Peças para o próximo leilão

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  • Em 8/8/1964 o JORNAL ÚLTIMA HORA,  um dos mais respeitados diários de notícias brasileiros,  trazia pela primeira vez,  à luz da imprensa, a notícia sobre a mais espetacular coleção particular de documentos históricos existente no Brasil: a COLEÇÃO EDUARDO STOPPEL. A matéria por si só atraia o interesse  já pelo inusitado de seu conteúdo com ares de enredo de novela. O jornal relatou a curiosa história de EDUARDO STOPPEL, judeu alemão que se instalou no Brasil, ainda antes da Segunda Guerra Mundial. Sem parentes em nosso país ou sucessores conhecidos em seu país de origem, a Alemanha, EDUARDO STOPPEL, duas décadas após migrar para o Brasil, perdeu a razão e foi recolhido no final dos anos 50 em um hospital para loucos na Capital Paulista onde passou seus últimos dias até falecer em 18 de outubro de 1961 (conforme registro no cemitério Israelita de São Paulo). Pouco antes de falecer, EDUARDO STOPPEL revelou aos médicos da instituição Psiquiátrica, a existência dessa preciosa coleção guardada em um cofre forte de agência bancária em São Paulo. Por ocasião do óbito, constatou-se que as informações eram precisas, havia na agência indicada um cofre em nome de EDUARDO STOPPEL, conforme instruções do titular. A INSTITUIÇÃO QUE ALBERGOU O JUDEU ALEMÃO EM SEUS ÚLTIMOS ANOS RECEBEU AUTORIZAÇÃO, POR MEIO DE ORDEM JUDICIAL EMITIDA PELO JUIZ TITULAR DA 3. VARA DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DA CIDADE DE SÃO PAULO (COM BASE NO INVENTÁRIO PROCESSADO  PELO CARTÓRIO DO 8. OFÍCIO DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES  DE SÃO PAULO), AUTORIZAÇÃO PARA PROCEDER O LEILÃO EM HASTA PÚBLICA DA COLEÇÃO EM ÚNICO LOTE,  A TÍTULO DO PAGAMENTO DAS VULTOSAS SOMAS DECORRENTES DA INTERNAÇÃO DO FALECIDO  EDUARDO STOPPEL (vide nos créditos extras imagem da nota de arrematação do pregão judicial). No rato do interesse que causou na época a descoberta e negociação desse tesouro, O JORNAL O GLOBO informava que o cerne da coleção de EDUARDO STOPPEL trazida por ele da Alemanha, foi fundido a documentos por ele adquiridos no Brasil. Tais aquisições  constituíram no sec. XIX a COLEÇÃO DO TENENTE DO CORPO DE ENGENHEIROS DO EXÉRCITO IMPERIAL JOSÉ JACQUES DA COSTA OURIQUE. José Jacques da Costa Ourique, originário do Rio de Janeiro foi designado DIRETOR DO GABINETE TOPOGRÁFICO DO SERVIÇO DE ESTRADAS PROVINCIAIS PAULISTAS em 1842. Era formado pela Academia Militar do Rio de Janeiro, que, desde sua origem, em 1810, foi destinada ao ensino de oficiais artilheiros e engenheiros geógrafos e topógrafos a serem aproveitados na direção dos trabalhos de minas e obras públicas.  Ourique nasceu em 1815, ao ser transferido para São Paulo, estava com 27 anos. Ali dirigiu o curso proposto para os alunos do Gabinete Topográfico para formação de engenheiros práticos. Em 1844 foi criada a Diretoria de Obras Públicas, a qual foi subordinada  a escola dirigida por Ourique. Sucedeu que a diretoria entendeu não mais remunerar seus alunos estudantes e essa política acabou por promover o esvaziamento e extinção da Escola. Quanto ao Gabinete Topográfico, o mesmo foi extinto pela lei nº 27, de 23 de abril de 1849. Sabemos que Ourique optou por permanecer como engenheiro de obras na Diretoria de Obras Públicas. No Relatório Geral do Conselho dos Engenheiros, de 1852,  localizamos Ourique como chefe da 2ª Seção do Sul da Diretoria de Obras Públicas, compreendendo a 5ª Comarca com exceção dos municípios de Guaratuba, Paranaguá; e Antonina. Tratou aí de obras nas estradas de Santo Amaro e São Bernardo, relativas ao ano anterior  1851 - e já com a patente de Capitão.  Mais tarde tornou-se o primeiro comandante da Escola Militar (curso de Infantaria e Cavalaria) da Província do Rio Grande, entre 1851 e 1853, faleceu durante uma experiência com hidrogênio no laboratório da escola conforme consta no Relatório sobre os ex-integrantes ilustres da escola militar, do Comando Militar de Porto Alegre. Para além de militar e lente de escola de engenharia Ourique era um estudioso interessado no Estudo da História Brasileira por meio de Documentos históricos escritos pelas personalidades que protagonizaram os fatos ligados à gênese da NAÇÃO BRASILEIRA. Voltando a trajetória da coleção em em 1963, o pregão judicial da COLEÇÃO EDUARDO STOPPER (já então compreendendo a coleção JOSÉ JACQUES OURIQUE),  foi realizado pelo LEILOEIRO OFICIAL MOACIR CATALDI e o arrematante foi o célebre COMERCIANTE DE ANTIGUIDADES JOSÉ CLAUDINO DA NÓBRECA (AUTOR DO LIVRO MEMÓRIAS DE UM VIAJANTE ANTIQUÁRIO).  O JORNAL ÚLTIMA HORA relata que JOSÉ CLAUDINO DA NÓBREGA após arrematar a COLEÇÃO EDUARDO STOPPER no pregão por um valor de aproximadamente UM MILHÃO DE CRUZEIROS entrou em negociação com o MUSEU NACIONAL para vender para aquela instituição a preciosa coleção. Ao final das tratativas o Museu não conseguiu levantar a verba de 2,5 milhões de cruzeiros necessários para aquisição e o antiquário JOSÉ CLAUDINO DA NÓBREGA a vendeu por 4 milhões de cruzeiros ao DR ANTONIO MELILLO, entusiasta colecionador de documentos históricos e objetos arqueológicos.(ive nos créditos extras imagens dos recibos de venda e recortes dos jornais O GLOBO e ULTIMA HORA com as noticias sobre a descoberta e negociação da coleção).  Por décadas o DR ANTONIO MELILLO não só preservou a coleção como a ampliou e permitiu sua divulgação e apresentação em importantes exposições promovidas em INSTITUIÇÕES MUSEOLÓGICAS BRASILEIRAS (COMO O MUSEU HISTÓRICO NACIONAL E MUSEU IMPERIAL, BIBLIOTECA NACIONAL, INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO NACIONAL, BIBLIOTECA PÚBLICA DE SÃO PAULO, TAMBÉM FORAM AMPLAMENTE DIVULGADAS EM MATÉRIAS DE TV E MUITOS JORNAIS AO LONGO DOS ULTIMOS 50 ANOS). A COLEÇÃO DR ANTONIO MELILLO foi adquirida após sua morte por um conceituado professor da POLI USP, quis assim  o destino que quase duzentos anos após ser iniciada por um Professor de Engenharia (JACQUES OURIQUE), tenha sido guardada por um outro Professor  desse Curso. Segue há alguns anos, com seu último proprietário e nesse momento,  quase dois séculos após sua gênese formativa, a COLEÇÃO DR ANTONIO MELILLO (EX EDUARDO STOPPER E EX JOSÉ JACQUES DA COSTA OURIQUE): será apregoada como uma das mais significativas coleções particulares brasileiras de DOCUMENTOS HISTÓRICOS a serem apresentados  item por item. Toda a documentação jurídica do primeiro leilão de 1963 ordenado pela justiça do Estado de São Paulo, no já longínquo ano de 1963 (PERÍODO EDUARDO STOPPER) até as publicações dos jornais que anunciaram a existência da COLEÇÃO E SUA HISTÓRIA FORMATIVA no período em que esteve sobre a propriedade de JOSÉ CLAUDINO DA NÓBREGA e a documentação relativa as publicações e exposições realizadas durante as décadas em que esteve de posse do DR ANTONIO MELILLO,  estão disponíveis para analise dos licitantes e acompanharão  de acordo com o julgamento do LEILOEIRO os lotes que lhes forem pertinentes (seguindo como critérios os documentos específicos reproduzidos em jornais da época que dizem respeito aos lotes. Quanto a documentação original do leilão judicial do ACERVO EDUARDO STOPPERL realizado em 14 de maio de 1963, será juntada aos lotes do arrematante cujas compras atingirem em sua soma o maior valor de arremate no pregão. DESSA FORMA A DARGENT LEILÕES TEM A HONRA DE APRESENTAR O LEILÃO DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS, GRAVURAS,JÓIAS EM MINAS NOVAS E TESOUROS ARQUEOLÓGICOS EGÍPCIOS DA COLEÇÃO DR. ANTONIO MELILLO. UMA OPORTUNIDADE ÚNICA PARA AQUISIÇÃO DE DOCUMENTOS QUE APRESENTAM PONTOS DE VISTA E EXERCÍCIO DO OFÍCIO DE PERSONAGENS QUE FIZERAM A HISTÓRIA BRASILEIRA (PRÍNCIPE MAURÍCIO DE NASSAU, INCONFIDENTE THOMAZ ANTONIO GONZAGA, GIUSEPPE GARIBALDI, BANDEIRANTES, POLÍTICOS, IMPERADORES BRASILEIROS, PRÍNCESA ISABEL, MILITARES, NOBRES E PERSONALIDADES) MAS TAMBÉM DE PERSONAGENS PARA SEMPRE LIGADOS A HISTÓRIA UNIVERSAL COMO NAPOLEÃO BONAPARTE, CATARINA A GRANDE  DA RÚSSIA, CZAR NICOLAU I, CARTA DE CHERUBINI, CARTA DE BENJAMIM GODARD, REIS DE PORTUGAL DESDE O SEC. XVI, RAINHA MARIA ANA DA ÁUSTRIA, REI LOUIS XV, PAPAS, PARTITURA ASSINADA POR GEORGES BIZET, RETRATO AUTOGRAFADO POR PIETRO MASCAGNE, CARTA DE RICHARD STRAUSS, CARTA DE VICTOR HUGO,  CARTA DE GABRIEL FAURÉ, CARTA DOS CORSÁRIOS FRANCESES QUE SEQUESTRARAM O RIO DE JANEIRO EM 1771). UM PREGÃO DE DOCUMENTOS DE TAL FORMA IMPORTANTE COMO NUNCA SE VIU EM NOSSO PAÍS! MAS TAMBÉM INUSITADO PELA COLEÇÃO ARQUEOLÓGICA EGÍPCIA E AS FORMIDÁVEIS JÓIAS EM MINAS NOVAS DO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO.