Peças para o próximo leilão

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  • LINDA CHATELEINE EM OURO 18K . 48 CM DE COMPRIMENTO. 28,6 G
  • PRINCIPE DE METTERNICH  O REORGANIZADOR DA EUROPA PÓS NAPOLEAO BONAPARTE E ARTÍFICE DO CASAMENTO DA IMPERATRIZ LEOPOLDINA COM DOM PEDRO I - KLEMENS WENZEL NEPOMUK LOTHAR (OU CLEMENTE VENCESLAU NEPUMOCENO LOTÁRIO), PRÍNCIPE DE METTERNICH-WINNEBURG-BEILSTEIN (15 DE MAIO DE 1773  11 DE JUNHO DE 1859). PRINCIPESCO GOBLET DE GRANDE  DIMENSÃO NA TONALIDADE RUBI DECORADO EM OURO, ESMALTES E COM REQUINTADA LAPIDAÇÃO CONTENDO FIGURA DO PRINCIPE DE METTERNICH EM BAIXO RELEVO E NA FACE OPOSTA DO GOBLET AS  ARMAS DO MESMO PRINCIPE DE METERNICH SOB MANTO E COROA IMPERIAL AUSTRIACA. ESSE FABULOSO GOBLET TEM O CORPO FACETADO EM VIDRO NA TONALIDADE RUBI COM ARREMATES EM PROFUSO OURO. NO ENTORNO TEM PASTILHAS EM RELEVO ALGUMAS DECORADAS COM ESMALTES FLORAIS E DUAS SE DESTACAM PELA QUALIDADE E BELEZA DA LAPIDAÇÃO. UMA DELAS TEM A FACE DO PRINCIPE DE METTERNICH E NA FACE OPOSTA O BRASÃO DE ARMAS DO NOBRE SOB MANTO ENCIMADO PELA COROA IMPERIAL AUSTRIACA. NO TERNPO INFERIOR O GOBLET É LAPIDADO EM DIAMANTE. A BASE TEM LAPIDAÇÃO DEDÃO E REMATADA COM TIOTADOS RECOBERTOS EM OURO. SOB A BASE LAPIDAÇÃO EM ESTRELA. A SUNTUOSIDADE E ELABORAÇÃO DESSA PEÇA PERMITEM DIZER TRATAR-SE DE PEÇA ÚNICA E NESSE CASO, PODE-SE INFERIR A POSSIBLIDADE DE QUE TENHA PERNTENCIDO AO PRÓPRIO ACERVO DOS PRÍNCIPES DE METERNICH. O PRINCIPE DE METTERNICH ARQUITETEU O CASAMENTO DA GRA DUQUESA LEOPOLDINA COM O PRINCIPE PORTUGUES DOM PEDRO DE BRAGANÇA FILHO DE DOM JOÃO VI.  MAIS TARDE O CASAL DARIA ORIGEM AO BRASIL INDEPENDENTE COMO IMPERATRIZ LEOPOLDINA E O O IMPERADOR DOM PEDRO I. DURANTE A VIDA DE DONA LEOPOLDINA NO BRASIL O PRINCIPE DE METTERNICH CORRESPONDEU-SE INTENSAMENTE COM LEOPOLDINA ESTIMULANDO A O MOVIMENTO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E AJUDANDO A CONSOLIDAR COM SUA DIPLOMACIA O RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL PERANTE O MUNDO.  BOHEMIA, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 18 X 11 CMNOTA:O PRÍNCIPE DE METTERNICH Foi um estadista do Império Austríaco e um dos mais importantes diplomatas do seu tempo, a serviço do Ministro do Exterior imperial desde 1809 e Chanceler a partir de 1821 até à revolução liberal de 1848, que forçou a sua demissão. Uma das suas primeiras responsabilidades foi o estabelecimento de uma détente com França que incluísse o casamento de Napoleão com a arquiduquesa austríaca Maria Luísa. Pouco depois, tratou da entrada da Áustria na Guerra da Sexta Coligação, no lado Aliado, assinou o Tratado de Fontainebleau que enviou Napoleão para o exílio, e liderou a delegação austríaca presente no Congresso de Viena que dividiu a Europa pós-napoleónica entre as principais potências. Pelo seu papel ao serviço do Império Austríaco, recebeu o título de Príncipe em Outubro de 1813. Sob a sua orientação, o seu "Sistema" de congressos internacionais prolongou-se por mais uma década, com a Áustria aliada à Rússia e, de forma menos alargada, à Prússia. Esta situação assinalou o auge da importância diplomática da Áustria e, a partir deste momento, de forma discreta, Metternich passou a dedicar-se unicamente à diplomacia internacional mais periférica. No seu país, Metternich manteve o cargo de Chanceler de Estado de 1821 até 1848, sob os reinados de Francisco I e do seu filho Fernando I. Após um breve exílio em Londres, Brighton e Bruxelas, que durou até 1851, regressou à corte vienense, desta vez para apenas servir como conselheiro do sucessor de Fernando, Francisco José I. Depois de ter passado por toda a sua geração de políticos, Metternich morreu com 86 anos de idade 1859. Nascido no seio da família Metternich em 1773, filho de um diplomata, recebeu o nome do seu padrinho, Clemens Wenceslaus da Saxónia, Arcebispo de Trier. Metternich estudou nas universidades de Estrasburgo e Mainz. Participou na coroação de Francisco II em 1792 e na do seu antecessor Leopoldo II, em 1792. Após uma breve viagem a Inglaterra, Metternich foi nomeado embaixador austríaco para os Países Baixos, um cargo de curta duração, dado que este estado ter ficado sob o controlo francês no ano seguinte. Casou pela primeira vez com Eleonore von Kaunitz (descendente de Carolina de Legnica-Brieg, nobre polaca), em 1795, facto que o ajudou a entrar na corte vienense. Apesar de ter tido várias relações extra-conjugais, ficou arrasado pela sua morte em 1825. Mais tarde casaria de novo, desta vez com a baronesa Antoinette Leykam em 1827 e, após a morte desta, em 1829, com a condessa Melanie Zichy-Ferraris em 1831, que faleceu cinco anos de Metternich. Antes de assumir o cargo de ministro do Exterior, Metternich passou por vários pequenos cargos, incluindo o de embaixador no Reino da Saxónia, no Reino da Prússia e na França napoleónica. Um dos filhos de Metternich, Richard von Metternich, foi também um diplomata de sucesso; muitos dos filhos reconhecidos de Metternich também morreriam antes do seu pai. Conservador tradicional, Metternich desejava manter o equilíbrio de poder, em particular ao resistir às ambições territoriais dos russos na Europa Central e territórios pertencentes ao Império Otomano. Não gostava do liberalismo e o seu trabalho ia no sentido de prevenir a desagregação do Império Austríaco, por exemplo, ao esmagar as revoltas nacionalistas austríacas no Norte de Itália e nos estados germânicos. No seu país, seguiu uma política semelhante utilizando a censura e uma vasta rede de espionagem para evitar as agitações domésticas. Metternich tem sido, simultaneamente, elogiado e criticado pelas suas políticas. Os seus apoiantes destacam a sua presidência na "Era de Metternich", quando a diplomacia internacional ajudava a evitar as principais guerras na Europa. As suas qualidades como diplomata são elogiadas, salientando-se que os seus sucessos eram muito consideráveis face à sua fraca posição de negociação. A sua decisão de se opor ao imperialismo russo é vista como positiva. Os seus críticos descrevem-no como teimoso e descuidado, com princípios conservadores por vaidade, e uma sensação de infalibilidade. Argumentam que ele podia ter feito melhor para assegurar o futuro da Áustria; em vez disso, as suas propostas de 1817 para a reforma administrativa foram maioritariamente rejeitadas, e a sua oposição ao nacionalismo germânico terá sido a causa para a unificação da Alemanha com a Prússia e não com a Áustria.  De nobre família de origens alemãs, estudou em colégios de Estrasburgo e Mogúncia. Partiu, após completar os estudos, para Viena, na Áustria, e suas ideias tradicionalistas o levaram a se colocar ao serviço dos Habsburgo, assim que a expansão da Revolução Francesa afectou os negócios da família na Alemanha.A partir de 1794, passa a desempenhar missões diplomáticas, sem grande importância, porém, sendo notório o rigor e habilidade com que tratou tais funções, em estados como a Reino Unido, a Saxónia, a Prússia e a França. Embaixador em Paris de 1806 a 1809, as derrotas sucessivas do Império Austríaco contra a França de Napoleão e as convulsões sociais resultantes da malograda guerra, todavia, levaram-no ao poder como Ministro dos Assuntos Exteriores, em 1809.Desde então, a sua "concepção conservadora" do equilíbrio europeu foi posta por si em marcha, destinada a impedir que a grande potência liberalista francesa exercesse a sua hegemonia sobre a Áustria e que o continente fosse repartido consoante as influências, que variavam entre o liberalismo e o absolutismo, defendido este último pelo Império Austríaco, pela Suécia, pela Alemanha e, até mesmo, pelo Império Otomano, que punha em causa o liberalismo de Napoleão, estando ele a contribuir para o sufrágio europeu. Assim, e com a ajuda das potências autoritárias, manteve as fronteiras austro-húngaras.Todavia, dado o poderio militar francês, Metternich aconselhou o imperador a acordar com a França um pacto de Paz, tendo este sido simbolizado pelo casamento entre Napoleão e um das filhas do imperador, D. Maria Luísa de Habsburgo, realizado em 1810. Inconformado, aprovou até a colaboração da Áustria na campanha napoleónica contra a Rússia, em 1812.Porém, secretamente, manteve negócios com o Tsar, a fim de buscar um sutil manejo da diplomacia a favor dos interesses do país em solo francês, tal como o mantimento da fronteiras. Além disso, manteve-se, teoricamente, à margem da coligação russo-prussiana.Assim, o Conde de Metternich foi decisivo na atribulada e arrasadora derrota de Napoleão, que levou, consequentemente, à restauração dos Bourbon na França, que, desgastada de uma exaltada guerra, não teve outra opção senão aceitar a restauração do trono a favor de uma família que a governou e a engrandeceu durante séculos.Foi então que, em 1813, o imperador austríaco lhe concedeu o título de Príncipe, já que, até então, era somente conde.Depois de realizados os seus objetivos de manter a hegemonia absolutista e o vigor das famílias reais e da Nobreza na Europa, consagrou o feito diplomático da sua vida presidindo, em 1815, o famoso Congresso de Viena, no qual foi decisivo em quaisquer decisões tomadas. Com este congresso pôde, sem objecções, reorganizar o mapa político do continente europeu, sob as teorias da legitimidade dinástica e nobiliárquica e o equilíbrio europeu.Para a reorganização política do continente, contou com total apoio da Prússia e da Rússia, não tendo feito objecções às pretensões destes dois países, já que, por um lado, neles tinha vastos interesses, e por outro, para se manter um equilíbrio na Europa era essencial que a paz vigorasse na Rússia e na Prússia, que eram, afinal, duas das mais ricas e importantes potências europeias.Todavia, receando uma nova revolução, manteve o sufrágio liberalista em França, criando, fronteiriço  a esta, diversos estados, entre eles a Sardenha-Piemonte, os Países Baixos, para além do alargamento da Prússia para oeste e sudoeste.Negou-se à reconstrução do Sacro Império Romano Germânico, pedida pela Espanha, substituindo-o por uma fraca e débil Confederação Germânica, presidida pela Áustria-Hungria. Converteu igualmente o Norte da Península Itálica, num protetorado austríaco, o Reino Lombardo-Vêneto, anexando aos seus territórios a Lombardia e Veneza, regiões a partir das quais manteve uma influência decisiva sobre a vasta península mediterrânica.Nos seguintes anos, Metternich esforçou-se vigorosamente para amenizar os motins ou revoluções liberalistas ou nacionalistas que sacudiam a Europa, entre 1820 e 1848.Seu sistema "anti-revolucionário" começou a debilitar-se, sobretudo devido à independência da Grécia, em 1827 e da Bélgica, em 1830, assim como a queda dos Bourbon em França, também em 1830. Assim, nunca conseguiu que o imperador e o seu sucessor, lhe concedessem a influência decisiva no Assuntos Internos, ficando, as suas pretensões políticas para o país ao qual sempre se dedicou, sem efeito.A explosão da Revolução de 1848, na Itália, na Alemanha e dentro do próprio Império Austríaco, pôs em causa todo o sistema tradicionalista revigorado por Metternich, caindo este do poder. Teve então que exilar-se e, Fernando I, o imperador, que abdicar da Coroa. Foi o culminar do declínio de um dos maiores diplomatas que a Europa já conheceu.Regressou àquele que considerava o seu país no ano de 1851. Mas, o novo imperador, Francisco José I, não o convidou a participar do governo, enquanto a ascensão do poderio prussiano sobre Alemanha e da ascensão da França punha em causa o equilíbrio europeu, ditado por Metternich em 1815.
  • BARÃO DE ARARY (2.) TAÇA PARA CHAMPAGNE EM CRISTAL DE BACCARAT . FUSTE SERRILHADO. SOB A BASE LAPIDAÇÃO EM ESTRELA. NO CORPO INICIAS BA ENTRELAÇADAS (BARÃO DE ARARY) SOB COROA DE BARÃO COM GRANDEZA. EXEMPLAR DESSE MESMO SERVIÇO É REPRODUZIDO NA PAGINA 129 DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE VIEIRA ET AL. FRANÇA, SEC. XIX. 16 CM DE ALTURANOTA: José Lacerda Guimarães, segundo barão de Arari, (Atibaia, ? ?, ?-Caxambu 12-10-1897) foi um fazendeiro brasileiro, com propriedades na região de Limeira, tendo sido o fundador do núcleo urbano de Araras juntamente com seu irmão, Bento de Lacerda Guimarães, barão de Araras. Filho do proprietário rural Antônio Correia de Lacerda Guimarães e de Maria Franco. Casou-se em primeiras núpcias com sua prima Clara Franco de Camargo, com a qual teve nove filhos, e em segundas com sua sobrinha Maria Dalmácia de Lacerda Guimarães, filha de seu irmão, o barão de Araras, com a qual teve cinco filhos. São suas netas a socialite Carmen Therezinha Solbiati Mayrink Veiga e a irmã, Nerina Roseli Canto Solbiati. Foi um grande negociante internacional de café através de sua exportadora J. F. de Lacerda & Cia. Em junho de 1884, a J. F. de Lacerda & Cia. tornou-se uma casa comissária e exportadora, sendo uma empresa essencialmente familiar organizada na forma de sociedade comanditária com capital de 600 contos de réis e com os seguintes sócios: os primos Joaquim Franco de Lacerda (200 contos de réis) e Antonio de Lacerda Franco (200 contos de réis) como sócios solidários; Joaquim Franco de Camargo Junior (140 contos de réis) tio dos sócios citados e João Soares do Amaral (60 contos de réis) cunhado de Joaquim Franco de Lacerda como sócios comanditários. A casa era gerenciada por Antonio de Lacerda Franco que receberia 15 contos anuais para essa função e tinha sede na cidade de Santos e uma filial na capital do Império, sendo sua finalidade o comércio de comissão em geral, compra e venda de café nas praças de Santos e Rio de Janeiro e exportação para o exterior por conta própria ou de terceiros. Para a função exportadora da casa, os Lacerda Franco montaram uma subsidiária na cidade portuária francesa do Havre, que era um importante destino do café santista. A Lacerda & Cia. era uma firma com capital social de 1 milhão de francos constituída pelos seguintes sócios: Joaquim Franco de Lacerda (300 mil francos) e Antonio de Lacerda Franco (300 mil francos) como sócios solidários; e José de Lacerda Guimarães (400 mil francos) como sócio comanditário, ele que era pai do primeiro e tio do segundo. A casa comissária e exportadora dos Lacerda Franco teria importante papel em uma conjuntura extremamente favorável ao negócio cafeeiro. A partir de 1886, iniciava-se um novo ciclo de alta nos preços internacionais do café, que se mantiveram elevados até 1896 nos grandes mercados importadores, como Estados Unidos e França. No porto de Santos, em que pese o predomínio das casas estrangeiras na exportação do café firmas estadunidenses, inglesas, francesas e alemãs -, a J. F. de Lacerda & Cia., única casa nacional entre os 12 maiores exportadores santistas, foi a empresa que exportou a maior quantidade do café paulista no biênio 1885-1886, com a marca de 489.309 sacas que corresponderam a 13,2% do total de café exportado através de Santos. Na metade da década de 1880, os Lacerda Franco comandavam a exportação cafeeira santista, condição que foi ratificada com a eleição de Antonio de Lacerda Franco para a presidência da Associação Comercial de Santos no período 1887-1888. Esse controle vinha das estreitas ligações com importantes cafeicultores paulistas, como José de Lacerda Guimarães, que, ao abrir uma conta-corrente na casa, possibilitava à empresa a obtenção do café a ser exportado. Nesse sistema de contas-correntes, a casa também funcionava como um banco para o fazendeiro, que tanto lhe adiantava crédito para as safras quanto fazia pagamentos a terceiros em nome do correntista. O negócio tornou o Barão de Arary uma das maiores fortunas do Império na década de 1880.Em 1917 a Baronesa viúva de Arary, sobrinha do titular, Dona Maria Dalmácia de Lacerda Guimarães (1851-1952) ergueu um magnifico palacete na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. - O Palacete foi projetado pelo arquiteto Victor Dubugras, considerado por alguns como o maior arquiteto que São Paulo já teve, mas sem dúvida o maior representante do estilo Art-nouveau na cidade. Há vários registros de festas e eventos que aconteceram na casa incluído alguns casamentos de membros da família. Demolido na década de 1950 o endereço abriga um condomínio residencial de nome Baronesa de Arary, o primeiro a ser erguido nessa avenida. A curiosidade com relação a personalidade da baronesa é que durante anos militou no movimento pró Republica apoiando inclusive a fundação do Partido Republicano Paulista, um dos primeiros pro Republica, ao lado de Prudente de Moraes, Cerqueira Cesar e Júlio Mesquita. Não havia evento social de caridade sem a presença da Baronesa, seja na organização ou como convidada, essa incansável senhora veio a falecer com 101 anos, fato que foi noticiado em todos os jornais da cidade.
  • MARQUÊS DE VALENÇA (1777 - PEDRO RIBEIRO DE SOUZA REZENDE  UM DOS MAIS IMPORTANTES NOBRES DO PRIMEIRO IMPÉRIO  TAÇA PARA CHAMPAGNE EM CRISTAL COM ARREMATE EM FOSQUEADO. INICIAIS MV SOB COROA DE MARQUES. PERTENCEU AO SERVIÇO DO MUI NOBRE MARQUÊS DE VALENÇA, PEDRO RIBEIRO DE SOUZA REZENDE. EXERCEU GRANDE INFLUENCIA NO POLITICA NO PRIMEIRO REINADO ATUANDO EM CONJUNTO COM JOSÉ BONIFÁCIO, FOI DEPUTADO CONSTITUINTE EM 1823, SENADOR DO IMPÉRIO, MINISTRO DO IMPÉRIO E MINISTRO DA JUSTIÇA, SUA ESPOSA DONA ILIDIA MAFALDA DE SOUZA QUEIROZ FOI DAMA DA IMPERATRIZ LEOPOLDINA. FORAM PAIS DO BARÃO GERALDO DE RESENDE, DA CONDESSA DE CAMBOLAS, DO 2, BARAO DE VALENÇA, DO BARÃO DE REZENDE E DO BARÃO DE LORENA.  EXEMPLAR DESSE SERVIÇO IDENTICO AO OFERTADO NO LEILÃO ESTÁ REPRODUZIDO NA PAG. 361DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE JORGE GETULIO VEIGA ET AL. FRANÇA, SEC. XIX. 17 CM DE ALTURAEstêvão Ribeiro de Resende, filho legítimo do coronel Severino Ribeiro, de distinta família de Lisboa, e de D. Josefa Maria de Resende, de abastada e importante família de Minas Gerais, nasceu no arraial dos Prados, Comarca do Rio da Morte, província de Minas, em 20 de julho de 1777.Educado desde seus primeiros anos com todo o esmero e cuidado que sóem ter por seus filhos os pais que, como os seus, prezam mais que tudo a honra e a virtude, nunca se mostrou indigno do nome que recebeu de sua família, e pelo contrário mereceu sempre, por suas boas qualidades e morigeração, a estima de todas as pessoas que o conheceram apenas entrado no mundo, mas já pensando com um critério pouco comum em sua idade sobre as coisas da vida.Tendo mostrado muita viveza para os estudos primários, aproveitou suas disposições para as letras e mandou-o estudar em Minas os preparatórios, que ali então se ensinavam. Em breve, pois, ficou o jovem Estêvão Ribeiro de Resende pronto para exame em francês, latim, italiano, retórica e filosofia, estudos em que muito se distinguiu, e tanto que seu pai logo que o teve neles preparado mandou-o para Lisboa a seguir para Coimbra, onde devia estudar o curso de direito.Separado de seus pais e do lugar de seu nascimento, onde deixava tanta simpatia, que quase toda a população de S. José do Norte despediu-se dele com as provas do mais vivo pesar, caprichou o Sr. Resende por continuar longe de sua família a mesma norma de conduta que sempre seguira quando em seu seio; e com efeito, em Coimbra com-portou-se por tal modo, que em breve foi muito estimado por seus colegas e benquisto de seus professores.Sua inteligência não desmentiu nos novos estudos a que se aplicou, os primeiros sinais de força e agudeza que dera em seus estudos primários e secundários; seu curso ele o completou sem nenhum embaraço, antes pelo contrário, recebendo sempre boas notas e muita consideração, o que lhe facilitou ser aceito para a leitura do Desembargo do Paço, primeira porta por onde então se entrava para a carreira da magistratura. Antes, porém, que fizesse a leitura, morreu-lhe no Brasil seu pai, e essa notícia chegando-lhe a Lisboa naquele tempo, quis ele interromper sua carreira para vir à pátria beijar as mãos à mãe e apresentar-se-lhe depois de doutorado.De volta a Portugal fez sua leitura no Desembargo do Paço, e foi logo nomeado pelo Senhor D. João VI, em 21 de junho de 1806, juiz de fora de Palmela, tendo já antes recebido do mesmo monarca o hábito de Cristo com uma tença e a propriedade do ofício de tabelião do público judicial e notas da vila de S. João del-Rei, em atenção aos bons serviços de seu pai e às suas qualidades, mais que dignas daquela distinção.Pouco depois de empossado no juizado de Palmela, em Portugal, teve lugar na península a invasão francesa, que vinha com o prestígio de mil vitórias conquistadas para o irmão do vencedor do mundo uma coroa e um estado.A corte portuguesa, colocada na alternativa que lhe ofereciam, de um lado a França arrogante e orgulhosa de seus triunfos, e do outro a Inglaterra forte e sempre pertinaz em não ceder às águias imperiais, a Europa e o mundo a que se atiravam com avidez, resolveu sabiamente escolher um meio-termo, deixando a antiga metrópole para vir estabele-cer-se no Brasil; o juiz de Palmela quis aproveitar essa oportunidade de voltar à sua pátria e à sua família, e por isto muito se empenhou para fazer parte da comitiva real; porém sendo preciso, para bem do Reino, que as autoridades permanecessem em seus postos e manifestando o governo regencial a utilidade que resultava deste fato, o Sr. Resende desistiu de seus desejos, e ficou em Palmela, onde recebeu com ânimo e coragem as tropas franco-espanholas que acometiam o reino de Portugal.Esta foi talvez uma das épocas em que o Sr. Resende maiores serviços prestou à sua pátria. No ponto em que se achava não se teve com efeito que lastimar grandes males que deixavam a consternação e a desolação por onde passavam as tropas invasoras. A honra e a fortuna foram respeitadas em Palmela por esforço de seu juiz, que, revestindo-se de toda a coragem e energia, dirigia-se a fazer reclamações e censura, onde e sempre que se dava um fato de abuso de força da parte das forças ali estacionadas.Por algum tempo marcharam as coisas assim de um modo o mais satisfatório, mas nem era crível, nem mesmo imaginável, que soldados acostumados a derrubarem todas as barreiras, quer físicas, quer morais, viessem aqui estacar defronte de um só homem, embora por esse homem falassem a razão e a justiça. O vencido não tem direitos, sua lei é a vontade do vencedor, e pois o que fazer o juiz de fora de Palmela quando os franceses, fechando os ouvidos à sua voz, quiseram obrigá-lo, e obrigaram o povo que lhe tinha sido confiado a concorrer com o necessário para sua subsistência e para a satisfação de seus caprichos? Enquanto foi possível resistir-lhe, ele o fez, agora, porém, que sua influência é nula e que sua pessoa atrai sobre os que o seguem ódios e maus desejos, agora que sem dúvida com perigo iminente sem que daí resulte bem para ninguém, agora é tempo de ceder à força das circunstâncias. E com efeito, o Sr. Resende deixou Palmela e retirou-se para Lisboa, tendo antes em companhia de um vereador ocultado em um altar os dinheiros públicos que tinha à sua disposição.Recebendo del-rei a faculdade de voltar para o Brasil, ele o fez imediatamente, e ao chegar em sua pátria natal, viu apreciado por seu devido valor os serviços que acabava de prestar, e em atenção aos anuais o Senhor D. João VI nomeou-o em 13 de maio de 1810 juiz de fora da cidade de S. Paulo, lugar que foi ele encarregado de criar naquela cidade.Em 17 de dezembro de 1813 deixou ele o juizado de S. Paulo, por ter nessa mesma data sido nomeado fiscal dos diamantes, lugar importante que teve de deixar no ano seguinte, em conseqüência de ter sido nomeado em 12 de setembro de 1814 desembargador da relação da Bahia.Em toda a parte por onde passava o Sr. Resende era geralmente estimado e apreciado por suas qualidades, e cada um lugar que exercia dava-lhe novos títulos e mais direitos para alcançar lugares mais subidos.Felizmente naqueles tempos as qualidades e aptidão davam direito; e é por isto que o novo desembargador da Bahia foi a 29 de março de 1817, quadra calamitosa de revoluções, nomeado ajudante do inten-dente-geral da polícia, e no seguinte ano de 1818, a 12 de outubro, nomeado desembargador da Casa da Suplicação.A 10 de novembro de 1821 foi nomeado superintendente-geral dos contrabandos, e nessa época em que o Brasil tanto precisou do esforço de seus filhos, Estêvão Ribeiro de Resende esteve firme na estacada, prestando a seus pais e a seu príncipe os serviços que podia prestar.Procurador da província de Minas Gerais, junto ao príncipe D. Pedro, ele mostrou-se tal qual era e captou por esse modo a estima daquele príncipe, que sempre distinguiu e que elevou-o ao ponto de nomeá-lo, a 6 de abril de 1822, secretário de estado encarregado de todas as pastas para acompanhá-lo a Minas, onde uma nobre inspiração o levava com o fim de acalmar com sua presença os movimentos sediciosos que ali começavam a manifestar-se, a ponto de negar-se aquela província a obedecer ao príncipe regente.Veio a Independência, e logo após a necessidade de regular-se o pacto fundamental por onde devesse o país se regular; o imperador convoca para esse fim a Assembléia Constituinte; e Minas, que atende para o merecimento quando escolhe um alto funcionário, tanto quanto um qualquer empregado, elege seu deputado ao Sr. Resende. Cai a Constituinte em virtude do golpe de estado do primeiro imperador, tudo se amotina, parece que vamos ter uma revolução, mas graças à boa escolha do Senhor D. Pedro I, mandando, a 17 de janeiro de 1823, ao Sr. Resende para intendente-geral da polícia, toda a tempestade se desfaz sem deixar o mais ligeiro sinal de sua aterradora passagem, e nem por isto foi necessário o emprego de armas e ameaças de prisões e perseguições, bastou a influência e a confiança geral de que gozava o intendente para obter aquele resultado.Em 14 de outubro de 1824 chamou-o o Senhor D. Pedro I aos Conselhos da Coroa, encarregando-o da pasta do Império, que teve a seu cargo até 21 de novembro de 1825, em que recebeu o decreto de sua demissão, no qual elogiava muito o imperador e lhe agradecia seus bons serviços. Naquele mesmo ano de 1824 foi ainda nomeado, a 1º de dezembro, desembargador honorário do paço, e em 15 de outubro de 1825 foi galardoado por Sua Majestade o Imperador com o título e grandezas de barão de Valença.Neste ano veio o Sr. Resende eleito por sua província à as-sembléia geral legislativa, e ao mesmo tempo que tinha por essa honrosa eleição entrada na Câmara dos Deputados, recebia ainda de seus com-provincianos maior honra e maior prova de estima e consideração, tendo seu nome na lista por eles oferecida ao Monarca para escolher os senadores do Império. Conjuntamente com Minas Gerais, quis S. Paulo mostrar toda a sua afeição e agradecimento pelo distinto brasileiro, que em seu solo começou a carreira da magistratura em que tantas glórias colheu, escolhendo seu nome para mandar ao Imperador na lista dos que deviam ser escolhidos seus senadores. Assim, pois, era o Sr. Valença ao mesmo tempo deputado por Minas, e eleito senador pela mesma província e pela de S. Paulo. Entre as duas províncias optou pela de Minas, onde tinha seu berço e tudo o que há de mais caro ao coração do homem, sua família e as cinzas de seus bons pais. Em vista de sua opção, foi escolhido senador por carta imperial de 19 de abril de 1826 e nesse mesmo ano, a 12 de outubro, passou a desembargador do Paço efetivo e foi aposentado por pedido seu; assim como também a 30 do mesmo mês e ano foi o seu título de barão elevado ao de conde de Valença.A 18 de maio de 1827 entrou novamente o então conde de Valença para os Conselhos da Coroa, e desta vez coube-lhe a pasta da Justiça, em que funcionou até 20 de novembro de 1827, em que foi dissolvido o gabinete de que fazia parte e com o qual também ele caiu, tendo sido três dias antes nomeado conselheiro de estado honorário.Retirado de cena política, ficou o conde de Valença exclusivamente ocupado com os deveres de senador do Império, e foi desse posto eminente que ele agregou em torno de si esse grupo de seus colegas, que fizeram a mais heróica barreira aos excessos demagógicos que se desenvolveram no Brasil pela retirada do fundador do Império.Firme nesse posto, que a honra e o dever lhe haviam indicado, o conde de Valença não descansou um momento enquanto não viu por terra a demagogia e elevado ao trono do Brasil o filho do seu primeiro imperador. Então faltaram-lhe forças para novas lutas; já tinha 63 anos, já tinha combatido com uma geração inteira, nova geração despontava nos horizontes da pátria, era força ceder-lhe os negócios dessa cara pátria. O Sr. Valença retirou-se completamente da vida política para entregar-se exclusivamente à vida privada.Em 1848 o Senhor D. Pedro II elevou-o a marquês de Valença, e em 8 de setembro de 1856 veio a morte surpreendê-lo no seio de sua família, e na idade de 79 anos.O marquês de Valença foi casado com a Exmª Srª Elídia Mafalda de Sousa Queirós, filha do opulento fazendeiro brigadeiro Luís Antônio de Sousa e sua mulher D. Genebra de Barros Leite.Era sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio efetivo da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, sócio efetivo da Instrução Elementar, membro da Sociedade de Agricultura do Reino da Suécia, dignitário honorário da ordem imperial do Cruzeiro por carta de 16 de agosto de 1830, cavalheiro do hábito de Cristo, grã-cruz da mesma ordem e fidalgo cavalheiro da casa imperial.
  • CONDE DE MESQUITA LINDA COMPOTEIRA EM CRISTAL TRANSLÚCIDO, PROVAVELMENTE MANUFATURA DE BACCARAT, DECORADA COM GRANDE RESERVA COM A LETRA M SOBRE COROA DE CONDE EM OURO. ESSE SERVIÇO FOI ENCOMENDADO PELO CONDE DE MESQUITA, JERÔNIMO JOSÉ DE MESQUITA, FILHO DO MARQUÊS DE BONFIM. POR SUA VEZ FOI LEGADO AO FILHO DESSE TITULAR, O 2. BARÃO DE BONFIM, JOSÉ JERONIMO DE MESQUITA. POR HERANÇA FOI DESTINADO A MARIA JOSÉ DE MESQUITA E BONFIM, CONDESSA MORCALDI (E POR ESSA COINCIDENCIA DE INICIAL DO TÍTULO FOI AQUINHOADA COM O APARELHO). A CÓNDESSA MORCALDI FOI CASADA COM PAOLO MORCALDI, CONDE MORCALDE E NÃO DEIXOU DESCENDENTES DESSA UNIÃO. NA DÉCADA DE 1950 FOI APREGOADO EM HASTA PÚBLICA PELO LEILOEIRO HORÁCIO HERNANI DE MELLO, GRANDE MARCHAND DOS REMANESCENTES DE OBJTOS DO PERÍODO IMPERIAL E DAS FAMÍLIAS DOS TITULARES QUE DENTRE OUTROS ACERVOS LEILOOU OS OBJETOS HISTÓRICOS DO BRASIL - COLÔNIA E DOS PRIMEIRO E SEGUNDO REINADOS (COLEÇÃO DR. RAUL DE MORAES), LEILÃO DAS PEÇAS IMPERIAIS DO MUSEU HISTÓRICO SIMOES DA SILVA, QUE CONTINHAM RELÍQUIAS QUE OS MAIS IMPORTANTES MUSEUS DO PAÍS NÃO CONSEGUIRAM REUNIR EM SEUS ACERVOS E A COLEÇÃO DA VIÚVA ZULMIRA DE MATTOS VELLOSO, LEILOOU O CÉLEBRE QUADRO DE ALMEIDA JUNIOR "ÚLTIMO MODELO", QUE FOI A CAUSA DA MORTE TRÁGICA DO ARTISTA: O MARIDO DA MODELO, INVESTIDO DE CIÚMES, ESCOLHEU A VINGANÇA PELO ASSASSINATO. FRANÇA, SEC. XIX. 18 CM DE DIAMETRONOTA: CONDE DE MESQUITA - Jerônimo José de Mesquita, primeiro barão, visconde com grandeza e conde de Mesquita, (Rio de Janeiro, 25 de junho de 1826 Rio de Janeiro, 1º de setembro de 1886) foi um fazendeiro, empresário e político brasileiro. Filho natural do Marquês do Bonfim e de Luísa Cândida d'Oliveira Penna, foi pai do 2º Barão do Bonfim e do 2º Barão de Mesquita. Foi vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 1853. Também membro da Caixa de Amortização, diretor do Banco do Brasil e presidente da Associação Comercial. Realizou vários donativos ao Estado e também para erigir o Monumento do Ipiranga e a estátua equestre de D. Pedro I. Agraciado barão em 13 de agosto de 1873, visconde em 19 de março de 1883 e finalmente conde em 12 de agosto de 1885. Era comendador da Imperial Ordem da Rosa, da Imperial Ordem de Cristo e da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. BARÃO DE BONFIM - José Jerônimo de Mesquita, segundo barão do Bonfim (Mariana, 15 de novembro de 1856 23 de setembro 1895), foi um fazendeiro brasileiro.Filho natural de Jerônimo José de Mesquita, conde de Mesquita, e de Elisa Maria de Amorim; era meio-irmão de Jerônimo Roberto de Mesquita, segundo barão de Mesquita, e neto de José Francisco de Mesquita, marquês do Bonfim. Casou-se com Maria José Vilas Boas de Siqueira. A filha, Jerônima Mesquita, foi pioneira na luta pelo direito feminino e a emancipação da mulher e foi fundadora do Movimento Bandeirante no Brasil.Em 1886, às vésperas da abolição da escravatura, decidiu libertar 300 escravos de suas propriedades. Em reconhecimento, o imperador D. Pedro II lhe agraciou com o título de barão, em 19 de agosto de1888. CONDESSA MORCALDI- Maria José de Mesquita - Condessa Morcaldi, nasceu em 1887 na Fazenda Paraíso, Leopoldina, MG e faleceu em 1980 no Rio de Janeiro/RJ. Casou com Paolo Morcaldi que faleceu em Roma na Itália em 1964. Sem geração. O anuário do Museu Imperial publicado em 1957 relata que nesse ano, a condessa de Morcaldi e as sras. Jerônima Mesquita e Maria José Mesquita Lynch doaram ao acervo do Museu Imperial uma tela a óleo, com moldura dourada, representando o barão de Mesquita
  • CONDE DE MESQUITA LINDA COMPOTEIRA  EM CRISTAL TRANSLÚCIDO, PROVAVELMENTE MANUFATURA DE BACCARAT (FORMA PAR COM A APRESENTADA NO LOTE ANTERIOR), DECORADA COM GRANDE RESERVA COM A LETRA M SOBRE COROA DE CONDE EM OURO. ESSE SERVIÇO FOI ENCOMENDADO PELO CONDE DE MESQUITA, JERÔNIMO JOSÉ DE MESQUITA, FILHO DO MARQUÊS DE BONFIM. POR SUA VEZ FOI LEGADO AO FILHO DESSE TITULAR, O 2. BARÃO DE BONFIM, JOSÉ JERONIMO DE MESQUITA. POR HERANÇA FOI DESTINADO A MARIA JOSÉ DE MESQUITA E BONFIM, CONDESSA MORCALDI (E POR ESSA COINCIDENCIA DE INICIAL DO TÍTULO FOI AQUINHOADA COM O APARELHO). A CÓNDESSA MORCALDI FOI CASADA COM PAOLO MORCALDI, CONDE MORCALDE E NÃO DEIXOU DESCENDENTES DESSA UNIÃO. NA DÉCADA DE 1950 FOI APREGOADO EM HASTA PÚBLICA PELO LEILOEIRO HORÁCIO HERNANI DE MELLO, GRANDE MARCHAND DOS REMANESCENTES DE OBJTOS DO PERÍODO IMPERIAL E DAS FAMÍLIAS DOS TITULARES QUE DENTRE OUTROS ACERVOS LEILOOU OS OBJETOS HISTÓRICOS DO BRASIL - COLÔNIA E DOS PRIMEIRO E SEGUNDO REINADOS (COLEÇÃO DR. RAUL DE MORAES), LEILÃO DAS PEÇAS IMPERIAIS DO MUSEU HISTÓRICO SIMOES DA SILVA, QUE CONTINHAM RELÍQUIAS QUE OS MAIS IMPORTANTES MUSEUS DO PAÍS NÃO CONSEGUIRAM REUNIR EM SEUS ACERVOS E A COLEÇÃO DA VIÚVA ZULMIRA DE MATTOS VELLOSO, LEILOOU O CÉLEBRE QUADRO DE ALMEIDA JUNIOR "ÚLTIMO MODELO", QUE FOI A CAUSA DA MORTE TRÁGICA DO ARTISTA: O MARIDO DA MODELO, INVESTIDO DE CIÚMES, ESCOLHEU A VINGANÇA PELO ASSASSINATO. FRANÇA, SEC. XIX.
  • CRISTAL DE ROCHA  FORMIDÁVEL PAR DE OBELISCOS EM CRISTAL DE ROCHA DE EXCEPCIONAL QUALIDADE E EM EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FEITIO FACETADO. SEM BICADOS OU OUTROS DEFEITOS. FINALIZAÇÃO EM PIRAMIDES. INICIO DO SEC. XX. 29 CM DE ALTURA
  • CONDE DE MESQUITA  GRANDE TAÇA EM CRISTAL TRANSLÚCIDO, PROVAVELMENTE  MANUFATURA  DE BACCARAT, DECORADA COM GRANDE RESERVA COM A LETRA M SOBRE COROA DE CONDE EM OURO. ESSE SERVIÇO FOI ENCOMENDADO PELO CONDE DE MESQUITA, JERÔNIMO JOSÉ DE MESQUITA, FILHO DO MARQUÊS DE BONFIM. POR SUA VEZ FOI LEGADO AO FILHO DESSE TITULAR, O 2. BARÃO DE BONFIM, JOSÉ JERONIMO DE MESQUITA. POR HERANÇA FOI DESTINADO A MARIA JOSÉ DE MESQUITA E BONFIM, CONDESSA MORCALDI (E POR ESSA COINCIDENCIA DE INICIAL DO TÍTULO FOI AQUINHOADA COM O APARELHO). A CÓNDESSA MORCALDI FOI CASADA COM PAOLO MORCALDI, CONDE MORCALDE E NÃO DEIXOU DESCENDENTES DESSA UNIÃO. NA DÉCADA DE 1950 FOI APREGOADO EM HASTA PÚBLICA PELO LEILOEIRO HORÁCIO HERNANI DE MELLO, GRANDE MARCHAND DOS REMANESCENTES DE OBJTOS DO PERÍODO IMPERIAL E DAS FAMÍLIAS DOS TITULARES QUE DENTRE OUTROS ACERVOS  LEILOOU OS OBJETOS HISTÓRICOS DO BRASIL - COLÔNIA E DOS PRIMEIRO E SEGUNDO REINADOS (COLEÇÃO DR. RAUL DE MORAES), LEILÃO DAS PEÇAS IMPERIAIS DO MUSEU HISTÓRICO SIMOES DA SILVA, QUE CONTINHAM RELÍQUIAS QUE OS MAIS IMPORTANTES MUSEUS DO PAÍS NÃO CONSEGUIRAM REUNIR EM SEUS ACERVOS E A  COLEÇÃO DA VIÚVA ZULMIRA DE MATTOS VELLOSO, LEILOOU O CÉLEBRE QUADRO DE ALMEIDA JUNIOR "ÚLTIMO MODELO", QUE FOI A CAUSA DA MORTE TRÁGICA DO ARTISTA: O MARIDO DA MODELO, INVESTIDO DE CIÚMES, ESCOLHEU A VINGANÇA PELO ASSASSINATO. FRANÇA, SEC. XIX. 14,5 CM DE ALTURANOTA: CONDE DE MESQUITA -  Jerônimo José de Mesquita, primeiro barão, visconde com grandeza e conde de Mesquita, (Rio de Janeiro, 25 de junho de 1826  Rio de Janeiro, 1º de setembro de 1886) foi um fazendeiro, empresário e político brasileiro. Filho natural do Marquês do Bonfim e de Luísa Cândida d'Oliveira Penna, foi pai do 2º Barão do Bonfim e do 2º Barão de Mesquita. Foi vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 1853. Também membro da Caixa de Amortização, diretor do Banco do Brasil e presidente da Associação Comercial. Realizou vários donativos ao Estado e também para erigir o Monumento do Ipiranga e a estátua equestre de D. Pedro I. Agraciado barão em 13 de agosto de 1873, visconde em 19 de março de 1883 e finalmente conde em 12 de agosto de 1885. Era comendador da Imperial Ordem da Rosa, da Imperial Ordem de Cristo e da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. BARÃO DE BONFIM - José Jerônimo de Mesquita, segundo barão do Bonfim (Mariana, 15 de novembro de 1856  23 de setembro 1895), foi um fazendeiro brasileiro.Filho natural de Jerônimo José de Mesquita, conde de Mesquita, e de Elisa Maria de Amorim; era meio-irmão de Jerônimo Roberto de Mesquita, segundo barão de Mesquita, e neto de José Francisco de Mesquita, marquês do Bonfim. Casou-se com Maria José Vilas Boas de Siqueira. A filha, Jerônima Mesquita, foi pioneira na luta pelo direito feminino e a emancipação da mulher e foi fundadora do Movimento Bandeirante no Brasil.Em 1886, às vésperas da abolição da escravatura, decidiu libertar 300 escravos de suas propriedades. Em reconhecimento, o imperador D. Pedro II lhe agraciou com o título de barão, em 19 de agosto de1888. CONDESSA MORCALDI- Maria José de Mesquita - Condessa Morcaldi, nasceu em 1887 na Fazenda Paraíso, Leopoldina, MG e faleceu em 1980 no Rio de Janeiro/RJ. Casou com Paolo Morcaldi que faleceu em Roma na Itália em 1964.  Sem geração. O anuário do Museu Imperial publicado em 1957 relata que nesse ano, a condessa de Morcaldi e as sras. Jerônima Mesquita e Maria José Mesquita Lynch doaram ao acervo do Museu Imperial  uma tela a óleo, com moldura dourada, representando o barão de Mesquita
  • BACCARAT - BARÃO DE CRUZ ALTA, 2  JOSÉ DE CAMPOS NEGREIRO  JOAQUIM DE CAMPOS NEGREIROS  RARO GOMIL COM BACIA EM CRISTAL DE BACCARAT REMATADO EM OURO. BASE DO GOMIL E DA BACIA LAPIDADOS EM ESTRELA.   NO CORPO DO GOMIL MONOGRAMA NC ENTRELAÇADO. PERTENCEU A JOAQUIM DE CAMPOS NEGREIROS, SEGUNDO BARÃO DE CRUZ ALTA. NASCIDO EM PIRACICABA EM 1826. UMA DE SUAS FILHAS, EUGENIA DE CAMPOS NEGREIROS CASOU COM MATHIAS GONÇALVES DE OLIVEIRA ROXO, FILHO DO BARÃO DA GUANABARA. UMA OUTRA FILHA, MARIA LUIZA, CASOU-SE COM MAX FLEIUSS.O IMPORTANTE HISTORIADOR QUE DENTRE OUTRAS OBRAS ESCREVEU A HISTORIA ADMINISTRATIVA DO BRASIL(1922). FRNAÇA, SEC. XIX. 42 MC DE DIAMETRONOTA: Joaquim de Campos Negreiros, segundo barão de Cruz Alta (Piracicaba, 1826  Jaú, 1893 ou 8 de abril de 19081) foi um nobre brasileiro.Membro de família estabelecida no estado de São Paulo, com ramificações no Rio de Janeiro, era filho de Anna Campos Negreiros e José de Campos Negreiros. Nasceu em Piracicaba-SP. Casou no Rio de Janeiro a 13-9-1856, com aria Luísa Mendes Ribeiro, filha do Comendador (Cirurgião-Mór) Luiz Mendes Ribeiro e Maria Thereza de Oliveira Santos. Tiveram 5 filhos.
  • BELISSIMO ARCAZ DE ERMIDA EM MADEIRA COM FERRAGENS EM METAL. ESSE GENUINO ARCAZ SETECENTISTA TRAZ AS CARACTERÍSTICAS DESEJAVEIS DO BOM MOBILIARIO BRASILEIRO DO PERÍODO COLONIAL. REMATADO EM DOCE DE LEITE E DOTADO DE FRERRAGENS ORIGINAIS EM FERRO. O FATO DE TER DIMENSÃO POUCO MAIOR DO QUE A DE UMA CÔMODA O TORNA PERFEITO PARA EXPOSIÇAO DE PEÇAS SACRAS OU EM PRATA DE LEI. ESSE RARO ARCAS É DOTADO DE DUAS GAVETAS JUSTAPOSTAS ABAIXO DO QUAL HÁ UM GAVETÃO. TAMBÉM TEM UM INTERESSANTE SEGREDO PARA GUARDA DE VALORES. BRASIL, SEC. XVIII. 151 (l) X 77 (P) X 87 (H)NOTA: A arca é uma das primeiras peças de mobiliário, concebidas pelo Homem, ao sentir necessidade de guardar e proteger tudo aquilo que era importante, desde os alimentos às ferramentas utilizadas no dia-a-dia. Claro que as primeiras necessidades básicas de "conforto" serão difíceis de definir, e o estar sentado (que não no chão) pode ter dado lugar a um pequeno banco, ou o dormir a um leito ou estrado, para se protegerem do chão frio ou húmido. É possível, e há quem o suponha, que a arca, caixa ou cofre tivesse aparecido ainda antes dos assentos por corresponder quiçá a mais instante necessidade - a de se obter um receptáculo de capacidade bastante, feito de um material resistente e relativamente leve em que se pudessem guardar e transportar não só as armas, os vestuários, as alfaias, as jóias e outros objetos de valor, mas também certos produtos destinados à alimentação. Tal móvel, cuja construção não envolvia grande complexidade, oferecia ainda a vantagem de poder servir cumulativamente de leito e de assento, e esta última aplicação condicionou mesmo, como a seu tempo veremos, a génese de determinados tipos de assento. Mas, se assim foi, se as arcas e cofres precederam os assentos, estes deviam-se-lhes ter seguido imediatamente na ordem por que os móveis foram aparecendo. A sua origem perde-se, de fato, na noite dos tempos. Há mais de 3.000 anos, quando o faraó Tutankahmon morreu, foi enterrado com tudo aquilo que lhe pertencia e que necessitaria na sua viagem para o Além. No seu túmulo foram encontradas arcas, cofres, baús, camas, cadeiras, bancos, para além das joias, mantimentos e tudo o que seria necessário para empreender uma viagem. Na Idade Média, o rei e a sua corte, nunca ficavam muito tempo num mesmo lugar, a sua vida nómada exigia que as peças de mobiliário fossem transportáveis e robustas. Foi nesta época que a arca teve um papel muito importante, pois para além de móvel de conter foi também móvel de repouso, servindo de leito e de assento, e mesmo móvel de pousar, sendo utilizada como mesa para comer ou escrever. Bernardo Ferrão afirma: Móveis correntíssimos são as arcas . A arca vai atingir o seu apogeu no período renascentista, em Itália, sobretudo em Florença. A mais prestigiada e elaborada peça de mobiliário do Renascimento italiano foi o cassone, a tradicional arca de casamento. Algumas das mais sumptuosas destas arcas provêm de oficinas florentinas (...) os cassoni desempenhavam um importante papel como símbolos da posição social durante as cerimónias (de casamento). Eram habitualmente encomendados aos pares (...) num figurava a cota de armas da noiva e no outro a do noivo (...) Botticelli (...) e Donatello pintaram painéis de cassoni. O tema abordado era muito variável: cenas da vida de santos cristãos, ou da mitologia clássica (A Morte de Prócis, de Piero de Cosimo), cenas de batalhas, torneios, procissões triunfais; e eram correntes as alegorias que representavam os elementos da Natureza, as estações do ano e as virtudes. Pensa-se que a primeira arca terá sido feita escavando um tronco de árvore. A partir do século XIII já se utilizam pranchas ou tábuas de madeira pregadas bem como as arcas de seis tábuas, também unidas com o auxílio de cravos de ferro. Os painéis laterais eram, por vezes, mais compridos, para servir de pés e impedir que a arca ficasse em contacto com o solo. Estas arcas eram muitas vezes reforçadas com cintas de ferro e as mais ricas podiam ser revestidas de couro. Já a partir do século XV, a descoberta do apainelado, e novas ligações madeira/madeira, faz com que estas peças se tornassem mais resistentes e estáveis, há um maior aproveitamento da madeira e as peças multiplicam-se. Os painéis encaixam (não são colados) em sulcos feitos nas molduras, unidas por samblagens de furo e respiga. A arca do século XVII em Portugal é um móvel de formas simples, mas as madeiras importadas da Índia, África e Brasil fazem realçar a sua beleza. Como móvel utilitário é mais importante que seja robusto e as novas madeiras exóticas parecem proteger melhor dos ataques dos insetos xilófagos e outros que atacam a roupa ou os produtos alimentares. As mais luxuosas são pintadas no seu interior, principalmente na tampa. A peculiaridade desse gênero de mobiliário se deve ao fato de serem produzidas geralmente por tábuas inteiras, ligadas e envolvidas por molduras, por cantoneiras de ferro ou outro enfeite, as hastes de duas ou três bisagras se prolongam pela face posterior da tampa, presas estas, por pregos rebitados, de grossa cabeça achatada ou em gomos; nas laterais apresentam-se puxadores sobre uma chapa recortada e na frente uma fechadura com o espelho bem recortados e vasados confeccionados em ferro ou estanho. Os baús, com a sua tampa curva, misturam-se com as pequenas arcas, cofres e caixas onde se guardam os bens. Bernardo Ferrão, ao descrever o tipo de peças que se supõe, existiriam nas casas portuguesas da época (...) no arranjo dos interiores medievais, uma das características predominantes é a escassez do mobiliário de aparato, (...) Os móveis fundamentais eram a cama, as arcas, (...). os cofres grandes destinados aos transportes, e os pequenos, individuais, para objetos valiosos, e os bancos toscos, de todos os tamanhos e feitios (...) Mesas havia, apenas, as destinadas às refeições, (...) montavam-se onde melhor convinha, sendo, portanto, de armar e desarmar e sem acabamento artístico de interesse.  As arcas são o móvel medieval por excelência. Polivalentes, eram peças que serviam de banco, de mesa, de cama, e onde se podiam guardar os objetos passíveis de serem transportados: roupas e louças em arcas e baús, objetos de valor em caixas e cofres, tal o modo de viver medieval.
  • VELHO PARIS  LINDO PAR DE JARRAS EM PORCELANA. DECORADA COM ESMALTES FLORAIS E ARREMATES EM OURO. BORDA TIOTADA. NA FACE OPOSTA A RESERVA FLORAL MONOGRAMA AM ENTRELAÇADO. ENTRE LAUREU. FRANÇA, SEC. XIX. 22 X 22 CM.
  • MOUREAU, AUGUST  CRIANÇAS COM PÁSSAROS. LINDA ESCULTURA EM PASTA DE PORCELANA COM ENTERNECEDORA FIGURA DE DUAS CRIANÇAS, COM UMA DELAS SEGURANDO UM PÁSSARO. FRANÇA, SEC. XIX. 51 CM DE ALTURA. INSIGNIFICANTES BICADOSNOTA: Auguste Moreau , nascido em22 de fevereiro de 1834 em Dijon e morreu em 11 de novembro de 1917 em Malesherbes, foi um escultor francês. Era filho do escultor Jean-Baptiste-Louis-Joseph Moreau e irmão mais novo dos escultores Hippolyte Moreau e Mathurin Moreau . Auguste Moreau produziu principalmente bronzes de arte. Várias das suas obras são conservadas no Museu de Belas Artes de Troyes e no Museu de Belas Artes de Bordeaux.
  • BELO APARELHO DE JANTAR EM PORCELANA PORTUGUESA DA MANUFATURA PORCEL. ELEGANTE SERVIÇO EM PORCELANA BRANC DU BLANC COM ARREMATES EM OURO. PEGA DA TAMPA DA SOPEIRA EM FEITIO DE FRUTO RECOBERTO EM OURO. TOTALIZA 100 PEÇAS SENDO:  24 PRATOS RASOS, 12 PRATOS PARA SOPA, 12 PRATOS PARA PÃO, 12 PRATOS PARA SOBREMESA, 11 PEÇAS DE SERVIÇO, 12 XÍCARAS DE CAFÉ, 12 XÍCARAS DE CHÁ, BULE DE CHÁ, CAFETEIRA, AÇUCAREIRO E LEITEIRA, UM APARELHO MAGNIFICO DE EXCELENTE QUALIDADE E EM EXCELENTE ESTADO (SEM USO). PORTUGAL, SEC. XX.
  • ESCOLA FLORENTINA DO SEC. XVII. SÃO JOÃO BATISTA E O CORDEIRO. OLEO SOBRE MADEIRA. LINDA PINTURA REPRESENTANDO SÃO JOÃO BATISTA  MENINO TERNAMENTE ABRAÇADO AO CORDEIRO, REPRESENTANDO FIGURA DE CRISTO. O MENINO ESTÁ VESTIDO COM PELE DE ANIMAIS.  BELA MOLDURA REMATADA EM OURO. ITÁLIA, SEC. XVII. 40 X 35 CM (SEM CONSIDERARO TAMANHO DA MOLDURA E 49 X 43 CM, CONSIDERANDO A MOLDURANOTA: São Cirilo (+386) oferece, uma explicação, porque grande parte da iconografia mais antiga da Igreja é simbólica. Mesmo no século IV, quando o cristianismo era legal, São Cirilo ainda via a necessidade de usar linguagem velada, isto é, simbólica, para explicar partes da fé cristã. Não surpreende, portanto, que os primeiros ícones sobreviventes da Igreja empreguem imagens simbólicas para instruir os convertidos. As imagens do Cordeiro de Deus datam da própria Encarnação, quando João Batista, ao ver Jesus andando em sua direção, exclamou: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João 1,29). A imagem de Cristo como o Cordeiro também é amplamente usada por São João no livro do Apocalipse (por exemplo, Ap 5, 6-14). E assim uma imagem de um cordeiro, o Agnus Dei em latim, é instantaneamente reconhecível como Jesus Cristo para os primeiros cristãos, embora não signifique nada de particular para os pagãos que poderiam de outro modo perseguir essa nova religião. Após o Edito de Milão, efetivamente legalizando o culto cristão, as igrejas começaram lentamente a ser construídas dentro do Império Romano-Bizantino. Muitos desses prédios sobrevivem na Itália, sobrevivendo aos afrescos e mosaicos mostrando como as imagens do Cordeiro que eram explicitamente identificadas como Jesus Cristo. As igrejas do século VI de Ravenna, com influência bizantina, e igrejas semelhantes em Roma, todas têm imagens do Cordeiro de Deus, mostradas com um halo cruciforme para identificá-lo como Jesus Cristo. Na basílica de São Cosme e Damião, em Roma, o Agnus Dei é mostrado em pé sobre uma rocha com quatro correntes, ladeado por doze outras ovelhas, simbolizando os apóstolos.
  • RARO PAR DE CASTIÇAIS EM PRATA DE LEI DITOS DE SAIA. FUSTE EM BALAÚSTRE, BASE TEM ELEGANTE TORCEIL. BRASIL, SEC. XIX. 27 CM DE ALTURA
  • ENCANTADOR PÁSSARO AUTÔMATO CANTOR EM GAIOLA EM METAL. O PÁSSARO TEM MOVIMENTO DA ASA, DA CAUDA E DO BICO. A GAIOLA É REMATADA COM FLORES DISPOSTAS EM GUIRLANDA. MECANISMO A CORDA. FUNCIONANDO. EUROPA, FINAL DO SEC. XIX OU INICIO DO XX. 30 CM DE ALTURANOTA: O pássaro de gaiola foi uma adição relativamente tardia aos autômatos criados no inicio do sec. XIX, mas mostra seus criadores no auge de suas habilidades. A mecânica está escondida na base da gaiola de bronze dourado, e a ilusão de pássaros voando é alcançada por asas e caudas esvoaçantes das aves que  aumentam o efeito. Esses robôs musicais evoluíram a partir dos autômatos dos séculos IX e XIII da região árabe-islâmica , como o Ban Ms  instrumento que toca sozinho . Na Europa, eles se tornaram entretenimento opulento para reis e aristocratas.  Aves cantantes, no entanto, tornaram-se o mais valorizadas do que todos os  autômatos.  Enquanto de perto nunca confundiriamos os pássaros automatos com aves reais, de longe o relógio da gaiola é uma maravilha cacofônica da natureza imitada pela máquina.
  • CONCESSA COLAÇO  REI PARA REGINA - GEOMETRICO COM FLORES  GRANDE E BELA TAPEÇARIA, ASSINADA PELA ARTISTA. OBRA MONUMENTAL! PRIMEIRA METADE DO SEC. XX, 450 X 250 CMNOTA: Concessa Colasso é portuguesa, naturalizada brasileira. Atualmente reside no Rio de Janeiro, pode-se dizer que corre em suas veias o sangue azul da arte da tapeçaria. Sua mãe, Madeleine Colaço, nascida no Marrocos, era tapeceira e veio para o Brasil em 1940. Criou uma aldeia artesanal no Estado do Rio, junto a Cabo Frio, dirigindo a execução de seus afamados tapetes, nos quais aplicou um ponto de sua invenção, hoje conhecido como ponto brasileiro. Concessa criou um novo ponto, o corrido, inspirado nas tapeçarias do século XI, da Rainha Matilde da França. Só usava lãs e sedas naturais em seus tapetes. Nada sintético. 150 a 180 mil pontos em cada metro quadrado. Sobre sua obra se auto alegava sem um estilo próprio era uma criadora espontânea, cada tapeçaria que executava, com suas artesãs auxiliares, era discutida, planejada e pesquisada. Suas obras estão em importantes coleções internacionais inclusive da realeza e adornam também as paredes do Palácio do Planalto em Brasília.
  • SEVRES  MOET ET CHANDON À EPERNAY CHAMPAGNE DON PERIGNON VINTAGE. GRANDE E MAGNIFICO MEDALHÃO EM PORCELANA DA MANUFATURA DE SEVRES DECORADO COM PARRAS DE UVA E CACHOS EM OURO A TODA VOLTA. RESERVA COM ESCUDO DA MOET ET CHANDON.MARCAS DA MANUFATURA SOB A BASE. PEÇA MAGNIFICA, DE GRANDE DIMENSÃO E EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 48,5  CM DE DIAMETRO.NOTA: O que dizer sob o CHAMPAGNE que não possamos extrair da exuberante efervecência que nos reporta ao refinamento e a celebração ? A Möet et Cie surgiu em 1743 e virou Möet et Chandon em 1833. Em mais de 200 anos, tornou-se uma marca poderosa de luxo. eanne Antoinette Poisson, a Madame de Pompadour (1721-1764), entrou para a história como a poderosa e influente maîtresse-en-titre, a amante chefe do rei Luís 15. Era uma influenciadora para valer, "real oficial," que gerava moda por onde passava. Ajudou a divulgar o rococó, patrocinou escultores e pintores e mantinha a própria prensa em constante movimento, imprimindo livros para sua biblioteca pessoal. No século 18, ela elevou o hábito de tomar champanhe na corte francesa de Luís 15 ao delírio. Não foi uma moda que surgiu do nada. Luís 14, o antecessor de seu amante, só queria saber de vinho borbulhante da Champagne, e os ingleses, que eram fãs da bebida, tomavam muito, graças às mudanças providenciais que eles mesmos introduziram. Seus fornos a carvão produziam garrafas mais resistentes do que os fornos franceses, alimentados com madeira. Eles também resgataram o uso romano de rolhas - no tempo de Pérignon, usavam-se trapos encharcados de óleo para selar as garrafas. Além disso, um cientista inglês, Christopher Merret, foi o primeiro a documentar o acréscimo de açúcar para formar bolhas no vinho, em 1662. Sim, antes de Dom Pérignon. Mas foi a relação de Pompadour com um comerciante da Champagne que selou a entrada da bebida nas altas rodas francesas e, consequentemente, a sua associação a festas e sofisticação. Isso sem contar o pequeno detalhe que a família de Pompadour tinha lucrativas terras na Champagne. Graças a ela, esse empresário, chamado Claude Möet, fez com que seu vinho fluísse cada vez mais em Versalhes. A mística da pomposa e refinada Pompadour segue lado a lado à do frugal beneditino Pérignon. Barbe-Nicole Clicquot tornou-se uma das primeiras mulheres da história a comandar uma empresa de alcance internacional. Conseguiu isso graças também a boas doses de marketing malandro. Mesmo nos anos conturbados das Guerras Napoleônicas, ela driblava leis, portos fechados e estradas bloqueadas e dava um jeito de chegar a mercados de outros países da Europa, especialmente a Rússia, inimiga da França na época. No fim da guerra, com a iminente derrota francesa, os russos ocuparam a região da Champagne, em 1814. Como podemos imaginar, beberam muito champanhe, inclusive o da viúva, cuja marca já era conhecida na Rússia. Clicquot disse: "hoje eles bebem, amanhã eles pagarão". Sob esse ponto de vista, a pilhagem acabou virando fiado. A Rússia se tornou o segundo maior mercado de champanhe do mundo até a Revolução de 1917, segundo Don e Petie Kladstrup em "Champagne: How the World's Most Glamorous Wine Triumphed Over War and Hard Times" ("Champanhe: como o vinho mais glamouroso do mundo triunfou sobre guerra e tempos difíceis", sem edição brasileira)
  • TADASHI KAMINAGHAI (Hiroshima, Japão 1899 - Paris, França 1982)  PAISAGEM URBANA  OST  ASSINADO NA FRENTE E ATRÁS E DATADO 1958. BELISSIMA OBRA MUITO BEM EMOLDURADA (MOLDURA KAMINAGHAI). DEC. 50. 68 X 94 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA) COM ELA 93 X 118 CMNOTA: Por iniciativa da família, ingressa aos 14 anos num mosteiro budista na cidade japonesa de Kobe. Dois anos depois, viaja para as Índias Ocidentais Holandesas, atual Indonésia, atuando como missionário e agricultor até 1927. Nesse ano, decidido a seguir carreira artística, muda-se para Paris, onde conhece o artista Tsugouharu Foujita (1886 - 1968), que o orienta na pintura. Paralelamente à atividade artística, trabalha como moldureiro. No início da década de 1930, expõe quadros nos salões parisienses e retorna ao Japão em 1938. Embarca para o Brasil um ano após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, 1939-1945, trazendo consigo uma carta de recomendação endereçada a Candido Portinari (1903 - 1962). Fixa residência no Rio de Janeiro e em 1941 instala ateliê e oficina de molduras no bairro de Santa Teresa, onde trabalha e atua como professor de diversos artistas brasileiros e nipo-brasileiros, como Inimá de Paula (1918 - 1999), Flavio-Shiró (1928) e Tikashi Fukushima (1920 - 2001), entre outros. Sua primeira exposição individual, por volta de 1945, é organizada por Portinari e ocorre no Hotel Serrador, no Rio de Janeiro. Em 1947, passa a integrar o Grupo Seibi. Retorna ao Japão em 1954 e três anos mais tarde volta a fixar-se em Paris. Vive entre o Japão, a França e o Brasil, até seu falecimento, em 1982.
  • EMANOEL ARAUJO  CONSTRUÇÃO P ESCULTURA EM CHAPA METÁLICA DOBRANA NAS TONALIDADES VERMELHO E NEGRO. ASSINADA E NUMERADA 226 /300. 43 x 33 cmNOTA: Emanoel Alves de Araújo (Santo Amaro da Purificação BA 1940 - 2022). Escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Aprende marcenaria com o mestre Eufrásio Vargas e trabalha com linotipia e composição gráfica na Imprensa Oficial, em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Realiza sua primeira exposição individual em 1959. Na década de 1960, muda-se para Salvador e ingressa na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde estuda gravura com Henrique Oswald (1918-1965). A partir de 1971, realiza obras abstratas, compostas por formas geométricas conjugadas. O artista gradualmente aproxima-se das vertentes construtivas, reduzindo as formas a estruturas primárias. Desenvolve trabalhos que contêm segmentos ondulados de outras gravuras, colados sobre o plano de uma gravura maior, de maneira a produzir cortes, interferências e justaposições no plano. Essas peças já apontam seu interesse pelo tridimensional. Interessado na reestruturação do universo da arte africana, o artista enfatiza em suas gravuras, relevos e esculturas as formas geométricas aliadas a contrastes e cores fortes. Em 1972, é premiado com medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. Recebe, no ano seguinte, o prêmio de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Entre 1981 e 1983, instala e dirige o Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, e expõe individualmente no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Em 1988, é convidado a lecionar artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York. De 1992 a 2002, exerce o cargo de diretor daPinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp)e é responsável pela revitalização da instituição. É, entre 1995 e 1996, membro convidado da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura. Em 2004, é curador e diretor do Museu Afro-Brasil, aberto nesse ano, em São Paulo, com obras de sua coleção. Emanoel Araújo destaca-se ainda como curador de importantes mostras ligadas à imagem e cultura do negro e do índio no Brasil. Faleceu em 2022.

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