Peças para o próximo leilão

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  • MAJESTOSO OSTENSÓRIO EM PRATA DE LEI BATIDA, REPUXADA E CINZELADA COM ARREMATES EM VERMEIL. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (10 DINHEIROS) E PRATEIRO REFERENCIADO POR MOITINHO COMO BR103 (PAG. 370) ATIVO EM MEADOS DO SEC. XIX. O TRABALHO É MAGNIFICO! A BASE É PRIMOROSAMENTE DECORADA COM ELEMENTOS FLORAIS E RAMAGENS RELEVADAS REMATADAS POR LINDOS CINZELADOS. EM UMA DAS FACES POSSUI A REPRESENTAÇÃO DO CORDEIRO MÍSTICO EM VULTO PERFEITO. NA OUTRA FACE UM PELICANO ALIMENTANDO AS CRIAS COM AS PRÓPRIAS ENTRANHAS.  A PARTE SUPERIOR TEM MAGNÍFICO TRABALHO COM CABEÇAS DE ANJOS EM RELEVO DISPOSTAS ENTRE SIMBOLOS EUCARÍSTICOS. O CONJUNTO É PRESIDIDO POR CRUZ LATINA. EM TORNO DO ÓCULO CENTRAL COM SUA LUNA PARTEM RESPLENDORES RAIADOS. A PARTE INFERIOR DA BASE TEM ALMA EM MADEIRA. POUCAS VEZES SE VERÁ TÃO BELO E MAJESTOSO OSTENSÓRIO! RIO DE JANEIRO, MEADOS DO SEC. XIX. 67 CM DE ALTURA. 2850 GNOTA: O simbolismo do pelicano assenta-se sobre uma comovente lenda com origem na idade média, que afirma que o pelicano, quando não encontra alimento para sustentar sua prole, rasga seu próprio ventre para alimentá-la com seu sangue. O pelicano é uma ave de grande porte que vive nas regiões aquáticas em todos os continentes, possui bico avantajado e tem, no bico inferior uma bolsa onde acumula os peixes pescados. As fêmeas alimentam os filhotes despejando as reservas acumuladas na bolsa membranosa. Para esvaziá-la, comprime o peito com o bico, fato este, que deu origem a essa antiga lenda, onde o pelicano abre o próprio peito para dele extrair sua carne a fim de alimentar os filhotes , quando não encontra alimento. Simboliza, portanto, o amor com desprendimento. No simbolismo católico, o pelicano é Jesus Cristo dando seu sangue para a salvação da humanidade, ou alimentando o homem na eucaristia. Também é o símbolo da Redenção. As igrejas medievais a aceitaram em suas decorações, mais de um católico o adotou em suas armas e Henrique VIII chegou a mudar as armas do Arcebispo de Granmer por três pelicanos. No intuito de ajudar a guerra que os cruzados sustentavam na Terra Santa contra os muçulmanos, o Papa Inocêncio III ordenara que em todas as igrejas fossem colocados cofres, muitos feitos de troncos de árvores cavados, cujo objetivo seria recolher donativos dos fiéis, já que o clero medieval, embora detivessem suas mãos grande parte das riquezas da época, não se mostrava suficientemente generoso.Dessa forma, os construtores das catedrais medievais, tomaram o costume de colocar troncos ao lado das pias de água benta, para que os fiéis pudessem neles depositar o dinheiro da vida. E a fim de melhor inspirar o sentimento da caridade, estes artistas deram a esses troncos a forma do pelicano, como ainda pode ser visto em algumas catedrais européias. Nenhum outro símbolo podia melhor expressar o que se pretendia. Só o símbolo da abnegação da ave que se sacrificava a si mesma para alimentar a sua prole, podia representar aquele que se priva de seus haveres em benefício dos pobres.
  • VASO PURIFICATÓRIO (EX COLEÇÃO RUY MESQUITA 1925-2013  O ESTADO DE SÃO PAULO) MUITO GRANDE E IMPORTANTE VASO PURIFICATÓRIO EM PRATA DE LEI BATIDA. ESTRUTURA DESMONTÁVEL COMO DEVE SER NA DOS BONS VASOS SETECENTISTAS. IMPRESSIONANTE PELA GRANDE DIMENSÃO. PODE-SE OBSERVAR O BELISSIMO TRABALHO BATIDO NA PRATA TANTO NA PARTE INFERIOR DA BASE, QUANTO NA PARTE INTERNA DO COPO. O FUSTE É HARMONICAMENTE EXECUTADO COM FEITIO DE BALAÚSTRE. PEÇA DIGNA DE MUSEU, CERTAMENTE PERTENCEU A GRANDE IGREJA PAROQUIAL. BRASIL, MEADOS DO SEC. XVIII. 28 CM DE ALTURA X 14,3 CM DE DIAMETRO. 1250G.NOTA: Esse elemento de Alfaia era empregado no ritual litúrgico de purificação nas missas até meados do sec. XIX. Esse vaso ou grande cálice representava o símbolo da purificação. Os vasos eram grandes, bojudos, mas seu fuste não poderia ser mais elevado do que os cálices do vinho da eucaristia da missa nem poderiam ser de ouro ou prata dourada. Antes da comunhão o Acólito levava o vaso até os fiéis contendo água e coberto por um pano de linho feito especialmente para esse fim. A água era o elemento da purificação. Antes de receber o corpo do Senhor, cada fiel levava o cálice à boca, depois que tomava a água o Acólito passava o pano de linho na borda do vaso e o oferecia ao próximo fiel. Por volta de 1850 esse ritual foi eliminado da liturgia da missa para evitar a propagação de doenças. Por terem sido abolidos há cerca de 150 anos esses vasos são extremamente raros constituindo-se verdadeiras peças de museu e alto colecionismo.
  • PRINCESA ISABEL E CONDE DEU -  SEIS PRATOS EM METAL ESPESSURADO A PRATA DA  MANUFATURA CHRISTOFLE (FORMA CONJUNTO COM OS SEIS OFERTADOS NO LOTE A SEGUIR). POSSUI MEDALHÃO COM BRASÃO DAS FAMÍLIAS ORLEÃNS E BRAGANÇA SOB COROA IMPERIAL ENTRE RAMOS DE FUMO E DE CAFÉ UNIDOS POR CAPRICHADO LAÇO. B0RDA COM ANÉIS CONCENTRICOS RELEVADOS. SERVIU A RESIDÊNCIA DA PRINCESA ISABEL E DO CONDE DEU. FRANÇA, MARCAS DA MANUFATURA PARA O SEC. XIX. 23 CM DE COMPRIMENTO.NOTA: A 29 de julho de 1846, nascia Isabel Christina Leopoldina Augusta Michaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança. Era a segunda filha do Imperador D. Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina. Seu irmão, Afonso Pedro, herdeiro presuntivo do trono brasileiro morreria, em 1850. Isabel tornou-se assim Princesa Imperial. A perda do pequeno príncipe causou um abalo sem precedentes no regime monárquico. A irmã mais nova, Leopoldina, nasceu em 13 de julho de 1847. Esses eram tempos em que mulheres eram educadas para viver no espaço privado. Daí seu pai ter se preocupado, e muito, com a educação que lhes foi dada. Sua aia, a Condessa de Barral, figura cosmopolita e que já tinha atuado em Cortes europeias, foi encarregada de proporcionar a melhor instrução possível. Línguas estrangeiras, conhecimentos de geografia e história, artes, desenho, música, astronomia, mineralogia, botânica, enfim, uma educação preciosa. Com a entrada das princesas na puberdade, era preciso casá-las. Não sobravam candidatos, pois poucos príncipes de sangue europeu se interessavam por um império agrícola e ainda escravista.Dom Pedro II procurou um marido para Isabel e Leopoldina entre as casas reais francesas, inicialmente considerando o príncipePedro, Duque de Penthièvree filho deFrancisco, Príncipe de Joinville.A mãe dele era a princesa D.Francisca, irmã do imperador. Entretanto o Príncipe de Joinville , sugeriu seus sobrinhos os príncipes Gastão, Conde d'Eu, eLuís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota como escolhas adequadas para as duas princesas. Os dois homens viajaram para o Brasil em agosto de 1864 a fim que os quatro pudessem se conhecer antes de qualquer acordo final ser acertado. Isabel e Leopoldina só foram informadas quando Gastão e Luís Augusto já estavam a caminho. Os dois chegaram no começo de setembro e a Princesa Isabel em suas próprias palavras "começou a sentir um terno amor" pelo conde. Gastão e Isabel e Luís Augusto e Leopoldina, ficaram noivos em 18 de setembro. No dia 15 de outubro de 1864, casaram-se a herdeira do trono do Brasil e o Conde dEu, filho do Duque de Nemours, da França. O cortejo saiu da Quinta da Boa Vista cerca de 9 horas e seguiu, sob aplausos do povo, até o Largo do Paço (atual Praça XV), onde aguardavam a Guarda Nacional e um Batalhão de Fuzileiros, em trajes de gala. As salas do Paço estavam cheias de gente. Às 10 e meia anunciaram a chegada dos noivos e os foram esperar, à porta da Catedral, as Damas e os Oficiais da Casa. A Princesa trajava um vestido de filó branco com renda de Bruxelas e uma grinalda de flores de laranjeira. O noivo, em farda de Marechal, trazia a grã-cruz do Cruzeiro, a comenda da Ordem Militar de Espanha, a comenda da Ordem da Casa de Saxe e a medalha da Campanha do Marrocos. Os noivos, ajoelhados em almofadas bordadas a ouro, ouviram as palavras cerimoniais do arcebispo da Bahia, Dom Manoel Joaquim da Silveira, e confirmaram os votos perante Igreja. Terminada a cerimônia, D. Pedro II abraçou o genro e lhe condecorou com o colar da Ordem da Rosa. Seguiram todos para o salão do Paço, onde representantes estrangeiros, altos funcionários, membros do Legislativo e da Magistratura, muitos cidadãos de várias comissões especialmente designadas para cumprimentar Suas Majestades. Às duas horas da tarde, recolheu-se a família Imperial, partindo os recém-casados do Arsenal de Marinha na galeota com destino a Petrópolis.E o povo comemorou, até altas horas o acontecimento.
  • CONDE DE ESTRELA   JOSÉ JOAQUIM DE MAIA MONTEIRO -  PALACIANA HERMA DE JOSÉ JOAQUIM DE MAIA MONTEIRO ESCULPIDA EM MÁRMORE DE CARRARA. BASE EM MÁRMORE NEGRO COM BRASÃO HERÁLDICO DO CONDE. O TITULAR É APRESENTADO COM SUAS COMENDAS IMPERIAL ORDEM DA ROSA, IMPERIAL ORDEM DE CRISTO, ORDEM DA TORRE E ESPADA, ORDEM NOSSA SENHORA DA VILA VIÇOSA PADROEIRA DO REINO. IMPONENTE E BELISSIMA. EUROPA, SEC. XIX. 185 CM DE ALTURA (COM A COLUNA) E 75 CM (SOMENTE A ESCULTURA).NOTA: JOSÉ JOAQUIM DE MAIA MONTEIRO , O CONDE DE ESTRELA, FOI UM RICO COMERCIANTE PORTUGUÊS QUE VIVEU NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Filho dos lavradores José Bento Rodrigues e de Rosa Maria Lourenço, nasceu na freguesia de Santa Maria do Carvoeiro, conselho de Viana do Castelo, Portugal.Foi grande capitalista, proprietário e negociante de grosso trato no Rio de Janeiro, onde viveu durante muitos anos. Era guarda-roupa honorário de D. Pedro V e de D. Luís I, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, além de outras honrarias no Brasil. Casou-se duas vezes. A primeira vez com Eugênia Martins Bastos (1825 - 1850), natural do Rio de Janeiro, filha de Fidélis Martins Bastos e de Maria Vitorina Antônia Plaçon, com quem teve cinco filhos: Carolina de Bastos Monteiro, esposa do engenheiro José Maria da Silva Velho (irmão da viscondessa de Ubá); Joaquim Manuel Monteiro; Luís Manuel Monteiro; e os gêmeos Manuel Luís Monteiro e João Luís Monteiro. Eugênia de Bastos Monteiro (como passou a assinar depois do casamento), faleceu em 22 de agosto de 1850 e seu corpo foi sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula. Desposou em segundas núpcias, em 30 de julho 1853, com Luísa Amália da Silva Maia, filha do conselheiro José Antônio da Silva Maia, depois senador do Império do Brasil, e de Mara Luísa Inocência Gomes. Desta união, dois filhos são conhecidos: José Joaquim de Maia Monteiro e Antônio Joaquim de Maia Monteiro. Faleceu às sete horas da manhã do dia 31 de março de 1875, aos 73 anos, e seu corpo foi sepultado no dia seguinte no Cemitério do Catumbi. Sua viúva contraiu segundas núpcias, em novembro de 1876, com o comerciante Miguel de Novais.
  • IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO  LINDA PULSEIRA EM OURO 13 K ESTILO E ÁPOCA ART DECO. BELA MALHA ARTICULADA. JÓIA MAGNFICA! ÁUSTRIA, CIRCA DE 1900, 44 G. 19,5 CM DE COMPRIMENTO.
  • DOM PEDRO II  CHAVE DE GENTIL HOMEM, CAMARISTA DE SUA MAJESTADE O IMPERADOR. PRATA DE LEI COM RESQUICIOS DE VERMEIL. DECORADA COM SERPE DOS BRAGANÇA COROADA COM COROA IMPERIAL, A SERPE TEM EM TORNO DO PESCOÇO UMA COROA DE CONDE QUE ERA A TITULAÇÃO DOS CAMAREIROS MOR.  NO PEITO DA SERPE A INICIAL PII EM UMA ESCUDELA. O ANIMAL SEGURA NAS GARRAS UM CETRO E UM ORBE SÍMBOLOS DO PODER MAJESTÁTICO. A CAUDA DA SERPE SE ENROLA NO CORPO DA CHAVE. NÃO ERA UMA CHAVE FUNCIONAL E SIM UM OBJETO SIMBÓLICO DE AUTORIDADE,  ERA A INSIGNIA DO MAIS ALTO CARGO NA HIERARQUIA DA CORTE. OS GENTIS-HOMENS DA SEMANA OU CAMARISTAS DE SUA MAJESTADE ERAM OS QUE, POR SEMANA, FAZIAM O OFÍCIO DO CAMAREIRO-MOR, SERVINDO E ACOMPANHANDO O MONARCA. A FUNÇÃO ERA DIVIDIDA POR TURNOS DE SERVIÇO DE UMA SEMANA COM REVEZAMENTO DOS GENTIS HOMENS. OS GENTIS HOMENS SERVIAM AO IMPERADOR NA IMPERIAL CAMARA (QUARTO IMPERIAL), EM CERIMÔNIAS ESPECÍFICAS E O A ACOMPANHAVAM EM SEU DESLOCAMENTO PELA CORTE E PELO IMPÉRIO.  TINHAM TAMBÉM A DIGNIDADE DO TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA.GENTIS-HOMENS DA IMPERIAL CÂMARA, OU CAMARISTAS DA CHAVE DOURADA, OU CAMARISTAS PROPRIAMENTE DITOS, ERAM OS MAIS IMPORTANTES OFICIAIS DA CASA. AINDA QUE CONSTITUÍSSEM UM OFÍCIO, NEM POR ISSO DEIXAVAM DE CONSTITUIR O MAIS ALTO POSTO DA CARREIRA PALACIANA, A QUE SE ASCENDIA POR PROMOÇÃO. ERAM MEMBROS DA MAIS ALTA NOBREZA E SUA POSIÇÃO ERA A MAIS PROEMINENTE DA CORTE. BRASIL, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 13,5 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: Mesmo não sendo dado a muitos eventos sociais, Dom Pedro II não pode prescindir da hierarquia e formalização da Corte no Segundo Império Havia uma ordem estabelecida até para evitar confusões entre os cortesões. Essas pessoas, em certo sentido, tanto reproduziram o cerimonial português quanto propuseram rupturas que atendiam às necessidades de seu tempo, evidentemente que não podem ser pensadas como agentes absolutamente conscientes dessas mudanças, mas, de alguma forma, elas refletiram e reforçaram as novas circunstâncias da segunda metade do século XIX. Essa tensão entre a permanência e a mudança fica patente, logo de início, na extinção de alguns cargos característicos do cerimonial português: Adail-mor, Alfaqueque-mor ou Provedor da redenção dos cativos, Capitão-mor do Reino, Cevadeiro-mor, Fronteiro-mor e Pagem-mor. Outros cargos foram extintos a partir do final da década de 40: Sumilher da cortina (1848); Capitão da imperial guarda de arqueiros (1854); Armeiro-mor (1852); Vedor (1852); Gentil-homem da imperial câmara honorário (1860); Condecorados com honras de capitão da imperial guarda de arqueiros (1862); Esmoler-mor (1868); Estribeiro-mor (1870); Reposteiro-mor (1870); Confessor de SS. AA. II (1872) e Vice-capelão-mor (1876). Contudo, alguns foram criados: Ajudante de Campo de S. M. o Imperador (1848); Gentil-homem da imperial câmara honorário (1850); Vice-capelão-mor (1864); Confessor de SS. AA. II. (1862) (Laemmert, 1844-1889). A dinâmica desses cargos, no Segundo Reinado, ou seja, a nomeação e/ou a destituição de funcionários que atendiam às necessidades imediatas do Imperador, também se colocava dentro da arquitetura de poderes formais e informais e dependia do arbítrio imperial. Esse arbítrio se torna evidentes, no caso específico de alguns cargos, com a destituição de alguns serviçais, logo após a coroação de Pedro II. Contudo, todos eles são renomeados para seus respectivos cargos poucos anos mais tarde. No segundo reinado as funções mais destacadas na corte foram: Gentis homens da imperial câmara; Gentis-homens da imperial câmara honorários; Ajudantes de campo de sua Majestade o Imperador; Veadores (incluindo os Veadores honorários); Oficiais-mores: Mordomo-mor; Estribeiro-mor; Armeiro; Sumilher da cortina; Vedor; Reposteiro-mor; Capelão-mor; Esmoler-mor; condecorados com as honras de Oficiais-mores; Confessor de SS. MM. II e Confessor de SS. AA. II. É importante frisar que cada uma dessas nomeações referia-se a uma atribuição específica. Algumas delas foram definidas pelo já citado José W. Rodrigues, que remontou suas origens aos ofícios dos reis fundadores da Casa de Portugal, e, em especial, da Casa de Bragança. A partir das indicações de Vilas boas Sampaio, o autor descreve, dentre outras funções, as de Mordomo-mor ou Porteiro mor; Oficial maior da Casa Real, que tinha a seu cargo a guarda das portas, com jurisdição sobre todos os porteiros da casa. Recebia ordem de Sua Majestade sobre quem devia entrar e lhe falar. Era ele quem regulava os acompanhamentos nas ocasiões em que Sua Majestade saía ou ía à capela e fazia entrar na igreja cada um no seu lugar; no Império brasileiro, passou a ter o nome de Porteiro da Câmara e acompanhava o monarca nas solenidades, cortejos e atos públicos. O Camareiromor ou gentil-homem era quem tinha jurisdição sobre outras pessoas da Câmara do Rei, vestia-o e o despia pela manhã e à noite, tendo o próprio aposento no paço para acudir com mais presteza a sua obrigação. O Reposteiro-mor fazia as vezes do Camareiro-mor antes que existisse; era o chefe dos Reposteiros. O Estribeiro-mor era o ofício do responsável pela ordem dos cavalos, coches da Casa Imperial e de todo o pessoal que servia nessa ocupação. Acompanhava o rei quando este saía a cavalo, calçava-lhe as esporas e o ajudava a montar e a apear. O Esmoler-mor era o ofício daquele que dava as esmolas que Sua Majestade mandava dar pela casa. Tinha como insígnia uma bolsa de prata. Esse metal encontra-se ligado à dignidade real porque possui um significado relacionado a brilho (de acordo com o sânscrito) e ao que representa a sabedoria divina (de acordo com a simbologia cristã). O Capelão-mor, que sempre foi uma das grandes autoridades da Casa Real, assistia a pessoa do monarca todas as vezes que este ía a alguma igreja ou à Capela Real. O Mestre de cerimônia foi título honorífico dado, nas solenidades da Corte, ao responsável pela boa ordem do serviço. Os Gentis-homens da Semana ou Camaristas de Sua Majestade eram os que, por semana, faziam o ofício do Camareiro-mor, servindo e acompanhando o monarca. Tinham como insígnia uma chave em prata. Além do simbolismo evidente de abertura e fechamento, a chave também estava relacionada àquilo que deve ser visto ou escondido, ao mistério a penetrar; no caso específico, à própria câmara do Imperador.
  • EMILE PUIFORCAT  PRECIOSO CONJUNTO DE CHÁ E CHOCOLATEIRA EM PRATA DE LEI COM VERMEIL ESTILO E ÉPOCA IMPÉRIO. MARCAS DE CONTRASTE PARA FRANÇA, CABEÇA DE MINERVA EMPREGADA A PARTIR DE 1838 E MARCAS DO PRATEIRO EMILE PUFORCAT. TODO O CONJUNTO É CONSTRUÍDO COM EXÍMIA TÉCNICA DE DE EXECUÇÃO E BELEZA INCOMUM. O CORPO É FACETADO E OS ARREMATES SÃO COM LAURÉIS. AS PEGAS NAS TAMPAS TEM FEITIO DE FLORES E NA CHOCOLATEIRA A FLOR TEM FEITIO BADCULANTE PARA PERMITIR A INTRODUÇÃO DO MISTURADOR.  DOTADO DE SEIS PEÇAS SENDO: GRANDE CHOCOLATEIRA, BULE PARA CHÁ, FRASCO PARA CHÁ, AÇUCAREIRO, CREMEIRA E PINGADEIRA. ISOLADORES E MARFIM. FRANÇA, SEC. XIX. 25 CM DE ALTURA (CHOCOLATEIRA). 3365 GNOTA: A renomada empresa Puiforcat foi fundada em 1820 por Émile Puiforcat, que trabalhou predominantemente como cuteleiro com seu irmão Pierre-Joseph-Marie Puiforcat e seu primo materno Jean-Baptiste Fuchs na rue Chapon no bairro de Marais em Paris. Em 1857 Émile Puiforcat registrou junto com Jean-Baptiste Fuchs a marca registrada da empresa, composta em forma de diamante centrada por um canivete de perfil, ladeada pelas iniciais E e P (de Émile Puiforcat), como aqui se vê. Em 1892, Laure Emilie Puiforcat (n. 1873), neta do fundador da empresa casou-se com Louis-Victor Tabouret (filho de François-Louis Tabouret). Quatro anos depois, em 1902, Louis-Victor assumiu a gestão da empresa e, em 1915, mudou seu sobrenome por decreto para Puiforcat-Tabouret.  No final do século XIX, Puiforcat ingressou no ramo da ourivesaria, ganhando renome especial por criar peças inspiradas em obras-primas históricas do passado, muitas vezes de dentro da própria coleção da empresa. No entanto, foi o filho de Louis-Victor e Laure Puiforcat, Jean Elisée Puiforcat (1897-1945), que estabeleceria a empresa nos domínios da prata moderna de vanguarda durante a primeira parte do século XX. Tendo inicialmente formado em Londres na Central School of Art, Jean Elisée Puiforcat estudou com o escultor Louis Lejeune e ingressou na empresa de sua família após a Primeira Guerra Mundial. Nomeado mestre ourives em 1920 e líder indiscutível do estilo Art Déco, tornou-se membro fundador da Union des Artistes Modernes em 1929. Com sua paixão por escultura e design, ele introduziu uma linguagem formal revolucionária que defendia a adaptação da forma à função - o que também foi um aspecto alcançado por seus predecessores. Seu estilo bem definido, caracterizado por linhas arquitetônicas puras, simplicidade notável e o casamento da prata maciça com outros materiais preciosos como madeiras exóticas, pedras semipreciosas e shagreen, inspirado na Art Déco, provou ser a pedra fundamental para a contemporaneidade prataria de alta qualidade.
  • DOM JOÃO V  CANHÃO DE GALEOTA  RARO CANHÃO DE GALEOTA EM BRONZE MONTADO EM CARRO NAVAL EM MADEIRA. NA PARTE SUPERIOR TEM BELO BRASÃO PORTUGUÊS DO REINADO DE DOM JOÃO V. ADOTADO ENTRE OS ANOS DE 1700 E 1750. O CANHÃO TEM UMA BELÍSSIMA PÁTINA E TEM CALIBRE DE 1,57 POLEGADAS (CERCA DE 4 CM). A PEÇA TEM 60 CM E COM O CARRO PERFAZ 83 CM DE COMPRIMENTO. CANHÕES DE GALEOTA COMO ESSE SÃO NEGOCIADOS NA EUROPA POR ALGO EM TORNO DE 15000 EUROS (VIDE EM: https://www.bolk-antiques.nl/inventory/cannons/a-very-nice-antique-18th-century-antique-dutch-1-pounder-bronze-cannon-caliber-5-3-cm-length-of-the-barrel-120-cm-price-15-000-euro-1210089). CANHÕES DE GALEOTA FICAVAM NA PROA DESSE TIPO DE EMBARCAÇÃO TINHAM A FUNÇÃO DE POR SEREM MAIS PORTÁVEIS E LEVES SEREM CONDUZIDOS PARA TERRA NA HIPÓTESE DE ASSALTO POR TERRA (VEJA NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE UMA GALEOTA ARMADA COM SEU CANHÃO DE PROA). MONTADO NA PROADA GALEOTA, DISPARAVADIRETO PARA A FRENTE UMA BOLA DE FERRO SÓLIDA DE UMA POLEGADA DE DIÂMETRO, QUEBRAVA PAREDES, MADEIRA E  DILACERAVA CARNE E OSSOS.  PEÇA MAGNIFICA! PORTUGAL, CIRCA DE 1710. 60 CM DE COMPRIMENTO SOMENTE O CANHÃO E COM O CARRO 83 CM DE COMPRIMENTONOTA: A galeota era uma galera menor que consistia em mais de dezesseis ou vinte remos por banda e apenas um homem em cada uma. Ele carregava dois mastros e algumas armas pequenas. Eram navios muito rápidos e ágeis no mar. A galeota mais célebre no Brasil foi a Galeota Real de Dom João VI. inspirada na Galeota Grande e na Saveira Dourada, que atendiam a Família Real Portuguesa em Lisboa, a Galeota Real foi construída em 1808 por determinação do conde da Ponte, nos estaleiros do Arsenal da Capitania da Bahia em Salvador, para o serviço particular do Príncipe Regente, no contexto da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821). Foi transportada para o Rio de Janeiro no ano seguinte (1809). Em 28 de Março, foram mandados receber, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, 23 "algarves" (remadores reais, naturais da província do Algarve), que tinham vindo em um dos navios da esquadra, para serem empregados no serviço da galeota, sob as ordens do patrão-mor do Arsenal. Estes homens envergavam um uniforme especial, em que se destacavam capacetes de prata. Na Corte, atendeu aos deslocamentos da Família Real pela baía de Guanabara, tendo recebido a Princesa D. Leopoldina e, posteriormente conduzido a Família Real à embarcação que a transportou de volta a Portugal, em 25 de abril de 1821. Sem similar no continente americano, foi utilizada até aos primeiros governos da República Velha. Entre outros personagens, transportou o então Presidente da República Argentina, Dr. Julio Argentino Roca, quando de sua visita ao Rio de Janeiro (1899) e o Presidente eleito da República Argentina, Dr. Roque Sáenz Peña e sua comitiva em visita ao Brasil (1910. Realizou a sua última viagem em Setembro de 1920, no desembarque da família real da Bélgica, que chegou ao Rio de Janeiro a bordo do Encouraçado São Paulo. À época da gestão do Almirante Protógenes Pereira Guimarães à frente do Ministério da Marinha (1931-1935), foi formulada uma proposta de serrá-la ao meio e remeter uma das metades para o Museu Histórico Nacional. Após muitos anos conservada no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, quando da criação do Espaço Cultural da Marinha, no centro histórico do Rio, foi previsto um espaço próprio para a sua exposição, onde, restaurada e inscrita num módulo temático, se constitui em uma das principais atrações permanentes.
  • DOM PEDRO II   CAIXA DE ESTERIOSCÓPIO MACHERS EM  ESTOJO TERMAL DUPLO PATENTEADO EM 1852.  TRAZ DUPLOS DAGUERRIÓTIPOS (FOTOGRAFIAS EM VIDRO) DO IMPERADOR DOM PEDRO II QUE CONFERE TRIDIMENSIONALIDADE A IMAGEM. DOM PEDRO II É RETRATADO VESTINDO CASACA SENTADO EM UMA CADEIRA COM ASPECTO DE TRONO, SEGURANDO EM UMA DAS MÃOS O MESMO ESTERIOSCÓPIO NO ESTOJO TERMAL  MACHERS QUE DEPOIS RECEBEU SUA IMAGEM. ESSES  DAGUERRIOTIPOS DO IMPERADOR FORAM PRODUZIDOS NA PRIMEIRA METADE DA DECADA DE 1850. A DATAÇÃO CONFERE A PARTIR DE UM OUTRO CONHECIDO DAGUERRIOTIPO DO IMPERADOR PRODUZIDO EM 1848 (VIDE EM: https://pt.wikiquote.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil). O ESTOJO TEM DECORAÇÃO RELEVADA COM ANFORAS COM FLORES E CUPIDOS. O DESENVOLVIMENTO DO ESTOJO MACHERS NO INICIO DA DECADA DE 1850, QUE  FUNCIONAVA COMO UMA CAPSULA PRATICAMENTE HERMETICA PERMITIU A PERFEITA PRESERVAÇÃO DOS DAGUERRIOTIPOS. OS DAGUERRIOTIPOS PROVALMENTE SÃO DE AUTORIA DE  REVERT HENRIQUE KLUMB, ESTABELECIDO EM 1853 NO RIO DE JANEIRO,  QUE VEIO A SER O FOTÓGRAFO PREFERIDO DA FAMÍLIA IMPERIAL E PROFESSOR DE FOTOGRAFIA DA PRINCESA ISABEL. TRATA-SE DE UM VERDADEIRO E INÉDITO TESOURO, ADQUIRIDO POR COLECIONADOR NA DECADA DE 1850 NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. MEADOS DO SEC. XIX. 12,3 X 10 CM.NOTA: O gosto pela novidade, em particular pela novidade científica, da perspectiva da construção da imagem de um Brasil civilizado conectado à Europa, contribuiu para o desenvolvimento da fotografia por aqui. A família Imperial certamente foi a maior cliente e interessada nessa arte ao longo do sec. XIX. Com 14 anos o Imperador Dom Pedro II adquiriu seu primeiro estereoscópio, um mecanismo que conferia tridimensionalidade aos daguerriótipos atraves de um recurso óptico permitindo a sobreposição de duas imagens iguas e conferindo o efeito de tridimensionalidade. O Brasil fez uma lista de invenções na área visual a partir das pesquisas de Hércules Florence, residente em Campinas, São Paulo, que descobriu em 1833, há alguns anos antes que a notícia chegasse da França, a  capacidade de corrigir imagens com luz, usando o termo fotografia (a escrita da luz) pela primeira vez em 1834. O daguerreótipo chegou ao Brasil no final de 1839 . D. Pedro II, com catorze anos na época, tornou-se interessado no dispositivo e foi o primeiro comprar um no Rio de Janeiro, dois meses após as primeiras demonstrações de como funcionava com imagens do Cais Pharoux. Embora em sintonia com as últimas invenções europeias, o mercado consumidor para a expansão da fotografia no Brasil era bem diferente (e menor) do que o da grande Europa e Centros norte-americanos. Entretanto comerciantes, a aristocracia e a nobreza eram receptivos a modismos estrangeiros e consumidores de manufaturas impotadas . Na primeira metade do século XIX, a produção de vistas do país, especialmente na demanda por visitantes estrangeiros, foi abastecido pela pintura e pela produção de, porém, seu alto custo abriu um terreno fértil no mercado de fotografia de paisagem, principalmente na cidade do Rio de Janeiro. A introdução de processos de colódio úmido para placas e papel de albumina para cópias permitiu uma maior reprodutibilidade na fotografia, com uma baixa produção custo para fotógrafos, e torná-lo mais acessível para clientes ansiosos para representação. Entre os formatos com apelo mais comercial, foram as fotos para o carte de visite e posteriormente o Tamanho do gabinete (de formato ligeiramente maior), representando paisagens, arquitetura, retratos, costumes e outros assuntos, também produzido em cartões estereoscópicos. Um novo universo visual foi aberto para o Rio de Janeiro, através das visões "estrangeiras" mostradas pelos aparelhos e dispositivos ópticos.  A estereoscopia é por si só um capítulo separado na história dos dispositivos ópticos, principalmente devido ao tipo de percepção experiência que ele fornece. O estereoscópio foi comercializado em grande escala apenas a partir de 1850 em diante, após David Brewster (a Físico escocês) te-lo tornado mais compacto e assim com maior potencial de comercialização. O dispositivo de Brewster foi mostrado ao público pela primeira vez na Exposição Universal de Londres de 1851 e se tornou popular e a toda a fúria da  moda. Um estojo produzido por David Brewster muito semelhante a esse com as imagens de Dom Pedro II continha a imagem tridimensional da Rainha Vitória no esplendor da sua juventude.  Autores como Turazzi (1995), Kossoy (1980b, 2002), Vasquez (2002) e Parente (1999) são unânimes em apontar o fotógrafo alemão Revert Henrique Klumb, que morava no Rio de Janeiro desde 1852, como o pioneiro da fotografia estereoscópica no Brasil. No  anos 1855 e 1856, Klumb anunciou os seus serviços na Rua dos Ourives, 64, como o Photographo da Academia Imperial de Bellas Artes Fotógrafo da Academia Imperial de Belas Artes em Almanak. Em 1857 e 1858 anuncia as aulas de fotografia na sua casa à 18, Ladeira do Castelo. Em 1861 ele foi premiado o título de Photografo da Caza Imperial. Ao longo de sua atuação no Rio de Janeiro, Klumb produziu centenas de visualizações de os principais monumentos públicos e públicos parques da época, muitos encomendados pelo Imperador Pedro II e em grande parte na forma de estereógrafos. George  Leuzinger, outro importante fotógrafo da década de 1850 anunciava Grande variedade de fotografias, vistas panorâmicas da cidade e áreas próximas, estereoscópios (Diário do Commércio, 14 de dezembro de 1854). O anúncio, enfatizamos, é a partir de 1854, três anos após o aparelho ter sido exibido publicamente pela primeira   vez na Grande Exposição em Londres (1851). Desirée Domére, divulgou seu estabelecimento na Rua do Ouvidor n. 102, desde 1854, e, a partir de 1863, passou a anunciar a venda de (Almanak, 1863: 589). A coleção da Imperatriz Thereza Christina abrigada atualmente na Biblioteca Nacional tem 265 vistas Esterioscópicas e nas coleções do Museu Imperial de Petrópolis existe um estereoscópio que pertenceu a Família Imperial.  Os estereógrafos consistem principalmente em registros de vários locais nas cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis (vistas, monumentos, edifícios) e retratos da família imperial, que são relevantes para entender a entrada do Brasil dessa Modernidade civilizadora. O mais antigo dos estereógrafos de Klumb na Coleção da Imperatriz Thereza Christina , foram produzidos, estima-se, entre eles um retrato de Dom Pedro e um retrato da Imperatriz Tereza Christina.  Foram identificados outros retratos na coleção como  a Família Imperial visitando a Fazenda Mariano Procópio Ferreira em Juiz de Fora.  Também quatro estereógrafos  no final da década de 1850 exibindo os móveis do Palácio de São Cristóvão.  Os incontáveis registros da Família Imperial, especialmente as imagens do imperador Pedro II, eram igualmente importantes para o processo de construção da nacionalidade brasileira , principalmente no que diz respeito à Garantir a estabilidade do poder central monárquico. Além das fotos, que buscaram construir a imagem de um rei cidadão, um amante da literatura, constituem-se sem dúvida em um registro importante do Brasil Imperial.
  • MONUMENTAL MEDALHÃO DE SUSPENSÃO EM PRATA DE LEI ESTILO DOM JOSÉ I. MARCAS DE CONTRASTE JAVALI, PRATEIRO REIS PORTO, JOALHEIRO DA CASA IMPERIAL BRASILEIRA E DA COROA DE PORTUGAL.SEM DÚVIDA O MAIS BONITO E IMPONENTE QUE JÁ TIVEMOS EM LEILÃO.  TRABALHO MAGNIFICO COM RESERVAS RELEVAS CONTENDO ANFORAS COM LUXURIANTES FLORES, ESCUDELAS E CONCHEADOS. DE MUITO GRANDE DIMENSÃO E COM BELO TRABALHO, POSSUI ARGOLA PARA QUE SEJA PENDURADO NA PAREDE. PORTUGAL, SEC. XIX. 68 CM DE DIAMETRO. 3115 gNOTA: Salvas de suspensão ou de aparato eram normalmente  feitas para celebrar vitórias, ostentar antigos brasões familiares e demonstrar riqueza. É um costume que remonta aos Castelos e Casas Senhoriais desde a Idade Média
  • PALACIANA LUMINÁRIA EM ALABASTRO ESTILO E ÉPOCA ART DECO REPRESENTANDO MULHER SEMI DESNUDA SENTADA SOBRE FONTE. A ROUPA TONALIZADA EM ROSE TEM SUAVE TRANSPARÊNCIA. DELICADAS FEIÇÕES E EXTRAORDINARIA QUALIDADE ESCULTÓRICA. OBRA DE ARTE MAGNIFICENTE! EUROPA, DEC. 20. 132 CM DE ALTURA
  • BARÃO DO AMAZONAS (1804-1882)   ALMIRANTE BARROSO  HERÓI DA GUERRA DO PARAGUAI  MEDALHA TRIPLA EM PRATA COM VERMEIL E ESMALTE REPRESENTATIVA DAS ORDEM MILITARES DO IMPÉRIO DO BRASIL. CONTÉM AS SEGUINTES ORDENS: IMPERIAL ORDEM DE CRISTO, IMPERIAL ORDEM DE AVIS E IMPERIAL ORDEM DE SÃO TIAGO DA ESPADA. A MEDALHA TRIPLA ERA UTILIZADA PARA DISTINGUIR O CARATER DAS HONRAS MILITARES DAS COMENDAS CIVIS. ASSIM CONFERIA DESTAQUE DA CARREIRA MILITAR DO TITULAR. PRODUZIDA SOB ENCOMENDA DO ALMIRANTE BARROSO NA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. O BARÃO DO AMAZONAS FOI UM DOS POUCOS MILITARES DO BRASIL A RECEBER AS TRÊS ORDENS DE CAVALARIA QUE ERAM DESTINADAS SOMENTE PREMIAR O MÉRITO MILITAR. A COMENDA É BELISSIMA! TEM NO ALTO DE CADA MEDALHA O EMBLEMA ADOTADO PELO IMPÉRIO DO BRASIL PARA DIFERENCIAÇÃO DAS MEDALHAS DA MESMA ORDEM DISTRIBUÍDAS EM PORTUGAL.  MARCAS DA MANUFATURA FREDERICO COSTA ESTABELECIDO EM 1810. SEC. XIX. 7,3 CM DE ALTURA NOTA: Barão do Amazonas(1804-1882) foi herói da Guerra do Paraguai. Venceu a Batalha Naval do Riachuelo. É autor da frase "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever". Barão do Amazonas (1804-1882) nasceu em Lisboa, no dia 23 de setembro de 1804. Veio para o Brasil com 5 anos de idade. Formou-se pela Academia da Marinha do Rio de Janeiro no ano de 1821. Participou das campanhas navais do rio da Prata de 1826 a 1828 e do Pará em 1836. Chefiou a campanha de nossa esquadra na Guerra do Paraguai. Em toda campanha o que mais se ressaltou foi a célebre Batalha do Riachuelo, que decidiria o rumo dessa guerra. Todo o seu gênio estrategista foi revelado nessa ocasião. Utilizando navios a vapor como se fossem aríetes, derrotou fragorosamente os paraguaios, levando-os a desistirem da pretendida invasão de Entre Rios. A sua ação prosseguiu ainda em Passos da Pátria, Mercedes, Cuevas, Curuzu e Curupaití. Herói da Guerra do Paraguai, foi o vencedor da Batalha Naval do Riachuelo, quando, investindo com a proa de sua nau Capitania, a fragata "Amazonas", contra os navios inimigos que lhe estavam mais próximos, e pondo-os a pique. Barão do Amazonas é o autor de duas frases que deixaram claro sua fibra e patriotismo, entrando para a nossa História "Atacar e destruir o inimigo o mais perto que puder" e "0 Brasil espera que cada um cumpra o seu dever". A importância de sua atuação na Batalha Naval do Riachuelo foi reconhecida pelo governo imperial, que lhe concedeu a Ordem Imperial do Cruzeiro e o título honorífico de Barão do Amazonas. O feito de Barroso foi celebrado pelos poetas e representado em tela. Coube a Vitor Meireles, o consagrado pintor, imortalizar o acontecimento em sua famosa tela. Em 1866 foi homenageado com o título de Barão do Amazonas (era o nome do navio que comandava). Em 1868 foi nomeado Comandante Chefe da esquadra e neste mesmo ano promovido a Vice-Almirante e finalmente reformado em 1873. Francisco Manuel Barroso da Silva fixou residência no Uruguai onde  faleceu, na cidade de Montevidéu, no dia 8 de agosto de 1882. Seus restos mortais foram transladados para o Rio de Janeiro, a bordo do cruzador "Barroso".
  • IGNÁCIO FERREIRA DE CAMARGO ANDRADE  FILHO DO BARÃO DE ITATIBA, IRMÃO DO BARÃO DE IBITINGA E IRMÃO DE ELISIÁRIO FERREIRA DE CAMARGO.  A PARTIR DESSE MOMENTO APREGOAREMOS UM APARELHO DE JANTAR QUE PERTENCEU A IGNÁCIO FERREIRA DE CAMARGO ANDRADE E DONA BRANDINA LEITE PENTEADO (FILHA DA BARTONESA DE IBITINGA E IRMÃ DO CONDE ÁLVARES PENTEADO), ENCOMENDADO PARA SER UTILIZADO NO PALÁCIO DOS AZULEJOS, RESIDÊNCIA SENHORIAL DO BARÃO DE ITATIBA NA CIDADE DE CAMPINAS. COMO TODAS AS PORCELANAS DE ENCOMENDA DA FAMÍLIA DO BARÃO DE ITATIBA (JÁ LEILOAMOS AQUI A DO PRÓPRIO BARÃO, DE SEU FILHO ELISIÁRIO DE CAMARGO ANDRADE E DE OUTRO FILHO O BARÃO DE ITATIBA) SÃO PEÇAS DE EXPREMO BOM GOSTO! PELO GRANDE NÚMERO DE PEÇAS SUBDIVIREMOS O CONJUNTO EM ALGUMS LOTES, INICIANDO PELO QUE SEGUE: IGNÁCIO FERREIRA DE CAMARGO ANDRADE SEIS PRATOS RASOS EM PORCELANA. ABA RECORTADA REMATADA POR FILETE EM OURO. FAIXA NA TONALIDADE ROSE, COM GUIRLANDA DE RAMAGENS E FRUTOS. GRANDE MONOGRAMA EM OURO COM AS INICIAIS IFC ENTRELAÇADAS. SERVIÇO PERTENCENTE A IGNÁCIO FERREIRA DE CAMARGO ANDRADE E BRANDINA LEITE PENTEADO. FRANÇA, SEC. XIX. 24 CM DE DIAMETRONOTA: O PALÁCIO DOS AZULEJOS: O terreno escolhido para a construção do palacete da família Penteado ficava em uma das ruas mais importantes da cidade a Regente Feijó conhecida naquele tempo, como Matriz Nova, porque logo abaixo existia a interminável construção da igreja que seria, posteriormente, uma das maiores senão a maior edificação em taipa de pilão do Brasil. O número do terreno era 88, esquina com outra rua importante a do Pórtico. A rua do Pórtico era assim denominada por ter possuído um pórtico ou arco decorativo que se iniciava na rua Francisco Glicério, por ocasião da 1º visita de D. Pedro II, em 1846. O velho Ferreira já contava com setenta anos quando conclui sua residência, concretizando, talvez, um dos seus maiores sonhos - o de ter a casa que os recursos financeiros lhe possibilitaram. Antes de ali residir. morava à rua Barão de Jaguara (antiga rua de Cima), em casa que havia pertencido ao sogro, o capitão-mor agregado Floriano de Camargo Penteado! Proprietário de grandes extensões de terras e dono de uma verdadeira fortuna que recebera através de herança de seus pais, Joaquim Ferreira Penteado nasceu em São Roque, em 1808 e era filho do Capitão Ignácio Ferreira de Sá com Delphina de Camargo Penteado. O Palácio foi construído com requinte e opulência. Sua porta de entrada mede incríveis 4,65 m de altura. O pé direito do vestíbulo atinge 6 metros. Do imenso vestíbulo partem escadas gêmeas em caracol em cada extremidade que conduzem aos salões do andar superior. Toda a fachada é revestida de azulejos portugueses azuis, encomendados em ateliês de arte e ofícios. A mobília é suntuosa. Dezenove janelas na fachada da parte inferior e 26 no segundo piso. Sobre o prédio nove esculturas mitológicas intercaladas por guerreiros com armadura chamados acrotérios enobrecem o palácio. As sacadas corridas ou balcões foram construídas em pedra de cantaria com gradil em ferro forge. Na copa, inventário realizado quando do levantamento para venda em hasta pública do casarão referenciava os seguintes itens que não foram incluídos na venda: Um aparelho de jantar para duzentas e duas pessoas, de porcelana francesa com monograma, um aparelho de chá e café em uso com 49 xicras, sete bandejas de prata entre pequenas e grandes com peso total de mais de 22 quilos, dois faqueiros de prata com firma, oitenta taças de cristal para champagne com monograma, quatrocentos e trinta e nove taças de cristal com pé com monograma, um copo de prata com tampo, cinquenta tigelas com cinquenta copinhos de porcelana (cremeiras), quatro bules sortidos, um bule de prata para chá e um para café, tres mantegueiras, sendo uma de prata, um jarro e bacia de prata, 13 jarros de porcelana para flores, três paliteiros de prata, dezesseis castiçais de prata. Um número muito maior de alfaias e ultensílios estava presente nas propriedades rurais da família. Por seis anos, aproximadamente, o Barão de Itatiba morou com D. Francisca à rua Regente Feijó, nº 88. Naquele sobrado, talvez tenham sofrido e chorado a morte prematura de alguns jovens netos, mas ali também tinha sido palco de muitas alegrias em família, como o grande banquete oferecido à elite campineira, pela inauguração da Escola Ferreira Penteado, em 1880 e quando, no mesmo ano, receberam cerca de 200 convidados para outro banquete, comemorando o feliz regresso do neto, o Dr. Octavio Pacheco e Silva, filho do Tenente Coronel Pacheco e Silva e de D. Francisca, vítima de um naufrágio na costa da Flórida.' Formado em engenharia civil nos Estados Unidos, quis o jovem Dr Octávio aperfeiçoar-se no México. Embarcando no Paquete Vera Cruz, em agosto de 1880, seguia naquela direção quando a embarcação naufragou trinta milhas distante da terra, nas costas da Flórida, salvando-se, das setenta pessoas, apenas 10 tripulantes e 3 passageiros: um americano, um inglês e um estrangeiro. Depois de muitos dias, veio a tão esperada resposta de Nova Iorque, no dia 17 de setembro, através de um telegrama, com as únicas palavras:- Pacheco e Silva Salvo. O Dr. Octávio esteve 22 horas sobre o oceano, seguro apenas por uma pequena tábua, lutando como um heroe com as cóleras das ondas, vendo diante de si a morte, um abysmo de horrores... Outro encontro festivo da família e dos amigos, ocorreu em 1882, quando o Comendador Joaquim e Dona Francisca receberam o título nobiliárquico de Barões de Itatiba. Não faltavam nestes encontros, como era hábito, discursos e poemas de convidados especiais dirigidos à seleta platéia. Na madrugada do dia 6 de junho de 1884 faleceu o Barão de Itatiba, contando com 76 anos de idade, tendo sido notícia evidentemente bastante divulgada nos jomais."? Deixou uma capela mortuária, no cemitério municipal, com setenta sepulturas destinadas a ele, sua mulher e descendentes que falecessem nesse município ou que a ele fossem transportados. Entre as disposições testamentárias, recomendava 25 missas por sua alma, 10 pela sua mãe e 10 pelo seu sogro, capitão Floriano e 25 pelos escravos falecidos antes dele. Da fortuna acumulada, deixava:---400$000 para serem distribuídos a 40 pobres recolhidos, 108000 a cada um. A seus filhos varões conjunctamente, deixa a casa onde funciona a escola. Deixa livre o escravo Galdino seu pajem, e 200$000 para o mesmo, dispensando o serviço do ingênuo Faustino, filho desse liberto, legando o mesmo ingênuo a quantia de 1008. Deixa livre o escravo Benedicto Salles, sapateiro com a condição de servir seu filho José, por 3 amnos. Ao seu escravo Luciano, feitor, deixa 2008000 e 1008000 a cada um de seus escravos que estiveram servindo como feitores de suas fazendas. A sua neta D. Anna, filha de Joaquim Floriano Novaes de Camargo Andrade, deixa 4:0000$000; e a seu filho Ignacio, um escravo à escolha, entre os que estão na fazenda em que reside o mesmo filho; ao seu filho Francisco, os escravos Jeremias, José e Gregório, e o commodo que o mesmo occupa no pavimento inferior do sobrado; 5:0008 ao seu filho que aceitar no seu quinhão hereditario o prédio em que residia elle, testador por querer que esse prédio fique pertencendo a um só de seus filhos. Nomeia testamenteiros os seus filhos: em primeiro lugar, Floriano; em segundo Joaquim, em terceiro Estanislau , em quarto Candido. Marca o praso de um amno para se dar cumprimento às suas disposições. O testamento foi escrito pelo Dr. Costa Carvalho a 1º de Setembro de 1882, e approvado na mesma data pelo tabelião Dr. Silva. '? Ressalta-se nas disposições testamentárias: a Fazenda Duas Pontes, deixada ao filho Ignácio; ...5:0008000 (..) no seu quinhão hereditário... ao filho de aceitasse o prédio urbano em que residia elle; e a doação a seu filho Francisco, de três escravos ...e o commodo que o mesmo occupa no pavimento inferior do sobrado... "** Seguiram-se os anos e 1889 já havia começado trazendo notícias nem um pouco alentadoras para a cidade, pois a eclosão da epidemia de febre amarela apavorava a população, levando um grande número de pessoas, principalmente as mais gradas como os fazendeiros, a fugirem para suas propriedades rurais ou para São Paulo. Conta o Dr. Lycurgo de Castro Santos Filho que famílias inteiras abandonaram suas casas e seus pertences. Fecharam-se lojas, armazéns, oficinas, escritórios, hotéis a até repartições públicas. Campinas se esvaziou. Assim era. As farmácias não davam conta do aviamento das receitas. (...). Era a primeira vez que a cidade padecia uma tragédia de tal porte. Em meio à grave crise ocasionada pelo primeiro surto de febre amarela, falece, na madrugada do dia 16 de agosto daquele ano, vítima não do mal que grassava pela cidade, mas, de ... antigos padecimentos contra os quais não poude reagir a debilidade de sua velhice," Dona Francisca de Paula de Camargo Andrade - a Baronesa de Itatiba com a avançada idade de oitenta anos. Com a morte dos barões encerra-se um período, naquela residência, onde duas pessoas idosas moraram, iniciando-se um outro, mais agitado e talvez mais barulhento, Ignácio, o filho caçula dos barões, residente na Fazenda Duas Pontes, '*º veio morar no casarão urbano, ali permanecendo até 1894. Agricultor e capitalista da Companhia Campineira de Carris de Ferro e da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviaes, foi também suplente de intendente, após o ano da república. Nasceu em Campinas em 11 de junho de 1852 e era casado com D. Brandina, irmã de D. Maria Joana, casada com seu irmão Eliziário. No ano de 1894 faleceu em Paris, com apenas 42 anos de idade. Um noticiário chama a atenção, por ter solicitado dispensa do exército, provando legalidade em seu pedido de isenção dos serviços militares, mas nada indica que ele sofresse de alguma moléstia. Não deixou descendente do seu casamento. Dona Brandina Emilia Leite Penteado, a Jovem viúva de Ignácio, tornou-se herdeira da Fazenda Duas Pontes.
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