Peças para o próximo leilão

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  • MARQUÊS DE TRÊS RIOS  JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA  RARO PAR DE VITRAIS EM ESPESSO VIDRO ARTÍSTICOB LAPIDADO  DA PORTA DE ENTRADA DO PALACETE SEDE DA FAZENDA SANTA GERTRUDES. POSSUEM MONOGRAMA ENTRELAÇADO TR SOB COROA DE MARQUËS. ACIDADO E RELEVADO, O MONOGRAMA E A COROA SÃO EM RESSALTO.   FORAM COLOCADOS NA DÉCADA DE 1880. ESSES UMBRAIS FORAM ULTRAPASSADOS PELA PRINCESA ISABEL EM SUA VISITA A FAZENDA SANTA GERTRUDES OCASIAO EM QUE LÁ FICOU HOSPEDADA E ONDE  RELATOU SEUS DIAS NO DIÁRIO DE VIAGEM. 130 X 36  CM CADA (UM DELES TEM TRINCA) Necessitam ser retirados da porta embora não seja uma operação complicada a casa supervisionará e poderá indicar um profissional para fazer a retirada mas a operação e seu resultado são responsabilidade do arrematante)Nota: Em meados da década de 1880, o fortalecimento do partido Republicano em São Paulo e nas Províncias do Sul do Brasil conduziram a uma estratégia do Gabinete do Império para trazer visibilidade a herdeira presuntiva do trono, a Princesa Isabel. É verdade que nesses anos em que a propaganda republicana ganhou corpo, um dos argumentos contra um eventual Terceiro Império era a grande influência que o Conde DEu exerceria sobre o Governo da Imperatriz Isabel, pintada como carola e subserviente a figura de seu marido, o francês. Vão foi o esforço do Conde DEu em colocar-se a frente do exército Imperial na defesa do País, no episódio da Guerra do Paraguai (1864-1870). Mais de uma década depois do conflito sua imagem continuava fortemente atrelada a de um príncipe estrangeiro. Para trazer mais popularidade e simpatia a idéia do Terceiro Reinado estabeleceu-se a necessidade da realização de tours da família Imperial por diversas províncias pelo Brasil. São Paulo e o Sul do País eram províncias chave para tentar bloquear o avanço do republicanismo. Foi então que entre 5 e 27 de novembro de 1884 a augusta Família, percorreu diversas regiões de São Paulo. viagem iniciou-se no dia 5 de novembro de 1884. Partindo da estação do Campo da Aclimação, antigo Campo de Sant´Ana,  Entraram os viajantes pelo vale do Paraíba e alcançaram São Paulo, Sorocaba, Ipanema, Tietê, Capivarí, Campinas e São João do Rio Claro. Depois de regressarem a São Paulo, dirigiram-se para Santos. donde rumaram para o sul do País.. A  Princesa  e sua comitiva fariam a  primeira parada na cidade de Lorena, no Vale do Paraíba, em São Paulo. Em Lorena, a Princesa se hospeda na casa do Visconde de Moreira Lima, num jantar que durou das sete às novfe horas, após o que ouviu um concerto organizado pela anfitriã, a viscondessa.No dia 6 de novembro, deixa Lorena às onze horas, desce  em Guaratinguetá para visitar a Capela Nossa Senhora Aparecida e orar, detém-se, em seguida, por algum tempo em Pindamonhangaba e em Taubaté. É, porém, a passagem pelos então campos de Moji das Cruzes que emociona Isabel, despertando-lhe a alma artística. Para ela, os campos são belos, belos como um belo andante de Beethoven. E explica-se: Olhe que é dizer muito para mim, e com efeito são (os campos) incomparáveis.No mesmo dia 6 de novembro, a comitiva chega a São Paulo, às cinco horas e meia.  Há muita gente na estação e, também, uma forte chuva de pedra. Hospeda-se na casa do Conde de Três Rio, Joaquim Egídio de Souza Aranha, poderoso fazendeiro de Campinas, em cujo município há, ainda hoje, um distrito com seu nome, Joaquim Egídio. A casa do Conde encanta a Princesa: magnífica, arranjada com muito gosto, cravos a valer e lindos, begônias magníficas, cama macia, um bom piano. É nesse piano, que ela própria solicitou à Casa Levy, de instrumentos musicais, que ela estuda na manhã do dia 7,  aproveitando para descansar. Com os filhos Pedro, Luís e Antônio, Isabel sai, no dia 8, para pescar, num remanso, não muito longe da casa. É quando duas jararacas armam o bote para Pedro: Graças a Deus, alguém avistou-as e gritou a tempo. Mas são os bondes que parecem ter feito a alegria da Princesa. Ela registra ter ido em bonde, visitar o Bazar Garret, o Grande Hotel, a Tipografia Martin, a Faculdade, que é a de Direito, no antigo prédio do Convento de São Francisco. E prega peça nos repórteres, pedindo que viesse um só bonde, manobrando () para que não viessem a nossa saída.E emite a sua opinião sobre a capital paulista naquele dia 8 de novembro de 1.884: Eis, agora, o que penso de São Paulo, como cidade: situação magnífica e proporção para uma cidade esplêndida, alguns edifícios bonitos, mas em geral nenhuma arquitetura e muita linha torta.No dia 10, a comitiva real embarca no trem da Estrada de Ferro Sorocabana que, saindo de São Paulo, percorriam 186 quilômetros até Tietê. A Princesa Isabel mostra interesse especial em conhecer a fábrica de ferro do Ipanema, próxima de Sorocaba. Ela reflete sobre os preços caros do ferro e pergunta-se: E se Ipanema fosse arrendada a uma companhia? Deixa Ipanema ao meio-dia e chega a Sorocaba, onde pernoita. A esperada visita ela a faz em Capivari, no dia 12, onde  está um Engenho Central que pretende revolucionar a indústria açucareira em São Paulo, criado por Monsieur Raffard. Do engenho, nascerá a futura cidade de Rafard. Em Capivari, a Princesa Isabel recebe, de Madame Raffard, um ramo de lindas flores, digno de Paris e grande como meu chapéu de sol aberto. Parte às duas horas e, às três, chega a Piracicaba. Nesta cidade, hospeda-se na casa do Barão de Serra Negra, Estêvão de Rezende, faz visitas: ida ao Salto (quiosque) de que gostei muito, visita à fábrica de bordados e à fábrica de fiação do Queiroz (Luiz de Queiroz). E deixa registrada sua opinião sobre Piracicaba: Uma cidade bonitinha, com ruas muito bem alinhadas, e muito bem situadas numa colina, e à beira do belo rio do mesmo nome. Saindo de Piracicaba às seis horas da manhã, chega a Itu às dez e meia, parando o trem um pouco antes, para que víssemos o Salto do Tietê, de que gostei  muito.  Itu será um dos berços da República, mas recebera o título de  A Fidelíssima, por seu apoio à família real e à monarquia. A Princesa visita a Matriz, onde reconhece um órgão novo, da casa Cavallieri-Coll de Paris.  É um programa de visitas cansativo: à Câmara Municipal, almoço com  um dos proprietários da Estrada de Ferro Ituana, José Elias Pacheco Jordão, Colégio dos Jesuítas, Santa Casa de Misericórdia, Colégio das Irmãs de São José. E, ao entardecer, saindo de Itu às três horas menos um quarto, chega a Campinas antes das seis.  Em Campinas, no dia 14, a Princesa Isabel, entre outras visitas, encanta-se com o Bosque dos Jequitibás: Vi o maior jequitibá que tenho visto, um tronco esplendido e bonita copa. Tem de diâmetro dois metros e trinta e dois centímetros, na altura de metro e meio, pouco mais ou menos. Faz referências aos entalhes do interior da Matriz da Conceição, do  Colégio Culto a Ciência, também  a respeito da Santa Casa e Câmara Municipal. Em sal estada em Campinas hospeda-se no Solar do Marquês de Três Rios. E de lá seguem para a última etapa da viagem ao interior.  A fazenda Santa Gertrudes que muito agradou aos visitantes. Estendendo-se de Limeira até Piracicaba a Santa Gertrudes ocupava com três propriedades agrícolas uma fértil mancha de terra originadas na Sesmaria Morro Azul. Os Príncipes visitaram duas, a do Conde de Três Rios (Santa Gertrudes) e a Ibicaba dos Vergueiros. A terceira, a Fazenda Paraguaçu, justamente a mais bela pela pitoresca situação, não figurou no programa dos passeios por ter falecido o dono, o inditoso Joanico de Almeida Prado, jovem desbravador morto com pouco mais de trinta anos, logo seguido no túmulo pela esposa Eufrosina Paes de Barros. Os filhos nesta altura estudavam nos Estados Unidos de modo que não havia ninguém na fazenda para receber os Príncipes.Relevantes impressões  sobre esta etapa da viagem são registradas no diário da Princesa Isabel.  No dia 15 de novembro, chega à fazenda de seu principal acompanhante e anfitrião em São Paulo, o Conde Três Rios, a Santa Gertrudes.  Lá, estão os cafezais mais belos que tenho visto, numa fazenda onde de tudo há: gado vacum, porcada, patos, marrecos, perus, cabritos, feijão, milho, arroz, frutas e até um açude com peixes. No dia 16, um domingo, descansa, assiste à missa na capela da fazenda. Dia de descanso para mim , que levei com os meninos a visitar os cafezais , fazer balaios de gungi  e tucum e pescar no lago. Pela manhã do dia 17, embarca para o ponto final da viagem: a fazenda do Senador Vergueiro, a famosa Ibicaba, localizada na atual Limeira e fazendo divisa com Piracicaba. Ibicaba é uma das principais experiências rurais brasileiras do Império, originária da sesmaria Morro Azul. Mas a Princesa Isabel antes de retornar a São Paulo, registra que para ela a fazenda do Senador Vergueiro, Ibicaba tem muita nomeada e merecida, mas conclui: a (fazenda) do (Conde)  Três Rios (Santa Gertrudes) é melhor. No dia 27 de novembro, depois de passar alguns dias em São Paulo, a Princesa Isabel encerra sua visita a São Paulo, embarcando, em Santos, no navio Rio de Janeiro, rumo ao sul do país.Saudosas foram as despedidas de São Paulo , local em que a Princesa Imperial  jamais retornaria pelos acontecimentos que culminaram com a Proclamação da República e o banimento da família Imperial para Europa. Descreve a Princesa Isabel que na Estação de trem que os conduziria a Santos estavam às excelentes Condessas de Lages e de Três Rios, e muitas outras pessoas que se achavam lá. Na despedida final em Santos partindo para bordo do " Rio de Janeiro ", nos despedimos com muitas saudades do Conde de Três Rios , de quem fiquei gostando muito , e do bom Novais , que tem esquisitices, mas é bom homem e muito serviçal. Pedro e Luís (os príncipes) choraram a separação desses dois bons amigos, que tão excelentes se tinham mostrado para com eles, e também se foram o Conde e o Novaes com os olhos cheios de lágrimas.O relato dessa visita em que foram registradas pela Princesa Isabel em seus diários, permite conhecer um pouco da personalidade da Princesa em um período muito próximo aquele em que poderia vir a se tornar a Imperatriz do Brasil. Ela mantém nesse momento de vida as características femininas próprias de sua época e de sua condição social. A religiosidade também faz parte do seu cotidiano. Mostra-se uma mulher inteligente, observadora, interessada em política e economia, valorizando o que é moderno. Demonstra ter consciência de seu papel dentro do Império e o desempenha com aparente desenvoltura. Além de ter tido uma formação primorosa para os padrões da época, seus vários períodos de estada na Europa e seu amadurecimento pessoal fizeram com que ela incorporasse um estilo de vida com muito mais autonomia. A imagem de mulher subserviente e carola que a propaganda republicana injustamente propalou em nada fazia justiça ao preparo e a personalidade de Isabel de Bragança. José Avelino Gurgel do Amaral, cronista da época logo após a queda do Império referiu-se aos esforços para mudar a imagem propalada do Conde DEu que foi sob muitos aspectos determinantes para o fim do Império. Herdeiro da tradição muitas vezes centenária da monarquia francesa era muito difícil para ele adequar-se à Corte modesta e sem tradição de Dom Pedro II.  Para o cronista " Tudo era inútil ; a sua surdez , que o levava a frases em voz alta e travada de rr ásperos  pelo sotaque, a falta de esplendor de seus palácios, a ausência de ações grandiosas e brilhantes,  a sua posição, aliás natural , de conselheiro da princesa, recebida em todos os círculos como uma intervenção intrusa, eis aí verdadeiros óbices a qualquer tentativa de um terceiro reinado, mesmo no tempo da monarquia. Por todos estes motivos o Conde D'Eu jamais conseguiu ser brasileiro; foi sempre para todos o francês ... Não lhe reconheciam os serviços e lhe condenavam sestros sem importância como se representassem calamidades. A intervenção do Príncipe na guerra do Paraguai , a despeito de seus predicados militares , não conseguiu granjear - lhe sequer a simpatia do exército . Que pena serem vãos esses esforços! Que gloriosos anos de desenvolvimento nacional poderia ter nos trazido o Reinado da Imperatriz Isabel de Bragança
  • CARLOS III -  BELA MOEDA ESPANHOLA EM OURO 22 K COM VALOR DE 4 ESCUDOS. TEM NO VERSO EFIGIE DO RE IBRASÃO E REVERSO BRASÃO DO REINO DE ESPANHA ENVOLTO NO  COLAR DO TOSÃO DE OURO. 13,4 GNOTA: Carlos III (Madrid, 20 de janeiro de 1716  Madrid, 14 de dezembro de 1788) foi o Rei da Espanha de 1759 até sua morte, e também Rei de Nápoles como Carlos VII e da Sicília como Carlos V desde suas conquistas em 1734 até sua abdicação em 1759. Era o filho mais velho do rei Filipe V e de sua segunda esposa Isabel Farnésio.Ele ascendeu ao trono espanhol após a morte de seu meio-irmão Fernando VI. Carlos era um proponente do despotismo esclarecido. Ele abdicou dos tronos napolitano e siciliano em outubro de 1759 em favor de seu filho do meio Fernando.Como rei Carlos tentou resgatar o Império Espanhol de seu declínio através de grandes reformas que enfraqueciam a Igreja e os mosteiros, promovendo a ciência e pesquisas universitárias, facilitando o comércio, modernizando a agricultura e evitando guerras. Ele nunca conseguiu um controle satisfatório de suas finanças e foi obrigado a realizar empréstimos para pagar suas despesas. Suas reformas não duraram muito e a Espanha voltou a cair depois de sua morte. Em 1713, a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714) terminou com a assinatura do Tratado de Utrecht, reduzindo o poder político e militar de Espanha, país que tinha sido governado pela Casa de Bourbon desde 1700. Segundo os termos do tratado, o Império Espanhol poderia ficar com os seus territórios na América Latina, mas teria de ceder o sul dos Países Baixos à Áustria dos Habsburgos, os reinos de Nápoles e da Sardenha, o Ducado de Milão e o Estado dos Presídios. Além disso, a Casa de Saboia recebeu o Reino da Sicília e o Reino da Grã-Bretanha recebeu a ilha de Maiorca e a fortaleza de Gibraltar.Em 1700, o pai de Carlos tornou-se rei de Espanha como Filipe V. Durante o resto do seu reinado (1700-1746), Filipe tentou insistentemente recuperar os territórios perdidos. Em 1714, após a morte da sua primeira esposa, a princesa Maria Luísa Gabriela de Saboia, o cardeal Giulio Alberoni arranjou com sucesso o casamento de Filipe com a ambiciosa Isabel Farnésio, sobrinho e enteada de Francisco Farnésio, Duque de Parma. Isabel e Filipe casaram-se a 24 de dezembro de 1714; a nova rainha demonstrou rapidamente ser uma consorte dominante e influenciou o marido a nomear o cardeal Giulio Alberoni primeiro-ministro de Espanha em 1715.Em 1716, Isabel deu à luz o infante Carlos de Espanha no Real Alcázar de Madrid. Carlos estava na quarta posição da linha de sucessão ao trono espanhol, depois dos seus meios-irmãos mais velhos: o infante Luís, príncipe das Astúrias (que reinou durante um breve período de tempo como Luís I de Espanha antes de morrer em 1724), o infante Filipe (que morreu em 1719) e Fernando (o futuro rei Fernando VI). Uma vez que o duque Francisco de Parma e a sua esposa não tinham filhos, Isabel esforçou-se por conseguir que o seu filho mais velho herdasse o Ducado de Parma e Placência. Queria também que herdasse o Ducado da Toscana, uma vez que o grão-duque da Toscana, João Gastão de Médici, também não tinha filhos e era um primo afastado seu, uma vez que ambos partilhavam a mesma bisavó, Margarida de Médici, o que tornava Carlos um bom candidato ao título. O nascimento de Carlos encorajou o primeiro-ministro Alberoni a fazer grandes planos para a Europa. Em 1717, ordenou que a Espanha invadisse a Sardenha. Em 1718, Alberoni também ordenou a invasão da Sicília, que era então governada pela Casa de Saboia. Nesse mesmo ano, nasceu a primeira irmã de Carlos, a infanta Mariana Vitória, a 31 de março. Em reacção à Quádrupla Aliança de 1718, o duque de Saboia juntou-se à mesma e declarou guerra a Espanha. Devido a esta guerra, Alberoni foi dispensado pelo rei Filipe em 1719. O Tratado de Haia de 1720, incluía o reconhecimento de Carlos como herdeiro do Ducado de Parma e Placência.O meio-irmão de Carlos, o infante Filipe Pedro, morreu a 29 de dezembro de 1719, colocando Carlos no terceiro lugar de sucessão, atrás de Luís e Fernando. Esta seria a sua posição, atrás dos dois meios-irmãos, até à morte de cada um deles. O seu segundo irmão, o infante Filipe de Espanha, nasceu a 15 de março de 1720.Desde 1721, o rei Filipe negociava com Filipe II, Duque de Orleães, regente de França, três possíveis casamentos entre França e Espanha que melhorariam a tensa relação entre os dois reinos. O jovem Luís XV de França casaria com a infanta Mariana Vitória de Bourbon, na altura com três anos de idade, que se tornaria rainha de França, o meio-irmão de Carlos, Luís, casaria com a quarta filha do regente, a princesa Luísa Isabel de Orleães. Carlos ficaria noivo da princesa Filipina Isabel, quinta filha do duque de Orleães.Em 1726, Carlos conheceu Filipina Isabel pela primeira vez; Isabel Farnésio escreveu mais tarde ao regente e à sua esposa sobre este encontro:Creio que não lhe desagradará saber como correu o primeiro encontro com o seu pequeno marido. Os dois abraçaram-se muito carinhosamente e beijaram-se, e parece-me que ele não lhe é desagradável. Assim, desde hoje à noite que eles não se separam um do outro. Ela diz muitas coisas bonitas; uma pessoa apenas acredita nas coisas que ela diz quando as ouve. Tem a mente de um anjinho, e o meu filho está muito feliz por possuí-la (...). Ela pediu-me para lhe dizer que o adora do fundo do coração e que está muito contente com o seu marido.À duquesa de Orleães escreveu:Acho-a a criança mais bonita e adorável do mundo. É muito divertido vê-la com o seu pequeno marido: como se acariciam e como já se amam. Têm muitos segredinhos para contar um ao outro e não se conseguem separar nem um segundo.1De todas estas uniões, apenas Luís e Luísa Isabel se chegaram a casar. Isabel Farnésio procurou outras possíveis noivas para o seu filho mais velho, principalmente na Áustria, o principal rival pela influência na península italiana. Assim, propôs ao imperador Carlos VI que o infante Carlos desposasse a arquiduquesa Maria Teresa, na altura com oito anos de idade, e que o seu segundo filho, o infante Filipe, ficasse com a arquiduquesa Maria Ana, na altura com sete anos de idade.A aliança entre a Espanha e a Áustria foi assinada a 30 de abril de 1725, e incluía o apoio de Espanha na Pragmática Sanção, um documento escrito pelo imperador Carlos em 1713 para garantir o apoio a Maria Teresa para que sucedesse ao trono dos Habsburgo. O imperador também renunciou às suas pretensões ao trono de Espanha e prometeu apoiar a Espanha nas suas tentativas de reconquistar Gibraltar. A Guerra Anglo-Espanhola que se seguiu deitou por terra as ambições de Isabel Farnésio e os planos de casamento foram abandonados quando se assinou o Tratado de Sevilha a 9 de novembro de 1729. No entanto, o mesmo tratado permitia que o infante Carlos ocupasse legitimamente Parma, Placência e a Toscana, mesmo se, para tal, tivesse de usar a força.Após o Tratado de Sevilha, Filipe V ignorou os seus termos e formou uma aliança com a França e a Grã-Bretanha. António Farnésio, Duque de Parma, morreu a 26 de fevereiro de 1731 sem nomear um herdeiro, uma vez que se pensava que a sua viúva, Henriqueta d'Este, estivesse grávida na altura. A duquesa foi examinada por muitos médicos sem que a gravidez se confirmasse. Assim, o Segundo Tratado de Viena de 22 de julho de 1731 reconheceu oficialmente o jovem infante Carlos como duque de Parma e Placência.O ducado foi ocupado pelo conde Carlo Stampa que prestou serviço como tenente de Parma em nome do jovem Carlos. A partir de então, o infante passou a ser reconhecido como Dom Carlos de Espanha (ou Borboun), duque de Parma e Placência, infante de Espanha. Uma vez que ainda era menor de idade, a sua avó materna, a princesa Doroteia Sofia de Neuburg, foi nomeada regente. Carlos chegou a Itália a 20 de outubro de 1731. Após uma cerimónia solene em Madrid, Carlos recebeu a épée d'or (espada de ouro) do seu pai; a espada tinha sido entregue a Filipe V pelo seu avô, o rei Luís XIV de França, antes da sua partida para Espanha em 1700. Carlos partiu de Espanha e viajou por terra de Sevilha para Antibes seguindo depois para a Toscana, tendo chegado a Livorno a 27 de dezembro de 1731. O seu primo, João Gastão de Médici, grão-duque da Toscana foi nomeado seu co-tutor e, apesar de Carlos ser considerado herdeiro presumível de João Gastão, o grão-duque recebeu-o bem. A caminho de Florença a partir de Pisa, Carlos adoeceu de varíola. Carlos entrou majestosamente em Florença, capital dos Médici, a 9 de março de 1732, com uma comitiva de 250 pessoas. Ficou alojado com o seu anfitrião na residência ducal, o Palácio Pitti.2João Gastão organizou uma grande festa em honra do santo patrono de Florença, São João Baptista, a 24 de junho. Durante esta festa, nomeou Carlos seu herdeiro, concedendo-lhe o título de príncipe-herdeiro da Toscana. Carlos prestou homenagem ao senado de Florença, como era tradição entre os herdeiros do trono da Toscana. Quando o imperador Carlos VI soube da cerimónia, ficou furioso, uma vez que João Gastão não o tinha informado das suas intenções. Uma vez que Carlos se encontrava numa posição superior à de João Gastão, a nomeação do herdeiro deveria ter sido escolha sua. Apesar das celebrações, Isabel Farnésio pediu ao filho que se dirigisse para Parma, o que o seu filho cumpriu, sendo recebido com muita alegria na cidade em outubro de 1732. Em frente do palácio ducal de Parma estavam escritas as palavras Parma Resurget ("Que Parma Governe"). Ao mesmo tempo, a peça La venuta di Ascanio foi escrita em Itália por Carlo Innocenzo Frugoni e seria mais tarde representada no Teatro Farnese na cidade. Quando chegou à península Itálica, Carlos ainda não tinha dezassete anos de idade. Recebeu a educação rigorosa e estruturada dada a um infante espanhol. Era muito devoto e muitas vezes sentia-se intimidado pela sua mãe dominadora, com quem, segundo relatos da época, se parecia muito. Alvise Giovanni Mocenigo, Doge de Veneza e embaixador de Veneza e Nápoles declarou que:Recebeu uma educação afastada de todos os estudos e aplicações necessários para se poder governar sozinho (...).O conde Monasterolo Solaro, embaixador de Saboia que serviria o duque Carlos Emanuel III da Sardenha em 1742, partilhava a mesma opinião.Por outro lado, aprendeu a produzir gravuras (algo que faria ao longo de toda a sua vida), a pintar e uma série de actividades físicas, como por exemplo a caça, que era o seu desporto preferido. Sir Horace Mann, um diplomata britânico que vivia em Florença, reparou que ficou muito impressionado com o gosto que Carlos tinha por desporto.O seu aspecto físico era dominado pelo nariz dos Bourbon que tinha herdado do lado do pai. Era descrito como um "rapaz moreno, com um rosto magro e um nariz saliente", e era conhecido pela sua personalidade alegre e exuberante.  Em 1733, quando morreu o rei Augusto II da Polónia, houve uma crise de sucessão na Polónia. A França apoiava um pretendente enquanto a Áustria e a Rússia preferiam outro. A França e os Saboia criaram uma aliança e conquistaram territórios à Áustria. A Espanha, que se tinha aliado a França em finais de 1733 através do chamado Pacto dos Bourbon, também entrou no conflito.Na categoria de regente, a mãe de Carlos viu nesta ocasião a oportunidade para reconquistar os reinos de Nápoles e da Sicília que a Espanha tinha perdido no Tratado de Utrecht.A 20 de janeiro de 1734, Carlos tornou-se maior de idade e estava agora "livre para governar e gerir de forma independente os seus estados". Na altura foi também nomeado comandante de todas as tropas espanholas em Itália, uma posição que partilhava com o duque de Montemar.A 27 de fevereiro, o rei Filipe expressou a sua intenção de conquistar o reino de Nápoles, afirmando que o libertaria da "violência excessiva exercida pelo vice-rei da Áustria em Nápoles, assim como a sua opressão e tirania".6 Carlos, que era agora conhecido como "Carlos I de Parma", seria o responsável. Carlos inspeccionou as tropas espanholas em Perúgia e marchou a caminho de Nápoles a 5 de março. O exército passou pelos Estados Pontifícios, na altura governados pelo papa Clemente XII.7Os austríacos, que já se encontravam a combater os franceses e os exércitos dos Saboia pela Lombardia, tinham poucos recursos para se defenderem em Nápoles e estavam divididos em relação à melhor forma de combater os espanhóis. O imperador queria manter Nápoles, mas a maioria da nobreza napolitana estava contra ele e alguns chegaram mesmo a conspirar contra o vice-rei. Esperavam que Filipe desse o reino a Carlos, que teria mais possibilidades de viver e governar lá, e não entregar o poder a um vice-rei e obedecer a uma potência estrangeira. A 9 de março, os espanhóis conquistaram a Prócida e a Ísquia, duas ilhas na baía de Nápoles. Os espanhóis ladearam as posições defensivas dos austríacos, comandados pelo general Traun, e forçaram-nos a retirar para Capua. Esta conquista permitiu que Carlos e as suas tropas avançassem para a cidade de Nápoles.O vice-rei austríaco, Giulio Borromeo Visconti, e o comandante do seu exército, Carafa, deixaram algumas tropas a defender a fortaleza da cidade e retiraram-se para a Apúlia. Lá esperaram pela chegada de reforços em número suficiente para se defenderem contra os espanhóis. Os espanhóis entraram em Nápoles e cercaram as fortalezas controladas pelos austríacos. Durante este intervalo, Carlos foi elogiado pela nobreza local e uma delegação de oficiais eleitos da cidade ofereceu-lhe as chaves e o livro de privilégios da mesma.8As crónicas da época afirmam que Nápoles foi capturada "com humanidade" e que o combate só se deveu a um clima geral de cortesia entre os dois exércitos, muitas vezes sob o olhar dos habitantes da cidade que se aproximavam com curiosidade.Os espanhóis conquistaram o Castelo Carmino a 10 de abril. O Castelo Sant'Elmo caiu a 27 de abril e o Castelo do Ovo a 4 de maio. Finalmente, o Novo Castelo caiu a 6 de maio. Todas estas conquistas sucederam-se apesar de Carlos não ter experiência militar, quase não usar uniformes e dificilmente realizar revistas militares. Carlos de Bourbon entrou em triunfo em Nápoles a 10 de maio de 1734. Fê-lo montado num cavalo que entrou pelo velho portão da cidade em Capuana rodeado pelos conselheiros da cidade, juntamente com um grupo de pessoas que atirou dinheiro aos habitantes locais. A procissão atravessou as ruas e terminou na Catedral de Nápoles, onde Carlos recebeu a bênção do bispo local, o cardeal Pignatelli. Carlos passou a residir no Palácio Real, um edifício mandado construir pelo seu antecessor, o rei Filipe III de Espanha.Dois cronistas da época, o florentino Bartolomeo Intieri e o veneziano Cesare Vignola relataram duas visões distintas relativamente à opinião que os napolitanos tinham desta situação. Intieri escreve que a sua chegada foi um evento histórico e que a multidão gritava que "Sua Alteza Real era lindo, que o seu rosto era semelhante ao de São Januário na estátua que o representava".9 Por outro lado, Vignola escreveu que "houve apenas algumas aclamações" e que a multidão aplaudia com "muita languidez" e apenas "para incentivar os que atiravam dinheiro a atirar ainda mais".10O rei Filipe escreveu a seguinte carta a Carlos:Meu mui ilustre e amado filho. Por razões importantes e motivos poderosos e importantes, tinha resolvido que, caso as minhas forças reais, que enviei para Itália para fazer frente ao imperador, controlassem o reino de Nápoles, esse reino deveria ficar em sua posse, como se o tivesses conquistado com as suas próprias forças e, tendo Deus decidido olhar pela justa causa que me assiste, e providenciar-nos com a sua poderosa ajuda este mui feliz acontecimento: declaro que é de minha vontade que a referida conquista lhe pertença como a seu legítimo soberano na forma mais alargada que existe: e para que possais fazê-lo constatar onde e quando seja conveniente, foi meu desejo manifestá-lo através desta carta que assino com a minha própria mão e foi rectificada pelo meu Conselheiro e Secretário de Estado e Escritório.A carta começava com as palavras "Para o rei de Nápoles, o Meu Filho e Meu Irmão".11 Carlos foi único, uma vez que foi o primeiro rei de Nápoles que realmente viveu no seu território após um período de duzentos anos de vice-reis. No entanto, a resistência austríaca ainda não tinha sido completamente eliminada. O imperador enviou os seus reforços para Nápoles sob o comando do príncipe de Belmonte, que chegou a Bitonto.As tropas espanholas, lideradas pelo conde de Montemar atacou os austríacos a 25 de maio de 1734 em Bitonto, e conseguiu uma vitória decisiva. Belmonte foi feito prisioneiro depois de fugir para Bari, enquanto as outras tropas austríacas conseguiram fugir por mar. Para celebrar a vitória, a cidade de Nápoles foi iluminada durante três noites e, a 30 de maio, o duque de Montemar, o comandante do exército de Carlos, recebeu o título de duque de Bitonto.12 Actualmente, existe um obelisco na cidade que celebra esta batalha.Após a queda de Régio de Calábria a 20 de junho, Carlos também conquistou as cidades de Áquila (27 de junho) e Pescara (28 de julho). As últimas duas fortalezas foram Gaeta e Capua. O cerco de Gaeta, ao qual Carlos assistiu, terminou a 6 de agosto. Três semanas depois, o duque de Montemar deixou o território peninsular para se dirigir à Sicília, chegando a Palermo no dia 2 de setembro de 1734, data em que deu início à conquista das fortalezas dos austríacos na ilha que terminou em inícios de 1735. Capua, o último forte austríaco no território de Nápoles, conseguiu aguentar-se sob as ordens de von Traun até 24 de novembro de 1734.Em 1735, após se ter delineado o tratado que terminou a guerra, Carlos cedeu formalmente a cidade de Parma ao imperador em troca do seu reconhecimento como rei de Nápoles e da Sicília.
  • DOM PEDRO II - RARA MOEDA DE 20000 REIS DE DOM PEDRO II DATADO DE 1853 (TERCEIRO SISTEMA MONETÁRIO) TEM NO VERSO EFIGIE DO IMPERADOR E NO ANVERSO BRASÃO DO IMPÉRIO DO BRASIL.  30 MM DE DIAMETRO. 17,8 GNOTA: O QUE ACONTECEU DE IMPORTANTE EM 1853: FOI O ANO DA MORTE DE DONA MARIA II RAINHA DE PORTUGAL, IRMÃ DE DOM PEDRO II E TAMBÉM FOI O ANO EM QUE FOI INAUGURADA A PRIMEIRA CERVEJARIA BRASILEIRA NA CIDADE DE PETRÓPOLIS.
  • DONA MARIA I E D. PEDRO III . LINDA MOEDA DE 6400 REIS EM OURO 22 K DATADA DE 1786 COM LETRA MONETARIA DO RIO DE JANEIRO. ESTA ESCASTOADA EM UMA COROA IMPERIAL BRASILEIRA MUITO BEM LAVRADA QUE PROVAVELMENTE DEVA TER PERTENCIDO A UMA ORDEM HONORÍFICA DO REINADO DE DOM PEDRO I. O ANO DE 1786 FOI O ANO DA MORTE DO REI CONSORTE DE PORTUGAL DOM PEDRO III FATO QUE PARECE TER SIDO O ESTOPIM PARA AS CRISES NERVOSAS DA RAINHA DONA MARIA I QUE PASSARIA A SER CONHECIDA COMO A LOUCA. DOM PEDRO III ERA TIO DE DONA MARIA I, IRMÃO DE DOM JOSÉ I, PAI DE DONA MARIA I. ERA O FILHO PREFERIDO DE DOM JOÃO V.  BELISSIMA! SEC XVIII. 7 CM DE ALTURA. 25,5 GNOTA: Pedro III (Lisboa, 5 de julho de 1717  Queluz, 25 de maio de 1786), apelidado de o Capacidónio, o Sacristão e o Edificador, foi o Rei Consorte de Portugal e dos Algarves de 1777 até à sua morte. Era filho do rei João V e da sua esposa a arquiduquesa Maria Ana da Áustria, sendo assim irmão mais novo do rei José I e tio de Maria. D. Pedro III nunca participou de política e sempre deixou os assuntos de governo para a sua esposa. Filho favorito de D. João V, rei de Portugal, que o investiu na dignidade de Grão-Prior do Crato,1 Senhor da Casa do Infantado (pertença dos segundos filhos dos reis de Portugal) e ainda Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro de Espanha, o infante D. Pedro terá por uma vez ou outra hostilizado seu irmão, o príncipe D. José, herdeiro do trono. No reinado deste, chegou a receber ordem para se manter em Queluz (então Quinta do Infantado), retirado da corte. Deve-se a D. Pedro III a iniciativa da transformação, iniciada em 1747, da "Casa de Campo da Quinta do Infantado", em que trabalharam o arquitecto português Mateus Vicente de Oliveira e o arquitecto escultor francês Jean-Baptiste Robillon.Não está provado que D. Pedro III, enquanto Príncipe do Brasil, se tenha oposto abertamente àquilo que se convencionou chamar terror pombalino. Mas quando da sua ascensão ao trono juntamente com sua esposa e sobrinha D. Maria I, após a morte do monarca D. José I, seu irmão, D. Pedro mostrou-se receptivo aos queixumes dos inimigos do Marquês de Pombal e é conhecido o seu desejo de que a repressão contra o marquês e seus apoiantes fosse ainda mais longe. Charles Gravier, conde de Vergennes, diplomata e posteriormente ministro francês dos Negócios Estrangeiros, preocupado, escreve sobre as suas idéias de perseguição: "O ódio e a vingança parecem caracterizar os sentimentos do rei D. Pedro em relação ao Sr. Marquês de Pombal. Estamos longe de fazer apologia deste antigo ministro, mas julgo que ele não devia ser atacado por factos que se prendem directamente com a reputação do falecido Rei (D. José I). Se se decidir perseguir e atacar o Sr. Marquês de Pombal, há matéria de sobra no que respeita simplesmente a diversos aspectos da sua administração." pois, atacar o Marquês de Pombal, poderia implicar atingir a memória do falecido rei, seu irmão.Era muito religioso, tal como D. Maria, cognominada "a piedosa", e chegou a ser apelidado de "sacristão" pelo historiador liberal do século XIX Oliveira Martins, que assim o classifica: "... O rei (...) não se concebe homem mais feio, com cara de idiota, expressão feroz, cabeleira desalinhada, ar de bêbado, um sacristão." O último biógrafo da rainha, Caetano Beirão, ergue-se contra tal caricatura, afirmando que os reis eram decerto muito devotos mas a sua fé "era viva, servida por uma inteligência esclarecida sem qualquer superstição".Defendeu os jesuítas, que haviam sido expulsos pelo Marquês de Pombal em 1759, declarando: "Não esquecerei nunca os bons ensinamentos e instruções que eles me deram." o que contribuiu para a restauração da Companhia de Jesus, conseguida prudentemente pela rainha junto da Santa Sé, e com cuidado para não se indispor com a Corte dos Borbóns de Espanha.Vergennes escreveu ao embaixador de França em Lisboa sobre a "beatice" e a atitude política do rei que o inquietava: " Em nossa opinião, este príncipe comporta-se de forma muito pouco política em relação aos ex-jesuítas portugueses que acabam de ser postos em liberdade. Isso marca uma predilecção por essa ordem que só pode desagradar ao Rei Católico, nas boas graças do qual nos parece essencial que Portugal se mantenha. Mas (...) parece não ser fácil insinuar essa verdade ao rei D. Pedro."Embora seja considerado pelos contemporâneos como uma figura politicamente neutra, possuía uma grande influência sobre sua sobrinha e esposa, que adorava e pela qual era adorado, e que acabava sempre por atender as suas petições, que alguns classificavam como sendo "na maioria das vezes deslocadas". Quando inquirido sobre esta ou aquela individualidade, emitia sempre a sua inalterável opinião: "É capazeidóneo!" a verbalização, involuntariamente aglutinada, das qualidades "capaz" e "idóneo", o que valeu-lhe o impiedoso cognome de o Capacidónio.Lançou em 24 de Outubro de 1779, a primeira pedra da Basílica da Estrela, mandada construir pela rainha D. Maria I em cumprimento de uma promessa feita, caso lhe fosse concedida descendência varonil.D. Pedro III foi protector da alta fidalguia. Patrocinou, por isso, as petições dos herdeiros dos justiçados pelo célebre Processo dos Távoras, cuja reabilitação foi objecto de novos processos judiciais, em que os herdeiros também perderam a restituição dos bens.Era, todavia, membro da maçonaria.2Faleceu no Paço de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, a 25 de maio de 1786, com 68 anos de idade, nove de reinado conjunto com D. Maria I. A sua morte, juntamente com outros factos, terá contribuído para a loucura da rainha. Jaz no Panteão dos Braganças em São Vicente de Fora.
  • MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO   LINDO CONJUNTO COM QUATRO XÍCARAS PARA CHÁ.  OS PIRES TEM ABA DECORADA COM GUIRLANDAS DE FLORES E FITAS ROSE. BORDA RECORTADA REMATADA EM OURO. CALDEIRA COM INTRICADA GUIRLANDA EM OURO. AS XÍCARAS TEM A MESMA DECORAÇÃO E NO INTERIOR RICA ROSÁCEA EM OURO. UM RESQUÍCIO DA REQUINTADA FRANÇA DOS BOURBON NO SEC. XVIII.  ANTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ESSE SERVIÇO PERTENCEU AO MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO. MARCAS DA FÁBRIA DE HANNONG PERIODO DE PIERRE-ANTOINNE HANNONG (1739-1794) FRANÇA, SEC. XVIII. 14 CM DE DIAMETRO (PIRES)NOTA: O chá, que tem origem oriental, era inicialmente servido em potes redondos, sem alças. Segundo a tradição, isso era até mesmo um alerta para quem conduzia a cerimônia da bebida: Caso o recipiente queimasse as pontas dos dedos, estava quente demais para ser ingerido. Na temperatura ideal, ela não incomodava, mesmo com o contato direto com a porcelana. Ao chegar à Europa, o chá fez grande sucesso e era um produto caro, de consumo exclusivo de nobres que também importavam a louça da China. Ao se popularizar entre os mais abastados, passou a ser servido em copos de prata, o que logo se tornou um problema: O metal transmitia calor muito rápido, e acabava por queimar os dedos. Para resolver a questão, o arquiteto inglês Robert Adam sugeriu ao amigo ceramista Josiah Wedgwood colocar alças nas tigelas e copos. Foi então criada a primeira xícara, em 1750. Wedgwood criou uma fábrica em 1759 e até hoje a marca é referência na fabricação de peças de porcelana.Apesar de a invenção ser creditada aos ingleses, estudos e análises indicam que os gregos já possuíam um protótipo de xícara há dois mil anos. Entre os povos pré-colombianos da América, também existiram registros de itens semelhantes a tigelas com alças.
  • MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO   LINDO CONJUNTO COM QUATRO XÍCARAS PARA CAFÉ.  OS PIRES TEM ABA DECORADA COM GUIRLANDAS DE FLORES E FITAS ROSE. BORDA RECORTADA REMATADA EM OURO. CALDEIRA COM INTRICADA GUIRLANDA EM OURO. AS XÍCARAS TEM A MESMA DECORAÇÃO E NO INTERIOR RICA ROSÁCEA EM OURO. UM RESQUÍCIO DA REQUINTADA FRANÇA DOS BOURBON NO SEC. XVIII.  ANTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ESSE SERVIÇO PERTENCEU AO MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO. MARCAS DA FÁBRIA DE HANNONG PERIODO DE PIERRE-ANTOINNE HANNONG (1739-1794) FRANÇA, SEC. XVIII. 12 CM DE DIAMETRO (PIRES) NOTA: Foi no ocidente que a história do café ganhou o seu charme, pois a sua chegada na Europa foi marcada por embates políticos e e romantizada em uma das composições de Bach. A bebida chegou em 1615, em Veneza, por Botteghe del Caffè, um dos pontos responsáveis pela propagação das técnicas de torra e moagem do café. Tratada como especiaria e artigo de luxo, a semente negra teve muitos entraves até a sua popularização no lado europeu.Associada à música e a encontros sociais, a nova droga do oriente desagradou os religiosos. Na época, a Europa vivia conflitos como, a Contra-Reforma, que queria consolidar novamente o cristianismo católico. Por ser uma bebida de país muçulmano, o café era considerado herege. Para tentar amenizar os embates, o Papa Clemente VIII (1536-1605) até propôs que a bebida fosse batizada com o intuito de torná-la cristã.Os questionamentos controversos, sobre a planta serviram de  inspiração para Johann Sebastian Bach. Como resultado, pela admiração ao café, o músico compôs, em 1732, a Cantata do Café.  Alegre e fora dos padrões religiosos, a composição apresenta uma história de amor, que exalta as qualidades da bebida. O aumento do consumo do café teve também restrições mercantis, afinal, os comerciantes de vinho e queijo, acreditavam que a bebida era uma concorrente que atrapalharia suas negociações.  Quando o café chegou na Prússia, o rei Frederico, o Grande (1712-1786), também  tentou impedir. No entanto, ele percebeu rapidamente que poderia tirar proveitos da popularidade da bebida. Ele, então, criou planos  ambiciosos que visavam a monopolização do comércio do produto na região. Uma das metas estabelecidas era  ter uma produção da planta no país. Felizmente, os esforços que se opunham a popularização da bebida foram em vão. Por volta do séc. XVII, conforme florescia o Iluminismo e se planejava a Revolução Francesa, as cafeterias começaram a se desenvolver, juntamente com os ideais que transformariam o período. Assim, a história do café começava a ganhar forma.
  • TABRIZ ROYAL - MUITO GRANDE E BELO TAPETE DE EXCEPCIONAL QUALIDADE! TONS FERROSOS, AZUIS E VERDES. ALTA DENSIDADE DE NÓS. DECORAÇÃO COM ELEMENTOS VEGETALISTAS (FLORES E RAMAGENS). MUITO BOM GOSTO! 520 X 233
  • WMF  GRANDIOSO PAR DE CANDELABROS REVERSÍVEIS PARA CASTIÇAIS EM METAL ESPESSURADO PARA PRATA. ESTILO EDUARDIANO O QUE É INUSITADO PARA PEÇAS DA WMF. FORAM FEITOS PROVAVELMENTE PARA O MERCADO INGLÊS. BASE COM FEITIO DE COLUNAS E TOPO EM CINCO LUMES COM QUATRO BRAÇOS. SÃO BELÍSSIMOS! ALEMANHA, INICIO DO SEC. XX. 52 CM DE ALTURA
  • BEATRIZ DE CARVALHO PELOS JOALHEIROS OKUBO - O JARDIM DAS ESPÉRIDES - FABULOSO CONJUNTO  DE COLAR E BRINCOS  EM OURO 18K, CORAL E  TURMALINAS VERDES EM CABUCHOM FRONTAL E FACETADA NO FUNDO PARA O EFEITO DE VOLUME EM FOLHA.  SIMULA LARANJAS E SUAS FOLHAGENS REFERINDO-SE AO MÍTICO JARDIM DAS ESPÉRIDES. AS LARANJAS SÃO AS FRUTAS SAGRADAS DA ANTIGUIDADE. ERAM AS LARANJEIRAS QUE VISCEJAVAM NO JARDIM DAS ESPÉRIES ONDE VÊNUS A DEUSA DO AMOR, ASPIRAVA OS FRUTOS SAGRADOS. FOI UMA LARANJA O POMO OFERECIDO POR AQUÍLES NA ILÍADA PARA A DEUSA MAIS BELA. UMA JÓIA LINDA, SENSUAL E EXUBERANTE. COM CERTIFICADO DA ARTISTA. O CORAL TEM A TONALIDADE DE LARANJAS.  BRASIL, 42 CM DE COMPRIMENTO.  SEC. XX. 42 CM DE COMPRIMENTO (O COLAR) 56,6 G NOTA: Beatriz de Carvalho ( Porto Alegre, 1944)  têm uma trajetória marcada por uma incessante e vulcânica criatividade. Artista de múltiplos talentos escultora, pintora, desenhista, cenógrafa, figurinista, designer têxtil, joias e painéis decorativos. Verdadeiramente antenada com o mundo e o momento, ela encarna a sensibilidade da arte contemporânea em seus hibridismos; do antigo com o atual, do primitivo à tecnologia digital.Em seu trabalho existe um entrecruzar de tendências, que se fundem uma conjunção de materiais e técnicas, resultando trabalhos de refinada maestria. Todo este lastro de sua formação europeia e das raízes gaúchas vem estar a serviço  de uma criatividade aberta às percepções e mágicas intuições. Conectando-se a visões de luxuriantes fantasias, pode-se dizer que Beatriz de Carvalho  é uma artista surrealista, emanando aos jorros de sua visão interior,   revela o surrealismo eternamente existente na América Latina, como  Breton definiu. O perfil complexo da artista Beatriz de Carvalho, a riqueza de possibilidades que desenvolve em sua obra; bem como  a multiplicidade dos  meios e modalidades artísticas torna-se evidentes na apresentação de seus trabalhos, na sequência destas páginas.
  • LAOCOONTE E SEUS FILHOS  MAGNIFICA ESCULTURA EM BRONZE REPRESENTANDO LAOCONTE E SEUS FILHOS SENDO ATACADOS PELAS SERPENTES ENVIADAS POR APOLO. MAGISTRAL ESCULTURA COM IMPRESSINANTES E VÍVIDOS DETALHES MORFOLÓGICOS. EUROPA, SEC. XIX. 34 X 47 CMNOTA: A estátua Grupo de Laocoonte , também conhecida como Laocoonte e Seus Filhos, é uma das mais famosas esculturas antigas desde que foi escavada em Roma em 1506, e colocada em exibição pública no Vaticano, onde permanece até hoje. A estátua representa Laocoonte e seus dois filhos, Antífantes e Timbreu, sendo estrangulados por duas serpentes marinhas, uma lenda da Guerra de Troia também relatada na Eneida de Virgílio. Laocoonte, um sacerdote de Apolo, teria irritado o deus, ou por ter se casado e tido filhos, ou por ter arremessado uma lança contra o cavalo de Troia. Em vingança, o próprio Apolo teria enviado as serpentes para matar seus filhos, e Laocoonte foi morto ao tentar salvá-los. O grupo de Laocoonte é descrito por Plínio, o Velho, no volume 36 da sua Naturalis Historia, como uma obra de arte superior a qualquer pintura ou bronze conhecidos pelo autor. A escultura encontrava-se então no palácio do Imperador Tito. A autoria da obra é atribuída por Plínio a Agesandro, Atenodoro e Polidoro, três escultores da ilha de Rodes. Há divergências sobre a data de execução da obra. Alguns historiadores sustentam que ela seria cópia de uma estrutura de bronze que não chegou até nós, moldada por volta de 140 a.C. Por outro lado, reconhecendo que o mármore fosse a peça original, as estimativas variam entre 40 a.C. (mais provável) a até 37 d.C., período final do reinado de Tito34 Após o relato legado a nós por Plínio, o grupo de Laocoonte desaparece nos 1400 anos seguintes. No dia 14 de janeiro de 1506, o romano Felice de Fredi descobriu uma estátua durante trabalhos de manutenção da sua vinha, localizada na zona das antigas Termas de Tito. A escultura desconhecida estava desfeita em cinco pedaços, mas todos os habitantes da Roma renascentista sabiam reconhecer uma obra clássica quando a viam e de Fredi passou a palavra a Giuliano de Sangallo, arquitecto do papa Júlio II. Sangallo acorreu ao local da descoberta de imediato trazendo consigo Michelangelo Buonarroti, que por coincidência almoçava na sua casa nesse dia. De imediato, os dois reconheceram a estátua desfeita como o grupo de Laocoonte descrito por Plínio e enviaram a notícia da descoberta a Júlio II, que comprou a estátua na hora por 4140 ducados. A redescoberta do grupo de Laocoonte causou sensação em Roma e a sua apresentação à cidade como parte da colecção dos jardins do Vaticano foi um acontecimento social. Felice de Fredi foi recompensado com uma pensão vitalícia de 600 ducados por ano e quando morreu, o seu papel na descoberta da estátua ficou mencionado no seu túmulo. Apesar de ser considerada já então uma obra impressionante, o grupo de Laocoonte era uma estátua incompleta pois faltava o braço direito da figura do próprio Laocoonte. A omissão provocou o debate da comunidade artística romana, polarizado entre duas opiniões: Michelangelo sugeriu que o braço estivesse dobrado sobre o ombro do personagem, enquanto que a maioria defendia que estivesse, pelo contrário, distendido numa posição mais heroica, completando a linha de ação diagonal que se estende pela obra. Júlio II organizou então uma competição informal onde os escultores pudessem propôr a sua solução para o problema. Rafael Sanzio, como júri do concurso, acabou por escolher uma proposta que representava o braço esticado, e a estátua foi completada desta forma. Em 1957, o verdadeiro braço perdido de Laocoon foi descoberto num antiquário italiano e, como Michelangelo previra, estava de facto dobrado sobre o ombro. O grupo de Laocoonte depressa se transformou numa celebridade na Europa e num motivo de cobiça. No âmbito dos tratados assinados com França, o papa Leão X prometeu oferecer a estátua ao rei Francisco I de França. Mas como este papa era um amante de arte clássica, e não pretendia separar-se da obra prima, encomendou uma cópia ao escultor Baccio Bandinelli, que acabou por ser o modelo de muitas outras versões menores em bronze. O tratado com os franceses acabou por não ser cumprido e esta cópia encontra-se hoje exposta na galeria Uffizi em Florença. Em 1799, Napoleão Bonaparte conquistou a Itália e levou o grupo de Laocoonte para o Museu do Louvre, em Paris, como espólio de guerra. A estátua acabou por ser devolvida ao Vaticano por iniciativa britânica, depois da queda de Bonaparte em 1816. O grupo de Laocoonte foi uma das influências principais nos trabalhos de Michelangelo posteriores à sua descoberta. O escultor italiano ficou bastante impressionado com a monumentalidade da escultura e a estética helenística das personagens, em particular a figura de Laocoonte. A estátua foi ainda objeto de comentários da autoria de Winckelmann e Goethe, e de profundas observações em "Laocoonte", um ensaio de Gotthold Lessing escrito em 1766, que se tornou um clássico da teoria estética.
  • LINDO PAR DE POLTRONAS ESTILO E ÉPOCA BIEDERMEIER  RECOBERTA EM RÁDICA COM ARREMATES EM BRONZE FORMANDO ROSÁCEAS E LAURÉIS. ASSENTO ESTOFADO EM CHENILE EM TOM FERROSO. EUROPA, FINAL DO SEC. XIX.
  • GRANDE CRUZ RELICÁRIO DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL E DE SÃO VICENTE, S. DEODATO, SANTA GENERORA, SANTO CANDIDO, SANTA FAUSTINA, SANTA URSULA E SÃO FAUSTO. A BASE TEMUM NICHO COM INCRIÇÃO LAPIS S BERNARDI EX LOCO NATIVICATIS LEVATUS (RELIQUIA DO LOCAL DO NASCIMENTO DE SÃO BERNARDO). NO CORPO DA CRUZ RELIQUIA DE SÃO VICENTE MÁRTIR. SÃO DEODATO, SANTA GENEROSA, SANTA CANDIDA, SÃO FAUSTO, SANTA URSULA E SÃO FAUSTINO. A CRUZ É CONSTRUÍDA EM MADEIRA E RECOBERTA EM OURO, A FRENTE DA CRUZ TEM ÓCULO EM VIDRO QUE PERMITE VISUALIZAR OS NOMES DOS SANTOS CUJAS RELIQUIAS ESTÃO NELA CONTIDAS. DECORAÇÃO EM PRATA, OURO E ABALONE. O LOCO COM A RELIQUIA DE SÃO BERNARDO TEM LINDA PEDRA VERMELHA COM LAPIDAÇÃO EM CABOCHON. MAGNIFICO! 34 CM DE ALTURANOTA: SÃO BERNARDO: São Bernardo nasceu em 1090, no Castelo de Fontaine, região de Borgonha, França. Filho de um nobre chamado Tescelin Sorrel, o Vermelho e de Aleth de Monthbard, mulher virtuosa venerada como bem aventurada. Teve sete irmãos dentre os quais era o terceiro. Bernardo sempre se destacou pela inteligência e pela beleza física. Aos 9 anos foi para a escola canônica, e destacou-se principalmente na literatura. Em 1112, aos 22 anos, Bernardo entra na Abadia de Cister, também em Borgonha. Esta abadia era um mosteiro cisterciense fundado por São Roberto de Molesme.Foi então que Bernardo convenceu mais de trinta homens, irmãos, tios e vários amigos a entrarem para a ordem, causando enorme surpresa e alegria para a Abadia e para Santo Estevão Harding, abade sucessor do fundador São Roberto. Bernardo era homem de estudo e oração, praticando com austeridade a regra do mosteiro, a mesma escrita por São Bento. Bernardo dedicava-se à oração e ao ensino da catequese. Tinha grande dom de oratória e convertia muitos com quem conversava, tanto que levou o para o mosteiro o irmão mais novo e seu pai. Após dois anos em Cister, Bernardo foi enviado para o vale de Langres em 1115, com a missão de fundar a Abadia de Claraval, (vale claro), tornando o seu primeiro Abade, com apenas 25 anos. Em pouco tempo a Abadia ficou conhecida em toda a França e posteriormente por toda a Europa como um lugar onde se vivia a oração, o trabalho, a humildade, a caridade e a cultura profunda. Bernardo e os monges de Claraval viviam com amor e integridade os votos de pobreza, castidade e obediência. Certa vez teve uma visão: um menino envolto numa luz divina disse a ele: fala aos outros sempre, pois serás inspirado pelo Espírito Santo e receberás a graça especial de compreender as fraquezas das pessoas e ajudá-las. Assim, Bernardo conseguiu muitas vocações para Claraval. O Mosteiro chegou a ter 700 monges, inclusive Henrique de França, irmão do Rei Luís Vll, que mais tarde foi bispo e arcebispo de Reims. Bernardo reformou a Ordem Cisterciense e levou-a a ser o que é até hoje, quase mil anos depois. Ele mesmo fundou muitos mosteiros na Europa: 35 na França, 14 na Espanha, 10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2 na Suécia e 1 na Hungria, além de muitos outros que se filiaram à Ordem. Sua Ordem chegou aos cinco continentes. Durante o concílio de Troyes, Bernardo conseguiu o reconhecimento para a Ordem do Templo, os Templários, cujos estatutos ele mesmo escreveu. Além disso, São Bernardo escreveu grandes obras, tratados de teologia, obras defendendo a Fé Católica e a Igreja contra heresias, além de inúmeros tratados sobre Nossa Senhora. SÃO VICENTE MÁRTIR: A história da origem do nome de São Vicente começou há muito tempo, no ano 325, na cidade espanhola de Huesca, uma então Província de Saragoza. Lá nasceu o jovem Vicente, padre dedicado que se destacava por seu trabalho, tanto que o bispo de Saragoza, Valério, lhe confiou a missão de pregador cristão e doutrinador catequético. Valério e Vicente enfrentavam, naquela época, o imperador Diocleciano, que perseguia os cristãos na Espanha. Os dois acabaram sendo presos por um dos homens de confiança do imperador, Daciano, que baniu o bispo e condenou Vicente à tortura. O martírio sofrido por Vicente foi tão brutal, a ponto de surpreender os carrascos.Eles relataram a impressionante resistência do rapaz que, mesmo com gravetos de ferro entre as unhas e colocado sobre uma grelha de ferro para ser queimado aos poucos, não negou a fé cristã. Ao final daquele dia 22 de janeiro, os carrascos decidiram matar-lhe com garfos de ferro, dilacerando-o completamente. Seu corpo foi jogado às aves de rapina. Os relatos dão conta de que uma delas, um corvo, espantava as outras aves, evitando a aproximação das demais. Os carrascos decidiram, então, jogá-lo ao mar. O corpo de Vicente foi resgatado por cristãos, que o sepultaram em uma capela perto de Valência. Depois, seus restos mortais foram levados à Abadia de Castes, na França, onde foram registrados milagres. Em seguida, foram levados para Lisboa, na Catedral da Sé, onde estão até hoje. Vicente foi canonizado e recebeu o nome de São Vicente Mártir, hoje santo padroeiro de São Vicente e de Lisboa. Desde então, o dia 22 de janeiro é dedicado a ele. Por isso, quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou aqui, em 22 de janeiro de 1502, deu à ilha o nome de São Vicente, pois o local era conhecido, até então, como Ilha de Gohayó. Outro navegador português, Martim Afonso de Sousa, chegou aqui exatamente 30 anos depois, em 22 de janeiro de 1532. Ele foi enviado pela Coroa Portuguesa para constituir aqui a primeira Vila do Brasil e resolveu batizá-la reafirmando o nome do santo daquele dia, São Vicente, pois era reconhecidamente um católico fervoroso. SÃO DEODATO - Foi, por quarenta anos, Padre em Roma, antes de suceder ao Papa Bonifácio IV a 19 de outubro de 615. Seu nome significa dado por Deus. Em Roma, o Papa não era somente o Bispo e o Pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do império do Oriente. A teoria dos dois únicos, Papa e imperador, que deviam governar unidos, não encontrava grandes adesões em Constantinopla. O Diálogo com o ImperadorO Papa Deodato, entretanto, buscou o diálogo junto ao imperador intercedendo pelas necessidades de seu povo. Apesar do imperador mostrar-se pouco solícito para o bem do povo, enviou o exarca Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi a única vez que o Papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, teve um contato com o imperador. Era uma época sombria, de fortes controvérsias doutrinárias entre Oriente e Ocidente.  Foi inserido no Martirológio Romano, um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava este pontífice que guiou os cristãos em épocas tão difíceis. Aconteceu durante uma das suas frequentes visitas aos doentes, aos mais abandonados, os que eram atingidos pela lepra. São Deodato teria curado um desses infelizes, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado. São Deodato morreu em novembro do ano 618. Foi amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de apreciar seu bom coração. Durante as grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de Pontificado, dedicou-se ao povo. Enfrentou, inclusive, um terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horríveis epidemia. SANTA GENEROSA: ômodo governou o Império Romano por doze anos. Era um tirano cruel e vaidoso. Para divertir-se, usava roupas de gladiador e matava seus opositores desarmados no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido como Coliseu. Durante o seu reinado, determinou que os cristãos voltassem a ser sacrificados. A Cartago romana deveu seu resplendor principalmente ao cristianismo, bem depressa aceito por seus habitantes. Consta que foi o apóstolo são Marcos que a evangelizou. Logo foi elevada à condição de diocese e tornou-se a pátria de grandes santos, como Cipriano, Agostinho e muitos outros. Mas também foi o local onde inúmeros cristãos morreram martirizados, após serem julgados e condenados pelo procônsul Saturnino, que obedecia às ordens de Roma. Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze fiéis professavam, tranqüilos, o cristianismo. Eram todos muito humildes e foram denunciados pelo "crime" de serem cristãos. Então, foram simplesmente presos e levados pelos oficiais do procônsul a Cartago, para serem julgados. Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de audiências, Saturnino começou dizendo aos acusados que a religião dele mandava que os súditos jurassem pela "divindade" do imperador e que, se eles fizessem tal juramento, o soberano os "perdoaria". Assim, foram todos interrogados, entre os quais Generosa. Eles confessaram a fé em Cristo e disseram que nenhum tipo de morte faria com que desistissem dela. Outra vez Saturnino ordenou que renegassem a fé cristã, que adorassem o imperador. Então Esperato, em nome de seus companheiros, respondeu que não reconheciam a divindade do imperador e que serviriam unicamente a Deus, que era o Rei dos reis e o Senhor de todos os povos. Não temiam a ninguém, a não ser ao Senhor Deus, que está nos céus. E que desejavam continuar fiéis a ele e perseverar na fé: sim, eram cristãos. Diante de tão clara e direta confissão, o procônsul sentenciou: "Ordeno que sejam lançados no cárcere, pregados em cepos e decapitados: Generosa, Vestina, Donata, Januária, Segunda, Esperato, Narzal, Citino, Vetúrio, Félix, Acelino e Letâncio, que se declaram cristãos e se recusam a tributar honra e reverência ao imperador".Assim está descrito o martírio de santa Generosa e seus companheiros no catálogo oficial dos santos, também chamado Martirológio Romano. A veneração litúrgica de santa Generosa é celebrada no dia de seu trânsito para a vida eterna. SANTA CANDIDA: A primeira referência sobre Santa Cândida foi encontrada no calendário da Igreja de Córdoba e em alguns documentos da antiga Galícia, ambas na Espanha. Mas foi pela tradição cristã do povo napolitano, na Itália, que se concluiu a história desta santa. A vida cristã de Cândida iniciou quando ela foi convertida, segundo essa tradição, pelo próprio apóstolo Pedro, de passagem por Nápoles. Naquela época, o apóstolo, com destino a Roma, atravessou Nápoles, onde a primeira pessoa que encontrou na estrada foi a pequena Cândida.Percebeu, imediatamente, que a pobre criança estava doente. Parou e perguntou-lhe se conhecia a palavra de Jesus Cristo. Diante da negativa e em seu ardor de levar a mensagem do Evangelho, Pedro falou-lhe da Boa-Nova, da fé e da religião dos cristãos; curou-a dos males que sofria e a converteu em Cristo.Assim, Cândida foi colhida pela luz de Deus e curada do físico e da alma. Chegou em casa falando sobre o cristianismo e contando tudo o que o apóstolo Pedro lhe dissera. Muito intrigado e confuso, Aspreno, um parente que a criava, saiu para procurá-lo. Quando se encontraram, com muito zelo Pedro converteu também Aspreno, que o hospedou em sua modesta casa por alguns dias. O apóstolo acabou por catequizar os dois e, em seguida, batizou-os e ministrou-lhes a primeira eucaristia durante a celebração da santa missa. Esse local recebeu o nome de Ara Petri, que significa Altar de Pedro. Depois, antes de partir, o apóstolo consagrou Aspreno primeiro bispo de Nápoles e pediu para a pequena Cândida continuar com a evangelização, salvando as almas para Nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele lugar onde fora celebrada a santa missa por são Pedro tornou-se de grande veneração por Cândida. Ela deixou seu lar com todos os confortos, preferindo passar seus dias numa gruta escura nas proximidades de Ara Petri, onde vivia em penitência e oração, catequizando e convertendo muitos pagãos. Após alguns anos, o número de cristãos havia aumentado muito. Por isso, quando o imperador romano ordenou as perseguições contra a Igreja, os convertidos foram obrigados a fugir ou esconder-se. Então, o bispo Aspreno embarcou Cândida, junto com outros cristãos, com destino a Cartago, no norte da África, tentando mantê-los a salvo da implacável perseguição, mas não conseguiu. Foram alcançados, presos e torturados. Cândida foi levada a julgamento e condenada à morte porque se negou a renunciar à fé em Cristo. No Martirológio Romano, encontramos registrado que a virgem e mártir cristã Cândida morreu no Anfiteatro dos martírios de Cartago, no dia 20 de setembro. Suas relíquias, encontradas nas Catacumbas de Priscila, agora estão guardadas na igreja Santa Maria dos Milagres, em Roma. SÃO FAUSTO: Fausto nasceu entre 405 e 410 e, de acordo com seus contemporâneos, na atual Inglaterra. Nada se sabe sobre os seus primeiros anos ou sobre a sua educação. Alguns acreditam que ele teria sido um advogado e, por causa da influência de sua mãe, famosa por sua piedade, ele teria abandonado os estudos seculares ainda jovem, entrando no mosteiro de Lérins. Foi logo ordenado sacerdote e, por sua extraordinária piedade, foi eleito abade do mosteiro, em 432. Sua carreira como abade durou cerca de vinte e cinco anos, durante a qual ele amealhou uma grande reputação por seus tremendos dons como pregador e por seu rígido ascetismo. Após a morte do bispo Máximo, ele o sucedeu como bispo de Riez. Essa elevação à dignidade episcopal não provocou nenhuma mudança em seu modo de vida. Ele continuou com suas práticas ascéticas e frequentemente retornava para o mosteiro de Lérins para renovar o seu fervor. Era fervoroso defensor da vida monástica e fundou diversos mosteiros em sua diocese. A despeito de sua atividade como bispo, por toda a vida, Fausto foi um ferrenho adversário do Pelagianismo, uma heresia da época; era igualmente opositor à doutrina da predestinação, que ele considerava errônea, blasfema, pagã, fatalista e condutora de imoralidade. A propósito dessa doutrina, atendendo o pedido de alguns bispos, Fausto escreveu uma obra em que ele refuta não apenas as doutrinas errôneas da predestinação, mas também as de Pelágio. Por suas opiniões, ele foi banido de sua diocese e seu exílio durou oito anos, durante os quais ele foi ajudado por amigos ainda leais. Após esse tempo, ele retornou para a sua diocese e retomou o trabalho contra os heréticos, algo que ele faria até a sua morte, ocorrida entre 490 e 495. Morreu com uma bem merecida reputação de santidade. SANTA ÚRSULA: Santa Úrsula nasceu no ano 362. Filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra, a fama de sua beleza se espalhou, e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado. Santa Úrsula foi educada nos princípios cristãos. Por isso, ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta, mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo ou então encontrar um meio de evitar o casamento, mas não conseguiu nem uma coisa nem outra. Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, em vez de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas. Foram navegando pelo rio Reno e chegaram à Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado o próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma Igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras. Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici fundou a Companhia de Santa Úrsula com o objetivo de dar formação cristã às meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que, nesta época, a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve. Atualmente, as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula. SÃO FAUSTINO: São Faustino nasceu em 90 e São Jovita em 96, na cidade de Bréscia, na Lombardia, Itália.1 Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições. Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros foram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. E na Lombardia a situação não era diferente. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal. Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados.Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita. Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.
  • RELICÁRIO MÚLTIPLO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, SANTA CLARA, SÃO FÉLIX, SANTA COLLETA, SÃO VICENTE DE PAULA E SÃO PEDRO. MARAVILHOSO RELICÁRIO COM MOLDURA EM MADEIRA E OCULO EM VIDRO BOMBE. NO INTERIOR CONTEM  ESCULTURA APRESENTANDO MENINO JESUS EM VULTO PERFEITO. CONTEM RELIQUIAS LACRADAS COM CORDÕES DE SIGILO E CERA VERMELHA E ARMAS ECLESIASTICAS DE BISPO. EUROPA, SEC. XIX. 26 X 22 CM
  • COLUCCINE, LELIO - POSITIVO E NEGATIVO. ESCULTURA EM ESTUQUE REPRESENTANDO BEIJO ENTRE HOMEM E MULHER MAS QUE SOB  ILUSÃO DE ÓTICA SUGERE TRATAR-SE DE UMA ÚNICA FACE. TITULADO E ASSINADO. SEGUNDA METADE DO SEC. XX. 44 X 37 CMNOTA: O ESCULTOR Lelio Coluccini, o escultor. Nasceu na Itália em 3/Dez/1910, numa pequena cidade que é província de Lucca, hoje conhecida como Valdicastello - Carducci, em 1912 chegou ao Brasil acompanhado de seus familiares e estabeleceram-se em São Paulo e posteriormente vieram para Campinas. Família típica de artesões do mármore, razão esta que seu pai e seus irmãos fundaram a Marmoraria Irmãos Coluccini. Tradicionalmente as famílias italianas costumavam ensinar aos seus filhos todos os segredos da profissão, desse modo, Lelio começou bem cedo trabalhando de ajudante na Marmoraria e iniciou-se estudando desenho com a professora Theresa Marcilio na Loja Maçônica Independente. Aos sete anos de idade brincava de fazer escultura, e com nove anos, fez um belo trabalho em argila, uma cabeça de Cristo, seu pai entusiasmado com a habilidade que o pequeno Lelio demonstrava e também com a crítica feita à obra por um artista renomado, resolve retornar Lelio em 1924 para Itália afim de dar continuidade aos estudos das artes plásticas. De volta à terra natal e morando com sua avó, a nona Teresa, Lelio passou a estudar no Instituto d Arti Stagio Stagi em Pietrasanta, cidade próxima a Valdicastello. Em 1927, seu pai expôs na vitrine da loja Ao Ponto, na rua Barão de Jaguara em Campinas, os desenhos religiosos e místicos de Lelio, pois ainda encontrava-se na Itália, tratava-se de um trabalho premiado no qual ele ganhou o Diploma de Honra no concurso daquele instituto. Estudou também na Accademia d Arti di Carrara, onde teve a oportunidade de conhecer conceituados mestres da estatuária italiana da época e receber as valiosas orientações de escultores famosos como Antonio Bozzano e Leone Tommasi. Em 1929 recebeu da Accademia di Bele Arti di Pietrasanta o primeiro prêmio e a medalha de ouro, referente à obra chamada Studio Anatomico e por este mérito ganhou do governo italiano uma viagem a Roma. Retornou ao Brasil em 1931 e montaram seu atelier na sede da Marmoraria Irmãos Coluccini, onde pouco tempo depois fez uma pequena mostra de 3 trabalhos na vitrine da Casa Genoud em Campinas, dos quais destacam-se: o busto do capitalista de Limeira Trajano Bento, Medalhão do Sr.Luiz de Tullio e um estudo em crayon de um Cristo. Em 1937 muda-se para São Paulo onde se casa, nesse período, entre 1937 a 1947, trabalhou com vários materiais como o mármore, o granito, a terra-cota e o gesso e desenvolveu novas técnicas de pátinas, as quais resultaram em acabamentos primorosos, valorizando ainda mais seu trabalho de escultor e realçando seu estilo pessoal. Lelio Coluccini contribuiu desta forma para inovar o Modernismo no Brasil com acentos de Art-Dèco. Em 1936 na biblioteca do Centro de Ciências Letras e Artes realizou a primeira exposição oficial composta por 35 obras. Em São Paulo fez uma exposição em 12/Jun/1944 na Galeria do Salão Rudah, situada na Avenida Ipiranga que contava com 40 trabalhos, em 1947 desquita-se e volta a morar em Campinas, em 1950 realiza uma grandiosa exposição com 52 trabalhos no Hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro onde um fato curioso ocorreu, pois a data de abertura da mencionada exposição coincidiu com o dia seguinte em que a Seleção Brasileira de Futebol havia perdido o Título Mundial perante a Seleção do Uruguai... resultado, a galeria ficou vazia... e Lelio decepcionado...Entre 1947 a 1951, Lelio mantém contato com artistas do Rio, onde se encontra o chamado Grupo Moderno do Brasil, com Portinari encabeçando posição perante a frente dos ditos Acadêmicos. Casa-se novamente em 1954, e passa a ser professor de desenho na Escola Gabriele DAnnunzio, no Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro e também no Centro de Ciências Letras e Artes. Entre 1954 a 1964, Lelio passa por uma fase de grande desenvolvimento escultórico destacando-se os seus traços típicos de esculpir.Foi agraciado em 1961 com o Título de Cidadão Campineiro pelo seu destaque como escultor quando elevou o nome de Campinas às Galerias de Belas Artes. Em 1962 promove uma grandiosa exposição individual no Teatro Municipal Carlos Gomes onde Lelio conseguiu reunir 43 estátuas que caracterizavam sua habilidade em manipular diversas matérias-primas. Em 1964 recebeu o Diploma da Ordem dos Cavalheiros Honorários de Campinas, juntamente com o troféu Carlos Gomes. O Cemitério da Saudade de Campinas é um verdadeiro acervo público, onde obras do Escultor Lelio Coluccini e muitos outros artistas transformaram-se numa Galeria de Belas Artes ao ar livre. As praças e os jardins e outros logradouros públicos de Campinas já se acostumaram a compor suas arquiteturas com bustos e monumentos de Lelio Coluccini. O seu último trabalho foi a Águia da Academia Campinense de Letras feito em 1975.Alguns dos monumentos mais importantes de Campinas são:As Andorinhas, Ao Bicentenário, Aos Imigrantes (em Sousas), Ao presidente Kennedy, as placas do Forum e a Santa Ceia (altar da Igreja do Carmo). Na cidade de São Paulo outros monumentos destacam-se como: A Música, Das Bonecas e Diana a caçadora.A escultura Leda foi adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo por tratar-se de uma obra premiada.Coluccini também participou do concurso internacional Monumento às Mães e seu projeto foi classificado em terceiro lugar.Artista plástico de fama internacional fez seu nome no Brasil, onde até naturalizou-se, e contribui e muito com seu trabalho, apesar de ser um homem muito modesto que sempre dizia: sou um simples escultor, só isso sei fazer... faleceu na cidade de Campinas, em 24/jul/1983.
  • LELIO COLUCCINI - SALOMÉ - ESCULTURA EM BRONZE COM BASE EM MÁRMORE. . ASSINADA PELO ARTISTA. EXPRESSIVA ESCULTURA ESTILO E ÉPOCA ART DECO REPRESENTANDO A DANÇA DE SALOMÉ SEGURANDO EM UMA BANDEJA A CABEÇA DE SÃO JOÃO BATISTA. OBRA ICÔNICA DO ARTISTA. DEC. 1960. 69 x 32 x 24 cmNOTA: O ESCULTOR Lelio Coluccini, o escultor. Nasceu na Itália em 3/Dez/1910, numa pequena cidade que é província de Lucca, hoje conhecida como Valdicastello - Carducci, em 1912 chegou ao Brasil acompanhado de seus familiares e estabeleceram-se em São Paulo e posteriormente vieram para Campinas. Família típica de artesões do mármore, razão esta que seu pai e seus irmãos fundaram a Marmoraria Irmãos Coluccini. Tradicionalmente as famílias italianas costumavam ensinar aos seus filhos todos os segredos da profissão, desse modo, Lelio começou bem cedo trabalhando de ajudante na Marmoraria e iniciou-se estudando desenho com a professora Theresa Marcilio na Loja Maçônica Independente. Aos sete anos de idade brincava de fazer escultura, e com nove anos, fez um belo trabalho em argila, uma cabeça de Cristo, seu pai entusiasmado com a habilidade que o pequeno Lelio demonstrava e também com a crítica feita à obra por um artista renomado, resolve retornar Lelio em 1924 para Itália afim de dar continuidade aos estudos das artes plásticas. De volta à terra natal e morando com sua avó, a nona Teresa, Lelio passou a estudar no Instituto d Arti Stagio Stagi em Pietrasanta, cidade próxima a Valdicastello. Em 1927, seu pai expôs na vitrine da loja Ao Ponto, na rua Barão de Jaguara em Campinas, os desenhos religiosos e místicos de Lelio, pois ainda encontrava-se na Itália, tratava-se de um trabalho premiado no qual ele ganhou o Diploma de Honra no concurso daquele instituto. Estudou também na Accademia d Arti di Carrara, onde teve a oportunidade de conhecer conceituados mestres da estatuária italiana da época e receber as valiosas orientações de escultores famosos como Antonio Bozzano e Leone Tommasi. Em 1929 recebeu da Accademia di Bele Arti di Pietrasanta o primeiro prêmio e a medalha de ouro, referente à obra chamada Studio Anatomico e por este mérito ganhou do governo italiano uma viagem a Roma. Retornou ao Brasil em 1931 e montaram seu atelier na sede da Marmoraria Irmãos Coluccini, onde pouco tempo depois fez uma pequena mostra de 3 trabalhos na vitrine da Casa Genoud em Campinas, dos quais destacam-se: o busto do capitalista de Limeira Trajano Bento, Medalhão do Sr.Luiz de Tullio e um estudo em crayon de um Cristo. Em 1937 muda-se para São Paulo onde se casa, nesse período, entre 1937 a 1947, trabalhou com vários materiais como o mármore, o granito, a terra-cota e o gesso e desenvolveu novas técnicas de pátinas, as quais resultaram em acabamentos primorosos, valorizando ainda mais seu trabalho de escultor e realçando seu estilo pessoal. Lelio Coluccini contribuiu desta forma para inovar o Modernismo no Brasil com acentos de Art-Dèco. Em 1936 na biblioteca do Centro de Ciências Letras e Artes realizou a primeira exposição oficial composta por 35 obras. Em São Paulo fez uma exposição em 12/Jun/1944 na Galeria do Salão Rudah, situada na Avenida Ipiranga que contava com 40 trabalhos, em 1947 desquita-se e volta a morar em Campinas, em 1950 realiza uma grandiosa exposição com 52 trabalhos no Hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro onde um fato curioso ocorreu, pois a data de abertura da mencionada exposição coincidiu com o dia seguinte em que a Seleção Brasileira de Futebol havia perdido o Título Mundial perante a Seleção do Uruguai... resultado, a galeria ficou vazia... e Lelio decepcionado...Entre 1947 a 1951, Lelio mantém contato com artistas do Rio, onde se encontra o chamado Grupo Moderno do Brasil, com Portinari encabeçando posição perante a frente dos ditos Acadêmicos. Casa-se novamente em 1954, e passa a ser professor de desenho na Escola Gabriele DAnnunzio, no Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro e também no Centro de Ciências Letras e Artes. Entre 1954 a 1964, Lelio passa por uma fase de grande desenvolvimento escultórico destacando-se os seus traços típicos de esculpir.Foi agraciado em 1961 com o Título de Cidadão Campineiro pelo seu destaque como escultor quando elevou o nome de Campinas às Galerias de Belas Artes. Em 1962 promove uma grandiosa exposição individual no Teatro Municipal Carlos Gomes onde Lelio conseguiu reunir 43 estátuas que caracterizavam sua habilidade em manipular diversas matérias-primas. Em 1964 recebeu o Diploma da Ordem dos Cavalheiros Honorários de Campinas, juntamente com o troféu Carlos Gomes. O Cemitério da Saudade de Campinas é um verdadeiro acervo público, onde obras do Escultor Lelio Coluccini e muitos outros artistas transformaram-se numa Galeria de Belas Artes ao ar livre. As praças e os jardins e outros logradouros públicos de Campinas já se acostumaram a compor suas arquiteturas com bustos e monumentos de Lelio Coluccini. O seu último trabalho foi a Águia da Academia Campinense de Letras feito em 1975.Alguns dos monumentos mais importantes de Campinas são:As Andorinhas, Ao Bicentenário, Aos Imigrantes (em Sousas), Ao presidente Kennedy, as placas do Forum e a Santa Ceia (altar da Igreja do Carmo). Na cidade de São Paulo outros monumentos destacam-se como: A Música, Das Bonecas e Diana a caçadora.A escultura Leda foi adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo por tratar-se de uma obra premiada.Coluccini também participou do concurso internacional Monumento às Mães e seu projeto foi classificado em terceiro lugar.Artista plástico de fama internacional fez seu nome no Brasil, onde até naturalizou-se, e contribui e muito com seu trabalho, apesar de ser um homem muito modesto que sempre dizia: sou um simples escultor, só isso sei fazer... faleceu na cidade de Campinas, em 24/jul/1983.
  • LINDO PAR DE POLTRONAS ESTILO E ÉPOCA BIEDERMEIER  RECOBERTA EM RÁDICA COM ARREMATES EM BRONZE FORMANDO ROSÁCEAS E LAURÉIS. ASSENTO ESTOFADO EM CHENILE EM TOM FERROSO. EUROPA, FINAL DO SEC. XIX.
  • MARQUÊS DE ITANHAEM - A partir desse momento continuaremos a apregoar um magnifico aparelho de chá, café, bolos e doces da manufatura de P. A HANNONG ,Rue de Faubourg Saint Denis (1771-1776). Marcas da marca n. 905 para Pierre Antoine Hannong em Porcelain Marks of the Wold de Emanuelle Poche. A fábrica de Hannong pioneira na fabricação de porcelana na França, pertenceu ao Conde DArtois, futuro rei Carlos X da França. Iniciaremos com o lote que segue: MARQUS DE ITANHAEM - Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto CoelhO (1782-1867)  TUTOR DE DOM PEDRO II E DAS PRINCESAS FILHAS DE DOM PEDRO I E DONA LEOPOLDINA.  PRECIOSO CONJUNTO COM QUATRO PRATOS PARA FRUTAS EM PORCELANA ESTILO E ÉPOCA LOUIS XVI. ABA DECORADA COM GUIRLANDAS DE FLORES E FITAS ROSE. BORDA RECORTADA REMATADA EM OURO. CALDEIRA COM INTRICADA GUIRLANDA EM OURO. RESERVA COM LUXURIANTES FRUTAS. POUCAS VEZES SE VERÁ PRATOS TÃO BELOS QUANTO ESSES. UM RESQUÍCIO DA REQUINTADA FRANÇA DOS BOURBON NO SEC. XVIII.  ANTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ESSE SERVIÇO PERTENCEU AO MARQUÊS DE ITANHAEM, Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto CoelhO. FRANÇA, SEC. XVIII. 22,5 CM DE DIAMETRO NOTA: Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho, Marquês de Itanhaém (Marapicu, 5 de maio de 1782  Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1867), foi um militar, proprietário rural e político brasileiro. Manuel Inácio nasceu na fazenda de Marapicu, pertencente ao seu pai, o brigadeiro do exército português Inácio de Andrade Souto Maior; sua mãe era dona Antônia Joaquina de Ataíde Portugal Pinto Coelho Durante sua carreira militar, foi apontado general e recebeu várias medalhas e comendas, dentre elas a Grã-Cruz da Legião de Honra da França. Tendo estudado Direito, tornou-se juiz. Ele falava ao menos cinco línguas. Manuel Inácio foi feito Barão de Itanhaém tanto por Portugal quanto pelo Brasil. Recebeu primeiramente o título de D. João VI, por decreto de 3 de maio de 1819. Depois o foi por D. Pedro I, por decreto de 1 de dezembro de 1822, em gratidão a sua lealdade ao Império. Ainda em 1822, serviu como alferes-mor na sagração e coroação de D. Pedro I e, em 1824, exerceu a mesma função no juramento da Constituição Imperial. Por seus bons serviços, aos 12 de outubro de 1826, foi feito Marquês de Itanhaém. Com a prisão de José Bonifácio em 1834, o marquês substituiu-o como tutor do jovem D. Pedro de Alcântara, então com oito anos de idade. Como tutor do Imperador  oficialmente, "encarregado da tutela de Sua Majestade Imperial e de Suas Augustas Irmãs" , ele residia em um quarto do Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.  Aos vinte e cinco anos, o Marquês de Itanhaém desposou, por procuração de sua família, sua prima Teodora Egina Arnaut. Tiveram um filho, Inácio. Sua esposa morreu em 1828, depois de uma união insossa de quase vinte e um anos. Aos quarenta e nove anos, o marquês casou-se, em 1831, com Francisca Matilde de Pinto Ribeiro, de trinta anos. Com a morte precoce de Francisca no ano seguinte, Manuel Inácio casou-se, em 1833, com a cunhada, Joana Severina de Pinto Ribeiro. Assim como a irmã, ela morreu precocemente aos trinta anos, apenas seis meses depois. Em 5 de julho de 1834, na capela da casa de uma amiga na Rua da Quitanda, o Marquês de Itanhaém, já com cinquenta e dois anos, casou-se secretamente com Maria Angelina Beltrão, uma pobre faxineira lisboeta de vinte e nove anos. Maria Angelina o acordava todas as manhãs cedo no palácio, sempre limpando seu quarto. Em junho daquele ano, depois de uma conversa, o marquês pediu sua mão em casamento, e ela, surpresa, aceitou. De início, Manuel Inácio manteve sigilo de seu quarto casamento. Maria Angelina continuou a trabalhar como faxineira do palácio, sem que ninguém soubesse de suas relações com ele. Este arranjo continuou por algum tempo, mas chegou ao fim em meados de 1835, quando o marquês revelou a D. Pedro II o seu casamento secreto e a gravidez de Maria Angelina. O Imperador aceitou a união entre os dois e, inclusive, permitiu que o primogênito do casal, também chamado Manuel Inácio, fosse batizado na capela imperial do palácio, em 25 de maio daquele ano. A cerimônia contou com a presença das principais famílias nobres do Império.  Manuel Inácio faleceu no Rio de Janeiro a 17 de agosto de 1867, aos 85 anos. Maria Angelina viria a falecer exatamente um mês depois, em 17 de setembro, aos 62 anos.
  • PRECIOSO CONJUNTO COM QUATRO PRATOS PARA FRUTAS EM PORCELANA ESTILO E ÉPOCA LOUIS XVI. ABA DECORADA COM GUIRLANDAS DE FLORES E FITAS ROSE. BORDA RECORTADA REMATADA EM OURO. CALDEIRA COM INTRICADA GUIRLANDA EM OURO. RESERVA COM LUXURIANTES FRUTOS E RAMAGENS. POUCAS VEZES SE VERÁ PRATOS TÃO BELOS QUANTO ESSES. UM RESQUÍCIO DA REQUINTADA FRANÇA DOS BOURBON NO SEC. XVIII.  ANTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ESSE SERVIÇO PERTENCEU AO MARQUÊS DE ITANHAEM, Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto CoelhO. FRANÇA, SEC. XVIII. 22,5 CM DE DIAMETRO   NOTA: A Fábrica de porcelana de pasta dura fundada em 1772 por Pierre-Antoine Hannong (de 1739 a partir de 1794) com apoio financeiro de Louis-Victor de Fusée, conde de Voisenon e Claude-Martin Dormoy, e mais tarde Mathieu Louis Armand, marquês d'Usson e Jacques-Pascal Barrachin foi precursora da porcelana na França. Hannong partiu em 1774 deixando a fábrica fortemente endividada e Balthazard Byeller tornou-se gerente. A produção continuou sob os sucessores de Hannong até 1779, quando a fábrica ficou sob a proteção do conde d'Artois (ver entrada separada). Uma marca de fábrica com 'H' maiúsculo foi registrada em 1773 e alguns utensílios de chá pintados em cores são marcados com 'h' pintado sob o vidrado. Ver Dawson 1994 pp.335-6 para mais detalhes sobre a fábrica e seus trabalhadores, alguns dos quais foram recrutados de outros países e fábricas.
  • MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO  FAUSTOSO STAND PARA BOLOS DE FRUTAS EM PORCELANA ESTILO E ÉPOCA LOUIS XVI. ABA DECORADA COM GUIRLANDAS DE FLORES E FITAS ROSE. BORDA RECORTADA REMATADA EM OURO. CALDEIRA COM INTRICADA GUIRLANDA EM OURO. RESERVA COM LUXURIANTES FRUTOS E RAMAGENS. UM RESQUÍCIO DA REQUINTADA FRANÇA DOS BOURBON NO SEC. XVIII.  ANTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ESSE SERVIÇO PERTENCEU AO MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO. MARCAS DA FÁBRIA DE HANNONG PERIODO DE PIERRE-ANTOINNE HANNONG (1739-1794) FRANÇA, SEC. XVIII. 23 CM DE DIAMETRO
  • MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO  FAUSTOSO STAND PARA BOLOS DE FRUTAS EM PORCELANA ESTILO E ÉPOCA LOUIS XVI. ABA DECORADA COM GUIRLANDAS DE FLORES E FITAS ROSE. BORDA RECORTADA REMATADA EM OURO. CALDEIRA COM INTRICADA GUIRLANDA EM OURO. RESERVA COM LUXURIANTES FRUTOS E RAMAGENS. UM RESQUÍCIO DA REQUINTADA FRANÇA DOS BOURBON NO SEC. XVIII.  ANTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ESSE SERVIÇO PERTENCEU AO MARQUÊS DE ITANHAEM, MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAIOR PINTO COELHO. MARCAS DA FÁBRIA DE HANNONG PERIODO DE PIERRE-ANTOINNE HANNONG (1739-1794) FRANÇA, SEC. XVIII. 23 CM DE DIAMETRO

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