Lote 206
Carregando...

Tipo:
Quadros

ANTONIO FERRIGNO (1863 1940). CAMPONESA SEGURANDO VASO COM MUDA DE ROSEIRA OSM ASSINADO EM DOIS LUGARES. LINDA OBRA DO ARTISTA QUE SE NOTABILIZOU POR RETRATAR A VIDA NO CAMPO NO BRASIL DA VIRADA DO SEC. XIX. NOTA: Antonio Ferrigno (Maiori, 22 de dezembro de 1863 Salerno, 12 de dezembro de 1940) foi um pintor italiano da Schoula de Maiori. Seu pai, Vincenzo trabalhava no campo e sua mãe, Maria Giuseppa Pisani, cuidava da casa dos filhos. O pintor tinha um irmão mais velho, que tornou-se pintor e decorador.Veio a São Paulo Brasil no ano de 1893, onde permaneceu até 1905. Ficou conhecido como o pintor do café, devido às telas que executou a convite do Conde da Serra Negra, Manuel Ernesto da Conceição. O cafeicultor o contratou para retratar sua fazenda, Victória, em Botucatu, no interior de São Paulo. Após o fato, durante sua estadia em São Paulo, fez diversas viagens em companhia do pintor Rosalbino Santoro, pelo interior do Estado. Ferrigno continuou a retratar produções cafeeiras, reproduzindo as etapas do plantio do café, como na série de quadros Fazenda Santa Gertrudes. Foi consultado por diversos produtores interessados em ter suas terras retratadas por ele. Teve outras telas importantes, como As Lavadeiras (1896) e A mulata quitandeira (1902). Antônio Ferrigno foi um dos muitos pintores do final do século XIX que viveram na Costa Amalfitana. Estudou pintura em Nápoles, com Giacomo Di Chirico (Veneza, 1844 Nápoles, 1883. Pintor italiano da elite de Nápoles), nascido em Lucca, que lecionava em Nápoles e passava temporadas em Maiori. Aos dezenove anos, ganhou uma bolsa de estudos em Salerno, dessa forma, pode matricular-se na Academia de Belas Artes de Nápoles. Ali, entre 1883 e 1885, frequentou o curso de escultura de Stanislao Lista (1824-1908). Em sua grade curricular, estavam inclusas aulas de desenho, que o auxiliaram a aprender a trabalhar com claros e escuros, além da pintura ao natural. Também praticou a pintura ao natural com Teofilo Patini (1840-1906), professor incutido de ideais sociais, comuns na região de Nápoles em 1880. Em 1884, foi premiado em pintura na Academia e participou das mostras da Promotrice Napolitana, da Academia de Belas Artes de Brera e da XXXI Mostra da Società Promotrice de Belle Arti de Genova. Os temas eram todos sociais, retratando pessoas idosas, tristes e solitárias.No mesmo período, entre 1884-1886, frequentou o curso do pintor Domenico Morelli (1826-1901), realizando cartões dos mosaicos para a fachada da catedral de Amalfi. Em 1893, Ferrigno resolveu viajar para o Brasil e embarcou com Luigi Paolillo (1864-1934), embora este tivesse indo à Argentina. Apesar de recém-casado e de um certo renome que já alcançara em Nápoles, o pintor viajou em busca de um outro lugar que lhe oferecesse a possibilidade de conseguir maior sucesso econômico e onde haviam paisagens interessantíssimas, segundo os relatos que recebia dos conterrâneos que já estavam no Brasil. Quando aqui chegou, fixou-se em São Paulo. Por aquela época, a cidade crescia e se modernizava, com a instalação da luz elétrica. Fazendeiros do interior construíam casas na capital. A vida artística se tornava mais intensa. Haviam bailes e saraus, e companhias de teatro e de ópera chegavam do Rio de Janeiro e da Europa. Foi o litoral que de início encantou o recém-chegado, que pintou pequenas baías com casebres e barcos, pescadores puxando redes praias pedregosas. E povoava essas paisagens com pessoas em movimento e nas mais diversas posturas, crianças procurando conchas ou pescando, senhoras com chapéus e guarda-sóis coloridos, equilibrando-se nas pedras por onde faziam seus passeios. O mar azul ao fundo e o sol por todos os lados, projetando sombras escuras, produziam efeitos alegres de luz e sombra. Também deteve em suas telas, a cidade, sendo hoje sua obra um dos mais importantes registros sobre a antiga São Paulo, caracterizando essas obras como pinturas históricas. Como gostava de pintar a água e os efeitos conseguidos por seus reflexos, escolheu sempre na paisagem urbana. Trechos com pontes como a velha Ponte Grande, olarias e portos de areia às margens do Rio Tietê, ou a Rua 25 de Março onde, na época, corria um riacho. A Rua 25 de Março teve várias versões nas telas do artista. Dessa paisagem urbana, ele fez um estudo, com certeza no local, em que captou só os elementos principais, completando-o depois em outras obras com quiosque, carroça e lavadeiras. O artista ainda hoje é admirado como o pintor do café por ter retratado as fazendas de orgulhosos proprietários que queriam fixá-las em telas para suas salas. Muitos artistas se dedicavam a essa tarefa. Entretanto, no caso de Ferrigno, a projeção que alcançariam essas obras seria distinta, graças ao convite que recebeu de um dos mais ricos cafeicultores paulistas, o Conde de Serra Negra, para pintar sua fazenda Victória. Nascido em Piracicaba em 1850, Manoel Ernesto da Conceição, Conde de Serra Negra, formara uma grande fazenda de café no município de Botucatu, florescente no último quartel do século XIX. Homem de grande atividade, ele abriria depois diversas outras fazendas ao longo da ferrovia do noroeste paulista. Em 1893 a lavoura de café vinha sofrendo diversas crises, devido principalmente à superprodução, a ponto de o governo sancionar uma lei limitando as plantações. Os fazendeiros, preocupados, procuravam formas de remediar essa situação. Foi nessas circunstâncias que, em 1898, o Conde de Serra Negra teve a ideia de fazer uma grande campanha de propaganda do café brasileiro na Europa, visando inclusive reverter a sua imagem negativa junto aos europeus. Com esse intuito, o conde chegou a fazer um acordo com outros 217 fazendeiros, que tinham se comprometido a enviar anualmente 1470 sacas de café à Europa, pelo espaço de três anos. Na mesma época, porém, a Sociedade Nacional de Agricultura teve uma ideia semelhante e começou a organizar um serviço de propaganda. Sem querer concorrer com um programa muito mais ambicioso, mas no qual seus próprios esforços eram ignorados, o Conde acabou vendendo em Santos as sacas de café que já recebera dos fazendeiros e reembolsando-os.Entretanto, não desistiu de seus planos e, assim, embarcou em 1900 para a Europa. Nesse tempo, o café Santos era considerado o de pior qualidade no mercado europeu e o plano era reabilitar seu nome. Porém sua jornada acabou com a Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando o governo francês tomou o café que estava no Porto de Havre, obrigando o Conde a voltar para o Brasil. Foi por volta de 1900 que Ferrigno conheceu o Conde, envolvendo-se, por causa dele, num projeto inédito de criação de obras de arte destinadas a servir de propaganda a um produto comercial brasileiro. Convidado pelo Conde de Serra Negra, passou meses hospedado em sua fazenda Victória para pintá-la. Produziu uma série de dez quadros que mostram cenas da vida e dos costumes do interior. O Conde levou todas as obras à Europa, onde fizeram parte de inúmeras exposições do Café de São Paulo nas capitais europeias. Após a última mostra feita no Brasil, expondo mais de 64 telas, Ferrigno vendeu suas obras a diversos colecionadores, o que lhe rendeu dinheiro o suficiente para retornar à Itália. O pintor pode voltar para a família e conhecer seu filho, Rodolfo. Chegou em Gênova em 1905, passou um tempo em San Remo e em seguida voltou a Salerno. Em 1913, conseguiu uma cátedra de professor de desenho da Escola Técnica. Manteve a vida de artista viva, participou de várias mostras importantes da Itália e fez parte do grupo de pintores de Maiori. Em fevereiro de 1915, expôs suas obras com Luigi Paolillo, que retornara da Argentina, depois do grande sucesso obtido com as telas dedicadas à Terra do Fogo, que lhe haviam sido encomendadas pelo governo. Nos anos de 1920 e 1930, Ferrigno dedicou-se a pintar os jardins de Ravello, de Vietri e Salerno. Esses jardins coloridos transportam o espectador a uma atmosfera de sonho. Cores fortes se entrelaçam com um brilho e vivacidade intensos. Com os anos, conquistou significativo renome entre a burguesia de Salerno. Todavia, o grupo de pintores de Maiori e Minori, do qual fazia parte, foi diminuindo com a morte de alguns deles. Ferrigno inventou diversos projetos para que o grupo pudesse se manter unido, produzindo em conjunto. Em 1930, expôs em Túnis, com grande repercussão local. Em 1933, obteve o mesmo sucesso em uma exposição em Salerno, na qual festeja seus cinquenta anos de atividade artística. Continuou ativo por mais alguns anos, participando de todas as manifestações artísticas importantes de seu tempo, até o falecimento no dia 12 de dezembro de 1940, na mesma casa em Salerno onde morara por tantos anos. A linguagem do artista é refinada, principalmente após a convivência com mestres italianos como Giacomo De Chirico (Veneza, 1844 Nápoles, 1883). Adquire personalidade e valor iconográfico. Suas obras contem um sentimento peculiar do viajante moderno, com o olhar além das vistas, perceptível nas obras que reproduziu as costas de Amalfi, assim como outros pintores, tais como Scopetta, DAmato, Capone e Rocco. Foi um dos protagonistas da pintura de Salerno. Em Ferrigno, o desenho, a cor e a paisagem tornam-se elementos unificados de uma narrativa do tempo divididos pelo ritmo dos pensamentos e da imaginação. As emoções afloram em nuances tão autênticas quanto às praias da costa ou o azul do céu marinho. O pintor conjuga a arte fabuladora e imediata do tratamento instintivo, com os rastros de memória, transformando suas obras em trilhas da alma da peregrinação emotiva. Suas obras no Brasil eram carregadas de tons nostálgicos, pela pátria longínqua. A partir de 1910, já de volta a Itália, as telas eram iluminadas por cores fortes e intensas, relembrando as paisagens latino-americanas.

Peça

Visitas: 277

Tipo: Quadros

ANTONIO FERRIGNO (1863 1940). CAMPONESA SEGURANDO VASO COM MUDA DE ROSEIRA OSM ASSINADO EM DOIS LUGARES. LINDA OBRA DO ARTISTA QUE SE NOTABILIZOU POR RETRATAR A VIDA NO CAMPO NO BRASIL DA VIRADA DO SEC. XIX. NOTA: Antonio Ferrigno (Maiori, 22 de dezembro de 1863 Salerno, 12 de dezembro de 1940) foi um pintor italiano da Schoula de Maiori. Seu pai, Vincenzo trabalhava no campo e sua mãe, Maria Giuseppa Pisani, cuidava da casa dos filhos. O pintor tinha um irmão mais velho, que tornou-se pintor e decorador.Veio a São Paulo Brasil no ano de 1893, onde permaneceu até 1905. Ficou conhecido como o pintor do café, devido às telas que executou a convite do Conde da Serra Negra, Manuel Ernesto da Conceição. O cafeicultor o contratou para retratar sua fazenda, Victória, em Botucatu, no interior de São Paulo. Após o fato, durante sua estadia em São Paulo, fez diversas viagens em companhia do pintor Rosalbino Santoro, pelo interior do Estado. Ferrigno continuou a retratar produções cafeeiras, reproduzindo as etapas do plantio do café, como na série de quadros Fazenda Santa Gertrudes. Foi consultado por diversos produtores interessados em ter suas terras retratadas por ele. Teve outras telas importantes, como As Lavadeiras (1896) e A mulata quitandeira (1902). Antônio Ferrigno foi um dos muitos pintores do final do século XIX que viveram na Costa Amalfitana. Estudou pintura em Nápoles, com Giacomo Di Chirico (Veneza, 1844 Nápoles, 1883. Pintor italiano da elite de Nápoles), nascido em Lucca, que lecionava em Nápoles e passava temporadas em Maiori. Aos dezenove anos, ganhou uma bolsa de estudos em Salerno, dessa forma, pode matricular-se na Academia de Belas Artes de Nápoles. Ali, entre 1883 e 1885, frequentou o curso de escultura de Stanislao Lista (1824-1908). Em sua grade curricular, estavam inclusas aulas de desenho, que o auxiliaram a aprender a trabalhar com claros e escuros, além da pintura ao natural. Também praticou a pintura ao natural com Teofilo Patini (1840-1906), professor incutido de ideais sociais, comuns na região de Nápoles em 1880. Em 1884, foi premiado em pintura na Academia e participou das mostras da Promotrice Napolitana, da Academia de Belas Artes de Brera e da XXXI Mostra da Società Promotrice de Belle Arti de Genova. Os temas eram todos sociais, retratando pessoas idosas, tristes e solitárias.No mesmo período, entre 1884-1886, frequentou o curso do pintor Domenico Morelli (1826-1901), realizando cartões dos mosaicos para a fachada da catedral de Amalfi. Em 1893, Ferrigno resolveu viajar para o Brasil e embarcou com Luigi Paolillo (1864-1934), embora este tivesse indo à Argentina. Apesar de recém-casado e de um certo renome que já alcançara em Nápoles, o pintor viajou em busca de um outro lugar que lhe oferecesse a possibilidade de conseguir maior sucesso econômico e onde haviam paisagens interessantíssimas, segundo os relatos que recebia dos conterrâneos que já estavam no Brasil. Quando aqui chegou, fixou-se em São Paulo. Por aquela época, a cidade crescia e se modernizava, com a instalação da luz elétrica. Fazendeiros do interior construíam casas na capital. A vida artística se tornava mais intensa. Haviam bailes e saraus, e companhias de teatro e de ópera chegavam do Rio de Janeiro e da Europa. Foi o litoral que de início encantou o recém-chegado, que pintou pequenas baías com casebres e barcos, pescadores puxando redes praias pedregosas. E povoava essas paisagens com pessoas em movimento e nas mais diversas posturas, crianças procurando conchas ou pescando, senhoras com chapéus e guarda-sóis coloridos, equilibrando-se nas pedras por onde faziam seus passeios. O mar azul ao fundo e o sol por todos os lados, projetando sombras escuras, produziam efeitos alegres de luz e sombra. Também deteve em suas telas, a cidade, sendo hoje sua obra um dos mais importantes registros sobre a antiga São Paulo, caracterizando essas obras como pinturas históricas. Como gostava de pintar a água e os efeitos conseguidos por seus reflexos, escolheu sempre na paisagem urbana. Trechos com pontes como a velha Ponte Grande, olarias e portos de areia às margens do Rio Tietê, ou a Rua 25 de Março onde, na época, corria um riacho. A Rua 25 de Março teve várias versões nas telas do artista. Dessa paisagem urbana, ele fez um estudo, com certeza no local, em que captou só os elementos principais, completando-o depois em outras obras com quiosque, carroça e lavadeiras. O artista ainda hoje é admirado como o pintor do café por ter retratado as fazendas de orgulhosos proprietários que queriam fixá-las em telas para suas salas. Muitos artistas se dedicavam a essa tarefa. Entretanto, no caso de Ferrigno, a projeção que alcançariam essas obras seria distinta, graças ao convite que recebeu de um dos mais ricos cafeicultores paulistas, o Conde de Serra Negra, para pintar sua fazenda Victória. Nascido em Piracicaba em 1850, Manoel Ernesto da Conceição, Conde de Serra Negra, formara uma grande fazenda de café no município de Botucatu, florescente no último quartel do século XIX. Homem de grande atividade, ele abriria depois diversas outras fazendas ao longo da ferrovia do noroeste paulista. Em 1893 a lavoura de café vinha sofrendo diversas crises, devido principalmente à superprodução, a ponto de o governo sancionar uma lei limitando as plantações. Os fazendeiros, preocupados, procuravam formas de remediar essa situação. Foi nessas circunstâncias que, em 1898, o Conde de Serra Negra teve a ideia de fazer uma grande campanha de propaganda do café brasileiro na Europa, visando inclusive reverter a sua imagem negativa junto aos europeus. Com esse intuito, o conde chegou a fazer um acordo com outros 217 fazendeiros, que tinham se comprometido a enviar anualmente 1470 sacas de café à Europa, pelo espaço de três anos. Na mesma época, porém, a Sociedade Nacional de Agricultura teve uma ideia semelhante e começou a organizar um serviço de propaganda. Sem querer concorrer com um programa muito mais ambicioso, mas no qual seus próprios esforços eram ignorados, o Conde acabou vendendo em Santos as sacas de café que já recebera dos fazendeiros e reembolsando-os.Entretanto, não desistiu de seus planos e, assim, embarcou em 1900 para a Europa. Nesse tempo, o café Santos era considerado o de pior qualidade no mercado europeu e o plano era reabilitar seu nome. Porém sua jornada acabou com a Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando o governo francês tomou o café que estava no Porto de Havre, obrigando o Conde a voltar para o Brasil. Foi por volta de 1900 que Ferrigno conheceu o Conde, envolvendo-se, por causa dele, num projeto inédito de criação de obras de arte destinadas a servir de propaganda a um produto comercial brasileiro. Convidado pelo Conde de Serra Negra, passou meses hospedado em sua fazenda Victória para pintá-la. Produziu uma série de dez quadros que mostram cenas da vida e dos costumes do interior. O Conde levou todas as obras à Europa, onde fizeram parte de inúmeras exposições do Café de São Paulo nas capitais europeias. Após a última mostra feita no Brasil, expondo mais de 64 telas, Ferrigno vendeu suas obras a diversos colecionadores, o que lhe rendeu dinheiro o suficiente para retornar à Itália. O pintor pode voltar para a família e conhecer seu filho, Rodolfo. Chegou em Gênova em 1905, passou um tempo em San Remo e em seguida voltou a Salerno. Em 1913, conseguiu uma cátedra de professor de desenho da Escola Técnica. Manteve a vida de artista viva, participou de várias mostras importantes da Itália e fez parte do grupo de pintores de Maiori. Em fevereiro de 1915, expôs suas obras com Luigi Paolillo, que retornara da Argentina, depois do grande sucesso obtido com as telas dedicadas à Terra do Fogo, que lhe haviam sido encomendadas pelo governo. Nos anos de 1920 e 1930, Ferrigno dedicou-se a pintar os jardins de Ravello, de Vietri e Salerno. Esses jardins coloridos transportam o espectador a uma atmosfera de sonho. Cores fortes se entrelaçam com um brilho e vivacidade intensos. Com os anos, conquistou significativo renome entre a burguesia de Salerno. Todavia, o grupo de pintores de Maiori e Minori, do qual fazia parte, foi diminuindo com a morte de alguns deles. Ferrigno inventou diversos projetos para que o grupo pudesse se manter unido, produzindo em conjunto. Em 1930, expôs em Túnis, com grande repercussão local. Em 1933, obteve o mesmo sucesso em uma exposição em Salerno, na qual festeja seus cinquenta anos de atividade artística. Continuou ativo por mais alguns anos, participando de todas as manifestações artísticas importantes de seu tempo, até o falecimento no dia 12 de dezembro de 1940, na mesma casa em Salerno onde morara por tantos anos. A linguagem do artista é refinada, principalmente após a convivência com mestres italianos como Giacomo De Chirico (Veneza, 1844 Nápoles, 1883). Adquire personalidade e valor iconográfico. Suas obras contem um sentimento peculiar do viajante moderno, com o olhar além das vistas, perceptível nas obras que reproduziu as costas de Amalfi, assim como outros pintores, tais como Scopetta, DAmato, Capone e Rocco. Foi um dos protagonistas da pintura de Salerno. Em Ferrigno, o desenho, a cor e a paisagem tornam-se elementos unificados de uma narrativa do tempo divididos pelo ritmo dos pensamentos e da imaginação. As emoções afloram em nuances tão autênticas quanto às praias da costa ou o azul do céu marinho. O pintor conjuga a arte fabuladora e imediata do tratamento instintivo, com os rastros de memória, transformando suas obras em trilhas da alma da peregrinação emotiva. Suas obras no Brasil eram carregadas de tons nostálgicos, pela pátria longínqua. A partir de 1910, já de volta a Itália, as telas eram iluminadas por cores fortes e intensas, relembrando as paisagens latino-americanas.

Informações

Lance

Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada