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772 Itens encontrados

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  • DINASTIA QING  PRECIOSA TAÇA ESCULPIDA EM JADE VERDE ESPINAFRE TRANSLÚCIDO. A PEDRA TEM  LINDA TONALIDADE PÁLIDA QUE LHE CONFERE CARÁTER TRANLÚCIDO E REVELA INCLUSÕES MAIS ESCURAS E MOSQUEADAS EM BRANCO LEITOSO FORMANDO MAGNIFICO PADRÃO DECORATIVO. BORDA SUAVEMENTE EVERTIDA. BASE ERGUIDA SOBRE PÉ CILÍNDRICO . PEÇA BELÍSSIMA, COM ALTO COLECIONISMO INTERNACIONAL! CHINA, SEC. XIX. 12,7 CM DE DIAMETRO.NOTA: Ao longo da história chinesa, os materiais mais valorizados foram jade, bronze, seda e laca. O jade é considerado altamente valioso e tem sido estimado há milhares de anos. Objetos de jade de animais e réplicas de ferramentas e armas foram descobertos em antigas tumbas chinesas, que datam de 7.000 anos. Por causa de sua raridade e dureza, na China antiga era um material freqüentemente usado para cerimônias, adornos e rituais. A palavra chinesa para Jade é yu, que na verdade tem um significado mais geral para incluir muitos tons de pedras duras verdes, cinzas e marrons. Jade se refere a dois tipos de minerais, jadeíte e nefrita. O jade é feito de alumínio e um silicato de sódio. A jadeita, que foi encontrada na Birmânia, é de um verde mais escuro e não era usada na China até o século XVIII. A nefrita, encontrada na China central, é mais clara e também apresenta variações de cores. Ambos são bastante fortes e difíceis de trabalhar devido à sua estrutura cristalina compacta. Os objetos de jade encontrados na China antes do século 18 são, na verdade, nefrita. Jade foi encontrado em rios onde pedras quebraram e caíram. Os artesãos então os cortam em fatias para começar seu trabalho. Para trabalhar em formas esculturais, eles devem ser polidos com areia abrasiva. Os chineses produziram um número surpreendentemente grande de belas esculturas de jade, considerando como o material é difícil de trabalhar. É polido com um acabamento muito suave e a textura e aparência do material tem referência simbólica à pureza, beleza, imortalidade e sabedoria.
  • RESGATE DE NAUFRÁGIO  - PORCELANA MING  REINADO WANLI (1573-1620) FORNOS DE ZHANGZHOU PROVINCIA DE FURJAN  NAUFRAGIO DO GALEÃO SAN DIEGO QUE NAUFRAGOU EM 14 DE DEZEMBRO DE 1600 NA COSTA DAS FILIPINAS.  LINDO MEDALHÃO EM PORCELANA MING DECORADO EM AZUL COM AVE FLORES, FLORES E VEGETAÇÃO DIVERSA. NA PARTE TRASEIRA AINDA CONSERVA CONCHAS E CRACAS RESULTADO DOS 500 ANOS DE SUBMERÇÃO. OUTRAS PEÇAS DO RESGATE DO SAN DIEGO COM A MESMA DECORAÇÃO SÃO DEMONSTRADAS COMO SE PODE VER EM FOTO PARCIAL DA PAGINA 231  DO LIVRO CHINA AND JAPAN AND THEIR TRADE WITH WESTERN EUROPE AND THE NEW WORLD, 1500-1644. A SURVEY OF DOCUMENTARY AND MATERIAL EVIDENCE POR LLORENS PLANELLA (VIDE EM: https://scholarlypublications.universiteitleiden.nl/access/item%3A2889806/view) . CHINA, SEC. XVI. 27 CM DE DIAMETRONOTA: O San Diego, um galeão mercante de cerca de 300 toneladas armado para combater os holandeses afundou após sua primeira troca de tiros em Fortune Islands em 1600. A carga deste naufrágio está bem documentado e rendeu mais de 500 peças intactas ou fragmentos de porcelana azul e branca. Em 14 de dezembro de 1600, cerca de 50 quilômetros a sudoeste de Manila, o encouraçado espanhol San Diego colidiu com o navio holandês Mauritius . Todas as probabilidades eram a favor dos espanhóis. O San Diego era quatro vezes maior que o Mauritius ; tinha uma tripulação de 450 homens descansados e poder de fogo maciço com 14 canhões retirados da fortaleza em Manila. Infelizmente, essa também foi a fraqueza do San Diego . O San Diego  estava cheio de pessoas, armas e munições, mas muito pouco lastro para pesar o navio e facilitar a manobrabilidade. Embora as portas dos canhões tenham sido alargadas para maior alcance de tiro, nenhum canhão pôde ser disparado porque a água entrou pelos orifícios alargados. O San Diego teve um vazamento abaixo da linha d'água, seja pela primeira bala de canhão disparada pelas Maurítius ou pelo impacto de abalroar os holandeses a toda velocidade. Por causa da inexperiência, do capitão não houve ordens para salvar o San Diego . Ele afundou "como uma pedra" quando ele ordenou que seus homens se afastassem do naviu em chamas . Franck Goddio e sua equipe, em coordenação com o Museu Nacional e apoiados financeiramente pela Fundação Elf, conduziram explorações submarinas para encontrar o San Diego . Eles descobriram o naufrágio a cerca de 50 metros de profundidade perto de Fortune Island, fora da Baía de Manila. O navio estava em boas condições, formava uma colina coberta de areia de 25 metros de comprimento, 8 metros de largura e 3 metros de altura. Um canhão saindo da areia com a inscrição "Philip II" facilitou a identificação.Com um custo enorme e com tecnologia submarina moderna e uma equipe de 50 pessoas, o San Diego foi recuperado. Desde o início, cientistas do Museu Nacional das Filipinas e do Musée national des arts asiatiques em Paris inventariaram todos os artefatos e cuidaram para garantir a melhor condição de conservação possível. Durante todo o período do projeto, mais de 34.000 itens arqueológicos, incluindo fragmentos e objetos quebrados, foram recuperados do sítio de San Diego. Os materiais arqueológicos recuperados incluem mais de quinhentas cerâmicas chinesas azuis e brancas na forma de pratos, pratos, garrafas, kendis e caixas que podem ser atribuídas ao Período Wan Li da Dinastia Ming; mais de setecentos e cinquenta jarros de grés chineses, tailandeses, birmaneses e espanhóis ou mexicanos; mais de setenta cerâmicas de barro feitas nas Filipinas, influenciadas por formas e tipos estilísticos europeus; partes de espadas de samurai japonesas; catorze canhões de bronze de diferentes tipos e tamanhos; partes de mosquetes europeus; balas de canhão de pedra e chumbo; instrumentos e implementos metálicos de navegação; moedas de prata; duas âncoras de ferro; ossos e dentes de animais (porco e galinha); e restos de sementes e cascas (ameixas, castanhas e coco). Um selo oficial pertencente a Morga também estava entre as recuperações. Entre os achados de metal, merecem destaque uma bússola de navegação e um astrolábio marítimo. Também foi recuperado do local um bloco de resina endurecida que foi registrado em relatos históricos como sendo usado para calafetar e fazer fogo em fogões.
  • PERÍODO MING   WENGCHANG WANG  DIVINDADE TAOISTA, DEUS DA CULTURA E DA LITERATURA  FORMIDÁVEL  ESCULTURA EM BRONZE DO PERIODO MING, CIRCA DO SEC. XVI. COM GRANDE RIQUEZA DE DETALHES E EXPRESSIVA QUALIDADE, A ESCULTURA QUE AINDA POSSUI VESTÍGIOS DE DOURAÇÃO EM OURO, REPRESENTA WENGCHANG WANG SEGURANDO UMA TABULETA SOBRE O PEITO SEGURA POR SUAS  MÃOS  UNIDAS. AS ROUPAS MAGNIFICAS SÃO DECORADAS COM DRAGÕES RELEVADOS E DECORADAS COM ADORNOS EM BAIXO RELEVO, DRAPEADOS E PONTAS ESVOAÇANTES. AS MANGAS CAEM SOLTAS ATÉ O CHÃO. O ROSTO BELO E SOLENE É EMBELEZADO POR UMA LONGA BARBA LISA. SOB A CABEÇA SINGE ADEREÇO SEMELHANTE A UMA COROA, O MAIOR INCIDATIVO DE SUA IMPORTANTE POSIÇÃO NO CÂNONE TAOÍSTA. A ELABORADA COROA É DECORADA COM UMA MONTANHA DE TRES PICOS LADEADA PELO SOL E PELA LUA.   STEPHEN LITTLE SUGERE QUE ESSAS COROAS USADOS PELAS DIVINDADES DISTINGUIAM SEUS LUGARES NA HIERARQUIA CELESTIAL (ver Stephen Little, Daoism and the Arts of China, The Art Institute of Chicago, Chicago, 2000, p. 248). HÁ PERDAS EM ALGUMAS PARTES, NATURAL PARA UMA ESCULTURA DE CULTO COM MAIS DE 500 ANOS DE IDADE. CHINA, PERIODO MING, SEC. XVI. 27 CM DE ALTURA
  • DINASTIA QING - FORMIDÁVEL JARRO BALAÚSTRE  DE GRANDE DIMENSÃO EM PORCELANA CHINESA MONOCROMÁTICA ESMALTADA EM AMARELO PADRÃO AMEIXA  ADQUIRIDO EM LEILÃO DA CASA SOTHEBYS NA DECADA DE 1990,  CONSERVA AINDA ETIQUETA PERSONALISADA DA CASA LEILOEIORA COM REGISTRO DO LOTE. SOB A BASE SELO COM INSCRIÇÃO: "ANO QIANLONG DA DINASTIA QING" . EXUBERANTE TONALIDADE EM AMARELO PADRÃO AMEIXA COM DECORAÇÃO RELEVADA. BORDA COM CACHOS DE UVA E PARRAS RETICULADAS. ESSA PRODUÇÃO FOI CELEBRIZADA NO PERÍODO GUANGXU POR SER DA PREDILEÇÃO DA IMPERATRIZ CIXI.  DURANTE O FINAL DA DINASTIA QING, A MAIORIA DOS PRODUTOS FINOS ERAM A PORCELANA DE FORNO OFICIAL REPRESENTADA PELA PORCELANA DE ESMALTE AMARELO GUANGXU USADA PELA IMPERATRIZ CIXI (1835-1908). BOJO COM DECORAÇÃO RELEVADA REPRESENTANDO SÁBIOS, CENA LACUSTRE E VEGETAÇÃO. CHINA, SEC. XIX. 39 CM DE ALTURANOTA: Na China antiga, o amarelo tinha um significado simbólico muito especial, especialmente as dinastias Ming e Qing tinham restrições mais rígidas ao uso do amarelo. Desde o início do período Ming, a fábrica de forno imperial produzia porcelana esmaltada cor de terra amarela, e a produção privada por particulares foi estritamente proibida. Na Dinastia Qing, o uso dentro da família real também era rigorosamente regulamentado. A cor amarela brilhante só pode ser usada para o imperador e a rainha, e ninguém pode utiliza-la. "A porcelana de esmalte amarelo nesta época tornou-se naturalmente a porcelana do imperador. Até agora, nenhuma porcelana de esmalte amarelo foi encontrada nos fornos populares. Com sua cor encantadora e rico significado simbólico, a porcelana vidrada amarela nunca aparece em produções comuns. A porcelana vidrada amarela é uma das mais aristocráticas. O esmalte amarelo é uma cor de esmalte de baixa temperatura com ferro como agente de coloração. Apareceu já em Tang Sancai. O esmalte amarelo puro foi encontrado no período Chenghua. Foi herdado e levado adiante na dinastia Hongzhi. Sua cor é estável e o esmalte é brilhante. O esmalte amarelo claro que foi transformado é mais profundo e mais claro do que o esmalte amarelo Zhengde posterior. Tornou-se um produto famoso de uma geração, representando o nível mais alto de esmalte amarelo de baixa temperatura da história. A porcelana vidrada amarela de tradição é a mais antiga de Xuande, e a maioria das peças que foram produzidas são pratos. Durante o período de Hongzhi e Zhengde, o Huangshan atingiu o nível mais alto da história. A cor dos utensílios é uniforme, a cor do esmalte é úmida e macia e o brilho é bom, que é um amarelo real. Como o esmalte é derramado diretamente sobre a porcelana esmaltada branca ou o corpo liso, a camada de esmalte adere fortemente, por isso é chamada de "amarelo derrmado". Por causa de sua cor mais clara, parece delicado e bonito, também conhecido como "Jiao Huang". No final da Dinastia Ming, a queima de porcelana de esmalte amarelo foi suspensa por um tempo, e não foi retomada até o período Shunzhi da Dinastia Qing. Durante o final da Dinastia Qing, a maioria dos produtos finos eram a porcelana de forno oficial representada pela porcelana de esmalte amarelo Guangxu usada pela Imperatriz Cixi. Escrita do selo "Ano Qianlong da Dinastia Qing" sob a base É um tesouro raro na corte da Dinastia Qing. É um produto fino raro com alto valor de coleção e vale a pena colecionar!
  • COMPANHIA DAS INDIAS  FAMILIA ROSA  REINADO QIANLONG -   BRASÃO DE  ARMAS DO DUQUE DE  BOURNE (VIDE BRASAO IDENTIFICADO EM: https://www.proantic.com/en/display.php?id=626569). GRANDE TRAVESSA EM PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS, ABA DECORADA COM PARRAS E CACHOS DE UVA, SUCEDIDA POR FRISO EM OURO E GUIRLANDA. CALDEIRA COM FLORES, RAMAGENS E CENTRO COM GRANDE BRASÃO TRIPARTIDO DA FAMÍLIA BOURNE. REPRODUZIDA NO LIVRO CHIENESE ARMORIAL PORCELAIN POR DAVID HOWARD, PAG. 425. CHINA, SEC. XVIII, 40 CM DE COMPRIMENTO
  • RARO MODELO DE  ESTRIBO EM PRATA DE LEI PARA SILHÃO OU SELA DE BANDA (CELA ESPECIAL COM UM ÚNICO ESTRIBO) PRÓPRIA PARA O USO FEMININO. TEM A PARTICULARIDADE DE POSSUIR TAMANHO PARA USO DE UM BEBÊ TRATA-SE DE UM MODELO DE UM MODELO DO ARTESÃO PARA ESCOLHA DO ENCOMENDANTE.  FEITIO DE SANDÁLIA. DECORADO COM RICOS CINZELADOS FLORAIS E RAMAGENS. PEÇA DE MONTARIA DE ARTÍFICE DA OURIVESSARIA OITOCENTISTA DE ALTO COLECIONISMO! PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX.  21 CM DE COMPRIMENTO. 11,5 CM.
  • LINDO ESTRIBO EM PRATA DE LEI PARA SILHÃO OU SELA DE BANDA (CELA ESPECIAL COM UM ÚNICO ESTRIBO) PRÓPRIA PARA O USO FEMININO. FEITIO DE SANDÁLIA. DECORADO COM RICOS CINZELADOS FLORAIS E RAMAGENS, PRENDEDOR DO LORO É TEM FEITIO DE UMA MÃO FECHADA QUE SEGURA O SUPORTE SENDO UNIDO A SANDÁLIA POR UM LINDO LAURÉU. ESSES ACESSÓRIOS DE USO FEMININO ERAM UM SIMBOLO DE RIQUEZA E REQUINTE E CONFECCIONADOS FREQUENTEMENTE EM METAIS PRECIOSOS. RARA PEÇA DE MONTARIA DE ARTÍFICE DA OURIVESSARIA OITOCENTISTA DE ALTO COLECIONISMO! PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX.  21 CM DE COMPRIMENTO. 340 G
  • ELEGANTE ESTRIBO EM PRATA DE LEI BATIDA PARA SILHÃO OU SELA DE BANDA (CELA ESPECIAL COM UM ÚNICO ESTRIBO) PRÓPRIA PARA O USO FEMININO. FEITIO DE CAÇAMBA. DECORADO COM RICOS CINZELADOS FLORAIS E RAMAGENS. ESSES ACESSÓRIOS DE USO FEMININO ERAM UM SIMBOLO DE RIQUEZA E REQUINTE E CONFECCIONADOS FREQUENTEMENTE EM METAIS PRECIOSOS. RARA PEÇA DE MONTARIA DE ARTÍFICE DA OURIVESSARIA OITOCENTISTA DE ALTO COLECIONISMO! BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX.  22 CM DE COMPRIMENTO. 355 G
  • LINDO ESTRIBO EM PRATA DE LEI PARA SILHÃO OU SELA DE BANDA (CELA ESPECIAL COM UM ÚNICO ESTRIBO) PRÓPRIA PARA O USO FEMININO. FEITIO DE SANDÁLIA. DECORADO COM RICOS CINZELADOS FLORAIS E RAMAGENS, ÁGUIA BICÉFALA COROADA DA DINASTIA HABSBURGO ESPANHOLA, E UM SOL NASCENTE COM ROSTO. TEM GRAVADA A DATA 30 DE MARÇO DE 1896 EMBORA CERTAMENTE SUA CONFECÇÃO SEJA ANTERIOR A ESSE PERIODO. ESSES ACESSÓRIOS DE USO FEMININO ERAM UM SIMBOLO DE RIQUEZA E REQUINTE E CONFECCIONADOS FREQUENTEMENTE EM METAIS PRECIOSOS. RARA PEÇA DE MONTARIA DE ARTÍFICE DA OURIVESSARIA OITOCENTISTA DE ALTO COLECIONISMO! PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX.  20 CM DE COMPRIMENTO. 380 G NOTA: Para andar a cavalo, seja no trabalho ou nos passeios, as mulheres, quando ainda não lhes era permitido o uso de roupas tidas como masculinas, portavam longas e amplas saias e, para isso, tinham um tipo especial de sela, que recebe nomes diversos, conforme a região: selim, selim de banda , sela de banda, arreio de banda, serigote, silhão e lombilho, entre outros. No invetário das fazendas do Visconde de Guaratinguetá vemos a referência: selim para montaria de senhora arreado e selim de banda de veludo. Bluteau em 1712 descreve com detalhes a acepção do Silhão: Hum modo de sella grande para mulheres, com hum encosto por detraz, que as tem mão, e hum estribo por diante, onde mettem os pés. Em silhões andaõ senhoras à caça, as mulheres em jornadas e romarias.
  • ELEGANTE ESTRIBO EM PRATA DE LEI BATIDA PARA SILHÃO OU SELA DE BANDA (CELA ESPECIAL COM UM ÚNICO ESTRIBO) PRÓPRIA PARA O USO FEMININO. FEITIO DE CAÇAMBA. DECORADO COM RICOS CINZELADOS FLORAIS E RAMAGENS. ESSES ACESSÓRIOS DE USO FEMININO ERAM UM SIMBOLO DE RIQUEZA E REQUINTE E CONFECCIONADOS FREQUENTEMENTE EM METAIS PRECIOSOS. RARA PEÇA DE MONTARIA DE ARTÍFICE DA OURIVESSARIA OITOCENTISTA DE ALTO COLECIONISMO! BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX.  22,5 CM DE COMPRIMENTO. 415 GNOTA: Para andar a cavalo, seja no trabalho ou nos passeios, as mulheres, quando ainda não lhes era permitido o uso de roupas tidas como masculinas, portavam longas e amplas saias e, para isso, tinham um tipo especial de sela, que recebe nomes diversos, conforme a região: selim, selim de banda , sela de banda, arreio de banda, serigote, silhão e lombilho, entre outros. No invetário das fazendas do Visconde de Guaratinguetá vemos a referência: selim para montaria de senhora arreado e selim de banda de veludo. Bluteau em 1712 descreve com detalhes a acepção do Silhão: Hum modo de sella grande para mulheres, com hum encosto por detraz, que as tem mão, e hum estribo por diante, onde mettem os pés. Em silhões andaõ senhoras à caça, as mulheres em jornadas e romarias.
  • SEVRES - IMPONENTE GARNITURE ESTILO E ÉPOCA NAPOLEÃO II  EM BRONZE ORMOLU  COM PLACAS DE PORCELANA DECORADAS COM ESMALTE. A DECORAÇÃO É COM CENAS PASTORIS E FOLGUEDOS DE QUERUBINS. A PINTURA É MAGNIFICA E DE EXCEPCIONAL QUALIDADE ASSIM COMO A BRONZERIA. O OURO ESTÁ EM MUITO BOM ESTADO.  OS CANDELABROS TEM QUATRO BRAÇOS E CINCO LUMES. O  LUME CENTRAL TEM APAGADOR COM FEITIO DE CHAM.  FRANÇA, SEC. XIX. 54 CM DE ALTURA (OS CANEDELABROS). NECESSITA REVISÃO.
  • DOM PEDRO II  GUERRA DO PARAGUAI  DOIS BOTÕES DE FARDA DE TENENTE CORONEL DO BATÃLHÃO DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO UTILIZADO DURANTE A  GUERRA DO PARAGUAI. MARCAS DO IMPORTADOR LUIS TARRAGÃO - RIO DE JANEIRO. POSSUEM EM RELEVO NO MAIOR  BRASÃO COM COROA IMPERIAL BRASILEIRA SOBRE AS INICIAIS PII E NO DOS PUNHOS ESFERA ARMILAR COM AS 21 ESTRELAS REPRESENTANDO AS PROVÍNCIAS DO IMPÉRIO DO BRASIL. O MUSEU IMPERIAL BRASILEIRO POSSUI UM CONJUNTO DE QAUTRO BOTÕES ACONDICIONADOS EM UMA CAIXA  SENDO UM DELES IDÊNTICO AOS QUE ESTÃO SENDO APREGOADOS. NA PARTE INFERIOR DA CAIXA CONSTAM AS SEGUINTES INSCRIÇÕES: "BOTÕES DE UNIFORMES DE OFFICIAES SUPERIORES BRAZILEIROS, MORTOS NA GUERRA DO PARAGUAY (JANEIRO DE 1870). NO CENTRO, EM ARO DE OURO, MOEDA DE CÓBRE DA MESMA ÉPOCA, COM A EFFIGIE DE D. PEDRO II"; "BOTÕES RECOLHIDOS EM DIVERSOS CAMPOS DE BATALHA". VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE A FOTO DA CAIXA QUE COMPÕE O ACERVO DO MUSEU IMPERIAL.  E VEJA TAMBÉM O PUNHO DA FARDA DE ONDE FORAM RETIRADOS ESSES BOTÕES. BRASIL, SEC. XIX. 21,5 MM 0 MAIOR E 11,7 MM O MENOR. NOTA: O escritor AFONSO TAUNAY,  contava que seu pai O  VISCONDE TAUNAY, oficial-general de nosso Exército Imperial e veterano da GUERRA DO PARAGUAI, após a proclamação da Republica, nunca mais vestiu seu uniforme, para não trocar os botões dourados do Império.
  • VISCONDE DA VILLA REAL DA PRAIA GRANDE  (2.)  CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO FILHO  LUTOU NAS GUERRAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E NA GUERRA CISPLASTINA. ERA FILHO DO MARQUES DA VILLA REAL DA PRAIA GRANDE, PRIMEIRO MINISTRO DA JUSTIÇA DO BRASIL APÓS A INDEPENDENCIA. GRANDE PAR DE BOTÕES DE LIBRE EM METAL PRATEADO MANUFATURA DE PARIS POR DESHAYES MASSE & CIE. EM RELEVO BRASÃO DE ARMAS DO VISCONDE DE VILLA REAL DA PRAIA GRANDE. CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO FILHO  FOI  CORONEL DO EXÉRCITO IMPERIAL, GRANDE DO IMPÉRIO, GENTIL HOMEM  DA IMPERIAL CÂMARA, MEMBRO DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE IMPERIAL , COMENDADOR DA IMPERIAL ORDEM DE CRISTO, CAVALEIRO DA IMPERIAL ORDEM DA ROSA E DA IMPERIAL ORDEM DO CRUZEIRO, TINHA A MEDALHA DA DIVISÃO COOPERADORA DA BOA ORDEM E A INSIGNIA DE OURO DA DISTINÇÃO DE COMBATE. BRASIL, DEC. 1840. 3 CM DE DIAMETRONOTA: CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO FILHO (1796-1851) Sentou praça no regimento da infantaria da linha de Pernambuco, em 1823. Foi reformado com a patente de coronel em 1838. Foi presidente das províncias do Espírito Santo, de 23 de novembro de 1829 a 3 de março de 1830, de Alagoas, de 4 de abril de 1830 a 19 de maio de 1831, e do Rio de Janeiro, durante 1845. Era filho de Maria da Encarnação Carneiro de Figueiredo Sarmento e de Caetano Pinto de Miranda Montenegro, marquês de Vila Real da Praia Grande. Casou-se, em 20 de dezembro de 1823, no Rio de Janeiro, com Maria Elisa Gurgel do Amaral e Rocha (em casada, Maria Elisa Gurgel do Amaral Montenegro), filha de Mariana Violante da Gama e Freitas e de Luís José Viana do Amaral e Rocha, falecida aos 67 anos, em 30 de novembro de 18671. Tiveram filhos. Maria da Penha Pinto de Miranda Montenegro (Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 1835 - Paris, 19 de abril de 1893), esposa de João de Sousa da Fonseca Costa, futuro visconde da Penha; Luís Pinto de Miranda Montenegro, futuro presidente da província do Rio de Janeiro e desembargador da Relação de Ouro Preto; João Pinto de Miranda Montenegro, moço-fidalgo da Casa Imperial por dec. de 12 de setembro de 1848, falecido em 1 de março de 1856, aos 16 anos de idade; Aires Pinto de Miranda Montenegro (fal. em 1873), moço-fidalgo da Casa Imperial, tenente da Guarda Nacional, casado, em 10 de janeiro de 1861, com Antônia Carolina de Castro Neto, filha do barão de Muriaé8; pai da baronesa de Maia Monteiro. Os restos mortais do visconde e da viscondessa da Vila Real da Praia Grande repousam no Cemitério da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro
  • PRINCESA ISABEL E CONDE DEU - GRANDES BOTÕES DA FARDA DE GALA DA GUARDA DE ARCHEIROS EM SERVIÇO NO CASAMENTO DA PRINCESA ISABEL E CONDE DEU. OS ARCHEIROS FORMARAM ALAS QUE ACOMPANHARAM AS CARRUAGENS QUE CONDUZIAM A FAMÍLIA IMPERIAL E OS NOIVOS. OS BOTÕES TEM MARCAS DO PRESTIGIADO FABRICANTE INGLÊS FIRMIN & SONS, FORNECEDOR DE BOTÕES, EMBLEMAS, ACESSÓRIOS E UNIFORMES PARA CERIMONIAS MILITARES FUNDADA EM 1655, É A MAIS ANTIGA EMPRESA DO REINO ÚNIDO (365 ANOS) E UMA DAS 500 MAIS ANTIGAS DO MUNDO SERVINDO A DEZESSEIS MONARCAS BRITÂNICOS. SÃO FEITOS EM METAL ESPESSURADO A PRATA. DECORADOS COM A COROA IMPERIAL BRASILEIRA SOB OS BRASÕES DA CASA IMPERIAL DO BRASIL E BRASÃO DA CASA DE ORLEANS (DA QUAL PROVÉM O CONDE DEU). VIDE IMAGEM DA CERIMÔNIA DE CASAMENTO DA PRINCESA ISABEL E CONDE DEU NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE. BOTÕES IDÊNTICOS A ESSES FAZEM PARTE DO ACERVO DO MUSEU IMPERIAL DE PETROPOLIS. 2,5 CM DE DIAMETRO.NOTA: O CASAMENTO DA PRINCESA ISABEL E DO CONDE DEU - Nos dias que antecederam a cerimônia, os jantares se sucederam em São Cristóvão. Ministros e cortesãos eram apresentados aos dois príncipes. Houve visitas ao Arsenal e quartéis, com exibições de artilharia e fuzilaria. A partir do dia 12 de outubro de 1864, os jornais começaram a publicar o programa do dia 15: desfile de carruagens saindo de São Cristóvão, seguida do regimento de cavalaria. A partir da Cidade Nova, a guarda de arqueiros faria alas, às carruagens da família imperial. No Paço, um mestre-sala encaminharia os convidados aos seus respectivos lugares na Capela Imperial. Sobre uma almofada bordada, um fidalgo levaria as condecorações que o Imperador daria ao genro. Outro, os anéis nupciais e dois cartões com as palavras que os jovens teriam que repetir diante do arcebispo. E um terceiro, os autos do casamento. Ao fundo, a harmonia de uma das composições de Haendel. Isabel vestiria filó branco, véu de rendas de Bruxelas, grinalda de flores de laranjeiras e ramos das mesmas apanhando o vestido do lado esquerdo. Gastão, o uniforme de marechal, com a comenda da Ordem do Mérito Militar de Espanha, a comenda da Ordem da Casa de Saxe e a medalha da campanha do Marrocos. Depois da troca de alianças, ao som de harpas, os guarda-tapeçarias estenderiam no estrado do altar mor uma rica colcha bordada a ouro e os noivos ajoelhariam sobre almofadas para receber as bênçãos. A seguir, Gastão seria condecorado e receberia um ósculo paternal do Imperador, numa demonstração pública de que entrara na imperial família. Seguir-se-ia um Te Deum Laudamus. Na saída, uma salva de artilharia postada no largo do Paço e correspondida pelas fortalezas e embarcações colocadas em semicírculo na baia, anunciaria aos moradores da cidade que a cerimônia estava concluída. Desfile militar e recepção no Paço, encerrariam uma parte da festa. Ela graciosa e sorridente e ele, digno, segundo os jornais. Nos jornais, também, começaram a chover os pedidos vindos da penitenciária desta corte. Assinados pela voz de um infeliz ou pelas vítimas do infortúnio, que gemem no cárcere, muitos chefes de numerosa família pediam perdão por seus crimes: Graça! Graça!. Nas freguesias, moradores se organizavam para festejar o feliz consórcio. Sociedades ou clubes pediam aos associados que ornassem e iluminassem a frente de suas casas nos dias 15,16 e 17. Aos negociantes e droguistas, a Classe Caixeral pedia que fechassem as portas. Assim, o povo iria para as ruas aclamar os nubentes. Comissões as mais diversas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Imperial Sociedade de Beneficência, da Real Sociedade Portuguesa Amante da Monarquia, do Núcleo Literário Fluminense, Veteranos da Independência da Bahia, etc., se organizavam para ir cumprimentar os noivos. Publicavam-se as listas de convidados: quem ia e quem não ia. E não faltava quem usasse o Jornal do Comércio para cobrar: Deixarão de ser convidados para o casamento imperial os Senhores Primeiros Cadetes?!!. A tradição nas festas brasileiras eram as luminárias. De onde vinha? Do tempo em que o Brasil era colônia. Estavam assinaladas nas Cartas Régias, desde o século XVI. De início, eram panelinhas de barro com azeite de mamona. No século XIX, já se beneficiavam da iluminação à gás. No casamento dos jovens príncipes não podiam faltar e foram previstas em toda a parte: no Largo do Paço, na Rua Direita, na Praça da Constituição, no Campo da Aclamação. Na Rua dos Ourives, esquina da Rua da Assembléia, enfeitando a renomada Farmácia do Carmo, a iluminação seria elétrica. Magnífico! Junto com as luminárias, inúmeros coretos com músicos, arcos festivos e representações gratuitas no Teatro do Ginásio. Retratos dos noivos eram vendidos nas livrarias. Na fábrica de gás, fundada pelo barão de Mauá, um coreto para quinhentas pessoas foi montado. Candelabros de vidros prismáticos encantavam o ambiente. O ponto alto da festa popular seria a ascensão do aeronauta Wells, num balão com 80 pés de altura que levava pintadas as armas brasileiras e em grandes dísticos os nomes da Princesa Isabel e do Conde d´Eu. No momento em que o préstito passasse e ao som do hino nacional, o balão se elevaria aos céus. Girândolas de foguetes encheriam os ares. Mas os jornais do dia seguinte mostraram que alguns itens planejados não foram bem sucedidos. O aeronauta não conseguiu encher o balão, que fez um voo curto. Parece que a decoração dos arcos também não agradou a todos. Mas o que de errado aconteceu parece não ter sido culpa dos artistas brasileiros na verdade, os culpados foram o engenheiro francês Auguste Andreosy e o pintor Giacomo Micheli.
  • LINDA JARDINIERE PARA AMBIENTE INTERNO ESTILO E ÉPOCA LOUIS PHILIPPE ESCULPIDA EM MADEIRA DECORADA COM  FORMIDÁVEIS PINTURAS DA CIDADE DE ESTRASBURGO, REGIÃO DA ALSACIA NA FRANÇA. INTERIOR COM PLACAS EM ZINCO. PERNAS EM CRABRIOLET COM JOELHEIRAS ENTALHADAS COM ELEMENTOS VEGETALISTAS. AS PINTURAS EM MADEIRA SÃO PROTEGIDAS POR VIDROS. MOSTRAM TELHADOS DA CIDADE ANTIGA, CHAMINÉS COM NINHOS DE CEGONHA, RIO COM PONTE E CASARIO. ESTE TIPO DE MÓVEL FOI IDEALIZADO COMO UMA FORMA DE TRAZER A BELEZA DOS JARDINS PARA O INTERIOR DOS SALÕES (VIDE NOS CREDITOS EXTRAS DESSE LOTE DESENHO DE UMA JARDINIERE PLANTADA). ATUALMENTE OS PROPRIETÁRIOS A UTILIZAM COMO UMA GELEIRA PARA CONTER BEBIDAS EM FESTAS, UMA DUPLA APTIDÃO. O MOVEL ESTÁ IMPECÁVEL, AS PINTURAS EM EXCELENTE QUALIDADE. BELISSIMO! FRANÇA, MEADOS DO SEC. XIX. 99 (C) X 100 (H) X 42 (P) CM
  • MONUMENTAL CENTRO DE MESA EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE MILÃO. ESTILO VITORIANO. DECORADO COM VOLUTAS E ELEMENTOS VEGETALISTAS. PEGAS LATERAIS ELEVADAS COM FEITIO DE FOLHAS. IMPRESSIONA PELO TAMANHO E QUALIDADE DO TRABALHO. ITÁLIA, INICIO DO SEC. XX. 63 CM DE COMPRIMENTO X 29 CM DE ALTURA. 3540 G
  • IMPERATRIZ LEOPOLDINA  RARISSIMO CENTRO DE MESA EM PORCELANA DE MANUFATURA DE MADAME LA DUCHESE DANGOULENE, BOULEVARD  POISSONIERE. ELEGANTE FEITO COM FUSTE REPRESENTANDO ELEMENTOS VEGETALISTAS. BORDA FENESTRADA COM DECORAÇÃO FLORAL NA CALDEIRA. BASE EM PLATEAU RECOBERTA EM OURO. FUNDO SALMÃO COM APLICAÇÃO DE LAURÉIS EM OURO. SOBRE O SERVIÇO EM QUESTÃO ANUÁRIO DO MUSEU IMPERIAL DE PETRÓPOLIS EDITADO EM 1942 SE PRONUNCIA: São muito de destacar, em serviços do Primeiro Reinado, os que trazem a marca da duquesa dAngoulême, essa fidalga flor-delis de França, filha de Luiz XVI, enérgica e impulsiva, de quem Napoleão dizia ser o único homem da família. MARCAS DO EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO À PÁGINA 195 DO LIVRO "LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL" POR JENNY DREYFUS. PEÇA MAJESTOSA E BELISSIMA ! FRANÇA, INICIO DO SEC. XIX. 26 CM DE DIAMETRO.
  • DOM PEDRO II  CHAVE DE GENTIL HOMEM, CAMARISTA DE SUA MAJESTADE O IMPERADOR. PRATA DE LEI COM RESQUICIOS DE VERMEIL. DECORADA COM SERPE DOS BRAGANÇA COROADA COM COROA IMPERIAL, A SERPE TEM EM TORNO DO PESCOÇO UMA COROA DE CONDE QUE ERA A TITULAÇÃO DOS CAMAREIROS MOR.  NO PEITO DA SERPE A INICIAL PII EM UMA ESCUDELA. O ANIMAL SEGURA NAS GARRAS UM CETRO E UM ORBE SÍMBOLOS DO PODER MAJESTÁTICO. A CAUDA DA SERPE SE ENROLA NO CORPO DA CHAVE. NÃO ERA UMA CHAVE FUNCIONAL E SIM UM OBJETO SIMBÓLICO DE AUTORIDADE,  ERA A INSIGNIA DO MAIS ALTO CARGO NA HIERARQUIA DA CORTE. OS GENTIS-HOMENS DA SEMANA OU CAMARISTAS DE SUA MAJESTADE ERAM OS QUE, POR SEMANA, FAZIAM O OFÍCIO DO CAMAREIRO-MOR, SERVINDO E ACOMPANHANDO O MONARCA. A FUNÇÃO ERA DIVIDIDA POR TURNOS DE SERVIÇO DE UMA SEMANA COM REVEZAMENTO DOS GENTIS HOMENS. OS GENTIS HOMENS SERVIAM AO IMPERADOR NA IMPERIAL CAMARA (QUARTO IMPERIAL), EM CERIMÔNIAS ESPECÍFICAS E O A ACOMPANHAVAM EM SEU DESLOCAMENTO PELA CORTE E PELO IMPÉRIO.  TINHAM TAMBÉM A DIGNIDADE DO TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA.GENTIS-HOMENS DA IMPERIAL CÂMARA, OU CAMARISTAS DA CHAVE DOURADA, OU CAMARISTAS PROPRIAMENTE DITOS, ERAM OS MAIS IMPORTANTES OFICIAIS DA CASA. AINDA QUE CONSTITUÍSSEM UM OFÍCIO, NEM POR ISSO DEIXAVAM DE CONSTITUIR O MAIS ALTO POSTO DA CARREIRA PALACIANA, A QUE SE ASCENDIA POR PROMOÇÃO. ERAM MEMBROS DA MAIS ALTA NOBREZA E SUA POSIÇÃO ERA A MAIS PROEMINENTE DA CORTE. BRASIL, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 13,5 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: Mesmo não sendo dado a muitos eventos sociais, Dom Pedro II não pode prescindir da hierarquia e formalização da Corte no Segundo Império Havia uma ordem estabelecida até para evitar confusões entre os cortesões. Essas pessoas, em certo sentido, tanto reproduziram o cerimonial português quanto propuseram rupturas que atendiam às necessidades de seu tempo, evidentemente que não podem ser pensadas como agentes absolutamente conscientes dessas mudanças, mas, de alguma forma, elas refletiram e reforçaram as novas circunstâncias da segunda metade do século XIX. Essa tensão entre a permanência e a mudança fica patente, logo de início, na extinção de alguns cargos característicos do cerimonial português: Adail-mor, Alfaqueque-mor ou Provedor da redenção dos cativos, Capitão-mor do Reino, Cevadeiro-mor, Fronteiro-mor e Pagem-mor. Outros cargos foram extintos a partir do final da década de 40: Sumilher da cortina (1848); Capitão da imperial guarda de arqueiros (1854); Armeiro-mor (1852); Vedor (1852); Gentil-homem da imperial câmara honorário (1860); Condecorados com honras de capitão da imperial guarda de arqueiros (1862); Esmoler-mor (1868); Estribeiro-mor (1870); Reposteiro-mor (1870); Confessor de SS. AA. II (1872) e Vice-capelão-mor (1876). Contudo, alguns foram criados: Ajudante de Campo de S. M. o Imperador (1848); Gentil-homem da imperial câmara honorário (1850); Vice-capelão-mor (1864); Confessor de SS. AA. II. (1862) (Laemmert, 1844-1889). A dinâmica desses cargos, no Segundo Reinado, ou seja, a nomeação e/ou a destituição de funcionários que atendiam às necessidades imediatas do Imperador, também se colocava dentro da arquitetura de poderes formais e informais e dependia do arbítrio imperial. Esse arbítrio se torna evidentes, no caso específico de alguns cargos, com a destituição de alguns serviçais, logo após a coroação de Pedro II. Contudo, todos eles são renomeados para seus respectivos cargos poucos anos mais tarde. No segundo reinado as funções mais destacadas na corte foram: Gentis homens da imperial câmara; Gentis-homens da imperial câmara honorários; Ajudantes de campo de sua Majestade o Imperador; Veadores (incluindo os Veadores honorários); Oficiais-mores: Mordomo-mor; Estribeiro-mor; Armeiro; Sumilher da cortina; Vedor; Reposteiro-mor; Capelão-mor; Esmoler-mor; condecorados com as honras de Oficiais-mores; Confessor de SS. MM. II e Confessor de SS. AA. II. É importante frisar que cada uma dessas nomeações referia-se a uma atribuição específica. Algumas delas foram definidas pelo já citado José W. Rodrigues, que remontou suas origens aos ofícios dos reis fundadores da Casa de Portugal, e, em especial, da Casa de Bragança. A partir das indicações de Vilas boas Sampaio, o autor descreve, dentre outras funções, as de Mordomo-mor ou Porteiro mor; Oficial maior da Casa Real, que tinha a seu cargo a guarda das portas, com jurisdição sobre todos os porteiros da casa. Recebia ordem de Sua Majestade sobre quem devia entrar e lhe falar. Era ele quem regulava os acompanhamentos nas ocasiões em que Sua Majestade saía ou ía à capela e fazia entrar na igreja cada um no seu lugar; no Império brasileiro, passou a ter o nome de Porteiro da Câmara e acompanhava o monarca nas solenidades, cortejos e atos públicos. O Camareiromor ou gentil-homem era quem tinha jurisdição sobre outras pessoas da Câmara do Rei, vestia-o e o despia pela manhã e à noite, tendo o próprio aposento no paço para acudir com mais presteza a sua obrigação. O Reposteiro-mor fazia as vezes do Camareiro-mor antes que existisse; era o chefe dos Reposteiros. O Estribeiro-mor era o ofício do responsável pela ordem dos cavalos, coches da Casa Imperial e de todo o pessoal que servia nessa ocupação. Acompanhava o rei quando este saía a cavalo, calçava-lhe as esporas e o ajudava a montar e a apear. O Esmoler-mor era o ofício daquele que dava as esmolas que Sua Majestade mandava dar pela casa. Tinha como insígnia uma bolsa de prata. Esse metal encontra-se ligado à dignidade real porque possui um significado relacionado a brilho (de acordo com o sânscrito) e ao que representa a sabedoria divina (de acordo com a simbologia cristã). O Capelão-mor, que sempre foi uma das grandes autoridades da Casa Real, assistia a pessoa do monarca todas as vezes que este ía a alguma igreja ou à Capela Real. O Mestre de cerimônia foi título honorífico dado, nas solenidades da Corte, ao responsável pela boa ordem do serviço. Os Gentis-homens da Semana ou Camaristas de Sua Majestade eram os que, por semana, faziam o ofício do Camareiro-mor, servindo e acompanhando o monarca. Tinham como insígnia uma chave em prata. Além do simbolismo evidente de abertura e fechamento, a chave também estava relacionada àquilo que deve ser visto ou escondido, ao mistério a penetrar; no caso específico, à própria câmara do Imperador.
  • DOM PEDRO I - SERVIÇO DA ILÚSTRISSIMA CÂMARA OU SERVIÇO FUMO E CAFÉ  RARO PRATO EM PORCELANA COM ABA DECORADA COM LUXURIANTE GUIRLANDA COM FLORES COLORIDAS. CALDEIRA DE RAMO DE FUMO E CAFÉ UNIDOS POR CAPRICHADO LAÇO. FOI ENCOMENDADO PELA SENADO DA CORTE PARA SER OFERTADO AO IMPERADOR DOM PEDRO I, QUE EM 1823 CONFERIU AO PARLAMENTO CARIOCA A HONRARIA DO TÍTULO DE ILUSTRÍSSIMA CÂMARA MUNICIPAL(VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE O ANTIGO PRÉDIO DA ILUSTRISSIMA CÂMARA DO RIO DE JANEIRO NA ÉPOCA DE DOM PEDRO I). O ANÚÁRIO DO MUSEU IMPERIAL BRASILEIRO PUBLICADO EM  1942 TRAZ SOBRE ESSE SERVIÇO, AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:  Ainda desse tempo um belíssimo serviço, também raro nas nossas coleções. É o que pertenceu a ilustríssima Câmara Municipal do Primeiro Reinado, todo branco, borda em cercadura de flores, ramos de fumo e café ao centro. Pinturas a encarnado e verde, lembrando muito a decoração da fábrica Dagoty, têm eles, entretanto, a marca de De Roche 12. Ao que já ouvi dizer de pessoa informada, esse aparelho foi, quase em vésperas da abdicação, presenteado pelo imperador a uma afilhada de batismo, de família afeiçoada ao paço e moradora no caminho velho de Botafogo 13. Em seguida, dispersou-se pelos leilões e antiquários, alcançando os museus e as mãos ciosas dos felizardos que possuem restos dele. MARCA DO DECORADOR DEROCHE NO VERSO. PEÇA IDÊNTICA INTEGRA O ACERVO DO MUSEU IMPERIAL EM PETRÓPOLIS E ENCONTRA-SE REPRODUZIDO A PÁG. 207 DO LIVRO "LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL", POR JENNY DREYFUS. INÍCIO DO SÉCULO XIX. 22 CM DE DIAMETRO. NOTA: A Câmara Municipal foi desde sempre um órgão prestigiado na administração portuguesa e também na de suas colônias. Era destinada aos cidadãos proeminentes da sociedade. No Rio de Janeiro, sede do Reino Unido nos tempos de Dom João VI e sede da Corte do Império a partir de Dom Pedro I, tão mais importante foi a Câmara do Senado Municipal. Tal foi que em 1823 nas festividade de aniversário do célebre Dia do Fico, o primeiro passo para nossa Independência no ano seguinte, o Imperador  achou por bem galardoar a Câmara com o título de ILUSTRÍSSIMA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO A distinção dos vereadores já se dava com as vestimentas. Havia um traje especial desde as ordenações da restauração de Portugal. No auto de levantamento e juramento do d. João IV, a 1o de dezembro de 1640, lê-se que o presidente da Câmara de Lisboa, conde de Castanhede, compareceu vestido de veludo negro aforrado de tela branca e mangas da mesma cor. No Rio de Janeiro, o traje dos vereadores durante a permanência da corte portuguesa no Brasil e sob o governo de d. Pedro I, até 1828, era composto de casaca, calção e colete pretos, meias brancas e sapatos de fivela. O chapéu de seda preta era desabado e com a frente levantada, guarnecido nas abas de pluma branca; na frente, presilha dourada e laço português. A partir de certa época passaram a usar um penacho de três plumas brancas sobre o laço (Est. 18). A peça mais característica era a capa preta com volta e pala de seda branca bordadas a ouro e prata; jabô de rendas brancas. Empunhavam vara branca e, nos bandos e cortejos desfilavam a cavalo com a montaria ricamente ajaezada, sendo as crinas trançadas com fitas e a cauda enfeitada de laço e de longas fitas de várias cores. O Senado da Câmara tinha sua bandeira  e teve diversas. Depois da Independência passou sua insígnia a ser a bandeira imperial em seda adamascada, com franja, e armas bordadas. Tinha como remate a esfera armilar em prata. Sua forma era a de um trapézio retângulo 52. Pela reforma das câmaras municipais, determinada pela lei de 1o de outubro de 1828 seu traje foi abolido. Em 1841, porém, por avisos de 25 de janeiro e 15 de abril, foi declarado que os vereadores do Senado da Câmara do Rio de Janeiro podiam usar de novo as vestiduras antigas com capa de volta nas solenidades, mas não o estandarte e as varas. O decreto no 1.965 de 26 de agosto de 1857 aprovou o uniforme para os vereadores da ilustríssima Câmara Municipal do Rio de Janeiro, conforme modelo anexo reza o decreto. Tal modelo, como os figurinos dos senadores e dutados não foi encontrado. Baseamos a Est. 19 no retrato de Adolfo Bezerra de Meneses e em outros documentos. Como é natural, os uniformes dos vereadores obedeciam às disposições em uso, sendo porém a casaca de cor azul-ferrete. Em grande uniforme, a gola e os canhões eram guarnecidos de galão e de ramos de cafeeiro e tabaco trançados (semelhantes aos dos presidentes de província, mas sem a casa). Era usada aberta, com oito botões, colete e calça de casimira branca, esta, com galão largo; sobre o colete, cinto de pano azul-ferrete com bordados de ramagens e à direita borlas de franja dourada; chapéu armado com presilha de dragão, tope nacional e pluma; espada, luvas e botinas. Em pequeno uniforme, casaca aberta formando lapelas com bordados somente na gola deitada; calça e colete brancos ou azulferrete, chapéu armado sem pluma e o resto conforme o uso. MAS COMO  EM NOSSOS DIAS NEM SEMPRE OS ILUSTRES VEREADORES DO RIO DE JANEIRO PORTARAM-SE COM A DIGNADE DO CARGO E FUNÇÃO QUE EXERCEM: A conferência de 28 de abril de 1883 do Conselho de Estado foi convocada para que os seus membros emitissem parecer sobre os graves acontecimentos que se repetiam, com freqüência, na Ilustríssima Câmara Municipal da Corte desde a posse de seus membros, efetuada a 6 de janeiro daquele ano. Segundo os esclarecimentos prestados pelo Ministro de Estado dos Negócios do Império  responsável pela administração do Município Neutro  quase não se realizavam sessões, por falta de comparecimento da maioria dos vereadores. Além disso gostavam eles o tempo em discussões acaloradas que algumas vezes quase têm chegado a pugilato, tomando parte os expectadores e levantando-se as sessões tumultuariamente. Mesmo com a intervenção da força pública o presidente não conseguia manter a ordem. Nada se resolvia nas reuniões e o maior prejudicando com isso era o Município. Deveria o Conselho sugerir providências destinadas a escolher quais as medidas mais adequados para pôr fim a essa situação. O assunto era bastante delicado, o que levou os conselheiros a examinarem com extrema cautela a matéria. As sugestões apresentadas insistiam, de modo geral, no restabelecimento da autoridade mediante o apelo à intervenção da força material da Polícia e, como último recurso, a suspensão coletiva da Câmara abrindo-se processo para o fim de apurar devidamente a responsabilidade pelos fatos ali ocorridos. Acabou prevalecendo, porém, e foi adotada pelo governo imperial a decisão de suspender a Câmara Municipal, através de Portaria de 30 de novembro de 1883, e convocada a anterior até que se normalizasse a situação. A medida punitiva atingiu uma instituição que datava de 1565, ano da fundação da cidade. Estácio de Sá concedera-lhe, em julho daquele ano, as terras que constituiriam o patrimônio municipal, como era de uso na época. Por alvará de 10 de fevereiro de 1642, pouco tempo depois da restauração da monarquia portuguesa, conseguiria, por concessão real, gozar das mesmas honras e privilégios concedidos à Câmara da cidade do Porto. Quatro meses mais tarde passaria a ostentar o título de Leal, pelo apoio firme dado ao rei D. João IV. Durante a gestão do governador Gomes Freire de Andrada no Rio de Janeiro, recebeu, em 11 de março de 1748, o privilégio de poder denominar-se Senado. Outras regalias lhe seriam atribuídas mais tarde, como o tratamento de Senhoria (6 de fevereiro de 1818) e o de Ilustríssima, honra esta que lhe foi concedida pelo Imperador D. Pedro l, ao comemorar-se, a 9 de janeiro de 1823, o primeiro aniversário da jornada do Fico. Nos acontecimentos relacionados com o movimento da Independência, em 1821 e 1822 desempenhou ela importante papel, embora tivesse à sua frente um português, José Clemente Pereira. Por lei de 1º de outubro de 1828 passou por importante reforma tendo sido aumentado o número de vereadores. Nesse mesmo ano instalara-se, provisoriamente, em uma de suas dependências, o Supremo Tribunal de Justiça, órgão máximo do Poder Judiciário durante o Império. A Ilustríssima Câmara Municipal estava localizada, na época em que ocorreram as irregularidades levadas ao conhecimento do Conselho de Estado, em imóvel situado entre as ruas General Câmara e São Pedro. O prédio fora inaugurado a 2 de dezembro de 1882, em substituição ao antigo, situado no mesmo local. Os vereadores eleitos em 1883 haviam escolhido para as funções de presidente a João Pedro de Miranda. Com a suspensão decretada pelo governo convocou-se a Câmara anterior, cuja presidência tinha sido exercida pelo Dr. José Ferreira Nobre. A Câmara possuía comissões de Fazenda, de Justiça, de Obras, de Saúde, de Instrução, de Matadouro e de Redação, além dos serviços auxiliares que compreendiam  Secretaria, Contadoria, Tesouraria, Diretoria das Obras Municipais, Tombamento e Aferição. Vinculavam-se, ainda, a ela, a Biblioteca Municipal, Empresa de Limpeza da Cidade, Empresa Municipal de Limpeza das Chaminés e as Escolas Municipais.
  • IMPERIAL ORDEM DA ROSA  RARA BOTOEIRA DA ORDEM EM OURO MACIÇO DE ALTO TEOR E ESMALTES. ESTRELA MAÇANETADA COM CINCO PONTAS SSENTE SOBRE UMA GRINALDA DE ROSAS FOLHADAS EM SUA COR NATURAL APLICADAS EM ESMALTE. CENTRO COM MONOGRAMA PA (PEDRO E AMÉLIA) ENTRELAÇADO E LEGENDA AMOR E FIDELIDADE. BRASIL, SEC. XIX. 2 CM DE DIAMETRO.  5,3 G.  (detalhes no esmalte)NOTA: A Imperial Ordem da Rosa é uma ordem honorífica brasileira. Foi criada em 27 de fevereiro de 1829 pelo imperador D. Pedro I(1822 1831) para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstädt e tornou-se a principal ordem honorifica do país. O seu desenho ter-se-ia inspirado ou nos motivos de rosas que ornavam o vestido de D. Amélia, a segunda Imperatriz ao desembarcar no Rio de Janeiro. Trata-se entretanto de um equívoco histórico porque no dia seguinte ao desembarque da nova Imperatriz foi realizado o casamento e Dom Pedro condecorou com a ordem os primeiros titulares. Entretanto o retrato de Dona Amélia enviado ao Brasil quando das tratativas do casamento a representavam trazendo um botão de rosa pendendo do toucado e este parece ser o motivo da inspiração para a comenda. Poucas foram concedidas no 1o Reinado enquanto no 2o Reinado houve um significativo aumento - mais especificamente durante a Guerra do Paraguai. Isso se deveu ao fato de não existir uma medalha específica para atos de bravura individual durante a Guerra do Paraguai. De 1829 a 1831 D. Pedro I concedeu apenas cento e oitenta e nove insígnias. O seu filho e sucessor,D. Pedro II(1840 1889), ao longo do segundo reinado, chegou a agraciar 14.284 cidadãos. Além dos dois imperadores, apenas o duque de Caxias foi grande-colar da ordem durante sua vigência. Um dos primeiros agraciados recebeu a comenda em virtude de serviços prestados quando de um acidente com a família imperial brasileira: conta a pequena história da corte que, em 7 de dezembro de 1829, recém-casado, D. Pedro I regressava com a família do Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. Como de sua predileção, conduzia pessoalmente a carruagem quando, na rua do Lavradio, se quebrou o varal da atrelagem e os cavalos se assustaram, rompendo as rédeas e fazendo tombar o veículo, arrastado perigosamente. O Imperador fraturou a sétima costela do terço posterior e a sexta do terço anterior, teve contusões na fronte e luxação no quarto direito, perdendo os sentidos. Mal os havia recobrado quando o recolheram à casa mais próxima, do marquês de Cantagalo, João Maria da Gama Freitas Berquó. Segundo o Boletim sobre o Desastre de Sua Majestade Imperial e Fidelíssima publicado no Jornal do Commercio, Dona Amélia foi a que menos cuidado exigiu: "não teve dano sensível senão o abalo e o susto que tal desastre lhe devia ocasionar". A filha primogênita, futura Maria II de Portugal, "recebeu grande contusão na face direita, compreendendo parte da cabeça do mesmo lado".Augusto de Beauharnais, príncipe de Eichstadt, Duque de Leuchtenberg e de Santa Cruz, irmão da imperatriz, "teve uma luxação no cúbito do lado direito com fratura do mesmo". A baronesa Slorefeder, aia da Imperatriz, "deu uma queda muito perigosa sobre a cabeça". Diversos criados de libré, ao dominarem os animais, ficaram contundidos. Convergiram para a casa de Cantagalo os médicos da Imperial Câmara e outros, os doutores Azeredo, Bontempo, o barão de Inhomirim,Vicente Navarro de Andrade, João Fernandes Tavares, Manuel Bernardes, Manuel da Silveira Rodrigues de Sá, Barão da Saúde. Ao partir, quase restabelecido, D. Pedro I condecorou Cantagalo a 1 de janeiro de 1830 com as insígnias de dignitário da Ordem e D. Amélia lhe ofereceu o seu retrato, circundado por brilhantes, e pintado por Simplício Rodrigues de Sá. Foram ainda agraciados com a Imperial Ordem da Rosa os membros da Guarda de Honra que acompanhavam o então Príncipe Regente em sua viagem à Província de São Paulo, testemunhas do "Grito do Ipiranga", marco da Independência do Brasil. Após o banimento da família imperial brasileira, a ordem foi mantida por seus membros em caráter privado, sendo seu grão-mestre o chefe da casa imperial brasileira.

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