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  • GUSTAVE BOULANGER (1824-1888)  ESCRAVOS Á VENDA NO MERCADO ROMANO. OSM. ASSINADO CANTO SUPERIOR ESQUERDO. OBRA ORIENTALISTA DESSE IMPORTANTE ARTISTA DO SEC. XIX QUE IMORTALIZOU SUA OBRA NO FOYER DE LA DANSE NA  ÓPERA GARNIER EM PARIS (1875) E COM UMA ENORME PINTURA DE TETO CHAMADA ALEGORIA DA MÚSICA NO ALTO DO PALCO DA ÓPERA DE MONTE CARLO (1879). ESTÃO REPRESENTADOS UMA ESCRAVA BRANCA EM POSIÇÃO SENSUAL, APRESENTANDO-SE SEMINUA RECOSTADA A PAREDE. CINGI TABULETA PRESA AO PESCOÇO ONDE ESTÃO DESCRITAS SUAS VIRTUDES PARA VENDA. AO LADO DA ESCRAVA ESTÁ SENTADO O TRAFICANTE QUE A VENDE, UM BEDUÍNO NEGRO. O CORPO DA MULHER BRANCA É APRESENTADOS DE FORMA MUITO SENSUAL E VOLUPTUOSA, SERIA MAIS FANTASIA ORIENTALISTA E COMPLACENTE DO QUE DENÚNCIA A SITUAÇÃO DE ESCRAVIDÃO, APESAR DA FIGURA PROPOSITALMENTE RIDICULARIZADA DO TRAFICANTE DE ESCRAVOS ACOCORADO AO SEU LADO. EM OUTRAS OBRAS, BOULANGER TAMBÉM TEVE PRAZER EM ENCENAR O CONTRASTE DA COR DOS CORPOS, BEM COMO EM ENFATIZAR A NUDEZ E A SENSUALIDADE FEMININA. BOULANGER TRABALHOU EM 1855 PARA O PRÍNCIPE NAPOLEÃO DECORANDO SEU PALÁCIO INSPIRADO NAS VILLAS DE POMPÉIA, ESPECIALMENTE NA VILLA DE DIOMEDES. SEGUNDO A OPINIÃO DO PRÓPRIO ARTISTA SÃO SUAS OBRAS MAIS BONITAS, O PALÁCIO FOI INAUGURADO COM A PRESENÇA DO IMPERADOR E DA IMPERATRIZ DA FRANÇA.  BELAMENTE EMOLDURADA COM ARREMATE EM OURO BRUNIDO. VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE UMA FOTOGRAFIA DE BOULANGER TRABALHANDO EM SEU ATELIER EM PARIS. FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. 38 X 26 CM  ( CONSIDERARANDO O TAMANHO DA MOLDURA)NOTA: Gustave Clarence Rodolphe Boulanger (25 de abril de 1824 - 22 de setembro de 1888) foi um pintor figurativo francês , artista acadêmico e professor conhecido por seus temas clássicos e orientalistas . Boulanger nasceu em Paris em 1824. Ele nunca conheceu seu pai e, quando a morte de sua mãe o deixou órfão aos quatorze anos, ele ficou sob a tutela de seu tio, Constant Desbrosses,  que em 1840 o enviou para  primeiro sob o pintor histórico Pierre-Jules Jollivet e depois no ateliê de Paul Delaroche , onde Boulanger conheceu e fez amizade com seu colega Jean-Léon Gérôme .Boulanger era casado com uma das atrizes mais famosas da França, Zaire-Nathalie Martel, conhecida por todos como Mademoiselle Nathalie . Ela continua sendo uma lenda nos anais da Comédie-Française , principalmente por sua briga com a muito mais jovem Sarah Bernhardt. Em uma cerimônia em homenagem ao aniversário de Molière em 15 de janeiro de 1863, a irmã mais nova de Bernhardt, Regina, pisou na cauda do vestido de Mademoiselle Nathalie. Mademoiselle Nathalie empurrou Regina para fora do vestido, fazendo com que a garota batesse em uma coluna de pedra e cortasse a testa. Bernhardt deu um passo à frente e deu um tapa tão forte em Mademoiselle Nathalie que a atriz mais velha caiu sobre outro ator. Quando Bernhardt se recusou a se desculpar, ela foi forçada a deixar a Comédie-Française. Mademoiselle Nathalie morreu três anos antes de Boulanger, em 1885. Ele doou seu retrato dela, pintado em 1867, à Comédie-Française. Em 1845, Boulanger foi enviado por seu tio à Argélia para cuidar dos negócios de Desbrosses ali. Boulanger ficou fascinado com tudo o que viu, e o que foi planejado como uma estada de dois meses passou para oito, até que Desbrosses ameaçou cortar seus fundos. Boulanger trouxe de volta um grande número de esboços que usou para suas primeiras pinturas orientalistas. (Esta foi a primeira de pelo menos três viagens ao norte da África. Em 1848 e 1849, ele compartilhou a vida comunitária e os aposentos de trabalho com outros artistas do movimento Néo-Grec no Chalet, 27 rue de Fleurus.  Boulanger voltou seus esforços para ganhar o Prix de Rome, e com ele, uma bolsa de estudos para a Académie de France à Rome . Em 1848, obteve o segundo lugar com Saint Pierre chez Marie , e no ano seguinte ganhou o Grande Prêmio com Ulysse reconnu par Euryclée e partiu para Roma, onde permaneceria até 1855. Sua educação e pesquisa incluíram estudo nas escavações de Pompéia . Ele também viajou para a Grécia.  Faleceu em Paris em 1888.
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES travessa  em porcelana com esmaltes do reinado Qianlong (1711-1799). Feitio  oval Pertenceu ao serviço do Rei Dom João VI. China, meados do sec. XVIII. 28 cm de comprimentoNOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou, em suas últimas fornadas, redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Além de pratos de vários tamanhos, foram confeccionadas sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras, wine-coolers e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como viajante, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo. Com o fim do Império em 1890, foram realizados diversos leilões pelo leiloeiro Joaquim Dias dos Santos, no Rio de Janeiro, mas seus registros foram logo depois perdidos num incêndio ocorrido pouco depois na loja do leiloeiro.
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES excepcional prato raso em porcelana com esmaltes do reinado Qianlong (1711-1799). Feitio oitavado (primeira leva de encomenda). Pertenceu ao serviço do Rei Dom João VI. China, meados do sec. XVIII. 22 cm de diâmetro.NOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou, em suas últimas fornadas, redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Além de pratos de vários tamanhos, foram confeccionadas sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras, wine-coolers e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como viajante, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo. Com o fim do Império em 1890, foram realizados diversos leilões pelo leiloeiro Joaquim Dias dos Santos, no Rio de Janeiro, mas seus registros foram logo depois perdidos num incêndio ocorrido pouco depois na loja do leiloeiro.
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES excepcional prato fundo porcelana com esmaltes do reinado Qianlong (1711-1799). Feitio oitavado (primeira leva de encomenda). Pertenceu ao serviço do Rei Dom João VI. China, meados do sec. XVIII. 21,5 cm de diâmetro.NOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou, em suas últimas fornadas, redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Além de pratos de vários tamanhos, foram confeccionadas sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras, wine-coolers e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como viajante, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo. Com o fim do Império em 1890, foram realizados diversos leilões pelo leiloeiro Joaquim Dias dos Santos, no Rio de Janeiro, mas seus registros foram logo depois perdidos num incêndio ocorrido pouco depois na loja do leiloeiro.
  • BERIMBAU  OST - ANTONIO FERRIGNO.(1863-1940) LINDA OBRA DO FINAL DO SEC. XIX REPRESENTANDO EX ESCRAVO DA FAZENDA SANTA GERTRUDES NO INTERIOR DA CAPELA DA FAZENDA SEGURANDO BERIMBAU. O PERSONAGEM FOI ESCRAVO DO BARÃO DE SÃO JOÃO DO RIO CLARO, DO MARQUÊS DE TRÊS RIOS E APÓS A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL PERMANECEU NA FAZENDA VIVENDO SOB OS CUIDADOS DO CONDE EDUARDO PRATES ATÉ O FIM DE SEUS DIAS. NOTE QUE O CONFESSIONARIO ATRÁS DO PERSONAGEM É O MESMO OFERTADO NO PROXIMO LOTE. VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE FOTOGRAFIA DO CONDE GUILHERME PRATES COM OS DOIS ÚLTIMOS EX ESCRAVOS VIVOS DA FAZENDA NA DÉCADA DE 1940.  FINAL DO  SEC. XIX OU INICIO DO XX. 54 X 38 CM    NOTA: Em 1897, Francisco Tommaso Ferrara assumiu as obras para o engrandecimento da Capela, transformada em Igreja vinculada por outorga Papal a Basílica de São João Laterano de Roma, com os mesmos privilégios e indulgências concedidas por S.S. o Papa Leão XIII. Suas arcadas das portas e janelas, altar mor e torre tem caraterísticas arquitetônicas goticisantes.   . No frontispício das grandes portas de entrada  projeta-se um enorme coronel de Conde sobre as inicias EP (Eduardo Prates) entrelaçadas (marca de pertença do Conde de Prates utilizada desde a obtenção do título nobiliárquico papal). O interior do templo é magnificamente guarnecido com vitrais de CONRADO SORGENICHT e pinturas decorativas com marmorizados também produzidas por esse brilhante artista. Finalmente o teto foi magnificamente decorado pelo pintor ANTÔNIO FERRIGNO (1863-1940). Na mesma época Ferrigno imortalizou em seis grandes telas as atividades da produção e beneficiamento do café na Fazenda Santa Gertrudes. As obras FLORADA, COLHEIRA, LAVADOURO, O TERREIRO, BENEFÍCIO e  EXPEDIÇÃO DO CAFÉ, estiveram na representação brasileira da EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE SAINT LOUIS nos EUA  em 1903 e de lá  retornaram para exposição em São Paulo quando alcançaram significativo sucesso de crítica e de público. Hoje estas obras de arte podem ser admiradas com destaque  em uma ala do  MUSEU DO IPIRANGA.Na Fazenda Santa Gertrudes, desde o início os padres que a serviram, pertenciam às ordens religiosas italianas: Scalabrinos e posteriormente Stigmatinos. Como em toda a zona da cafeicultura, o sacerdote não residia na Fazenda, mas sua presença era constante. Ao contrário do que era comum, aqui suas funções eram ambivalentes, de um lado, cuidava de assegurar a assistência espiritual dos trabalhadores católicos, e em sua maioria imigrantes italianos, o que era totalmente exequível, em virtude da identidade de origem. Imaginemos o quanto era importante para o imigrante italiano trabalhar numa Fazenda cuja Capela lhe dava as mesmas regalias das grandes Igrejas da terra natal e ainda ser atendido espiritualmente por padres de sua nacionalidade. De outra parte, o patrão, Conde Papal, na medida em que era atendido por padres vindos diretamente da Itália, estava sendo atendido à altura de seu status. Porém, o mais importante era que ao cuidar do trabalhador, em especial italiano, o sacerdote servia como um elemento tendente a garantir a fixação desse trabalhador na fazenda.
  • CONDE EDUARDO PRATES - CAPELA DE SANTA GERTRUDES. CONFESSIONÁRIO EM MADEIRA DE LEI DE ESTILO GÓTICO DA CAPELA DE SANTA GERTRUDES, ORAGO DA  FAZENDA SANTA GERTRUDES. GUARNECEU A CAPELA DESDE O FINAL DO SEC. XIX. É O MESMO REPRESENTADO AO FUNDO DA TELA DO LOTE ANTERIOR QUE FOI PINTADA NESSE TEMPLO POR FERRIGNO. BELO E HISTÓRICO. 254 X 145 X 110 CM
  • RARO SABRE DA ARMADA IMPERIAL MODELO 1856. ESPIGA ROSQUEADA AO POMO ZOOMÓRFICO CABEÇA DE LEAO. PEGA EM MADEIRA RECOBERTA COM COURO DE ESQUALO  ENVOLTO POR CORDAME METALICO, COPO DECORADO COM COROA IMPERIAL SOBRE ANCORA DA IMPERIAL ARMADA. BASE DA GUARDA DOBRÁVEL. BAINHA ORIGINALMENTE EM COURO. REFERENCIADA NA PAG. 242 DO LIVRO ESPADAS DO IMPERIO BRASILEIRO DEALFONSO MENEGASSI FILHO. BRASIL, DEC. 1850. 92 CM DE COMPRIMENTO
  • HERMES  CELA DO TIPO INGLESA EM COURO DE BEZERRO DA MANUFATURA HERMES. PREGARIA COM  MARCAS DA MANUFATURA. PEÇA DE COLECIONISMO. INÍCIO DO SEC. XX. NOTA: Thierry Hermès (18011878) abriu sua primeira oficina em 1837. Com 10 anos de experiência já em seu currículo, a qualidade de seus produtos era excepcional. Os primeiros produtos produzidos pela Hermès foram acessórios de selaria, como arreios, selas e freios para cavalos, que se tornaram populares entre os aristocratas. Nas décadas seguintes, a Hermès continuou a expandir suas linhas de produtos para relógios, lenços, perfumes, joias e pronto-a-vestir.
  • SABRE DE OFICIAL COM BAINHA CONTENDO BRASÃO DO  ALMIRANTE TAMANDARÉ, JOAQUIM MARQUES LISBOA, MARQUÊS DE TAMANDARÉ OU AINDA ALMIRANTE TAMANDARÉ (RIO GRANDE, 13 DE DEZEMBRO DE 1807  RIO DE JANEIRO, 20 DE MARÇO DE 1897). AO LONGO DA SUA CARREIRA, QUE DUROU QUASE 60 ANOS, PARTICIPOU NA GUERRA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, NOS CONFLITOS INTERNOS SUBSEQUENTES NO PERÍODO REGENCIAL, E MAIS TARDE NAS GUERRAS DO PRATA E DO PARAGUAI. PELOS SERVIÇOS PRESTADOS A SUA PÁTRIA, FOI FEITO MARQUÊS E, MAIS TARDE, FOI ESCOLHIDO COMO PATRONO DA MARINHA DO BRASIL. SEU NOME SE ENCONTRA NO LIVRO DOS HERÓIS DA PÁTRIA. SABRE DO TIPO 1852, ESPIGA REBATIDA NO POMO ZOOMORFICO CABEÇA DE LEÃO. PEGA COM 9 GOMOS EM MARFIM ENVOLTOS POR CORDAME METÁLICO. FABRICANTE KRSCHBAUM. GUARDA MÃO VAZADO PRESIDIDO POR INICIAS PII (DOM PEDRO II) SOB COROA IMPERIAL ENTRE RAMOS DE FUMO E CAFÉ. BAINHA TEM BRASÃO DA ARMADA IMPERIAL COM ANCORA SOB COROA E BRASÃO ARMORIAL DO MARQUÊS DE TAMANDARÉ. BELO E IMPOTANTE SABRE! MODELO REFERENCIADO NO LIVRO  ESPADAS DO IMPÉRIO DO BRASIL DE ALFONSO MENEGASSI FILHO, PAG 368  BRASIL, DEC. 1850. 99 CM DE COMPRIMENTO.  NOTA: O Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, é o Patrono da Marinha do Brasil. Toda sua vida foi dedicada à Marinha, em períodos críticos da História do País.Desde muito jovem, participou ativamente da formação do Brasil, destacando-se por seus feitos notáveis. Foi parte importante de uma geração de marinheiros, guerreiros e estadistas a quem devemos nossa maior herança: um grande País, rico em recursos naturais, Pátria de uma nação unida por uma cultura e um idioma.As qualidades de Tamandaré, comprovadas por suas ações bem-sucedidas, são exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de todos os tempos; relembrá-las é um exercício de patriotismo e inspiração. Após a Independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, foi preciso expulsar as tropas lusitanas fiéis às Cortes de Lisboa. Cedo se percebeu a necessidade de criar uma Esquadra brasileira, com homens leais, para projetar poder e obter a adesão da Bahia, do Maranhão, do Pará e da Cisplatina (atual Uruguai). A Guerra da Independência possibilitou a integração nacional, e nela essa Esquadra desempenhou um papel relevante.Com 15 anos de idade, Joaquim Marques Lisboa (Tamandaré) se apresentou como voluntário e iniciou sua carreira na Marinha. Participou dos combates no mar na costa da Bahia e, depois, a bordo da Fragata Niterói, sob o comando de John Taylor, da perseguição da força naval portuguesa até a costa de Portugal. Em 1825, o Brasil entrou em guerra com as Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina, que pretendia anexar a Província Cisplatina, até então parte do território brasileiro, que se revoltara. O conflito terminou em 1828 e teve como desfecho uma arbritagem externa, que deu a independência à Cisplatina, com o nome de R epública Oriental do Uruguai.Ocorreram muitos combates navais nesse período e o Tenente Lisboa (Tamandaré) se destacou por sua coragem e liderança em vários deles. Assumiu o comando de um navio de guerra aos 18 anos de idade e logo se tornou um herói, tomando o navio que o levava prisioneiro com outros brasileiros. Com 20 anos, comandando seu segundo navio, a Escuna Bela Maria, travou um duelo de artilharia com um navio argentino e acabou obtendo sua rendição. Demonstrou então seu cavalheirismo, sendo gentil com seus prisioneiros, o que mereceu o reconhecimento do inimigo.Nessa guerra, ele amadureceu precocemente, forjando um caráter que foi o padrão de sua vida.A repressão às inúmeras revoltas, que poderiam ter afetado a integridade do território brasileiro, contou com a participação importante do Poder Naval, que foi um elemento fundamental para a manutenção da unidade territorial do Brasil, quando os laços da nacionalidade ainda eram frágeis, e também para a consecução da política imperial além das fronteiras.Em todas as ações então desenvolvidas, o papel da Marinha Imperial foi decisivo, fazendo chegar tropas aos pontos onde elas eram necessárias e apoiando as ações em terra. O isolamento das áreas sublevadas por mar, única via de comunicação, através do bloqueio naval, contribuiu para limitar as ações rebeldes. Com o avançar do século XIX, a propulsão a vapor foi tomando tal impulso que acabou por impor-se aos mais conservadores chefes navais, temerosos de que a precariedade do abastecimento de carvão limitasse os movimentos de esquadras. A Marinha Imperial, que já possuía barcas a vapor, finalmente encomendou, na Inglaterra, seu primeiro navio de guerra de grande porte, a vapor, a Fragata D. Afonso, sendo designado para seu primeiro comandante, em 1847, o Capitão de Mar e Guerra Joaquim Marques Lisboa (Tamandaré). Durante o honroso comando teve ocasião de praticar dois feitos humanitários que teriam vasta repercussão: o salvamento de passageiros e tripulantes do Navio Ocean Monarch, incendiado próximo a Liverpool, e da Nau Vasco da Gama, desarvorada ao largo da barra do Rio de Janeiro. Em 1852, Joaquim Marques Lisboa foi promovido a Chefe de Divisão, posto correspondente a Comodoro em outras Marinhas, e, em 1854, a Chefe de Esquadra (equivalente a Contra-Almirante). Em 1857, foi-lhe concedida licença para tratamento de saúde da esposa na Europa. Aproveitando sua estadia no exterior, o Governo o incumbira de fiscalizar a construção de duas canhoneiras na França e de oito outras na Inglaterra. Os navios de propulsão mista (vela e vapor) construídos no exterior sob fiscalização de Tamandaré foram: Araguari, Araguaí, Iguatemi, Ivaí, Tiête, Itajaí, Ibicuí, Parnaíba, Belmonte e Mearim. Significaram uma atualização necessária para que a Marinha pudesse continuar atuando em defesa dos interesses do Brasil e, mais tarde, esses navios tiveram participação importante na questão com o Uruguai e, depois, na Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai.Já Vice-Almirante, fora homenageado, em 1860, com o título de Barão de Tamandaré. Poucos anos depois, em 1864, assumiu o cargo de Comandante-em-Chefe das Forças Navais Brasileiras em Operação no Rio da Prata. No Uruguai, o conflito entre os partidos Blanco e Colorado lançou aquela república a uma guerra civil. Brasileiros residentes naquele país foram envolvidos ou se envolveram nos conflitos, alguns foram hostilizados, sofreram graves ofensas e prejuízos materiais.Em 1864, o Brasil resolveu intervir em favor desses brasileiros e enviou um ministro plenipotenciário, em missão diplomática, porém com o respaldo de uma força naval comandada por Tamandaré.Não sendo possível a pacificação do Uruguai e o atendimento das satisfações exigidas pelo Brasil, a situação evoluiu para uma intervenção militar brasileira. Houve combates em Salto e Paissandú, que foram ocupadas por tropas sob o comando de Tamandaré, que agiu com energia e eficácia. Em seguida, Montevidéu se rendeu e o partido Colorado assumiu o governo do país. A Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1864-1870) foi o maior conflito militar da América do Sul, somente superado em vítimas no Novo Mundo pela Guerra Civil Americana (1861-1865).Para o Brasil foi um desafio que exigiu um enorme esforço logístico. Foi a primeira grande mobilização do País, inclusive recrutando pessoas de todas as províncias. Nessa guerra, os brasileiros das diversas regiões passaram a se conhecer melhor e se acostumaram a trabalhar juntos, o que, sem dúvida, favoreceu a consolidação da nacionalidade brasileira.Coube a Tamandaré o comando das forças navais no início da guerra, em 1864 e 1866. Logo, ele estabeleceu o bloqueio naval e se empenhou na organização de um apoio logístico eficiente. O suprimento de combustível, mantimentos e munição e o apoio de manutenção aos navios foram fundamentais para o bom êxito das operações.Na Batalha Naval de Riachuelo, em 11 de junho de 1865, o Chefe de Divisão Francisco Manoel Barroso da Silva, que ele designara para comandar as divisões no Rio Paraná, obteve uma vitória decisiva, que garantiu o bloqueio e mudou o curso da guerra.Em seguida, Tamandaré comandou a operação militar de Passo da Pátria, invadindo o território inimigo e obtendo bom êxito em um difícil desembarque de grande envergadura. Na tentativa de conquistar as fortificações do Rio Paraguai, que impediam o avanço aliado, comandou o apoio naval.Solicitou exoneração do cargo por razões de saúde e políticas, sendo substituído no comando, em dezembro de 1866, pelo Almirante Joaquim José Ignácio, o Visconde de Inhaúma. O reconhecimento da Nação brasileira começou durante a vida de Tamandaré. Em 1865, batizaram um dos navios encouraçados construídos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro para a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai com seu nome. Vinte e cinco anos depois, poucos anos antes de sua morte, deram o nome de Tamandaré a um cruzador projetado e construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, que ainda é o maior navio de guerra produzido no País. A partir de então, seu nome passou a ser utilizado tradicionalmente para navios muito importantes da Marinha do Brasil. O Cruzador Tamandaré, das décadas de 1950 a 1970, não mais em serviço, foi o último navio que recebeu o seu nome.Na sua longa existência, Tamandaré recebeu outras provas de reconhecimento por sua contribuição para o País. Foi barão, visconde, conde e marquês, durante o Império. Foi agraciado com várias medalhas e condecorações, destacando-se o Colar da Ordem Imperial da Rosa, só recebido por Tamandaré, Caxias e pelo Imperador D. Pedro II.Fez-se merecedor, também, de muitos elogios. Talvez o mais significativo tenha sido o do Primeiro-Almirante Lord Cochrane, comandante da Esquadra Brasileira na Independência, que o recomendou a D. Pedro I quando somente tinha 16 anos, com a previsão de que aquele jovem marujo, no futuro, seria o "Nelson brasileiro". Mais tarde, em 1925, a Marinha fez de Tamandaré seu patrono. A CARTA TESTAMENTO DE TAMANDARÉ"Exijo que meu corpo seja vestido somente com camisa, ceroula e coberto com um lençol, metido em um caixão forrado de baeta, tendo uma cruz na mesma fazenda, branca, e sobre ela colocada a âncora verde que me ofereceu a Escola Naval em 13 de dezembro de 1892, devendo-se colocar no lugar que faz cruz a haste e o cepo um coração imitando o de Jesus, para que assim ornado signifique a âncora-cruz, o emblema da fé, esperança e caridade, que procurei conservar sempre como timbre de meus sentimentos. Sobre o caixão não desejo se coloque coroas, flores nem enfeites de qualquer espécie, e só a Comenda do Cruzeiro que ornava o peito do Sr. D. Pedro II em Uruguaiana, quando compareceu como primeiro dos voluntários da Pátria para libertar aquela possessão brasileira do jugo dos paraguaios que a aviltavam com a sua pressão; e como tributo de gratidão e benevolência com que sempre me honrou e da lealdade que constantemente a S.M.I. Sua Majestade Imperial tributei, desejo que essa comenda relíquia esteja sobre meu corpo até que baixe à sepultura, devendo ficar depois pertencente a minha filha D.M.E.M.L. Dona Maria Eufrásia Marques Lisboa como memória d'Ele e lembrança minha."Exijo que se não faça anúncio nem convites para o enterro de meus restos mortais , que desejo sejam conduzidos de casa ao carro e deste à cova por meus irmãos em Jesus o Cristo que hajam obtido o foro de cidadãos pela Lei de 13 de maio. Isto prescrevo como prova de consideração a essa classe de cidadãos em reparação à falta de atenção que com eles se teve pelo que sofreram durante o estado de escravidão; e reverente homenagem à Grande Isabel Redentora, benemérita da Pátria e da Humanidade, que se imortalizou libertando-os."Exijo mais, que meu corpo seja conduzido em carrocinha de última classe, enterrado em sepultura rasa até poder ser exumado, e meus ossos colocados com os de meus pais, irmãos e parentes, no jazigo da Família Marques Lisboa."Como homenagem à Marinha, minha dileta carreira, em que tive a fortuna de servir à minha Pátria e prestar alguns serviços à humanidade, peço que sobre a pedra que cobrir minha sepultura se escreva:Aqui jaz o Velho Marinheiro.M. de T."
  • FACA DE PONTA DITA  FACA RICA, ENCOMENDA PARA CANGACEIRO COM BAINHA EM PRATA DE LEI E PEGA EM PRATA DE LEI E CHIFRE. ESTA RARA E INTERESSANTE FACA TEM BAINHA ARTISTICAMENTE TRABALHADA EM PRATA DE LEI TEM UMA SERPENTE EM RELEVO EM QUASE TODA SUA EXTENSÃO. DOIS RATOS TAMBÉM EM RELEVO, PERSEGUIDOS PELA COBRA CORREM SOBRE A AGARRADEIRA DA BAINHA. A PEGA É EM CHIFRE DE LEI REMATADA POR ANÉIS E FAIXAS EM PRATA DE LEI. O RICAÇO É EM AÇO E PRATA DE LEI. A LAMINA TRIANGULAR PARA SANGRIA É EM AÇO E BASTANTE LONGA. UMA FACA PRECIOSA E FINAMENTE TRABALHADA. BRASIL, INICIO DO SEC. XX. 640 G SOMENTE A PRATA DA BAINHA. 100  CM DE COMPRIMENTONOTA:Embora muito antigo em nosso país, o têrmo faca de ponta tornou-se a designação genérica de vários tipos de lâminas produzidas e usadas especificamente na região Nordeste do Brasil. A área de produção e uso das antigas facas de ponta iniciava-se no Sul da Bahia, abrangia toda a Região Nordeste e chegava até os Estados do Norte, os quais nunca tiveram uma cutelaria de estilo próprio. Assim, ao lado dos clássicos facões de mato, as facas de ponta foram, sem qualquer dúvida, as mais utilizadas lâminas brasileiras, tanto por parte de simples trabalhadores que participaram dos ciclos da cana-de-açúcar, do gado, do cacau e da borracha quanto pelos senhores que os comandavam. Entretanto, não devemos não devemos nos esquecer que este também foi o primeiro nome de facas brasileiras destinadas à defesa, sendo ainda interessante notar que o nome faca de ponta iniciou-se, pelo menos de forma documental, em lei (bando) de 1722, da então Capitania de São Paulo, mas  a exceção do Rio Grande do Sul - foi voz corrente em todas as outras regiões do Brasil e, pelo menos até a década de 1920, sendo utilizado inclusive no sertão paulistano, conforme nos cientifica este trecho do conto "Pedro Pichorra", publicado em 1919 no livro "Cidades Mortas" de Monteiro Lobato: "...realizara o sonho de toda criança da roça, a faca de ponta. Dera-lhe o pai, como diploma de virilidade: - Menino, doravante és homem..." Segundo registros escritos de 1817, as facas de ponta do Nordeste teriam nascido na antiga Aldeia de Pasmado, atual cidade de Abreu e Lima, no Estado de Pernambuco, embora a atividade                               cuteleira na região fosse bem conhecida desde 1780. Essas antigas crônicas dizem que o viajante   ao aproximar-se da aldeia já ouvia intenso e marcante som de lâminas sendo forjadas, tamanho  era o número de cutelarias que lá existia. Naquelas regiões, as oficinas que produziam, entre outros, itens de cutelaria eram conhecidas como tendas de ferreiro, ou simplesmente tendas, e quando a faca era requintada costumava-se chamá-la de faca-jóia. De acordo com o famoso autor Gustavo Barroso (no conto "O Patuá", em "Praias e Várzeas", de   1915), também no Ceará do século XIX alguns cuteleiros já eram famosos: "...tinha um verdadeiro arsenal. Andava... com uma faca feita pelos Fernandes do Crato, os ferreiros mais  afamados do Ceará." Ainda nas primeiras décadas do século XIX também ficaram muito famosas as facas de ponta e punhais produzidos no Vale do Pajeú de Flores, em Pernambuco, especialmente aquelas oriundas de povoados da Serra de Baixa Verde e tão grande foi essa fama que a essas lâminas se emprestou os nomes ora de Pajeú, ora de Baixa Verde . Conforme alguns autores regionais e estudiosos, nessas localidades teria sido criado o característico estilo da empunhaduraembuá, um verdadeiro ícone na configuração das facas nordestinas não sendo entretanto os de maior uso, pois  do estrito ponto de vista da praticidade  portar uma lâmina com mais de 60 cm de comprimento não devia ser algo confortável nas andanças pela                                 caatinga... Com a morte de Lampião em 1938 e o conseqüente fim do cangaço, os punhais de lâminas muito longas foram perdendo sua aura de arma famosa e a demanda diminuiu muito. Especialistas acreditam que já na década de 1950 sua produção normal teria sido interrompida pela maioria dos artesãos. Entretanto, os cangaceiros não apreciavam, ou usavam, somente punhais e, novamente, as                       mesmas fotos comprovam isso: diversos usavam facas de ponta e facões curtos; Catingueiro, do  bando de Gato, portava uma baioneta no peito, além de um punhal médio na cintura; de maneira geral, as mulheres do cangaço portavam punhais menores e Inhacinha, companheira de Gato, é vista com o que parece ser um pequenino Caroca. Uma citação encontrada na página 160 do livro De Virgolino a Lampião nos traz curioso relato sobre uma faca de ponta encomendada pelo cangaceiro Sabino do bando de Lampião a Julio Pereira (sem ligação com a familia de cuteleiros homônimos), de Juazeiro, e que juntamente com armas de fogo e munições deveria ser trazida por Antonio da Piçarra: ...de Sabino tinha recebido quinhentos mil réis para mandar fazer um faca com cabo de prata, um anel de ouro no meio da lâmina, a bainha e o entrançado também de prata...  Julio Pereira teria respondido a Antônio: Não tem encomenda nenhuma. Tive de enterrá-la num  terreno, choveu muito, e as águas levaram tudo. A faca de Sabino, a ferrugem comeu. Pode dizer isso a Lampião. A  FAMÍLIA CAROCA  partir dos anos iniciais do século XX, as criações de toda uma família nordestina de cuteleiros se                                   tornariam conhecidas como as mais requintadas facas de ponta já produzidas. Suas facas e punhais ficaram famosas pelo nome genérico de Carocas, designação emprestada do apelido do                         patriarca de uma família da Paraiba, José Torquato dos Santos (27/09/1898  15/12/1978), conhecido como Zé Caroca por apreciar muito corridas de cabriolas (espécie de charrete)                         conhecida localmente como caroca). Vindo do Rio Grande do Norte por volta de 1915, Zé Caroca mudou-se para Santa Luzia, na  Paraíba, e em diversas cidades desse Estado seus sete filhos dedicaram-se às artes da Cutelaria.  Em Santa Luzia, o 2º filho mais velho, Francisco, tornou-se extremamente famoso nesse ofício e  ficou conhecido como Mestre Chicó, tendo sido o responsável por transmitir sua técnica aos irmãos  e, segundo alguns estudiosos regionais, dominando segredos de excelente têmpera em suas lâminas. Bem no início da década de 1930, o filho mais velho, , Fortunato, estabeleceu-se em Juazeiro do  Norte, no Ceará, e não obstante as mais de 200 cutelarias da época que atendiam as constantes   romarias, suas criações eram disputadíssimas. No mesmo período, o filho mais moço, José, mudou-se para Campina Grande, na Paraíba, onde também suas criações tornaram-se extremamente famosas e prosseguiram, com os descendentes, até a década de 1960. Para maiores informações sobre facas do Nordeste acesse o texto de Mário dos Santos Carvalho em: https://xdocz.com.br/doc/fac-as-donor-deste-qnjje946z4n6
  • MUITO RARO MODELO DE SABRE DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA DO FINAL DO SEC. XIX. Ao invés da cabeça de leão da Guarda Nacional Imperial, o pomo é fitomórfico, com desenho de plantas. No guarda-corpo e na lâmina é impresso o brasão da República. A PEGA É EM MADEIRA REVESTIDA EM ESQUALO E DIVIDIDA POR AMARRIO METÁLICO. BELA E RARA PEÇA! BRASIL, FINAL DO SEC. XIX. 92 CM DE COMPRIMENTONOTA: A Guarda Nacional não era ligada ao exército e sim ao Ministério da Justiça. Entretanto, a Guarda Nacional teve sua importância, especialmente nos primeiros anos de sua existência (entre 1831 e 1850), tendo sido vista inicialmente como uma alternativa à própria existência do Exército. A tropa seria formada pelos eleitores do Império (aqueles que tinham certa renda, eliminando o proletariado) e seus oficiais seriam eleitos pela tropa, sendo as unidades organizadas por paróquias/municípios e seu uso administrado pelos juizes de paz. A idéia original sendo dar poder as oligarquias locais em relação a administração centralizada que tinha marcado o governo de Pedro I. Como não podia deixar de ser, essa forma de organização gerou abusos e, na prática, nunca foi muito eficiente, de forma que a tropa passou por uma grande reformulação conceitual em 1851, apesar de ter continuado a existir até 1917. No entanto, o fato dos oficiais terem que se equipar às suas custas (alguns dos eleitos para postos de oficiais tinham que recusar a patente, por não poderem arcar com os custos do uniforme/equipamento de oficial), além da tropa, na prática, ser um espelho das oligarquias locais, fazia com que alguns oficiais adquirissem armas mais luxuosas, que fugiam muito aos regulamentos militares do período, de forma que não se deve espantar com variações muito grandes em tipos de sabres da Guarda Nacional.
  • BRASIL IMPERIAL - IMPORTANTE ADAGA  GAÚCHA COM CABO EM PRATA DE LEI, BAINHA TAMBÉM EM PRATA DE LEI COM COURO. NA AGARRADEIRA COROA DO PRIMEIRO IMPÉRIO ADORNADA POR SERPES E LAURÉIS SOBRE ESCUDO A INICIAL P RELATIVA A DOM PEDRO I, IMPERADOR DO BRASIL TRATA-SE DE UMA FACA QUE REMETE AO NACIONALISMO NASCENTE DO BRASIL INDEPENDENTE. DE FATO AUGUSTO JOSÉ DE SÁ CAMPELLO EM SUA PUBLICAÇÃO AS FACAS DO BRASIL RELATA QUE O GAÚCHO ATAVA SUA ADAGA À PONTA DE UMA TAQUARA E RESVALAVA-SE PARA O CAMPO DAS LANÇAS DE BATALHA. UMA FACA COM SÍMBOLOS QUE REMETEM A FIGURA DO IMPERADOR DENOTA ESSE CARÁTER DO GAÚCHO COMO UM DEFENSOR DAS FRONTEIRAS INQUIETAS DO SUL DO PAÍS QUANTO O GAÚCHO FOI A PRIMEIRA LINHA DE DEFESA DA NAÇÃO BRASILEIRA NAQUELAS PARAGENS. PEÇA DE IMPORTANTE COLECIONISMO!  DEC. 1820/30. 40 CM DE COMPRIMENTO.
  • TRANSIÇÃO IMPÉRIO REPÚBLICA (SABRE CONVERTIDO) - RARO SABRE DE OFICIAL  DO CORPO DE SAÚDE DO EXÉRCITO COM PASSADOR E BAINHA EM COURO E METAL  MARCAS DO IMPORTADOR CUNHA GUIMARÃES & Cª SIRGUEIROS E FABRICANTES DE UNIFORMES MILITARES RUA DA QUITANDA 68  CASA FUNDADA EM 1823 NA CORTE DO RIO DE JANEIRO. PUNHO COM POMO E GUARDA MÃO EM BRONZE. PEGA EM MARFIM. NO GUARDA MÃO RESERVA COM SERPENTE ENROLADA EM CADUCEU ENTRE RAMOS DE FUMO E DE CAFÉ. LÂMINA COM RICO ADAMASCADO COM ARMAS DA REPÚBLICA, ELEMENTOS MILITARES COMO ESCUDOS, ESPADAS CRUZADAS, LANÇAS ENTRELAÇADAS POR LAURÉIS. MARCAS  DO FABRICANTE DE LAMINAS DE SOLINGEM CARL REINHARDT KIRCHBAUM (UM ELMO SOBRE ARMADURA). O MODELO DE ESPADA DE OFICIAL-GENERAL ATUALMENTE EM USO FOI ADOTADO EM 1831. É A ARMA REGULAMENTAR DE MAIS LONGO USO NA HISTÓRIA MILITAR DO BRASIL. SOFREU PEQUENAS MODIFICAÇÕES AO LONGO DO TEMPO, SENDO AS MAIS NOTÁVEIS A SUBSTITUIÇÃO DO BRASÃO IMPERIAL GRAVADO NA LÂMINA PELAS ARMAS DA REPÚBLICA APÓS A PROCLAMAÇÃO, EM 15 DE NOVEMBRO DE 1889. BRASIL, DEC. 1890. 80 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: A organização autônoma e independente do corpo de saúde do Exército foi regulamentada pelo decreto nº 601, de 19 de abril de 1849, marco importante na história, pois, pela primeira vez, foram regulamentados os cargos com suas atribuições. Antes deste decreto, o serviço de saúde era unificado das forças armadas, que na época eram o Exército e a Real Armada (Marinha do Brasil). Em 1851, foi regulamentado o concurso para médico do Exército Brasileiro: eram admitidos para vaga de segundo cirurgião aqueles que obtivessem grau de doutor e no mínimo três anos de experiência. Em 1857, foram criados os cargos de enfermeiros e farmacêuticos, assim como, as farmácias e o Laboratório Químico Farmacêutico Militar, que tem por função criar compostos químicos e farmacêuticos e fornecê-los aos estabelecimentos militares em geral. Esse foi um período importante para a estruturação do corpo de saúde do Exército, no entanto, ocorreram mudanças neste ano de 1857, onde se extinguiu o concurso para admissão de médicos e farmacêutico e a direção dos hospitais militares foi entregue aos oficiais combatentes, militares não pertencentes ao serviço de saúde. Essa estruturação permitiu que no conflito do Paraguai os profissionais do corpo de saúde do exercito atuassem com louvor no atendimento dos feridos nos fronts de batalha.
  • FACA GAÚCHA COM BAINHA E CABO EM PRATA DE LEI DECORADA COM MOTIVOS FITOMORFOS. BRASIL, SEC. XIX. 34 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: A necessidade do emprego da faca pelo gaúcho em diferentes atividades, aliada a fatores econômicos e sociais da sua própria formação, faz surgir no comércio rio-grandense variados tipos dessa peça.No entanto, em traços gerais podemos dizer que a faca gaúcha, se caracteriza por ter uma lâmina de seção triangular: com um só gume, sendo a parte superior da lâmina conhecida por "lombo" ou "costas". Apresenta um comprimento em torno de 33 cm e uma largura ao redor de 3,5 cm tendo em algumas delas, na lâmina, além do "gavião" normal, orifícios, ranhuras, entalhes que se relacionam no trabalho do gaúcho, na sua faina campeira. Os cabos são chatos ou meio oitavados (estão presos ao "espigão").Podem ser de madeira ou chifre. Ou ainda mais delicados, de metal, de prata e ouro, cujas bainhas apresentam desenhos e modernamente cenas ou motivos regionais.A bainha de couro, metal, couro e metal ou ainda de chifre. A primeira é usada principalmente nas lides campeiras diárias; feitas de couro cru ou sola, muitas vezes bordada com finos tentos. Quando de prata ou níquel, pode ser lavrada, cinzelada ou bordada a ouro, com motivos diversos, acompanhando os desenhos do cabo da faca. Numa bainha destacamos a "ponteira e o bocal", reforços no início e no fim da mesma (às vezes, "anel" no meio): a "espera" ou "orelha" responsável por sua fixação na guaiaca. Ampliando a própria bainha, no meio rural, vamos encontra,r às vezes, a chaira, assentador da faca, constituído por uma peça de aço cilíndrica de comprimento médio de 30 cm munido de cabo, onde se assenta o fio da lâmina (Hisatoria da Faca Gaúcha  J.C. Paixão Cortes)
  • FACA BRASILEIRA COM PEGA E BAINHA EM PRATA DE LEI. LINDA AGARRADEIRA COM FEITIO DE TRONCO COM SERPENTE ENRODILHADA. LÂMINA EM AÇO. BRASIL, SEC. XIX. 34 CM DE COMPRIMENTO
  • DELICADO TABULEIRO EM PRATA DE LEI DE PEQUENA DIMENSÃO. MARCAS DE CONTRASTE 800 E PRATEIRO UNIÃO. GALERIA FENESTRADA, ALÇAS LATERAIS, PLANO DECORADO COM ROCAILLE. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS EM GARRA; BRASIL, SEC. XX . 19 CM DE COMPRIMENTO. 225 G
  • PRATA DE LEI VITORIANA  A APOTEOSE DE HERMES  GRANDE PAR DE CASTIÇAIS PARA MESA DE BANQUETE EM PRATA DE LEI, COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES, LETRA DATA 1901 E PRATEIROS ROBERT JAMES CHAPLIN & SONS ESTABELECIDOS EM 1890. DECORADOS COM REPRESENTAÇÃO RELEVADA DO DEUS HERMES NAS QUATRO FACES DA BASE REVESTIDO DE SEUS ATRIBUTOS DE DEIDADE E TENDO AOS PÉS UM QUERUBIM QUE LHE ESTENDE O POMO DE OURO. NO FUSTE HERMES É REPRESENTADO COM AS DUAS SERPENTES OD (ASSOCIADA A VIDA LIVREMENTE DIRIGIDA) E OB (A VIDA CONDUZIDA SEM DIREÇÃO). AS SERPENTES APARECEM ENTRELAÇADAS SOB UM PLATEAU ONDE VEMOS REPRESENTAÇÃO DE HERMES COM AS SERPENTES ENRODILHADAS EM SEU BRAÇO ALIMENTANDO-AS EM UMA TAÇA. LAURÉIS E DOSSÉIS SUSTENTADOS POR ATLANTES COMPLEMENTAM A DECORAÇÃO. AS BOBECHES SÃO REMATADAS POR DELICADOS PEROLADOS. DOTADOS DE CONTRAPESO NA BASE. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! INGLATERRA, SEC. XX. 31 CM DE ALTURA.
  • FACA BRASILEIRA COM CABO E BAINHA EM PRATA DE LEI. O CABO SIMULA CHIFRE E A BAINHA DECORADA COM ELEMENTOS FITORMORFOS EM GUILLOCHES TEM AGARRADADEIRA COM FEITIO DE TRONCO COM SERPERNTE ENRODILHADA. A DECORAÇÃO NA PONTA DA BAINHA É BELISSIMA COM VOLTEIOS E FENESTRAS. BRASIL, SEC. XIX. 29,5 CM DE COMPRIMENTO
  • PUNHAL DITO FACA DE PONTA. CABO E RICAÇO EM ALPACA COM ARREMAS EM ANÉIS DE CHIFRE ENTREMEADOS EM PRATA. BRASIL, SEC. XIX/XX. 40,5 CM DE COMPRIMENTO
  • BORDALLO PINHEIRO   LINDO SERVIÇO PARA ENTRADAS SIMULANDO FOLHAS DE COUVE E REPOLHO. COMPOSTO 38 PEÇAS SENDO: SOPEIRA COM TAMPA E CONCHA, 4 GRANDES SALADEIRAS, DOIS PORTA PETISCOS, MOLHEIRA COM TAMPA E 32 COVILHETES COM TRÊS FEITOS DIFERENTES PARA DIFERENTES PETISCOS. DE CORES VÍVIDAS E SUAVE IRIDESCÊNCIA TRATA-SE DE UM CONJUNTO BELÍSSIMO DE BORDALLO PINHEIRO. PORTUGAL, INICIO DO SEC. XX. 41 CM DE COMPRIMENTO (SALADEIRA MAIOR)

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