Peças para o próximo leilão

672 Itens encontrados

Página:

  • GRANDE JARRO EM PRATA DE LEI TEOR 800, COM MAGNIFICA DECORAÇÃO RELEVADA REPRESENTANDO PERSONAGENS FEMININOS EM RESERVA TOCANDO HARPA E SEGURANDO CÂNTARO DE VINHO E CACHOS DE UVA EM VIDEIRA. PARTINDO DA BASE SOBEM TRÊS TRONCOS COM FOLHAS QUE NO TERÇO FINAL DA PEÇA TERMINAM EM FLORES QUE SE ABREM E CUJOS PISTILOS SÃO AMETISTAS COM APROXIMADAMENTE 2 CT CADA UMA. ELEGANTE ALÇA! PEÇA REALMENTE BONITA E DIFERENCIADA! EUROPA, SEC. XIX/XX. 31 CM DE ALTURA. 620 G
  • CHRISTOFLE EXCEPCIONAL FAQUEIRO EM METAL ESPESSURADO A PRATA ACONDICIONADO EM BELO ESTOJO ORIGINAL EM CARVALHO DOTADO DE ALÇAS LATERAIS E DECORADO COM INCRUSTAÇÃO DE PLACAGEM DE METAL. PEÇAS ELEGANTEMENTE DECORADAS COM FOLHAS E FRUTOS DE LOURO. LÂMINAS DAS FACAS SOLINGEM EM PERFEITAS CONDIÇÕES. FAQUEIRO ELEGANTE E IMPECÁVEL. INTERIOR DO ESTOJO FINAMENTE REVESTIDO EM VELUDO COM INSCRIÇÕES: ISIDORO MARX REPRESENTANTE. COMPOSTO POR 99 PEÇAS (COMPLETO) SENDO: 12 FACAS PARA CARNE, 12 GARFOS DE JANTAR, 12 COLHERES DE SOPA, 12 GARFOS DE SOBREMESA, 12 COLHERES DE SOBREMESA, 12 FACAS DE SOBREMESA, 12 COLHERES DE CHÁ E 15 BELAS PEÇAS DE SERVIÇO (INCLUSIVE UMA BELA FACA PARA QUEIJO). FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 50 CM DE LARGURA
  • A capela do PALÁCIO DE NOVA FRIBURGO era o local de recolhimento e oração dos moradores do palácio. Suntuosa e elegante, importantes cerimônias foram lá celebradas. Terá sido o local das exéquias do BARÃO DE NOVA FRIBURGO em 4 de outubro de 1869. Mas também acontecimentos alegres lá tiveram lugar como os casamentos dos filhos do CONDE DE SÃO CLEMENTE em 1883: Primeiro o do primogênito, SEGUNDO BARÃO DE SÃO CLEMENTE. A noiva era DONA GEORGINA DE FARO.  No mesmo ano, DONA ALICE CLEMENTE PINTO  e seu noivo o CONSELHEIRO RODOLFO EPIFÂNIO DE SOUZA DANTAS também celebraram suas núpcias na capela do palácio. A cerimônia contou com a participação da Banda de Música do Arsenal de Guerra e a presença dos ministros da justiça, Império, Guerra além de outros políticos e escritores como Francisco Pereira Passos, Machado de Assis e Ruy Barbosa. Talvez tenha sido esse evento a inspiração de Machado de Assis quando anos depois dedicou um capitulo inteiro de seu Romance Esaú e Jacó, à descrição do Palácio de Nova Friburgo. O teto é decorado por painéis reproduzindo a figura de apóstolos e duas telas inspiradas nas obras A TRANSFIGURAÇÃO, do italiano renascentista Raphael Sanzio, e IMACULADA CONCEIÇÃO, do espanhol barroco Bartolomé Murillo. Como curiosidade após a instalação da Presidência da República no edifício, a decoração foi conservada, mas a sala teve sua utilização modificada. No período republicano, só foi usada como capela no casamento da filha do presidente Rodrigues Alves e no velório do presidente Afonso Pena (Vide imagens da Capela já durante o período republicano nos créditos extras desse lote). BELÍSSIMO GENOFLEXÓRIO DE ESTILO NÉO GÓTICO EM MADEIRA RECOBERTA COM OURO BRUNIDO. ESTOFAMENTO EM VELUDO. PEÇA REQUINTADA E EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. SEC. XIX. 40 (C) X 38 (P) X 25 CM
  • PRATA DE LEI INGLESA E TARTARUGA - GRANDE SABRE DE APARATO DO PERÍODO VITORIANO CONSTRUÍDO EM LONGA E ÚNICA LÂMINA DE TARTARUGA LOURA COM CABO EM PRATA DE LEI RICAMENTE TRABALHADO EM FLORES E ROCAILLES. MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA PARA O ANO DE 1889. ACONDICIONADO EM SEU ESTOJO ORIGINAL EM COURO COM INTERIOR FORRADO EM FINA SEDA E LUXUOSO VELUDO. APLICAÇÃO EM OURO COM COROA REAL E A INSCRIÇÃO H. RODRIGUES (HENRY RODRIGUES) , 42, PICCADILLY, LONDON. INGLATERRA, SEC. XIX, 50 CM DE COMPRIMENTO (SABRE).
  • LIBRA EM OURO 22K DATADA DE 1900. REINADO DA RAINHA VITÓRIA. 7,9 gNOTA:  Um dos mais procurados e certamente o mais prestigioso dos Soberanos de Ouro, a moeda de ouro Victoria Old Head Gold é o epítome de um investimento sólido. Impressionado pela Casa da Moeda Real, o Queen Victoria Sovereigns de 1893-1901 invoca uma nostalgia distinta por uma época em que o Império Britânico estava no auge de sua glória. Londres estava prosperando como a capital comercial e financeira do mundo e a Grã-Bretanha se tornou o centro da inovação tecnológica. Índia - a colônia favorita de Victoria - brilhava como a joia da coroa do Império.libra em ouro ou Soberano (em inglês, Sovereign) é uma moeda do Reino Unido, equivalente a uma libra esterlina. No entanto, é utilizada na prática como reserva de valor a usar no futuro e não como moeda de troca. As suas características específicas mantiveram-se invariáveis de 1817 até hoje, o que possibilita uma autenticação das libras recorrendo-se a instrumentos de pesagem e medição exclusivos da área de ourivesaria. Assim, o seu peso é de sensivelmente 7,937 gramas (que pode ter sofrido algum decréscimo resultante do seu uso e respectivo desgaste); a sua espessura é de 1,52 mm; o seu diâmetro é de 22,05 mm; a sua composição é de ouro de 22 quilates, contendo 91,67% de pureza; as datas gravadas numa das faces remontam a 1817.
  • FORMIDÁVEL CONJUNTO DE PINTURAS REPRESENTANDO AS 14 ESTAÇÕES DA VIA SACRA PINTADAS SOBRE CHAPAS DE COBRE, MOLDURAS EM MADEIRA DE CARVALHO COM ESTILO NÉO GÓTICO. NÚMEROS DA ESTAÇÃO E OS TÍTULOS QUE ESTÃO EM FRANCÊS FORAM ESCRITOS EM OURO. NO VERSO DE UMA DAS PLACAS EXISTE UMA ANTIGA  INSCRIÇÃO CLEMENTE PINTO E A DATA 1864. O CONJUNTO É FABULOSO, A PINTURA MAGNÍFICA COM EXCEPCIONAL QUALIDADE. OS TÍTULOS DAS PLACAS EM SUA SEQUENCIA SÃO: I  JESUS CONDAMNÉ A MORT (JESUS CONDENADO A MORTE), II  JÉSUS CHARGÉ DE SAS CROIX (JESUS CARREGA A CRUZ ÀS COSTAS), III  JESUS TOMBE PS LA Ie FOIS (JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ), IV -JESUS RENCONTRE SA Ste MÉRE (JESUS ENCONTRA SUA SANTA MÃE), V  JESUS AIDÉ PAR LE CYRÉNÉEN (SIMÃO DE CIRENE AJUDA JESUS), VI  Ste VÉRONIQUE ESSUIE LA FACE DE JESUS (SANTA VERONICA ENXUGA A FACE DE JESUS), VII - JESUS TOMBE PS LA 2e FOIS (JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ), VIII  JESUS CONSOLE LES FILLES DISRAEL (JESUS CONSOLA AS FILHAS DE ISRAEL), IX - JESUS TOMBE PS LA 2e FOIS (JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ), X  JESUS DEPOULLÉ DE SES VETEMes (JESUS É DESPIDO DE SUAS VESTIMENTAS), XI  JESUS CLUÉ SUR LA CROIX (JESUS É PREGADO EM SUA CRUZ), XII  JESUS MEURT SUR LA CROIX (JESUS MORRE NA CRUZ), XVIII  JESUS DESCENDU DE LA CROIX (JESUS É DESCIDO DA CRUZ), XIV  JÉSUS EST MIS AU TOMBEAU  (JESUS É SEPULTADO). 41 X 18 (MEDIDA TOTAL) NOTA: A Via Crúcis, também chamada Via Sacra se refere ao trajeto que foi percorrido por Jesus carregando a cruz desde Pretório até ao Calvário onde expirou. Ao longo dos séculos a Via Sacra (Também conhecida por sua designação em latim, Via Crucis) tornou-se uma uma das devoções mais populares que resistiram ao tempo foram as Estações da Via Sacra (também conhecidas como Estações da Cruz, Via Sacra ou, em latim, Via Crucis). Trata-se de uma série de estações ao longo da qual um indivíduo pode refazer e relembrar os passos de Jesus Cristo durante sua Paixão e Morte. Um grupo de capelas conectadas foi construído no século V por São Petrônio, bispo de Bolonha, que pretendia representar os santuários mais importantes de Jerusalém. Essas capelas talvez possam ser consideradas como o início da tradição das estações, embora seja razoavelmente certo que nada do que temos antes no século XV possa ser chamado de Via Sacra (no sentido moderno). Na Idade Média, a Terra Santa tornou-se uma região volátil e os peregrinos não tinham acesso fácil aos santuários da Paixão de Jesus. Assim, franciscanos e representantes de outras ordens religiosas começaram a construir, em toda a Europa, capelas e santuários que reproduziam esses locais de Jerusalém. Em particular, o padre dominicano Álvaro de Córdoba difundiu a devoção, começando por Córdoba, onde ele construiram pequenos oratórios de estilo similar às estações modernas. De acordo com o pe. William Saunders, William Wey, um peregrino inglês, visitou a Terra Santa em 1462, e teria se referido ao termo estações. Ele descreveu a maneira pela qual um peregrino seguia os passos de Cristo. O termo tornou-se popular na Inglaterra e foi aplicado às cenas criadas nas igrejas. No século XVII, os franciscanos queriam começar a construir essas estações dentro das igrejas e pediram permissão a Roma. Além disso, eles queriam que os fiéis recebessem as mesmas indulgências que teriam sido dadas aos que viajaram para Jerusalém. O Papa Inocêncio XI reconheceu a necessidade e atendeu o pedido, abrindo caminho para as Estações da Cruz como as conhecemos hoje. O número de estações, passos ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de catorze estações, no século XVI. O exercício da via-sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices da Igreja Católica, pois proporciona uma frutuosa meditação da paixão e morte de Jesus Cristo. Quando associado à Via Crucis, Jesus é especialmente venerado sobre o nome de Nosso Senhor dos Passos.
  • PRECIOSA COROA EM OURO 20 K ESTILO E ÉPOCA DOM JOSÉ I. IMPRESSIONANTE TRABALHO DE OURIVES DE EXTRAORDINÁRIA QUALIDADE. CINZELADA COM FLORES E CONCHEADOS. ENCIMADA POR CRUZ LATINA. PEÇA RARA DA OURIVESARIA MINEIRA SETECENTISTA. BRASIL, SEC. XVIII. 7 CM DE ALTURA. 3 CM DE DIAMETRO NA BOCA E 4,5 CM DE DIAMETRO NO CENTRO. 25,5 G
  • SEVRES  PAR DE MEDALHÕES DE SUSPENSÃO EM PORCELANADA COM GUARNIÇÃO EM BRONZE DOTADOS DE CASTIÇAIS. FUNDO NA TONALIDADE AZUL CELESTE, REMATADO POR OURO FORMANDO GUIRLANDAS. LARGO FRISO EM OURO DELIMITA A DECORAÇÃO EM ESMALTES MANUAIS ASSINADOS POR GRISARD, UM DELES APRESENTA JOVEM COLHENDO CEREJAS COM DUAS PERSONAGENS FEMININAS, NO OUTRO UMA CENA IDÍLICA CAMPESTRE COM UM CASAL E UM CÃO. GRISARD É CONSIDERADO UM DOS GRANDES PINTORES DE SEVRES NA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. A GAURNIÇÃO ESTILO NAPOLEÃO III APRESENTA NA PARTE SUPERIOR UM BELO LAÇO E NA INFERIOR UMA REPERESENTAÇÃO DE CABEÇA DE HOMEM VERDE. PEÇAS MAGNIFICAS, EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FRANÇA, SEC. XIX. 40 CM DE ALTURANOTA: Homem Verde ou mulher verde é uma escultura, desenho, ou outra representação de um rosto rodeado por folhas. Ramos ou cipós podem brotar pelo nariz, boca, narinas ou outras partes do rosto e estes brotos podem conter flores ou frutas. Comumente usados como ornamentos decorativos, Homens Verdes são frequentemente encontrados em esculturas, igrejas e outros edifícios (tanto seculares quanto eclesiásticos). "O Homem Verde" também é um nome popular para pubs ingleses e diferentes interpretações do nome aparecem em letreiros de pousadas, que, algumas vezes, mostram uma figura inteira ao invés de somente a cabeça. O motivo Homem Verde tem muitas variações. Encontrado em muitas culturas ao redor do mundo, o Homem Verde é muitas vezes relacionado a divindades de natureza vegetal em diferentes culturas ao longo dos tempos. Essencialmente, ele é interpretado como um símbolo de renascimento, representando o ciclo de crescimento a cada primavera. Especula-se que a mitologia do Homem Verde desenvolveu-se independentemente nas tradições de culturas ancestrais separadas e evoluiu para a grande variedade de exemplos encontrados ao longo da história. O termo "Homem Verde" foi cunhado por Lady Raglan, em seu artigo "O Homem Verde em Arquitetura Eclesiástica" de 1939 no 'The Folklore Journal'. Geralmente usadas em trabalhos de arquitetura como cabeças ou máscaras folheadas, esculturas do Homem Verde pode tomar várias formas, naturalística ou decorativa. As mais simples retratam o rosto de um homem olhando para fora de densa folhagem. Algumas podem ter folhas em lugar de cabelo, e também em lugar da barba. Muitas vezes as folhas ou ramos frondosos são mostrados crescendo de sua boca aberta, do nariz e também dos olhos. Nos exemplos mais abstratos, a escultura parece ser, à primeira vista, folhagem meramente estilizada, com o elemento facial somente se tornando evidente depois de uma verificação mais acurada. O rosto é quase sempre masculino; mulheres verdes são raras. Gatos, leões, e demônios verdes também podem ser encontrados. Em lápides e em outros memoriais, crânios humanos são ocasionalmente representados com videiras ou outro vegetal brotando de seu interior, presumivelmente como um símbolo de ressurreição.
  • D. PEDRO II  SERVIÇO IMPERIAL DITO PII PEQUENO (DIFERENCIA-SE DO SERVIÇO PII GRANDE PELO TAMANHO DA INSCRIÇÃO PII CONTIDA NA PEÇA) .XÍCARA E PIRES, PARA CHÁ, DE PORCELANA FRANCESA. NO  CORPO DA XÍCARA O BRASÃO IMPERIAL EM SUAS CORES HERÁLDICAS ENCIMADO POR COROA APLICADOS SOB MANTO CARMIM E CORDÕES EM OURO. DO BRASÃO PENDE INSIGNIA DA IMPERIAL ORDEM DO CRUZEIRO DO SUL.  SOB O BRASÃO A INSCRIÇÃO PII. PIRES DELIMITADO POR FRISO VERDE ESMERALDA E RENDILHADO EM OURO. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO À PÁGINA 214 DO LIVRO "LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL" POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. XÍCARA 8,3 CM DE DIÂMETRO DE BOCA E 6 CM DE ALTURA; PIRES: 14 CM DE DIÂMETRO.NOTA: Como leiloeiros muitas vezes nos deparamos com a surpresa de nossos clientes principalmente na sala de leilão com o fato de um objeto da Família Imperial Brasileira ser levado à hasta pública. A pergunta recorrente é: Como esse objeto pode ter vindo parar aqui não teria de estar em um museu?. Por isso resolvi escrever um pouco sobre o desfecho da memória física da família Imperial Brasileira após o golpe republicano.  Passados 129 anos da fatídica madrugada chuvosa e melancólica em que a Família Imperial embarcou para seu exílio na Europa em 17 de novembro de 1889 rememoramos um fato que aprendemos na escola, Dom Pedro II não pede indenização por suas propriedades perdidas, valores, haveres, apenas dirige ao governo provisório o pedido de um saco com terra do Brasil para pousar sua cabeça quando morresse. Tudo ficou para trás, o elo perdido da monarquia era um corpo insepulto nos corredores e aposentos dos palácios imperiais cheios de suas mobílias e alfaias. A última coisa que os golpistas desejariam era preservar essa memória em um museu. O novo sistema de governo sem legitimidade tratou de tentar varrer a honrada memória de Dom Pedro II e de sua família. Assim rapidamente organizou dezenas de leilões públicos para dar cabo da acusadora lembrança do regime imperial. Tomo a liberdade de transcrever alguns trechos Litiere C. de Oliveira a propósito dos leilões dos paços imperiais: O nono leilão realizado no Paço de São Cristóvão, realizado em 3 de outubro de 1890, começou com uma novidade que ainda hoje não é praticada em nenhum leilão de arte, que foi a venda antecipada, "por conveniência", de 28 lotes, não se sabe a quem nem o motivo! Entre as peças vendidas, destacamos: uma bela pintura a óleo sobre tela, "Vista de Veneza" com moldura veneziana, autor não revelado; três quadros pequenos e uma aquarela; um quadro "Paisagem", o.s.t. de artista ignorado; quatro telas, pontes "St. Pierre et neuf á Toulouse", "Hospício de la Grave" e "Eglise des Jesuites", Toulouse; uma pintura o.s.t. "Claustro de um convento" por M.C., 1843; uma pintura o.s.t. "Peregrino" por L. Moureaux; uma mesa e 12 cadeiras de mogno com assento e encosto de palhinha; duas mesas de mogno para jogo; quatro castiçais de Cristofle; seis antigas cadeiras de jacarandá esculturadas; secretária de mogno com guarnições de bronze dourado e fundo de espelho; outros móveis e diversos quadros e aquarelas. Segundo Francisco Marques dos Santos, "o leilão do Imperador foi como um destes grandes leilões modernos; o entusiasmo não arrefeceu, muito embora não fosse a São Cristóvão um número considerável de pessoas de destaque, justamente aquelas timoratas e outras que imaginavam se comprometer e algumas que, sendo hostis ao novo estado de coisas, não queriam arrostar os desordeiros que espionavam a casa, por própria conta ou de terceiros, fazendo, não raro, achincalhe ao antigo regime. Nesse leilão o que mais se via eram senhoras, formando grupo maior do que em dias anteriores. O leilão atravessou os aposentos particulares do Imperador e aquela gente estava na volúpia de devassar, ver os recantos onde vivia uma família arrebatada de sua Pátria pelo sopro tempestuoso dos acontecimentos políticos. No decorrer do leilão todos os móveis com a coroa imperial ou iniciais dos ex-imperadores adquiriram preços muitas vezes maiores do que a avaliação que lhes fizeram..."Esse nono leilão também ficou marcado por um fato inusitado e talvez inédito na leiloaria brasileira. Ao apregoar um piano de cauda (lote 1747), em caixa de jacarandá e tuia, com escultura e filetes dourados, fabricado por Chickering e comprado pelo Sr. Antônio Rezende por 2:000$000 (US$ 1.080), o leiloeiro Virgílio sentou-se ao piano e executou uma música. O referido piano está hoje no Museu Histórico Nacional. O décimo leilão foi realizado em 7 de outubro e se destacou pela acirrada disputa pelo dormitório da Imperatriz. Somente a cama de jacarandá com coroa esculturada e colchão de crina (lote 2001), foi vendida por preço recorde: 7:000$000 (três mil, setecentos e oitenta Dólares). Enquanto isso a cama onde dormia o Imperador (lote 1980), por ser um móvel modesto, sem coroa, brasão ou iniciais, alcançou apenas o preço de 190$000 (102 Dólares)! Era uma sólida cama de mogno e érable, com acolchoado de crina vegetal e lastro de palhinha. O filho e a governanta alemã do comprador afirmaram, tempos depois, que a cama foi destruída pelos cupins e jogada fora! Outros destaques desse leilão foram: cama de jacarandá que pertenceu à Princesa Isabel quando solteira, com escultura e coroa, comprada pelo Comendador Antônio Rezende por 3:100$000 (US$ 1.673), e que depois foi vendida no leilão do Conde Sebastião de Pinho ao Dr. Castro Maia, cujo filho doou ao Museu Imperial; um lavatório de jacarandá com esculturas, bronze e tampo de mármore (lote 1983), adquirido pelo Sr. A. Rezende por 5:000$000 (US$ 2.700); guarda-roupa de D. Pedro II (lote 1984) vendido por 2:000$000 (US$ 1.512); cadeira de repouso do Imperador (lote 1885) de jacarandá, com escultura, coroa e iniciais comprada pelo Comendador A. Rezende por 3:100:000 (US$ 1.674); entre outros. Realizado no dia 10 de outubro, o décimo primeiro leilão compreendeu os lotes 2001 a 2345, com aproximadamente 650 peças. Até aquele momento os leilões tinham atingido 400 contos de Réis, cerca de 215 mil Dólares, valor muito superior à avaliação inicial de 90:000$000, e ainda faltavam mais de dez pregões. Esse leilão era constituído de objetos que tinham sobrado do dormitório dos imperadores, das salas 40 e 41, galeria, sacristia e tribuna. Entre as peças leiloadas estavam: um oratório de jacarandá esculturado e guarnecido de cornalinas, lápis lazuli e figuras de bronze (lote 2007) que foi comprado pelo Dr. Faro por 3:000$000 (US$ 1.620); uma secretária de bois-rose com placas de porcelana de Sèvres e guarnições de bronze dourado (lote 2135) adquirida pelo Barão de Itacurussá por 7:000$000 (US$ 3.800); guarda roupa de jacarandá com guarnições de bronze dourado, coroa e espelho francês (lote 2034) alienado por 5:000$000 (US$ 2.700) ao Sr. Antônio Resende; uma mobília de jacarandá com 11 peças (lote 2236) vendida ao Sr. Goulart e outros móveis, ricas pinturas, porcelanas, esculturas, muitos objetos de decoração e bibelots, quase todos esses lotes a preços irrisórios. Ao final do décimo primeiro leilão, o último realizado no interior do Paço de São Cristóvão, relata Marques dos Santos: "Depois do leilão da galeria do 2º andar, desceu o leiloeiro ao pavimento térreo, onde estava a capela e suas dependências, que deviam imediatamente desaparecer, para dar lugar ao salão cenográfico do Congresso. O singelo e gracioso templo, concepção de Manoel de Araújo Porto Alegre, ostentava na frontaria Ecce Agnus Dei. Abrangia a nave propriamente dita e a sacristia, em dois compartimentos, além da tribuna, onde o pregão do leiloeiro emudeceu! Ali estacou! Naquele lugar onde tanta gente fora batizada, acrescendo ao nome o apelido de do Paço, onde tanta vez rezaram os Imperadores, em horas alegres e amargas! Já que falamos em capela: ainda vemos em São Cristóvão, no primeiro andar, ao Torreão do Norte, o local onde ficava o altar privado dos Imperadores, cuja abóboda, pintada de azul celeste, deixa ver em pequeno céu, mimosas estrelinhas de prata! Que recordações trazem!" O décimo segundo leilão foi realizado em uma das cocheiras do Paço de São Cristóvão, com os objetos não licitados, não retirados ou que não foram incluídos nos leilões anteriores. Esse leilão foi realizado no dia 20 de outubro, abrangendo 155 lotes. Foram leiloados quadros a óleo, ricos espelhos, estantes de jacarandá e de mogno, porcelanas valiosas, cristais, molduras de quadros que tinham ido para a Europa (!), um telescópio que ficava no terraço do Paço, alguns móveis e outros objetos. O décimo terceiro leilão foi realizado no dia 10 de novembro de 1890 abrangendo as benfeitorias da Quinta da Boa Vista, assim relatado por Francisco Marques dos Santos: Foi arrematante dessas benfeitorias o próprio governo. Supomos que foi o Comendador Bethencourt da Silva quem comprou por 320:000$000, como representante do Ministério do Interior e Justiça as casas ali existentes, habitadas pelos empregados e protegidos da família Imperial, desde o tempo de Dom João. Essa operação foi considerada bastante vantajosa. Segundo a Gazetilha do Jornal do Commércio de 12 de novembro, valia perto de 300:000$000 só a casa do mordomo ou Quinta da Joana, como era conhecida a grande habitação próxima ao portão da Estrada de Ferro, na então Rua Duque de Saxe. Era solidamente construída, com vastas acomodações para família, abundância de água, gaz, aparelhos e magnífico terreno. O edifício que o Imperador construíra de seu bolso para escola mista diurna e noturna, destinada aos filhos dos moradores da Quinta e seus arredores, fora reedificado em 1883 e custara 60 contos de réis. Arrematou-a o Ministério da Instrução Pública por 41:000$000. Cumpre, aliás, notar que o governo sempre fez bom negócio naquilo que comprou, pertencente ao Imperador! Antes dos leilões da Fazenda Imperial de Santa Cruz, um outro foi realizado nas cocheiras do Paço da Cidade, no dia 5 de dezembro, lotes 1 a 14, compreendendo as últimas carruagens que se achavam espalhadas por diversas cocheiras particulares. O destaque foi um rico coche de gala com lanternas de cristal, guarnições de bronze e armas imperiais. Também foi vendido nesse leilão o carro mortuário, com coroa imperial que, entre outros nomes importantes, fez o enterro do General Osório e do Marques do Paraná. Quando a DARGENT LEILÕES leva a pregão objetos como o desta coleção ligados ao cotidiano da Família Imperial Brasileira sempre busca justamente o contrário do que o regime republicano tentou com a venda dos objetos imperiais. Não buscamos esconder, apagar, esmaecer a augusta memória de Dom Pedro II, mas sim exaltar a figura de um patriota e do homem que construiu as bases para o crescimento do Brasil, um sábio reconhecido pelo mundo e injustiçado em seu próprio País.
  • DOM PEDRO I  VISTA ALEGRE  GOBLET EM CRISTAL LAPIDADO COM CAMAFEU EM CAULIM INCRUSTADO DA EFÍGIE DO IMPERADOR DOM PEDRO I DO BRASIL E DUQUE DE BRAGANÇA. LAPIDADO A PONTA DE DIAMANTE, DE FORMA TRONCOCÓNICA. BASE REDONDA, COM PÉS LAPIDADOS. APRESENTA UMA INCRUSTAÇÃO DE CAMAFEU EM CAOLIM NA FACE CENTRAL, REPRESENTANDO D. PEDRO, DUQUE DE BRAGANÇA, EM PERFIL ESQUERDO, DE UNIFORME. BORDO SUPERIOR LISO. EM PORTUGAL A TIPOLOGIA SERIA UTILIZADA PARA COPOS DE ÁGUA. PRODUZIDO NA REAL FÁBRICA DA VISTA ALEGRE ENTRE 1837 E 1846, SEGUNDO A TÉCNICA CRYSTALLO CERAMIE. A CRYSTALLO CERAMIE, OU A ARTE DA INCRUSTAÇÃO DE CAMAFEUS CERÂMICOS EM OBJETOS DE VIDRO, DEVE O SEU NOME AO VIDREIRO INGLÊS APSLEY PELLATT (1791-1863), QUE PATENTEOU ESTA TÉCNICA EM 1819.NO SEU LIVRO DE 1849, CURIOSITIES OF GLASSMAKING, PELLATT EXPLICA COMO AS PRIMEIRAS TENTATIVAS DE INCRUSTAR PEQUENAS FIGURAS CERÂMICAS EM OBJETOS DE VIDRO TIVERAM LUGAR NA BOÉMIA, MAS COM POUCO ÊXITO, JÁ QUE A ARGILA UTILIZADA NÃO ESTAVA ADAPTADA PARA SER COMBINADA COM O VIDRO, FORMANDO BOLHAS DE AR QUE IMPEDIAM A TOTAL ADERÊNCIA. A IDEIA FOI RETOMADA POR VIDREIROS FRANCESES, QUE LOGRARAM MELHORAR O MÉTODO, A PARTIR DO CAULIM, O QUE DARIA LUGAR A VÁRIAS PEÇAS COM EFÍGIES DE NAPOLEÃO BONAPARTE QUE FORAM VENDIDAS A ELEVADOS PREÇOS. PORÉM, VISTO QUE MUITAS PEÇAS SE QUEBRAVAM NO PROCESSO, ESTE NÃO SE TORNOU RENTÁVEL. A TÉCNICA DA CRYSTALLO CERAMIE CHEGA À FÁBRICA DA VISTA ALEGRE, POSSIVELMENTE, ATRAVÉS DO BRITÂNICO SAMUEL HUNGLES, VIRTUOSO ARTISTA QUE EM 1826 TINHA VINDO PARA TRABALHAR NA FÁBRICA E QUE VIRIA A INFLUENCIAR PROFUNDAMENTE A PRODUÇÃO VIDREIRA DA VISTA ALEGRE. ESTE VIDREIRO ERA SEM DÚVIDA CONHECEDOR DA TÉCNICA PATENTEADA POR  APSLEY PELLATT E, MUITO PROVAVELMENTE, TAMBÉM DO SEU LIVRO, PUBLICADO EM 1821; THE ORIGIN, PROGRESS AND IMPROVEMENT OF GLASS MANUFACTURE. AS CRIAÇÕES DE VIDROS COM CAMAFEUS CERÂMICOS DA VISTA ALEGRE DERAM LUGAR A UMA SÉRIE DE PEÇAS COMEMORATIVAS RETRATANDO PRINCIPALMENTE OS PERSONAGENS DA REVOLUÇÃO LIBERAL DOM PEDRO I, DONA MARIA II E O DUQUE DE PALMELA.  PORTUGAL, SEC. XIX. 9  X 7 CMNOTA: A Fábrica da Vista Alegre foi fundada em 1824, em Ílhavo, Aveiro, com o propósito de produzir porcelana, vidraria e estudar processos químicos, conforme alvará régio de 1 de Julho desse ano, obtendo todos os privilégios e isenções das Fábricas Nacionais. Cinco anos mais tarde recebia já o título de Real Fábrica. O seu fundador, José Ferreira Pinto Basto (1774-1839), dedicado ao comércio, ao imobiliário e à indústria, e que tinha já estabelecido um pequeno laboratório químico no jardim da sua casa em Lisboa uns anos antes para fazer ensaios sobre porcelana, associa os seus 15 filhos à fábrica, ficando a sociedade a denominar-se Ferreira Pinto & Filhos.
  • MARQUÊS DE RESENDE  ANTÔNIO TELES DA SILVA CAMINHA E MENEZES  AMIGO PESSOAL DE DOM PEDRO I E EMBAIXADOR DO BRASIL NA ÁUSTRIA. GOBLET EM CRISTAL DE BACCARAT DECORADO INTERNAMENTE COM INSCRUSTAÇÃO EM OURO, PRATA E ESMALTES REPRESENTANDO A IMPERIAL ORDEM DA COROA DE FERRO DA ÁUSTRIA COM FITAS VERDES E AMARELAS ALUSIVAS AO BRASIL. O COPO É LAPIDADO EM RELEVO COM LAUREL FORMANDO COROA EM TORNO DE UM RESSALTO EM CABOCHON NO INTERIOR DO QUAL ESTÁ A REPRESENTAÇÃO DA ORDEM. PARTE INFERIOR COM LAPIDAÇÃO DIAMANTE. FOI O PRIMEIRO GRAU DE NOBREZA DO DIPLOMATA, OBTIDO DO IMPÉRIO AUTRÍACO LEGAÇÃO QUE ASSUMIU LOGO APÓS A INDEPENDENCIA DO BRASIL. TEMPOS DEPOIS POR SEUS SERVIÇOS PRESTADOS A DIPLOMACIA DA NASCENTE NAÇÃO BRASILEIRA E POR SER UM DOS MAIORES AMIGOS DE DOM PEDRO I SE TORNARIA PRIMEIRO VISCONDE COM GRANDEZA E DEPOIS MARQUÊS. FRANÇA, DECADA DE 1820. 9 X 7,5 CMNOTA: Antônio Teles da Silva Caminha e Meneses, primeiro e único Visconde com Grandeza e Marquês de Resende, (Torres Vedras, 22 de setembro de 1790  Lisboa, 8 de abril de 1875). Filho de Fernando Teles da Silva Caminha e Meneses, 3. Marquês de Penalva e 7. Conde de Tarouca, e de D. Joana de Almeida, filha de D. Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão d'Eça e Melo Silva Mascarenhas, 2. Marquês de Lavradio e 5. Conde de Avintes, vice-rei do Brasil de 1769 a 1779. O Marquês de Resende casou-se em 1800 com Fanny Hélèbe Le Roi. Aderiu à independência do Brasil, passando a servir como embaixador em Viena, Paris e Moscou. Era titular da Imperial Ordem da Coroa de Ferro da Áustria,  Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa, da Ordem Militar de Cristo, da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, além de Cavaleiro de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar de Malta. A Imperial Ordem da Coroa de Ferro foi estabelecida a 5 de junho de 1805 por Napoleão Bonaparte (sob seu título de Rei Napoleão I da Itália). Tem seu nome baseado na antiga Coroa de Ferro - uma antiga joia medieval que possui no seu interior um anel de ferro, forjado com supostos cravos que seriam aqueles usados para pregar Jesus em sua crucificação. A coroa inspirou ainda o nome da Ordem da Coroa da Itália. A ordem consistia originalmente em três classes de cavaleiros: 20 grã-cruzes, 30 chefes e 50 cavaleiros. Em 1815, a ordem foi adotada pelo Império Austríaco depois que este país recuperou o controle sobre o norte italiano. Restabelecida em 1 de Janeiro de 1816 pelo imperador Francisco I da Áustria, Pai da Imperatriz Leopoldina,  sob o nome de Ordem da Coroa de Ferro (Orden der Eisern Krone, em alemão) e era concedida a três graus da nobreza. Aqueles que a recebiam, sendo plebeus, tornavam-se nobres: podiam requerer ao imperador o reconhecimento de sua nobreza através de um diploma confirmador. A ordem foi abolida em 1918.
  • DOM PEDRO I  BACCARAT  PRECIOSO DECANTER COM MECANISMO MUSICAL ACIONADO POR CORDA POSSUINDO BRASÃO COM INICIAL PI SOB COROA IMPERIAL. OUTRO DECANTER DIFERENTE DESTE MAS COM O MONOGRAMA IDÊNTICO PERTENCE AO ACERVO DO MUSEU IMPERIAL DE PETRÓPOLIS E ESTÁ REPRODUZIDO NA PAGINA 65 DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE JORGE GETULIO VEIGA. O MECANISMO MUSICAL ESTÁ FUNCIONANDO PERFEITAMENTE. O DECANTER POSSUI GARGALO FACETADO SUCEDIDO POR ANEL COM LAPIDAÇÃO ALVEOLAR NA INTERSECÇÃO DO GARGALO COM O BOJO. SULCOS LONGITUDINAIS PARTEM DO ANEL EM DIREÇÃO AO CENTRO ONDE EXISTE A RESERVA COM O BRASÃO. NA PARTE INTERIOR TAMBEM PUSSUI ARREMATES COM SULCOS A TODA VOLTA. SIMPLEMENTE ÚNICO! FRANÇA, DEC. 1830.  29 CM DE ALTURA

672 Itens encontrados

Página: