Peças para o próximo leilão

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  • MAGNÍFICO PAR DE LINDOS CASTIÇAIS EM BRONZE ORMOLU ESTILO LOUIS XI. BSAE COM FLORES RELEVADAS E LAURÉU EM COROA. FUSTE COM FEITIO DE QUERUBINS QUE SUSTENTAM AS BOBECHES. FRANÇA, SEC. XIX. 32 CM DE ALTURA
  • NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO  BELISSIMA IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA COM COROA EM PRATA DE LEI. A VIRGEM E O MENINO TÊM EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. A ROBUSTA BASE TEM FEITIO DE ROLOS DE NUVENS COM TRÊS LINDOS TORSOS DE ANJOS ADORADORES DESTACANDO-SE NAS NUVENS. PORTUGAL, SEC. XIX. 45 CM DE ALTURA (CONSIDERANDO O TAMNHO DA COROA) E 35 CM SEM CONSIDAR O TAMANHO DA COROA.
  • SANTA BÁRBARA PROTETORA DOS ARTILHEIROS  RARISSIMA IMAGEM DE SANTA BÁRBARA REPRESENTADA COM ESPADA E INUSITADAMENTE SEGURANDO BALA DE CANHÃO NA MÃO ESQUERDA. A VIRGEM TEM BELISSIMA COROA DENOTANDO SUA CONDIÇÃO DE NOBREZA TERRENA. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. A ESCOLHA DE SANTA BÁRBARA COMO PADROEIRA DA ARTILHARIA OCORREU EM MEADOS DO SÉCULO XIV: ERA CRENÇA, NA ÉPOCA, QUE A VALOROSA MÁRTIR REGULAVA E MODERAVA A AÇÃO DOS RAIOS E DAS TORMENTAS, À SEMELHANÇA DOS ARTILHEIROS QUE REGULAM O MANEJO DOS CANHÕES E DOS OBUSES. TRATA-SE PROVAVELMENTE DE UMA IMAGEM PERTENCENTE ORIGINALMENTE A AGREMIAÇÃO MILITAR. UMA DEVOÇÃO RARA E DE GRANDE BELEZA! BRASIL, SEC. XVIII/XIX. 86 CM DE ALTURANOTA: Bárbara de Nicomédia foi uma virgem mártir no século III comemorada como santa cristã na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa. Em Portugal e no Brasil, tornou-se popular a devoção à Santa Bárbara, invocada como protetora por ocasião de tempestades, raios e trovões. Por ser filha única e com receio de deixar a filha no meio da sociedade corrupta daquele tempo, Dióscoro decidiu fechá-la numa torre. Quando o pai descobriu que sua filha havia se convertido ao cristianismo ele a denunciou ao governante da cidade que a condenou a morte. O próprio pai executou a sentença degolando-a. Quando a cabeça de Bárbara rolou pelo chão, um imenso trovão estrondou pelos ares fazendo tremer os céus. Um relâmpago flamejou pelos ares e atravessando o céu fez cair por terra o corpo sem vida de Dióscoro. Depois deste acontecimento contado nesta lenda, Santa Bárbara passou a ser conhecida como "protetora contra os relâmpagos e tempestades" e é considerada a Padroeira dos artilheiros, dos mineiros e de todos quantos trabalham com fogo.
  • GRANDIOSA CRUZ PROCESSIONAL SETECENTISTA EM PRATA DE LEI BATIDA, REPUXADA E CINZELADA. EXUBERANTES GUILLOCHES DECORAM TODO O CORPO DA CRUZ. PONTEIRAS ESTILO E ÉPOCA DOM JOSÉ I. DO CRISTO EMANA RESPLENDOR. MAGNIFICA EXECUÇÃO. MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 59 CM DE ALTURA
  • SÃO GERALDO  MAGELA  RICA IMAGEM REPRESENTANDO SÃO GERALDO MAGELA EM MADERIA POLICROMADA E DOURADA. O SANTO É REPRESENTADO SEGURANDO CRUZ E TENDO AOS PÉS UMA CAVEIRA SOBRE O EVANGELHO (MEMENTO MORE A LEMBRANÇA DE NOSSA MORTALIDADE). EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. VESTE O HÁBITO DOS REDONTORISTAS. BRASIL, SEC. XIX. 86 CM DE ALTURA.NOTA: São Gerardo Magela nasceu na cidade de Muro Lucano, sul da Itália, em 23 de abril de 1726. Era filho de Benedetta. Seu pai era alfaiate. Este faleceu quando Geraldo estava com apenas 14 anos. Por causa disso, sua família começou a passar por dificuldades extremas, caindo na pobreza. Para ajudar a família, ele começou a trabalhar numa alfaiataria. Porém, não era bem tratado pelo seu patrão. Depois de quatro anos trabalhando nessa situação, foi trabalhar para o bispo de Lacedônia e lá ficou durante três anos, até a morte do bispo. Em 1745, aos 19 anos, voltou para Muro e montou sua própria alfaiataria. O negócio prosperou, mas o que ele ganhava era dado para os pobres. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou encomendando missas em sufrágio das almas do purgatório. Desde muito jovem, ele se esforçou para entrar na Ordem dos Capuchinhos. Porém, não foi aceito devido sua fraca saúde. Foi aceito, porém, na Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Lá, foi sacristão, alfaiate, jardineiro, enfermeiro e porteiro. Em 1754 São Geraldo foi falsamente acusado de ter engravidado uma mulher que se chamava Néria Caggiano. Geraldo, porém, fez apenas uma oração e Néria se arrependeu. Então, ela se retratou e inocentou Geraldo. Foi por isso que o povo começou a associar de São Geraldo Magela à proteção das mulheres grávidas. São Geraldo também tinha o dom da bilocação, ou seja, pelo poder de Deus, tinha a capacidade de estar presente em dois lugares ao mesmo tempo. Ele ficou conhecido por causa dos seus dons supernaturais como profecias, visões e êxtases, quando, nesses momentos, podia-se ver seu corpo erguer-se do chão. Ele também tinha notável conhecimento e aprendia com facilidade. Embora não fosse padre, seus conselhos espirituais eram procurados pelos clérigos e comunidades de religiosas nas quais ele dava conferências. Obtinha grande sucesso em converter pecadores e ficou famoso pela sua santidade e caridade.Ainda em vida, São Geraldo ressuscitou um garoto que tinha caído de um rochedo; abençoou a fraca provisão de trigo de uma família e ela durou até a colheita seguinte; várias vezes multiplicou o pão que distribuía aos pobres. Certa vez ele andou sobre as águas para levar um barco de pescadores até a segurança da praia em meio a ondas tempestuosas."Amar a Deus; estar unido a Deus; fazer as coisas por amor a Deus; amar aos irmãos por amor a Deus; sofrer por Deus. Minha obrigação é fazer a vontade de Deus". São Geraldo escreveu essas palavras, resumindo o seu desejo de servir a Deus e aos irmãos, a pedido do seu diretor espiritual.São Geraldo podia ler a mente e a consciência das pessoas. Enviado a Nápoles, começou a receber muitas visitas de pessoas que desejavam vê-lo e ouvir seus conselhos. Segundo relatos, várias pessoas se converteram graças aos seus conselhos. Ele também curava doenças apenas com a sua benção e oração. Geraldo também contava às pessoas seus pecados secretos, os quais elas tinham vergonha de confessar, levando-as à penitência e ao perdão. São Geraldo Magela vivia em uma pequena cela do convento, com muita humildade. Seu último desejo foi que escrevessem uma frase na porta de sua cela, que dizia: "Aqui o desejo de Deus é feito como Deus quer, quando e enquanto quiser". Ele morreu em Caposele, na Itália, no dia 16 de outubro de 1755, vítima de uma tuberculose. Rapidamente seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres são creditados à sua intercessão.
  • GRANDE AMBULA EM PRATA DE LEI DESTINADA A GUARDA DOS VASOS DOS SANTOS ÓLEOS (CATECUMINOS, BATISMO, ENFERMOS). ESSA LINDA ÂMBULA  DO PERÍODO SETECENTISTA BRASILEIRO ASSEMELHA-SE MUITO A OUTRA SIMILAR PERTENCENTE AO ACERVO DA CATEDRAL METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO E REPRODUZIDA NO LIVRO O OFICIO DA PRATA NO BRASIL  - RIO DE JANEIRO POR HUMBERTO FRANCESCHI (PAG. 158) VIDE A IMAGEM DESSA PEÇA HISTÓRICA NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE. CONSTRUIDA EM PRATA BATIDA COM FEITIO CILÍNDRICO REMATADA POR TRÊS ANÉIS CONCÊNTRICOS ESSA PEÇA EM LEILÃO CONSERVA O SABOR DA MELHOR LAVRA DE OBJETOS LITÚRGICOS DO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO NOS ANOS 1700. O CONTENTOR DOS VASOS DE SANTOS ÓLEOS ASSIM COMO O RECIPIENTE QUE CONTÉM AS HÓSTIAS E AS FAZEM CHEGAR PELAS MÃOS DOS ACÍLITOS AOS FIÉIS, SÃO IGUALMENTE CHAMADOS DE ÂMBULAS, POIS TEM A MESMA FUNÇÃO DE PERAMBULAR ENTRE OS CRENTES PARA DESTINAR A CADA UM AS PÁRTICULAS SAGRADAS DAS SANTAS HÓSTIAS E OS SANTOS ÓLEOS PARA UNÇÃO. BRASIL, SEC. XVIII. 11 X 9,5 CM  450 G
  • SÃO GERALDO MAGELA - EX OSSIBUS - RICO RELICÁRIO EM PRATA DE LEI COM VERMEIL. DECORADO COM MAGNIFICAS PEDRARIAS. A RELÍQUIA ESTA LACRADA EM TECA COM CORDÕES  E SELO EPISCOPAL DE SIGILO EM CERA VERMELHA. BELÍSSIMO! 33 CM DE ALTURA
  • RARA AMBULA DE VIAGEM  EM PRATA DE LEI BATIDA E REPUXADA FINALIZADA EM VERMEIL. MAGNIFICO TRABALHO SETECENTISTA BRASILEIRO. CORPO LISO COM REQUINTADO FEITIO E TAMPA FINALIZADA COM CRUZ LATINA .BRASIL, PRIMEIRO QUARTEL DO SEC. XVIII. 18 CM DE ALTURA. NOTA: No Brasil setecentista e mesmo no século seguinte a pequena quantidade de clérigos para administrar as diversas povoações espalhadas pelo país com dimensões continentais levava muitos padres a viagens constantes a fazendas, pequenos povoados, vilas nascentes que ainda não dispunham de sacerdotes. Assim, era frequente a confecção de alfaias para viagem em que o sacerdote celebrava ofícios de casamento, batizados e comunhão de tempos em tempos.
  • RARA PALMATÓRIA EM PRATA DE LEI COM PORTA TOALHAS. PEGA DECORADA COM CABEÇA DE QUERUBIM. BRASIL, PRINCIPIO DO SEC. XIX. 35 CM DE COMPRIMENTO NOTA: O rito do batismo envolve a entrega simbólica da chama que representa a luz de Cristo. Para tanto as palmatórias de batismo tinham emprego na cerimonia, sempre com um longo cabo para pega, apresentavam os mais diferentes e requintados feitios. No momento do batizado, a madrinha segura a criança e o padrinho fica ao seu lado.. E, após o ritual, o padrinho entrega simbolicamente uma vela acesa à criança, dizendo: Recebe a luz de Cristo. Essa vela grande é o Círio Pascal, que simboliza Cristo, a luz do mundo.
  • ANTIGA NAVETA EM PRATA DE LEI BATIDA E REPUXADA. PEGA COM FEITIO DE ALÇA PERDIDA UNIDA POR GODRONS AO CORPO NAVICULAR. TAMPA BASCULANTE. BASE FINALIZADA EM PERORALADOS. MARCAS DE CONTRASTE EUROPÉIAS PROVAVELMENTE ESPANHOLAS. FINAL DO SEC. XVIII. 18 CM DE COMPRIMENTO. 440 G
  • BELISSIMO RELICÁRIO ALTAR PRESIDIDO PELAS IMAGENS DE SANTANA, SÃO JOSÉ E UM ANJO DA GUARDA. SOB O ALTAR 16 REÇÍQUIAS DE SANTOS SENDO: SÃO BENIGNO, SANTO ANTÔNIO, SANTAS RELÍQUIAS (VIDE EXPLICAÇÃO SOBRE AS SANTAS RELIQUIAS NAS NOTAS ABAIXO). SANTA TEREZA, SÃO LÁZARO, SANTA EUGÊNIA, SÃO BERNARDO CLARAVAL, SANTA VITÓRIA, SÃO FRANCISCO DE SALLES, SÃO VALERIO, SÃO VICENTE, SANTA MARGARIDA DE CHANTALL, SÃO CARLOS BORROMEU, SÃO FÉLIX, SANTA FILOMENA E SANTA LÚCIA. TODAS AS RELÍQUIAS SÃO APRESENTADAS COM SEUS NOMES E ACONDICIONADAS EM LOCO PRÓPRIO COM ARREMATES EM OURO. UM RELICARIO MAGNIFICO E COM MUITO SENTIDO DE FÉ. FRANÇA, SEC. XIX. 20 X 15 CMNOTA: Depois de ter celebrado o dia de todos os Santos, a festa das santas almas que entraram no céu, a Igreja honra hoje as santas relíquias de seus corpos, ficados na terra, até o momento da ressurreição gloriosa da qual são penhor para nós (Or.). Desde os primeiros tempos da Igreja, celebravam-se os Santos Mistérios nos túmulos dos Mártires nas Catacumbas, como prova de que esses Santos tinham misturado o seu sangue ao da Vitima do Calvário. (Ant. das Vesp.). Mais tarde, em Roma, construiu-se templos grandiosos, vastos relicários, abrigando a sepultura dos mártires celebres. Os restos dos que tinham assim confessado sua fé eram colocados sob o Altar mór ou Confissão das basílicas que lhes eram consagradas. Daí o uso da trasladação das relíquias dos Mártires que é uma das partes essenciais da cerimônia da Dedicação de uma igreja, como também o uso de colocar as relíquias dos santos Mártires em uma pequena cavidade da pedra do altar, chamada tumulo. É por este motivo que a Missa das santas Relíquias, datando do século XIX, é composta, assim como o oficio desse dia, em grande parte, de trechos tirados do Comum dos Mártires, e o Sacerdote se reveste de paramentos vermelhos. Assim como uma virtude sobrenatural saia de Jesus e curava os que dele se aproximavam (Evangelho), os Santos que gozam de Deus no céu (Grad., Com.) podem por suas relíquias (ossos (Intr.), cinzas, vestes ou outros objetos de seu uso) que ficaram na terra, operar maravilhas, diz a Oração, expulsar os demônios, curar os enfermos, dar vista aos cegos, purificar os leprosos, expelir as tentações e dar-nos todos os dons excelentes que descem do Pai das luzes (Lições do 2º Noturno das matinas).
  • NAVETA EM PRATA DE LEI BATIDA CINZELADA E REPUXADA. DECORADA EM ROCAILLE. ELEGANTE FEITIO CONCHEADO. BRASIL, SEC. XVIII/XIX. 13 CM DE ALTURA
  • MENINO JESUS TRIUNFANTE  PRECIOSO GRUPO ESCULTÓRICO EM PEDRA SABÃO REPRESENTANDO MENINO JESUS EM SUA ICONOGRAFIA TRIUNFANTE. O MENINO É REPRESENTADO SOBRE ROLO DE NUVENS, QUE SE PROLONGAM LATERALMENTE NA VERTICAL. DISPOSTOS PELO BLOCO DE NUVENS CINCO LINDOS TORÇOS DE ANJOS EMERGEM EM ADORAÇÃO. O MENINO SEGURA UMA VARA CRUCÍFERA SIMBOLIZANDO O PASTORADO E AO MESMO TEMPO ALUDINDO A SUA VITÓRIA SOBRE A MORTE. A MÃO ESQUERDA ESGUE-SE EM GESTO BENDIZENTE.  O CONJUNTO É ASSENTE SOBRE BASE ELEGANTE CONSTRUÍDA TAMBÉM EM PEDRA E ADORNADA COM VAZADOS, FLORES, PALMÁCEAS E GREGAS. A IMAGEM POR TODOS OS ASPECTOS DENOTA ERUDIÇÃO, QUER SEJA PELA QUALIDADE DA ESCULTURA, A BELEZA DOS TRAÇOS E OS ASPECTOS ICONOGRÁFICOS DA REPRESENTAÇÃO. CRUZ E RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 34 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR) COM O RESPLENDOR POSSUI 39 CM DE ALTURA. NOTA: Na representação do Menino Jesus Triunfante, Cristo geralmente aparece sobre globo do mundo e bloco de nuvens, repleto de querubins, podendo portar alguns atributos reais como coroa, ou cruz passional simbolizando sua vitória contra a morte. A explosão devocional ao Divino Infante se desenvolveu especialmente nos Mosteiros femininos e incentivou os artistas a trabalharem com as mais variadas tipologias de Menino Jesus. Cabe ressaltar que, em muitas representações, a indumentária servia para diferenciar os vários modelos iconográficos que foram surgindo, a exemplo daqueles em que se apresentam vestidos conforme a função litúrgica. Associadas as grandes visões místicas ou frutos da explosão devocional de mulheres no interior dos conventos, as imagens do Menino Jesus eram destinadas a pequenos altares ou oratórios de uso particular, expressando ao mesmo tempo, a fragilidade infantil do recém nascido e a força do Salvador do Mundo. Vemos hoje apenas uma pequena amostra da grande quantidade de imagens produzidas, relacionadas a infância de Jesus, cultuadas nesses espaço. No Convento da Encarnação das Descalças Reais, em Madri, encontramos um valioso acervo com as mais variadas iconografias relacionadas ao Menino Deus.
  • FORMIDÁVEL NAVETA EM PRATA DE LEI  BATIDA, REPUXADA E CINZELADA COM CONTRASTE P COROADO PARA A CIDADE DO PORTO SOBRE DUAS TORRES (O CONTRASTE DUAS TORRES  FOI APLICADO PARA REMARCAR PEÇAS MUITO ANTIGAS DO SEC. XVIII QUE NÃO TIVERAM MARCAS ORIGINALMENTE) . ELEMENTOS RELEVADOS COM FLORES, RAMAGENS  E PALMETAS. ANJOS ADORADORES NAS EXTREMIDADES. PORTUGAL, SEC. XVIII. 20 CM DE COMPRIMENTO.
  • BELISSIMO PELICANO LITÚRGICO TALHA BARROCA EM MADEIRA DO SEC. XVIII. O PELICANO É APRESENTADO ALIMENTANDO-SE DE CACHO DE UVAS. RESQUICIOS DE POLICROMIA, LINDA PÁTINA! OS ENTALHES SÃO EXCEPCIONAIS! FOI ADQUIRIDO DOS TRADICIONAIS ANTIQUARIOS MINEIROS SANDRA E MARCIO COM CERTIFICADO. MINAS GERAIS ,SEC. XVIII. 22 CM DE ALTURA, NOTA: O simbolismo do pelicano assenta-se sobre uma comovente lenda com origem na idade média, que afirma que o pelicano, quando não encontra alimento para sustentar sua prole, rasga seu próprio ventre para alimentá-la com seu sangue. O pelicano é uma ave de grande porte que vive nas regiões aquáticas em todos os continentes, possui bico avantajado e tem, no bico inferior uma bolsa onde acumula os peixes pescados. As fêmeas alimentam os filhotes despejando as reservas acumuladas na bolsa membranosa. Para esvaziá-la, comprime o peito com o bico, fato este, que deu origem a essa antiga lenda, onde o pelicano abre o próprio peito para dele extrair sua carne a fim de alimentar os filhotes , quando não encontra alimento. Simboliza, portanto, o amor com desprendimento. No simbolismo católico, o pelicano é Jesus Cristo dando seu sangue para a salvação da humanidade, ou alimentando o homem na eucaristia. Também é o símbolo da Redenção. As igrejas medievais a aceitaram em suas decorações, mais de um católico o adotou em suas armas e Henrique VIII chegou a mudar as armas do Arcebispo de Granmer por três pelicanos. No intuito de ajudar a guerra que os cruzados sustentavam na Terra Santa contra os muçulmanos, o Papa Inocêncio III ordenara que em todas as igrejas fossem colocados cofres, muitos feitos de troncos de árvores cavados, cujo objetivo seria recolher donativos dos fiéis, já que o clero medieval, embora detivessem suas mãos grande parte das riquezas da época, não se mostrava suficientemente generoso. Dessa forma, os construtores das catedrais medievais, tomaram o costume de colocar troncos ao lado das pias de água benta, para que os fiéis pudessem neles depositar o dinheiro da vida. E a fim de melhor inspirar o sentimento da caridade, estes artistas deram a esses troncos a forma do pelicano, como ainda pode ser visto em algumas catedrais européias. Nenhum outro símbolo podia melhor expressar o que se pretendia. Só o símbolo da abnegação da ave que se sacrifica a si mesma para alimentar a sua prole, podia representar aquele que se priva de seus haveres em benefício dos pobres. (http://guiapelicano.com.br/maconaria/?p=26)
  • PRATA DE LEI 10 DINHEIROS - ROBUSTA NAVETA DE MAGNIFICA EXECUÇÃO EM PRATA DE LEI BATIDA, REPUXADA E CINZELADA COM MARCAS PARA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (DEZ DINHEIROS) E PRATEIRO MANUEL TEODORO XAVIER ATIVO EM 1837 (MOITINHO PAG. 383). IMPRESSIONANTE PELO PESO, QUALIDADE E BELEZA! REMATADA EM FLORES  E ROCAILLES RELEVADSA. EM CADA EXTREMIDADE ANJOS ADORADORES EM RELEVO. BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 17 CM DE ALTURA. 640 G
  • F. DELAR  UT NON CONFUNDAR  SANTA CECÍLIA  OLEO SOBRE CANVAS DATADA DE 1835 FEITA  SEGUNDO OBRA DE GIOVANNI FRANCESCO ROMANELLI  (1610-1662) GUARDADA NO MUSEU NACIONAL DE CAPODIMONTE. A OBRA REFERENCIA DO MUSEU ESTÁ ERRONEAMENTE TITULADA SIBILA. A FAIXA QUE A SANTA SEGURA NA REPRESENTAÇÃO COM A INSCRIÇÃO UT NON CONFUNDAR REFERE-SE AOS ACONTECIMENTOS DE CECÍLIA, QUE DURANTE A NOITE COM VALERIANO, NÃO PARAVA DE CANTAR EM SEU CORAÇÃO 'FIAT COR MEUM IMMACULATUM, NON CONFUNDAR' (SEJA MEU CORAÇÃO PURO PARA NÃO FICAR CONFUSO). EXISTEM OUTRAS CÓPIAS ANÔNIMAS DESTA OBRA DE BARI E ALTAMURA QUE DATAM DO SÉCULO XVII, MAS ESTA É A MAIS REFINADA GRAÇAS À DELICADA CONFECÇÃO DO ROSTO, QUE REMETE AO CENÁRIO CLASSICISTA E CARTUNESCO.  ITÁLIA, 1835. 123 X 96 CM (COM A MOLDURA) SEM CONSIDERAR A MOLDURA 103 X 77 CM  NOTA: Cecília nasceu no principio do sec. III de uma antiga e ilustre família da nobreza romana, Gens Ceccilia, famosa já no seculo V antes de Cristo. As noticias relativas a historia desta Santa apresentam-nos como uma virgem amante de Jesus e da virtude, que assistia todos os dias as missas rezadas pelo papa Urbano nas catacumbas da via Ápia, onde procurou o Santo Pontífice e lhe confessou como desde criança se havia consagrado a Jesus Cristo e lhe suplicou que aceitasse seu voto de castidade. Praticava amor a Deus e ao próximo especialmente aos pobres, que são a imagem de Jesus. Respeitava servos e escravos, acolhia benignamente os mendigos e oferecia-lhes juntamente com a esmola uma palavra de conforto para mitigar os seus sofrimentos.
  • DOM PEDRO I (EM NOSSA OPINIÃO ERRONEAMENTE ATRIBUIDO A DOM JOÃO VI) SERVIÇO ESPÍNHA DE PEIXE  PRATO EM PORCELANA FRANCESA DO INICIO DO SEC. XIX COMERCIALIZADO PELA CASA COMERCIAL WALLERSTEIN. UMA SEGUNDO JENNY DREIFFUS NA PAG 176 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL HÁ UMA TRAVESSA  NO ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO NACIONAL QUE TRAZ O CARIMBO DO IMPORTADOR DO RIO DE JANEIRO  WALLERSTEIN & CIE FORNECEDOR DO SERVIÇO DE GALA DO IMPERADOR, ADQUIRIDO MAIS OU MENOS NA MESMA ÉPOCA. BERNARDO WALLERTEIN ESTABELECEU-SE NO RIO DE JANEIRO EM 1828 TORNANDO-SE FORNECEDOR DA CASA IMPERIAL BRASILEIRA. HÁ ESSA ALTURA O BRASIL JÁ ERA INDEPENDENTE E DOM JOÃO VI JÁ TINHA DEIXADO O PAÍS A UMA DÉCADA PORTANTO ESSE É CERTAMENTE UM SERVIÇO IMPERIAL DE DOM PEDRO I ADQUIRIDO JÁ NO FINAL DA DECADA DE 1820 QUANDO HAVIA ARRANJOS PARA UM NOVO CASAMENTO DO IMPERADOR APÓS O FALECIMENTO DA IMPERATRIZ LEOPOLDINA.. ABA TEM DECORAÇÃO ROUGE DE FEUR ENTRE FRISOS EM OURO COM GUIRLANDA GEOMÉTRICA FORMANDO DESENHO ASSEMELHADO A UMA ESPINHA DE PEIXE DE ONDE SURGIU O EPITETO DO APARELHO. A CALDEIRA TEM LINDO LAURÉU QUE EMOLDURA EXUBERANTE ARRANJO FLORAL. REPRODUZIDO NAS PAGNAS 175 E 176 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA DO BRASIL POR JENNY DREIFFUS. INICIO DO SEC. XIX. 24 CM DE DIAMETRONOTA: BERNARDO WALLERTEIN SOB O NOME DE WALLERSTEIN & CIA, ESTABELECEU-SE DURANTE O PRIMEIRO IMPÉRIO APÓS DESVINCULAR-SE DA P SAISSET & CIA COM QUEM TINHA SOCIEDADE. AINDA NA DÉCADA DE 1840, MUDOU SUA RAZÃO SOCIAL PARA B. WALLERSTEIN E M. MASSET
  • DOM JOÃO VI  SERVIÇO DE NAST  O PRATO DESSE SERVIÇO REPRODUZIDO POR JENNY DREIFFUS NO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA DO BRASIL NA PAGINA 181 É O MESMO OFERTADO  AGORA NO LEILÃO. PRATO EM PORCELANA DE PARIS , DA MANUFATURA DA RUE POPPINCOUTT DE JEAN NEPOMUCENE-HERMANN NAST. LINDO PRATO EM PORCELANA COM ABA DELIMITADA POR FRISOS EM OURO E RESERVA NA CALDEIRA COM LINDO PÁSSARO SOBRE RAMAGEM. PERTENCEU AO SERVIÇO DE DOM JOÃO VI UTILIZADO NO BRASIL. FRANÇA, SEC. XIX. 23,5 CM DE DIAMETRONOTA: De acordo com Leila Mezan Algranti, em seu artigo: Em torno da mesa do rei: artefatos, convivialidade e celebração no Rio de Janeiro joanino, em 26 de abril de 1821, após doze anos de estadia no Rio de Janeiro, iniciava-se a viagem de regresso de D. João VI a Portugal a fim de, mais uma vez, preservar sua Coroa e domínios. Para a autora, a partida da Corte foi precedida de muitas indecisões políticas e de intensos preparativos de ordem prática, da mesma forma como acontecera ao viajar para o Brasil, em 1807. Naquela ocasião, em meio aos riscos de invasão do Exército napoleônico, foi necessário acomodar nas embarcações não só os ilustres passageiros, mas também um conjunto imenso e variado de coisas destinadas ao uso particular de seus proprietários, bem como da Casa Real.Um conjunto de peças de prata, roupas de mesa e artigos de copa, recém-chegados do Rio de Janeiro, viajou para Lisboa sob a incumbência de Joze de Britto, fiel da mantearia do rei, e foi entregue no pátio das cozinhas do Palácio da Ajuda a Joze Caetano Trigo, também funcionário do mesmo departamento da Casa Real, o qual realizou o registro das peças e o assinou por ordem de João Lourenço de Andrade que, por sua vez, recebeu todo o material em nome de Caetano Joze de Campos e Andrade Pinto, manteeiro da Casa Real, naquele momento. O título do registro Inventário da Prata, Roupa e mais trem pertencente à Mantearia de Sua Majestade que veio do Ryo de Janeiro indica claramente que, ao retornar do Rio de Janeiro, D. João VI fez embarcar objetos de prata, os quais constituíam parte ou a totalidade de um serviço de mesa. Entretando deixou no país quase todos os serviços de porcelana adquiridos para seu uso aqui ou trasladados de Portugal quando de sua fuga. O conjunto poderia conter elementos da famosa baixela Germain, assim denominada por ter sido encomendada a François Germain por D. José I, em 1756, após o terremoto ter destruído a baixela de D. João V, fabricada pelo ourives de Luís XIV (Thomas Germain) e pai do prateiro de D. José. A suposição de que poderia haver peças da baixela Germain de D. José I entre os artefatos registrados no inventário advém do fato de que há informações sobre seu transporte para o Brasil, bem como estudos referentes à divisão da mesma entre D. João VI e D. Pedro I, antes do retorno do monarca a Portugal. Os bens que permaneceram no Brasil, por sua vez, teriam sido gravados com as insígnias imperiais e o monograma P1º. De acordo com Leonor d'Orey, considerando-se o que atualmente se encontra preservado desta baixela em Portugal, o lote do imperador do Brasil era menor, embora incluísse várias peças muito prestigiosas, as quais se encontram dispersas em coleções particulares e de museus estrangeiros, vendidas após a deposição de D. Pedro II. Sabe-se igualmente que entre a prataria de mesa de grande aparato pertencente à Casa Real havia peças da baixela dos duques de Aveiro, confiscada pela Coroa, após o atentado a D. José em 1759,15 assim como peças denominadas avulsas. Por outro lado, as baixelas para D. Pedro I foram encomendadas às famosas casas francesas, embora a técnica dos ourives radicados no Brasil fosse excelente, como apontou Francisco Marques dos Santos. Segundo o mesmo autor, muitas dessas peças emigraram, mas algumas voltaram. Havia, portanto, na corte no Rio de Janeiro, mais de um serviço de mesa em prata, sendo que um conjunto significativo dessas peças atravessou o Atlântico pelo menos duas vezes, a exemplo do que se sucedeu com a Família Real. Além disso, vários desses objetos foram possivelmente fabricados na França e na Inglaterra, uma vez que os prateiros portugueses nem sempre eram considerados, na época, suficientemente habilidosos para agradar o sofisticado gosto da alta nobreza portuguesa, consumidora de produtos de luxo importados não só de outros países da Europa, como do Oriente. Embora, como apontou Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, houvesse prateiros de renome em Portugal, fabricando artefatos de mesa e mesmo baixelas completas, cuja qualidade do trabalho atingiu durante o século das Luzes um dos seus momentos mais importantes. De qualquer modo, a mesa da Casa Real e aquelas de outros membros das elites europeias e luso-brasileiras eram há muito tempo aparamentadas com artefatos de prata estrangeiros, bem como com porcelanas e vidros chineses, germânicos e franceses. Como bem apontou Nuno Vassallo e Silva, em seu estudo sobre a ourivesaria da mantearia da Casa de Aveiro, não é possível refletir sobre as baixelas de prata ou de porcelana usadas na mesa real sem levar em conta a conexão dessa indústria com as manufaturas europeias e orientais. Assim, é possível dizer que os objetos de luxo destinados ao serviço de mesa da Corte joanina, no Rio de Janeiro, resultavam de um circuito comercial e de comunicação que interligava diferentes impérios coloniais (português, inglês, francês), os quais se estendiam por três continentes: Europa, Ásia e América. No caso dos artefatos de prata que nos interessam comentar neste estudo, é provável que a matéria-prima utilizada fosse originária da América espanhola, tendo retornado ao mesmo continente após ter sido trabalhada por habilidosos artesãos franceses para uso e ostentação dos monarcas portugueses. Por outro lado, tais objetos indicam um movimento mais amplo de evolução do gosto e da maneira de viver dos membros da aristocracia europeia, que remonta ao final do século XVII, cuja etiqueta de mesa foi fixada na corte de Luís XIV. Como assinalou Marco Daniel Duarte, a alta sociedade quando se sentava à mesa se quer aprisionar por regras de etiqueta rígida. Mesmo levando-se em conta que no final do século XVIII Portugal acompanhava o restante da Europa, adotando nos banquetes reais a porcelana das índias e francesa como alternativas às baixelas de prata, conforme esclareceu Cristina Neiva, a prataria de mesa continuava a representar a riqueza e o poder das famílias reais, haja vista não só a encomenda de D. José I a François Germain, cuja baixela foi produzida ao longo da segunda metade do século XVIII, como também o fato de esta ter sido dividida entre o monarca e seu primogênito, antes da partida de D. João VI para a Europa. Sinal de que as mesas dos reis não poderiam prescindir dos objetos de prata em algumas situações. Observa-se de imediato na lista de bens que chegaram do Rio de Janeiro que os objetos destinados à copa eram de cobre ou de bronze, enquanto os de mesa eram em prata. Um dado indicativo da separação dos dois espaços tanto em termos de funções destinadas à alimentação como de simbologia e hierarquia dos objetos no ambiente doméstico. Estes atestam algumas tarefas desempenhadas no espaço, como a preparação das frutas e dos doces, bem como de clarear o sal, fazer e distribuir o pão e as saladas, além de confeccionar e realizar as obras de decoração. A copa oferecia ainda suporte ao serviço de mesa. Na lista analisada, há diferentes tipos de objetos, como, por exemplo, cafeteiras de cobre com e sem torneiras, além de chocolateiras e chaleiras do mesmo material, assim como tachos, escumadeiras, frigideira de ferro para torrar café, caixas para conduzir a prata e as iguarias, tabuleiros sortidos, gral de pedra e bancos para arear facas. A qualidade e, especialmente, a quantidade dos objetos nos permitem pensar que estes poderiam ser utilizados em uma mesa servida à francesa forma ainda predominante no período joanino , na qual os alimentos eram oferecidos em duas ou três mesas sucessivas cobertas com travessas de alimentos de vários tipos. Daí denominarem-se primeira, segunda e terceira cobertas ou serviços. A última coberta era de doces e de frutas, como indicam os livros de receitas do período e os protocolos a serem seguidos nos banquetes oficiais. O serviço de mesa à francesa necessitava de um grande número de objetos do mesmo tipo, não só para dispor simultaneamente os vários alimentos de uma coberta, como para promover rapidamente a reposição das iguarias nas sucessivas mesas ou cobertas. Os serviços em porcelana são divididos entre as porcelanas de encomenda da China (cia das índias): Galos , Pavões, Corças, Correios, Pastores, das Rosas, Vista Grande e Vista Pequena. Há também registro dos Europeus: Reino Unido e Camaristas, em porcelana francesa, Espinha de peixe e os chamados 'de barra bordeaux' , 'sépia e verde' e "de barra rosa"chamado Pingo de Ouro, em porcelana possivelmente também francesa, o de "Wedgwood" e o conhecido também como "das Rosas", em porcelana inglesa.
  • MARFIM DE GOA NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO - LINDA IMAGEM EM MARFIM DE VERTENTE INDO PORTUGUESA POLICROMADO E DOURADO. MAJESTOSA REPRESENTAÇÃO DA VIRGEM NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO EM MARFIM. LINDOS OLHOS ACHINEZADOS, EXPRESSIVA FACE E BELOS CABELOSQUE LHE CAEM EM CASCATA SOBRE OS OMBROS. A IMAGEM POSSUI BELA PEANHA EM MADEIRA DOURADA ESTILO DOM JOÃO V. O PANEJAMENTO É MAGNIFICO! A VIRGEM É REPRESENTADA COM AS MÃOS CRUZADAS SOBRE O PEITO ATRIBUTO DA VIRGEM DA ENCARNAÇÃO. PEÇA DIGNA DE MUSEU! GOA, POSSESSÃO PORTUGUESA NA INDIA, 22 CM DE ALTURA   NOTA: A presença portuguesa na Índia, como observado por grande parte dos historiadores, teve dois principais mecanismos propulsores: o comércio e a conversão das almas. Os portugueses haviam chegado à Índia a procura de cristãos. A tradição atribui a chegada de São Tomás o Apóstolo Tomé em 52 d.C., a Kodungallur, onde teria fundado a Igreja Síria do Malabar e iniciado a conversão de famílias judias e brâmanes proeminentes. Fontes escritas narram que Vasco da Gama e sua tripulação, ao chegar a Calicute no século XVI, visitaram templos hindus que pensavam ser igrejas cristãs e, em alguns casos, teriam confundido as imagens de divindades hindus, ali consagradas com as de Nossa Senhora. No início do século XVI, a presença e a intensidade das artes hindu e muçulmana eram muito visíveis, materializando a força das culturas da civilização preexistente. A arte indo portuguesa surgiu da necessidade da superação daexpressão arquitetônica e artística dos templos hindus. A eficácia da ação evangelizadora tornava imperativa a construção e ornamentação das igrejas católicas com uma suntuosidade não inferior à dos templos hindus e das mesquitas muçulmanas capazes de competirem com o esplendor artístico que os portugueses encontraram na Índia, particularmente em Goa. Nesse sentido, a monumentalização das igrejas e da talha sacra em seus interiores eram uma resposta direta ao caráter exuberante da arte e arquitetura encontradas no universo indiano. Algo invariavelmente viabilizado pelo uso de artífices locais, exímios herdeiros da tradição milenar da escultura em madeira e em marfim. Na Índia a Igreja viu-se na contingência de se adaptar ao contexto local aceitando, ou, pelo menos, tolerando o hibridismo artístico daí resultanteuma miscigenação artística, uma fusão dos léxicos europeu e oriental. Com o passar do tempo, houve um distanciamento dos modelos europeus, acompanhado de um aumento de traços autóctones e a inserção de motivos tipicamente indianos, por vezes paradoxais, como os nâga e as nâginî divindades-serpente aquáticas associadas à fertilidade e extremamente populares em todo o subcontinente, possivelmente associadas a cultos pré-védicos e que na gramática indo-portuguesa aparecem geralmente representadas frontalmente, em pé e com as caudas bifurcadas e entrelaçadas. A conversão dos gentios previa também a oferenda, por parte dos missionários, de pequenas peças simbólicas que lhes materializavam a nova doutrina e lhes incutiam a Fé. Assim, na imaginária desenvolveu-se uma grande diversidade de soluções formais, presentes nas pequenas imagens devocionais, nos presépios, nos oratórios e nos Calvários de Pousar. Entretanto, é nas imagens do Bom Pastor que ficaram mais bem caracterizados os mecanismos discursivos a operar na imagética indo-portuguesa. Essa iconografia singular desenvolveu-se, na maioria dos casos, sobre um suporte tipicamente local o marfim, com ou sem policromia e douramento. Nas imagens em geral, a presença de elementos de origem budista (greco-búdica), como, por exemplo: o estilo do cabelo, a postura corporal, a posição do braço e da mão direita, os olhos semicerrados, a expressão calma e o sorriso hermético de concentração expectante são extraídos das representações orientais da Primeira Meditação do Buda. Nas imagens de Nossa Senhora os longos cabelos representandos com ondulações são uma marca registrada. As imagens indo portuguesas produzidas em Goa atingiram o máximo da perfeição plástica com nível de trabalho europeu. Entretanto percebe-se influência dos parâmetros e cultura local nas feições das imagens. Assim, pode-se perceber por exemplo a presença de olhos amendoados, feições orientais, cabelos sinuosos e tipificação com divindades hindus (assim o Menino Bom Pastor apresenta semelhança com imagens de buda meditando). A produção dessas imagens começou no sec. XVI e ganhou no séc. XVII um grande impulso. São extremamente bonitas e colecionáveis.

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