Peças para o próximo leilão

636 Itens encontrados

Página:

  • PRATA DE LEI DO PERÍODO DA INVASÃO FRANCESA EM PORTUGAL  MAGNIFICA  SALVA EM PRATA DE LEI ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I BATIDA E CINZELADA. TEM UMA IMPORTANTE PARTICULARIDADE, É POSSIVEL DATAR EXATAMENTE O ANO EM QUE FOI FEITA POR CONTER SOMENTE A MARCA  DE CONTRASTE DO PRATEIRO ANTONIO PIRES ESTEVES (MOITINHO PAG. 101) SEM MARCA DE GARANTIA E DE CONTRASTE L COROADO COMO EXIGIA A LEI. ANTONIO PIRES REGISTROU SUA MARCA NA CASA DE CONTRATARIA DE LISBOA EM 20 DE DEZEMBRO DE 1809. EMBORA O REGISTRO TENHA COMEÇADO NESSA DATA O PRATEIRO INICIOU SUAS ATIVIDADES EM 1808, ANO DA INVASÃO FRANCESA ORDENADA POR NAPOLEÃO BONAPARTE A PORTUGAL E COM MAIOR IMPACTO EXATAMENTE NA CIDADE  DE LISBOA ONDE VIVIA. EM FUNÇÃO DISSO EXERCEU A ATIVIDADE DE OURIVES SEM O DEVIDO REGISTRO LEGAL. FOI UM ANO MUITO CONTURBADO EM LISBOA,  MAL A FAMÍLIA REAL DEIXOU O CAIS RUMO AO BRASIL AS TROPAS NAPOLEONICAS LIDERADAS POR JUNOT INVADIRAM A CIDADE. OS LISBOETAS ESTAVAM ATÔNITOS E AMENDRONTADOS QUANDO A PRÓPRIA RAINHA DONA MARIA I TUTORADA PELO REGENTE O PRÍNCIPE DOM JOÃO DEIXARAM O PAÍS PARA NÃO SEREM DESTRONADOS. A SALVA TEM NA BORDA DECORAÇÃO DE SULCOS FORMANDO ANÉIS CONCÊNTRICOS . O PLANO TEM BELISSIMOS CINZELADOS COM GUIRLANDAS FLORAIS NA EXTREMIDADE E NO CENTRO. OS PÉS TERMINAM EM PAPIRO. UMA SALVA INVULGAR E BELÍSSIMA! PORTUGAL, 1808, 28 CM DE DIAMETRO. 660 GNOTA: NOTA: O embarque de milhares de pessoas e seus pertences, em um dia bastante chuvoso, foi extremamente confuso, visto D. João ter se decidido em cima da hora. Todo um aparelho burocrático vinha para a Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha e membros do alto Clero. Baús com roupas, malas, sacos e engradados seguiam junto com as riquezas da Corte. Obras de arte, objetos dos museus, a Biblioteca Real com mais de 60 mil livros, todo o dinheiro do Tesouro português e as jóias da Coroa iam sendo colocados nos porões dos navios, bem como cavalos, bois, vacas, porcos e galinhas e mais toda a sorte de alimentos. Na manhã do dia 29 de novembro a esquadra portuguesa finalmente partiu do porto de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro. A população de Lisboa assistia atônita a toda essa movimentação. Não podia acreditar que estivesse sendo abandonada pelo príncipe-regente e demais autoridades, levando tudo o que estivesse à mão, deixando-a totalmente desamparada para enfrentar o Exército de Napoleão. Lisboa estava um caos. Junot e sua tropa, apesar de bastante desfalcada, não tiveram problema para dominar a cidade, cuja população estava atordoada com o que consideravam uma fuga vergonhosa. A viagem foi difícil. Com os navios superlotados não havia espaço para todos se acomodarem. Muitos viajaram com a roupa do corpo, pois nem tudo pôde ser embarcado, já que a capacidade dos navios há muito havia sido superada. A água e os alimentos foram racionados. A higiene era de tal forma precária, que houve um surto de piolho nos navios, obrigando as mulheres a rasparem a cabeça, entre elas a princesa Carlota Joaquina e as demais damas da família real e da Corte. Para complicar a situação, quando a esquadra portuguesa estava próxima à ilha da Madeira, uma forte tempestade a dividiu, sendo que metade das embarcações, inclusive a que levava o príncipe-regente, foi parar no litoral da Bahia. Preocupado em evitar maiores problemas, D. João ordenou que todos parassem no porto mais próximo antes de seguir viagem para o Rio de Janeiro. A esquadra portuguesa, com o príncipe-regente, aportou assim, em Salvador, em 22 de janeiro de 1808, após 54 dias de viagem. Muitas vezes já me perguntei como seria a história do Brasil se a família Real portuguesa não tivesse sido obrigada pela invasão napoleônica a refugiar-se em nosso país e por força dessa decisão o Brasil tivesse sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves. Nesse caso Dom Pedro I nosso primeiro Imperador não teria vindo para o País e aqui se apaixonado pelas terras brasileiras. Talvez Dom João VI não teria sido envenenado anos depois para abrir espaço ao reinado de seu filho Dom Miguel apoiado por Carlota Joaquina. Mas para nós brasileiros acredito que esse fato histórico representou a legitimação da independência que só foi pensada em torno da figura de Dom Pedro I. Será que se não fosse assim teríamos mantido a integridade do Território Nacional? Ou teríamos um desenho de América do Sul completamente diferente do atual com vários pequenos países de língua portuguesa fragmentados pelo continente. Será que teríamos em 14 anos declarado independência de Portugal? Para esse leiloeiro o golpe de mestre de Dom João VI sobre Napoleão foi também o que possibilitou nossa independência e unidade poucos anos depois.
  • ESPLÊNDIDO ANEL EM OURO 18K CRAVEJADOS COM DIAMANTES. PEÇA ELEGANTE, VISTOSA E MUITO BONITA!  ARO 25 . 10,7 G
  • QUINTINO ANTÔNIO RAPOSO  PRATEIRO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO   GRANDE E IMPORTANTE SALVA EM PRATA DE LEI BATIDA E CINZELADA ESTILO DONA MARIA I. MARCAS DO PRATEIRO QUINTINO ANTÔNIO RAPOSO, ATIVO NO RIO DE JANEIRO NA DÉCADA DE 1830. BORDA TEM DECORAÇÃO ESTILO NAPOLEÃo I COM ELEMENTOS DITOS MALMAISON SUCEDIDOS POR LAUREL. PLANO COM BELOS GUILLOCHES COM BARRADO EMOLDURADO POR ANÉIS CONCÊNTRICOS. OS PÉS SÃO INCRÍVEIS, ALTOS, DECORADOS COM FLORES E RAMAGENS  E TERMINADOS EM MAGNÍFICAS GARRAS.  BRASIL, DEC. 1830. 34 CM DE DIAMETRO. 1255 G
  • FULGURANTE ANEL EM OURO 18K COM CRAVAÇÃO DE BRILHANTES EXTRA BRANCOS E COM MUITA QUALIDADE LAPIDADOS EM NAVETE E BRILHANTE. AS PEDRAS CONFEREM VIDA EXTRAORDINÁRIA A ESSE ELEGANTE ANEL. ARO 18. 8 G
  • DOM JOÃO V  GRANDE SALVA SETECENTISTA BRASILEIRA EM PRATA DE LEI BATIDA, REPUXADA E CINZELADA,  ESTILO E ÉPOCA DOM JOÃO V. SEM MARCAS DE PRATEIRO.  REMARCADA NA CIDADE DE LISBOA COM CONTRASTE L COROADO E MARCA DE GARANTIA NOS PRIMEIROS ANOS DO SEC. XIX. BORDA RECORTADA DECORADA COM CONCHEADOS E VOLUTAS. PLANO COM GUILLOCHES DE INSPIRAÇÃO RENASCENTISTA. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS EM GARRA E BOLA (TÍPICAS DO PERÍODO DE DOM JOÃO V E TAMBÉM DO GEORGIANO). BRASIL,  PRIMEIRA METADE DO SEC. XVIII. 40 CM DE DIAMETRO. 1260 G
  • LINDO ANEL EM OURO 18K CRAVEJADO COM PAVE DE BRILHANTES EXTRAS MUITO BRANCOS E COM MUITA VIDA DISTRIBUÍDOS EM TRÊS FILEIRAS. UMA JÓIA COM PERSONALIDADE E DE MUITO BOM GOSTO. ARO 18. 7,1 G
  • GRANDE E BELA SALVA EM PRATA DE LEI COM MARCAS DE CONTRASTE JAVALI E PRATEIRO CARNEIRO DA ROCHA. DECORADA COM MAGNÍFICO LAUREL NA BORDA E TAMBÉM ESCUDELAS. ELEVADA SOBRE QUATRO BELOS PÉS FENESTRADOS. UMA SALVA FORMIDÁVEL COM MAESTRIA NA EXECUÇÃO! PORTUGAL, SEC. XIX. 38 CM DE DIAMETRO. 1400G
  • FAUSTOSO LUSTRE EM CRISTAIS  COM SEIS BRAÇOS. O LUSTRE É COMPOSTO POR PINGENTES DO TIPO PRISMA E CORRENTES DE TAMANHO CRESCENTE COM LAPIDAÇÃO DIAMANTE. DOTADO DE SEIS BRAÇOS COM CÚPULAS LAPIDADAS. FINALIZA COM GRANDE BOLA LAPIDADAD NA PARTE INFERIOR. EUROPA, INICIO DO SEC. XX.
  • BACCARAT  REQUINTADO CONJUNTO DE PEÇAS EM CRISTAL DE BACCARAT COMPOSTO POR 15 PEÇAS SENDO: MAGNIFICO E IMPECÁVEL  DECANTER, 3 TAÇAS DE ÁGUA, 5 TAÇAS PARA VINHO BRANCO E 6 TAÇAS PARA CHAMPAGNE. O CRISTAL É BELÍSSIMO O DECANTER, EM ESPESSO CRISTAL É INCRIVELMENTE TRANSLÚCIDO. A LAPIDAÇÃO É TAMBÉM EXCEPCIONAL COM FACETAS DITAS DEDÃO E ANEL COM VISTOSO LAUREL CIRCUNDANDO AS PEÇAS. FRANÇA, SEC. XIX.  27,5 CM DE ALTURA (DECANTER)
  • BELO  FRASCO PARA TOILETTE FEMININA EM CRISTAL LAPIDADO COM TAMPA EM PRATA DE LEI E EXUBERANTE ESMALTE. FUNDO DA TAMPA DOTADO DE ESPELHO. MARCAS PARA CIDADE DE SHEFFIELD E LETRA DATA PARA O INICIO DO SEC. XX. INGLATERRA, SEC. XX. 10 CM DE DIAMETRO (uma ínfima esbeiçadela no esmalte)
  • CONJUNTO DE NOVE MARCADORES DE LUGAR A MESA COM FEITIO DE SAPOS MÚSICOS CONSTRUIDOS EM PRATA DE LEI COM VERMEIL E ESMALTES.PARIS,  FRANÇA, SEC. XX. 3 CM DE ALTURA
  • GRANDE PERFUMEIRO EM CRISTAL LAPIDADO COM GUARNIÇÃO EM PRATA DE LEI. MARCAS DE CONTRASTE PARA ESPANHA. POSSUI  TAMPA INTERNA EM CRISTAL ORIGINAL. SEC. XX . 12 X  10,5 CM
  • GAMET  GRANDE CAIXA DE CUSTURA EM BRONZE ORMOLU DECORADA COM LAURÉIS E RICAS GUIRLANDAS COM TAMPA COM DECORAÇÃO RELEVADA ESTILO IMPÉRIO COM GRIFOS ENTRE ANFORAS. AINDA NA TAMPA  LINDA RESERVA EM RICOS ESMALTES DE TRADIÇÃO LIMOUSIN (ESMALTES DE LIMOGES) ASSINADOS POR GAMET. A CENA REPRESENTA MULHERES BORDANDO COM A MESA POSTA PARA O CHÁ. TAMPA DECORADA COM PLACA ESMALTADA COM CENA GALANTE ASSINADA PELO ARTISTA. PEÇA PARA COLECIONADOR! FRANÇA, SEC. XIX. 25 X 20 X 11 CM
  • SALVA CIRCULAR EM PRATA DE LEI ESTILO DONA MARIA I. CORPO LISO, PÉS VAZADOS DECORADOS COM PEROLADOS. MARCAS DE CONTRASTE 833 E PRATEIRO ALVES PINTO. BRASIL, MEADOS DO SEC. XX. 25 CM DE DIAMETRO. 525 G
  • SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO  MAGNÍFICO RETÁBULO CONVENTUAL SEISCENTISTA EM MADEIRA ENTALHADA E RECOBERTA EM OURO COM PINTURA CENTRAL SOBRE MADEIRA REPRESENTANDO SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO. O SANTO É REPRESENTADO COM HÁBITO DE DOMINICANO, ORDEM RELIGIOSA QUE FUNDOU, COM A  FLAMULA DA ORDEM PINTADA NO CANTO SUPERIOR DIREITO. SEGURA RAMO DE LÍRIO SÍMBOLIZANDO SUA PUREZA E OLHA FIXAMENTE  PARA UMA LUZ QUE IRRADIA DOS CÉUS SOBRE ELE ALUDINDO A VISÃO COM NOSSA SENHORA QUANDO LHE ENTREGOU O ROSÁRIO. O RETABULO É ESCULPIDO COM ROCAILLES VEGETALISTAS E VOLUTAS. ESPANHA, SEC. XVII, 47 X 66 CMNOTA: SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO - nasceu em Caleruega, na Castela Velha em 1170, Espanha, e pertencia à alta linhagem dos Gusmão. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiasmá-lo pelas armas; o menino preferia porém andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com clérigos e monges. Interessante é que antes de Domingos nascer sua mãe sonhou com um cão, que trazia na boca uma tocha acesa de que irradiava grande luz sobre o mundo. Mais do que sonho foi uma profecia, pois Domingos de Gusmão, de estatura mediana, corpo esguio, rosto bonito e levemente corado, cabelos e barba levemente vermelhos, belos olhos luminosos, não fez outra coisa senão iluminar todo o seu tempo e a Igreja com a Luz do Evangelho, isso depois de se desapegar a tal ponto de si e das coisas, que chegou a vender todos os seus ricos livros, a fim de comprar comida aos famintos. Homem de oração, penitência e amor à Palavra de Deus, São Domingos acolheu o chamado ao sacerdócio e ao ser ordenado (no ano de 1203 em Osma, onde foi nomeado cônego). No ano de 1204, Domingos seguiu para Roma a fim de obter do Papa licença para evangelizar os bárbaros na Germânia. No entanto, o Papa Inocêncio III orientou-o para a conversão dos Albigenses que infestavam todo o Sul da França com suas heresias. Desta forma, Domingos fez do sul da França, o seu principal campo de ação. Quando os hereges depararam com a verdadeira pobreza evangélica de São Domingos de Gusmão, muitos aderiram à Verdade, pois nesta altura já nascia, no ano de 1215 em Tolosa, a primeira casa dos Irmãos Pregadores, também conhecidos como Dominicanos (cães do Senhor) que na mendicância, amor e propagação do Rosário da Virgem Maria, rígida formação teológica e apologética, levavam em comunidade a Véritas, ou seja, a verdade libertadora. São Domingos de Gusmão entrou no Céu com 51 anos e foi canonizado pelo Papa Gregório IX, em 1234.
  • MEISSEN- SEIS LINDOS PRATOS PARA SOPA EM PORCELANA DECORADA COM ESMALTES (HÁ SEIS RASOS DESSE MESMO CONJUNTO NO LOTE ANTERIOR).  BORDA RECORTADA NA TONALIDE AZUL COBALDO REALÇADA EM OURO DISPOSTO EM GUIRLANDA. CALDEIRA COM RICA DECORAÇÃO FLORALAPLICADA EM ESMALTES MANUAIS. AS FLORES LUXURIANTES SÃO DIFERENTES EM CADA PRATO. SÃO BELISSIMOS E DE MUITO BOM GOSTO! EXCEPCIONAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO. ALEMANHA, INICIO DO SEC. XX. 23 CM DE DIAMETRO.
  • PRATEIRO DE LORENA CLÁUDIO DE AZEVEDO RIBEIRO - IMPORTANTE PAR DE CASTIÇAIS DE GRANDE DIMENSÃO  EM PRATA DE LEI CONSTRUÍDOS COM VIRTUOSO TRABALHO DO SINGULAR PRATEIRO DE LORENA. SALTAM AOS OLHOS AS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO DE  CLÁUDIO DE AZEVEDO RIBEIRO . O FEITIO REQUINTADO, FORMAS ERUDITAS, CINZELADOS FORMIDÁVEIS. MAS SÃO OS PÉS EM GARRA QUE PRONUNCIAM DE FORMA INCONTESTE A LAVRA DO PRATEIRO DE LORENA. CAPRICHADAS GARRAS, FOLHAS DE ACANTO QUE SE DISTRIBUEM EM RELEVO NA BASE EM PLATO E SE ELEVAM NAS EXTREMIDADES REMATANDO AS GARRAS. MARCAS DO IMPORTANTE PRATEIRO DE LORENA, PROVAVELMENTE O MELHOR ARTÍFICE EM PRATA DE SÃO PAULO NO SEC. XIX.  ESSE EXEMPLAR FORMA CONJUNTO COM OS CANDELABROS REFERENCIADOS POR MARIA HELENA BRANCANTE NA PAGINA 177 DE SEU LIVRO OS OURIVES NA HISTÓRIA DE SÃO PAULO. ALIAS O PRATEIRO FAZIA SEUS CANDELABROS REVERSIVEIS PARA CASTIÇAIS IDÊNTICOS A ESSE PAR ORA APREGOADO. UMA SALVA DESSE IMPORTANTE OURIVES TAMBÉM ESTÁ REPRODUZIDA NA  CAPA DA PUBLICAÇÃO DE BRANCANTE. BRASIL, SEC. XIX.  24 CM DE ALTURA, 1575 GNOTA: CLÁUDIO DE AZEVEDO RIBEIRO, também conhecido como o PRATEIRO DE LORENA atuou nessa cidade na primeira e segunda metade do sec. XIX. Para Maria Helena Brancante, Lorena foi a mais importante cidade do Vale do Paraíba, a região mais próspera do Estado de São Paulo em meados do SEC. XIX. Graças a essa pujança apresentou o maior número de ourives ativos entre 1809 e 1867 nessa localidade. Atraídos pela riqueza dos barões do café cerca de 63 ourives foram listados nesse período em Lorena. Desses o mais importante pelo virtuosismo do trabalho foi sem dúvida CLÁUDIO DE AZEVEDO RIBEIRO.
  • SÃO VICENTE FÉRRER  MAGNÍFICO RETÁBULO CONVENTUAL SEISCENTISTA EM MADEIRA ENTALHADA E RECOBERTA EM OURO COM PINTURA CENTRAL SOBRE MADEIRA REPRESENTANDO SÃO VICENTE FÉRRER. O SANTO É REPRESENTADO COM HÁBITO DE DOMINICANO, ORDEM RELIGIOSA A QUE PERTENCIA. DO SEU LADO DIREITO VINDO DO CÉU A LUZ QUE REPRESENTA A VISÃO EM QUE CRISTO LHE ORDENA PREGAR O EVANGELHO AO MUNDO INTEIRO.  A imagem apresenta, também, outro importante elemento simbólico, o qual tornou-se comum nas representações de São Vicente Ferrer: o gesto estático do pregador que levanta a mão direita durante o discurso. A cultura medieval, sob muitos aspectos, é uma cultura dos gestos, tal a importância que os gestos assumem nas relações sociais. A Idade Média foi herdeira de muitos hábitos da tradição retórica antiga. Entre eles, das formas de expressão e comunicação, e dos meios de conferir eficácia ao discurso. O gesto de São Vicente Ferrer é o mesmo feito pelo apóstolo São Paulo em suas pregações. Na imagem, o gesto caracteriza o ofício de pregador  e visa, ainda, realçar a exortação escriturística que embasava a missão de Vicente Ferrer e que se tornou o motto iconográfico do santo: Timete Deum et date illi honorem quia venit hora iudicii eius ((Temei a Deus e dai-lhe honra porque a hora do julgamento está chegando). O RETABULO É ESCULPIDO COM ROCAILLES VEGETALISTAS E VOLUTAS. ESPANHA, SEC. XVII, 47 X 66 CMNOTA: São Vicente Ferrer nasceu em 1350, em Valência, cidadela do catolicismo em uma Espanha que se encontrava ainda em guerra contra o maometano invasor. Sua casa natal não era distante do Real Convento da Ordem dos Pregadores. Este fato favoreceu a decisão do jovem Vicente de vestir o hábito dos dominicanos. A partir de sua profissão religiosa, em 1368, até ser ordenado sacerdote, em 1374, alternou o estudo e o ensino da filosofia com a aprendizagem da teologia em Lérida, Barcelona e Tolosa. Com perfeito conhecimento da exegese bíblica e da língua hebraica, regressou a Valência, onde ensinou teologia, escreveu, pregou e aconselhou. Anos mais tarde, em Avignon (França), caiu gravemente doente a ponto de quase falecer. Foi quando teve a visão de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhado de São Domingos e São Francisco, conferindo-lhe a missão de pregar pelo mundo. E, repentinamente, recuperou a saúde. A 22 de novembro de 1399, deixou aquela cidade francesa para levar ao Ocidente a Palavra de Deus. E, em meio à grande crise espiritual na qual estava imersa a sociedade daquela época, passou a derramar tesouros de sabedoria. Com efeito, a França encontrava-se assolada pela Guerra dos cem anos; na Itália havia os conflitos entre guelfos e gibelinos; as regiões espanholas de Castela e Aragão estavam mergulhadas na anarquia; e fora das fronteiras da cristandade havia o perigo maometano. Nessas condições, percorreu inúmeras aldeias e cidades dos citados países, chegando até a Suíça. Sua oratória, brilhante e cheia de fogo, mantinha entretanto a lógica imperturbável das argumentações escolásticas. Mas a atração que as pessoas sentiam por suas palavras era devida principalmente a dois fatores: a percepção da presença de Deus nele e o enlevo, cheio de consolações, ocasionado pela graça divina. Diante de sua voz as inimizades públicas cessavam, os pecadores sentiam-se movidos ao arrependimento e as pessoas sedentas de perfeição seguiam-no. O auditório das suas pregações era sempre de multidões, às vezes mais de 15.000 pessoas, portanto ao ar livre. Contemporâneos do Santo relatam que, falando na sua própria língua, era entendido mesmo pelos que não a conheciam. Nos dias em que São Vicente Ferrer pregou em Tolosa, por exemplo, não houve pregador que quisesse fazer sermão, porque todo mundo ia atrás do Santo. E sendo tão grande o afluxo de pessoas, que não podiam acomodar-se bem no claustro do convento onde ele falaria, o Arcebispo pediu que ficasse hospedado em seu palácio e pregasse na praça de Santo Estêvão, onde podia caber público maior. Condescendeu o Santo, pelo fato de pertencer o Arcebispo à sua Ordem religiosa, e foi para o palácio. Pregou quase todos os dias e celebrou Missa solene na referida praça, à qual acudiam as pessoas com tão grande empenho que, para conseguir lugar, se levantavam à meia noite e para lá iam com archotes, cada um trazendo seu próprio assento. Porque, embora se diga que era ouvido de longe como de perto, e assim o era comumente, todos queriam estar próximos dele, para vê-lo bem e observar como oficiava as cerimônias religiosas, como curava os doentes que vinham ao palanque onde se encontrava e, finalmente, para poder beijar-lhe as mãos, logo que terminava o sermão, e voltar para casa tendo recebido sua bênção. Em um vilarejo, as dez mil pessoas que se reuniram para ouvi-lo puseram-se a oscular sua mão, repetindo tal gesto nos onze dias subseqüentes. Todas essas honras ele as referia a Deus, e dizia com o coração e com os lábios: "Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam -- Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória" (Salmo 113). Para evitar a vanglória que de tais honras lhe poderia advir, antes de entrar nas diversas localidades, seguindo o conselho do Divino Mestre que diz: "Vigiai e orai para que não entreis em tentação" (Mt. 26, 41), ajoelhava-se com os que vinham em sua companhia e, as mãos postas em oração, erguia os olhos ao céu. Provavelmente rogava a Deus que o guardasse da soberba e da vanglória, a qual, como afirma Santo Agostinho, está sempre espreitando nossas boas obras, para que percam seus méritos diante de Deus. De fato, estava o santo tão longe de comprazer-se com a honra que lhe prestavam e com a autoridade que lhe davam, que, algumas vezes, pedindo-lhe os enfermos a bênção para alcançar de Deus a saúde, não queria dá-la, a fim de fugir da vanglória; se bem que, depois, movido de misericórdia, fazia o que lhe rogavam e os despedia muito contentes. Ao chegar perto de uma cidade, a população vinha ao seu encontro, e todos disputavam um lugar próximo dele. E só escapava de ser esmagado porque andava no meio de pranchões sustentados por homens possantes. Em várias cidades, enquanto durava sua pregação, os negócios paravam, as lojas fechavam, as audiências dos próprios tribunais eram suspensas. Os sermões duravam habitualmente duas ou três horas. Numa Sexta-feira Santa, em Tolosa, prolongou-se por seis horas seguidas! Os moradores dessa cidade espanhola costumavam dizer: "Este homem veio a esta terra para nossa salvação ou para nossa perdição. Para que nos salvemos, se fizermos o que ele nos diz; para que nos condenemos, se nos descuidarmos de obedecer-lhe. Porque até aqui podíamos dizer que não tínhamos quem nos ensinasse tão bem o que somos obrigados a fazer. E agora já não podemos dizê-lo". Foi tão grande a devoção que os tolosanos lhe dedicaram que, após sua partida da cidade, ficaram com relíquias suas e não quiseram desfazer o palanque no qual havia pregado; antes o beijavam e tocavam como coisa de Deus. São Vicente trabalhou ardentemente pela conversão dos judeus e dos maometanos. Há historiadores que afirmam que converteu 25.000 judeus e 8.000 mouros. Exagero? Com milagres tão abundantes e portentosos, a pergunta não deve se pôr a um espírito sério e objetivo. Assim, no Domingo de Ramos de 1407, na igreja de Ecija (Espanha), uma dama judia, rica e poderosa, que seguia seus sermões por curiosidade e desafio, sem ocultar os sarcasmos que fazia a meia voz, atravessou de improviso a multidão para sair. Não conseguia conter-se de raiva. O povo, explicavelmente, ficou indignado. "Deixai-a sair, disse o Santo, porém afastai-vos do pórtico", o qual caiu sobre ela, matando-a. "Mulher, em nome de Cristo, volte à vida!", ordenou ele, e assim se fez. Após um tal milagre, não é de causar estranheza que essa senhora tenha prontamente se convertido à verdadeira Religião... Naquela cidade, uma procissão anual passou a comemorar a morte, ressurreição e conversão da judia.
  • PESADO CÁLICE LITÚRGICO E SUA PATENA EM PRATA DE LEI BATIDA. MAGNÍFICO TRABALHO SETECENTISTA ELEGANTE CONTRUÇÃO! CORPO LISO E BASE CAMPANULAR. FUSTE COM FEITIO DE BALAUSTRE. INTERIOR COM RESQUICIO DE VERMEIL. CORPO DIVIDE-SE EM TRES PARTES ROSQUEÁVEIS. BRASIL, SEC. XVIII. 24,5 CM DE ALTURA. 655 G
  • PRATA 10 DINHEIROS  BELO CÁLICE EM PRATA DE LEI COM COM COPO REMATADO EM VERMEIL.ELEGANTE FUSTE EM BALAUSTRE ESPESSANDO-SE DO FINAL EM DIREÇÃO A BASE QUE É CINZELADA COM BARRADO DECORADO COM ESTRELAS E ANEL CONCÊNTRICO. MARCAS DE CONTRASTE 10 DINHEIROS PARA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E PRATEIRO JOAQUIM JOSÉ PALHARES NATURAL DE GUIMARAES E CITADO NO RIO DE JANEIRO  EM 1837 (MOITINHO PAG. 274). BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 22 CM DE ALTURA

636 Itens encontrados

Página: