Peças para o próximo leilão

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  • MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO  FAUSTOSO - GRANDE FRUTEIRA EM  PORCELANA ESTILO E ÉPOCA LOUIS XVI. ABA DECORADA COM GUIRLANDAS DE FLORES E FITAS ROSE. BORDA RECORTADA REMATADA EM OURO. CALDEIRA COM INTRICADA GUIRLANDA EM OURO. RESERVA COM LUXURIANTES FRUTOS E RAMAGENS. UM RESQUÍCIO DA REQUINTADA FRANÇA DOS BOURBON NO SEC. XVIII.  ANTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ESSE SERVIÇO PERTENCEU AO MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO. MARCAS DA FÁBRICA DE HANNONG PERIODO DE PIERRE-ANTOINNE HANNONG (1739-1794) FRANÇA, SEC. XVIII. 24 X 14 CM
  • LOWBOY  LINDA MESA ESTILO GEORGE I COM ARREMATES EM RÁDICA. PUXADORES EM BRONZE. TRÊS GAVETAS JUSTAPOSTAS. PERNAS EM CABRIOLLE. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS EM GARRA E BOLA. BELISSIMA FORNITURE INGLESA OITOCENTISTA. INGLATERRA, SEC. XIX. 94 X 76 X 52 CMNOTA: Lowboys e tallboys eram as peças  de Fornitura favoritas do século 18, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos ; o lowboy era usado com mais frequência como mesa auxiliar. Geralmente é feito de carvalho , nogueira ou mogno , com as frentes das gavetas montadas com puxadores e espelhos de bronze . Os exemplos mais elegantes nos estilos Queen Anne , Georgiano e Chippendale geralmente têm pernas cabriole., joelhos esculpidos e pés de chinelo ou garra e bola. As frentes de alguns exemplos também são esculpidas com o motivo de concha de vieira sob a gaveta central (nos do tipo Queen Anne).
  • PRECIOSO CONJUNTO DE COLAR E BRINCOS EM CORAL E OURO 18K. ANTIGOS E BELISSIMOS! O COLAR APRESENTA  SEGMENTOS DUPLOS DE CONTAS E DA MAIOR PENDEM GRANDES GOTAS. AS CONTAS SÃO REMATADAS TAMBÉM EM OURO. UMA JÓIA DOTADA DE MUITA PERSONALIDADE! 64 CM DE COMPRIMENTO (O COLAR) E OS BRINCOS 40 MM DE COMPRIMENTO. 34 G
  • CANTOISE - RELOGIO DITO DE GRAVATA -  PERTENCEU A FAZENDA SANTA HELENA DE FERNANDO AUGUSTO TEIXEIRA NOGUEIRA. GRANDE RELÓGIO COM CAIXA EM MADEIRA. MOSTRADOR ESMALTADO. REQUINTADO PÊNDULO DITO DE GRAVATA DECORADO COM MUITOS RELEVOS E RESERVA COM FLORES. EM ESMALTE. TAMBÉM DOIS LINDOS CISNES EM RELEVO ESTILO IMPÉRIO. ESSES RELOGIOS ERAM FEITOS POR FAZENDEIROS FRANCESES PRÓXIMOS DA SUIÇA QUE NO INVERNO, SEM CONDIÇÕES DE TRABALHAR O SOLO DEDICAVAM-SE A ESSA ARTE DE MUITOS SECULOS. OS RELOGIOS ERAM EXPORTADOS PARA O MUNDO INTEIRO SOMENTE O MECANISMO, O PENDULO E OS PESOS. CADA COMPRADOR ENCOMENDAVA EM SEU PRÓPRIO PAÍS O TIPO DE CAIXA QUE DESEJAVA. ERA O RELOGIO DAS FAZENDAS BRASILEIRAS DO SEC. XIX. DOM JOÃO VI TAMBÉM TINHA UM DESSES. FRANÇ,A, CIRCA DE 1815. 57 X 34 X 270 CM
  • AUBUSSON VERDURE  FORMIDÁVEL TAPEÇARIA DA MANUFATURA REAL DE AUBUSSON APRESENTANDO PÁSSAROS PERNALTAS EM CENA LACUSTRE EM MEIO A EXUBERANTE VEGETAÇÃO. AO FUNDO IMAGEM DE UM PALÁCIO. BELA PALHETA DE CORES EM AZUL, VERDE E PALHA. FRANÇA, SEC. XVIII. 280 X 287 CM
  • BELO CANAPÉ EM JACARANDÁ E PALHINHA ESTILO LOUIS PHILIPPE.; BELOS ENTALHES FLORAIS. BRASIL, SEC. XIX. 172 X 180 X 53 CM
  • BELO PAR DE ANFORAS EM PORCELANA COM ESMALTES DA FAMÍLIA VERDE REMATADOS POR OURO APRESENTANDO FLORES DE PEONIAS E RAMAGES. CHINA. SEC XX. 36 CM DE ALTURA
  • PAR DE PORTENTOSOS TOCHEIROS DE CHÃO CONVERTIDOS PARA LUMINÁRIAS. REQUINTADOS ENTALHES. BASE TRIPODE. BRASIL, SEC. XIX. 150 CM DE ALTURA
  • ALTO CÁLICE EM PRATA DE LEI COM MARCAS DE CONTRASTE 833. BELOS GUILLOCHES NO TERÇO SUPERIOR. INSERÇÃO DO COPO COM O FUSTE TEM ROCAILLE RELEVADAS. PÉ EM BALAÚSTRE. BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 24 CM DE ALTURA.
  • ERNEST PAPF  -  GUARNECEU O PALACETE PRATES, EX RESIDÊNCIA CONDE EDUARDO DA SILVA PRATES  ORQUÍDEAS  OST  ASSINADO E DATADO 1901. MAGNIFICA OBRA DO ARTISTA QUE SE ESPECIALIZOU EM RETRATAR A CASA IMPERIAL, NOBREZA E ARISTOCRACIA BRASILEIRA NO FINAL DO SEC. XIX E INICIO DO SEC. XX. RETRATA EXUBERANTES ORQUÍDEAS DA NOSSA FLORA.   BRASIL, 1901, 78 X 67 CM (CONSIDERANDO-SE O TAMANHO DA MOLDURA) E  64 X 54 CM (DESCONSIDERANDO-SE A MOLDURA). NOTA: Karl Ernst Papf ou Ernesto Papf (Dresden, 17 de março de 1833 São Paulo, 16 de março de 1910) foi um fotógrafo, pintor e desenhista saxão que se transferiu para o Brasil em 1867. Nascido em uma família que explorava mineração na Alemanha, resolveu seguir seus próprios passos e decidiu estudar artes na Academia de Pintura de Dresden, aproximadamente em 1850, quando jovem. Depois de 17 anos, foi contratado pela empresa Albert Henschel & Cia., do fotógrafo alemão Albert Henschel (1827-1882) e viaja para o Brasil, fixando-se primeiramente em Recife. No século XIX, realizou diversas fotopinturas, que consistem em retratos a óleo baseados em fotos. Gênero bastante comum durante esse século. A empresa de Albert Henschel, que na época era onde trabalhava, prospera e passa a se chamar Photographia Allemã. A Photographia Allemã passa a ter também algumas filiais em outras regiões do Brasil, como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Papf foi destaque no gênero de fotopintura e produziu, ao longo de sua vida, encomendas para a família imperial, consolidando sua reputação como retratista no Brasil. No Rio de Janeiro, expõe suas principais obras, em 1882, no Liceu de Artes e Ofícios, na época um importante reduto de arte. Em 1889, muda-se para São Paulo e seu filho, Jorge Henrique Papf (1863-1920), assume a direção do estúdio no Rio de Janeiro. Na capital paulista, trabalha por um período para a filial da Photographia Allemã, mas, posteriormente, abre um estabelecimento próprio, a Photographia Papf. Na cidade carioca, a fotografia torna-se um bom negócio. Na época, o número de fotógrafos aumentava gradativamente na corte. Primeiro, foi solicitado apenas um. Em 1847, foram três e, em 1864, o número desse tipo de funcionário passou para aproximadamente trinta. Chegou ao Rio de Janeiro em 1877. Neste mesmo ano, pelos seus méritos como pintor, foi convidado a retratar importantes figuras do império brasileiro, como a Princesa Isabel, o Conde D'Eu e o Príncipe do Grão-Pará. Foi então que ganhou o mecenato da Família Imperial e passou a atuar com frequência a seu serviço. No ano seguinte, produziu, para crítica, o que seria uma das melhores paisagens de Papf - a Praia do Cavalão (1878). Passou a morar em Niterói, ainda no Rio de Janeiro, onde viveu de 1878 a 1880. Durante essa estadia em Niterói, sua esposa, Sofia, morre e Papf resolve se casar novamente. Agora, com a sobrinha Helena Schaedlich, que teve mais cinco filhos com o artista. Em 1880, muda-se para Petrópolis, local onde instala outra filial da Photografia Papf. Na cidade serrana, Papf mantinha um enorme e bem cuidado orquidário, usando frequentemente as suas flores na composição dos quadros que pintava. Entre o final do século XIX e o começo do século XIX, com o golpe republicano, Papf viu-se como figura indesejada por sua proximidade com a família Imperial. Aliado a isso, o grande impulso econômico e social, causado pelo cultivo e exportação de café, atraiu, na época, Karl Ernst, que comprou uma fazenda próxima à capital paulista, em Sabaúna, para residir, em 1899. O local tinha o nome de Fazenda das Palmeiras. Já na capital paulista, o fotógrafo abriu um estabelecimento comercial, onde atendia a sua clientela. Enquanto no Rio, o ateliê de fotografia segue firme, ainda que um dos sócios de Papf resolve desfazer a sociedade. Em 1910, Papf morre e, entre este ano e 1920, data do falecimento de seu primogênito, Jorge Henrique Papf, que sempre foi o braço direito do pai nos negócios, assume a liderança da empresa. Papf foi destaque ao longo de sua carreira como pintor de retratos baseados em fotografias. Suas obras se destacam pelo forte realismo que as fotopinturas imprimiam. Nota-se a preocupação com a simetria dos objetos retratados. Karl resgata ainda os cânones clássicos da pintura em grande parte de seu acervo. As pinturas de paisagens também eram bastante retratadas por Karl. Na obra Praia do Cavalão (1878), nota-se que o artistas fazia um bom uso das cores e contrastes. A crítica relata que Papf reunia os conceitos clássicos do paisagismo holândes, que teve forte influência na Alemanha, local onde nasceu. Mas precisou superar a forte influência de sua formação para retratar a vegetação brasileira. Na época, Karl Ernst Papf era bastante popular pelo seu trabalho, grande parte desse prestigio foi dado a ele por já ter retratado importantes figuras da família imperial do Brasil. O trabalho de Papf era reconhecido e, para grande parte da crítica, suas obras tinham um forte apelo comercial. O que fez com que os críticos de arte mais atuais não explorassem tanto a obra desse artistas, deixando-o de lado. De acordo com o Carlos Roberto Maciel Levy (1951), autor da biografia sobre Papf, o sucesso comercial do artista serviu de pretexto para que sua obra fosse ignorada ao longo da história recente da arte no Brasil. Levy, porém, relembra a todos a importância que Karl tem como paisagista. Karl Ernst Papf, para os parâmetros da época, foi uma pessoa que vive acima da média. Em 1980, foi realizada uma retrospectiva de suas obras no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na cidade carioca, o Museu Imperial , em Petrópolis, foi cede dessa exposição. Já em São Paulo, o lugar escolhido foi a Pinacoteca do Estado de São Paulo. DOM PEDRO II: Foi um grande imperador e sábio governante, aclamado como: o maior brasileiro, não por acaso também chamado de O MAGNÂNIMO. Foi antes um brasileiro com enorme senso patriótico extraordinário, dotado de grande amor pelo seu povo. Desde a tenra idade foi preparado para o poder, educado para isso, erudito, hábil em várias línguas. Sua mãe faleceu quando ele ainda tinha um ano de idade, o pai tinha abdicado do governo e voltou para Portugal para lutar na Revolução Liberal que acabou por entronizar naquele país sua filha e irmã de Dom Pedro II, a Rainha Dona Maria II de Portugal. Ficaram responsáveis por sua criação : Jose Bonifacio de Andrada (o tutor), Mariana Carlota de Verna Magalhaes Coutinho e Rafael, um veterano negro da Guerra da Cisplatina. Ainda criança teve uma rotina pesada de estudos, não lhe foi dado o direito da infância despreocupada, passava os dias estudando, com apenas duas horas livres para recreação. Acordava às 6h30 da manhã e começava seus estudos às sete, continuando até as dez da noite, quando ia para cama. Tomou-se grande cuidado em sua educação para formar valores e personalidade. Sua paixão por leitura lhe permitiu assimilar qualquer informação. Sua maioridade prematura acabou servindo para estabilizar o Brasil que atravessava um momento de muitos conflitos internos. Assumiu o império a beira da desintegração e transformou o Brasil numa potência emergente. Em grande parte o sucesso da nação deu-se exatamente pela estabilidade política, liberdade de expressão, com respeito aos direitos civis. Tinha como forma de governo uma funcional monarquia parlamentar constitucional. Sempre foi um monarca dedicado, indo pessoalmente visitar repartições públicas, por exemplo. Todos os súditos se impressionavam com a sua aparente auto-confiança. Sua atividade mais prazerosa era ir ao Colégio Dom Pedro II arguir os alunos, nunca escondeu que seu sonho era o de ser Professor. O imperador amadureceu com os anos, sua auto confiança foi crescendo e suas qualidades de caráter vieram a tona. Tornou-se não só imparcial e dedicado, mas também cortês, paciente e sensato. A medida que ele foi exercendo por completo sua autoridade imperial, suas novas habilidades sociais e dedicação ao governo contribuíram grandemente para a eficiência de sua imagem pública. Discreto com as palavras e sempre cordato no agir. era um trabalhador compulsivo, com uma rotina exigente e extenuante. Normalmente acordava as sete da manhã e não dormia antes das duas da madrugada do dia seguinte. Seu dia inteiro era reservado aos negócios de Estado e o pouco tempo livre disponível era gasto lendo e estudando. O imperador vestia-se de forma simples: uma casaca, calça e gravata pretas. Para ocasiões especiais ele usava o uniforme de gala e só aparecia vestido com o manto imperial e com a coroa e cetro duas vezes ao ano: na abertura e encerramento da Assembléia Geral. Obrigava políticos e funcionários públicos a seguirem seus exemplos de padrões exigentes. Exigia que os políticos trabalhassem oito horas por dia e adotou uma política exigente de seleção de funcionários públicos baseada na moralidade e mérito. Para dar a todos o padrão, ele próprio vivia de forma simples. Bailes e eventos de corte cessaram após 1852. Ele também recusou as reiteradas propostas para aumentarem o valor de sua remuneração, desde 1840, quando representava 3% dos gastos públicos, até 1889, quando havia caído para 0,5%. Ele recusava luxo, uma vez explicando: "Também entendo que despesa inútil é furto a Nação". Sua habilidade para resolver os conflitos internacionais foi sempre digna de destaque. O sucesso do Império em sua atuação em três crises internacionais aumentou consideravelmente a estabilidade e prestígio da nação, e o Brasil emergiu como um poder no hemisfério. Internacionalmente, os europeus começaram a enxergar o país como personificador de ideais liberais familiares, como liberdade de imprensa e respeito constitucional a liberdades civis. Sua monarquia parlamentarista representativa se firmava em grave contraste a mistura de ditaduras e instabilidade endêmica as demais nações da América do Sul durante este período. O país começou a gozar de estabilidade econômica e política; Pedro II não era uma simples figura ornamental como os monarcas da Grã-Bretanha e nem um autocrata à maneira dos czares russos. O imperador exercia poder através da cooperação com políticos eleitos, interesses econômicos e apoio popular. Esta interdependência e interação fizeram muito para influenciar a direção do reinado. Os mais notáveis sucessos políticos do imperador foram alcançados devido a maneira cooperativa e de não-confrontação quanto a interação com interesses diversos e com as figuras partidárias nos quais ele tinha que lidar. Ele era impressionantemente tolerante, raramente se ofendendo com críticas, oposição, ou mesmo incompetência. Ele era cuidadoso em nomear somente candidatos altamente qualificados para posições no governo, e buscava coibir a corrupção. Ele não tinha autoridade constitucional para forçar a aceitação as suas iniciativas sem o devido apoio, e sua maneira colaboradora quanto a governar manteve a nação progredindo e permitiu ao sistema político funcionar com sucesso. Sempre respeitou o parlamento, mesmo com as muitas resistências dos oposicionistas. O próprio imperador liderou os exércitos nos conflitos internacionais dos quais saiu vitorioso: Guerra do Prata, Guerra do Uruguai e Guerra do Paraguai. Pedro II decidiu ir à frente de batalha pessoalmente. Tanto o gabinete quanto a Assembleia Geral se recusaram a aquiescer ao desejo do imperador. Após receber também a recusa do Conselho de Estado, Pedro II fez o seu memorável pronunciamento: "Se os políticos podem me impedir que siga como imperador, vou abdicar e seguir como voluntário da Pátria"uma alusão aos brasileiros que se voluntariaram para ir a guerra e que ficaram conhecidos por toda a nação como "Voluntários da Pátria". O próprio monarca foi chamado popularmente de "Voluntário número um". O imperador partiu para o sul em Julho de 1865. Desembarcou no Rio Grande do Sul poucos dias depois e seguiu de lá por terra. A jornada foi realizada montada a cavalo e por carretas, e à noite o imperador dormia em tenda de campanha. Pedro II alcançou Uruguaiana, ocupada pelo exército paraguaio, em 11 de setembro. Quando de sua chegada, a força paraguaia já se encontrava cercada. O imperador cavalgou a uma distância de um tiro de rifle de Uruguaiana para demonstrar sua coragem, mas os paraguaios não o atacaram. Para evitar mais derramamento de sangue, ele ofereceu os termos de rendição ao comandante paraguaio, que os aceitou. A coordenação das operações militares pelo próprio imperador e seu exemplo pessoal teve um papel decisivo na repulsa à invasão paraguaia do território brasileiro. Havia uma crença generalizada de que a guerra estava próxima de seu fim e que a rendição de López era iminente. Antes de partir de Uruguaiana, ele recebeu o embaixador britânico Edward Thornton, que se desculpou publicamente em nome da rainha Vitoria e do governo britânico pela crise entre os dois Impérios. O imperador considerou suficiente esta vitória diplomática sobre a mais poderosa nação do mundo e reatou relações amistosas entre as duas nações. Ele retornou ao Rio de Janeiro e foi recebido com enormes celebrações. Foi aclamado e idolatrado por seu povo. Mais de 50 mil soldados brasileiros morreram e os custos da guerra foram equivalentes a onze vezes a receita anual do governo. No entanto, o país se encontrava tão próspero que o governo pôde quitar o débito em apenas dez anos. O conflito foi um estímulo para a produção e para o crescimento econômico nacional. Pedro II recusou a proposta da Assembleia Geral de erguer uma estatua equestre sua para comemorar a vitória e ao invés preferiu utilizar o dinheiro necessário para construir escolas de ensino primário. Sentia a necessidade de criar um sentimento de identidade nacional brasileira e criou: o instituto Histórico e Geográfico Brasileiro para promover pesquisa e preservação nas ciências históricas, geográficas, culturais e sociais. A Imperial Academia de Música e Ópera Nacional e o Colégio Pedro II, servindo como modelo para escolas por todo o Brasil. A Imperial Escola de Belas Artes, estabelecida por seu pai, recebeu maior apoio e fortalecimento. Pedro II providenciou bolsas de estudo para brasileiros frequentarem universidades, escolas de arte e conservatórios musicais na Europa. Financiou a criação do Instituto Pasteur, assim como a casa de ópera Bayreuth Festspielhaus de Wagner, além de outros projetos semelhantes. Seus esforços foram reconhecidos até no exterior. Darwin disse sobre ele: "O imperador faz tanto pela ciência, que todo sábio é obrigado a demonstrar a ele o mais completo respeito."O Brasil vivia uma época de grande prosperidade e paz. O Imperador defendia radicalmente a liberdade de expressão, incentivava os jornais da capital e província e via dessa forma uma maneira de manter conhecimento da opinião pública e da situação da nação. Sempre tinha contato direto com os súditos. Dava a oportunidade de audiências públicas regulares nas terças e sábados, onde qualquer do povo, até os escravos, podiam fazer parte e apresentar suas petições e contar os seus problemas. Visitava também escolas, colégios, prisões, fábricas, quartéis, etc. Foi um erudito, que promoveu de todas as formas o conhecimento, cultura, ciências. Era respeitado por grandes personalidades como Charles Darwin, Nietzsche, Graham Bell, Richard Wagner, Louis Pasteur, dentre tantos outros. Era um grande defensor da ciência, como comentou em seu diário que "Nasci para consagrar-me às letras e às ciências ", Se dedicava a antropologia, geografia, medicina, direito, religião, filosofia, pintura, escultura, teatro, música, química , poesia e tecnologia. Sua paixão linguística sempre fez com que estudasse novas línguas era fluente em português, latim, Frances, alemão, inglês, italiano, espanhol, grego, árabe, hebraico, sânscrito, chinês, provençal e tupi. Era admirado por grandes personalidades como Nietsche, Vitor Hugo. Foi membro da Academia de Ciências da Rússia, da Royal Society, da Academia de Ciências e Artes da Bélgica, dentre outras. O imperador nunca possuiu escravos. Ao longo de seu governo a população de escravos já havia caído pela metade. O grande problema que o imperador via em abolir definitivamente a escravidão era o possível impacto na economia nacional, visto que todos possuíam escravos do mais rico ao mais pobre. O imperador não tinha autoridade constitucional para diretamente intervir e por um fim na escravidão. Precisaria usar todos seus esforços para convencer, influenciar e ganhar o apoio do parlamento.Em 22 de maio de 1888, acamado e ainda se recuperando no exterior de uma doença, recebeu a notícia de que a escravidão havia sido abolida no Brasil. Com voz fraca e lágrimas nos olhos, murmurou: "Demos graças a Deus. Grande povo! Grande povo!" e desatou a chorar copiosamente. Pedro II retornou e desembarcou no Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1888. O "país inteiro o recebeu com um entusiasmo jamais visto. Da capital, das províncias, de todos os lugares, chegaram provas de afeição e veneração." Com a devoção expressada pelos brasileiros com o retorno do imperador e da imperatriz da Europa, a monarquia aparentava gozar de apoio inabalável e parecia estar no ápice de sua popularidade. A nação brasileira desfrutava de grande prestígio no exterior durante os anos finais do Império. As Previsões de perturbações na economia e na Mão de Obra causadas pela abolição da escravatura não se realizaram e a colheita de café de 1888 foi bem-sucedida. Contudo, o fim da escravidão desencadeou em uma transferência explícita do apoio ao republicanismo pelos grandes fazendeiros de café. Detentores de grande poder político, econômico e social no país, os fazendeiros consideraram a abolição como confisco de propriedade privada. Para evitar uma reação republicana, o governo aproveitou o crédito fácil disponível no Brasil como resultado de sua prosperidade e disponibilizou grandes empréstimos a juros baixos aos cafeicultores, além de distribuir fartamente títulos de nobreza e outras honrarias a figuras políticas influentes que haviam se tornado descontentes. O governo também tomou medidas indiretas para administrar a crise com os militares revivendo a Guarda Nacional, que então existia praticamente apenas no papel. As medidas tomadas pelo governo alarmaram os republicanos civis e os militares positivistas. Estes entenderam as ações do governo como uma ameaça aos seus propósitos, o que os incitou à reação. Para ambos os grupos, republicanos e militares dissidentes, havia se tornado um caso de "agora ou nunca". Apesar de não haver desejo entre a maior parte da população brasileira para uma mudança na forma de governo, os republicanos civis passaram a pressionar os oficiais militares a derrubar a monarquia. Os positivistas realizaram um golpe de Estado em 15 de novembro de 1889 e instituíram uma república. As poucas pessoas que presenciaram o acontecimento não perceberam que se tratava de uma rebelião. A historiadora Lídia Besouchet afirmou que "raramente uma revolução havia sido tão minoritária." Durante todo o processo Pedro II não demonstrou qualquer emoção, como se não se importasse com o desenlance. Ele rejeitou todas as sugestões para debelar a rebelião feitas por políticos e militares. Quando soube da notícia de sua deposição, simplesmente comentou: "Se assim é, será minha aposentadoria. Trabalhei demais e estou cansado. Agora vou descansar". Ele e sua família foram mandados para o exílio na Europa, partindo em 17 de novembro. Houve resistência monarquista significante após a queda do Império, o qual foi sempre reprimida. Distúrbios contra o golpe ocorreram, assim como batalhas entre tropas monarquistas do Exército contra milícias republicanas. O novo regime suprimiu com rápida brutalidade e total desdenho por todas as liberdades civis quaisquer tentativas de criar um partido monarquista ou de publicar jornais monarquistas. Teve seus últimos dois anos de vida solitários e melancólicos, em Paris, vivendo em hotéis modestos com quase nenhum recurso, ajudado financeiramente pelo seu amigo Conde de Alves Machado, e escrevendo em seu diário sobre sonhos em que lhe era permitido retornar ao Brasil. Certo dia realizou um longo passeio pelo Rio Sena em carruagem aberta, apesar da temperatura extremamente baixa. Ao retornar para o hotel Bedford à noite, sentiu-se resfriado. A doença evoluiu nos dias seguintes até tornar-se uma pneumonia, que acabou levando-o a óbito. Suas últimas palavras foram: "Deus que me conceda esses últimos desejospaz e prosperidade para o Brasil." Enquanto preparavam seu corpo, um pacote lacrado foi encontrado no quarto com uma mensagem escrita pelo próprio imperador: "É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria". O pacote que continha terra de todas as províncias brasileiras foi colocada dentro do caixão. A Princesa Isabel desejava realizar uma cerimônia discreta e íntima, mas acabou por aceitar o pedido do governo francês de realizar um funeral de Estado. No dia seguinte, milhares de pessoas compareceram a cerimônia. Quase todos os membros da Academia Francesa, do Instituto de França, da Academia de Ciências Morais e da Academia de Inscrições e Belas-Artes também participaram. Representantes de outros governos, tanto do continente americano, quanto europeu se fizeram presentes, além de países longínquos como Turquia, China, Japão e Pérsia. Os membros do governo republicano brasileiro, "temerosos da grande repercussão que tivera a morte do imperador", negaram qualquer manifestação oficial. Contudo, o povo brasileiro não ficou indiferente ao falecimento de Pedro II, pois a "repercussão no Brasil foi também imensa, apesar dos esforços do governo para a abafar. Houve manifestações de pesar em todo o país: comércios fechados, bandeiras a meio pau, toques de finados, tarjas pretas nas roupas, ofícios religiosos". Foram realizadas "missas solenes por todo o país, seguidas de pronunciamentos fúnebres em que se enalteciam D. Pedro II e o regime monárquico". Os brasileiros se mantiveram apegados a figura do imperador popular a quem consideravam um herói e continuaram a vê-lo como o Pai do Povo personificado. Esta visão era ainda mais forte entre os brasileiros negros ou de ascendência negra, que acreditavam que a monarquia representava a libertação. O fenômeno de apoio contínuo ao monarca deposto é largamente devido a uma noção generalizada de que ele foi "um governante sábio, benevolente, austero e honesto" Esta visão positiva de Pedro II, e nostalgia por seu reinado, apenas cresceu a medida que a nação rapidamente caiu sob o efeito de uma série de crises políticas e econômicas que os brasileiros acreditavam terem ocorridas devido a deposição do imperador. Ele nunca cessou de ser considerado um herói popular, mas gradualmente voltaria a ser um herói oficial. Surpreendentemente fortes sentimentos de culpa se manifestaram dentre os republicanos, que se tornaram cada vez mais evidentes com a morte do imperador no exílio. Eles elogiavam Pedro II, que era visto como um modelo de ideais republicanos, e a era imperial, que acreditavam que deveria servir de exemplo a ser seguido pela jovem república. No Brasil, as notícias da morte do imperador "causaram um sentimento genuíno de remorso entre aqueles que, apesar de não possuirem simpatia pela restauração, reconheciam tanto os méritos quanto as realizações de seu falecido governante." Seus restos mortais, assim como os de sua esposa, foram finalmente trazidos ao Brasil em 1921 a tempo do centenário da independência brasileira em 1922 e o governo desejava dar a Pedro II honras condizentes aos de Chefe de Estado. Um feriado nacional foi decretado e o retorno do imperador como herói nacional foi celebrado por todo o país. Milhares participaram da cerimônia principal no Rio de Janeiro. O historiador Pedro Calmon descreveu a cena: "Os velhos choravam. Muitos ajoelhavam-se. Todos batiam palmas. Não se distinguiam mais republicanos e monárquicos. Eram brasileiros" Esta homenagem marcou a reconciliação do Brasil republicano com o seu passado monárquico. Os historiadores possuem uma grande estima por Pedro II e seu reinado. A literatura historiográfica que trata dele é vasta e, com a exceção do período imediatamente posterior a sua queda, enormemente positiva, e até mesmo laudatória. O imperador Pedro II é considerado por vários historiadores o maior de todos os brasileiros. De uma maneira bem similar aos métodos que foram usados pelos republicanos do começo do século XX, os historiadores apontam as virtudes do imperador como exemplos a serem seguidos, apesar de que nenhum foi longe o bastante para propor a restauração da monarquia. O historiador Richard Graham comentou: "A maior parte dos historiadores do século XX, além disso, têm olhado nostalgicamente para o período do reinado de Pedro II, usando suas descrições do Império para criticar às vezes sutilmente, outras vezes nem tanto os regimes republicanos e ditatoriais subsequentes do Brasil."
  • ERNEST PAPF -  GUARNECEU O PALACETE PRATES, EX RESIDÊNCIA CONDE EDUARDO DA SILVA PRATES  ORQUÍDEAS  OST  ASSINADO E DATADO 1901. MAGNIFICA OBRA DO ARTISTA QUE SE ESPECIALIZOU EM RETRATAR A CASA IMPERIAL, NOBREZA E ARISTOCRACIA BRASILEIRA NO FINAL DO SEC. XIX E INICIO DO SEC. XX. RETRATA EXUBERANTES ORQUÍDEAS DA NOSSA FLORA.   BRASIL, 1901, 78 X 67 CM (CONSIDERANDO-SE O TAMANHO DA MOLDURA) E  64 X 54 CM (DESCONSIDERANDO-SE A MOLDURA).NOTA: EDUARDO DA SILVA PRATES (1860-1928), o CONDE DE PRATES, Filho de FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES e de DONA INOCÊNCIA DA SILVA PRATES (sendo esta filha do BARÃO DE ANTONINA, JOÃO DA SILVA MACHADO).  Seu pai era médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo sido Deputado por duas vezes pela Assembléia Geral na Legislatura do Império. O fato do progenitor ser um político bem sucedido, não motivou Eduardo Prates a seguir nessa direção como seria natural. Sua vida foi dedicada ao empreendedorismo e a uma trajetória de sucesso como poucas na história do Brasil.  Veio a se casar em 1886, com ANTONIA DOS SANTOS SILVA, de velha estirpe paulista, filha do BARÃO DE ITAPETININGA e da BARONESA DE TATUÍ, proprietários das terras que propiciaram a primeira expansão do núcleo histórico paulistano, em direção à hoje Praça da República. Com o casamento tornou-se concunhado do Marquês de Três Rios, uma das maiores fortunas do Império. A morte dos Marqueses de Três Rios, sem geração havida de seu matrimônio, fez com que a Fazenda Santa Gertrudes,  herança de DONA MARIA HYPÓLITA DOS SANTOS, fosse destinada à  sua meia irmã DONA ANTÔNIA DOS SANTOS SILVA (filha do segundo casamento do BARÃO DE ITAPETININGA com DONA CORINA DE SOUZA CASTRO, viúva do BARÃO DE TATUÍ). EDUARDO PRATES não era afeito aos negócios de Fazendas. Sua fortuna era baseada nos ramos imobiliário, bancário e Férreo. Entretanto mais do que um agricultor era um visionário homem de negócios que levou a Fazenda Santa Gertrudes a um patamar de grandeza talvez nunca sonhado por seus proprietários anteriores. Apesar das alterações resultantes da mudança de proprietário em 1895 não houve quebra no ritmo ascendente da fazenda acelerando, ainda mais, seu crescimento. Tornou-se proprietário da fazenda num período excepcionalmente favorável à expansão do café. Eduardo Prates era ativo homem de negócios, o capitalista de São Paulo, e, em 1895 se viu fazendeiro de café, proprietário da Fazenda Santa Gertrudes, considerada uma das mais importantes cafeeiras no estado. Não era Eduardo Prates para FAZENDA SANTA GERTRUDES o pioneiro em terras novas a despender energia e capacidade na luta contra a natureza como foram seus antecessores no domínio dessas terras, mas foi um proprietário enérgico e capaz, preocupado em estabelecer uma tecnologia mais avançada para o maior desenvolvimento de sua propriedade. Era o citadino transformado em fazendeiro, que ao receber como herança à fazenda, levou para o campo toda a sua vivência de homem de negócios, sempre aberto às inovações e desta maneira agigantou o legado ao ponto da propriedade acabar por gerar o núcleo urbano da futura cidade paulista de Santa Gertrudes. Na área de negócios, o Conde era conhecido por seu espírito empreendedor e sempre demonstrou talento: foi fundador e presidente do Banco de São Paulo dedicou-se ativamente as atividades comerciais (importações e imóveis urbanos), fomentou a Companhia Paulista de Estradas de Ferro (sendo diretor desta), criou a  Companhia de Armazéns Gerais de São Paulo (na qual atuou como presidente) e ainda a outras companhias de transportes e indústrias, como a Companhia Paulista de Navegação e a Companhia Frigorífica e Pastoril de Barretos (vice-presidente). Contribuiu com a municipalidade de São Paulo ao colaborar com o Plano Bulevar, modificando o ambiente e melhorando as edificações da Rua Líbero Badaró, sendo que sua maior contribuição foi nas negociações para que o solar dos Barões de Itapetininga (uma imensa chácara), existente nesta rua, fosse doada para o município e assim transformar-se no Parque do Anhangabaú. Prates também foi presidente, em 1896, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), sucedendo ao Coronel Rodovalho e iniciando a luta contra o projeto de pagamento em ouro dos direitos aduaneiros, além de ter sido um dos fundadores do Automóvel Clube de São Paulo, e da Sociedade Rural Brasileira.
  • ARQUI BANCO DE SACRISTIA EM MADEIRA. MOBILIARIO BRASILEIRO DO INICIO DO SEC. XIX. BRAÇOS DITOS DE ORELHA. COSNTRUÍDO COM PREGOS DE FERREIRO E ENCAIXES NA MADEIRA. LINHAS RETAS E PÉS RECORTADOS. PEÇA BELÍSSIMA E DE MUITA ÉPOCA. BRASIL, PRINCÍPIO DO SEC. XIX,   2,47 X 1,20 X 0,42 CMNOTA: Cadeiras com funções honoríficas, bancos e arcazes de sacristias são alguns importantes e numerosos exemplos do esforço para enobrecer os espaços de culto. Ao lado de uma história do mobiliário do século XVIII como equipamento para a arquitetura civil, abre-se um capítulo sobre peças de mobília referentes ao espaço religioso. Nas igrejas brasileiras setecentistas não existiam bancos para acomodar os fiéis a não ser nas sacristias onde ocorriam as reuniões de mesa de irmandades. As celebrações no templo eram assistidas de pé. Nos inventários das igrejas do século XVIII em Minas Gerais não há referências abundantes à mobília entre os bens pertencentes a cada templo. De um modo geral, são menções pouco numerosas e bastante restritas do ponto de vista descritivo. Percebe-se que as igrejas, em sua maioria, possuíam poucas peças de mobília e, naturalmente, catedrais contavam com um número maior de peças. No entanto, do ponto de vista dos inventários, tinha-se claro que os móveis deveriam constar entre os bens da igreja e que havia uma distinção entre móveis de luxo, como uma cadeira episcopal, uma mesa torneada, uma cadeira estofada, via de regra, em jacarandá; e, por outro lado, móveis mais simples como tamboretes, bancos, armários muitas vezes descritos como de pau branco. Provavelmente era uma forma de distingui-los dos móveis escuros de jacarandá. A qualidade dos assentos sempre foi socialmente valorizada no Brasil dessa época.  Eram  constantes  os  conitos,  mesmo  dentro  das  igrejas, decorrentes das  disputas  para ocupar  uma  cadeira de  espaldar  alta e  de braços,  cadeiras sem  braços  e  mesmo  bancos.  Houve,  inclusive,  caso  de  assassinato,  resultantes  de  brigas por  lugar  no  recinto  sagrado,  como  ocorreu  na  igreja  de  São  Francisco em Salvador.  Como  não  havia bancos  nas  naves  das  igrejas,  até  o  século  XIX,  cada  qual  fazia  seus  escravos  carregarem um  assento  para  os  ofícios  religiosos.
  • CAMAFEU - PEDANTIFE E PRENDEDOR FEITO EM CONCHA SARDÔNICA ESCULPIDA EM RELEVO COM FIGURA FEMININA. CERCADURA EM PRATA DE LEI. CRAVAÇÃO DE MALAQUITAS.  55 MM DE ALTURA. 4,7 G
  • FORNITURA BANDEIRISTA GOIANA  MAGNÍFICA CREDÊNCIA SETECENTISTA EM MADEIRA  COM RESQUÍCIOS DE POLICROMIA. PERNAS FRONTAIS RECURVAS. SAIA MOVIMENTADA COM RECORTES.  COSNTRUIDA COM CAVILHAS E PREGOS DE FERREIRO. TAMPO EMOLDURADO. RARA E IMPORTANTE! BRASIL, SEC. XVIII. 127 X 56 X 92 CM NOTA: Capítulo à parte na história do mobiliário colonial brasileiro é o móvel dito mineiro-goiano que não guarda nenhuma relação de estilo com os até aqui mencionados. Boa parte dos emigrados durante o século XVII vieram do norte de Portugal que era, como se sabe muito pobre e essencialmente rural. Basicamente mineradores, meteram-se no agreste da região em busca de ouro de aluvião e gemas preciosas. Não careciam de requinte e sim do básico para atender suas necessidades. Reproduziram com os meios existentes aquilo que conheciam, que era o móvel rural português de fatura retilínea, simples e prática. Assim e em suma, conceberam caixas, mesas cavalete de diferentes tamanhos, bancos longos e banquetas com assento de sola, catres, cadeiras tipo tesoura, armários, oratórios e estantes. De início mais rústicos e de grossa fatura, foram aos poucos alcançando alguma erudição.
  • BELISSIMA ERMIDA ORATORIO EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA DE TRADIÇÃO PAULISTA. CONTRUIDA EM DOIS CORPOS, O INFERIOR TEM ARCAZ COM DUAS PORTAS PARA GUARDE DE ALFAIAS LITURGICAS. SOBRE O ARCAZ O ORATÓRIO COM LINDOS ELEMENTOS DE TALHA EM RELEVO E PINTURA COM ANJOS EM TORNO DE RESPLENDOR. SÃO PAULO, SEC. XIX. 222 X 178 X 70 CM. E SOMENTE O NICHO 135 X 65 CM
  • PAR DE LINDAS PLACAS EM PASTA DE PORCELANA APRESENTANDO UM MENINO QUE DE CIMA DE UMA CERCA CUTUCA CÃO ADOMRECIDO  COM UMA VARA . NA SEQUENCIA DA OUTRA PLACA O CÃO APARECE MORDENDO O TRASEIRO DO MENINO QUE TENTA ESCALAR MAIOR ALTURA PARA LIVRAR-SE ENQUANTO DEIXA CAIR SEU CHAPÉU. ALEMANHA, FINAL DO SEC. XIX OU INCIIO DO XX. 21 CM DE ALTURA
  • FLOREIRO EM PASTA DE PORCELANA APRESENTANDO MUITOS QUERUBINS EM RELEVO. ALEMANHA, FINAL DO SEC. XIX OU INICIO DO SEC. XX. 19 CM DE ALTURA
  • BELA LUMINÁRIA EM BRONZE COM CÚPULA EM VIDRO ARTÍSTICO RELEVADO DE ONDE PENDEM ARREMATES EM CRISTAL E VIDRO ARTÍSTICO DE MURANO.. EM PERFEITAS CONDIÕES E FUNCIONAMENTO. EUROPA, INIICO DO SEC. XX. 40 CM DE ALTURA
  • PAR DE LUMINÁRIAS EM BRONZE COM CÚPULA EM OPALINA DECORADA COM CENAS DE FAZENDA. REMATADA POR CANUTILHOS E MIÇANGAS. DELICADAS E EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 51 CM DE ALTURA
  • CAMAFEU TRES GRAÇAS - PEDANTIFE FEITO EM CONCHA SARDÔNICA ESCULPIDA EM RELEVO COM REPRESENTAÇÃO DAS MUSAS TRÊS GRAÇAS. CERCADURA EM PRATA DE LEI. 75 MM DE ALTURA.

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