Peças para o próximo leilão

830 Itens encontrados

Página:

  • VICE REINO DO PERÚ  PORTADA DE FOLHAS DUPLAS EM MADEIRA ARTISTICAMENTE ENTALHADA. SOBERBA FORNITURA DO PERÍODO VIRREINAL. A ARQUITETURA COLONIAL PERUANA NASCEU SOB A ÉGIDE DE MODELOS PENINSULARES E EUROPEUS MAS COM O PASSAR DOS ANOS LOGO AFIRMOU-SE COM UMA ARQUITETURA DE PERSONALIDADE PRÓPRIA, ÚNICA NA AMÉRICA. NESSE CAPÍTULO DESTACAM-SE AS PORTADAS DAS RESIDÊNCIAS SEMPRE COM UM SENTIDO DECORATIVO E REFORÇO DE SEGURANÇA EM TEMPOS DE INSEGURANÇA. AS PORTAS PROPALAVAM PODER, A RIQUEZA E SOLIDEZ. LEMBRAM SEMPRE O EXPLENDOR DAS FORMAS DO RENASCIMENTO TARDIO MAS NÃO PRESCINDEM DAS FORMAS CLÁSSICAS. ESSE EXEMPLAR COM ENTALHES EM BAIXO RELEVO É DECORADO EM QUADROS COM ROSÁCEAS. PERU, INICIO DO SEC. XVIII. 140 X 203 CM
  • SINGULAR SALVA EM PRATA DE LEI BATIDA, REPUXADA E CINZELADA ESTILO E ÉPOCA DOM JOÁO V. BORDA RECORTADA DECORADA COM CONCHEADOS E GODRONS. O PLANO TEM FABULOSO GUILLOCHE COM EXUBERANTE GUIRLANDA DE FLORES E RAMAGENS. TRES ROBUSTOS E ELABORADOS  PES ALTOS ELEVAM ESSA SALVA QUE CERTAMENTE É UMA DAS MAIS BELAS E REPRESENTATIVAS SALVAS BRASILEIRAS QUE JÁ VI. BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XVIII. 30 CM DE DIAMETRO. 805 G
  • REINO DE RAJASTHAN  ARREMATE DE BALCÃO DE PÁTIO DE HAVELI DA CIDADE DE MANDAWA. MUSICISTA (TOCADORA DE PRATOS CHAMADOS KARATAM UTILIZADOS PARA MUSICA DEVOCIONAL HINDU) COMPÕE UM GRUPO DE QUATRO ESCULTURAS UTILIZADAS COMO ARREMATE E DECORAÇÃO DE BALCÃO NO PÁTIO PRINCIPAL DE UM HAVELI (PALÁCIO CONSTRUÍDO PELOS COMERCIANTES ENRIQUECIDOS PELO COMÉRCIO DA ROTA DA SEDA). A GRANDE ESCULTURA COM AS OUTRAS TRÊS QUE ACOMPANHAM O LOTE, FEZ AS VEZES DE MÃO FRANCESA SOB BALCÃO COM VISTA PARA O PÁTIO DOS HOMENS DE UM HAVELI. ALI ERAM PERMITIDAS AS MULHERES ENQUANTO OS HOMENS ESTAVAM REUNIDOS NO PÁTIO. ESSA FLAUTISTA COM LINDAS CORES ORIGINAIS, É APRESENTADA COM UM SARI DE FESTA CINGINDO COROA SOB LINDOS CABELOS ENRODILHADOS, AS COROAS INCLUÍDAS NA SUNTUOSA DECORAÇÃO DOS HAVELIS MANIFESTAM A COBIÇADA NOBREZA ALMEJADA POR SEUS RICOS PROPRIETÁRIOS. RAJASTHAN, INICIO DO SEC. XIX. 115 CM DE ALTURANOTA: Havelis eram Casas suntuosas construídas em um estilo arquitetônico único no século 18 e no início do século 19, e que já foram propriedade de comerciantes ricos. Foram construídos na região de Shekhawati, onde fica a cidade de Mandawa. Os havelis do Rajastão foram construídos pela rica comunidade Marwari na região de Shekhawati, no Rajastão, no século XIX. Um haveli normalmente tem dois pátios, um para os homens e o interno para as mulheres, as paredes eram adornadas com belos afrescos coloridos pintados por artistas contratados. Com o desenvolvimento de grandes cidades como Calcutá e Mumbai, desviando o comércio trans-Thar para o sul e para o leste, a importância dos postos comerciais de Shekhawati declinou rapidamente e as mansões pintadas dos mercadores não foram mais cuidadas. Abandonada pelos proprietários, que migraram para as cidades em busca de pastagens mais verdes, a maior parte de Shekhawati havelis, incluindo Mandawa, estava completamente abandonada e, atualmente, os antigos postos avançados da rota comercial se assemelham a cidades fantasmas. Mandawa, apesar de ser uma das cidades Shekhawati mais bem conservadas, mostrou grande negligência, e o pequeno principado feudal localizado remotamente manteve muitas mansões pintadas notáveis. Os mais famosos eram o Hanuman Prasad Goenka Haveli, o Goenka Double Haveli, o Murmuria Haveli, o Gulab Rai Ladia Haveli, etc e havia também o forte que ocupava o centro da cidade. Os  ricos  afrescos de Mandawa, que foram encomendados pelos proprietários dos Havelis, exibiam suas sensibilidades culturais, crenças religiosas, aspirações reais e flagrante confronto com o poder britânico. Embora os mercadores fossem tão ricos quanto os governantes Rajput, a hierarquia social estrita os proibia de construir palácios e fortes tão grandes quanto os da realeza. Então, eles se concentraram nos interiores e se deleitaram em conseguir que fossem decorados primorosamente com cores feitas de ouro, prata e outras pedras preciosas. O declínio da riqueza das famílias dos proprietários, enormes custos de manutenção e zero esforços do governo para proteger as mansões fizeram de Shekhawati um patrimônio que morria rapidamente e com a falta de manutenção no século XX quase todos os Havelis foram desmantelados.
  • REINO DE RAJASTHAN  ARREMATE DE BALCÃO DE PÁTIO DE HAVELI DA CIDADE DE MANDAWA. MUSICISTA (TOCADORA DE MRIDANGAM QUE É UM INSTRUMENTO DE PERCUSSÃO DA ÍNDIA, ESPECIALMENTE DO SUL. O INSTRUMENTO É CONHECIDO COMO "DEVA VAADYAM", OU "INSTRUMENTO DOS DEUSES") COMPÕE UM GRUPO DE QUATRO ESCULTURAS UTILIZADAS COMO ARREMATE E DECORAÇÃO DE BALCÃO NO PÁTIO PRINCIPAL DE UM HAVELI (PALÁCIO CONSTRUÍDO PELOS COMERCIANTES ENRIQUECIDOS PELO COMÉRCIO DA ROTA DA SEDA). A GRANDE ESCULTURA COM AS OUTRAS TRÊS QUE ACOMPANHAM O LOTE, FEZ AS VEZES DE MÃO FRANCESA SOB BALCÃO COM VISTA PARA O PÁTIO DOS HOMENS DE UM HAVELI. ALI ERAM PERMITIDAS AS MULHERES ENQUANTO OS HOMENS ESTAVAM REUNIDOS NO PÁTIO. ESSA FLAUTISTA COM LINDAS CORES ORIGINAIS, É APRESENTADA COM UM SARI DE FESTA CINGINDO COROA SOB LINDOS CABELOS ENRODILHADOS, AS COROAS INCLUÍDAS NA SUNTUOSA DECORAÇÃO DOS HAVELIS MANIFESTAM A COBIÇADA NOBREZA ALMEJADA POR SEUS RICOS PROPRIETÁRIOS. RAJASTHAN, INICIO DO SEC. XIX. 115 CM DE ALTURANOTA: Havelis eram Casas suntuosas construídas em um estilo arquitetônico único no século 18 e no início do século 19, e que já foram propriedade de comerciantes ricos. Foram construídos na região de Shekhawati, onde fica a cidade de Mandawa. Os havelis do Rajastão foram construídos pela rica comunidade Marwari na região de Shekhawati, no Rajastão, no século XIX. Um haveli normalmente tem dois pátios, um para os homens e o interno para as mulheres, as paredes eram adornadas com belos afrescos coloridos pintados por artistas contratados. Com o desenvolvimento de grandes cidades como Calcutá e Mumbai, desviando o comércio trans-Thar para o sul e para o leste, a importância dos postos comerciais de Shekhawati declinou rapidamente e as mansões pintadas dos mercadores não foram mais cuidadas. Abandonada pelos proprietários, que migraram para as cidades em busca de pastagens mais verdes, a maior parte de Shekhawati havelis, incluindo Mandawa, estava completamente abandonada e, atualmente, os antigos postos avançados da rota comercial se assemelham a cidades fantasmas. Mandawa, apesar de ser uma das cidades Shekhawati mais bem conservadas, mostrou grande negligência, e o pequeno principado feudal localizado remotamente manteve muitas mansões pintadas notáveis. Os mais famosos eram o Hanuman Prasad Goenka Haveli, o Goenka Double Haveli, o Murmuria Haveli, o Gulab Rai Ladia Haveli, etc e havia também o forte que ocupava o centro da cidade. Os  ricos  afrescos de Mandawa, que foram encomendados pelos proprietários dos Havelis, exibiam suas sensibilidades culturais, crenças religiosas, aspirações reais e flagrante confronto com o poder britânico. Embora os mercadores fossem tão ricos quanto os governantes Rajput, a hierarquia social estrita os proibia de construir palácios e fortes tão grandes quanto os da realeza. Então, eles se concentraram nos interiores e se deleitaram em conseguir que fossem decorados primorosamente com cores feitas de ouro, prata e outras pedras preciosas. O declínio da riqueza das famílias dos proprietários, enormes custos de manutenção e zero esforços do governo para proteger as mansões fizeram de Shekhawati um patrimônio que morria rapidamente e com a falta de manutenção no século XX quase todos os Havelis foram desmantelados.
  • SEVRES  CONJUNTO DE BOUDOIR EM PORCELANA COM DOIS FRASCOS PARA ÁGUA DE COLÔNIA E UM POTE. MARCAS DA MANUFATURA DE SEVRES. TERÇO INFERIOR NA TONALIDADE ROUGE DE FEUR SUCEDIDO POR LAURÉU, LOGO APÓS RELEVO DE GUIRLANDA ENCIMADO POR FLORES PINTADAS EM ESMALTE. AS PEGAS NAS TAMPAS SÃO EM FEITIO DE COROAS. ARREMATES EM OURO.  FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. 18 CM DE ALTURA.
  • FORMIDÁVEL CACHEPOT EM FAIANÇA NA TONALIDE ROUGE DE FEUR DECORADO COM SUNTUOSA GUIRLANDA  FORMADA POR FLORES E RAMAGENS. INTERIOR EM BELA TONALIDADE JADE. ESTILO E ÉPOCA ART DECO. FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 24 X 19 CM.
  • TANTALU EDUARDIANO  EM CARVALHO COM TRÊS GARRAFAS, SUPORTE PARA COPOS E GAVETAS. GRANDE TANTALU COM ELEGANTE FEITIO HEXAGONAL DOTADO DE DUAS GAVETAS, UMA DELAS TEM NO INTERIOR UM TABULEIRO DE JOGO DE CRIBBAGE (CONHECIDO COMO JOGO DE ESQUIMÓ) E A OUTRA É UMA GAVETA PARA CHARUTOS. CLARAMENTE É DESTINADO AO USO EM SALAS DE FUMIER ONDE OS HOMENS SE REUNIAM PARA FUMAR E BEBER APÓS  JANTARES FORMAIS,  SEPARADOS DAS MULHERES QUE SE RETIRAVAM PARA A SALA DE CHÁ.  ESSE BELO TANTALU É DOTADO DE TRÊS GARRAFAS DE CRISTAL COM EXCELENTE QUALIDADE E SUPORTE PARA 12 COPOS (OS COPOS SÃO UMA ASSEMBLAD REUNIDOS AO CONJUNTO). TAMBÉM BELAS ALÇAS LATERAIS. Acompanha cartão do antiquário onde foi adquirido na cidade de Mova York nos EUA.  INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 57 X 23 X 40 CMNOTA: A refeição era geralmente composta por 10 pratos e sobremesa. Durante a refeição, os homens precisavam sempre conversar com as mulheres que sentavam à sua direita. Após o jantar, as mulheres seguiam para uma sala onde bebiam chá e conversavam. Os homens iam para outra sala, onde fumavam e conversavam também. Nesse espaço informal além de fumar, bebiam, conversavam e jogavam.
  • TROUSSE EM ALPACA ESPESSURADO  A PRATA DECORADA COM BELOS ESMALTES COM CENA GALANTE REPRESENTANDO PERSONAGENS VESTIDOS A MANEIRA DO SEC. XVIII. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. INTERIOR COM DIVERSAS  PARTIÇÕES. EUROPA, INIICIO DO SEC. XX.. 9,5 CM DE COMPRIMENTO (SOMENTE A CAIXA SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA CORRENTE)
  • BELA MOLDURA DE MESA EM BRONZE ESTILO E ÉPOCA ART NOUVEAU. EXCEPCIONAL QUALIDADE! DECORADA COM FIGURA DE DAMA VESTIDA PARA FESTA, USANDO JÓIAS. TAMBÉM ROSAS EM TORNO DA MOLDURA. EUROPA,  INICIO DO SEC. XX. 36 CM DE ALTURA
  • BELA MOLDURA DE MESA EM BRONZE DECORADA COM LINDAS ROCAILLES VEGETALISTAS. VIDRO BIZOTADO. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 36 CM DE ALTURA
  • CENTRO DE MESA/FLOREIRA E PRESENTOIR COM ESPELHO CONSTRUÍDOS EM PRATA DE LEI.  MARCAS DE CONTRASTE EUROPEUS. LINDA DECORAÇÃO COM ROCAILLES, CONCHEADOS E FLORES RELEVADADAS. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 50 CM DE COMPRIMENTO. 2635 G  (PESO TOTAL).
  • MUITO GRANDE TINTEIRO EM PRATA DE LEI REPRESENTANDO ASCLÉPIO SEGURANDO O CADUCEU EM UMA DAS MÃOS E NA OUTRA A VASILHA COM REMÉDIO. MARCAS DE CONTRASTE PARA ALEMANHA. POSSUI DOIS TINTEIROS COM TAMPAS BASCULANTES. ESTA ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS COM REPRESENTAÇÃO DE HOMENS VERDES.  (ROSTOS  HUMANOS FORMADOS POR FOLHAS E FRUTOS, UMA REPRESENTAÇÃO USUAL NA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX). ELABORADA PEGA NA PARTE POSTERIOR.. LINDA PEÇA! 26 CM DE COMPRIMENTO. 625 GNOTA: Não havia donzela mais formosa em toda Tessália do que Corônis. Apolo apaixonou-se por ela e conceberam um filho, mas durante a gestação ela se apaixonou por um mortal, o jovem Ischys. Quando Apolo soube da traição, sentenciou Corônis à morte. No momento em que ela estava sendo colocada sobre a pira para ser queimada, Apolo arrancou do seu ventre o menino ainda vivo; assim nasceu Asclépio confiado ao centauro Kiron que lhe ensinou a medicina. Asclépio crescia e com o tempo adquiriu uma grande habilidade na medicina, descobrindo uma maneira de ressuscitar os mortos tornando-se o Deus da medicina. Ele recebeu de Atenas o sangue vertido das veias da Górgona Medusa que continha o violento veneno do lado esquerdo e o sangue do lado direito que era salutar; Asclépio o utilizava para devolver a vida aos mortos. Asclépio apaixonou-se por Epione, que se tornou deusa da anestesia, aliviando as dores. Tiveram os filhos: Machaon (cirurgião) e Podaleirus ou Podalirio (o dom do diagnóstico e da psiquiatria) que foram os médicos dos gregos na Guerra de Tróia; Telésforo - o pequeno gênio da convalescença, Panaceia - a deusa dos medicamentos e ervas medicinais, Iaso - deusa da cura, Áceso - deusa dos cuidados e enfermagem, Aglaea - deusa dos bons fluidos, boa forma e beleza natural, e Hígia ou Higeia - deusa da prevenção das doenças, que deu origem ao termo Higiene (limpeza, higiene e saneamento). Mas a maestria de Asclépio tornou-se perigosamente grande e começou a ressuscitar os mortos. Temendo que Asclépio revertesse a ordem do mundo passando esse conhecimento aos homens, Zeus o matou com um raio. Apolo colocou o seu filho entre as estrelas como a constelação do Serpentário, o Ophiucus e o divinizou. Assim Asclépio é um Deus que não está no Olimpo nem habita o Hades, mas caminha entre os homens ensinando a medicina e aliviando-os das doenças. Os atributos de Asclépio eram as serpentes enroladas em um bastão, o caduceu, que se transformou no símbolo da medicina. As serpentes eram consagradas a Asclépio, provavelmente devido à superstição de que aqueles animais têm a faculdade de readquirir a juventude, mudando de pele. Também são a sua epifania - a inspiração divina - e está presente espírito dos médicos e profissionais de saúde, estimulando a um conhecimento do corpo humano e também das ervas e drogas. Havia numerosos oráculos de Asclépio. O mais célebre era o de Epidauro no Peloponeso, onde se desenvolveu uma verdadeira escola de medicina, cujas práticas eram sobretudo mágicas. Os enfermos procuravam respostas e cura para suas enfermidades dormindo no templo. Pelas descricões deduz-se que o tratamento aplicado constituia o que hoje se chama magnetismo animal ou mesmerismo. O culto a Asclépio, chamado Esculápio pelos romanos, foi introduzido em Roma por ocasião de uma grande epidemia, quando se enviou uma embaixada ao templo de Epidauro para implorar a ajuda do deus. Esculápio mostrou-se propício e, quando o navio voltou, acompanhou-o sob a forma de uma serpente. Chegando ao Tibre a serpente desceu do navio e tomou posse de uma ilha no rio onde foi erguido um templo ao deus. Teve muito prestígio no mundo antigo quando seus santuários converteram-se em sanatórios. A arte da cura e da medicina era praticada pelos Asclepíades. O mais célebre deles é Hipócrates, (470-377 aC) que nasceu em Kós, fundador da ciência grega da medicina. Para Hipócrates, a moderação é o que proporciona uma vida sã. Quando surge uma doença, é porque a natureza está em desequilíbrio físico ou psíquico. A receita da vida saudável é a moderação, a harmonia: Mens sana in corpore sano - mente sã em um corpo são.
  • LINDA CAIXA EM PRATA DE LEI COM ESMALTES NA TONALIDADE AZUL. MARCAS DE CONSTRASTE PARA AUSTRIA TEOR 925. INTERIOR COM VERMEIL. CORBÉLIA DE FLORES  EM RESERVA FENESTRADA NA TAMPA. IMPERIO AUSTRO HUNGARO, INICIO DO SEC. XX. 56 MM DE DIAMETRO
  • CONCESSA COLAÇO  NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - GRANDE E BELA TAPEÇARIA, ASSINADA NO CANTO INFERIOR DIREITO. OBRA MAGNÍFICA! 1960, 137 X 97 CMNOTA: Concessa Colasso é portuguesa, naturalizada brasileira. Atualmente reside no Rio de Janeiro, pode-se dizer que corre em suas veias o sangue azul da arte da tapeçaria. Sua mãe, Madeleine Colaço, nascida no Marrocos, era tapeceira e veio para o Brasil em 1940. Criou uma aldeia artesanal no Estado do Rio, junto a Cabo Frio, dirigindo a execução de seus afamados tapetes, nos quais aplicou um ponto de sua invenção, hoje conhecido como ponto brasileiro. Concessa criou um novo ponto, o corrido, inspirado nas tapeçarias do século XI, da Rainha Matilde da França. Só usava lãs e sedas naturais em seus tapetes. Nada sintético. 150 a 180 mil pontos em cada metro quadrado. Sobre sua obra se auto alegava sem um estilo próprio era uma criadora espontânea, cada tapeçaria que executava, com suas artesãs auxiliares, era discutida, planejada e pesquisada. Suas obras estão em importantes coleções internacionais inclusive da realeza e adornam também as paredes do Palácio do Planalto em Brasília.
  • MURANO BULLICANTE   DESIGN FLAVIO POLO PARA  SEGUSO VETRI D'ARTE DE MEADOS DO SEC. XX .   GRANDE E BELO BOWL/CENTRO DE MESA EM VIDRO ARTÍSTICO DE MURANO DECORADO COM A TECNICA BULLICANTE. LINDA COLORAÇÃO VERDE DECORADO COM BOLHAS E RESSALTOS.  O DESIGN É DE FLAVIO POLO, UMA PEÇA LINDA, DE GRANDE DIMENSÃO E EM MUITO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO! ITALIA, DEC. 1950. 30 CM DE DIAMETRO NOTA: A qualidade e tradição que caracterizam os melhores fornos de vidro de Murano sempre foram dignos da mais alta consideração. Este prestígio deve-se principalmente ao trabalho árduo e à dedicação dos mestres do vidro, que são o cerne do comércio mais famoso de Murano. A fabricação de vidro tem passado de geração em geração, com constantes inovações e originalidade atemporal. A lealdade e o respeito com que este comércio é tratado é possivelmente a chave para o sucesso de Murano. Os mestres do vidro em toda a ilha sempre trabalharam com vitalidade infinita, e essa veia criativa fica evidente em todas as obras de arte em vidro que saem de qualquer fornalha, com técnicas aprimoradas e efeitos desconcertantes. Sempre à frente do seu tempo e antecipando qualquer tendência, Archimede Seguso foi o exemplo perfeito do melhor talento de Murano. Sabendo interpretar o mundo ao seu redor e sempre renovando e aprimorando suas técnicas de produção, Seguso surgiu com uma das mais surpreendentes e maravilhosas inovações, a técnica bullicante. O efeito bullicante está entre as técnicas de fabricação de vidro mais conhecidas e é visto com bastante frequência na ilha de Murano. Se você teve a sorte de passear pelas ruas de Veneza, deve ter notado lindas peças de vidro com pequenas bolhas de ar presas em seu interior, possivelmente parando para se perguntar como esse efeito aparentemente impossível é alcançado. Esse efeito peculiar é obtido colocando-se um pedaço de vidro fundido dentro de um molde metálico com pontas, muito parecido com a textura de um abacaxi. Essas pontas causam pequenos orifícios na superfície criando um padrão ao redor da peça de vidro. Depois de esfriar por alguns instantes, a peça inteira é novamente submersa em vidro fundido. Esta segunda camada cobre completamente a primeira. No entanto, graças à consistência espessa do vidro, os orifícios previamente impressos na primeira camada não são cobertos, fazendo com que o ar fique preso entre as duas camadas de vidro. Este processo pode ser repetido várias vezes, criando um padrão tão complicado quanto o mestre do vidro deseja. Esta técnica confere não só uma sensação de profundidade a todo o objeto, mas também um efeito decorativo incomparável, famoso pela sua originalidade. A técnica bullicante tornou-se famosa na década de 1930 graças a Archimede Seguso. Separando-se de sua famosa técnica de sommerso, Seguso a elevou a outro nível aproveitando a espessura do vidro. Ao utilizar uma composição mais viscosa, encontrou uma maneira de deixar as pequenas incisões inalteradas e vazias, apesar de cobri-las com outra lâmina de vidro. E enquanto trabalhava em outras obras de arte leves, como lâmpadas, ele percebeu que a ferramenta pontiaguda que usou nessas lâmpadas também poderia ser útil para a criação de amassados. Seguso, portanto, descobriu que era o tamanho e a forma das pontas metálicas que determinavam a posição e a profundidade do padrão impresso no vidro. Ele começou a fazer experiências com até seis camadas de vidro, prendendo "bollicine" (bolhas) de ar dentro de cada camada. Essas bolhas o lembravam das bolhas na água fervente, Assim, chamando essa técnica de bullicante, que significa literalmente fervura. Depois de dominar a técnica, chegou a decorar as camadas internas com folha de ouro e outras cores, tornando cada peça ainda mais valiosa e única. As peças bullicantes rapidamente se tornaram famosas entre as obras de Seguso e foram exibidas com sucesso na Bienal de Veneza em 1936. Seus vasos cinza dourado e sua escultura Pomona foram amplamente apreciados. Uma peça daquela Bienal ainda existe hoje e repousa dentro do palácio de Cassa di Risparmio di Venezia. É um belo vaso redondo, com um leve toque de púrpura, um impressionante efeito bullicante e folha de ouro por dentro; um verdadeiro tesouro de 1936. A partir desta data, Seguso passou a utilizar a técnica bullicante para muitas obras como vasos, figuras de animais, esculturas e candeeiros. A especialidade de Seguso era o contraste notável de efeitos modernos contemporâneos ao lado de peças históricas tradicionais. Esse é o caso das lâmpadas, onde experimentou padrões e composições modernos que contrastariam quando colocados junto com seus lustres clássicos. Uma coleção muito apreciada foi a de temática aquática, para a qual desenhou delicadas esculturas de peixes caracterizadas por linhas fluidas e delicadas, levando a imaginação de todos de volta ao mar. Esta técnica, como qualquer outra técnica do Vidro Murano, será apreciada pelos amantes da arte e por aqueles que apreciam a beleza do trabalho artesanal e o toque artesanal. O conhecimento e a habilidade necessários para criar lindas peças bullicantes vêm da tradição vidreira de Murano, da qualidade e originalidade de suas mentes criativas e da história do comércio mais venerado de Veneza, que remonta aos tempos pré-medievais. Peças como essa podem ser admiradas no  Museu do Vidro de Murano ou no Museu do Vidro Corning.
  • CAMUSSO  GRANDE TRAVESSA EM PRATA DE LEI. MARCAS DE CONTRASTE DE PRATA 925 E MARCAS DO REPUTADO  PRATEIRO CAMUSSO. FEITIO OVAL. BORCA COM ROCAILLES RECORTADAS. PERU, SEC. XX. 50 CM DE COMPRIMENTO. 1180 G
  • PAULO DO VALLE JUNIOR  OLEO SOBRE PLACA  CENA DE INTERIOR COM CASA E GALINÁCEOS  ASSINADO E DATADO 1923. EX COLEÇÃO  DR ADOLPHO SCHIMIT SARMENTO (1883  1939). 25 X 34 CM  (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA). COM A MOLDURA. 43 X 53 CMNOTA: PAULO DO VALLE JUNIOR  Pirassununga, SP, 1889 - São Paulo, SP, 1958. Pintor e desenhista. Ingressa no  Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - LAOSP em 1902, onde estuda com Oscar e permanece até 1906. Nesse ano viaja para Paris, com bolsa de estudo concedida pelo governo do Estado de São Paulo, frequenta a Académie Julian e é aluno dos pintores Marcel André Baschet , Jean-Paul Laurens  e Henri Paul Royer .  O Estado de São Paulo lhe concede mais uma bolsa de estudo, em 1913, e Valle Júnior vai para a Europa, e lá fica até 1915. Em 1920, faz uma exposição individual no Clube Comercial, com boa recepção da crítica. Tem uma relevante participação no processo de profissionalização dos artistas em São Paulo, na criação da Sociedade Paulista de Belas Artes, em 1924, no debate sobre a criação do Departamento Histórico e Artístico do Estado de São Paulo e na fundação do Sindicato dos Pintores de São Paulo, primeiro do gênero no Brasil. Integra a mostra do Grupo Almeida Júnior, organizada por Torquato Bassi , em 1928. Entre 1937 e 1954, ocupa a presidência do Salão Paulista de Belas Artes e participa da comissão organizadora e do júri de seleção de várias edições do evento. Entre 1948 e 1952, passa nova temporada na Académie Julian, com apoio de Irene e Freddy Keller, seus parentes, que recebem parte da sua produção do período pelo custeio da viagem. Valle Júnior influencia a produção de artistas como Nicola Petti  e José Marques Campão . Apresenta uma retrospectiva na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, em 1956.
  • PAULO DO VALLE JUNIOR  -  OLEO SOBRE PLACA  CENA DE INTERIOR COM CASA E GALINÁCEOS. EX COLEÇÃO  DR ADOLPHO SCHIMIT SARMENTO (1883  1939). 24 X 32 CM  (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA). COM A MOLDURA. 41 X 50 CMNOTA: PAULO DO VALLE JUNIOR  Pirassununga, SP, 1889 - São Paulo, SP, 1958. Pintor e desenhista. Ingressa no  Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - LAOSP em 1902, onde estuda com Oscar e permanece até 1906. Nesse ano viaja para Paris, com bolsa de estudo concedida pelo governo do Estado de São Paulo, frequenta a Académie Julian e é aluno dos pintores Marcel André Baschet , Jean-Paul Laurens  e Henri Paul Royer .  O Estado de São Paulo lhe concede mais uma bolsa de estudo, em 1913, e Valle Júnior vai para a Europa, e lá fica até 1915. Em 1920, faz uma exposição individual no Clube Comercial, com boa recepção da crítica. Tem uma relevante participação no processo de profissionalização dos artistas em São Paulo, na criação da Sociedade Paulista de Belas Artes, em 1924, no debate sobre a criação do Departamento Histórico e Artístico do Estado de São Paulo e na fundação do Sindicato dos Pintores de São Paulo, primeiro do gênero no Brasil. Integra a mostra do Grupo Almeida Júnior, organizada por Torquato Bassi , em 1928. Entre 1937 e 1954, ocupa a presidência do Salão Paulista de Belas Artes e participa da comissão organizadora e do júri de seleção de várias edições do evento. Entre 1948 e 1952, passa nova temporada na Académie Julian, com apoio de Irene e Freddy Keller, seus parentes, que recebem parte da sua produção do período pelo custeio da viagem. Valle Júnior influencia a produção de artistas como Nicola Petti  e José Marques Campão . Apresenta uma retrospectiva na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, em 1956.
  • PAULO DO VALLE JUNIOR  OLEO SOBRE PLACA  CENA DE LITORAL COM CASEBRE EM RUINA, CANOA E VILAREJO AO FUNDO. ASSINADO E DATADO 1920. EX COLEÇÃO  DR ADOLPHO SCHIMIT SARMENTO (1883  1939). 25 X 34 CM  (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA). COM A MOLDURA. 43 X 53 CMNOTA: PAULO DO VALLE JUNIOR  Pirassununga, SP, 1889 - São Paulo, SP, 1958. Pintor e desenhista. Ingressa no  Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - LAOSP em 1902, onde estuda com Oscar e permanece até 1906. Nesse ano viaja para Paris, com bolsa de estudo concedida pelo governo do Estado de São Paulo, frequenta a Académie Julian e é aluno dos pintores Marcel André Baschet , Jean-Paul Laurens  e Henri Paul Royer .  O Estado de São Paulo lhe concede mais uma bolsa de estudo, em 1913, e Valle Júnior vai para a Europa, e lá fica até 1915. Em 1920, faz uma exposição individual no Clube Comercial, com boa recepção da crítica. Tem uma relevante participação no processo de profissionalização dos artistas em São Paulo, na criação da Sociedade Paulista de Belas Artes, em 1924, no debate sobre a criação do Departamento Histórico e Artístico do Estado de São Paulo e na fundação do Sindicato dos Pintores de São Paulo, primeiro do gênero no Brasil. Integra a mostra do Grupo Almeida Júnior, organizada por Torquato Bassi , em 1928. Entre 1937 e 1954, ocupa a presidência do Salão Paulista de Belas Artes e participa da comissão organizadora e do júri de seleção de várias edições do evento. Entre 1948 e 1952, passa nova temporada na Académie Julian, com apoio de Irene e Freddy Keller, seus parentes, que recebem parte da sua produção do período pelo custeio da viagem. Valle Júnior influencia a produção de artistas como Nicola Petti  e José Marques Campão . Apresenta uma retrospectiva na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, em 1956.
  • MOGIANA -  GRANDE E RARO SINO EM BRONZE DE LOCOMOTIVA MARIA FUMAÇA MODELO AMERICANO 242 (CIRCA DE 1880).  VIDE IMAGEM DESSA LOCOMOTIVA NOS CREDITOS EXTRAS DO LOTE. 54 X 44 CMNOTA: A Companhia Mogiana de Estradas de Ferro foi uma companhia  Ferroviária brasileira criada em 1872 com sede na cidade paulista de Campinas. Sua construção inscreve-se na história da expansão da cultura do café em direção ao interior da então Província de São Paulo, constituindo-se, inicialmente, por um simples prolongamento da ferrovia então existente, até Mogi-Mirim e de um ramal para Amparo, com um seguimento até às margens do Rio Grande. A proposta original, entretanto, de estender seus trilhos até Goiás, ao norte, nunca ocorreu. Permaneceu em atividade de maio de 1875 até outubro de 1971, quando foi extinta e incorporada à FEPASA - Ferrovia Paulista S/A. Começa com a concessão para a construção da ferrovia ocorrida nos termos da lei provincial número 18, de 21 de março de 1872. A companhia também contava com privilégios de zona ou concessão exclusiva por noventa anos com uma contragarantia de juros de 7% sobre o capital de três mil contos de réis (ou R$ 369.000.000,00 trezentos e sessenta e nove milhões de reais em valores convertidos, levando em consideração a inflação e cotação do ouro, aproximadamente) habitual nas concessões fornecidas à época, e concedia privilégio, sem garantias de juros, para o prolongamento da linha até as margens do Rio Grande, passando por Casa Branca e Franca. No dia 1 de julho de 1872, no Paço da Câmara Municipal de Campinas, reuniram-se em Assembleia Geral os acionistas da nova empresa, entre os quais a família Silva Prado, Antônio de Queirós Teles e José Estanislau do Amaral que eram grandes proprietários de plantações de café e o barão de Tietê, por si próprio e pela empresa de Seguros que presidia, a Companhia União Paulista. A reunião realizada visava a discussão e aprovação do projeto e de seus estatutos, assim como a eleição da diretoria provisória que deveria gerir os negócios da empresa até à sua organização definitiva. A primeira diretoria ficou assim constituída: Dr. Antônio de Queirós Teles (Barão, Visconde e Conde de Parnaíba), Tenente-coronel José Egídio de Sousa Aranha, Dr. Antônio Pinheiro de Ulhoa Cintra (Barão de Jaguara), Capitão Joaquim Quirino dos Santos e Antônio Manuel Proença. Estes mesmos diretores foram eleitos em caráter definitivo na assembleia geral realizada em 30 de março de 1873. Ficava assim constituída a Companhia Mogiana com o capital de três mil contos de réis, divididos em quinze mil ações no valor nominal de duzentos contos de réis cada. As obras de construção da ferrovia iniciaram-se em 2 de dezembro de 1872, muito tempo antes de se ter assinado o contrato com o Governo Provincial, o que só ocorreu a 19 de junho de 1873. Em 3 de maio de 1875 era concluída a primeira etapa entre Campinas e Jaguari (atual Jaguariúna), numa distância de 34 quilômetros. Três meses depois a estrada chegava em Mogi Mirim totalizando 41 km. O tráfego, nesse trecho, foi inaugurado em 27 de agosto de 1875 com a presença do imperador D. Pedro II Neste mesmo ano ficou pronto o ramal de Amparo, numa extensão de trinta quilômetros. Em janeiro de 1878, a estrada chegou em Casa Branca, a 172 quilômetros de Campinas. No ano de 1880, após muitos debates com a Companhia Paulista, levando-se em conta os privilégios de zona, a Mogiana conseguiu a concessão para prolongar seus trilhos até a cidade de Ribeirão Preto (na época chamada Vila do Entre Rios) tudo dentro da então Província de São Paulo. Posteriormente a Mogiana partiu para a construção do trecho que levaria seus trilhos ao Triângulo Mineiro e Sul de Minas Gerais, com vista a atrair a economia local para a paulista e vice versa. O ramal de Poços de Caldas foi concluído em 1886, o rio Grande foi atingido em 1888. O ramal de Franca em 1889. Nessa época a empresa recebeu o nome de Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, tendo em vista que em 1888 iniciava o serviço de navegação fluvial pelo rio Grande, com o transporte de mercadorias e gado em grandes batelões (ou chatas de madeira), com capacidade de quinze toneladas cada um. Ainda em 1889, na tentativa de quebrar o monopólio britânico sobre a rota do porto de Santos, a Companhia Mogiana planejou construir um novo ramal partindo de sua linha em Atibaia, seguindo o lado paulista aos pés da Serra da Mantiqueira, cortando o Vale do Paraíba até chegar ao porto de São Sebastião, criando outro acesso das plantações de café paulista a um porto de escoação para o exterior, fora da zona de privilégio da São Paulo Railway. Porém, os administradores da SPR, ao saberem do projeto, compraram a Estrada de Ferro Bragantina, que estava bem no meio do trajeto necessário, e a expandiram, impossibilitando definitivamente a passagem de outra ferrovia na região sem ferir as proteções legais de concessão. Pelo Decreto nº 977, de 5 de agosto de 1892, recebeu autorização para prolongar suas linhas (linha de Ressaca) até Santos, como o mesmo não foi cumprido, 17 de outubro de 1900, foi editado o Decreto nº3811, prorrogando o prazo em mais três anos. Nunca essa linha foi construída. A linha-tronco da Mogiana (também conhecida como "linha do Catalão") foi a primeira ferrovia a transpor o rio Grande, que marca a divisa da então Província de São Paulo com região do Triângulo Mineiro. A primeira ponte sobre o rio foi erguida em 1888 num trecho onde a água se afunila em corredeiras, próximo do local onde havia a cachoeira de Jaguara. Logo após a ponte, que era exclusiva para passagem ferroviária, havia a estação de Jaguara, ligada a um porto fluvial no Rio Grande. As ruínas da ponte e da estação ainda podem ser vistas logo abaixo da usina hidrelétrica de mesmo nome. Adentrando Minas Gerais, a linha-tronco atendia as cidades de Sacramento (ligada à estação Cipó por linha de bonde), Conquista e Uberaba, onde a ferrovia chegou em 1889. Em 1895 os trilhos chegaram a Uberabinha (atual Uberlândia) e um ano depois ao ponto final na cidade de Araguari. Apesar de prevista no projeto original, a extensão da linha até Catalão, já no estado de Goiás, nunca foi feita pela Cia, Mogiana, e acabou sendo executada pela Estrada de Ferro de Goiás. A presença da Cia Mogiana no oeste do estado de Minas Gerais, tornou as ligações desta região mais rápidas e fáceis com São Paulo do que com a região central do próprio estado e com a sua capital Belo Horizonte. Por volta de 1899, a Mogiana iniciou a construção de uma variante à linha-tronco, ligando a estação Entroncamento (em Ribeirão Preto) a Santa Rita do Paraíso (atual Igarapava), às margens do Rio Grande, onde a linha chegou em 1905. Dez anos depois, a construção de uma grande ponte metálica rodoferroviária permitiu a extensão da linha até Uberaba, reduzindo significativamente a distância entre o Triângulo Mineiro e Ribeirão Preto. Em pouco tempo, o chamado Ramal de Igarapava passou a concentrar a maior parte do tráfego, suplantando a antiga linha-tronco. Na década de 1930, com o declínio da produção de café e os problemas econômicos originados pela Segunda Guerra Mundial, a Mogiana entrou em dificuldades financeiras, que se refletiram negativamente na prestação de seus serviços e passou a ser controlada pelo Governo do Estado de São Paulo em 1952. Em 1967 a Mogiana já estatal, assumiu a administração da Estrada de Ferro São Paulo e Minas, cujas linhas correm entre as cidades de São Simão (SP) até São Sebastião do Paraíso (MG). Em novembro de 1971, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro foi incorporada pela FEPASA empresa estatal do ramo ferroviário, atualmente desativada e seccionada em quatro novas concessões por vinte anos.

830 Itens encontrados

Página: