pois embora São Vicente e Santos fossem portos movimentados, não recebiam tantos escravos africanos como na região norte (nesse caso norte, representa o atual nordeste, e sul o atual sudeste), logo, grande parte da mão de obra escrava da capitania, era indígena, e em alguns casos as bandeiras também vendiam índios para capitanias vizinhas. Logo, aqueles homens que haviam formados milícias para se defenderem dos ataques, decidiram organizar expedições para adentrar o sertão atrás de riquezas, de desbravar ou devassar, termo utilizado na época; e para se capturar os indígenas. As bandeiras eram criadas. A vila de São Paulo só viria a se tornar um centro importante por volta do século XVII, mesmo assim ainda se manteria como uma vila "atrasada" até o século XIX, quando começaria a se desenvolver rapidamente graças ao café. Pois embora, as bandeiras fizessem lucro, tal lucro ficava entre particulares, e após a descoberta das minas, muitos deixaram São Paulo para lá irem morar. As primeiras bandeiras eram armadas (organizadas) pelos seus próprios líderes, no entanto, com o passar do tempo, alguns homens ricos, se uniam para financiar a expedição, e não necessariamente eles participavam da bandeira, mas contratavam um homem experiente que conhece-se as matas e os costumes indígenas para liderar a expedição, então dependendo do investimento feito, comprava-se armas, equipamentos, mantimentos, medicamentos e convocava-se o restante dos membros da expedição, os quais geralmente eram homens entre os seus 15 e 35 anos, atrás de fazerem riqueza e fama; homens de coragem e força, pois a selva era implacável. Alguns bandeirantes que começaram ainda cedo sua carreira, por exemplo, foram Bartolomeu Bueno da Silva Filho (Anhanguera II) e Antônio Pires de Campo, ambos participaram de bandeiras armadas por seus pais, quando tinham apenas quatorze anos. Francisco Dias da Silva tinha dezesseis anos quando participou de sua primeira bandeira, armada por um tio seu. Outros bandeirantes dedicavam quase a vida toda as bandeiras, as quais se tornavam para eles um estilo de vida; Manuel de Campos Bicudo participou de pelo menos vinte e quatro bandeiras, Fernando Dias Paes Leme fora até o fim da vida um bandeirante, vindo a falecer durante uma bandeira, tendo na época mais de 64 anos. Domingo Jorge Velho, embora tenha se aposentado na velhice, seguiu até essa, sendo um bandeirante. Além de conter homens livres, as bandeiras também tinham como membros, "índios amansados", usando um termo da época. Tais indígenas, eram cristãos e sabiam falar português, em geral eles eram os guias da expedição, pois muitos conheciam as trilhas e rotas de viagem pelas matas, pois não existiam estradas propriamente falando; seguia-se o curso de rios, ou trilhas, que para olhos desapercebidos passariam em branco, daí a necessidade de se terem pessoas (no caso os índios) que conhecessem aquelas rotas. O fato de muitas bandeiras conterem índios é interessante, pois na literatura tradicional, se conveniou a ideia de que os bandeirantes fossem apenas brancos, mas na realidade, haviam muitos mestiços, principalmente caboclos ou mamelucos (ambos os termos designam os mestiços de branco com índio), além de haver índios puros mesmo, e em alguns casos mais raros, negros. Além disso, era comum muitos bandeirantes falarem a língua geral, língua esta que originalmente era um dialeto tupi, que com a introdução da língua portuguesa, fora misturada a este dialeto. Pelo fato de conviver muito com os indígenas, alguns bandeirantes falavam mais em língua geral do que em português.
  • ESCRAVO DE GANHO OU MULATO DE CAPOTE  RICA  SALVA EM PRATA DE LEI  ESTILO DONA MARIA I BATIDA E CINZELADA. BORDA DECORADA COM PEROLADOS. ABA COM LINDAS FLORES RELEVADAS. CENTRO TEM DECORAÇÃO CARACTERÍSTICA DA PRODUÇÃO DO PRIMEIRO QUARTEL DO SEC. XIX REALIZADA PELOS ARTIFICES DENOMINADOS MULATOS DE CAPOTE. QUE ERAM ESCRAVOS DE GANHO OU ESCRAVOS LIBERTOS QUE NA SOCIEDADE BRASILEIRA ASSUMIRAM OFÍCIOS ESPECIALIZADOS NOTADAMENTE OS DE ARTÍFICES MANUAIS COMO MARCENEIROS, OURIVES E PEDREIROS.  DELICADA GUIRLANDA DE FLORES, BOTÕES FLORAIS E RAMAGENS. CENTRO TEM RESERVA COM PINHEIROS E CERCA. ASSENTE SOBRE TRÊS PÉS VAZADOS COM CAPRICHADAS FLORES E PEROLADOS. TRATA-SE DE OBRA DE OURIVESSARIA DITA DE ESCRAVO DE GANHO, O TRABALHO DE ELEVADO RIGOR ARTÍSTICO REVELA TRATAR-SE DE OFICIAL EXPERIENTE E COM APURADA TÉCNICA. NA PAGINA 177 DO LIVRO O OFÍCIO DA PRATA NO BRASIL DE HUMBERTO FRANCESCHI O AUTOR DESCREVE COM PROPRIEDADE A PRODUÇÃO E O OFÍCIO DOS MULATOS DE CAPOTE. QUE EM SUA MAIORIA NÃO ESTAVAM PRESOS A ENSINAMENTOS ACADÊMICOS, DESENVOLVERAM UMA GAMA DE TRABALHO QUE OS LEVOU A PRODUZIR TANTO FORMAS SIMPLES E PURAS QUANTO SOLUÇÕES ENGENHOSAS PARA ARREMATE DE PEÇAS DE PADRÃO ERUDITO. BRASIL, PRIMEIRO QUARTEL DO SEC. XIX. 18,5 CM DE DIAMETRONOTA: As classes ou corporações de ofícios, remanescentes da idade média, suprimidas no Brasil durante o período colonial floresceram no império nascente após a independência. As ordenações do reino vedavam o oficio dos oficiais mecânicos para os infames pela raça ou por crimes. judeus mouros cristãos novos, degradados ciganos mulatos livres chamados mulatos de capote. Os ofícios eram embandeirados: pedreiros, carpinteiros de casas, canteiros, marceneiros e ladrilhadores, pertenciam a irmandade de São José. Os ourives eram da irmandade de santo Elói. Qualquer um que exercesse a profissão fora dessas agremiações exercia de forma ilegal e marginal. Logo após a independência os ofícios foram estimulados e os mulatos de capote formaram uma casta de artífices que atendiam as necessidades da sociedade e uma nova nobreza nacional. Ainda antes dos negros escravos na Bahia começarem a se organizar em irmandades. No Rio de Janeiro os pardos livres que podiam vestir-se como brancos e por isso eram chamados de "mulatos de capote" que obtiveram dos frades beneditinos o direito de cultuar seu patrono São Brás reunidos em confraria própria. Os escravos de ganho, no contexto do Brasil colonial e do Império, eram escravos obrigados pelos seus senhores a realizar algum tipo de trabalho nas ruas, levando para casa ao fim do dia uma soma de dinheiro previamente estipulada. Foi relativamente comum este tipo de escravo conseguir formar um pecúlio, que empregava na compra de sua liberdade, pagando ao senhor por sua alforria. Embora conhecida desde o século XVII nas áreas urbanas, na época do Império a prática foi mais controlada pelo estado, que concedia licença aos proprietários para o seu uso. As principais atividades a que se dedicavam eram as de carregadores, doceiras e pequenos consertos, embora alguns senhores induzissem as escravas à prostituição, o que era proibido por lei. Esses escravos, apesar de que podiam ser terrivelmente punidos se não arrecadassem os valores exigidos pelos seus senhores, tinham certas vantagens sobre os outros tipos de escravos, isso porque tinham maior mobilidade, fazendo com que tivessem mais possibilidades de circulação do que os escravos das áreas rurais e mineradoras.  A ourivesaria foi o ofício que concentrou o maior número de oficiais de origem negra. Os conhecimentos trazidos do continente africano, aliados à alta demanda por joias e adornos, tornou lucrativo o aluguel de escravos oficiais de ourivesaria. As joias crioulas que ornamentavam os pulsos, colos e orelhas das negras das irmandades baianas e mineiras atestam a presença do artífice negro nas corporações de ourives.
  • JAMES COOK (1728-1779)  - A VOYAGE TOWARDS SOUTH POL E, AND ROUND THE WORLD IN TWO VOLUMES. THIRD EDITIONS. COOK, Capitão James (1728-1779). Uma Viagem ao Pólo Sul e à Volta do Mundo. Realizou nas Naus de Sua Majestade a Resolução e a Aventura, nos Anos 1772, 1773, 1774 e 1775... a terceira edição. Londres: W. Strahan e T. Cadell, 1779. COOK, Capitão James (1728-1779). Uma Viagem ao Pólo Sul e à Volta do Mundo. Realizou nas Naus de Sua Majestade a, nos Anos 1772, 1773, 1774 e 1775... a terceira edição. Londres: W. Strahan e T. Cadell, 1779. 2 volumes, quarto (282 x 222mm). Frontispício de retrato do navegador  gravado no volume I, 63 mapas, gráficos e placas gravadas, dos quais 31 de página dupla e tabela tipográfica dobrável de vocabulário no final do vol. II (manchas e deslocamentos, uma capa solta). NOTA: É praticamente impossível exagerar a importância dessas viagens ou resumi-las. O propósito original da renomada primeira viagem de Cook era simplesmente observar o trânsito de Vênus. Isso foi realizado no Taiti, mas seis meses foram gastos na costa da Nova Zelândia, que foi circunavegada e mapeada pela primeira vez, assim como a costa leste da Austrália. É claro que foi Cook quem nomeou New South Wales e os naturalistas da expedição que nomearam Botany Bay. A segunda viagem desmentiu o mito da existência de um continente mais ao sul e fez a primeira travessia do Círculo Antártico. Numerosas explorações adicionais foram realizadas e descobertas feitas, incluindo as Novas Hébridas, Nova Caldônia e Geórgia do Sul. O conhecimento do Pacífico Sul ganhou uma base sólida pela primeira vez e os mapas feitos então permanecem válidos hoje. A viagem final foi direcionada principalmente para a busca de uma Passagem Noroeste do Pacífico, culminando com a morte de Cook nas ilhas havaianas. Um Relato das Viagens. Realizadas pela Ordem de Sua Presente Majestade para Fazer Descobertas no Hemisfério Sul, e Sucessivamente Realizadas pelo Comodoro Byron, Capitão Wallis, Capitão Carteret e Capitão Cook, no Dolphin, the Swallow, and the Endeavour: Extraído dos diários mantidos pelos vários comandantes e dos papéis de Joseph Banks
  • EXTREMAMENTE RARA PUBLICAÇÃO:  JAMES COOK  An Account of the Voyages .Undertaken by the Order of His Present Majesty for Making Discoveries in the Southern Hemisphere, and Successively Performed by Commodore Byron, Captain Wallis, Captain Carteret, and Captain Cook, in the Dolphin, the Swallow, and the Endeavour: Drawn Up from the Journals which Were Kept by the Several Commanders, and from the Papers of Joseph Banks. Três volumes. DESCOBERTAS NO HEMISFÉRIO SUL  SEGUNDA EDIÇÃO. IMPRESSO PARA W. LANE, LEADENHALL STREET, EM 1781. MK BEDDIE O EDITOR MAIS IMPORTANTE DAS OBRAS COM OS RELATOS DAS VIAGENS DE COOK AFIRMA QUE A SEGUNDA EDIÇÃO, DO  RELATO DA SEGUNDA VIAGEM DE COOK  ASSIM COM A  PRIMEIRA EDIÇÃO É DE EXTREMA RARIDADE". FOI PUBLICADO ORIGINALMENTE EM 1776, UM ANO ANTES DO RELATO OFICIAL. CONTÉM OS TRÊS VOLUMES COM CAPAS EM COURO.  VIDE PREÇO INTERNACIONAL OBTIDO POR ESSA OBRA EM LEILÃO DA IMPORTANTE CASA BONHANS: https://www.bonhams.com/auction/21102/lot/22/cook-james-second-voyage-a-voyage-round-the-world-in-the-years-mdcclxxii-lxxiii-lxxiv-lxxv-by-captain-james-cook-commander-of-his-majestys-bark-the-resolution-drawn-up-from-authentic-papers-by-an-officer-on-board-1781/ . O lote de uma segunda edição como esta alcançou R$ 50.000,00    NOTA: É praticamente impossível exagerar a importância dessas viagens ou resumi-las. O propósito original da renomada primeira viagem de Cook era simplesmente observar o trânsito de Vênus. Isso foi realizado no Taiti, mas seis meses foram gastos na costa da Nova Zelândia, que foi circunavegada e mapeada pela primeira vez, assim como a costa leste da Austrália. É claro que foi Cook quem nomeou New South Wales e os naturalistas da expedição que nomearam Botany Bay. A segunda viagem desmentiu o mito da existência de um continente mais ao sul e fez a primeira travessia do Círculo Antártico. Numerosas explorações adicionais foram realizadas e descobertas feitas, incluindo as Novas Hébridas, Nova Caldônia e Geórgia do Sul. O conhecimento do Pacífico Sul ganhou uma base sólida pela primeira vez e os mapas feitos então permanecem válidos hoje. A viagem final foi direcionada principalmente para a busca de uma Passagem Noroeste do Pacífico, culminando com a morte de Cook nas ilhas havaianas. Um Relato das Viagens. Realizadas pela Ordem de Sua Presente Majestade para Fazer Descobertas no Hemisfério Sul, e Sucessivamente Realizadas pelo Comodoro Byron, Capitão Wallis, Capitão Carteret e Capitão Cook, no Dolphin, the Swallow, and the Endeavour: Extraído dos diários mantidos pelos vários comandantes e dos papéis de Joseph Banks

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