Peças para o próximo leilão

636 Itens encontrados

Página:

  • PORCELANA DE PARIS  LINDO JARRÃO EM PROCELANA COM FUNDO NA TONALIDE VERDE E ALÇAS LATERAIS COM FORMATO DE AVES ESTILO IMPÉRIO. REMATADA EM PROFUSO OURO TEM NA PARTE SUPERIOR TAMBÉM EM OURO ÁGUIA NAPOLEONICA E NA PARTE INFERIOR O MONOGRAMA N ADOTADO POR NAPOLEÃO BONAPARTE. POSSUI RESERVA COM CENA EQUESTRE PINTADA EM ESMAKTE REPRESENTANDO NAPOLEÃO BONAPARTE E SEU SÉQUITO EM CAMPO DE BATALHA. FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. 32 CM DE ALTURA
  • PORCELANA DE PARIS (FORMA PAR COM O OFERTADO NO LOTE ANTERIOR)  LINDO JARRÃO EM PROCELANA COM FUNDO NA TONALIDE VERDE E ALÇAS LATERAIS COM FORMATO DE AVES ESTILO IMPÉRIO. REMATADA EM PROFUSO OURO TEM NA PARTE SUPERIOR TAMBÉM EM OURO ÁGUIA NAPOLEONICA E NA PARTE INFERIOR O MONOGRAMA N ADOTADO POR NAPOLEÃO BONAPARTE. POSSUI RESERVA COM CENA EQUESTRE PINTADA EM ESMAKTE REPRESENTANDO NAPOLEÃO BONAPARTE E SEU SÉQUITO EM CAMPO DE BATALHA. FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. 32 CM DE ALTURA
  • FORMIDÁVEL MESA DE ENCOSTAR OITOCENTISTA COM ESTILO DO MOBILIÁRIO NACIONAL PORTUGUÊS. PÉS EM BALAUSTRES UNIDOS ENTRE SI POR TRAVAS EM TORCEIL. TEM CURIOSAS GAVETAS LATERAIS FINGIDAS (NÃO FUNCIONAIS), DECORADAS COM ALMOFADAS E PUXADORES. TAMBÉM DUAS GAVETAS NA FRENTE, ESSAS SIM, GAVETAS VERDADEIRAS. A ELEGANCIA E O REQUINTE DESSA MESA DEMONSTRAM A ERUDIÇÃO DA FORNITURA DE EXCEPCIONAL QUALIDADE! POUCAS VEZES SE VERÁ UM EXEMPLAR DE MOBILIÁRIO DO ESTILO NACIONAL PORTUGUES COM SUAS CARACTERÍSTICAS ORIGINAIS DE ROBUSTES, MAS QUE CONSEGUE AGREGAR A LEVEZA E A SUAVIDADE DO TRABALHO DE UM ARTIFICE SINGULAR.  EXEMPLAR MAGNÍFICO! BRASIL, SEC. XIX. 120 (H) X 60 (C) X 76 (P) CM.NOTA: O ESTILO MANUELINO, também chamado de NACIONAL PORTUGUÊS é uma manifestação de gótico tardio que reuniu características de ancestralidade mourisca aos elementos das terras das descobertas marítimas principalmente a herança de GOA que aliás influenciou por séculos a arte portuguesa e europeia em geral. A expressão Manuelino foi cunhada, muitos anos depois de sua adoção, por Francisco Adolfo de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, em seu livro de 1842, Noticia historica e descriptiva do Mosteiro de Belém, com seu glossário de varias termos principalmente arquitetura gótica. Na descrição do Mosteiro dos Jerónimos. Varnhagen nomeou o estilo depois do rei Manuel I, cujo reinado (1495-1521) coincidiu com o seu desenvolvimento. O estilo foi muito influenciado pelos sucessos surpreendentes das viagens de descobrimento dos navegadores portugueses, das áreas costeiras da África à descoberta do Brasil e das rotas marítimas para o Extremo Oriente, valendo-se fortemente do estilo e decoração dos templos do leste da Índia. Embora o período deste estilo não tenha durado muito (de 1490 a 1520), desempenhou um papel importante no desenvolvimento da arte portuguesa. A influência do estilo sobreviveu ao rei. Comemorando o poder recém-marítimo, manifestou-se na arquitetura (igrejas, mosteiros, palácios, castelos) e se estendeu a outras artes como escultura, pintura, obras de arte feitas de metais preciosos, faiança e móveis. A característica dominante de Manuelino é a exuberância de formas e uma forte interpretação simbolista-naturalista de temas originais, eruditos ou tradicionais. A janela, tanto em construções religiosas quanto seculares, é um dos elementos arquitetônicos em que se pode observar melhor esse estilo. Esses motivos aparecem em prédios, pelourinhos, tumbas ou até peças artísticas, como na ourivesaria, da qual a Custódia de Belém é um exemplo. O conjunto decorativo de um elemento escultórico manuelino aparece quase sempre como um discurso de pedra, onde vários elementos e referências se cruzam (pansemiosis ou todos os significados), como o simbolismo cristão, a alquimia, a tradição popular, etc. O contexto pode ser tanto moralizante e alegórico, jocoso (quando se aponta o dedo para defeitos humanos ou detalhes obscenos, como a referência sexual em uma gárgula fora da capela de São Nicolau em Guimarães), esotérico ou simplesmente propagandístico em relação ao poder imperial de D. Manuel I. Deve notar-se que este simbolismo está também intimamente ligado à heráldica.
  • NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO  LINDA ESCULTURA EM MADEIRA ACONDICI0NADA EM NICHO COM MOLDURA EM PRATA DE LEI COM RESQUICIO DE VERMEIL FORRAÇÃO EM VELUDO CARMESIM. A SANTA POSSUI EM SEU ENTORNO UM RESPLENDOR EM PRATA. O NICHO TEM FEITIO RECORTADO E APRESENTA DECORAÇAO EM VOLUTAS COM CONCHEADOS E FOLHAS DE ACANTO. ESPANHA, SEC. XIX. 42 CM DE ALTURA.
  • NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO  LINDA ESCULTURA ACONDICI0NADA EM NICHO EM PRATA DE LEI COM RESQUICIO DE VERMEIL COM FORRAÇÃO EM VELUDO CARMESIM. A SANTA POSSUI EM SEU ENTORNO UM RESPLENDORTAMBEM EM PRATA. O NICHO TEM FEITIO RECORTADO E APRESENTA DECORAÇAO  EM VOLUTAS COM CONCHEADOS E FOLHAS DE ACANTO. ESPANHA, SEC. XIX. 31 CM DE ALTURA.
  • DOM  ANTONIO ALVES DE SIQUEIRA  -  PEQUENO EVANGELHO DO SANTO NOME DE JESUS MISTICAMENTE  REVELADO A IRMÃ MARIA DE SÃO PEDRO EM 1847 EM UM MOSTEIRO EM TOURS NA FRANÇA. PERTENCEU A SUA EXCELENCIA REVERENDISSIMA DOM ANTONIO MARIA ALVES DE SIQUEIRA, ARCEBISPO AUXILIAR DA CALCÍDIA, BISPO AUXILIAR DE SÃO PAULO, ARCEBISPO COADJUTOR DE SÃO PAULO E ARCEBISPO DE CAMPINAS. RELICÁRIO DO BREVE EVANGELHO DA CIRCUNCISÃO DO LIVRO DE SÃO LUCAS 2:21 QUE MENCIONA A ATRIBUIÇÃO DO NOME DE JESUS UMA IMAGEM DE CRISTO, AS INICIAIS IHS (CRISTOGRAMA) E A INVOCAÇÃO DE SANTOS DE DEVOÇÃO. ESSE EVANGELHO FOI MANDADO FAZER POR  DOM  ANTONIO ALVES DE SIQUEIRA  EM 2 DE JULHO DE 1951 QUANDO ERA BISPO AUXILIAR DE SÃO PAULO (A INFORMAÇÃO ESTA NO FINAL DO TEXTO IMPRESSO) CONSTITUE-SE COMO UM RELICÁRIO COMPOSTO DE UM ENVOLTÓRIO EM COURO REVESTIDO DE VELUDO AZUL COM AS SEGUINTES DIVISÕES: INICIALMENTE UM AGNUS DEI (O AGNUS DEI É UMA PLAQUETA OU ESPÉCIE DE MEDALHA COM CERA, DE FORMA OBLONGA, TENDO IMPRESSA DE UM LADO A IMAGEM DO CORDEIRO DE DEUS COM VEXILIO DA CRUZ,  E DO OUTRO UMA IMAGEM DE UM SANTO. É FEITO DA CERA QUE SOBRA DO CÍRIO PASCAL, COM ADIÇÃO DE OUTRA COMUM; É BENTO SOLENEMENTE PELO SANTO PADRE NA SEMANA DA PÁSCOA, NO PRIMEIRO ANO DO SEU PONTIFICADO, E, DEPOIS, DE SETE EM SETE ANOS, E É DISTRIBUÍDO NO SÁBADO IN ALBIS), NA SEGUNDA PARTE UMA IMAGEM DO MENINO JESUS, NA PARTE CENTRAL O EVANGELHO COM O VERSÍCULO MANUSCRITO: NAQUELE TEMPO QUANDO SE COMPLETARAM OS OITO DIAS PARA SER CIRCUNCIDADO O MENINO PUSERAM-LHE O NOME DE JESUS...COMO LHE HAVIA CHAMADO O ANJO ANTES DE SER CONCEBIDO NO SEIO MATERNO (LUCAS 2:31). A SEGUIR A INSCRIÇÃO: Em honra das cinco letras do NOME DE JESUS, e pela virtude das Cinco Chagas, Nosso Senhor prometeu à sua fiel serva Ir. Maria de São Pedro, carmelita de Tours, de conceder cinco graças especiais às pessoas que usurem sobre si esse evangelho com fé e devoção. 1.Ele as preservará dos raios;2.Das ciladas e da malícia do demônio; 3.Duma morte súbita e imprevista; 4.Ele as fará trilhar facilmente o caminho da virtude; 5.Conceder-lhes-á a perseverança final.Imprimatur 15-08-1924  L.N. Cardin.DÉCIN Imprima-se  Antonio Maria  B. Aux. 2 de Julho de 1951. NA TERCEIRA DIVISÃO UMA IMAGEM DA APARIÇÃO DE LOURDES E A INSCRIÇÃO MANUSCRITA POR DOM ANTONIO:  IN SINN MARIAE 1948 - 24 DE JUNHO  1952. NA ULTIMA PARTE DUAS MEDALHAS UMA DE NOSSA SENHORA APARECIDA E UMA DE SÃO JOSÉ. BRASIL, 6 X 5,5 CMNOTA: O "Pequeno Evangelho", ou Evangelho do Santo Nome de Jesus, é uma devoção católica romana que, segundo a tradição, foi misticamente revelada por Jesus Cristo a Maria de São Pedro em 1847, em um mosteiro em Tours, França.  Consiste num pequeno folheto no qual está impresso o breve Evangelho da Circuncisão, consistindo em Lucas 2:21 que menciona a atribuição do nome " Jesus "; uma imagem de Cristo; as iniciais IHS representando o Santo Nome de Jesus; e alguma invocação junto com as linhas, "Quando Jesus foi nomeado - Satanás foi desarmado." Este folheto é dobrado em um pequeno quadrado, encerrado em uma pequena bolsa e distribuído aos fiéis, que são encorajados a dizer freqüentemente: "Bendito seja o Santíssimo Nome de Jesus sem fim" enquanto o usam. IRMÃ MARIA DE SÃO PEDRO DE TOURS - Maria de São Pedro, O.C.D. ( em francês: Marie de Saint Pierre ) (4 de outubro de 1816  10 de julho de 1848) era uma freira carmelita descalça que vivia em Tours, França. Ela é mais conhecida por iniciar a devoção à Santa Face de Jesus que agora é uma das devoções católicas aprovadas e pela Oração da Seta de Ouro. Ela também introduziu o sacramental Pequeno Evangelho. Marie nasceu em 4 de outubro de 1816 em Rennes, Bretanha, filha de Peter e Frances Portier Eluere, e foi batizada na Igreja de St. Germain. Quando criança ela era chamada de Perrine. Sua mãe morreu quando ela tinha doze anos e ela foi enviada para aprender costura com duas de suas tias paternas. Em 13 de novembro de 1839, ela entrou no Carmelo de Tours, um carmelo que tinha uma devoção particular ao Sagrado Coração. Perrine tinha uma devoção especial à Santa Infância de Jesus. Foi professada freira carmelita com o nome de Irmã Maria São Pedro da Sagrada Família em 8 de junho de 1841. Em 8 de agosto de 1843, o Papa Gregório XVI promulgou um breve papal para a ereção de uma confraria sob o patrocínio de São Luís IX da França para a reparação da blasfêmia contra o Santo Nome de Deus. No dia 26 Leo Dupont, o "santo homem de Tours", distribuiu entre várias das comunidades de Tours, uma oração em honra do Santo Nome de Deus. As orações haviam circulado entre todas as casas religiosas da cidade, mas apesar de ter relações amistosas com os Carmelitas, M. Dupont aparentemente as esqueceu. Irmã Maria relatou que dezoito dias depois, enquanto iniciava sua oração noturna, Jesus a fez entender que ele lhe daria uma oração de reparação, uma "adaga de ouro" por blasfêmia contra seu Santo Nome. Disse-lhe que a devoção que lhe confiava tinha por objetivo não só a reparação da blasfêmia, mas também a reparação da profanação do Santo Dia do Senhor.  Ela invariavelmente declarou que essas "comunicações" não eram nem visões, nem aparições; que as verdades mostradas a ela não foram exibidas sob uma forma eterna, nem ela ouviu fisicamente o que foi incumbida de relatar. De 1844 a 1847, Irmã Maria de São Pedro relatou que recebeu "comunicações" de Jesus sobre a difusão da devoção ao Seu Santíssimo Rosto. Ela relatou que experimentou o que seu biógrafo, Janvier, denomina "uma visão interior". Ela descreve repetidamente que, durante a meditação, "O Senhor me deu para entender" percepções particulares. Segundo a Irmã Maria de São Pedro, Jesus disse-lhe que desejava devoção ao Seu Santo Rosto em reparação pelo sacrilégio e blasfêmia, que descreveu como sendo uma "flecha envenenada". Ela escreveu a Devoção da Face Sagrada da Flecha Dourada (Oração) que ela disse ter sido ditada a ela por Jesus. Esta oração é agora um conhecido Ato de Reparação a Jesus Cristo . Ela escreveu que Jesus lhe disse: "Aqueles que contemplarem as feridas do Meu Rosto aqui na terra, devem contemplá-lo radiante no céu." Ela também citou Jesus dizendo em suas visões: Oh, se você soubesse que grande mérito adquire dizendo, pelo menos uma vez, Admirável é o Nome de Deus, em um espírito de reparação pela blasfêmia. A devoção que ela iniciou foi promovida pelo Venerável Leo Dupont. Dupont orou e promoveu o caso de uma devoção à Santa Face de Jesus por cerca de 30 anos. Os documentos relativos à vida da irmã Maria de São Pedro e a devoção foram guardados pela Igreja. Eventualmente, em 1874, Charles-Théodore Colet foi nomeado o novo arcebispo de Tours. O Arcebispo Colet examinou os documentos e em 1876 deu permissão para que fossem publicados e a devoção encorajada. A Devoção ao Santo Rosto de Jesus foi finalmente aprovada pelo Papa Leão XIII em 1885. Quase 50 anos depois, outra freira carmelita francesa, Santa Teresinha de Lisieux, escreveu uma série de poemas e orações na década de 1890 que também ajudaram a divulgar a devoção à Santa Face. Nos anos 1930, uma freira italiana, Irmã Maria Pierina De Micheli, associou a imagem do Santo Rosto de Jesus do Sudário de Torino à devoção e fez a primeira Medalha do Santo Rosto. A primeira Medalha da Santa Face foi oferecida ao Papa Pio XII, que a aceitou e aprovou a devoção em 1958 e declarou a Festa da Santa Face de Jesus como terça-feira gorda (terça-feira antes da quarta-feira de cinzas) para todos os católicos romanos. Sua autobiografia e revelações relatadas estão publicadas no livro The Golden Arrow.
  • DOM  ANTONIO ALVES DE SIQUEIRA  - CHAVE DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DE FATIMA DA BENEFICIÊNCIA PORTUGUESA- OURO 18K E METAL DOURADO. OFERECIDA A DOM ANTONIO ALVES DE SIQUEIRA, ENTÃO BISPO AUXILIAR DE SÃO PAULO, EM 08 DE OUTUBRO DE 1953. A CHAVE É EM METAL DOURADO DE ONDE PENDE ARGOLA EM OURO 18K ATADA A UMA MEDALHA EM OURO 18K COM RESERVA EM PORCELANA.  A ARGOLA TEM A INSCRIÇÃO CHAVE DO HOSPITAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA. NA MEDALHA A DATA 8  10  - 1953 , M. REC (MERITO E RECONHECIMENTO) E AS INICIAIS S.P.B (SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICIÊNCIA). EM 8 DE OUTUBRO DE 1853  A IMAGEM PEREGRINA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA FOI CONDUZIDA AO TERRENO QUE ABRIGARIA O HOSPITAL DA SOCIEDADE DE  BENEFICIÊNCIA PORTUGUESA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA. NESSE ATO DOM ANTÔNIO RECEBEU A CHAVE SIMBÓLICA DO HOSPITAL E ABENÇOOU AS OBRAS DE CONSTRUÇÃO. BRASIL, SEC. 50, 7,5 CM DE COMPRIMENTO.NOTA: Oferecer a chave da cidade a alguém, na época medieval, significava conferir confiança e honra. Esse costume se originou na cidade medieval murada, cujos portões eram guardados durante o dia e trancados à noite. A chave simboliza a liberdade do destinatário de entrar e sair da cidade à vontade, como um amigo de confiança dos residentes da cidade. A verdadeira 'Chave da Cidade' funcionaria para abrir os portões da cidade. Hoje em dia, esse hábito foi estendido para Instituições e uma chave ornamental é apresentada a visitantes estimados, residentes ou outros que a cidade ou instituição deseja homenagear. Este prêmio também é conhecido como Liberdade da Cidade; desta forma, a capacidade de acessar "tudo" é vista como o último ato de estima. É cerimonial, um símbolo de agradecimento pelos serviços prestados ou conquistas significativas (cf um grau honorário). Os destinatários recebem de fato uma chave e às vezes uma chave arcaica. Até os dias de hoje quem recebe as chaves da cidade de Londres na Inglaterra além da chave propriamente tem o direito legal de pastorear ovelhas na Ponte de Londres (London Bridge) uma vez por ano. Claro essa prerrogativa não é invocada há séculos embora seja vigente.
  • HERMANN BOEHM  O MAIS IMPORTANTE OURIVES REVIVALISTA AUTRÍACO DE TODOS OS TEMPOS. SUAS OBRAS ATINGEM DEZENAS DE MILHARES DE EUROS EM IMPORTANTES LEILÕES INTERNACIONAIS COMO O DA CASA CHRISTIES. (VIDE EM: https://www.christies.com/en/lot/lot-4163103) - PRECIOSA CAIXA PORTA HÓSTIAS (TECA) EM PRATA DE LEI, ESMALTE E VERMEIL. MARCAS DE CONTRASTE PARA VIENA. ÁUSTRIA, DEC. 1870, PRATEIRO HERMANN BOEHM. O TRABALHO É UM REVIVAL DE PEÇA RENASCENTISTA DO SEC. XVI. TRATA-SE DE UMA IMPORTANTE CAIXA PORTA HÓSTIAS EM PRATA DE LEI  BATIDA COM FORMIDÁVEL DECORAÇÃO COM ESMALTES CHAMPLEVE. A DECORAÇÃO DA TAMPA TEM EM RESERVA A DECIMA SEGUNDA ESTAÇÃO DA VIA CRUCIS E RECEBE ESSA NUMERAÇÃO NA PARTE INFERIOR EM ALGARISMOS ROMANOS.  A CENA REPRESENTA A CRUCIFICAÇÃO COM CRISTO NA CRUZ TENDO A SEUS PÉS A VIRGEM DOLOROSA E SÃO JOÃO EVANGELISTA. ACIMA DA CRUZ DO LADO ESQUERTO UM SOL E NO DIREITO UMA LUA SIMBOLIZANDO O ECLIPSE DA CRUCIFICAÇÃO QUANDO A TERRA FOI CONDUZIDA EM PLENO DIA Á ESCURIDÃO. EM TORNO DA RESERVA AS ARMA CRISTI, SÍMBOLOS DA PAIXÃO DE CRISTO SENDO: A ESCADA PARA O DESCIMENTO DA CRUZ, A COLUNA ONDE CRISTO FOI ATADO PARA SER AÇOITADO, O JUNCO QUE FOI JOCOSAMENTE LHE DADO COMO CETRO, O CHICOTE, A LANÇA DO SOLDADO QUE PERFUROU O PEITO DE CRISTO, O MARTELO QUE O PREGOU NA CRUZ, O GALO QUE CANTOU DEPOIS DE SÃO PEDRO TE-LO NEGADO POR TRES VEZES, OS DADOS COM OS QUAIS OS SOLDADOS ROMANOS LANÇARAM SORTE SOBRE A TÚNICA DE CRISTO. NA PARTE INFERIOR DA CAIXA A PRIMEIRA ESTAÇÃO: JESUS CONDENADO A MORTE. A CENA FOI RETRATADA APENAS COM O RECURSO DO CINZEL REMATADO POR VERMEIL. PONCIO PILATOS SENTADO A UM TRONO NO PRETÓRIO LAVA AS SUAS MÃOS. CRISTO É APRESENTADO ANTE ELE DE PÉ ATADO A UMA CORDA ENTRE SOLDADOS ROMANOS. A CENA É EMOLDURADA POR UMA COROA DE ESPINHOS. A TODA VOLTA DA CAIXA COM RICO TRABALHO DE ESMALTES ESTÃO AS SEGUINTES ESTAÇÕES: II JESUS CARREGA A CRUZ ÀS COSTAS, III JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ, IV - JESUS ENCONTRA SUA SANTA MÃE, V SIMÃO DE CIRENE AJUDA JESUS, VI SANTA VERONICA ENXUGA A FACE DE JESUS, VII - JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ, VIII JESUS CONFORTA AS FILHAS DE ISRAEL, IX JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ, X JESUS É DESPIDO DE SUAS VESTES, XI JESUS É PREGADO EM SUA CRUZ, XVIII JESUS JESUS É DESCIDO DA CRUZ, XIV JESUS É SEPULTADO. ENTRE CADA ESTAÇÃO COLUNAS JÔNICAS SIMBOLIZANDO OS PILARES DA IGREJA TEM ENUNCIADO O NOME DOS  DOZE APÓSTOLOS NA SEGUINTE SEQUENCIA: MATHAUS, THOMAS, JACOBUS, SIMON, JUDAS, PETRUS, ANDREAS, JOHHANES, JACOBUS AL., PHILIPPUS, JUDAS JS, BARTHOLOMAUS. VIENA, ÁUSTRIA, DEC. 1870. 9 (C) X 6 (P) X 3,5 (H) CM  250 GR NOTA: A Revivificação da Renascença varreu a Europa Ocidental já na década de 1840 e atingiu seu pico no final o século 19. Os colecionadores aspiravam montar armários de tesouro que lembrassem as grandes coleções principescas do século 16. Além de marfim, âmbar e outras curiosidades naturais. Os ourives vienenses do século XIX criaram suas próprias interpretações dessas peças elaboradas. Hermann Böhm (também chamado de Boehm) foi um famoso ourives e esmaltador que trabalhou em Viena entre o final do século 19 até 1922. Originalmente natural da Hungria, mudou-se para a Áustria em 1866 e começou a trabalhar como ourives com seu sogro Ludwig Politzer. Ele se especializou principalmente em vasos, enfeites de mesa e objetos no estilo revival renascentista e inspirado na antiguidade. Na Alemanha e na Áustria, o estilo neo-renascentista se desenvolveu nas últimas décadas do século 19, juntamente com o crescimento de uma identidade nacional, e recebeu o nome de Historismus ou Historicismo. As montagens exibem um trabalho muito fino em esmalte - tanto pintado en plein quanto técnicas champlevé translúcidas. Ao contrário de alguns de seus contemporâneos na França e na Alemanha, os fabricantes austríacos especializados no estilo renascentista não fizeram nenhuma tentativa de comercializar seu trabalho como antiguidade; em vez disso, foram exibidos em Feiras Internacionais como os mais recentes artigos da moda "moderna". O maior artífice de esmaltes vienenses foi  Hermann Böhm, Trabalhando a partir de modelos preservados nas coleções imperiais, os cofres verdes em Dresden, ou mostrados em publicações de arte de luxo, ele usou os talentos locais em esmaltes para criar novos objetos renascentistas do esplendor "Rothschild" para uma clientela internacional. A manufatura foi estabelecida em 1866.  Na época da Exposição Internacional de Viena em 1873, Bohm já era considerado um dos mais proeminentes esmaltadores austríacos. A altíssima qualidade de suas obras de arte esmaltadas em prata recebeu aclamação internacional na Exposition Universelle de Paris em 1889 (quando foi inaugurada a torre Eiffel). Naquela ocasião, o correspondente britânico do jornal de comércio de Londres, o 'Jeweler & Metal Worker', escreveu sobre suas obras: '  O maior triunfo de Böhm é na verdade reproduzir  perfeitamente exuberantes peças medievais, ricas em joias e esmalte de muitas cores, enquanto até mesmo sua produção moderna da arte de ourivessaria e joalheria é tão pitoresca e remota no tempo que causam a sensação que têm o charme de relíquias de família ... o efeito é lindo sem ser bárbaro ... .  Na Exposição de Viena de 1873, ele mostrou um "Escudo de Torneio e Armas em estilo antigo, várias 'galantras' e peças de joalheria em esmalte Limoges" e recebeu por isso um prêmio por mérito. Em 1890, eles anunciaram "Obras de arte em ouro, prata e esmalt.
  • CHARLES THEOPHILE DEMORY (1833 - 1895)  - PAISAGEM CAMPESINA COMTRABALHADORES DA COLHEITA DE TRIGO  OST  ASSINADO E DATADO 1875. MONUMENTAL OBRA DO ARTISTA CHARLES THEOPHILE DEMORY RETRATANDO A COLHEITA DE TRIGO. UMA CARROÇA ATRELADA A QUATRO CAVALOS É CARREGADA COM AS ESPIGAS QUE OS CAMPONESES TRAZEM AS COSTAS. MAGNIFICA OBRA DE MUITO GRANDE DIMENSÃO. LINDA MOLDURA EM OURO BRUNIDO.  FRANÇA, SEC. XIX. 98 X 135 CM (CONSIDERANDO-SE O TAMANHO DA MOLDURA) SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA 77 X 108 CM
  • HEREND PRINTEMPS   BELO E RARO JARRO PARA ÁGUA PADRÃO PRINTEMPS. LINDA ALÇA LATERAL DUPLA COM FEITIO DE VISTOSAS SERPENTES. DECORAÇÃO COM GUIRLANDA FLORAL RELEVADA E FLORES PINTADAS EM ESMALTE. ARREMATES EM OURO. TERÇO INFERIOR COM GOMADOS RELEVADOS. MARCAS DA MANUFATURA SOB A BASE. PEÇA PARA COLECIONADOR! HUNGRIA, INICIO DO SEC. XX. 30 CM DE ALTURA.NOTA: A Herend Porcelain Manufactory é uma empresa de fabricação húngara, especializada em porcelana de luxo pintada a mão e dourada. Fundada em 1826, baseia-se na cidade de Herend perto da cidade de Veszprém. Em meados do século 19, foi fornecedora da dinastia Habsburg e aristocráticos clientes em toda a Europa e muitos de seus padrões clássicos ainda estão em produção. O apelo artística e o esforço de fabrico das primeiras peças conseguiu em curto espaço de tempo notabilizar a manufatura. Assim foi premiada em importantes exposições como A primeira Exposição Húngara de Arte Aplicada , a Exposição de Viena , em 1845, a Grande Exposição de Londres de 1851, a Exposição da Indústria de Todas as Nações , em Nova York, 1853 e a Exposição Universal de Paris de 1855. Esses prêmios trouxeram valorização para Herend. Esta apreciação aparece nas encomendas feitas em nome de vários cortes reais ( Rainha Victoria , Francisco José I. , Maximiliam ( imperador mexicano) dentre outros). O nome dos padrões conhecidos referem-se aos primeiros clientes ( Rainha Victoria , Esterházy, Batthyány , Rothschild ,Apponyi ). Em 1865 Francisco José I deu título para de nobreza para Mór Fischer, apreciando seus resultados e trabalho em arte de porcelana. A partir de 1872 Mór Fischer Farkasházy , produzindo para a Corte Real, tinha o direito de usar as formas e padrões da Manufatura de Viena, que tinha fechado. Essa foi a idade de ouro de Herend. Os artistas de projeto, oleiros, pintores e modeladores adicionaram valor a marca que recebeu 24 grandes prêmios de ouro em exposições mundiais entre 1851 e 1937. Talvez o padrão Herend mais conhecido foi apresentada na Exposição Mundial de Londres, em 1851, com ramos floridos pintados em alegres, cores vivas. A rainha britânica, Victoria , ordenou um jantar com o serviço desse padrão ganhador da medalha de ouro no Castelo de Windsor. Daí o nome do padrão ser "Viktória".
  • VASO PURIFICATÓRIO - MUITO GRANDE E IMPORTANTE VASO PURIFICATÓRIO EM PRATA DE LEI BATIDA. ESTRUTURA DESMONTÁVEL COMO DEVE SER NA DOS BONS VASOS SETECENTISTAS. IMPRESSIONANTE PELA GRANDE DIMENSÃO. PODE-SE OBSERVAR O BELISSIMO TRABALHO BATIDO NA PRATA TANTO NA PARTE INFERIOR DA BASE, QUANTO NA PARTE INTERNA DO COPO. O FUSTE É HARMONICAMENTE EXECUTADO COM FEITIO DE BALAÚSTRE. PEÇA DIGNA DE MUSEU, CERTAMENTE PERTENCEU A GRANDE IGREJA PAROQUIAL. BRASIL, MEADOS DO SEC. XVIII. 29,5 CM DE ALTURA X 14 CM DE DIAMETRO. 810G.NOTA: Esse elemento de Alfaia era empregado no ritual litúrgico de purificação nas missas até meados do sec. XIX. Esse vaso ou grande cálice representava o símbolo da purificação. Os vasos eram grandes, bojudos, mas seu fuste não poderia ser mais elevado do que os cálices do vinho da eucaristia da missa nem poderiam ser de ouro ou prata dourada. Antes da comunhão o Acólito levava o vaso até os fiéis contendo água e coberto por um pano de linho feito especialmente para esse fim. A água era o elemento da purificação. Antes de receber o corpo do Senhor, cada fiel levava o cálice à boca, depois que tomava a água o Acólito passava o pano de linho na borda do vaso e o oferecia ao próximo fiel. Por volta de 1850 esse ritual foi eliminado da liturgia da missa para evitar a propagação de doenças. Por terem sido abolidos há cerca de 150 anos esses vasos são extremamente raros constituindo-se verdadeiras peças de museu e alto colecionismo.
  • GRANDE E PRECIOSO CETRO DE IMPERADOR DE FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO EM PRATA DE LEI E RUBIS. CORPO LISO COM FEITIO DE BALAUSTRE FINALIZADO COM ESFERA EM QUE POUSA POMBA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO COM SUAS ASAS ABERTAS E OLHOS EM RUBIS. BRASIL, SEC. XVIII/XIX, 53 CM DE COMPRIMENTO.NOTA: Das festas do Divino Espírito Santo na corte do Rio de Janeiro, nos idos do Império Brasileiro em  Mataporcos (próximo ao antigo solar da Marquesa de Santos), do Campo de Santana e da Lapa do Desterro (Glória), entre 1853 a 1855, dá-nos Melo Morais Filho uma descrição minuciosa em uma dezena de páginas de seu livro "Festas e Tradições Populares do Brasil": "A pombinha vai voando a lua a cobriu de um véu, o Divino Espírito Santo  pois assim desceu do céu." "Nos ranchos, um rapazola ia com a bandeira, sendo as vestimentas de todos casaca e calções escarlates com galões de ouro, colete de seda branca debruada de cores, sapatos baixos de fivela, chapéu de feltro de copa afunilada e abas largas, ornado de fitas, distinguindo-se o porta-estandarte por vestuário mais pomposo e pelo grande tope de flores, pregado no chapéu, de forma diferente." Dos bandos da "folia" à hora em que, "na casa do festeiro roncava o baile", passando pela eleição das mesas das Irmandades, os leilões, a missa, até os "doze velhos cabeçudos, com suas competentes lunetas, casacas de rabo de tesoura e botões de papelão, andando curto, arrastando os pés, que seguiam para o tablado, às risadas dos espectadores, que lhes aplaudiam os desgarres", figuras egressas das antigas festas religiosas tradicionais de Portugal que, decadentes as do Divino, acabaram, depois, por refugiar-se no Carnaval brasileiro. O Campo de Santana sintetizava o grosso da função: na rua de S.Pedro uma fila de barracas assemelhavam ter os tetos de fogo e nas portas e balcões os vendedores de sorte e de comidas gesticulavam e gritavam como possessos; as lanterninhas das quitandeiras faiscavam, as músicas estrondavam e "a multidão com suas vestimentas pitorescas, apinhada no chafariz que aí existia, ou movendo-se em grupos, lembrava um quadro de mestre da escola veneziana. Quando as luminárias acendiam-se, o campo regurgitava de curiosos e de gente que comprava sortes, ceava nas barracas, caminhava ao acaso e recebia entradas" para as barracas que exibiam desde ginástica e quadros vivos, mímicas, pirâmides humanas, volteios eqüestres, teatrinho de bonecos, comédias, e mágicas. "No império, o imperador, com seu manto verde e sua coroa dourada, dominava no meio de sua corte... Eis o que era naquele tempo a festa popular do Divino, quando a nossa sociedade não tinha a pretensão de querer impor-se pela decadência de seus costumes e pelo enervamento de seu senso religioso" - lamenta. Vitorino Nemésio, em "O Segredo de Ouro Preto e outros ensaios", depõe como partícipe da festa do Divino no Encantado, em Inhaúma (Rio), realizada no dia 8 de junho de 1852. "Jamais prosa ou voz viva descreverão capazmente esta romaria a ilhéus atrás de uns vitelos enfeitados, ao comprido de subúrbios fragosos de uma metrópole de milhões de, no suor e no pó de uma fila compacta de festeiros, rente aos camiões e bondes de uma população sortida e alegre que traja à frescata." Porque são os descendentes dos açoreanos, que há mais de cem anos talham bifes e churrascos nos açougues cariocas e fundaram o Império do Encantado, os que agora fazem a festa. "Hoje os netos de Ti João da Ilha e de Tiazé ainda desfilam ao som do Pezinho, no milagre da fé milenária enriquecida e transmitida - perene!" "Abençoai a todos nós com a vossa divindade" entoam os cantadores. Diversos Impérios houve no Rio de Janeiro: no largo do Estácio, o da Floresta, o de Maracanã. O ten. cel. Lima Figueiredo, em "Cidades e sertões" transcreve crônica de Otávio Tavares sobre o festejo do Divino no lago Janauacá, Amazonas: "Numa canoa engalanada com folhas de palmeira e totalmente iluminada com lanternas e papéis coloridos são colocadas as insígnias do Divino. Noite escura. Acompanhando aquela canoa, mil outras, de todos os feitios, desde a ubá fragílima até a igarité de fundo chato, e menos perigosa, coalham o lago, "dando a impressão de que há boiando pequeninas ilhas floridas. Terminada a procissão são colocados dispositivos cheios de azeite protegidos com papel de seda de todas as cores - e acesas as grisetas (Griseta - Lamparina ) - o lago toma um aspecto grandioso oferecendo-nos uma orgia de cores como se houvesse tombado sobre ele um arco-íris aceso e partido aos pedaços, cujos fragmentos ficassem a boiar, a boiar, dentro da moldura tenebrosa das selvas..." Assemelha-se aos "Irmãos da Canoa", Irmandade que promove os festejos do Divino em Tietê, S. Paulo, que Alceu Maynard Araújo descreve em seu "Documentário Folclórico Paulista": "Sociedade sui generis - uma confraria sem estatutos, sem reuniões, sem diretoria eleita (apenas com um presidente perpétuo, o ilustre folclorista e historiógrafo Benedito Pires de Almeida), porém onde há disciplina e fraternidade. Embora se dividam em dois grupos: irmãos do rio acima e do rio abaixo, sob o mesmo uniforme se unem todos os devotos, irmãos de uma só Irmandade - a do Divino Espírito Santo. Dirigem-na o mestre e o contramestre, também denominado "Irmão Andante". Figuram ainda o trio indispensável: "bandeireiro", alferes da bandeira do Divino, e "folião", violeiro, chefe da "folia , grupo angariador de esmolas (constituído por meninos, com caixa e ferrinhos) e o "salveiro" que, com trabuco, dá "salvas", as descargas louvadoras ao divino patrono. Quarenta e cinco dias antes da festa, os grupos vão esmolar, rio acima e rio abaixo, dançando o religioso "cururu" (Cururu - Dança, canto em desafio, relacionados com as festas religiosas no plano da louvação popular.) e, quando remam, cantando a "serenga" (Serenga - Canto sem palavras, dando a impressão de cantochão, ajudando a ritmar as remadas.). No último domingo do ano é o dia máximo da festa - há o encontro das canoas. Das que angariaram donativos rio acima e rio abaixo. (...) há o "encontro". Os rojões sobem, as bombas espocam ensurdecedoras e a multidão delira. Findo o encontro as canoas voltam para o Porto Velho, onde os irmãos da canoa, festeiros, autoridades religiosas, civis e militares desembarcam, rumando com milhares de pessoas, em procissão, conduzindo o Divino até à matriz. Os romeiros com seus tradicionais uniformes brancos, carapuça vermelha, descalços, remos arvorados, penetram na igreja. Há uma cerimônia religiosa." Em Santa Catarina a festa, sendo a mesma, toma tons diferentes: "Da Bandeira pendem fitas multicores, que na sua romaria são acrescidas de outras fitas ofertadas pelos fiéis; da orquestra constam o tradicional bombo, de batida característica, sem faltar a rabeca, de som indispensável na orquestra, o violão, a viola com suas quatro cordas, a gaita, os pandeiros e a cantoria pelo mestre, que, além dos versos tradicionais, improvisa, homenageando pessoas importantes que prestigiam as bandeiras". Mas até a queixa é a mesma: "Não revestida com as formalidades e simbolismo do passado, quando em cada povoado uma comissão de irmãos da Irmandade do Divino, portando as suas "opas", acompanhava o grupo de "foliões" na sua tarefa de recolher ofertas." (Doralécio Soares, "Folclore Brasileiro". Em São Paulo, segundo Hélio Damante (Folclore Brasileiro), "é intrinsecamente pobre, limitando-se ao grupo de cantadores e músicos, que dão seu recado, levam o Divino, enfeitado de fitas, a percorrer as casas, e depois se despedem "até o ano que vem", como nestes versos, recolhidos em Mogi das Cruzes: O Divino se despede nesta hora de alegria. Se despede e vai deixando esta rica companhia. Viola, cavaquinho, caixa, reco-reco incluem-se no instrumental". Em Goiás festeja-se o Divino em várias cidades: em Pirenópolis, desde o ano de 1819 existe a festa do Divino, que compreende novenário, procissão, mastro, e naturalmente, Imperador e Mordomos, além da Coroa e Bandeira. Mas, o que caracteriza a festa do Divino de Pirenópolis é a presença de 80 a 120 cavaleiros com máscaras de papelão na forma de cabeças de boi, enormes chifres ornados com flores de papel, vestindo roupas coloridas, que percorrem as ruas durante tardes e noites, do sábado à terça-feira, e se apresentam no "campo das cavalhadas". "Na terça-feira, ao final dos festejos, sairão atrás da Banda de Música até à casa do imperador, para, juntamente com muitas outras pessoas envolvidas,"entregar a Festa". (Carlos Rodrigues Brandão, "O Divino, o Santo e a Senhora") As festas populares e tradicionais não podem ser apenas consideradas "eventos", pois, como dizem Francisco Weffort e Márcio Souza ("Um olhar sobre a cultura brasileira") "das mais tradicionais às mais modernas , deitam raízes profundas na vida dos grupos que as promovem". É lícito supor que o culto ao Divino Espírito Santo tenha sido trazido ao Maranhão pelos primeiros açorianos que aqui chegaram, em duas levas: a primeira em 1620, trazida por Manuel Correa de Melo, por conta de Jorge de Lemos Bittencourt, e a segunda por Antônio Ferreira Bittencourt, no ano seguinte, partes da imigração de 200 casais que viriam construir dois engenhos de açúcar, plano do provedor-mor do Brasil Antônio Muniz Barreiros. No Estado o Divino é cultuado em várias localidades, principalmente na capital e em Alcântara. Na cidade destacam-se, entre outras, as festas promovidas pela "Casa das Minas" e pela "Casa de Nagô", dois templos de culto afro-brasileiro. Em Alcântara alcança grande brilho, muito embora não tenha mais a pompa dos tempos da nobreza imperial da velha cidade, quando até 13 festeiros por ano promoviam disputa para fazer a melhor figura. Hoje, se aparecem 3 dispostos a essa responsabilidade, são muitos! Os festejos do Maranhão distinguem-se dos demais pela presença marcante das "caixeiras", geralmente senhoras idosas que, com toques característicos, acompanham os cortejos, ruflando grandes caixas, no feitio dos antigos tambores militares. São em número variável, de 6 a 10, e são elas que tiram as cantigas, quase sempre improvisadas. Sobre a festa de Alcântara temos dois trabalhos publicados: "A festa do Divino Espírito Santo em Alcântara (Maranhão)", em 2a. edição de 1988, e " Festa do Divino", de 1999, "um roteiro a altura da sabedoria dos melhores "mestres-salas" (segundo a folclorista Maria Michol Pinho de Carvalho), organizado, com a audiência de antigos moradores de Alcântara, do domingo de Pentecostes (primeiro e último dia da comemoração), dia a dia, passo a passo, com o único fim de proporcionar às novas gerações o esquema do tradicional festejo, para que seja ele realizado com, pelo menos, as mínimas obediências aos padrões antigos. Seria fastidioso repetir aqui, para Alcântara, o que foi copiosamente dito acerca do Divino em outros lugares. Falemos apenas das diferenças existentes: O Império compõe-se de 13 pessoas: 1 Imperador (que a cada ano se alterna com 1 Imperatriz), 1 Mordomo-Régio e 5 Mordomos-Baixos (Mordomas, no caso da Imperatriz). A cor oficial do Imperador é a vermelha; o verde, a do Mordomo-Régio. Os demais adotam o azul-claro, ou o rosa. Integravam a Folia petitória, que antigamente percorria léguas e léguas de estradas, 1 bandeireiro, 3 caixeiras, 3 bandeireiras (meninas), 2 cidadãos de confiança e carregadores para o transporte das ofertas, além do "Vicente", um menino que recolhia as esmolas em dinheiro, assim chamado (não se sabe porquê) fosse Pedro, João ou Marcelo. Tais folias não mais se realizam, pois as oferendas são cada vez mais raras, seja pela apertura geral, seja pela religiosidade que parece minguante, não compensando as despesas da viagem. Foram-se os bons tempos em que os devotos ricos davam dois, três bois para a festa, capoeiras inteiras de galinhas, de presente para o Divino. O fazendeiro, hoje, nas mais das vezes "gente de fora", não acredita mais nos poderes do Divino, opera no open-market, acessa a Internet, pertence à UDR. Por outro lado, é muito perigoso, impraticável mesmo, andar por ínvios caminhos carregando uma coroa de prata... se nem os santos antigos têm assegurada sua permanência nos nichos das igrejas! Na quarta-feira, véspera da Ascensão, dá-se a chegada do mastro ao porto do Jacaré: sob intensa foguetaria e música da banda, salta do barco um tronco de 10 metros, ornamentado com ramos de murta e é conduzido aos ombros de uma vintena de caboclos e cavalgado por inúmeras crianças. O cortejo de festeiros, caixeiras, músicos e toda a multidão de gente percorre as ruas da velha cidade até atingir o local apropriado, onde é erguido, plantado e enfeitado com cachos de banana e cocos da praia. No topo, aberta ao vento, oscila nos gonzos, tangida pelo vento, a bandeira do Santo, com a coroa, ou a pomba. Durante o percurso as cantoras tiram versos e os carregadores respondem com o refrão: "Que bonito pé de mato (arê, arê-ê-ê-ei - a) que a natureza botou (arê, are-ê-ê-ei - a) para me servir de mastro (arê, are-ê-ê-ei - a) para o nosso Imperador (arê, are-ê-ê-ei-a)" As mesas de doces são uma história à parte pela criatividade de seus autores - Antônio Tavares, Ênio Aymoré Ramos, Diógenes Ribeiro e outros tantos que deixaram fama de grandes decoradores, substituídos por D. Mariazinha Bastos, Antônio Tavares Neto, Gerson Brito etc. e onde se destacam os excepcionais "doces-de-espécie", simples ou duplos, no feitio de folhas, cestos, bichos etc. etc., receitas e habilidades transmitidas de geração a geração. E as "prisões"? A mando do Imperador, um vassalo, com seu séqüito, vai à casa de um Mordomo "prendê-lo". Cada "preso" incorpora-se ao cortejo, ao som dos cânticos das caixeiras e gritos do povo... e vai ao próximo Mordomo. Por fim, todos visitam o mastro, onde, para se libertarem, pagam prendas ao Divino. E as "visitas" dos Mordomos ao Imperador? À porta de cada Mordomo, grita o Mestre-Sala: "- Viva o Mordomo em trânsito! E toca-se um trecho do Hino Nacional. Assim vão, de casa em casa, à luz mortiça das espaçadas lâmpadas de Alcântara e dos fogos de artifício e das lanternas de papel colorido, até ao Imperador, que sai ao encontro da farândola folgazã, e, entrando todos à casa, tem início o baile e os comes-e-bebes até à madrugada! Haja fôlego para tantos folguedos, pois todos os dias da semana são dias de prazer e de alegria! Mas, ainda há o domingo-do-meio e outra semana em que o Imperador retribui as visitas dos Mordomos, e são novos desfiles e bailes, para chegar, finalmente, o grande dia - o domingo de Pentecostes: missa às 10, o Imperador de azul-marinho; Mordomos de ternos escuros; os mais, de vermelho, até as pombinhas, obrigadas à regra, engraçadas nas suas jaquetinhas rubras, aninhadas nas bandejas! O almoço do dia é vário e farto, toda a tradição da cozinha portuguesa apurada pelo negro e pelo índio: a galinha assada, de molho pardo, o vatapá, o bolo de arroz, as tortas (fritadas) dos gostosos camarões de Alcântara, com o acompanhamento indispensável da farinha d'água... e o molho de pimenta grosso pedindo grogue, e o vinho à vontade, que os festeiros têm mão-aberta, o governo deu ajudazinha, os fiéis cooperaram, o comércio também; os doces variados, de coco, de buriti, de goiaba, nas compoteiras antigas remanescentes de outras festas, de outras casas, de outra gente rica e poderosa... branco no Senado da Câmara, pretos no eito plantando algodão, Sinhozinho em Coimbra estudando "leses"! Mas... todos para igreja. Sai a procissão: o rapaz com a bandeira grande, o andor de seda brilhante, em cujo nicho de abriga a Coroa fulgindo ao sol, levado por quatro moças em toalete de gala, seguido pelo Imperador fardado, botões dourados, dragonas, luvas, cetro, o manto escarlate, guardado por dois vassalos, de roupa cinzenta e faixas verde-amarelas atravessadas ao peito. E os Mordomos com seus séqüitos e a orquestra e o povo. De vez em quando estronda um foguete de taboca. Nas janelas as pessoas rezam e se benzem... O Divino vai passando, misericordioso, dispensando bênçãos, concedendo graças! Recolhe-se a procissão. Realiza-se o "pelouro". São revelados os nomes dos próximos festeiros. No dia seguinte o Imperador irá de casa em casa investindo nas funções os escolhidos. Acabou-se a Festa do Divino. Outra Festa do Divino está começando.
  • GRANDE E PESADO CETRO DE IMPERADOR DE FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO EM PRATA DE LEI DECORADO COM VOLUTAS CINZELADAS FINALIZADO COM ESFERA EM QUE POUSA POMBA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO COM SUAS ASAS FECHADAS. BRASIL, SEC. XVIII/XIX, 44 CM DE COMPRIMENTO. 495 G
  • CETRO DE IMPERADOR DE FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO EM PRATA DE LEI DECORADO COM VOLUTAS CINZELADAS FINALIZADO COM POMBA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO COM SUAS ASAS ABERTAS. BRASIL, SEC. XVIII/XIX, 25  CM DE COMPRIMENTO.
  • CETRO DE REI DE FESTA DE REISADO EM PRATA DE LE. FEITIO DE BALAÚSTRE MACIÇO. DECORADO COM FOLHAS DE ACANTO CINZELADAS. BRASIL, SEC. XVIII/XIX, 24,5 CM DE COMPRIMENTO.NOTA: REISADO: Reisado é uma festa popular introduzida no Brasil pelos portugueses no período colonial e ainda hoje realizada em muitas cidades brasileiras. O nome é dado aos festejos realizados por grupos que cantam os chamados ternos entre o Natal e o Dia dos Reis Magos, ou Dia de Reis (6 de janeiro), muitas vezes acrescentando às cantorias cenas baseadas em um enredo sobre o nascimento de Jesus e homenagens aos Três Reis Magos. Em geral, as festas são realizadas na rua, como procissões. Outra característica diz respeito à estrutura da festa. A maioria dos reisados festejados no Brasil transcorre segundo o mesmo roteiro: abertura da porta, entrada, louvação do Divino, chamadas do rei, peças de sala, danças, a guerra, as sortes, a despedida. Com a passagem do tempo, a maneira de realizar o reisado, assim como a data, foi variando de região para região do Brasil. Há grupos de reisado uniformizados e que se apresentam ao longo de todo o ano. Em seu livro Dicionário do folclore brasileiro, o pesquisador Luís da Câmara Cascudo conta que certa vez assistiu a um reisado da cidade de Viçosa (Alagoas) em que havia duelo com espadas entre um rei e um fidalgo. A encenação contava com a participação de várias pessoas vestidas luxuosamente a caráter repetindo ao mesmo tempo as falas cantadas pelos protagonistas. Em muitos locais há  cortejo composto por dois cordões, tendo como personagens principais o rei e a rainha. Na tradição, o grupo, acompanhado de uma pequena orquestra e usando roupas de corte, sai para visitar as casas de seus respeitáveis membros e participantes do local de origem.
  • GRANDE COROA DE IMPERADOR DE FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO EM PRATA DE LEI. EXCEPCIONAL TRABALHO COM CONCHEADOS E ELEMENTOS VEGETALISTAS E FOLHAS DE ACANTO QUE SE ELEVAM SOBRE AS HASTES LAUREANDO O DIVINO ESPIRITO SANTO REPRESENTADO COMO POMBA DE ASAS ABERTAS SOBRE ESFERA MUNDI. A COROA TEM O FORMATO COMO O DA COROA REAL PORTUGUESA.  INICIO DO SEC. XIX. 23 X 20 CM
  • BELO TURÍBULO EM PRATA DE LEI COM CONTRASTES PARA CIDADE DO PORTO (P COROADO) DO ENSAIADOR JOSÉ RODRIGUES TEIXEIRA E PRATEIRO JOSÉ MARCOS GUEDES (HÁ UMA DIVERGENCIA COM A MARCA CATALOGADA POR MOITINHO, MAS A SEMELHANÇA E A ÉPOCA DE REGISTRO PAREMITEM INFERER TRATAR-SE DO MESMO PRATEIRO). ELEGANTE CONSTRUÇÃO COM ROCAILLES E FLORES RELEVADAS PORTUGAL,SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 26 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DAS CORRENTES).NOTA: O turíbulo é um recipiente sustentado por quatro correntes no qual se queima incenso nas celebrações mais solenes. É conduzido nas procissões por um acólito ou coroinha denominado turiferário. Para a Celebração Eucarística, o turíbulo deve ser preparado com brasas incandescentes. Antes da procissão de entrada, o sacerdote impõe incenso sobre as brasas e o turíbulo é conduzido, à frente da procissão, pelo turiferário. Chegando à frente do altar, o turiferário faz uma reverência breve (inclinando apenas a cabeça) e aguarda à direita do altar a chegada do sacerdote, que passa a incensar o altar, a cruz e a imagem do padroeiro da igreja, lançando o turíbulo à frente como prescrito nos livros litúrgicos. Para a aclamação ao Evangelho, o turiferário precede o diácono com o Livro dos Evangelhos até o ambão e aí permanece durante toda a proclamação do Evangelho. No momento da Apresentação das Oferendas, o turiferário coloca-se à direita do altar até que o sacerdote imponha incenso no turíbulo e passe a incensar as oblatas, o altar e a cruz. Em seguida, o diácono ou o próprio turiferário incensa o sacerdote e o povo. Durante o canto do Sanctus, o turiferário dirige-se à frente do presbitério e permanece diante do altar até a aclamação ?Eis o mistério da fé? e sua resposta, ajoelhando-se desde a epiclese até a referida aclamação. A cada elevação, na falta do diácono, incensa o Santíssimo Sacramento. Nas demais celebrações feitas com solenidade, pode-se utilizar o turíbulo, seguindo as orientações dos livros litúrgicos para cada celebração. O uso do incenso é antiquíssimo, anterior à própria vinda de Cristo. As primeiras menções ao seu uso provavelmente vem dos egípcios, no III milênio A.C. Seu uso sempre foi relacionado à aromatização e purificação do ambiente e a uma oferta de odor agradável à divindade. Os hebreus, por exemplo, utilizavam amplamente o incenso no Templo de Jerusalém, onde havia o altar do Incenso, no qual era queimado continuamente o incenso em tributo a Deus. (Cf. Ex 30; Lv 16,12). Talvez por ser amplamente utilizado entre os pagãos, a Igreja nos seus primeiros anos evitava o seu uso dentro da Liturgia, para fazer uma distinção clara entre a liturgia pagã e a liturgia cristã, em particular porque o incenso oferecido aos deuses pagãos era uma grande traição à fé, e vários santos foram torturados e martirizados por se recusarem a fazê-lo. (Como S. Cassiano, S. Policarpo, S. Dinis, S. Cristina, S. Jorge e muitos outros). Vemos, no entanto, o incenso sendo usado como sinal de honra e oração por um defunto, como podemos ver no Testamento de Santo Efrén,no ano373. Uma vez que foi destruído o paganismo, a partir do século IV o incenso começou a ganhar um espaço maior na Liturgia, sobretudo nas dedicações do altar. A primeira igreja a receber o incenso foi a igreja do Santo Sepulcro, e então o uso foi se espalhando. A primeira aparição formal do incenso em Roma é do século VII, como gesto de honra ao papa e ao Evangeliário. Dentro da Missa, o incenso começou a ser utilizado por volta do século IX, no início da Missa, de modo similar como é hoje:Altar, clero, oblatas.Isto se fazia se passando o incensário (Uma espécie de vaso onde se queimava o incenso) à frente dos objetos e das pessoas. Isso foi se desenvolvendo até chegar ao modo como temos hoje. A naveta também foi ganhando sua forma de navio a partir desta época. Vemos o incenso nas Sagradas Escrituras aparecerem várias vezes. Além dos já conhecidos significados de aromatização e de purificação contra os demônios, sendo o incenso um sacramental, destacam-se os significados: Adoração,Honra e Oração. Talvez o significado mais bonito tenha sido inspirado no livro do Apocalipse: E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. Assim a fumaça do turibulo que sobe aos céus representa as orações que sobem a Deus. (https://manualdocoroinha.com.br/objetos-liturgicos/turibulo
  • GOA  POSSESSÃO PORTUGUESA NA INDIA   MAGNÍFICO OSTENSÓRIO EM PRATA DE LEI BATIDA COM VERMEIL. DECORAÇÃO GOINA COM RAIOS DO RESPLENDOR COM FEITIO DE PALMÁCEAS DE DOIS DESSES RAIOS PENDEM SINETAS TÍPICAS DAS PEÇAS PRODUZIDAS EM GOA NO SEC. XVII E INICIO DO XVIII.  NA INTERCECÇÃO DO OSTENSÓRIO COM A BASE, NAS DUAS FACES, ANJOS COM  CARACTERÍSTICAS ÉTNICAS HINDUS APRESENTANDO OLHOS AMENDOADOS E FORMATO DO CABELO CARACTERISTICO DESSE POVO. FUSTE EM BALAÚSTRE. BASE LISA. ÓCULO CENTRAL COM MOLDURA CINZELADA E INTERIOR COM A LUNA. TODAS ESSAS CARACTERISTICAS FAZEM DESSA UMA PEÇA IMPORTANTE E REPRESENTATIVA DO PERÍODO COLONIAL PORTUGUÊS EM GOA, COLONIA PORTUGUESA NA INDIA. INICIO DO SEC. XVIII. 41 CM DE ALTURA.NOTA:Na imaginária e nas peças de uso litúrgico produzidas em Goa está patente uma determinação ocidental, porque partem sempre dos modelos portugueses continentais, em que se fundem elementos orientais a partir da execução dos artistas locais, designados de luso-orientais, provavelmente convertidos e que colaboram para o carácter miscigenado, manifestado através dos componentes decorativos hindus. Pedro Dias refere que um escultor da Companhia de Jesus, o padre Maecht que viveu em Goa, fazia os oratórios conforme os templetes hindus, resistindo assim à permanência dos modelos locais, como o exemplo do sol, da lua, dos dragões e com outras representações inspiradas na fauna e na flora, embora com um maior peso de motivos cristãos. As famílias antes de se converterem ao cristianismo celebravam o seu culto num dos topos do vasary, após a conversão, mantiveram a tradição de conservar o oratório no mesmo local que anteriormente era utilizado para as práticas hinduístas. Assim, encontramos frequentemente nas residências das castas brâmanes os oratórios na sala herdada das casas hindus, o antigo vasary, preservando o mesmo local de orar, posteriormente adaptado ao culto cristão, ocupando aí normalmente, o seu lugar. Assim as imagens sacras de Goa e as alfaias litúrgicas seguem as mesmas características, bases orientais com influência hindu. Por isso pode-se afirmar que à medida que o Cristianismo era incutido incutir aos povos indianos pelos colonizadores Ocidentais também se adaptava a uma aculturação da milenar arte daquela civilização.
  • GRANDE CALDEIRINHA E HISSOPE EM PRATA DE LEI DECORADA EM RELEVO COM VOLUTAS E CONCHEADOS. PEÇA BELISSIMA, ROBUSTA E ELEGANTE. BRASIL, SEC. XVIII/XIX. 19 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR A ALÇA) E 15 CM DE DIAMETRO.NOTA: Aspersório/hissopo e caldeira/caldeirinha: Objeto metálico usado para aspergir água benta nas pessoas e nos objetos ou em locais a serem abençoados. É o vaso Litúrgico onde se coloca água benta para aspersão dos fiéis e algumas cerimonias.
  • RICA ÂMBULA EM PRATA DE LEI SETECENTISTA COM INTERIOR EM RICO VERMEIL. PESADA, E ROBUSTA É UM MAGNÍFICO TRABALHO OURIVESSARIA COLONIAL BRASILEIRA! A PRATA É BATIDA, E A BASE PODE SER DESATARRAXADA DO PÉ. A  TAMPA TEM PEGA COM FEITIO DE CRUZ LATINA COM VERMEIL. O VERMEIL DO INTERIOR ESTA EM OTIMO ESTADO PARECENDO FULGURANTE OURO.  BRASIL, SEC. XVIII. 26 CM DE ALTURA. 595 GNOTA: As ambulas na liturgia da missa são utilizadas para levar até o fiel a Santa Hóstia seu nome deriva da mesma raiz do latim que deriva os termos ambulante e PERambular é então um veículo que caminha entre os fiéis para ofertar a Hóstia

636 Itens encontrados

Página: