Peças para o próximo leilão

672 Itens encontrados

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  • SEVRES - SUNTUOSA GARNITURE EM PORCELANA NA TONALIDADE AZUL ROYAL REMATADA POR CENAS PINTADAS EM ESMALTE RETRATANDO CENAS BUCÓLICAS CAMPESTRES. ESTILO E ÉPOCA NAPOLEÃO III. TAMBÉM POSSUI MEDALHÕES EM OURO REMATADOS POR ESMALTE RELEVADO SIMULANDO CONTAS. A BRONZERIA EM ORMOLU É DE EXCEPCIONAL QUALIDADE. COMPOSTA POR GRANDE RELÓGIO E PAR DE CANDELABROS COM CINCO LUMES CADA. O VIDRO DO MOSTRADOR DO RELÓGIO É BIZOTADO. O MOSTRADOR  POSSUI ROSÁCEA EM OURO COM ESMALTES RELEVADOS. A MÁQUINA DO RELOGIO APARENTA BOM ESTADO EMBORA NECESSITE DE LAVAGEM E LUBRIFICAÇÃO. FRANÇA, DEC. 1860.  54 CM DE ALTURA (CANDELABROS)NOTA: EM 1863 O BARÃO DE NOVA FRIBURGO E O CONDE DE SÃO CLEMENTE VIAJARAM PARA PARIS NA FRANÇA, A FIM DE ADQUIRIR MOBILIÁRIO E PEÇAS DE DECORAÇÃO PARA O PALÁCIO DE NOVA FRIBURGO. TAMBÉM OS LUSTRES FORAM LÁ ENCOMENDADOS. A ORNAMENTAÇÃO DO PALÁCIO FOI PENSADA DE ACORDO COM A TEMÁTICA DE CADA AMBIENTE. VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE FOTOS DE ALGUNS AMBIENTES DO PALÁCIO.
  • MAGNIFICO SOFÁ ESTILO LOUIS XV COM FORRAÇÃO EM PRECIOSO AUBUSSON. REMATADO EM OURO BRUNIDO. MAGNIFICOS ENTALHES E OURO EM EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO. OS ENTALHES REPRESENTAM LUXURIANTES FLORES E RAMAGENS. O ALBUSSON RETRATA CENA CAMPESTRE COM OVELHAS E JOVENS COLHENDO FRUTOS EM ÁRVORE. ESTE MÓVEL ESTÁ TOTALMENTE PRESERVADO PORQUE NÃO ERA FRANQUEADO AO USO (TINHA INCLUSIVE UM CORDÃO DE BRAÇO A BRAÇO PARA ISOLAR O ASSENTO). FRANÇA CIRCA DE 1860. 164 (C) X 70 X 100 (H)
  • IMPERADOR DOM PEDRO II - BACCARAT - 2º SERVIÇO RARÍSSIMO COPO EM CRISTAL RUBI E TRANSLÚCIDO DA MANUFATURA DA "MAISON BACCARAT", DE ACORDO COM JORGE GETÚLIO VEIGA QUE REPRODUZ UM COPO IDENTICO A ESSE NA PAGINA 77 DE SUA IMPORTANTE PUBLICAÇÃO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL (VIDE FOTO DA PÁGINA ONDE ESTÁ REPRODUZIDO NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE) ESSES COPOS SÃO EXTREMAMENTE RAROS E DE ALTO VALOR DECORATIVO PORQUANTO CERTAMENTE COMPUNHAM A PARTE MENOR DO SERVIÇO. A LAPIDAÇÃO POSSUI UMA FAIXA COM GRIRLADNA DE TRIFÓLEOS ENTRE DOIS FRISOS ESTRIADOS HORIZONTALMENTE. A CARACTERÍSTICA MAIS MARCANTE DO SEGUNDO SERVIÇO ALÉM DA COLORAÇÃO DE ALGUMAS PEÇAS É A DECORAÇÃO NO TERÇO INFERIOR COMPOSTA POR  FACETAS INTERCALADAS POR SULCOS QUE SE AFUNILAM EM DIREÇÃO À BASE. RESERVA OCTOGONAL COM AS ARMAS DO IMPÉRIO COM A COROA IMPERIAL. TRATA-SE DA SEGUNDA ENCOMENDA DE CRISTAIS DO IMPÉRIO BRASILEIRO. EM TODO PERÍODO IMPERIAL BRASILERIO QUE PERDUROU QUASE SETENTA ANOS SÓ EXISTEM QUATRO SERVIÇOS IMPERIAIS DE CRISTAIS ENCOMENDADOS, ESSE É O SEGUNDO. FRANÇA. SÉCULO XIX. DEC. 1840. 8 X 7,5  CM
  • GRANDE E BELO GOMIL E LAVANDA EM PRATA DE LEI. CONTRASTE PARA FRANÇA, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. (CABEÇA DE MERCÚRIO). MARCAS DO PRATEIRO ARMAND GROSS REGISTRADO EM 1893. ESTILO E ÉPOCA ART NOUVEAU. GOMIL ALONGADO, COM ALÇA MAGNIFICA REPESENTANDO CARIATIDE EM VULTO PERFEITO. DECORADO COM ESCUDELAS EM RESERVA RELEVADA COM GUIRLANDA FLORAL REMATADA POR LAÇAROTES. TODA A PEÇA É MAGNIFICAMENTE GUILLOCHADA. LAVANDA DE GRANDE DIAMETRO SEGUE O PADRÃO DECORATIVO DO GOMIL. FRANÇA, SEC. XIX. 35  (H)X 41 (D) CM. 2690 G
  • ESCOLA EUROPÉIA  FLORA  OLEO SOBRE CANVAS - MONUMENTAL OBRA DE ESCOLA EUROPÉIA OITOCENTISTA DE IMPRESSIONANTE BELEZA E EXPRESSIVIDADE, MAGNIFICAMENTE EMOLDURADA! A TELA DE GRANDE REALISMO MOSTRA ALEGORIA A PRIMAVERA REPRESENTANDO UMA LINDA JOVEM SEGURANDO CESTO COM EXUBERANTES FLORES SOBRE A CABEÇA. A A REPRESENTAÇÃO É A DA DEUSA FLORA EUROPA. SEC. XIX. 71 X 97 CM (SEM A MOLDURA) COM ELA 100 X 121 CM NOTA: Flora é uma deusa romana cujo culto era amplamente difundido na Itália Central , especialmente entre os sabinos . O nome da deusa está associado à palavra flos  - "flor". Identificado com a antiga ninfa grega, Cloreto . Entre os sabinos, Flora era a deusa das flores, flores, primavera e frutas silvestres; em sua homenagem foi nomeado o mês correspondente a abril ou maio ( mese Flusare ou mensis Floralis ). Na arte antiga, Flora era representada como uma menina ou uma jovem coroada com flores. Essa imagem dela se tornou um assunto comum na arte moderna. Em homenagem à deusa Flora foi batizada o termo botânico - "flora" ( vegetação ). Tito Tácito ergueu um altar para ela em Roma. Se as listas de feriados mais antigos não contêm uma menção do feriado em homenagem a Flora, é devido ao fato de que, como outras férias agrícolas, era móvel ( feriae conceptivae ). Provavelmente, este feriado foi celebrado pela primeira vez no final de abril ou início de maio, mas mais tarde foi suplantado por jogos em homenagem a Flora - "florais" ( ludi Florales ), cuja fundação remonta a 238 aC. AC, quando o templo de Flora foi consagrado. De 173 aC. Os jogos do BC eram celebrados uma vez por ano; no tempo de César , a celebração durava seis dias. Pelo fato de que a construção do templo e a fundação dos jogos foram atribuídas aos livros sibilinos , e os próprios florais foram dissolutos, podemos concluir que o culto a Flora era de origem grega .
  • BACCARAT (SELADO)  DEFREVILLE  CONTINENTAL SURTOUT DE TABLE EM BRONZE ORMOLU DE DIMENSÕES REALMENTE DIGNAS DE UM PALÁCIO. COMPOSTO DE QUATRO GRANDES EPERGNES COM BASE EM BRONZE E PRATO EM CRISTAL DE BACCARAT SELADO LAPIDADO EM SULCOS. A BASE TEM DOIS QUERUBINS COLHENDO UVAS QUE PENDEM DA BASE DO PRATO DE CRISTAL. O FUSTE É UMA ÁRVORE DE VIDEIRA QUE CRESCE DE FORMA ASCENDENTE SUSTENTANDO O PRATO. OS QUERUBINS ESTÃO ELEVADOS SOBRE FEIXES DE TRIGO. O CONJUNTO TEM COMO BASE UMA PARRA DE UVAS QUE SERPENTEIA EM TORNO DA PEÇA FORMANDO OS SEUS PÉS. O GRANDE CENTRO POR SI SÓ É MAJESTOSO. FUNDO EM ESPELHO CERCADO POR GRADIL EM BRONZE ORMOLU SIMULANDO RAMAGENS. QUATRO QUERUBINS ABRAÇADOS A CARNEIROS DEMARCAM OS PONTOS CARDEAIS. ASSINADO DEFREVILLE DO ARTIFICE  HENRI PICARD PRESTIGIADO FUNDIDOR E DOURADOR DO SEC.  XIX. QUE TRABALHOU EM PARIS ENTRE OS ANOS DE 1831 E 1864. PICARD FOI CELEBRADO PARA A FUNDIÇÃO E DOURAMENTO OBJETOS DECORATIVOS PARA UMA QUALIDADE MUITO ELEVADA DA PRODUÇÃO. EMBORA TENHA SIDO CONTRATADO  POR MUITOS PATRONOS IMPORTANTES, A REALIZAÇÃO MAIS NOTÁVEL DE PICARD FOI FORNECER AO IMPERADOR NAPOLEÃO III OBJETOS DECORATIVOS, VÁRIOS DOS QUAIS AINDA ESTÃO NO APARTAMENTO DE ESTADO DO MUSEU DO LOUVRE, EM PARIS. PEÇAS COMO ESSA SÓ SÃO VISTAS NAS MAIS IMPORTANTES CASAS DE LEILÃO DO MUNDO ATINGINDO NÃO RARO MAIS DE UMA CENTE DE MILHAR DE DOLARES, SÃO TÃO RAROS QUANTO SUNTUOSOS. FRANÇA, CIRCA DE 1860. 110 X 71 CM (SOMENTE O TAMANHO DO SURTOUT) E AS EPERGNES TEM  30 X 32 CM CADANOTA: Um SURTOUT DE TABLE é uma decoração colocada no centro de uma mesa. É utilizado por razões estéticas mas também para conter  alimentos. Originalmente, eram usados para apresentar objetos do serviço como o saleiro , a caixa de temperos, o galheteiro , o vinagre ou o açucareiro ; porém, com a evolução dos usos, perde gradualmente sua função utilitária e funcional para se tornar uma decoração de mesa recebendo floreiros majestosos ou candelabros. Durante a segunda metade do século 18 e ao longo do século 19, nenhuma mesa formal foi considerada concorrida sem uma. Hoje, eles ainda são vistos e usados nas salas de jantar mais formais e suntuosas. De acordo com Roy Strong , o surtout de table apareceu pela primeira vez em 1692 nas refeições do casamento de Filipe II, duque de Orléans (então duque de Chartres ) e a filha legitimada de Luís XIV, Françoise Marie de Bourbon , como "uma grande peça de prata dourada de uma nova invenção ". Freqüentemente assumia a forma de uma bandeja com galerias elevadas que seria preenchida com candelabros, estatuetas, vasos e epergnes combinando , a própria galeria às vezes contendo castiçais de velas. Nem sempre foram construídos com metais preciosos; porcelana e vidro eram freqüentemente usados,  também esculturas feitas de açúcar . A parte superior da bandeja costumava ser um espelho, para mostrar a parte inferior dos objetos nela e aumentar a luz refletida. Outros continuaram como formas esculturais, às vezes se tornando extremamente extravagantes. Durante a década de 1850, a moda da decoração de mesas de jantar temáticas atingiu seu apogeu e o surtout de table refletiu isso. Fábricas de porcelana como a Meissen produziram modelos elaborados e estatuetas que substituíram a estatuária clássica do estilo Império por montanhas de porcelana coloridas, cenas rústicas com gado e cabras e, ocasionalmente, até mesmo um tema de selva completo com cobras de porcelana realistas. O Castelo de Waddesdon Manor na Inglaterra é agora o lar de uma vasta bandeja dourada de 6,7 metros de comprimento sobre a mesa feita por Pierre-Philippe Thomire (1751-1843). Fabricado por volta de 1818, foi doado ao Príncipe Ruffo della Scaletta por Luís XVIII . George Washington encomendou um de Gouverneur Morris em Paris em 1790, escrevendo "Por favor, meu bom senhor, mande-me para a Filadélfia ou para este lugar espelhos para uma mesa com ornamentos elegantes e modernos, mas não caros, a seu gosto. Os espelhos, o comprimento total deles pode ser de três metros, a largura de sessenta centímetros, os painéis podem ser de louça ou qualquer outra coisa mais moderna. "  A França, que distribui coroas de glória, é o nome e o tema de uma grande placa de prata sobre surtout de table de bronze encomendada ao joalheiro parisiense Charles Christofle por Napoleão III em 1852. Destinada para uso em banquetes de estado no Palácio das Tulherias , a bandeja dourada contém uma guarnição de quinze esculturas. A figura central é uma Vitória alada com folhas de louro, que ela concede a duas carruagens puxadas por cavalos que representam a guerra e a paz. Aos pés da Vitória estão estatuetas representando Justiça, Concórdia, Força e Fé. A surtout de table ainda estava no local quando o palácio pegou fogo em 1871. Ela foi retirada dos escombros fumegantes danificada, mas intacta. Ele nunca foi restaurado e hoje é exibida com sua douração  enegrecida pelo fumaça e amassada  no Musée des Arts Décoratifs em Paris.
  • TADINI - MAGNÍFICO BRACELETE FLEXÍVEL EM OURO 18K. LINDO DESIGN COM FENESTRAS E RELEVOS. 18,5 CM DE COMPRIMENTO. 3 CM DE LARGURA. 72,4 GNOTA: LUCIANO TADINI, foi um grande joalheiro italiano radicado em São Paulo. Sua ligação com joalheria começou na infância, em suas incursões na oficina de seu tio, também joalheiro. Foi lá que nasceu o interesse pelo ofício. Fez diversos cursos ainda na Itália e ao chegar ao Brasil ainda no início do ano de 1951, já era um conceituado profissional joalheiro. Suas joias aliam design e qualidade da produção de ourivesaria italiana.
  • JÚLIO ANDREAZZA - EXUBERANTE PAR DE BRINCOS EM OURO 18K EM DUAS TONALIDADES DECORADOS COM LINDAS ROSAS E RAMAGENS EM VULTO PERFEITO E PÉROLAS BARROCAS BLUE.  JÚLIO ANDREAZZA FOI CELEBRIZADO POR SUAS CRIAÇÕES DE DESING EM JÓIAS COM FEITIO DE ROSAS. 8,5 CM DE COMPRIMENTO. 22,9 GNOTA: Há uma canção do Cartola, o poeta que sempre viveu à margem, mas versou como poucos sobre amor, que diz: Queixo-me às rosas / Que bobagem / As rosas não falam / Simplesmente as rosas exalam / O perfume que roubam de ti. As rosas realmente não falam, mas se falassem, quantas histórias poderiam compartilhar. O mesmo pode ser dito à respeito das rosas de Júlio César Andreazza (1928-2014). Reconhecido como um dos mais respeitados joalheiros, fazia cada peça à mão e sob medida. A repercussão do seu trabalho como joalheiro realmente ganhou o mundo. Uma das suas garotas-propaganda na Europa era a condessa italiana Angiolleta Miroglio Cattani, que foi diversas vezes fotografada usando as peças de Júlio. Em uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, em 12 de julho 1969, intitulada As Rosas de Júlio César são de ouro, o artista definiu da seguinte forma o seu trabalho: Faço a peça para a pessoa que vai usá-la por isso ela não deve ser vendida, nem emprestada pois não combinará com outra pessoa. Obcecado pelo processo de criação, queria ver o trabalho não apenas terminado, mas perfeito. Na mesma reportagem, o jornalista descreve: Quando chega ao final e não gosta, desmancha tudo e começa de novo. Em 1971, o então presidente do Brasil Emílio Garrastazu Médici seria recebido pelo norte-americano Richard Nixon. Eram anos de chumbo, mas a primeira dama brasileira só preocupava-se com o jantar presidencial em Washington. Para brilhar, Scylla Médici encomendou a Júlio uma joia e nessa ocasião a primeira dama americana mostrous-e encantada pela beleza da produção.
  • SANTA MARIA MADALENA  EXTRAORDINÁRIA ESCULTURA EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I. ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I. A SANTA ERGUE O FRASCO ONDE MANTEVE O PERFUME COM O QUAL LAVOU OS PÉS DO SENHOR SECANDO-OS A SEGUIR COM OS SEUS PRÓPRIOS CABELOS. A BASE É BELISSIMA, VASADA E ENTALHADA COM FLORES, PROFUSAMENTE RECOBERTA COM OURO. A SANTA É BELISSIMA E EXPRESSIVA, MAGNIFICA POLICROMIA. OS CABELOS SÃO ESCULPIDOS COM EXTRAORDINARIO REALISMO E LHE CAEM EM LONGAS MADEIXAS SOBRE OS OMBROS E NAS COSTAS. PORTUGAL, INICIO DO SEC. XIX. 39 CM DE ALTURA. NOTA: Maria Madalena é a padroeira dos pecadores arrependidos, dos convertidos, das mulheres, das pessoas ridicularizadas por sua piedade, dos boticários, dos cabeleireiros, dos curtumeiros, dos fabricantes de perfumes, dos farmacêuticos, dos fabricantes de luvas, da vida contemplativa e contra a tentação sexual . Madalena, na verdade, é um apelido e significa aquela que veio de Magdala, cidade que ficava às margens do Lago de Genesaré, perto de Cafarnaum, na Terra Santa. Por este apelido sabemos que esta Maria veio de Magdala. No tempo de Jesus, Magdala era uma cidade importante. Para se ter uma ideia, tintureiros e pescadores tinham bairros específicos na cidade. Ali havia indústrias de barcos e de peixes em conserva. Além disso, sabe-se que um excelente tipo de lã era vendida ali em mais de oitenta lojas. A palavra Magdala significa torre. Achados recentes indicam, de fato, uma torre nas ruínas de Magdala. Os arqueólogos acreditam que se tratava de um farol. Se Maria Madalena foi, de fato, uma prostituta, deve ter sido famosa e muito bonita, porque poucas mulheres em Israel tinham posses como ela. O admirável nisso tudo é que, após conhecer Jesus e ter sido salva por Ele, Santa Maria Madalena colocou suas posses, conseguidas, talvez, com o dinheiro da prostituição, a serviço do Reino de Deus, mostrando que a conversão chegou a todas as áreas da vida desta grande santa. Outro dado marcante sobre Santa Maria Madalena é o fato de ela ter sido a primeira testemunha ocular de Jesus ressuscitado. Segundo os Evangelhos, ela foi a primeira a ver e a falar com Jesus na madrugada do domingo, logo após a ressurreição do Mestre, como vemos no Evangelho de São João 20, 1-18. Além de ter sido a primeira testemunha de Jesus ressuscitado, ela foi também a primeira a anunciar o milagre da ressurreição de Jesus. A Tradição Cristã também atesta que Santa Maria Madalena foi uma grande anunciadora do Evangelho depois de Pentecostes. Seu exemplo é maravilhoso. Diz a tradição que, após partir para a Europa, Maria Madalena conseguiu uma audiência em Roma com o imperador Tibério César, por ser considerada uma patrícia romana (assim como Paulo). Sua intenção era denunciar o crime cometido pela negligência de Pilatos, e para isso contou-lhe a vida do Cristo, Sua morte e Ressurreição. Ao terminar seu relato, ela pegou sobre a mesa de jantar um ovo branco para ilustrar seu ponto de vista sobre a ressurreição. Ao ver isso, César replicou que era mais fácil um ovo branco se tornar vermelho do que existir alguém que retornou dos mortos. No mesmo instante, o ovo nas mãos de Maria se tornou vermelho como sangue.
  • MAJESTOSO SACRÁRIO EM MADEIRA RICAMENTE ENTALHADA E RECOBERTA COM OURO BRUNIDO. INCOMUM PELA GRANDE DIMENSÃO. TRABALHO MAGNÍFICO DE TALHA ERUDITA POSSUI NA PORTA ENTALHE EM ALTO RELEVO COM OS SÍMBOLOS DA PAIXÃO DE CRISTO SENDO: A CRUZ EM QUE FOI MORTO NOSSO SENHOR, A VARA DE HISSOPO COM A ESPONJA EM QUE FOI EMBEBIDO VINAGRE OFERECIDO A CRISTO QUANDO PEDIU PARA APLACAR SUA SEDE, A LANÇA QUE PERFUROU CRISTO PARA COMPROVAR SUA MORTE, OS DADOS USADOS PELOS SOLDADOS PARA LANÇAR SORTE SOBRE AS ROUPAS DE CRISTO E AS PALMAS UTILIZADAS PARA AÇOITAR JESUS. FECHADURA TEM ESPELHO EM METAL COM FEITIO DE CORAÇÃO ALADO E DO LADO DIREITO A TÍTULO DE BUSCAR SIMETRIA O MESMO ENFEITE É REPETIDO. A PORTA TEM AINDA LINDO TRABALHO SIMULANDO RENDILHADO ESCULPIDO EM BAIXO RELEVO. O SACRÁRIO É PRIMOROSAMENTE ENTALHADO  COM VOLUTAS E ANJOS EM RELEVO. AS LATERAIS APRESENTAM EM RELEVO SIMBOLOS EUCARÍSTICOS ENTRELAÇADOS A VIDEIRA COM FRUTOS E ESPIGAS DE TRIGO UNIDAS POR LAÇO. PEÇA MAGNÍFICA DO ALTO BARROCO BRASILEIRO DO SEC. XVIII. 96 CM DE ALTURA POR 116 CM DE COMPRIMENTO.
  • NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO  GRANDIOSA IMAGEM EM MADEIRA DOURADA E POLICROMADA COM COROA EM PRATA DE LEI. OBRA MAGNÍFICA DO BARROCO PORTUGUÊS. A GRANDE IMAGEM REPRESENTA A GLORIOSA VIRGEM IMACULADA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO PADROEIRA DE PORTUGAL. A SANTA APRESENTA-SE COM MÃOS POSTAS EM SÚPLICA, A ROUPA COM PANEJAMENTO RICO E MOVIMENTADO, ASSENTE SOBRE GRANDE BASE COM FEITIO DE CINCO CABEÇAS DE ANJOS EM ADORAÇÃO. DAS NUVENS PARTEM DOIS CRESCENTES LUNARES. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. LINDA FEIÇÃO DO ROSTO! COROA ORIGINAL EM PRATA DE LEI. ACOMPANHA BASE EM MADEIRA ENTALHADA COM FEITIO DE COLUNA. TRATA-SE DE UMA DAS MAIS MAGNIFICAS REPRESENTAÇÕES DA VIRGEM DA IMACULADA CONCEIÇÃO QUE JÁ VI. PORTUGAL, SEC. XVIII. SOMENTE A IMAGEM: 84 CM DE ALTURA. IMAGEM COM A COROA: 98 CM DE ALTURA COLUNA 82 CM DE ALTURA, TOTAL DO CONJUNTO 180 CM DE ALTURA.NOTA: A HISTÓRIA DOS PIGMENTOS PORQUE O MANTO DA VIRGEM MARIA É AZUL: Aproximadamente 100 anos atrás, Edward Waldo Forbes historiador de arte e ex-diretor do Fogg Art Museum iniciou uma busca mundial por cores. Com mais de 3.000 amostras de materiais (entre pós, insetos, plantas e outras fontes), Forbes conseguiu montar uma coleção inigualável de pigmentos, como se fosse uma biblioteca de cores, hoje conhecida como The Forbes Pigment Collection. O acervo pertence ao Harvard Art Museums, e traz estudos de corantes de todas as tonalidades, incluindo matizes metálicas e fluorescentes. Parte do resultado desta catalogação foi publicada recentemente no Atlas of Rare & Familiar Colour, com as descrições, histórias e imagens de cerca de 200 amostras, cuidadosamente fotografadas por Pascale Georgiev. E aqui estão alguns dos pigmentos mais curiosos da coleção. A história do Indian Yellow (amarelo indiano) diz que as pessoas na aldeia de Mirzapur, em Bihar, na Índia, alimentavam suas vacas exclusivamente com folhas de manga para deixar a urina dos animais com um tom amarelo e brilhante, ideal para transformar em corante. Vendido na forma de esferas do tamanho de bolas de golfe, seu processo conta apenas com uma testemunha ocular em 1883 que descreveu exatamente como o pigmento era produzido. O Azul Ultramarino foi criado com a mineração da pedra lápis lazuli, nas pedreiras de Badakshan (atual Afeganistão) na Idade Média. Seu custoso transporte percorria montanhas e mares, o que configurou o pigmento incrivelmente mais caro que o ouro e um ícone de status social na época. Seu alto valor exigia uma nota de cobrança separada da nota da pintura, e para estender suas reservas do valioso corante, os artistas às vezes pintavam com azurita, uma substância mais barata, e depois o cobriam com uma camada muito fina do Azul Ultramarino. Este pigmento pode ser encontrado no manto da Virgem em The Virgin and Child, de Sandro Botticelli, de 1490. Finalmente desvalorizou em 1826, quando um químico descobriu uma versão sintética, tornando a cor azul brilhante muito mais amplamente disponível.
  • GRÃ-DUQUESA OLGA NIKOLAYEVNA ROMANOWA DA RÚSSIA (1822 - 1892)   FILHA DO CZAR NICOLAU I, BISNETA DE CATARINA A GRANDE, ESPOSA DO REI CARLOS I  DE WÜRTTEMBERG E NORA DO KAISER GUILHERME I, PRIMEIRO IMPERADOR DO  IMPÉRIO ALEMÃO UNIFICADO  SUNTUOSO FAQUEIRO EM PRATA DE LEI COMPLETO PARA 12 PESSOAS. SERVIÇO DA GRÃ DUQUESA OLGA NIKOLAEVNA DA RÚSSIA, RAINHA DE WÜRTTEMBERG. MARCAS PARA A CIDADE DE SÃO PETESBURGO, ANO DE 1840, CONTRASTE DO ENSAIADOR DIMITRIJ IITSCH TVERSKOJ (ATIVO ENTRE 1834-1850). FOI ENCOMENDADO AOS JOALHEIROS IMPERIAIS NICHOLS & PLINKE PELO CZAR NICOLAU I PARA O ENXOVAL DA GRÃ DUQUESA EM SEU ANIVERSÁRIO DE 18 ANOS. MARCA DO ARTÍFICE HENRIK AUGUST LONG "HAL" (FINLANDIA, 1797   SÃO PETERSBURGO 1842), MESTRE PRATEIRO DE NICHOLS & PLINKE. AS LÂMINAS DAS FACAS JÁ FORAM ATUALIZADAS PERMITINDO SEU USO EM NOSSOS DIAS. TODAS AS PEÇAS POSSUEM NA PARTE FRONTAL DO CABO GRAVAÇÃO EM CIRÍLICO O MONOGRAMA DA GRA DUQUESA OLGA NIKOLAEVNA SOB COROA IMPERIAL RUSSA E NA PARTE DE TRÁS BRASÃO IMPERIAL RUSSO COM A ÁGUIA BICÉFALA COROADA. O FEITIO É IMPRESSIONANTE, ROBUSTO, MAS ELEGANTE EM TUDO REVELADOR DO LUXO E SOFISTICAÇÃO DA RÚSSIA IMPERIAL. O FAQUEIRO DA GRÃ DUQUESA OLGA, SUAS BAIXELAS EM PRATA DE LEI, ADORNOS DO MESMO METAL E SEUS OBJETOS PESSOAIS  FORAM APREGOADOS EM UM HISTÓRICO LEILÃO REALIZADO PELA CASA  ALBERT KENDE (VIENA) EM 1935. DESDE ENTÃO DE TEMPOS EM TEMPOS ALGUMAS PEÇAS SÃO APREGOADAS NA EUROPA COMO AS DUAS COLHERES OFERTADAS EM LEILÃO POR UM VALOR MÍNIMO ESTIMADO DE 1500 A 2000 DOLARES ( VIDE EM HTTPS://WWW.BIDSQUARE.COM/ONLINE-AUCTIONS/SHAPIRO/A-RUSSIAN-PAIR-OF-SILVER-GILT-SERVING-SPOONS-WORKMASTER-HENRIK-AUGUST-LONG-RETAILED-BY-NICHOLS-AND-PLINKE-ST-PETERSBURG-1840-1076718). UMA SOPEIRA DO CONJUNTO FOI VENDIDA NA CASA CHRISTIES ENTRETANTO DESDE O GRANDE LEILÃO DE 1935 NÃO É FRANQUEADA A VENDA EM LEILÃO DE UMA QUANTIDADE TÃO EXPRESSIVA. UM SERVIÇO COMPLETO PARA DOZE PESSOAS. OBVIAMENTE UM FAQUEIRO DE UMA GRÃ DUQUESA RUSSA, FILHA DO CZAR DEVERIA SER EXTENSO, MAS A FORMAÇÃO DE UM CONJUNTO PARA DOZE PESSOAS FRUTO DE UMA ENCOMENDA DO CZAR NICOLAU I, A UM ÁRTIFICE DA CASA IMPERIAL É UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA, PROVAVELMENTE SEM PRECEDENTES E DIFICILMENTE VOLTARÁ A ACONTECER. A RAINHA OLGA FOI RECONHECIDA PELA BELEZA E PELO REQUINTE DE SEU PALÁCIO. APRECIAVA OBJETOS E MÓVEIS SUNTUOSOS. ASSIM COMO SUA IRMÃ ALEXANDRA, QUE FOI CASADA COM O PRÍNCIPE FRIEDRICH WILHELM VON HESSEN-KASSEL. AMBAS RECEBERAM UM MAGNÍFICO ENXOVAL COM O MELHOR QUE A RÚSSIA PODERIA OFERECER EM CRISTAIS, PORCELANA E PRATA DE LEI. SEU ENXOVAL FOI EMBALADO EM 307 CAIXAS E ENVIADO ATRAVÉS DO MAR BÁLTICO ATÉ O REINO DE . WÜRTTEMBERG ONDE FOI RAINHA. O SERVIÇO COMPLETO PARA 12 PESSOAS  TEM 90 PEÇAS SENDO: 12 GARFOS DE JANTAR, 12 FACAS PARA CARNE, 12 COLHERES PARA SOPA, 12 GARFOS PARA SOBREMESA, 12 COLHERES PARA SOBREMESA, DOZE 12 FACAS PARA FRUTAS, 12 PEQUENAS PÁS E SEIS LINDAS PEÇAS DE SERVIÇO (SOBREMESA E SERVIÇO SÃO RECOBERTOS COM OURO  VERMEIL). UMA SOPEIRA DESSE SERVIÇO FOI VENDIDA PELA CASA CHRISTIES EM LEILÃO REALIZADO EM NOVA YORK NO ANO DE  2012 POR 158.500 DOLARES (CENTO E CINQUENTA E OITO MIL E QUINHENTOS DOLARES) VIDE EM: https://www.christies.com/lotfinder/Lot/a-russian-silver-soup-tureen-cover-and-5557002-details.aspx .RÚSSIA IMPERIAL, 1840. 8655 G (PESO TOTAL)NOTA: Olga nasceu em 1822  foi a terceira  filha do CZAR Nicolau I e de sua esposa Alexandra Feodorovna (nascida Charlotte da Prússia). Ela passou a infância em São Petersburgo. Em 1846, ficou noiva em Palermo de Karl von Württemberg,  filho de seu tio, o rei Guilherme I de Württemberg, e casou-se com ele no mesmo ano. Em 1864 ela se tornou Rainha de Württemberg. Olga teve intensa ação social  e fundou um grande número de instituições  que também levam o seu nome. Sem filhos Olga adotou sua sobrinha, a grã-duquesa Vera Konstantinowna, mais tarde duquesa de Württemberg em 1870. Ela morreu em sua residência de verão em Friedrichshafen em 1892. Olga  e seu marido se apreciavam muito e fizeram várias viagens juntos. Os interesses comuns em arte, música, literatura e teatro ajudaram o casal a levar um casamento aparentemente harmonioso. No entanto, o casamento foi prejudicado pela falta de filhos, mas também por causa da homossexualidade do rei. Olga possuía vários objetos de prata esplêndidos, como evidenciado por um catálogo de leilão de Albert Kende (Viena) de 1935. Além disso, o Landesmuseum Württemberg em Stuttgart possui, além de outros objetos relacionados a Olga, peças de prata (por exemplo, placas) do Regimento de Granadeiros Rainha Olga (1º Württemberg) nº 119, que foi um regimento de Württemberg de 1806 a 1919 Exército e foi nomeado Rainha Olga.
  • PRATA DE LEI GEORGIANA  PALACIANA SALVA EM PRATA DE LEI DE GRANDE DIMENSÃO COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES, LETRA DATA 1741 E PRATEIRO PAUL DE LAMERIE PAUL DE LAMERIE (1688 - 1751), UM OURIVES HOLANDÊS QUE TRABALHAVA NA INGLATERRA, CONSIDERADO UM DOS MELHORES ARTESÃOS DA HISTÓRIA. BORDA RECORTADA COM ROCAILLE E CONCHEADOS. PLANO CINZELADO COM MAGNIFICAS ROCAILLES COM BRASÃO DE ARMAS COM ESCUDO BIPARTIDO COM LEÃO ROMPANTE, ESTRELAS, ESCUDO E UNICÓRNIOS. ELEVADA SOBRE QUATRO PÉS EM PAPIRO. UMA DAS SALVAS MAIS BONITAS E GRANDIOSAS QUE JÁ TIVE OPORTUNIDADE DE VER. INGLATERRA, REINADO GEORGE II (1727-1760). 52 CM DE DIAMETRO. 3370 GNOTA: De Lamerie registrou sua própria marca pela primeira vez em 1712, depois de servir como aprendiz do ourives de Londres Pierre Patel. Os primeiros trabalhos de Lamerie são vasos simplistas do estilo Queen Anne; no entanto, na década de 1730, ele estava produzindo obras no estilo Rococó altamente ornamental. Aclamado por sua incrível habilidade técnica e designs inovadores, de Lamerie foi um dos primeiros artesãos a incorporar elementos de design do Rococó francês na prata inglesa. Suas provas alcançam preços internacionais vultosos e integram acervo dos principais museus do mundo.
  • DONA MARIA ANNA DA ÁUSTRIA (ÁUSTRIA, 7 DE SETEMBRO DE 1683 - LISBOA, 14 DE AGOSTO DE 1754)   RAINHA DE PORTUGAL -  CONSORTE DO REI  DOM JOÃO V. OLEO SOBRE CANVAS, DEC. 1730. EM SUA HOMENAGEM FOI BATIZADA A CIDADE DE MARIANA EM MINAS GERAIS. IMPONENTE RETRATO DA RAINHA DONA MARIA ANNA PINTADO SOBRE CANVAS. A RAINHA É APRESENTADA TRAJANDO VESTES MAJESTÁTICAS E BELAS JÓIAS. O VESTIDO É EM  BROCADO AZUL E TEM MANTO EM SEDA NA NOTALIDADE VERDE. A OBRA É MAGNÍFICA. RETRATO EM ÉPOCA LIGEIRAMENTE ANTERIOR AO DESSE APRESENTADO NO PREGÃO FAZ PARTE DO ACERVO DO MUSEU DO PRADO NA ESPANHA (Proyecto de Sala de Retratos de los Reyes de la Casa de Austria y Borbón, Real Museo). VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE A FOTOGRAFIA DO QUADRO PERTENCENTE AO ACERVO DO MUSEU REAL DO PRADO. A OBRA FOI RESTAURADA COM SERVIÇO DE QUALIDADE  DE MUSEU EUROPEU, LIMPA E REENTELADA ESTÁ EM PERFEITAS CONDIÇÕES. PORTUGAL, SEC. XVIII, DEC. 1730. 68 X 59 CM SEM A MOLDURA. COM ELA 90 X 77 CM. NOTA: A Rainha Dona Maria Ana , nasceu em 1683, em Linz, na Áustria, e faleceu em 1754, em Belém, Lisboa. Aos 25 anos tornou-se rainha de Portugal através do seu casamento com D. João V, quando este tinha apenas 19 anos. Era filha do imperador Leopoldo I da Áustria e de D. Maria Leonor. Por ocasião de seu casamento foram inauguradas as monumentais embaixadas de Dom João V. O Conde de Vilar Maior foi enviado por mar como embaixador extraordinário à corte austríaca. Chegando aos Países Baixos, fez então o percurso por terra até Viena, onde chegou a 21 de Fevereiro de 1708. Mas o embaixador apenas fez entrada pública a 6 de Junho, dia de Corpus Domini, porque esperava coches de gala encomendados nos Países Baixos para a ocasião, as famosas carruagens igrejais de Dom João V que a Europa assistiu rodar pela última vez na embaixada para o casamento de Dom Pedro, então príncipe da Beira e de Dona Leopoldina da Áustria, nossos futuros imperadores .  Antes de fazer a entrada pública, o conde recebeu audiência particular do imperador, da imperatriz sua mulher e da imperatriz viúva; dias depois também lhe foi concedida audiência das arquiduquesas. A imponente cerimónia da apresentação contou com dois coches do imperador, conduzidos pelo marechal da corte, e mais quarenta e dois coches, tirados a seis cavalos, pertencentes aos principais nobres da corte. O casamento realizou-se a 9 de Julho, na Catedral de Santo Estêvão, com o imperador a representar D. João V. A nova rainha de Portugal foi então trazida a Lisboa a bordo da armada de catorze naus do Conde de Vilar Maior, que no caminho tocou em Portsmouth na Inglaterra, onde houve festejos em honra do casamento do rei aliado. Chegada a rainha a Lisboa, houve fogos de artifício no Terreiro do Paço e armou-se um anfiteatro, onde em três tardes sucessivas se realizaram corridas de touros. Houve ainda preparações extraordinárias para a bênção nupcial, a 28 de Outubro, com arcos de triunfo e enorme magnificência, e toda a Corte sofreu uma profunda alteração. Foi o período áureo de Portugal quando abundava o ouro e diamantes provenientes do Brasil. Dom João V é considerado o REI SOL PORTUGUÊS. Mulher extremamente culta e devota Dona Maria Anna tornou-se regente do reino por duas vezes: a primeira vez foi em 1716 e a segunda em 1750, aproximando do governo Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, na qualidade de conselheiro sobre matéria económica. Morreu em 1754, quatro anos após a morte de D. João V, deixando seis filhos, um dos quais se viria a tornar rei sob o nome de D. José I.
  • Canhão de salva DE HONRA OU DE AVISO  RARO CANHÃO DE SALVA FUNDIDO EM BRONZE COM SUA CARRETA EM MADEIRA DOTADA DE GUARNIÇÕES EM FERRO. PEÇA EXTRAORDINÁRIA, DE ÉPOCA E EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. O Canhão de salva  de menor porte do que os canhões de combate, era empregado para  descargas de artilharia em honra de uma autoridade, de um pavilhão estrangeiro, para saudá-lo, para celebrar uma vitória, para render honras fúnebres. vide nos créditos extras desse lote uma rara imagem fotográfica do imperador dom pedro ii registarada em 1886 quando em companhia do conde deu participou de um teste de canhões para aquisição do exército imperial note que o imperador segura uma taça na mão indicando que provavelmente o canhão tenha efetuado disparo durante o teste em honra ao monarca. BRASIL, SEC. XVIII. 102 cm (carreta) e 75 cm (canhão)NOTA: Apesar de hoje se tratar de uma tradição que usa unicamente armas de fogo, a origem do gesto de saudação é anterior ao advento da pólvora. Ela vem da época em que guerreiros colocavam as pontas de suas armas no chão para indicar que vinham pacificamente. Mesmo com a descoberta popularização da pólvora, a tradição continuou, ainda que tenha mudado bastante. Quando canhões se tornaram algo comum tanto em terra quanto em navios, por volta do século 14, virou costume que as embarcações que se aproximavam de um porto estrangeiro disparassem todas as suas armas. Como a recarga era relativamente demorada, isso servia de garantia para indicar que o barco estava indefeso e que não tinha intenções hostis no local. No século XVI depois que disparava um canhão demorava aproximadamente uma hora para voltar à carga então dispara-lo ao chegar a um porto não só indicava que o navio vinha em paz como inviabilizava outros disparos em curto tempo. Com o tempo, o costume mudou novamente. Quando um navio inglês chegava a uma nova cidade portuária, disparava apenas sete vezes. Isso se dava provavelmente por motivos religiosos  o sete é um número recorrente na tradição cristã. Adotou-se então o padrão de sempre se saudar um porto com esse número de tiros para indicar intenções pacíficas. Obviamente, a maioria dos navios dos séculos XVIII e XIX com canhões já mais modernos carregava munição suficiente para disparar contínuas vezes, mas o ato era meramente simbólico. Durante um tempo foi comum disparar uma salva de balas com um número par para indicar que o capitão de um navio havia morrido durante a viagem. Para indicar que o gesto tinha sido recebido e aceito, os responsáveis pela defesa da cidade atiravam em resposta. No entanto, três tiros eram dados para cada um dos sete vindos da embarcação, totalizando 21 disparos. A provável razão disso era mostrar que o lugar, embora estivesse recebendo aqueles marinheiros, estava bem preparada para se defender. O que se tem registrado é que, depois de um tempo, os próprios navios passaram a disparar também 21 tiros. Já que as embarcações foram se tornando cada vez maiores e necessitavam estar mais bem equipadas, é provável que os capitães quisessem mostrar que seriam um desafio à altura. Logo, a salva deixou de ser uma declaração de boas intenções e passou a ser uma saudação formal. No começo do século 18, por volta de 1730, o governo britânico passou a reconhecer oficialmente o gesto, inclusive autorizando que a Marinha Real usasse os 21 tiros como forma de honrar membros da família real em aniversários. Em 1808, essa passou a ser a maneira oficial de se honrar a realeza britânica. Com o tempo, outras nações também adotaram a saudação em seus ritos oficiais. Os Estados Unidos, no entanto, demoraram muito mais para aderir à ideia. Isso porque em 1810 o país estabeleceu que o gesto adequado para reverenciar seus dignitários era um tiro para cada estado da União. Como esse número só crescia a cada ano, logo o gesto ficou extremamente longo e inadequado. Em 1842, os EUA adotaram os 21 tiros apenas como a saudação presidencial. Em 1875, a Inglaterra propôs que a nação americana adotasse a salva de 21 disparos para seus representantes, da mesma forma que a maioria dos países europeus já fazia, o que foi aceito. Apenas em 1890 que o gesto foi aceito como saudação nacional pelo congresso americano. Ainda hoje, a salva de 21 tiros significa uma grande demonstração de respeito a alguma autoridade. Nos Estados Unidos, ela é reservada para honrar o presidente, vice-presidente e chefes de Estado estrangeiros, podendo ser disparada também em homenagem à bandeira americana. Também se realiza os tiros ao meio-dia da data em que é realizado o funeral de um presidente, ex-presidente ou presidente eleito, assim como no Memorial Day, feriado nacional daquele país. No Brasil, ela acontece para saudar o presidente da República, um chefe de Estado estrangeiro no momento de sua chegada à capital federal, e os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, por ocasião das sessões de abertura e de encerramento de seus trabalhos.
  • CONDE DE SÃO CLEMENTE  PRATO RASO EM PORCELANA PERTENCENTE AO  SERVIÇO DO CONDE DE SÃO CLEMENTE ( ANTÔNIO PEREIRA PINTO ). BORDA RECORTADA COM LARGO BARRADO EM  AZUL DELIMITADO POR FRISOS GRAVADOS A OURO. OSTENTA NA CALDEIRA, BRASÃO DO TITULAR SOB COROA DE CONDE ENCIMADA POR ÁGUIA NEGRA, TIMBRE DA FAMÍLIA SÃO CLEMENTE PROVENIENTE DA CIDADE DO PORTO. MARCAS DA MANUFATURA I.GAUVAIN. EXEMPLAR COMO ESTE ESTÁ REPRODUZIDO À PÁG. 320 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL DE JENNY DREYFUS. FRANÇA, SEC. XIX,  23,5 CM DE DIÂMETRO.NOTA: BRASÃO DO CONDE DE SÃO CLEMENTE:  Escudo partido em pala: na primeira em campo de ouro,cinco crescentes de lua de azul, postos em aspa; na segunda as armas dos Vasconcellos que são: em campo preto, três faixas, veiradas e contraveiradas de prata e goles. TIMBRE: uma águia de preto,estendida.
  • DONA MARIA I  - 6400 RÉIS - LINDA MOEDA EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DATADA DO ANO DE 1792 E LETRA MONETÁRIA PARA A CIDADE DO RIO DE JANEIRO. A RAINHA É APRESENTADA  CINGINDO GRINALDA. BRASIL, SEC. XVIII. 31 MM. 14,4 G.NOTA: O fato mais relevante a acontecer na cidade do Rio de Janeiro em 1792 foi o enforcamento de Tiradentes em 21 de abril daquele ano. Relato da execução da sentença de morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, atribuído a um de seus confessores, o frei franciscano Raimundo de Penaforte, em 21 de abril de 1792: () Pelas onze horas do dia, que o sol descoberto fazia ardente, entrou na praça vazia por um dos ângulos da figura, que faziam os regimentos postados, o réu e o demais acompanhamento dos ministros de justiça, dos irmãos de misericórdia, do clero e dos religiosos. Ligeiramente subiu os degraus e sem levantar os olhos, que sempre conservou pregados no crucifixo sem estremecimento algum, deu lugar ao carrasco para preparar o que era necessário e por três vezes pediu-lhe que abreviasse a execução. Não desistiram os sacerdotes de dirigir a Deus os auxílios tão necessários para avivar a fé, a esperança e a caridade em transe tão arriscado. O guardião do convento de Santo Antônio, que também acompanhava os seus súditos, inflamando-se desmarcadamente em caridade e em justiça, subiu a escada e daí admoestou os espectadores, que não se deixassem possuir só da curiosidade e do assombro, mas que implorassem de Deus a última graça para quem tão constante ia pagar o seu delito, e que assim mesmo tinha servido de objeto de clemência da soberana, que não o punia mais gravemente, e não menos da iluminada justiça de seus ministros, que não lhe agravarão a pena. Repetido pelo mesmo padre guardião o credo, viu-se suspenso de uma das traves da forca o corpo do infame réu, cuja alma em paz descanse. Seguiu-se a fala do costume feita por religiosos.() O povo foi inúmero e se não fossem as patrulhas avulsas, sem dúvida ele mesmo ficaria esmagado debaixo do peso de sua imensa massa. Como se abala o povo para ver o que deve precaver!  As janelas das casas estão vindo abaixo de tanto mulherio; cada uma apostava com a outra o melhor asseio. Não permitiu a providência, que a curiosidade roubasse a maior parte desse espetáculo; foi tal a compaixão do povo da infelicidade temporal do réu, que para lhe apressarem a eterna, ofereceram voluntariamente esmolas para dizerem missas por sua alma; e só nessa passagem tirou o irmão da bolsa cinco dobras (antiga moeda portuguesa). Era impossível que esse fato não tocasse vivamente os corações dos bons e fiéis vassalos, e que vassalos cristãos não descobrissem nele uma particular providência, e que não adorassem! Assim o sentiu a Câmara desta cidade, que determinou que se pusessem luminárias nas três noites seguintes e se fizesse uma ação de graças; para que escolheram a igreja dos Terceiros Carmelitas. Por convite da mesma fez pontifical de manhã o bispo diocesano, e de tarde repetiu o muito reverendo padre-mestre sr. dr. Fernando Pinto, uma nervosa oração fundada sobre três pontos: Iº Render graças a Deus pelo benefício que fez aos povos de Minas Gerais em se descobrir a infame conjuração a tempo que foi dissipada e sem que fosse posta em execução, e se seguissem as perniciosíssimas consequências que dela resultariam; 2º Por não ser contaminada essa cidade da dita infame conjuração; 3º Persuadir ao povo fidelidade, amor e lealdade a unir soberana tão pia e tão clemente e rogar a Deus, que lhe conserve a vida e o império. ()
  • BRASIL IMPERIAL  MAGNÍFICA BILHA EM CERAMICA COM SUAVE POLICROMIA EM TONS DE VERDE. JUNÇÃO DO GARGALO COM O CORPO REMATADA POR RAMOS DE CAFÉ E SEUS FRUTOS RELEVADOS. NO BOJO DOS DOIS LADOS LOSANGOS EM CUJO INTERIOR ESTÃO LINDOS BRASÕES DO BRASIL IMPERIAL TAMBÉM RELEVADOS. NAS LATERAIS PALMEIRAS ENTRE FIGURAS DE PAPAGAIOS E SERPENTES. NA PARTE INFEERIOR ARREMATE COM FEITIO DE GREGA. PEÇA RARA, IMPORTANTE E BELISSIMA. BRASIL, SEC. XIX. 29 CM DE ALTURA.
  • TADINI  SUNTUOSO PULSEIRA BRACELETE EM OURO 18 K COM RUBI BIRMANÊS EM CABOCHON, RUBIS  E  LINDOS BRILHANTES EXTRA BRANCOS DE MUITA QUALIDADE COM APROXIMADAMENTE 0,1 CT CADA TOTALIZANDO 1CT. DESENHO CLÁSSICO DA MANUFATURA BULGARI DOIS LEÕES MORDENTES EM UM CÍRCULO CRAVEJADO COM PEDRAS (RUBI BIRMANES EM CABOCHON  E BRILHANTES). OLHOS EM RUBIS. EXCEPCIONAL QUALIDADE E BELEZA NA EXCECUÇÃO! 6,6 CM DE DIAMETRO. 54,6 GNOTA: LUCIANO TADINI, foi um grande joalheiro italiano radicado em São Paulo. Sua ligação com joalheria começou na infância, em suas incursões na oficina de seu tio, também joalheiro. Foi lá que nasceu o interesse pelo ofício. Fez diversos cursos ainda na Itália e ao chegar ao Brasil ainda no início do ano de 1951, já era um conceituado profissional joalheiro. Suas joias aliam design e qualidade da produção de ourivesaria italiana.
  • PAÇO ISABEL  SEVRES  MAJESTOSA ÂNFORA EM PORCELANA DE SEVRES NA TONALIDADE AZUL CELESTE COM RICA BRONZERIA COM ACABAMENTO ORMOLU. CORPO DECORADO EM OURO COM BRASÃO REAL DE LOUIS PHILIPPE, AVÔ DO CONDE DEU, COM MONOGRAMA LP SOB COROA REAL EM MEIO A GUIRLANDA. NA OUTRA FACE CENA IDÍLICA PASTORIL COM TRÊS PERSONAGENS, OVELHAS, FLORESTA E CASCATA. ASSINADA PELO ARTISTA. A RESERVA É EMOLDURADA POR BARRADO EM OURO. ALÇAS LATERAIS COM MAJESTOSAS CABEÇAS DE CARNEIRO BASE TOTALMENTE EM BRONZE. GUARNECEU O PALÁCIO ISABEL, RESIDÊNCIA DA PRINCESA ISABEL E CONDE DEU. ESTAS PEÇAS GUARNECERAM O PAÇO ISABEL, RESIDÊNCIA DA PRINCESA IMPERIAL E DO CONDE DEU. O PAÇO ISABEL FOI ADQUIRIDO COM O DOTE DESTINADO A PRINCESA POR OCASIÃO DE SEU CASAMENTO COM O CONDE DEU, O CASAL FIXOU NESSE PALÁCIO SUA RESIDÊNCIA A PARTIR DE 1869 E HOJE É A SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO REBATIZADO COMO PALÁCIO GUANABARA. O PAÇO ISABEL É OBJETO DO PROCESSO JUDICIAL MAIS ANTIGO EM TRAMITAÇÃO NO BRASIL. APÓS A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA EM 15 DE NOVEMBRO DE 1889 O PAÇO ISABEL FOI LACRADO PELO GOVERNO REPUBLICANO E POR QUATRO ANOS PERMANECEU ASSIM. DESEJANDO VARRER DA MEMÓRIA DOS BRASILEIROS O RESPEITO E VENERAÇÃO DEDICADOS AOS ANTIGOS GOVERNANTES TENTOU FLORIANO PEIXOTO DE TODA FORMA EXPROPRIAR O PALÁCIO PARA O GOVERNO REPUBLICANO. COMO A JUSTIÇA BRASILEIRA NÃO PERMITIU ESSE INTENTO, O GOVERNO ORDENOU ENTÃO AOS PRÓPRIOS SOLDADOS RESPONSÁVEIS PELA GUARDA DO PALÁCIO A INVASÃO E PILHAGEM DO MESMO, O QUE ACONTECEU EM 1894. EM 23 DE MAIO DAQUELE ANO, ÀS NOVE HORAS DA NOITE O PALÁCIO ISABEL FOI CERCADO POR PRAÇAS DO EXÉRCITO E OCUPADO MANU MILITARI PELA FORÇA PÚBLICA, SEGUINDO-SE O SAQUE DOS BENS QUE SE ENCONTRAVAM EM SEU INTERIOR.  FRANÇA, SEC. XIX. 102 CM DE ALTURA X 44 CM DE DIAMETRO.NOTA: O Paço Isabel teve sua construção iniciada em 1853 pelo rico comerciante português José Machado Coelho em uma chácara da Rua Guanabara, atualmente a Rua Pinheiro Machado. Anteriormente batizada de Chácara do Rozo pertencendo à Domingos Francisco de Araújo Rozo, serviu de residência particular do comerciante até 1863, quando o comerciante José Machado Coelho faliu. A Constituição Imperial de 25 de março de 1824 por meio de seu artigo 112 instituía a dotação das Princesas da Casa Imperial do Brasil quando estas se casassem, prática comum à época e, dado este preceito constitucional, em virtude do casamento da Princesa Imperial do Brasil, Dona Isabel de Bragança, com o Príncipe da França e Conde DEu, Gastão de Orléans, promulgou-se, em 17 de julho de 1864, a Lei nº 1.217, revigorando a lei anterior, nº 166, votada pela Assembleia Geral do Império em 29 de setembro de 1840, promulgada em virtude do casamento da irmã do Imperador Dom Pedro II, tia da Princesa Dona Isabel, a Princesa Dona Januária de Bragança com Príncipe das Duas Sicílias e Conde dÁquila, Dom Luís Carlos de Bourbon-Duas Sicílias, regulamentando a dotação em seus artigos 1º a 11. Regulamentado o preceito constitucional, formalizou-se em 11 de outubro de 1864 o pacto pré-nupcial da Princesa Imperial e do Conde dEu, com a intervenção da nação brasileira, desta forma com força de tratado, tendo esta se obrigando como pessoa jurídica e ente internacional a instituir o dote do casal de príncipes. Dentre as disposições estava o fornecimento de trezentos contos de réis, pelo Estado brasileiro aos Príncipes, para que com isso adquirissem prédios para residência. Por meio desta cláusula legal, o Conde dEu, por escritura pública lavrada pelo tabelião Antônio Joaquim de Castanheda Junior no livro de notas nº 212, na folha 196, no Cartório de Pedro José de Castro, adquiriu, em 25 de janeiro de 1865, de José Machado Coelho e sua esposa, os prédios urbanos nº 4 e 6, assim como a chácara a eles situada, propriedades que dariam origem ao Palácio Isabel. Posteriormente, em 1869, procedeu-se a aquisição judicialmente à mediação, e assim, sucessivamente, o Conde dEu, com seu dinheiro particular, adquiriu outras propriedades que incorporadas à área primitiva, comprada em 1864, a ampliaram, dando a feição definitiva da propriedade. Reformado pelo arquiteto José Maria Jacinto Rebelo, alterando ligeiramente as características, em estilo neoclássico, originais, passou a ser chamado Paço ou Palácio Isabel, por ser a então residência oficial e particular da Princesa Imperial Dona Isabel na cidade do Rio de Janeiro. Com o Golpe Militar de 15 de novembro de 1889 e a Proclamação da República pelos aquartelados e pela Câmara Municipal, a Casa Imperial do Brasil cessou de reinar e foi exilada pelo Governo Provisório dois dias depois, com isso o Paço Isabel foi lacrado e deixado aos cuidados dos representantes legais da Família Imperial em solo brasileiro. Como será adiante explicitado, em 1894, já durante a gestão Floriano Peixoto, foi confiscado o Paço Isabel em nome do Governo Militar. O Palácio passou brevemente por diversas funções, servindo, por exemplo, como quartel e pombal militar, onde eram treinados pombos-correio, até sua reforma realizada por Francisco Marcelino de Souza Aguiar e pelo paisagista Paul Villon (o mesmo a reformar os jardins do Palácio de Nova Friburgo quando foi adquirido para residência dos presidentes da República do Brasil) em 1907, ganhando as atuais características ecléticas. A reforma havia sido especialmente encomendada para a visita do Rei Dom Carlos I de Portugal, o que nunca sucedeu, em decorrência do Regicídio ocorrido em 1º de fevereiro de 1908, em Lisboa. Em 1911 começou a ser utilizado como residência pelo então Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, tornando-se a residência oficial do Presidente da República somente em 1926; pouco antes, em 1922, hospedou o Rei Alberto da Bélgica. Em maio de 1938, sofreu um atentado organizado pela Ação Integralista Brasileira, visando o assassinato do Presidente Getúlio Vargas. O Palácio, entre 1946, com a deposição de Vargas, e 1960, com a criação do Estado da Guanabara, foi sede da Prefeitura do Distrito Federal. Doado ao atualmente extinto Estado da Guanabara pelo Presidente Ernesto Geisel durante a Ditadura Militar, manteve-se durante fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro como a sede do Governo do Estado, função que desempenha até a atualidade. Em 15 de novembro de 1889, durante uma quartelada que visava a queda do gabinete ministerial chefiado por Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto, proclamou-se provisoriamente a República no Brasil . Os desencontros da Família Imperial do Brasil, o corte de informações, a reação tardia e inócua do Imperador Dom Pedro II em convocar o Conselho de Estado somente às onze horas da noite, indicando o Conselheiro José Antônio Saraiva como novo Presidente do Conselho de Ministros, substituindo o já preso e deposto Visconde de Ouro Preto, e toda conjunção fática consumou a proclamação realizada pelo golpe militar que já a havia decretado e jurado o novo regime na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em tentativa de legitimá-lo, tomando o novo grupo o poder constituinte. Seguiu-se pelo Governo Provisório, chefiado pelo Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, o aprisionamento da Família Imperial do Brasil; desde as dez horas da manhã do dia seguinte à sua instauração, no Paço Imperial, onde o Imperador e sua família já estavam quase incomunicáveis desde a tarde do dia anterior. Às três da tarde, o Major Frederico Solon de Sampaio Ribeiro, entregou à Dom Pedro II a ordem de banimento da Família Imperial em vinte e quatro horas. Tal ordem foi cassada e na madrugada do dia 16 para 17 de novembro, a Família Imperial é acordada pelo Tenente-Coronel João Mallet, informando que a partida deveria ser imediata. Partiram para o exílio às 2 horas e 46 da manhã, escondidos dos civis, coagidos e escoltados pelos militares. A Família Imperial foi embarcada no vapor Parnaíba e, após, no vapor Alagoas. Às 10 horas da manhã do dia 17, os três Príncipes, filhos da Princesa Imperial Dona Isabel e ainda infantes, que estavam em Petrópolis, são embarcados. A Família Imperial desembarca em Lisboa em 7 de dezembro de 1889, portando apenas alguns poucos pertences pessoais . O Imperador Dom Pedro II envia ao Governo Provisório a recusa do recebimento de compensação monetária de cinco mil contos de réis para decência da posição da família que acaba de ocupar o trono do país, e às necessidades do seu estabelecimento no estrangeiro, pelo que julgou um desrespeito ao patrimônio público e, em decorrência do caráter puramente provisório da República, cuja segurança de que o decreto que a instituía não lhe prejudicava suas garantias já asseguradas constitucionalmente. A resposta direta à recusa do Imperador veio por meio do Decreto 78-A, de 21 de dezembro de 1889, banindo formalmente o Imperador e sua família, e vedando-lhe de possuir imóveis, devendo liquidar no prazo de dois anos seus bens em território nacional, no entanto, não englobando as propriedades do restante da Família Imperial. Visando sanar esta omissão com relação ao resto das propriedades da Família Imperial, o Governo Provisório promulga, em 21 de novembro de 1890, o Decreto nº 1.050 determinando que ficam incorporadas ao domínio nacional as terras situadas nos Estados do Paraná e de Santa Catarina, concedidas, a titulo de dote, à Condessa d'Eu, ex princesa imperial do Brasil Já em período posterior à promulgação da Constituição republicana de 24 de fevereiro de 1891, o governo, já não provisório, do Presidente Deodoro da Fonseca edita o Decreto nº 447, de 18 de julho de 1891, expondo os considerandos e decretando a incorporação dos Palácios Isabel e Leopoldina ao patrimônio público, como segue transcrito em inteiro teor: Considerando que o dote instituido em favor da ex-princeza D. Isabel, Condessa d'Eu, e ao qual se referem as leis ns. 166 de 29 de setembro de 1840, 1217 de 7 de julho de 1864 e 1904 de 17 do outubro de 1870, e o contracto de 11 de outubro de 1864, tirava sua razão de ser e se fundamentava em o regimen politico então vigente o que - suppunha-se - Seria perpetuo; Considerando que, tanto esse dote como a lista civil annualmente decretada, significavam um auxilio para que a princeza imperial, e com ella o seu consorte, pudessem manter a representação e decóro social compativeis com a elevada posição que occupava na monarchia e com a qualidade de futura depositaria das funcções magestaticas, como se evidencia do elemento historico daquellas leis; E pois Considerando que o patrimonio politico, assim constituido para fins e sob leis especiaes, sómente poderia existir emquanto se não verificasse o implemento da condição resolutiva a que estava naturalmente subordinado: a extincção do regimen monarchico; e, dado este facto, devem os bens ser devolvidos ao dominio pleno do Estado, que aliás reservou sempre para si a nua-propriedade sobre elles; Considerando que nas mesmas condições de taes bens se acha o immovel denominado - palacete Leopoldina -, em cujo usofructo estava investido o ex-principe D. Pedro, como filho primogenito da princeza D. Leopoldina, Duqueza de Saxe, fallecida, em 1871; Considerando, finalmente, que o compromisso assumido pelo Governo Provisorio em 15 de novembro de 1889, no sentido de reconhecer e acatar todos os compromissos nacionaes contrahidos durante o regimen anterior, os tratados subsistentes com as potencias estrangeiras, a divida publica externa e interna, os contractos vigentes e mais obrigações legalmente contrahidas, não pode evidentemente referir-se ás leis citadas, as quaes por essa occasião já haviam caducado de par com a monarchia, de que eram immediato consectario; Resolve decretar, ampliando o disposto no decreto n. 1050 de 21 de novembro de 1890, que providenciou sobre as terras situadas nos Estados do Paraná e de Santa Catharina, que faziam parte do alludido patrimonio: Art. 1º Ficam incorporados aos proprios nacionaes todos os bens que constituiam o dote ou patrimônio concedido por actos do extincto regimen á ex-princeza imperial D. Isabel, Condessa d'Eu; bem assim o immovel denominado - palacete Leopoldina - e sito á rua Duque de Saxe. Art. 2º Revogam-se as disposições em contrario. Adiantando o que será exposto no próximo item de forma mais detalhada, o Governo Federal procurou executar o decreto pelos meios até então julgados mais cabíveis. Diante da negativa de entrega de um dos bens dotais da Princesa Dona Isabel, o Paço Isabel, de forma pacífica à União, pelo então representante legal da Família Imperial do Brasil na nação, ainda em 1891, da decisão negativa do Juiz Seccional do Distrito Federal, indeferindo sua petição de incorporação ao patrimônio público, afastando o supratranscrito decreto por sua inconformidade com a ordem jurídica, e dos pareceres requeridos pelo Ministério da Justiça de maneira quase unívoca seguirem o entendimento da Corte, a posse do casal Imperial sobre o imóvel permaneceu impávida e mansa até 1894. Com a reação tardia dos grupos sociais anteriormente favorecidos pelo regime monárquico, como já citado na introdução, ou daqueles que viam uma oportunidade política com a instabilidade da recém-constituída república, em setembro de 1893, com cunho atribuído essencialmente monarquista, eclodiu na Capital Federal a nominada Segunda Revolta da Armada, levantada pela Marinha em oposição ao repressivo governo do Presidente da República, Marechal Floriano Peixoto, sucessor do deposto Marechal Deodoro da Fonseca. Destacou-se o cunho monárquico da Revolta da Armada pelo seu líder, o Almirante Custódio de Mello, manter, mesmo durante o exílio da Família Imperial do Brasil, relação de amizade com a Princesa Imperial Dona Isabel e seu esposo o Príncipe Gastão de Orléans, o Conde dEu. A revolta da Marinha se estendeu por todo o primeiro trimestre de 1894 e, além da repressão física, que resultou em cerca de 10000 mortos, exacerbaram-se os ânimos ditatoriais do governo, que em estado de sítio, tomou medidas contra tudo que se vinculasse ao regime monárquico deposto, garantindo ao então Presidente da República alcunhas como as de Marechal de Ferro e Consolidador da República. Dentre as medidas tomadas pelo governo Floriano, encontrou-se a execução forçada do Decreto nº 447/1891, acima transcrito. Em 17 de maio de 1894, o Ministério da Guerra consultou o Ministério do Interior sobre a apropriação do Palácio Isabel e suas adjacências para a constituição de um hospital militar. A resposta oferecida ao Ministério da Guerra foi a da remissão do aviso expedido ao Ministério da Fazenda, datado de 10 de dezembro de 1891, de que a imissão da posse, por parte do Estado, do imóvel em questão, estava em processo judicial em andamento. Em 22 de maio, o Ministro da Guerra, General Bebiano Costallat, expediu ao Ministério da Justiça o seguinte expediente: Comunico-vos, para os fins convenientes, que nesta data expeço ordem ao Quartel Mestre General para que tome conta do Palácio Isabel, que tem que ser transformado em hospital. Saúde e fraternidade. Ignorando, subjugando e trespassando qualquer das decisões já entregues pela justiça de acordo ordem jurídica vigente no país, e coadunando com a violência da decisão do Ministério da Guerra, o Ministério da Justiça aditou ao documento que lhe fora entregue o despacho: Não havendo nenhum expediente a fazer-se, parece-me que deve ser arquivado o presente aviso. Destarte, em 23 de maio de 1894, às nove horas da noite o Palácio Isabel foi cercado por praças do exército e ocupado manu militari pela Força Pública, seguindo-se o saque dos bens que se encontravam em seu interior .

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