Peças para o próximo leilão

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  • PRATA DE LEI EDUARDIANA  ELEGANTE COOKIE JAR (BISCOITEIRA) EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE CHESTERFIELD E LETRA DATA PARA O INICIO DO SEC. XX. PRATEIRO EMILE VIENER, CAVALEIRO DA COROA BRITANICA. DECORADO COM ROSETAS RELEVADAS DISPOSAS EM BARRADOS CINZELADOS. BELAS ALÇAS LATERAIS.ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS COM FEITIO DE BOLACHAS. INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 25 CM DE COMPRIMENTO.1005G
  • OITO BOWLS GRANDES EM PRATA DE LEI. SÃO LAVANDAS MAS O TAMANHO EXAGERADO PERMITEMUSOS DIVERSOS. INTERIOR COM RICO VERMEIL. BORDA COM GODRONS. MARCAS DE CONTRASTE DO PRATEIRO ALVES PINTO, TEOR 833. BRASIL ,MEADOS DO SEC. XX. 12 X 5,4 CM. 1005 G
  • PRATA DE LEI DO PERIODO DO PROTETORADO INGLÊS SOBRE O  EGITO. MAGNFICO PUNCH BOWL/REFRESCADOR EM PRATA DE LEI TEOR 900 ESTILO EDUARDIANO. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DO CAIRO, TEOR CORRESPONDENTE A PRATA 900 E PERIODO DO PROTETORADO INGLÊS SOBRE O EGITO NA PRIMEIRA METADE DO SEC. XX.  PEÇA SUNTUOSAE ARTISTICAMENTE ELABORADA. BORDA RECORTADA DECORADA COM MAGNIFICAS FLORES RELEVADAS. ALÇAS LATERAIS COM FIEITIO DE IMPONETES LEIÕES MORDENTES EM ALÇAS. BASE CAMPANULAR. EGITO, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 22 X 17 CM. 1140 GNOTA: A história do Egito sob o domínio britânico se refere ao período após 1882, quando os ingleses conseguiram derrotar o exército egípcio em Tel El Kebir, em setembro, e assumiram o controle do país até a Revolução Egípcia de 1952 que tornou o Egito uma república e resultou na expulsão dos funcionários britânicos. Em 1882, a oposição ao controle europeu levou à crescente tensão entre os nativos notáveis; a oposição mais perigosa vinha do exército. Uma grande manifestação militar em setembro 1881 forçou o Quediva Teufique Paxá a demitir seu primeiro-ministro. Em abril 1882, a França e a Grã-Bretanha enviaram navios de guerra para Alexandria para fortalecer o quediva em meio a um clima turbulento, espalhando o medo de uma invasão em todo o país. Teufique mudou-se para Alexandria por receio de sua própria segurança, oficiais do exército liderados por Ahmed Urabi começaram a tomar o controle do governo. Em junho, o Egito estava nas mãos de nacionalistas contrários à dominação europeia do país. Um bombardeio naval britânico de Alexandria teve pouco efeito sobre a oposição o que levou ao desembarque de uma força expedicionária britânica em ambas as extremidades do Canal de Suez em agosto de 1882. Os britânicos conseguiram derrotar o exército egípcio em Tel El Kebir em setembro, e assumiram o controle do país colocando Teufique de volta no controle. O objetivo da invasão era restaurar a estabilidade política no Egito com um governo do quediva sob controle internacional sendo implementado para agilizar o financiamento do Egito desde 1876. É pouco provável que os britânicos esperassem uma ocupação de longo prazo desde o início, no entanto, Lord Cromer, representante-chefe da Grã-Bretanha no Egito na época, viu as reformas financeiras no Egito como parte de um objetivo de longo prazo. Cromer considerou que a estabilidade política era necessária para a estabilidade financeira, e embarcou em um programa de investimento de longo prazo em recursos produtivos no Egito, sobretudo na economia do algodão, a base dos lucros de exportação do país. Em 1906, o incidente de Denshawai provocou um questionamento do domínio britânico no Egito. A ocupação britânica terminou nominalmente com a declaração de independência do Egito pelo Reino Unido de 1922, mas a presença militar britânica no Egito durou até 1936. Durante a ocupação britânica e, posteriormente, o controle, o Egito desenvolveu em um comércio regional e destino de negociação. Imigrantes de partes menos estáveis da região, incluindo gregos, judeus e armênios, deslocaram-se para o Egito. O número de estrangeiros no país cresceu de 10 000 em 1840 para cerca de 90 000 em 1880, e mais de 1,5 milhões em 1930. Em 1914, como resultado da declaração de guerra contra o Império Otomano, do qual o Egito era nominalmente uma parte, a Grã-Bretanha declarou um protetorado sobre o país e depôs o quediva, substituindo-o por um membro da família que foi feito sultão do Egito pelos britânicos. Um grupo conhecido como "Delegação Wafd" participou da Conferência de Paz de Paris de 1919 para exigir a independência do Egito. Incluído no grupo, estava o líder político Saad Zaghlul, que mais tarde se tornaria primeiro-ministro. Quando o grupo foi preso e deportado para a ilha de Malta, uma grande revolta ocorreu no Egito. De março a abril de 1919, houve protestos em massa que se tornaram uma revolta. Isto é conhecido no Egito como a Revolução de 1919. As manifestações e tumultos continuaram quase que diariamente por todo o país pelo restante da primavera. Para a surpresa das autoridades britânicas, as mulheres egípcias também participaram, lideradas por Huda Sharawi (18791947), que se tornaria a principal voz feminista no Egito na primeira metade do século XX. As primeiras manifestações das mulheres ocorreu no domingo de 16 de março de 1919, e foi seguida por um outra ainda na quinta-feira, em 20 de março de 1919. As mulheres egípcias continuariam a desempenhar um papel nacionalista importante e cada vez mais público durante a primavera e o verão de 1919 e posteriormente.2 A repressão britânica dos motins anticoloniais levaram à morte de cerca de 800 pessoas. Em novembro de 1919, a Comissão Milner foi enviada ao Egito pelos britânicos para tentar resolver a situação. Em 1920, Lorde Milner apresentou seu relatório ao Lorde Curzon, o secretário de Relações Exteriores britânico, recomendando que o protetorado deveria ser substituído por um tratado de aliança. Como resultado, Curzon concordou em receber uma missão egípcia dirigida por Zaghlul e Adli Paxá para discutir as propostas. A missão chegou a Londres em junho de 1920 e o acordo foi concluído em agosto do mesmo ano. Em fevereiro de 1921, o Parlamento britânico aprovou o acordo e o Egito foi convidado a enviar outra missão a Londres com plenos poderes para concluir um tratado definitivo. Adli Paxá liderou esta missão, que chegou em junho de 1921. No entanto, os delegados do domínio na Conferência Imperial de 1921 salientaram a importância de manter o controle sobre a Zona do Canal de Suez e Curzon não conseguiu persuadir seus colegas de Gabinete em concordar com termos que Adli Paxá estava disposto a aceitar. A missão retornou ao Egito em desgosto. Em dezembro de 1921, as autoridades britânicas no Cairo impuseram a lei marcial e novamente deportaram Zaghlul. As manifestações novamente levaram à violência. Em deferência ao crescente nacionalismo e por sugestão do Alto Comissário, Lorde Allenby, o Reino Unido declarou unilateralmente a independência do Egito em 28 de fevereiro de 1922, abolindo o protetorado e estabelecendo um reino independente no Egito. Sarwat Paxá tornou-se primeiro-ministro. A influência britânica, no entanto, continuou a dominar a vida política do Egito e promoveu reformas fiscais, administrativas e governamentais. A Grã-Bretanha manteve o controle da Zona do Canal, Sudão e a proteção externa do Egito. O Rei Fuade morreu em 1936 e Faruque herdou o trono com a idade de 16 anos. Alarmado pela recente invasão da Itália fascista a Etiópia, assina o Tratado Anglo-Egípcio, exigindo que a Grã-Bretanha retirasse todas as tropas do Egito, exceto no Canal de Suez (acordado para ser evacuado em 1949).Durante a Segunda Guerra Mundial, as tropas britânicas usaram o Egito como uma base para operações aliadas na região. As tropas britânicas foram retiradas para a área do Canal de Suez em 1947, porém nacionalistas e anti-britânicos continuaram a aumentar sua influência após a guerra.
  • SEVRES TONALIDADE ROSE POMPADOUR  COM MARCAS DA MANUFATURA.  LINDO PAR DE JARROS COM TAMPA ESTILO E ÉPOCA NAPOLEÃO III. CORPO CONSTRUÍDO COM ELEGANTE TORCEIL PRONUNCIADO POR SULCOS REMATADOS EM RICO OURO. NO CENTRO GUIRLANDA COM FLORES RELEVADAS REMATADAS EM OURO. TAMPA TEM PEGA PINHIFORME. LINDA TONALIDADE ROSE POMPADOUR ASSIM DENOMINADO PELA MANUFATURA EM HOMENAGEM A MARQUESA MADAME DE POMPADOUR, GRANDE INCENTIVADORA DA CRIAÇÃO DA FÁBRICA DE SEVRES EM 1756. FRANÇA, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 38 CM DE ALTURANOTA: Em 29 de dezembro de 1721, o casamento formado por François Poisson e Louise de la Motte gerou uma menina a quem chamavam Jeanne-Antoinette. Esta criatura, que se diz ser filha biológica de Le Normand de Tournehem, um homem rico e dedicado às finanças (na verdade era seu padrinho a cuidar da sua educação e a do seu único irmão Abel), estava destinada a ocupar uma lugar muito importante na pródiga corte de Versalhes, pois com o tempo ela se tornou amante do rei Luís XV. Seu pai oficial era um ser rude e grosseiro, filho de um tecelão do distrito de Langres, localizado no leste da França famoso por seus queijos. Um homem esperto, sem muitos escrúpulos, conseguiu uma boa posição, mas como seu negócio não era muito limpo, ele teve que fugir para a Alemanha para escapar de um caso turbulento, onde permaneceu por oito anos. A mãe de Jeanne Antoinette era "uma bela morena de pele muito branca, uma das mulheres mais bonitas de Paris, de extraordinária graça e simpatia" (Texto retirado literalmente das crônicas da época). Portanto, não é de surpreender que tenha tido seus casos amorosos, se percebermos como Monsieur Poisson deveria ter sido, já que seu marido era mais que um peixe (poisson em espanhol significa peixe) era um pescador que sabia lançar sua isca. Madame de Pompadour foi educada com um grau de requinte absoluto, tudo pago pelo padrinho, é claro! Aprendeu música, adorou a leitura e o teatro, também cantou muito bem, pois também recebeu aulas de canto e pintura. Entre suas habilidades estava a de esculpir pedras preciosas. Na infância, até os doze anos, foi estagiária no convento das Ursulinas de Poissy. Em privado chamava-se Reinette, uma cartomante disse à mãe que a filha seria amante de um rei, tinha razão! Aos vinte anos, Jeanne-Antoinette era uma das jovens mais belas e encantadoras de Paris. Alta (mais do que a média), com o oval perfeito do rosto, tez muito fina, pele muito branca, boca sensual com dentes perfeitos, nariz bem formado, tinha olhos grandes, cuja cor às vezes era acinzentada. outros ao azul, cílios longos e cabelos castanhos claros quase loiros. Além de ser muito elegante e ter uma figura esbelta. A todas essas qualidades físicas somava-se sua grande inteligência, doçura e educação. Por tudo isso seu rico padrinho procurou um marido para ela, primeiro pensou em seu mirrado sobrinho, um homem muito rico chamado Charles Guillaume d'Etoiles, , que tinha fama de ser um homem honesto e de fortuna. O sobrinho se apaixonou pela esposa que seu tio Le Normant havia encontrado para ele. Em 1741 eles se casaram, estabelecendo sua residência entre o Hotel Gesures na Croix des Petits Champs em Paris e o Château de Etoiles, localizado nos belos bosques de Senart. Eles tiveram dois filhos, o mais velho em 1742 era um menino que morreu muito jovem, em 1744 nasceu sua única filha Alexandrine. Eles formaram um casamento feliz em que os dois se amavam, especialmente ele adorava sua esposa. Luís XV costumava caçar nos bosques de Senart. Então era costume as damas irem observá-lo (o rei era muito bonito), Madame de Etoiles não era exceção ao costume. O monarca notou a bela dama que o seguia sentada em sua carruagem. Ela era a futura Marquesa de Pompadour. Luís XV se casou aos quinze anos com a princesa polonesa Maria Lezinska, filha do ex-rei da Polônia Stanislas Leczinsky. Maria era quase sete anos mais velha que ele, era um casamento imposto, não tinha fortuna e gozava de pouco prestígio familiar. No entanto, não encontraram outra mais adequada, pois estavam com pressa para se casar com Luis, a infanta espanhola María Ana Victoria de Borbón y Farnesio, filha de Felipe V e Isabel de Farnesio, reis da Espanha, que se pensava em primeiro, era muito menina para se casar então depois de um tempo em Versalhes seu país de origem a devolveu. Mariannina (assim era chamada na família) foi prometida ao futuro Luís XV aos três anos e voltou para seus pais aos sete. Tudo era uma manobra política entre a França e a Espanha, Luís I da Espanha casou-se com Luisa Isabel de Orleans da França e o delfim com a infanta espanhola. Não poderia ser mais celebrada do que a de Luís I e Luísa Isabel de Orleáns, Duquesa de Montpensier. Luís XV franziu a testa, mas concordou em se casar com a princesa polonesa. Tiveram dez filhos, com os quais quando Luís XV tinha trinta e quatro anos a rainha ficou velha, apesar de ter se tornado um casamento feliz, se desfez devido à diferença de idade (entre outras coisas), sendo naquela época mais notória. Conta-se que Madame de Pompadour e o rei se encontraram na festa dada para celebrar o casamento de seu filho o delfim com a infanta espanhola María Teresa, filha de Felipe V de Espanha e, portanto, irmã de Maria Ana Vitória. Outros dizem que foi em uma festa à fantasia, o fato é que o belo rei e a dama se apaixonaram, foi quando Jeanne-Antoinette deixa o marido de coração partido indo morar em Versalhes em alguns apartamentos próximos aos ocupados pelo rei, que se comunicava por uma escada que tinha uma espécie de elevador que funcionava por meio de uma roldana e uma corda, os lacaios puxavam para fazer funcionar. Anteriormente "la Pompadour" havia sido apresentada na corte à rainha, (que sabia que ela era amante de seu marido, mas estava se fazendo de burra), era melhor assim, a esposa de Luís XV não desgostava da dama (ao contrário de outras anteriores que o rei tinha, como as irmãs Neslé que tratavan a rainha com desprezo). Ele havia recebido o Marquesado de Pompadour e o Ducado de Ménars. Além de ser nomeada camareira da rainha, a quem sempre tratou com respeito, o que a rainha gostou. O caso carnal entre o rei e a marquesa durou cinco anos, de 1745 a 1750. Ela se tornou a mulher mais poderosa de Versalhes. Quando seu relacionamento amoroso terminou, eles continuaram com uma forte amizade, o rei tinha grande apreço por ele, ele nunca saiu de seus aposentos da corte, influenciando a política e muitas decisões reais. Ela era uma excelente anfitriã, à sua mesa as melhores iguarias eram apreciadas fazendo com que seus convidados se sentissem em casa, quando estavam em suas deliciosas noites. Entre eles a própria rainha, que era uma glutona recebendo extrema-unção duas vezes por causa de seus excessos com comida. Gostava de cozinhar, aliás há vários pratos dedicados a ela, na sua época não era habitual uma senhora entrar na cozinha, fazia-o para criar os seus próprios pratos. Como exemplo temos a codorna ou linguado Pompadour, cordeiro e aspargos com um molho de sua invenção que, entre outras coisas, contém ovos e vai para o "Banho de Maria". Ela criou seu próprio estilo como a rainha Maria Antonieta. Pompadour tem o nome da Pompadour rosa em porcelana de Sévres, em homenagem à Marquesa, foi ela quem promoveu a criação da fábrica em 1756.Ele morreu com a idade de quarenta e três anos, sempre com problemas de saúde desde muito jovem. A causa? Parece que a tuberculose, embora haja autores que asseguram que os potingues que ela usava para maquiar e esconder a doença e, consequentemente, seu estado lamentável, (acabou por miná-la), eram tóxicos e aceleraram sua morte. Ela era muito presunçosa, não queria que ninguém a visse tão machucada e desgastada, então se arrumava diariamente caso o rei viesse visitá-la como fez até o fim de seus dias, ou seus amigos. A morte veio a ele em 15 de abril de 1764 em Versalhes. Ele teve o privilégio, por desejo expresso do rei, de morrer no palácio, até então apenas membros da família real podiam fazê-lo. O rei a viu partir em um carro funerário puxado por cavalos com acabamento em moiré prateado em uma manha fria e chuvosa. A procissão estava a caminho de Paris para seu funeral em Notre Dame inteiramente estofada em crepe preto. É quando Luís XV vai para a varanda com lágrimas nos olhos e quando vê partir o caixão que continha os restos mortais da mulher mais importante da sua vida, diz ao seu criado " É um péssimo dia para viagem da marquesa. Ela foi enterrada em Paris na igreja dos Capuchinhos.
  • BACCARAT  PESO DE PAPEL DECORADO COM FLORES DO TIPO LÍRIOS. FUNDO NA TONALIDADE AZUL. FRANÇA, SEC. XIX/XX. 8 CM DE DIAMETRO
  • MANABU MABE  VENTO VERMELHO  TAPEÇARIA URDIDA Á MÃO. ASSINADA CANTO INFERIOR DIREITO. LINDA TAPEÇARIA COM TONS PREDOMINANTES EM VERMELHO. BELISSIMA OBRA DO ARTISTA! NO BRASIL, UM DOS ARTISTAS QUE MAIS SOUBE EXPLORAR AS TRAMAS TÊXTEIS FOI MANABU MABE (1924-1997), QUE PRODUZIU SUAS PRIMEIRAS TAPEÇARIAS EM 1962, MAS A MAIORIA DESSAS PEÇAS DE SUA AUTORIA NO MERCADO DATAM DA DÉCADA DE 70.   174 X 200 CMNOTA: Manabu Mabe (Kumamoto, Japão 1924 - São Paulo SP 1997). Pintor, gravador, ilustrador. De Kobe, Japão, emigra com a família para o Brasil em 1934, para dedicar-se ao trabalho na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo. Interessado em pintura, começa a pesquisar, como autodidata, em revistas japonesas e livros sobre arte. Em 1945, na cidade de Lins, aprende a preparar a tela e a diluir tintas com o pintor e fotógrafo Teisuke Kumasaka. No fim da década de 1940, em São Paulo, conhece o pintor Tomoo Handa a quem apresenta seus trabalhos. Integra-se ao Grupo Seibi e participa das reuniões de estudos do Grupo 15. No ano seguinte adquire conhecimentos técnicos e teóricos com o pintor Yoshiya Takaoka. Nos anos 1950 toma parte nas exposições organizadas pelo Grupo Guanabara. Em 1957 vende seu cafezal em Lins e muda-se para São Paulo para dedicar-se exclusivamente à pintura. No ano seguinte, recebe o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea. Em 1959, é homenageado com o artigo intitulado The Year of Manabu Mabe O ano de Manabu Mabe, publicado na revista Time, em Nova York. Conquista prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal Internacional de São Paulo e prêmio de pintura na 1ª Bienal de Paris. Nos anos 1980 pinta um painel para a Pan American Union em Washington, Estados Unidos; ilustra O Livro de Hai-Kais, tradução de Olga Salvary e edição de Massao Ohno e Roswitha Kempf; e elabora a cortina de fundo do Teatro Provincial, em Kumamoto, Japão. TRAJETÓRIA: Manabu Mabe vem com a família para o Brasil em 1934 e trabalha na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo. Em 1941, reside na cidade de Lins, onde realiza desenhos a crayon e aquarelas. Dedica-se a essa atividade apenas nos dias de chuva - quando não pode trabalhar - e aos domingos. Adquire suas primeiras tintas a óleo em 1945. Dilui as tintas em querosene e utiliza como suporte para as pinturas o papelão ou a madeira. Nesse período, recebe orientação artística do pintor e fotógrafo Teisuke Kumasaka. Em 1947, em uma viagem a São Paulo conhece o pintor Tomoo Handa, que o incentiva a ter a natureza como fonte de inspiração. No ano seguinte, estuda com o pintor Yoshiya Takaoka, que lhe transmite ensinamentos técnicos e teóricos sobre pintura. Nesse período, participa do Grupo Seibi e integra o Grupo 15, com Yoshiya Takaoka, Shigueto Tanaka e Tomoo Handa, entre outros. Dedica-se ao estudo do nu artístico, pinta paisagens e naturezas-mortas, primeiramente em estilo mais conservador e depois aproxima-se progressivamente do impressionismo e fauvismo. a 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, toma contato com obras de artistas da Escola de Paris, como Jean Claude Aujame, André Minaux, André Marchand e Bernard Lorjou, experiência que, segundo o próprio artista, modifica sua forma de pensar e a atitude perante a pintura. No começo da década de 1950, apresenta em suas telas formas geometrizadas, aproximando-se do cubismo, e figuras contornadas por grossos traços negros. Sua produção dialoga com a obra de Pablo Picasso e de Candido Portinari, pelos quais mantém forte admiração, como podemos observar em Carregadores ou Colheita de Café, ambas de 1956. Gradualmente, adere à abstração e, em 1955, pinta sua primeira obra abstrata Vibração-Momentânea. Muda-se com a família para São Paulo em 1957, a fim de iniciar a carreira de pintor profissional. Recebe, em 1959, o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, com as pinturas abstratas Grito e Vitorioso, ambas realizadas em 1958. As obras aludem ao sentimento de alegria do artista pelo convite para participação no evento. Vitorioso é ainda uma homenagem à atuação de Pelé na Copa do Mundo do ano anterior. Em 1959, participa da 5ª Bienal Internacional de São Paulo, com as obras Composição Móvel, Pedaço de Luz e Espaço Branco, todas daquele ano, e recebe o prêmio de Melhor Pintor Nacional. As pinturas destacam-se pelas grandes manchas cromáticas, executadas em gestos rápidos e largos, em que se percebe o equilíbrio entre a espontaneidade e a contenção. Nessas telas, encontramos referências à tradicional arte da caligrafia japonesa. Consagra-se, no mesmo ano, nacional e internacionalmente: é premiado na 1ª Bienal dos Jovens de Paris; a revista Time dedica-lhe um artigo, intitulado The year of Manabu Mabe O ano de Manabu Mabe; e, no ano seguinte, é premiado na 30ª Bienal de Veneza. Torna-se assim um dos artistas mais destacados do abstracionismo informal brasileiro. Realiza exposições individuais e participa de mostras coletivas na América Latina, Europa e nos Estados Unidos. No início de sua trajetória no campo da abstração, Manabu Mabe explora em suas obras o empastamento, a textura e o traço e se revela um colorista de porte. Ao voltar-se para o universo das formas caligráficas, percebe também as possibilidades de criar uma linguagem lírica com a cor. Dessa forma, em meados da década de 1960, começa a aproximar-se também de certos aspectos do tachismo. Os títulos de suas obras evocam emoções ou fenômenos da natureza como, em Canção Melancólica, 1960, Primavera, 1965, Vento de Equador, 1969, Outono Tardio, 1973, Meus Sonhos, 1978 ou Viver, 1989. A partir da década de 1970, cristaliza seus procedimentos anteriores - que reaparecem estilizadas em quase toda sua produção -, incorpora em seus quadros figuras humanas e formas de animais, apenas insinuadas ou sugeridas, mas que em geral são representadas em grandes dimensões. Paralelamente, as grandes massas transparentes e etéreas com que vinha trabalhando adquirem um aspecto de solidez. (http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9432/manabu-mabe)
  • LUNDBERG STUDIO   ASSINADO SOB A BASE. PESO DE PAPEL EM VIDRO ARTÍSTICO IRIDESCENTE. ASSINADO SOB A BASE. DECORADO COM  FIGURAS GEOMÉTRICAS ESTILO ART DECO. PESOS DE PAPEL DOS IRMÃOS LUNDERBERG SÃO BELISSIMOS E MUITO COLECIONÁVEIS. EUA, DEC. 1970. 8,5 CM DE DIAMETRONOTA: James Lundberg construiu uma loja de vidro quente no quintal de sua casa na Califórnia em 1970. James juntou-se a seu irmão Steve para fundar a Nouveau Glass localizada em San Jose, Califórnia. James produziu pesos de papel de vidro de estúdio a partir de 1972. Com formação clássica em cerâmica, esmaltes e fabricação de vidro, James Lundberg viajou para a Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha para estudar técnicas de fabricação de vidro. Os irmãos mudaram o nome para Lundberg Studios em 1973, quando a produção foi transferida para Davenport, Califórnia. Os irmãos criaram uma equipe de artesãos de estúdio de vidro que fizeram uma variedade de itens funcionais produzidos em massa e encomendas personalizadas. James Lundberg morreu em um acidente de bicicleta em 1992. Steven Lundberg continuou a trabalhar no Lundberg Studios até 1997, quando saiu para criar o Steven Lundberg Glass Studios em Santa Cruz, Califórnia. Em 2002 em parceria com seu filho Justin e após ser diagnosticado com a doença de Lou Gehrig, Steven Lundberg fundou a Steven & Justin Lundberg Glass art. Steven Lundberg morreu em 2008.
  • LUNDBERG STUDIO   ASSINADO SOB A BASE. PESO DE PAPEL EM VIDRO ARTÍSTICO IRIDESCENTE. ASSINADO SOB A BASE. DECORADO COM  ESPIRAL ESTILO ART DECO. TONALIDADE METÁLICA PRATEADA E FUNDO EM AZUL. PESOS DE PAPEL DOS IRMÃOS LUNDERBERG SÃO BELISSIMOS E MUITO COLECIONÁVEIS. EUA, DEC. 1970. 8,5 CM DE DIAMETRONOTA: James Lundberg construiu uma loja de vidro quente no quintal de sua casa na Califórnia em 1970. James juntou-se a seu irmão Steve para fundar a Nouveau Glass localizada em San Jose, Califórnia. James produziu pesos de papel de vidro de estúdio a partir de 1972. Com formação clássica em cerâmica, esmaltes e fabricação de vidro, James Lundberg viajou para a Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha para estudar técnicas de fabricação de vidro. Os irmãos mudaram o nome para Lundberg Studios em 1973, quando a produção foi transferida para Davenport, Califórnia. Os irmãos criaram uma equipe de artesãos de estúdio de vidro que fizeram uma variedade de itens funcionais produzidos em massa e encomendas personalizadas. James Lundberg morreu em um acidente de bicicleta em 1992. Steven Lundberg continuou a trabalhar no Lundberg Studios até 1997, quando saiu para criar o Steven Lundberg Glass Studios em Santa Cruz, Califórnia. Em 2002 em parceria com seu filho Justin e após ser diagnosticado com a doença de Lou Gehrig, Steven Lundberg fundou a Steven & Justin Lundberg Glass art. Steven Lundberg morreu em 2008.
  • BACCARAT  - LINDO PESO DE PAPEL E VIDRO ARTÍSTICO COM PROFUSA DECORAÇÃO MILLI FIORE. LINDA PADRONAGEM! FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. 63 MM DE DIAMETRONOTA: Os pesos de papel de vidro ganharam popularidade em meados do século 19 depois de serem exibidos em várias exposições, mais notavelmente na Grande Exposição de 1851 no Crystal Palace de Londres. Maravilhas da habilidade artística e também acessíveis, os pesos de papel logo se tornaram o acessório de mesa definitivo, trazendo flores e outros objetos naturais que pereceram no inverno para dentro de casa  pode não haver flores no jardim, mas elas ainda poderiam cercá-lo enquanto você escrevia suas cartas. Colecionadores durante este período incluíram Colette, Oscar Wilde e Imperatriz Eugenie da França.  Incrivelmente, tudo dentro do peso também é vidro: as flores, as salamandras, os insetos  tudo. A maioria dos pesos da coleção Neustadter , que foi oferecida na Christie's em 2016, foi feita usando bengalas millefiori ou lampwork. Os bastões Millefiori ou 'mil flores' são produzidos por camadas de vidro fundido em um padrão em uma forma cilíndrica e, em seguida, puxando o cilindro para criar uma haste alongada e fina como um lápis. Quando a haste é cortada, o padrão pode ser visto na seção transversal. Os pesos Millefiori consistem em muitos bastões padronizados, embalados juntos ou em vários outros arranjos . Os pesos de lampwork são feitos derretendo pequenas hastes de vidro colorido sobre uma tocha ou chama e usando ferramentas para manipular o vidro amolecido. Exemplos de lampwork incluem pesos de borboleta e flor e pesos de cobra .
  • BACCARAT-  RARISISMO PAR DE PINHAS (BOULE D'ESCALIER)  LINDO PAR DE PINHAS EM CRISTAL NA TONALIDADE AZUL. MODELO FAVO DE MEL. ESTRUTURA ALVEOLAR COM TOPO SUPERIOR LAPIDADO EM ESTRELA. BASE EM METAL. LINDAS E EM EXCELENTE ESTADO! FRANÇA, SEC. XIX.   17 CM DE ALTURANOTA: Boule DEscalier ou bolas de escada começaram a ser fabricas em cristal pela manufatura SAINT LOUIS em 1845. Além do aspecto ornamental, elas tinham uma razão prática para existir: a conveniência de ocultar intersecção do corrimão no balaústre na base da escada. A manufatura de BACCARAT começou logo a seguir em 1846. Seguiu-lhes a manufatura de CLICHY (1849). A Whiterfriars Manufactory (Reino Unido) começou um pouco atrasada e não lançou as primeiras bolas de vidro até 1855. Inicialmente elas eram em blocos de cristal maciço (e logo depois passaram a ser ocadas). As Grandes cristalleries francesas como Baccarat e Saint-Louis produziram verdadeiras obras de arte cujas facetas capturavam a iridescência azulada da iluminação a gás. Em seguida, a bola foi adornada à maneira do cristal da boêmia, alternando a transparência das peças lapidas com as áreas planas do vidro colorido. Assim o artesão criava efeitos de luz a partir de formas geométricas sob uma segunda camada de cristais coloridos colocados na superfície: técnica chamada de "sobreposição". Das escadas, as Boule DEscaliers passaram a adornar as salas dos colecionadores que reúnem modelos e cores diferentes o que as torna encantadoras e decorativas.
  • ANTIGA BENGALA COM ESTOQUE PARA DEFESA PESSOAL. CANA EM FERRO E CASTÃO EM MADEIRA, O   CASTÃO ROSQUEÁVEL LIBERA ESTOQUE QUADRILOBADO. PEÇA INTERESSANTE, COLECIONÁVEL E MUITO ANTIGA! EUROPA, MEADOS DO SEC. XIX. LAMINA COM CASTÃO 73,5 CM, 88.5 CM DE ALTURA.
  • ANTIGA BENGALA COM CASTÃO EM OURO. CANA EM MADEIRA COM TERMINAL EM MATÉRIA CÓRNEA. SEC. XIX/XX. 92 CM DE COMPRIMENTO
  • PAR DE RICOS TOCHEIROS EM BRONZE ORMOLU DECORADOs COM CABEÇAS DE QUERUBINS REMATADAS POR CACHOS DE UVA E ELEMENTOS VEGETALISTAS. SUNTUOSOS E MAGNIFICOS. ASSENTES SOBRE PÉS EM GARRA E BOLA. SEC. XIX. 65 CM DE ALTURA
  • DOMINGOS PEREIRA BAIÃO (1825-1871)  FAUSTOSO CONJUNTO DO DESCIMENTO DE CRISTO DA CRUZ TALHADO EM CALCITA POLICROMADA E DOURADA. O ERUDITO CONJUNTO ESTÁ ACOMODADO SOB REDOMA COM BASE EM MOSAICO DE MADEIRAS DIVERSAS. OBRA PRIMOROSA DA ESCOLA BAIANA OITOCENTISTA FIRMADA NAS CARASTERÍSTICAS ESTILISCAS DO MESTRE DOMINGOS PEREIRA BAIÃO, ENTALHADOR, DOURADOR E POLICROMADOR DE SUA PRÓPRIA OBRA. FOI DISCÍPULO DE BENTO SABINO DOS REIS E FUNDADOR DE PROFÍCUA OFICINA ONDE FORMOU E ORIENTOU COMO MESTRE QUASE TODOS OS GRANDES ESCULTORES BAIANOS DE MEADOS DO SEC. XIX.  A OFICINA DO MESTRE DOMINGOS BAIÃO ATENDEU À DEMANDA LOCAL MAS TAMBÉM PRODUZIU IMAGENS PARA DIVERSAS REGIÕES DO BRASIL.  VIDE A SEMELHANÇA DO ESTILO DA PEANHA DO CONJUNTO SEGUINDO O GÊNERO DONA MARIA I QUE REMETE À TALHA DOS ALTARES LATERAIS DO CONVENTO DE SANTA TEREZA EM SALVADOR. DOMINA O CONJUNTO UMA GRANDE CRUZ ARTISTICAMENTE ENTALHADA COM UM PANO BRANCO DEPOSITADO SIMBOLO DA RESSUREIÇÃO DE CRISTO. A CRUZ TEM AS BORDAS REALÇADAS EM OURO ASSIM COMO O TÍTULOS CRUCIS (PLACA DE INFAMIA). EM PLANO CENTRAL, ABAIXO DA CRUZ ESTÁ A VIRGEM DA PIEDADE SEGURANDO EM SEUS BRAÇOS O CRISTO MORTO DESCIDO DA CRUZ. AO LADO ESQUERDO DA VIRGEM, DE PÉ ESTÁ JOSÉ DE ARIMATÉIA SEGURANDO UMA ESCADA UTILIZADA NO DESCIMENTO DA CRUZ E O ALICATE COM QUE RETIROU OS CRAVOS. A DIREITA ESTA NICODEMOS, SEGURA A COROA DE ESPINHOS E O MARTELO, OUTRO INSTRUMENTO DA PAIXÃO.  OS DOIS PERSONAGENS VESTEM ROUPAS DE FIDALGOS TÍPICAS DO SEC. XVII. SUA INDUMENTÁRIA DISTOA DAS DEMAIS APRESENTADOS NO CONJUNTO, MAS NÃO POR ACASO. O ARTISTA DESEJOU DISTINGUI-LOS COMO HOMENS DA NOBREZA E NÃO PERTENCENTES A CLASSE DO POVO.  JOSÉ DE ARIMATÉIA ERA MEMBRO DO SINÉDRIO, HOMEM PODEROSO, MUITO CONHECIDO E ESTIMADO EM JERUSALÉM. NICODEMOS ERA UM FARISEU, DOUTOR DA LEI E PRÍNCIPE DOS JUDEUS. ANTERIORMENTE HAVIA SE ENCONTRADO COM O MESTRE NA ESCURIDÃO DA NOITE, PARA NÃO SER VISTO, MAS TAL FOI A IMPRESSÃO QUE TEVE DESSE ENCONTRO. QUE VEIO RESGATAR O CORPO DO SENHOR APÓS A CRUCIFICAÇÃO. NICODEMOS LEVOU CONSIGO QUASE CEM ARRETÉIS DE MIRRA E ALOÉS COM OS QUAIS O CORPO DE CRISTO FOI BANHADO ANTES DO ENTERRO. ABAIXO DO PLANO PRINCIPAL, ESTÁ AJOELHADO DO LADO ESQUERDO, SÃO JOÃO EVANGELISTA, O DISCÍPULO AMADO QUE TRAZ AS MÃOS CRUZADAS SOBRE O PEITO. ESSE GESTUAL DEMONSTRA ERUDIÇÃO EXTREMA POR SER UM SÍMBOLO DE RESSUREIÇÃO EMPREGADO POR GRANDES MESTRES DA ARTE CRISTÃ  ATRAVÉS DOS TEMPOS. PODE SER VISTO  POR EXEMPLO NAS CENAS DA VIDA DO SANTO EVANGELISTA (VIDE AFRESCO DA RESSUREIÇÃO DE DRUSIANA DE GIOTTO NA CAPELA DE PERUZZE  EM  FLORENÇA: https://www.flickr.com/photos/renzodionigi/3690395356). DO LADO DIRETO ESTÁ MARIA MADALENA COM AS MÃOS UNIDAS JUNTO AO PEITO EM ORAÇÃO. AO SEU LADO, UM QUERUBIM AJOELHADO SEGURA UMA BANDEJA QUE CONTÉM OS TRÊS CRAVOS DA CRUCIIFICAÇÃO. OS PERSONAGENS ESTÃO DISTRIBUIDOS SOBRE UMA REPRESENTAÇÃO DO GÓLGOTA TAMBÉM EM PEDRA POLICROMADA. FINALIZANDO O CONJUNTO, COM REQUINTE E ELEGANCIA ESCULTÓRICA, A PEANHA É ARTISTICAMENTE ENTALHADA COM REPRESENTAÇÃO VEGETALISTA HARMONIOSAMENTE ENTRELAÇADA.  O CONJUNTO REPOUSA SOBRE UMA BASE EM MOSAICO DE MADEIRAS PRECIOSAS COM UMA CÚPULA DE VIDRO QUE O PROTEGE. OBRA FORMIDÁVEL, DA MAIS ALTA LAVRA DA ESCULTURA SACRA BAIANA. MEADOS DO SEC. XIX. 43 CM DE ALTURA (SOMENTE O CONJUNTO SEM CONSIDEDAR O TAMANHO DA BASE E DA CÚPULA. Há uma trinca no vidro na parte inferior da cúpula no fundo.NOTA:  Domingos Pereira Baião nasceu na Salvador de 1825 e morreu no estado da Bahia, não se sabe em que cidade, em 21. 08. 1871. Foi um escultor com período de atividade operosa nos anos de 1849, 1850-1854, 1855-1856 e 1860, morou nos seguintes endereços residenciais: em 21. 08. 1866 morava na Rua do Gravatá, n24, Freguesia de Santana do Sacramento; no ano de sua morte morava na Estrada Nova Freguesia da Sé; consta que em 21. 08. 1871, data de sua morte, morando à rua da Valla, teve oficinas nos seguintes endereços comerciais: em 1854, loja da escultura na Ladeira da Misericórdia, 189; em 1862, loja de imagens na Rua do Julião, 41. Na página 316 (321) do Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Bahia para o ano de 1854, encontramos anúncio (figura 3) da Loja de Escultura de Domingos Pereira Baião, na ladeira da Misericórdia, n. 189 em que informa ao público está pronta para receber qualquer encomenda dependente do seu trabalho em madeira, pedra e barro, obrigando-se a dar em tempo marcado, com a melhor perfeição e esmero, como provão os diversos trabalhos que tem feito, não só para esta capital, como para diversas províncias do império. Incumbindo-se também de qualquer pintura de imagens por ser ligada à sua oficina uma pintura, cujo artista é bastante hábil.  Foi discípulo de Bento Sabino dos Reis, escultor distinto, retratista regular e músico de família. Estudou preparatórios e antigo desenho no antigo Liceu Provincial. Seu brilho foi intenso na elegância do traço, como na firmeza da execução. Suas obras estão espalhadas em profusão por todo o país. muitas têm sido as produções de Baião, conhecido e apreciado na província da Bahia, e fora della. É seu estylo correcto, ornado de graça e beleza forma e dos recortes, com a brandura das roupagens, que tanto distingue os mais celebres mestres, quer em pintura, quer em esculptura. A Bahia teve uma extensa produção de esculturas sacras nos séculos XVIII e XIX em consequência de ser o mais antigo e principal centro de administração religiosa na colônia e sede do primeiro bispado, instituído em 1554. TOMO A INICIATIVA DE REPRODUZIR AQUI UM LIGEIRO MAS IMPORTANTE APANHADO SOBRE A EVOLUÇÃO DA ARTE DA ESCULTURA RELIGIOSA E SECULAR NA BAHIA. RENDEMOS AQUI NOSSA HOMENAGEM AOS GRANDES ARTISTAS BAIANOS MESTRES DA ARTE SACRA NO PERÍODO COLONIAL E IMPERIAL BRASILEIRO. ESSE TEXTO FOI RETIRADO DO LIVRO PEQUENA HISTÓRIA DAS ARTES PLÁSTICAS NO BRASIL DE PEDRO RUBENS. EDITADO EM 1941.DIZ O AUTOR NESSA PUBLICAÇÃO:   ... Pedro Calmon escreveu com muita precisão :  É deveras singular o que acontece com o clima artistico da velha Bahia. Parece que a inspiração dos toreuticos antigos anda no ar, e se transmitte, como os traços de familia na mesma tribo, através do tempo, de avós a netos, creando silenciosas dynastias de joalheiros e rendeiros em madeira de lei. O paiz todo se encheu de magestosas mobilias floridas pelas suas mãos habeis. E ainda sobram os templos forrados dos silhares ao tecto da talha flocada e leve que estylisaram, transformando numa espuma dourada e aerea os rijos taboados. Nisso o que a Bahia tem de melhor é produto do desenho e da pericia dos seus artesãos humildes. Realísaram o minucioso milagre do seu trabalho sem outra influência. Fora do meio mesquinho onde floresceram. Deixaram monumentos que dão ao Brasil personalidade e legaram ao catalogo das artes universais, os discípulos, que mantém accesa a lampada encantada. Entre elles havia sempre um Donatello, a incitar um Brunellesco: Piglia dei legno  Assim foi sempre. Os mestres de outros tempos revivem nos discípulos que noutros vão transmitindo a chama eterna. Chagas, o Cabra, é o ponto de partida do esplendor da escultura na Bahia . Seu nome verdadeiro ninguém reteve. Nem as datas de nascimento e de morte. A tradição conservou apenas o cognome e o appe!lido, que a obra genial imortaliza. Deve ter nascido nos fins do século XVII ou começo do XVIII. Chagas forma com Mestre Valentim e Aleijadinho  o trianguJo luminoso da arte colonial no Brnsil, na escultura. A madeira nas suas mãos transforma-se, milagrosamente, em vidas cristianíssimas e enriquece tempios. A dôr, o martyrio, a uncção, a renuncia,  a resignação, a inocência  nunca tiveram melhor interprete na madeira. A arte da esculptura polariza-se em Chagas, o Cabra. Fez Nossa Senhora das Dores, São João e Magnalena o monumental grupo da Ordem Terceira do Carmo; S. Benedicto, na matriz de Sant' Anna, Senhora da Redenção, na egreja do Corpo Santo; Nossa Senhora do Monte do Carmo, o Senhor dos Passos, existente em Santa Catharina e de comovente historia.  As suas imagens são tão perfeitas que parecem tiradas do natural, - disse Antonio da Cunha Barbosa . Foi celebre artista e chefe de uma escola de esculptura. Presume-se que Feliz Pereira, falecido nos fins do seculo XVIll, tenha sido discípulo de Chagas. Revelam seus trabalhos muita realidade na expressão physionomia. Fez varias imagens de grande valor, destacando-se o Senhor dos Passos (1762), na ilha do Bom Jesús, Vera Cruz, na capeJla da Ajuda e N. S. Sant'Anna). Como chefe da escola de escuJptura do seu tempo, vive Bento Sabino dos Reis (1786-1846), que tambem não sae do assumpto religioso. Talha Senhora da Piedade no convento de S. Francisco e S. José e S. João, na cidade do Salvador ; Divina Pastora em Alagoinhas ; S. Francisco de Paula, S. Francisco de Assis (de barro cosido), a Via-Sacra (14 quadros em barro cosido) e um Senhor dos Passos, sua obra prima e que deu motivo á devoção do Senhor dos Passos dos Humildes. Manoel Ignacio da Costa (1748-1849), discípulo de Felix Pereira,  revelou--se laborioso e fecundo na concepção gigantesca de suas concepções. Suas obras se espalham pela Bahia e pelo paiz. É de pasmosa realidade. Delle são : S. João de Deus .  na matriz de S. Pedro Velho ; Nossa Senhora Mãe dos Homens, S. Guilher me, na Igreja da Palma, o Senhor Morto, que sae em procissão da Ordem Terceira cio Carmo> Quem quizer admirar o que é grandeza artística - diz Manoel Quirino - observe esta imagem. Maravilham aquellas formas surpreendentes de belleza: a naturalidade dos ferimentos da cabeça que pende sobre o peito, e os cabelos que em madeixas empastam-se, ensanguentados, sobre os olhos já fechados. Não se pode dar á morte do justo tristeza mais solene. Poucas vezes se tem taIhado a imagem do Homem Deus tão grandiosa>. Fez mais ; Sant'Anna e S. Pedra de Alcantara no convento de S. Francisco, de impressionante realidade reveladora de renuncias e mortificações, S. Jorge, em Maragogipe e Magdalena, na igreja da Lapinha. Em barro cosido fez o genial artista obras excellentes, representadas em figuras e grupos verdadeiramente notáveis. Dele é o Caboclo, emblema da emancipação politica bahiana nos feitos de 23. Depois de Manoel Ignacio da Costa, surgem Antonio de Souza Paranhos (1786-1854), Francisco Machado Peçanha, João Baptista Franco (1824-1870), miniaturista e especialisado em vestir principescamente as imagens. Domingos Pereira Baião (1825- 1871), discipulo de Bento Sabino dos Reis, foi escultor exímio, retratista regular e músico de familia, tendo brilhado e tanto na elegância do traço, como na firmeza da execução. Deixou numerosas obras. Aurelio Rodrigues da Silva (1834-1896), discipulo de Souza Paranhos, artista de merito, bastante caprichoso em seus trabalhos, completo em imagens vestidas, trabalhou muito; João Carlos do Sacramento (1830, 1886), discípulo de Magalhães Requião, produziu bastante ; Antonio Machado Peçanha, nascido em 1835, , arrojado e imaginoso,  e segundo Baião : era  muito inteliígente, corajoso, valente na concepção e affoito no desbastar.  EROTIDES AMERICO D'ARAUJO LOPES, nascido em 17 de dezembro de 1827, é organização artistica de  Merito. Guiado por Domingos Baião,  a quem sobrepujou, trabalhou cm madeira, depois em pedra jáspe e casca de cajazeira, especializando-se  em miniaturas, possuindo obras em varias partes da Europa. Em casca de cajazeira talhou uma serie de tipos populares muito flagrantes e movimentados. Foi operosissimo. Suas mãos felizes tiravam da pedra e da madeira legitimas obras primas. Um Presepio seu constitue um conjuncto de tresentas e tantas figuras. Seguem-se João Guilherme da Racho (nascido cm 1851), Domingos de Barros Lisboa, José Florencio Gomes Junior (1858 ), e varies outros menores como Raimundo Nonato Vieira Lima (nascido cm 1852), Jovino de Mattos Guimarães (1856- 1896) Eustachio Manoel da Cruz (!838- 1902), Antonio Borba, discípulo de Baião, Ivo José de Araujo e varies outros. Com os csculptorcs e santeiros, viveram os entalhadoresque fixaram primores ornamentaes em jacarandá, fizeram peanhas, ornamentos, tribunas, côros e altares, podendo  se nomear Martinho e, Roque (dos quaes se ignora o prenome) Joaquim Pereira de Mattos, vulgo oaquim Pataca (1780- 1885),  Cypriano Francisco de Souza (1820- 1890), Maximiano Brandão, Candido Alves de Souza (1840- 1884), Domingos Alves do Sacramento (1848- 1901) e outros. Com a fundação da Escola de Belllas Artes, foi contratado na Europa o esculptor francez J. C. Santis,  sucedido annos depois por De Chirico, esculptor italiano, ambos fazendo bons alunos. Atravez dos tempos, a Bahia produziu escuptores e entalhadores cujos nomes perdurarão eternamente. Ainda há pouco (1 936), o Rio admirou no Lyceu de Artes e Officios as esculpturas rnagistraes de Pedro Ferreira. Vendo-as, escreveu Pedro Ca!mon , São tão reaes e irnpecaveis, o seu dolorido São Sebastião, a Virgem Mãe pisando uma nuvem carregada pelos serafins deliciosamente infantis, o Crucificado pendente do madeiro, roxo da morte e do crepusculo - que poderiamos, junto delas  desejar que fosse mais completa a maravilha, e se animassem de gesto e voz.
  • GOA - NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO -  LINDA IMAGEM EM MARFIM DE VERTENTE INDO PORTUGUESA REPRENSANDO NOSSA SENHORADA CONCEIÇÃO. BASE EM MADEIRA ELEGANTEMENTE TRABALHADA. CINGE COROA EM PRATA DE LEI. CABELOS SINUOSOS LHE CAEM SOBRE AS COSTAS EM CASCATA. MANTO ELEGANTEMENTE DRAPEADO. ROSTO BELISSIMO E EXPRESSIVO! PEÇA COM GRANDE QUALIDADE ESCULTÓRICA. GOA, POSSESSÃO PORTUGUESA NA INDIA. SEC. XVII 24 CM DE ALTURA (COM A BASE E A COROA).NOTA: As imagens indo portuguesas produzidas em Goa atingiram o máximo da perfeição plástica com nível de trabalho europeu. Entretanto percebe-se influência dos parâmetros e cultura local nas feições das imagens. Assim, pode-se perceber por exemplo a presença de olhos amendoados, feições orientais, cabelos sinuosos e tipificação com divindades hindus (assim o Menino Bom Pastor apresenta semelhança com imagens de buda meditando). A produção dessas imagens começou no sec. XVI e ganhou no séc. XVII um grande impulso. São extremamente bonitas e colecionáveis.
  • SÃO NICOLAU DE BARI  LINDA IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO SÃO NICOLAU. LINDA POLICROMIA E EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. BRASIL,  SEC. XIX. 29 CM  DE ALTURANOTA: São Nicolau de Mira (também conhecido como São Nicolau de Bari) é um santo da Igreja Católica, mas também muito querido pelos ortodoxos. Nicolau vem de nikos, que significa vitória, e de laos, povo, isto é, vitória do povo. Sua festa é comemorada na Europa no dia 6 de Dezembro, logo no início do advento. Devido aos seus milagres ele também é conhecido como São Nicolau Taumaturgo (taumaturgo é a capacidade de um santo de realizar milagres). Ele é o santo padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega. Na Armênia ele é padroeiro dos guardas noturnos. Em Bari, na Itália, ele é padroeiro dos coroinhas. Em Portugal ele é padroeiro dos estudantes. Além disso, ele também é conhecido como protetor dos marinheiros e comerciantes, como santo casamenteiro e principalmente como um grande amigo das crianças. Contam que São Nicolau era humilde e simples, vestindo-se com modéstia e se alimentava com o mínimo necessário, apenas uma vez por dia, durante à noite. Porém a crendice popular, a propaganda e o consumismo desenfreado conseguiram transformar um verdadeiro santo em nada mais nada menos que num velho gordo de roupas vermelhas, que distribui presentes e literalmente mata o natal, desvirtuando o verdadeiro sentido do Natal (que é o nascimento de Jesus) e da vida de São Nicolau. Filho de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egito. Mais tarde, durante as perseguições do imperador Diocleciano, foi aprisionado até a época em que foi decretado o Edito de Constantino, sendo finalmente libertado. Segundo alguns historiadores, o bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325. Foi venerado como santo ainda em vida, tal era a fama de taumaturgo que gozava entre o povo cristão da Ásia. Morreu no dia 6 de dezembro de 326, em Mira. Imediatamente, o local da sepultura se tornou meta de intensa peregrinação. O seu culto se difundiu antes na Ásia, e o local do seu túmulo, fora da área central de Mira, se tornou meta de peregrinação. O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, bispo de Constantinopla, que em 842 relatou todos os milagres atribuídos a são Nicolau de Mira. Depois, mais de sete séculos passados da sua morte, Nicolau de Mira se tornou Nicolau de Bari. Em 1087, a cidade de Bari, em Puglia, na Itália, sofria a subjugação dos normandos. E Mira já estava sob domínio dos turcos muçulmanos. Setenta marinheiros italianos desembarcaram nessa cidade e se apoderaram das suas relíquias mortais, transferindo-as para Bari. O corpo de são Nicolau foi acolhido, triunfalmente, pela população de Bari, que o elegeu seu padroeiro celestial. E ele não decepcionou: por sua intercessão os prodígios e milagres ocorriam com grande frequência. Seu culto se propagou em toda a Europa. Então, a sua festa, no dia 6 de dezembro, foi confirmada pela Igreja. A tradição diz que os pais de Nicolau eram nobres, muito ricos e extremamente religiosos. Que era uma criança com inclinação à virtuosidade espiritual, pois nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno, ou seja, já praticava jejum voluntário. Quando jovem, desprezava os divertimentos e vaidades, preferindo frequentar a igreja. Costumava fazer doações anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres. Dizem que Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os jogava dentro das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela manhã. Dessa tradição veio a sua fama de amigo das crianças. Mais tarde, ele foi incluído nos rituais natalinos no dia 25 de dezembro, ligando Nicolau ao nascimento do Menino Jesus. Mais tarde, quando já era bispo, um pai, não tendo o dinheiro para constituir o dote de suas três filhas e poder bem casá-las, havia decidido mandá-las à prostituição. Nicolau tomou conhecimento dessa intenção, encheu três saquinhos com moedas de ouro, o dote de cada uma das jovens, para salvar-lhes a pureza. Durante três noites seguidas, foi à porta da casa daquele pai, onde deixava o dote para uma delas. Existem muitas tradições e também lendas populares que se criaram em torno deste santo, tão singelo e singular. A sua figura bondosa e caridosa, símbolo da fraternidade cristã, mantém-se viva e impressa na memória de toda a cristandade. Agora, também na da humanidade toda, porque perpetuada através dos comerciantes nas vestes de Papai Noel nos países latinos, de Nikolaus na Alemanha e de Santa Claus nos países anglo-saxões. Mesmo sob falsas vestes, são Nicolau nos exemplifica e recorda o seu grande amor às crianças e aos pobres e a alegria em poder servi-los em nome de Deus.
  • RAINHA SANTA ISABEL  FORMIDÁVEL IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO A RAINHA SANTA ISABEL CINGINDO COROA. LINDOS CABELOS ARRANJADOS EM COQUE. A SANTA VESTE MANTO EM ARMINHO E VESTIDO VERMELHO DECORADO COM OURO EM PONTA SECA. BASE ESTILO DONA MARIA I. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. SEGURA GRANDE BOUQUET DE LINDAS ROSAS!  RARA INVOCAÇÃO! PORTUGAL, SEC. XIX. 37 CM DE ALTURANOTA: Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal (1271-1336) foi rainha consorte de Portugal, esposa do rei D. Diniz. Reputada como fazedora de milagres foi beatificada pelo papa Leão X, em 1516, e canonizada pelo papa Urbano VIII, em 1625.Isabel de Aragão nasceu no Palácio de Aljaferia, em Saragoça, Espanha, no dia 4 de janeiro de 1271. Era filha de D. Pedro III rei de Aragão e de D. Constança de Hohenstaufen. Muito católica, desde pequena, já rezava e fazia jejuns.Isabel era muito formosa, de grande coração e muita caridade. Ela não gostava de música, passeios, nem de joias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade. Com apenas 12 anos, foi pedida em casamento por três príncipes, mas seus pais escolheram D. Diniz, herdeiro do trono de Portugal, apesar de Isabel estar mais inclinada a encerrar-se em um convento. Isabel de Aragão teve dois filhos, Constança e Afonso, o herdeiro, mas seu coração era grande, pois dava guarita aos filhos ilegítimos do rei. Conhecidos eram seus esforços para apaziguar as negociações de paz entre D. Diniz e seu irmão D. Afonso, que reclamava ser o legítimo herdeiro, pelo fato de D. Diniz ter nascido antes de o papa ter reconhecido seu casamento com D. Beatriz de Castela. Conta-se que D. Isabel tentou mediar uma discórdia entre D. Diniz e seu filho Afonso, mas não conseguindo se interpôs entre os dois exércitos. Comoveu pai e filho e obteve a paz. Relatam seus contemporâneos que ela costumava dizer: Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas.  Com esse espírito, rapidamente passou a circular entre o povo seu caráter de bondade e santidade. Foram-lhe atribuindo diversos milagres, como a cura de sua dama de companhia e de diversos leprosos. Diz-se também que fez com que uma criança pobre e cega começasse a ver e que curou em uma só noite os graves ferimentos de um criado. Um dos mais conhecidos milagres de santa Isabel é o das rosas. Conta-se que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados da região de Alvalade quando D. Diniz apareceu. O rei perguntou a D. Isabel: O que levas aí, senhora? Para não desgostar o marido, que era contra essas doações, ela respondeu: Levo rosas, senhor. E, abrindo o manto, perante o olhar surpreso do rei, não se viam moedas, mas sim rosas vermelhas. Em outra versão, conta-se que, certa vez, numa manhã de inverno, D. Isabel, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido uma dobra de seu vestido com pães para distribuir. Tendo sido apanhada pelo rei, que a questionou sobre onde ia e o que levava, ela exclamou: São rosas, senhor! Mas o rei indagou: Rosas no Inverno? A rainha mostra ao rei os pães e o que ele vê são rosas. As rosas aparecem ainda em outras lendas. Uma na construção de um templo em Alenquer, quando pagou aos operários com rosas que se transformaram em dinheiro. Em outra, estava a pagar com moedas de ouro a construção do Convento de Santa Clara quando apareceu o soberano e ela, outra vez mais, mostrou-lhe rosas. Com a morte de D. Diniz, em 1325, D. Isabel retirou-se para o Mosteiro das Clarissas de Coimbra, onde passou a viver como religiosa, sem votos, após ter deposto a coroa real no santuário de Compostela e haver dado todos os seus bens pessoais aos mais necessitados. D. Isabel de Aragão passou o resto de sua vida na pobreza voluntária. Fixou residência em Coimbra, junto do Convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana. Mandou construir os hospitais de Coimbra, e Santarém e de Leiria, para receber os pobres. Quando D. Isabel deixou Coimbra para pacificar o filho D. Afonso IV de Portugal, e o neto, Afonso XI de Castela, que ameaçavam uma guerra, faleceu durante a viagem, vítima de lepra. D. Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal faleceu em Estremoz, Portugal, no dia 4 de julho de 1336. Seus corpo foi enterrado no Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova, em Coimbra.
  • NOSSA SENHORA AUXILIADORA  SUNTUOSA IMAGEM EM PRATA DE LEI REPRESENTANDO A VIRGEM AUXILIADORA SUSTENTADA POR TRÊS ANJOS SOBRE BASE EM ESTUQUE SOBRE REPRESENTAÇÃO DE NUVENS E FIRMAMENTO E PEANHA CIRCULAR RECORTADA EEOCRADA EM RELEVO COM LAUREU E GUIRLANDAS. FATURA DE EXCEPCIONAL QUALIDADE E BELEZA! PENINSULA IBÉRICA (PORTUGAL OU ESPANHA), SEC. XIX. 32 CM DE ALTURA. 1430 G (PESO TOTAL CONSIDERANDO A BASE QUE É BASTANTE LEVE)NOTA: Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico. A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos. No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice. Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma. O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades. No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos. A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi Ela (Maria) quem tudo fez, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.
  • IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DAS DORES  BELISSIMO EMBLEMA EM PRATA DE LEI PERTENCENTE A MEMBRO DE MESA DIRETIVA DE IRMANDADEDE NOSSA SENHORA DAS DORES. CORAÇÃO FLAMEJANTE COM O MONOGRAMA MARIANO SOB COROA E OS TRÊS CRAVOS ALUSIVOS A PAIXÃO DE CRISTO. SETE PUNHAS  PENETRAM O CORAÇÃO A TODA VOLTA. NA PARTE TRASEIRA PINO PARA FIXAÇÃO EM INDUMENTÁRIA. BRASIL, SEC. XVIII. 9 CM DE COMPRIMENTO
  • REAL E IMPERIAL  IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO CARMO  RICO EMBREMA DE INDUMENTÁRIA DE MEMBRO DE MESA DIRETIVA EM PRATA DE LEI COM REPRESENTAÇÃO DA VIRGEM DO CARMO. A VIRGEM É COROADA E SOBRE ELA COROA REAL. A IGREJA RECEBEU O TÍTULO DE CAPELA REAL EM 1810 POR DETERMINAÇÃO DO PRÍNCIPE DOM JOÃO VI E A PARTIR DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL EM 1822 PASSA A SER A CAPELA IMPERIAL. ESSE EMBLEMA É AINDA REMANESCENTE DO PERÍDO REAL ENTRE 1810 E 1822. BREASIL, SEC. XIX. 6 CM DE ALTURANOTA: A história da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé remonta aos primeiros anos de fundação da cidade, com a chegada dos carmelitas que nela vieram se instalar em 1590. Foram ocupar as antigas habitações dos beneditinos na Várzea, no Caminho de Manuel de Brito que deu origem à Rua Direita, onde já existia a Ermida de Nossa Senhora do Ó que foi utilizada como capela conventual. Em 1619 teve início a construção do novo Convento em um terreno ao lado da Capela, com dois andares, cada um com 13 janelas. A construção dava vista para o campo em frente que na época ficou conhecido como Campo do Ó, atual Praça XV de Novembro. Neste Campo, o Conde de Bobadella edificou, em 1743 a nova residência dos Governadores, o atual Centro Cultural Paço Imperial. A ermida desabou em um dia de festa soterrando os fiéis, mas sobre suas ruínas teve início a construção de um novo templo que foi inaugurado, em 1761, por Frei Inocêncio do Desterro de Barros mesmo sem estar completamente pronto com uma procissão solene. Sua decoração interior teve início em 1785, por Mestre Inácio Ferreira Pinto e constitui-se em um monumento do estilo rococó brasileiro. Quando D. João chegou ao Brasil, em 1808, foi render graças pelo sucesso de sua viagem, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, que na época abrigava a Sé da cidade. D. João instalou-se na então Casa dos Vice-Reis, que passou a ser o Paço Real, em frente ao Convento do Carmo, que também foi ocupado pela Corte. Na época os carmelitas foram instalados no Hospício dos Capuchinhos localizado na Rua dos Barbonos atual Evaristo da Veiga. Em 13 de junho de 1808, D. João, por um Alvará Real elevou a Igreja à condição de Capela Real e logo depois também a Catedral, seguindo os moldes de Lisboa de acumular as duas funções no mesmo local. Em 1817, D. João mandou concluir a decoração interior da Igreja. As pinturas ficaram a cargo de José Leandro de Carvalho que pintou o painel do altar-mor no qual a Virgem Maria carregada entre nuvens tem a seus pés a Família Real e também as pinturas da nave. A partir de 1808 todas as grandes solenidades religiosas da Corte de Portugal e depois do Império Brasileiro tiveram lugar na Capela Real: em 1816 nela foi realizado o Réquiem pela morte de D. Maria I; em 1818 nela foi realizada a Sagração de D. João VI  Rei de Portugal, Brasil e Algarves, a única sagração de um Rei europeu realizada em terras americanas, na ocasião sua torre recebeu um novo sino doado por D. João; em sua Pia Batismal foram realizados os batizados de inúmeros príncipes e princesas da Casa Real, entre eles: em 1819 da Princesa D. Maria da Glória, que viria a ser a Rainha D. Maria II de Portugal; D. Pedro II e da Princesa Isabel; nela foram Sagrados os dois Imperadores do Brasil: D. Pedro I em dezembro de 1822, quando ela passou a ser a Capela Imperial e D. Pedro II então com apenas 15 anos em julho de 1841; em seus altares receberam as bênçãos nupciais: D. Pedro I em seus dois casamentos com D. Leopoldina em 1817 e com D. Amélia em 1829; D. Pedro II com D. Tereza Cristina em 1843 e a Princesa Isabel com o Conde d´Eu em 1864; em 1905 nela foi realizada a sagração do 1º Cardeal do Brasil e da América Latina, o Cardeal D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti.

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