Peças para o próximo leilão

918 Itens encontrados

Página:

  • MAGNIFICO SUTOIR EM OURO COM LINDAS PÉROLAS DE 15 MM NAS CORES CINZA, CHAMPAGNE. DOTADO DE 12 PÉROLAS EXTRA. 80 CM DE COMPRIMENTO. 53,4 G (ATENÇÃO OS LOTES DE JÓIAS NÃO PERTENCEM AO ACERVO SÃO DE OUTRO COMITENTE  E POR ESSE MOTIVO NÃO SERÃO DEMONSTRADOS NA EXPOSIÇÃO DA FAZENDA SANTA GERTRUDES INFORMAÇÕES COM O ESCRITÓRIO DA DARGENT)
  • MAGNIFICENTE CAFETEIRA DE GRANDES DIMENSÕES EM PRATA DE LEI. CONSTRASTES  PARA CIDADE DO PORTO, INICIO DO SEC. XIX. MARCAS DO PRATEIRO DESCRITAS POR MOITINHO PAG 214 DATAVEL A PARTIR DE 1810. ELEGANTE FEITIO. CORPO DECORADO COM CERCADURA DE ENROLAMENTOS VEGETALISTAS EM RELEVO. TERÇO INFERIOR COM CANELURAS. ASA EM MADEIRA NO FEITIO DE CARRAPETA. BASE EM PLATEAU. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. PEÇA DE COLEÇÃO! PORTUGAL, INICIO DO SEC. XIX. 34 CM DE ALTURA. 1410G
  • CÔMODA EM JACARANDÁ COM PUXADORES EM MARFIM E LINDA MARCHETARIA. DOTADE DE TRÊS GAVETÕES SOBREPOSTOS E DUAS GAVETAS JUSTAPOSTAS. ESTILO TRANSICIONAL DOM JOSÉ I / DONA MARIA I. PÉS CURVOS. MOVIMENTO BOMBE. LUXUOSA E MAGNIFICA! BRASIL, INICIO DO SEC. XIX.
  • PRATA DE LEI BRASILEIRA DO PERÍDO SETECENTISTA - IMPORTANTE CAFETEIRA  SETECENTISTA EM PRATA DE LEI BATIDA E CINZELADA,  ESTILO DONA MARIA I. DE ELEGANTE CONSTRUÇÃO E REQUINTADA DECORAÇÃO EM TUDO SE DIFERENCIA DA PRODUÇÃO DE PRATA NO BRASIL NO PERÍODO EM QUESTÃO. EQUIPARA-SE EM QUALIDADE AS MELHORES PRODUÇÕES PORGUESAS DO PERÍODO. DELICADA GUIRLANDA GEOMÉTRICA  COMO A UTILIZADA POR VERSACE DECORA O BOJO. SOBRE A GUIRLANDA UM CAPRICHADO PEROLADO. FEITIO ALONGADO E PEGA EM MADEIRA DECORADA EM CARAPETA. A INSERÇÃO DA ALÇA NO BULE SE DÁ COM LINDO TRABALHO SIMULANDO FOLHA CINZELADA. A BASE TEM TAMBÉM DECORAÇÃO EM PEROLADO. NA BASE INICIAIS PROVAVELMENTE DO PRATEIRO DC. BRASIL, SEGUNDA METADE DO SEC. XVIII. 32 CM DE ALTURA. 865 G
  • IMPORTANTE GOMIL E LAVANDA EM PRATA DE LEI BATIDA REPUXADA E CINZELADA. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DO PORTO (P COROADO SOBRE DUAS TORRES, CONTRASTE UTILIZADO PARA MARCAÇÃO NO SEC. XIX DE PEÇAS MUITO ANTIGAS SEM CONTRASTE). A  LAVANDA TEM BORDA DECORADA COM GODRONS EO CORPO COM ELEGANTES GOMADOS. MESMA DECORAÇÃO SEGUE O GOMIL. MARCAS DO PRATERIO MH E DE PERTENÇA ILPV PORTUGAL, SEC. XVIII. 42 CM DE COMPRIMENTO 1880 G
  • BARÃO DE SÃO JOÃO DO RIO CLARO, AMADOR RODRIGUES DE LACERDA JORDÃO (1825-1873) DOIS  ELEMENTOS DA CABEÇADA (TESTEIRAS)  DE ARREIOS EM COURO DE SOLA E ALPACA ORNAMENTADAS COM APLICAÇÃO DE CORONEL DE BARÃO. FEITIO SEMICIRCULAR. PERTENCERAM AO BARÃO DE SÃO JOÃO DO RIO CLARO, FILHO DO BRIGADEIRO JORDÃO, CASADO COM DONA MARIA HYPÓLITA DOS SANTOS SILVA, SENDO ESTA FILHA DOS BARÕES DE ITAPETININGA. FOI SENHOR DA FAZENDA SANTA GETRUDES, HERANÇA DE SUA MÃE DONA GERTRUDES GALVÃO DE OLIVEIRA LACERDA,  ENTRE OS ANOS DE 1848 ATÉ SUA MORTE EM 1873. FOI DEPUTADO GERAL PELA PROVINCIA DE SÃO PAULO POR DUAS LEGISLATURAS, FALECENDO DURANTE O EXERCÍCIO DE SEU SEGUNDO MANDATO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. TAMBÉM FOI PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA PROVINCIAL DE SÃO PAULO ENTRE 1861 E 1862. A CRIAÇÃO DO TÍTULO DE SEU BARONATO OCORREU EM 16 DE NOVEMBRO DE 1858. BRASIL, SEC. XIX. 39  CM DE COMPRIMENTO.
  • PRATA DE LEI SETECENTISTA - FORMIDÁVEL CAFETEIRA EM PRATA DE LEI . ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DE LISBOA (L COROADO) DATAVEL A PARTIR DE 1788. PRATEIRO JOSÉ ANDRÉ DE OLIVEIRA (PAG 139). ROBUSTA E DE MAGNIFICA EXECUÇÃO ESSA ELEGANTE CAFETERIA TEM DECORAÇÃO COM ANÉIS CONCÊNTRICOS NA PARTE CENTRAL DO BOJO. ALÇA EM MADEIRA. PORTUGAL, SEC. XVIII, 30 CM DE ALTURA. 1035 G
  • BACCARAT - DR. FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES  (1818-1900)  PAI DO CONDE DE PRATES. CASADO COM DONA INOCÊNCIA DA SILVA PRATES, SENDO ESTA FILHA DOS BARÕES DE ANTONINA. BACCARAT  LINDO DECANTER EM CRISTAL DE BACCARAT FINAMENTE LAPIDADO COM GUARNIÇÃO EM PRATA DE LEI. MARCAS DE CONTASTE CABEÇA DE MINERVA. CORPO LAPIDADO COM GARGALO SERRILHADO. NO BOJO MONOGRAMA FP ENTRELAÇADO, MARCA DE PERTENÇA DO DR. FIDÊNCIO PRATES, PAI DO CONDE DE PRATES. DUAS VEZES DEPUTADO PELA ASSEMBLÉIA GERAL NA LEGISLATURA DO IMPÉRIO. LENTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO. FRANÇA, MEADOS DO SEC. XIX. 31 CM DE ALTURANOTA: Fidêncio Nepomuceno Prates,  residia no bairro da Luz, em São Paulo. Era Bacharel em Letras, e em Ciências Físicas e Doutor em Medicina pela Faculdade de Paris, tendo ocupado espaço na política imperial como deputado provincial, entre 1848 e 1859, e deputado geral, entre 1853 e 1856. Era filho do Capitão Fidélis Nepomuceno Prates, grande estancieiro Rio Grandense, em sua propriedade em São Gabriel era grande criador de muares com os quais abastecia a província de São Paulo.  Décadas mais tarde, a sete de maio de 1887, foi nomeado Comendador da Ordem da Rosa. Fidélis e Fidêncio Nepomuceno Prates eram, além de sobrinhos-netos, genros de João da Silva Machado, o Barão de Antonina, outro morador do bairro da Luz. Fidélis havia casado com Ana da Silva Machado e Fidêncio com Inocência Júlia da Silva Machado, ambas filhas do barão. O Barão de Antonina, além de ocupar várias colocações nos corpos das Ordenanças, chegou ao comando superior da Guarda Nacional. Neste posto, envolveu-se com a Revolta Liberal de Sorocaba em 1842, sendo que por sua atuação para unificar a elite local em torno do governo central. Atuou em diversos cargos políticos. Iniciou como vereador na Vila do Príncipe (próximo a Curitiba) em 1821; foi conselheiro no Conselho Geral da presidência de São Paulo na legislatura 1830-1833; ocupou o cargo de deputado provincial por São Paulo por quatro legislaturas (1835-1836, 1838-1840, 1840-1841 e 1841-1843) além de ter ocupado a vice presidência da província de São Paulo, entre 1838-1839. Em 1853, aos 70 anos, foi eleito Senador pelo Paraná. Em 1855, foi condecorado com a Ordem da Rosa. O Barão de Antonina era irmão de Francisco de Paula e Silva, o barão do Ibicuí que, portanto, também era tio-avô de Fidélis, Fidêncio e seus outros irmãos.Vê-se, portanto, que os Prates estavam ligados à política imperial. E essa ligação se amplia quando observamos as relações familiares mais extensas. Balbina Alexandrina da Silva Machado, filha do Barão de Antonina, casou-se com Luiz Pereira de Campos Vergueiro, filho de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, cafeicultor paulista, conhecido como o liberal Senador Vergueiro (dono da Fazenda Ibicaba e vizinho da Fazenda Santa Gertrudes). As relações familiares ampliaram assim o espaço de circulação dos Prates, família à qual Francisco adentrou através do matrimônio com Carolina.
  • BARÃO DE ANTONINA  JOÃO DA SILVA MACHADO (1782-1875)  BARÃO COM GRANDEZA DE ANTONINA, GRANDE DO IMPÉRIO, FIDALGO CAVALEIRO DA CASA IMPERIAL, VEADOR HONORÁRIO DA IMPERATRIZ, GRANDE DIGNATÁRIO DA ORDEM DA ROSA, OFICIAL DA ORDEM DO CRUZEIRO. VITRAL EM VIDRO E ESMALTE PRODUZIDO POR CONRADO SORGENICHT REPRESENTANDO BRASÃO DE ARMAS DO BARÃO DE ANTONINA. EM CAMPO DE PRATA, UM LEÃO DE PÚRPURA ARMADO DE GÓLES, TENDO NA GARRA DESTRA UM CATECISMO E UM ROSÁRIO DE OURO E NA ESPADOA UM MACHADO DO MESMO MATERIAL, ACOMPANHADO A SINISTRA POR UM ÍNDIO AO NATURAL, VIRADO PARA ESQUERDA, DEPONDO AS ARMAS, QUE SÃO DE OURO. O BRASÃO É ENCIMADO POR CORONEL DE BARÃO COM HONRAS DE GRANDEZA. O BARÃO DE ANTONINA DESEMPENHOU RELEVANTE PAPEL NA LIGAÇÃO ENTRE SÃO PAULO E O RIO GRANDE DO SUL. DE UM SIMPLES TROPEIRO, SEGUNDO UM SEU BIÓGRAFO, TORNOU-SE ELEMENTO DE PROGRESSO EM SÃO PAULO, POR SEU PERSEVERANTE TRABALHO E VALOR, ALCANÇANDO UMA ILUSTRE POSIÇÃO. ERA TENENTE CORONEL DE MILÍCIAS EM 1829. CORONEL HONORÁRIO DO EXÉRCITO EM 1842, CJEFE DE LEGIÃO E COMMANDANTE SUPERIOR DA GUARDA NACIONAL, FOI DEPUTADO PROVINCIAL POR SÃO PAULO, SENADOR PELA PROVÍNCIA DO PARANÁ EM 1854, DIRETOR DA FÁBRICA DE FERRO DE IPANEMA (QUE ANOS APÓS A MORTE DO BARÃO SERIA VISITADA PELA PRINCESA ISABEL NA OCASIÃO EM QUE ESTEVE NA FAZENDA SANTA GERTRUDES). BRASIL, FINAL DO SEC. XIX. 39 CM DE ALTURA.
  • SANTA CELESTINA  - EX OSSIBUS  GRANDE RELICARIO EM MADEIRA ENTALHADA COM FLORES E RAMAGENS RECOBERTA EM OURO. ÓCULO REVELA GRANDE RELIQUIA DE SANTA CELESTINA. NO FUNDO É LACRADA COM CORDÕES DE SIGILO E TRES SELOS VERMELHOS COM ARMAS CARDINALICIAS REPRESENTANDO LAGOSTA E TRES FLORES DE LIZ. EUROPA, SEC. XVIII. 34 CM DE ALTURANOTA: Celestina ( Roma , entre 230 e 240 - Roma , entre 253 e 260 ) foi uma matrona romana que viveu na época do imperador Valeriano , mártir da fé cristã e considerada santa pela Igreja Católica . Celestina, uma matrona romana que viveu na época do imperador Valeriano , acolheu os cristãos perseguidos e providenciou o enterro dos que haviam sido martirizados. Ela mesma se tornou vítima dessa violência sob o mesmo imperador. Seu corpo foi encontrado no cemitério que Santa Ciriaca. Nenhuma outra perseguição como na de Valeriano foram tantas mulheres martirizadas. Deduz-se que o seu martírio foi célebre tanto pela presença, junto ao seu corpo, de uma ampola com o seu sangue, como porque ao compor e unir as várias partes do seu corpo foi encontrado um corte nas vértebras do seu pescoço: um sinal claro de sua decapitação e da nobreza do personagem. Os especialistas que reconstruíram o corpo em 1731 estimaram que ela era uma mulher bastante alta e robusta, com cerca de 21 anos. O pedido de um corpo sagrado para San Marcello foi apresentado pelos padres missionários Leonardo da Porto Maurizio e Antonio da Bologna em 1731 ao Papa Clemente XII . O corpo, exumado da catacumba de Ciriaca em Roma , chegou a Florença no final de julho do mesmo ano, onde foi remontado pelo cirurgião Desiderio Fabbri. No dia 3 de setembro o corpo do santo chegou a Pistoia onde foi depositado primeiro na sacristia da igreja de San Giovanni Fuorcivitas e depois, por ordem do bispo Colombino Bassi , no convento das freiras de São Mercúrio . Na manhã seguinte, o corpo mudou-se para a abóbada de San Marcello passando pelas cidades de Cireglio , Maresca e finalmente Gavinana chegando ao convento de Santa Caterina à noite . Aqui permaneceu até às 22 horas do dia 7 de setembro quando, em procissão, foi trasladado para a Igreja Paroquial e descoberto para a veneração pública.
  • RELÍCARIO DE SAO FRANCISCO DE SALLES, SANTA MARGARIDA DE CHANTALL, SANTA URSULA, SANTA CRESCENCE E SANTAS RELÍQUIAS. GRANDE E MAGNIFICO RELICARIO EM PRATA DE LEI COM ESMERADO TRABALHO FORMANDO INTRICADAS ROCAILLES . POSSUI OCULO COM LINDO TRABALHO REMATADO EM OURO FORMANDO O CRISTOGRAMA IHS  ONDE ESTÃO DISPOSAS AS RELIQUIAS DE AO FRANCISCO DE SALLES, SANTA MARGARIDA DE CHANTALL, SANTA URSULA, SANTA CRESCENCE E SANTAS RELÍQUIAS. OISSUI PENDURADOR PARA PAREDE. EUROPA, SEC. XIX. 15 CM DE ALTURA
  • SÃO JOSÉ DE BOTAS  IMAGEM DE VESTIR  LINDA IMAGEM MINEIRA DE VESTIR REPRENTANDO SÃO JOSÉ. MAGNIFICO RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. ROSTO MARAVILHOSO E CORPO ESCULPIDO EM ELEGANTE MOVIMENTO E CABELOS FANTÁSTICOS CAINDO EM CASCATAS SOBRE AS COSTAS. FABULOSA OBRA DE OFICINA CÍRCULO DA REGIÃO DE OURO PRETO.  MINAS GERAIS, SEC. XVIII, 38 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR) NOTA: Imagem de roca, ou santo de roca, é a designação genérica usada para um tipo de imagem que tem como principal característica a possibilidade de ser vestida. Ela também é chamada de imagem de vestir, imagem de bastidor ou imagem de procissão. Essa terminologia não é de todo clara. No que se refere à origem dessas imagens e à sua utilização como parte do culto católico, não há estudos conclusivos. Fala-se que teriam surgido de encenações religiosas, ainda no período medieval. Na verdade a origem dessas imagens tem origem nas representações barrocas religiosas surgidas em Espanha, após o Concilio de Trento, em que se representava o nascimento de Cristo numa caverna rochosa ou a Paixão de Cristo no alto dum monte, isto é, uma rocha Rocha em espanhol é rocae daí a origem deste nome. Em Espanha, em Portugal e depois no Brasil, essas representações evoluíram para procissões complicadas e opulentas, em cenários rochosos, em que se usavam imagens de madeira, ocas, muito leves, que poderiam ser facilmente transportáveis nos andores. Essas imagens poderiam ainda ser vestidas de maneira diferente consoante tratar-se de um cerimonial de Páscoa ou de Natal. Apareceram assim as Santas de roca ou imagens de vestir, que passaram a envergar trajes luxuosos, jóias, coroas e resplendores. Alguns dos trajes eram confeccionados por grandes damas fidalgas, outros eram deixados em testamento às Santas.Estas imagens eram muitas vezes articuladas, nos braços, nas mãos ou tronco, precisamente para permitir que se adaptassem a esta função teatral dos atos religiosos. Em Portugal, elas eram comuns nas igrejas, nos séculos XVI e XVII, como atestam inventários e as próprias Constituições Sinodais da época. Pedro Penteado, estudioso dos arquivos da Confraria de Nossa Senhora de Nazaré, por exemplo, ao analisar o inventário de 1608, faz o seguinte comentário envolvendo o vestuário da imagem da Virgem de Nazaré: A crença na cura através destas relíquias, sustentada pelo princípio mágico de que o objeto que estava em estreito contacto com o ícone sacro possuía as suas virtudes, pode talvez justificar o desaparecimento de algumas vestes da Imagem da Senhora, antes de 1617. Uma boa parte do inventário feito por ordem daquele antigo administrador diz respeito aos referidos mantos, bem como a outras peças do vestuário da Senhora . Na América, as imagens de roca chegaram via colonialismo e são encontradas em países onde o Catolicismo se fez mais presente. Aqui, como na península Ibérica, elas participavam das procissões, funcionando como estímulo didático, dentro dos moldes ideológicos da época, para o desenvolvimento espiritual da população. No Brasil, a partir do século XVII, essas imagens começaram a ser bastante utilizadas. Na Bahia, diz o pesquisador Valentin Calderón, o hábito de paramentar as imagens de escultura com mantos era comum na segunda metade do século XVII, como se pode ver na obra de Frei Agostinho de Santa Maria, na qual a maior parte da numerosa iconografia mariana registrada possuía mantos e coroas8 . ... Mas foi na segunda metade do século XVIII e nos primeiros anos do XIX, quando esse tipo de imaginaria atingiu maior popularidade9. A obra de Frei Agostinho de Santa Maria, acima citada por Valentin Calderón, é o Santuário Mariano, que foi publicado em 1722 e faz referências a várias imagens existentes em Salvador, como por exemplo: Nossa Senhora do Carmo, na Igreja do Carmo, desde 1602; Nossa Senhora da Boa Morte, na mesma igreja, desde 1685; Nossa Senhora das Angústias, na Igreja de São Bento, desde 1612. Gilka Goulart de SantAnna e Valdete Celino Paranhos observam que outras imagens de vestir, com mantos bordados, citadas no Santuário Mariano, não foram ainda identificadas: ... possivelmente, deve se apresentar agora com vestes mais modestas ou talvez estejam fora de seus nichos nas igrejas. Estas de influência espanhola. Na Espanha, no séc. XVI, tornou-se grande moda ornar as imagens com ricos mantos bordados, desbastavam-se até esculturas de mérito para colocação de vestes suntuosas. Provavelmente, chegaram ao Brasil quando Portugal esteve sob o domínio espanhol no período de 1580 a 164010. É certo, entretanto, que essas imagens eram comuns em nossas igrejas, no século XVIII, constituindo-se numa das mais importantes expressões da imaginária barroca. Valentin Calderón confirma que rara era a Matriz que não tinha uma imagem de roca de Nossa Senhora das Dores ou um Senhor dos Passos, caído sob o peso da cruz, com rosto oculto pelos cachos da farta cabeleira natural, vestindo invariavelmente uma empoeirada túnica roxa11. E acrescenta que era nas Ordens Terceiras que essas imagens encontravam maior popularidade, sendo até necessária a criação de espaço especial para guardá-las nas igrejas, conhecido como casa dos santos ou sala dos santos. A popularidade das imagens de roca, além de ter ligações com a dramaticidade e o luxo, que caracterizam os cânones estéticos barrocos, estava associada também à realização das procissões, que passaram a ser comuns na época. Essas imagens podiam ser vestidas de formas variadas, estimulando a imaginação das Irmandades que, nos grandes cortejos religiosos, competiam entre si. De fato, nas principais procissões realizadas nesse período, na Bahia, as imagens de roca tinham um papel de destaque, contribuindo com seu impacto visual, ... vestidas e ornadas de valiosas jóias para o grande êxito da difusão do culto público. Sendo, sem dúvida, este o período áureo de sua função religiosa. Acrescidas de cabelos naturais, resplendores ou coroas de ouro, suas gigantescas figuras sobre os andores e charolas, enfeitadas de flores, impressionavam e ao mesmo tempo excitavam o povo, pelo naturalismo da representação, como se fossem figuras vivas, verdadeiros atores daquela alegoria colorida que desfilava pelas ruas da cidade12. Por outro lado, as imagens de roca eram consideravelmente mais leves, pois, ao contrário das imagens tradicionais que vinham esculpidas em madeira compacta, elas tinham parte do corpo estruturada em ripas de madeira. Esse processo construtivo reduzia o peso das imagens, tornando-as mais apropriadas para as longas e solenes procissões barrocas. Na Bahia, a população sempre deu um valor especial às procissões, transformando tais cerimônias (como ainda hoje acontece) em famosas festas populares, tanto na capital como no interior. Por isso mesmo, não eram poucas as procissões baianas, o que explica também o grande número de imagens encontradas em nossas igrejas. Dentre as mais importantes procissões baianas destacamos: a de Corpus Christi, a do Fogaréu, a do Senhor Morto, além das procissões com santos padroeiros das cidades e santos venerados pelas Ordens Religiosas. Algumas procissões desapareceram com o passar do tempo, como a de Cinza ou da Penitência, que acabou em meados do século XIX, e a do Triunfo da Cruz e Senhor Nosso, que existiu até 1830 e era organizada pela Ordem Terceira de São Domingos. Atualmente, muitas das imagens de roca da Bahia já não saem em procissão. Algumas, no entanto, continuam valorizadas. É o caso das imagens de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, das imagens de Senhor dos Passos e Senhor Morto, que são comuns nas igrejas do interior e estão sempre presentes nas procissões da Semana Santa, da imagem de São Bartolomeu, em Maragogipe, e das imagens de Nossa Senhora da Boa Morte e de Nossa Senhora do Carmo, em Cachoeira. As mais importantes coleções de imagens de roca existentes na capital baiana pertencem às Ordens Terceiras (Ordem Terceira do Carmo, Ordem Terceira de São Domingos e Ordem Terceira de São Francisco). Elas estão entre as que não mais participam de procissões e se encontram expostas em salas especiais, porém com vestes simples que já não revelam o brilho e o fausto de outras épocas.
  • COMPANHIA DAS INDIAS  EX COLEÇÃO CONDE GUILHERME PRATES  GRANDE  TRAVESSA EM PORCELANA CHINESA DITA COMPANHIA DAS INDIAS REINADO QIANLONG (1735 -1796). DECORAÇÃO EM AZUL UNDERGLAZE COM PEÔNIAS, CERCAS E LUXURIANTES RAMAGENS REALÇADAS A OURO.  A BASE TEM A DESEJÁVEL FINALIZAÇÃO UNGLAZED (SEM COBERTURA DO ESMALTE) QUE MOSTRA A PASTA RUGOSA DA PORCELANA COM A COR NATURAL DA ARGILA (TÍPICA DA BOA PRODUÇÃO DO PERÍODO QIANLONG). PERTENCEU A COLEÇÃO DO CONDE GUILHERME PRATES. CHINA, MEADOS DO SEC. XVIII. 43 CM DE COMPRIMENTO
  • CIA DAS INDIAS CANTÃO - EX COLEÇÃO CONDE GUILHERME PRATES - BELA TRAVESSA OVAL EM PORCELANA UNDERGLAZE DO PERÍODO QIANLONG (1736-1795). BORDA COM BARRADOS EM AZUL. RESERVA COM CENAS LACUSTRES, COM BARCOS, PONTES E PAGODES. PERTENCEU A COLEÇÃO DO CONDE GUILHERME PRATES CHINA, SEC. XVIII. 27 CM DE COMPRIMENTO.
  • CIA DAS INDIAS PADRÃO FOLHA DE TABACO VARIANTE FOLHA DE CHÁ  (REINADO QIANLONG 1736-1795)    EX COLEÇÃO CONDE GUILHERME PRATES - RARA SOPEIRA EM PORCELANA CIA DAS INDIAS PADRÃO FOLHA DE TABACO VARIANTE FOLHA DE CHA DECORADO COM ESMALTES DA FAMÍLIA ROSA FORMANDO FOLHAS DE CHÁ. FLORES, INSETOS, FRUTOS CORTADOS. CHINA, SEC. XVIII. 34 CM DE COMPRIMENTO (AUSÊNCIA DE TAMPA E PERDA DE UMA DAS PEGAS LATERAIS)
  • REINADO QIANLONG - PAR DE MAGNÍFICAS BILHAS COM BACIAS EM PORCELANA CIA DAS INDIAS DECORADAS COM BRASÕES ARMORIAIS EUROPEUS. ARREMATES EM OURO E LINDAS GUIRLANDAS EM ROUGE DE FEUR. PEÇAS FORMIDÁVEIS! CHINA, SEC. XVIII. 28 CM DE ALTURA (BILHAS) E 27 CM DE DIAMETRO (BACIAS). POSSUEM ANTIGOS RESTAUROS PROFISSIONAIS.
  • GRANDE E EXUBERANTE POTICHE EM PORCELANA DECORADO COM VARIADAS E GRADAS FLORES REMATADAS EM OURO. MAGNÍFICA PEÇA!  CHINA, INICIO DO SEC. XX. 40 X 27 CM
  • A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO - MAGISTRAL PLACA EM PORCELANA COM PINTURA REPRESENTANDO A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO. APRESENTA LÁZARO RESSURRETO SAINDO DE SUA TUMBA ONDE ESTEVE ENTERRADO ASSINADA COM MONOGRAMA OF E DATADA 1822. NA PARTE POSTERIOR TEM NUMERO DO MODELO IMPRESSO NA PLACA 321 E ESCRITO MANUALMENTE. PORCELANA DE VIENA. INICIO DO SEC. XIX. 29 X 36 CMNOTA: A ressurreição de Lázaro11 Estava, então, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. 2 E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo. 3 Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. 4 E Jesus, ouvindo isso, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. 5 Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. 6 Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. 7 Depois disso, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judeia. 8 Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá? 9 Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. 10 Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. 11 Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. 12 Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. 13 Mas Jesus dizia isso da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. 14 Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto, 15 e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis. Mas vamos ter com ele. 16 Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.17 Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura. 18 (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.) 19 E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão. 20 Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. 21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. 22 Mas também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. 23 Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. 24 Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. 25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; 26 e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso? 27 Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.28 E, dito isso, partiu e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está aqui e chama-te. 29 Ela, ouvindo isso, levantou-se logo e foi ter com ele. 30 (Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.) 31 Vendo, pois, os judeus que estavam com ela em casa e a consolavam que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali. 32 Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. 33 Jesus, pois, quando a viu chorar e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito e perturbou-se. 34 E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem e vê. 35 Jesus chorou. 36 Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava. 37 E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse? 38 Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro; e era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre ela. 39 Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. 40 Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? 41 Tiraram, pois, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. 42 Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste. 43 E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora. 44 E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.45 Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria e que tinham visto o que Jesus fizera creram nele.
  • MARQUESA DE SANTOS. DOMITILA DE CASTRO CANTO E MELO (SÃO PAULO, 1797 - 1867). RARO PRATO FUNDO DE LOUÇA INGLESA NA COR VERDE DELIMITADO POR FRISO AZUL COBALTO COM FILETES DOURADOS EM RELEVO. OSTENTA AO CENTRO DA CALDEIRA ROSETA EM AZUL COBALTO COM DETALHES EM DOURADO. EXEMPLAR DO SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO À PÁGINA 523 DO LIVRO "O BRASIL E A CERÂMICA ANTIGA", DE ELDINO DA FONSECA BRANCANTE. INGLATERRA, SÉCULO XVIII/XIX. 26 CM DIAMETRO. NOTA: Referência a esse serviço é apresentada no livro "A Marquesa de Santos" de Paulo Setubal: este serviço, apesar de não ser personalizado, aparece nitidamente descrito em documentos na época do casamento da jovem Domitila de Castro no alvorecer do século XIX. "Era um destramelar de armários, um remexer em empoeiradas arcas, um revirar canastras, um escancarar baús, um arrancar lá do fundo de tudo isso para expor ao sol, os preciosos guardados antigos, as coisas nobres e magníficas, as toalhas de crivo, as rendas de bilros, os panos bordados, a prataria do Reino, as peças de Porcelana. Sobretudo com muitos mimos era um esfregar aquelas pesadas louças de friso azul tão faladas na cidade".
  • BARÃO DE SÃO JOÃO DO RIO CLARO, AMADOR RODRIGUES DE LACERDA JORDÃO (1825-1873)  CONECTOR,  ELEMENTOS DA CABEÇADA DE ARREIOS EM METAL BRANCO DECORADO COM APLICAÇÃO DE COROA DE BARÃO. PERTENCEU AO BARÃO DE SÃO JOÃO DO RIO CLARO, FILHO DO BRIGADEIRO JORDÃO, CASADO COM DONA MARIA HYPÓLITA DOS SANTOS SILVA, SENDO ESTA FILHA DOS BARÕES DE ITAPETININGA. FOI SENHOR DA FAZENDA SANTA GETRUDES, HERANÇA DE SUA MÃE DONA GERTRUDES GALVÃO DE OLIVEIRA LACERDA,  ENTRE OS ANOS DE 1848 ATÉ SUA MORTE EM 1873.  FOI DEPUTADO GERAL PELA PROVINCIA DE SÃO PAULO POR DUAS LEGISLATURAS, FALECENDO DURANTE O EXERCÍCIO DE SEU SEGUNDO MANDATO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. TAMBÉM FOI PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA PROVINCIAL DE SÃO PAULO ENTRE 1861 E 1862. A CRIAÇÃO DO TÍTULO DE SEU BARONATO OCORREU EM 16 DE NOVEMBRO DE 1858. BRASIL, SEC. XIX. 19  CM DE COMPRIMENTO.

918 Itens encontrados

Página: