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  • EXCEPCIONAL ORATÒRIO DE LAPINHA OU MAQUINETA, ESTILO E ÉPOCA DOM JOSÉ I. INCOMUM FEITIO E EXTRAORDINÁRIA BELEZA. CONSTRÚIDA EM QUINA FRONATAL ACOMODA IMAGEM DE SANTANA MESTRA COM A VIRGEM MARIA E SÃO JOAQUIM. TALHA DE EXCEPCIONAL QUALIDADAE DENOTANDO GRANDE ERUDIÇÃO! DELICADA PINTURA INTERNA COM FUNDO EM AZUL E CAPRICHADAS ROSAS DE MALABAR. CERTAMENTE UMA DAS MAIS BONITAS LAPINHAS QUE JÁ VI! MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 32 CM DE ALTURA.NOTA: Os oratórios de lapinha são provenientes de Minas Gerais, notadamente essa arte floresceu na região de Ouro preto, Mariana e Santa Luzia. De acordo com o periódico especializado A Relíquia, no bojo da arte sacra brasileira, destacam-se os oratórios, objetos de fé, testemunhos do catolicismo, pelos quais se pode recompor a trajetória de nossa civilização. Através deles acompanha-se a imersão do fenômeno barroco na vida cotidiana do Brasil colonial. O oratório representava a ligação do homem com o divino. A origem do oratório remonta à Idade Média, época em que as famílias que não podiam construir capelas, representavam-nas através de um objeto. Para Angelo Araújo o oratório "reporta-se à edícula romana, morada dos deuses lares, e desde os primórdios do cristianismo são encontrados como objeto do culto aos mártires e santos. Ao longo de dois milênios, aparecem e ressurgem em todos os territórios da cristandade, consubstanciando estilos vigentes, tendências, influências e costumes de cada região. Os oratórios chegaram ao Brasil nos primeiros navios portugueses, como protetores daqueles intrépidos navegantes. Povoaram a cena doméstica, na cidade e no campo, das cozinhas aos quartos de dormir, das varandas às salas de jantar, dos salões as senzalas.
  • RARO E SUNTUOSO PORTA TOALHAS DE BATISMO EM PRATA DE LEI. EXTRAORDINÁRIA QUALIDADE! EXEMPLAR SEMELHANTE A ESSE ESTA REPRODUZIDO NA PAGINA 156 DO LIVRO O OFÍCIO DA PRATA NO BRASIL COM AUTORIA DE HUMPERTO FRANCESCHI. ESSA ALFAIA LITÚRGICA DESTINAVA-SE NO BRASIL COLONAIL AS CERIMONIAS S0LENES DE BATISMO SENDO CONDUZIDA COM POMPA PELO PADRINHO DA CRIANÇA PENDENDO DELA A TOALHA COM QUE O SACERDOTE SECAVA O RECÉM BATIZADO APÓS A IMERSÃO NA ÁGUA.  EXEMPLAR  MUITO SEMELHANTE A ESSE ESTA REPRESENTADO NA PAGINA 156 DO LIVRO "O OFÍCIO DA PRATA NO BRASIL" DE HUMBERTO FRANCESCHI (VIDE NOS CREDITOS EXTRAS DESSE LOTE) PEÇA DE MUSEU!  ROBUSTO, PESADO E MAGNÍFICO. BRASIL, SEC. XVIII. 56 CM DE COMPRIMENTO.NOTA: Detenhamo-nos sobre os manuais de Braga (1517) e de Coimbra (1518), cujos institutos vigoram durante o período do Brasil Colonial. Seguindo com atenção os dois manuais, extrai-se que a celebração do batismo incluía as três fases de um ritual de passagem: A primeira etapa ocorria do lado de fora da porta principal da igreja, onde o sacerdote perguntava aos padrinhos qual o nome a dar à criança. Depois de nomeada, dava-se então começo aos vários exorcismos. Em primeiro lugar, realizavam-se na face do bebé as três insuflações, que assumiam a forma de uma cruz, com o propósito de afastar o diabo. Após os sopros, seguiam-se os sinais da cruz estendidos às várias partes do corpo: nos olhos para que visse Deus; nos ouvidos para o ouvir; nas narinas para que usufruísse o seu odor; no peito, ou melhor, no coração, para que nele acreditasse; e na boca para o demonstrar através das suas palavras. Depois, o sacerdote colocava a mão direita sobre a cabeça do pequeno para destruir os laços que o prendiam a Satanás. Passava-se então à administração do sal, depois de o exorcizar. Segundo Nicolas Lopez Martinez, as liturgias apelavam aos méritos divinos para purificar os elementos sacramentais e os afastar do domínio do demónio. Por isso, os manuais de Braga e de Coimbra exigiam o exorcismo do sal, pedindo ao Criador que o transformasse num medicamento perfeito (perfecta medicina) para afugentar o inimigo. Daí que fosse colocado na boca do recém-nascido. Entre as orações que se seguiam, intercaladas com mais dois sinais da cruz na testa, finalizava-se a primeira ronda dos exorcismos com abjurações para amaldiçoar o diabo. Para ultimar a primeira fase do ritual, o sacerdote orava com os padrinhos o Credo in Deum, o Pater Noster e o Ave Maria. Ao deixarem o adro da igreja, dava-se lugar à fase liminar, que já ocorria dentro desta. O manual de Braga exortava a que o sacerdote abrisse com a sua saliva os sentidos, isto é, as narinas e os ouvidos do recém-nascido com duas intenções: expulsar o diabo e tornar a criança capaz de ouvir e sentir o odor de Deus. Depois, seguido pelos padrinhos, levava a criança nos braços para junto da pia batismal, enquanto entoava a ladainha de Todos os Santos e o Kyrie eleison.  Aí, benzia e exorcizava a fonte. Ambos os manuais impunham que o sacerdote revolvesse duas vezes sob a forma de cruz a água batismal, lançando-a de seguida para fora do bacio. Aconselhavam também a que o ministro alterasse o seu tom de voz, asi como quando lee la leçom, soprasse sobre a água em forma de cruz e lhe inserisse um círio aceso. E, por fim, recomendavam que nela derramasse o óleo do crisma e o óleo santo de per se e só depois os dois conjuntamente. Desta forma, a água batismal adquiria o poder de santificar: lavaria os vícios (pecado original) e regeneraria para se exercer o bem. Dirigindo novamente a atenção para o bebé, o ministro retirava-lhe a roupa e passava às renunciações a Satanás e às suas obras e pompas, às quais os padrinhos respondiam Abrenuncio. Colocava, sob a forma de cruz, o óleo dos catecúmenos entre as espáduas e o peito do menino para que adquirisse vida eterna e, voltava a interrogar os padrinhos sobre os artigos da fé, questionando-os por três vezes se era intenção da criança ser batizada. Os padrinhos respondiam afirmativamente enquanto a tocavam. Deste modo, ficava pronta para ser banhada por três vezes na fonte batismal com a fórmula Ego te baptizo in nomine patris et filii et spiritus sanct. Assim que emergia da água batismal, dava-se a fase de agregação. O padre fazia-lhe na cabeça o sinal da cruz com o óleo do crisma, salientando que tinha sido regenerada pela graça do Espírito Santo. Nesse momento o padrinho que carregava o porta toalhas estendia a toalha que da alfaia pendia e o sacerdote secava com ela o novo cristão.  Colocava-lhe o capelo branco para que um dia fosse levada ao tribunal do Senhor e entregava-lhe a vela acesa na mão direita para que Cristo a encontrasse na sala da justiça celestial. Despedia-se dos padrinhos e advertia-os para que ensinassem a fé ao afilhado. Dava-se assim por concluído o ritual do batismo.
  • A história de Pandora e sua caixa é  um dos mitos mitológicos gregos mais propalados no mundo. Segundo a lenda, o titã Prometeu e seu irmão Epimeteu foram incumbidos por Zeus de povoar o mundo criando os animais e os homens. Os irmãos deram a cada animal uma habilidade, como voar, caçar, coragem, garras, dentes afiados. O homem, criado por Prometeu a partir da argila, foi a última criação e por esse motivo era frágil e sem aptidões já que elas foram todas distribuídas anteriormente aos animais. Prometeu, cioso de sua criação, compadeceu-se do homem e lhe deu um pouco da aptidão de cada animal, mas faltava-lhe ainda alguma coisa especial. Assim o titã ensinou diversas coisas ao homem. Ensinou a domesticar animais, fazer remédios, construir barcos, escrever, cantar, interpretar sonhos e buscar riquezas minerais. Porém, enfureceu Zeus ao roubar o fogo dos deuses e dá-lo aos homens. Zeus decidiu, então, vingar-se de Prometeu e dos homens. Prometeu foi acorrentado a uma montanha. Sua condenação foi passar a eternidade preso a uma rocha, aonde uma ave viria comer seu fígado. Toda noite seu fígado se regeneraria e a ave voltaria no dia seguinte pra lhe comer o fígado novamente. Mas a vingança de Zeus contra os homens teve requintes bem mais elaborados. Zeus ordenou que o Deus das Artes, Hefesto, fizesse uma mulher a semelhança das deusas do Olimpo. Hefesto lhe apresentou uma estátua linda. A deusa Atena lhe deu o sopro de vida, a deusa Afrodite lhe deu beleza, o deus Apolo lhe deu uma voz suave e Hermes lhe deu persuasão. Assim, a mulher recebeu o nome de Pandora (aquela que tem todos os dons). Pandora foi enviada para Epimeteu, que já tinha sido alertado por seu irmão a não aceitar nada dos deuses. Ante a visão da perfeição e da beleza Epimeteu esqueceu as recomendações de seu irmão e a aceitou como esposa. Ela chegou trazendo uma caixa fechada, um presente de casamento para Epimeteu. Escondida maliciosamente no interior da caixa estava a vingança de Zeus contra os homens, ela continha os males que afligem a humanidade e que até então o homem não conhecia. Epimeteu receando algum mau, pediu para Pandora não abrir a caixa, mas, tomada pela curiosidade, ela não resistiu. Ao abrir a caixa na frente de seu marido, Pandora libertou todos os males que até hoje nos afligem: a guerra, a discórdia, a peste, o ódio, a inveja e as doenças da alma. Assustada com o conteúdo da caixa Pandora tentou fecha-la, mas todos os males já tinham escapado e dentro dela só havia restado a esperança. É interessante perceber o motivo de a esperança estar dentro da caixa que continha os terríveis males trazidos por Pandora à Terra. Para Friedrich Nietzsche (1844-1900) em sua obra Humano, Demasiado Humano, Zeus mandou a esperança junto com os males para que os homens por mais torturados que fossem não renunciassem a vida mas suportassem o sofrimento consolados pela esperança. No último ano todos fomos conduzidos ao limite da frustração, da tristeza, do medo e da dor causados pelo isolamento e a perda de algum amigo ou ente querido diante da pandemia do Novo Coronavírus. Não raro, sentimo-nos angustiados pela falta de expectativa e de saídas para essa que é uma crise sem precedentes em séculos de civilização. Mas no ano de 2021 a esperança dos homens foi reavivada com a descoberta da vacina. Temos fé que vacinados, a vida adquira novamente para nós os contornos de normalidade. Que possamos ganhar as ruas com segurança, receber o abraço dos amigos, visitar a quem queremos bem e também recebê-los em nossas casas. É com o alento dessa boa notícia que a DARGENT LEILÕES abre sua temporada de 2021, com fé e esperança e quiçá em breve, nossos salões estarão abertos para recebê-los presencialmente em nossos leilões, ou para uma visita despreocupada e um café, coisas que sempre nos deram prazer e alegria! Iniciamos nosso leilão com o lote que segue: TABULEIRO EM PRATA DE LEI COM MARCAS DO PRATEIRO CORRÊA, DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E TEOR 833. FEITIO OVAL, DOTADO DE ALÇAS LATERAIS. GALERIA FENESTRADA E PLANO TRABALHADO EM ROCAILLES VEGETALISTAS. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. BRASIL, MEADOS DO SEC. XX. 29,3 CM DE COMPRIMENTO. 445 G.
  • AGRADECEMOS SUA PARTICIPAÇÃO!!!
  • MOSER  IMPÉRIO AUSTRO HÚNGARO  LINDO FLOREIRO EM VIDRO ARTÍSTICO PROFUSAMENTE DECORADO EM OURO FORMANDO ELEMENTOS VEGETALISTAS E GAVINHAS EM ESMALTE NEGRO. NAS DUAS FACES, BELA PINTURA FLORAL EM MEDALHÃO LOBADO REALIZADA COM ESMALTES MULTICOLORIDOS. PEÇA DE COLEÇÃO! AUSTRIA, FINAL DO SEC. XIX. 20 CM DE ALTURANOTA: NOTA: Moser é uma luxuosa manufatura com base em Karlovy Vary , anteriormente Karlsbad na Bohemia , Áustria-Hungria e hoje pertencente a República Tcheca. Moser é um dos mais reconhecidos fabricantes de cristal e ao longo de sua história quase bicentenária tem sido utilizado em palácios e residências de aristocratas. O slogan Rei de vidro, copo de Reis está associado com a empresa por causa de sua clientela famosa. Além de Edward VII e corte imperial austríaca, inclui pessoas como o Papa Pio XI , o sultão turco Abdul Hamid II, o rei Luís I de Portugal e sua esposa, Maria Pia de Sabóia .
  • FAUSTOSA LANTERNA PROCESSIONAL SETECENTISTA EM PRATA DE COM ELEGANTE ESTILO DOM JOSÉ I. COM MARCAS PARA CIDADE DE LISBOA (L COROADO) E PRATEIRO AGOSTINHO NUNES DE SOUZA ATIVO NA SEGUNDA METADE DO SEC. XVIII, ATIVO PELO MENOS A PARTIR DE 1770 (MOITINHO, PAG. 100. DECORADA COM ROCAILLES E GUILLOCHES. NAS EXTREMIDADES CAPRICHADAS FOLHAS DE ACANTO. TERÇO SUPERIOR COM FEITIO DE FORMIDÁVEL ABÓBADA QUE FINALISA EM PINHA NO ÁPICE. VARA TAMBÉM EM PRATA DE LEI COM ALMA EM MADEIRA. A GRANDIOSIDADE DESSA LANTERNA PERMITE INFERIR QUE PERTENCEU A PODEROSA IRMANDADE SETECENTISTA. ACOMPANHA BASE DE ÉPOCA EM MADEIRA COM FEITIO TRÍPODE A MANEIRA DE PÉS DE TOCHEIRO. PORTUGAL, SEC. XVIII.  EM MADEIRA REVESTIDA EM VELUDO. BRASIL, SEC. XIX. 57 CM DE ALTURA (SOMENTE AS LANTERNAS). 180 CM DE ALTURA AS LANTERNAS COM AS VARAS. 220 CM DE ALTURA COM A BASE. 4425 G (SEM CONSIDERAR O PESO DA MADEIRA)NOTA: Na Igreja lanternas processionais são usadas em procissões religiosas como Corpus Christi e entradas litúrgicas, geralmente vem antes da cruz processional .Lanternas também são usados para transportar o Fogo Sagrado do Santo Sepulcro no sábado durante a Semana Santa. A procissão religiosa mais célebre a ocorrer no Brasil pelo fausto, riqueza e aparato foi a procissão do triunfo eucarístico as cruzes processionais de fina prata que participaram desse inusitado evento do Brasil Colonial permanecem como registro desse singular evento na sala do Triunfo Eucarístico no Museu da Inconfidência em Ouro Preto. TRIUNFO EUCARÍSTICO: Nos idos de 24 de maio de 1733 realizou-se a solene transladação do Santíssimo Sacramento da Igreja de Nossa Senhora do Rosário para a nova Matriz de Nossa Senhora do Pilar, na antiga Via Rica, hoje Ouro Preto. Nenhum outro acontecimento celebrado em Minas Gerais teve tal esplendor, requinte de luxo e pompa, em plena opulência do ouro. Ele representou grande demonstração do profundo espírito religioso, conjugado a festividades populares, que se observava no Brasil do século XVIII. A comemoração preliminar começou vários dias antes. Desde o final de abril, dois grupos de pessoas ricamente vestidas, com bandeiras de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora do Pilar, tendo na outra face a custódia do Santíssimo Sacramento, percorriam as ruas da cidade e arredores, anunciando a futura solenidade. No dia marcado para a procissão, a cidade amanheceu engalanada. No percurso entre as duas igrejas, as ruas foram atapetadas com flores e folhagens. Como homenagem dos moradores, nas janelas foram colocadas sedas e damascos, em meio a adornos de ouro e prata. Nas ruas, cinco arcos ornamentais, um deles de cera, e um altar para descanso do Santíssimo Sacramento. Antes da saída do cortejo foi celebrada uma Missa, durante a qual o Divino Sacramento esteve colocado em um braço de Nossa Senhora, em lugar do Menino Jesus. Iniciaram a procissão 32 cavaleiros vestidos como cristãos e mouros, com dois carros de músicos instrumentistas e vocalistas. Vinham depois romeiros ricamente trajados, e músicos com alegorias diversas. A seguir, quatro figuras a cavalo, representando os ventos dos pontos cardeais. Todas ricamente revestidas com diamante, ouro, renda, seda e plumas. A comemoração preliminar começou vários dias antes. Desde o final de abril, dois grupos de pessoas ricamente vestidas, com bandeiras de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora do Pilar, tendo na outra face a custódia do Santíssimo Sacramento, percorriam as ruas da cidade e arredores, anunciando a futura solenidade. No dia marcado para a procissão, a cidade amanheceu engalanada. No percurso entre as duas igrejas, as ruas foram atapetadas com flores e folhagens. Como homenagem dos moradores, nas janelas foram colocadas sedas e damascos, em meio a adornos de ouro e prata. Nas ruas, cinco arcos ornamentais, um deles de cera, e um altar para descanso do Santíssimo Sacramento. Antes da saída do cortejo foi celebrada uma Missa, durante a qual o Divino Sacramento esteve colocado em um braço de Nossa Senhora, em lugar do Menino Jesus. Iniciaram a procissão 32 cavaleiros vestidos como cristãos e mouros, com dois carros de músicos instrumentistas e vocalistas. Vinham depois romeiros ricamente trajados, e músicos com alegorias diversas. A seguir, quatro figuras a cavalo, representando os ventos dos pontos cardeais. Todas ricamente revestidas com diamante, ouro, renda, seda e plumas. Seguia-se um personagem representando Ouro Preto, bairro de Vila Rica onde estava situada a Nova Matriz do Pilar, para onde se dirigia o cortejo. Ele trajava vestes de tecidos finos, ornamentados com ouro e diamantes. Seu cavalo era igualmente ajaezado com ouro, prata, esmeraldas e veludo. Vinham depois as esplendorosas figuras representando os corpos celestes: Lua, Marte, Mercúrio, Sol, Júpiter, Vênus e Saturno, todas com deslumbrantes indumentárias e fartamente escoltados. A seguir aparecia a figura que representava a Igreja Matriz do Pilar, com exuberantes ornamentos, portando um estandarte com a inscrição Nossa Senhora do Pilar em um dos lados, do outro o desenho da custódia eucarística. Após essas figuras, sumariamente descritas, vinham as irmandades, conduzindo andores com seus santos padroeiros e cruzes de prata. Entre essas confrarias estavam as do Santíssimo Sacramento, de Nossa Senhora do Rosário, de Santo Antonio, de Nossa Senhora da Conceição e de Nossa Senhora do Pilar. Todos os participantes portavam trajes esplendorosos com acabamento em veludo e seda, ouro, prata e pedrarias. Fechando a procissão, o Santíssimo Sacramento, conduzido pelo vigário da Matriz do Pilar, debaixo de um pálio de tela carmesim com ramos e franjas de ouro, sustentados por seis varas de prata. Logo atrás o Conde de Galvêas, Governador de Minas Gerais, com autoridades civis e militares da Província e do Município. Com toda a população de Ouro Preto e arredores presente, foi uma grande apoteose: sinos tocando, bandas musicais, fogos e cânticos em homenagem ao Santíssimo Sacramento. Os festejos prolongaram-se por três dias, com Missas solenes, cavalhadas, corrida de touros e fogos de artifício. O Triunfo Eucarístico foi sem dúvida a maior festa barroca de todos os tempos e um dos eventos religiosos e sociais mais exuberantes da América Portuguesa. Em seu livro O Triunfo Eucarístico Exemplar da Cristandade Lusitana, publicado em 1734, Simão Ferreira Machado, português residente em Minas Gerais, se refere aos seus compatriotas como sendo os senhores dos mais finos diamantes de todo o mundo, em um momento ao qual referiu não ter tido lembrança que visse no Brasil, nem consta, que se visse na América ato de maior grandeza. Na Minas Gerais barroca, um Brasil autêntico que infelizmente se foi Mas nessas fulgurações da nacionalidade encontra-se a luz que ainda pode nos indicar o caminho a retomar com vistas ao futuro. Luz que brilha na constelação do Cruzeiro do Sul. Luz que se chama Civilização Cristã.( O triunfo eucarístico em Minas Gerais Por Carlos Sodré Lanna)
  • SANTA CATARINA MÁRTIR GLORIOSA  ESCOLA ITALIANA -  OLEO SOBRE CANVAS - EXCEPCIONAL PINTURA SETECENTISTA REPRESENTANDO A VIRGEM SANTA CATARINA VISLUMBRANDO OS CÉUS QUE SE ABREM NO MOMENTO DO SEU MARTÍRIO. A SANTA É REPRESENTADA COM SUA DIGNIDADE DE NOBRE CINGINDO VESTES REAIS COM MANTO DE ARMINHO E COROA DE PRINCESA. LINDA EXPRESSÃO! ITALIA, SEC. XVIII. 29 X 35 CM.NOTA: Santa Catarina, filho do rei Costus e da rainha Sabinela, nasceu em Alexandria, no Egito, no fim do século III. Distinguia-se por sua inteligência e por sua beleza. Era pagã como seus pais. Dois sábios de Alexandria foram os seus mestres e, tão rápidos foram seus progressos, que aos treze anos era mestra nas sete artes livres: eloqüência, poesia, música, arquitetura, escultura, plástica e coreografia. Quando seu pai, rei Costus, faleceu, Catarina retirou-se com sua mãe Sabinela para as montanhas da Cilícia. Sabinela encontrou-se com um eremita cristão chamado Ananias que a instruiu na fé cristã. Sabinela aderiu à Jesus Cristo e recebeu o Batismo. Como verdadeira cristã, desejou que também a sua filha Catarina conhecesse o Cristianismo e se tornasse discípula de Jesus Cristo. Catarina, porém, resistia às insistências da mãe. Um sonho significativo que tiveram mãe e filha foi o meio empregado por Deus para chamar Catarina à verdadeira fé. Desejosa de conseguir aquilo que o sonho lhe prometera, instruiu-se nas verdades da religião cristã. Suficientemente preparada, Catarina recebeu o batismo. Catarina  Serva e Apóstola de Jesus Cristo. Príncipes de diversas regiões que ouviam falar da sabedoria e da beleza de Catarina, desejavam casar-se com ela. Catarina, porém, foi radical em sua decisão de renunciar ao casamento e a todas as honras e riquezas da terra, para servir exclusivamente a Jesus Cristo. Era ousada em combater os deuses pagãos e em falar ao povo do Deus verdadeiro. Com apenas dezoito anos, em discussão pública, confundiu os maiores filósofos da cidade em que morava. No ano de 307, o imperador Maxêncio decretou uma perseguição aos cristãos de Alexandria. Para conseguir o seu objetivo promoveu uma festa no templo dos deuses e convocou todo o povo para oferecer incenso aos ídolos. Por medo da morte, os cristãos, viam-se constrangidos a oferecer incenso a estes deuses em quem não acreditavam. Ciente destes acontecimentos, Catarina que temia unicamente a Deus, enfrentou o imperador Maxêncio. Ele procurou confrontar as afirmações de Catarina e lhe provar que o Cristianismo era um absurdo. A jovem corajosa ficou inabalável em sua fé. Catarina  vencedora de uma disputa com sábios Ante a firmeza de Catarina, o imperador convocou os sábios do Império para uma disputa com a jovem Catarina. No dia combinado os sábios compareceram ao palácio real. Catarina também se apresentou. Maxêncio no seu trono e grande número de alexandrinos assistiam à disputa. Os sábios expuseram a sua doutrina em defesa da autoridade dos deuses. O auditório aplaudiu. Catarina falou da Divindade eterna, Criador do céu e da terra, e da humanidade do Verbo. Sua firmeza e a clarividência de tudo o que afirmava, abalou as convicções dos sábios e todos passaram a acreditar em Deus. Muitas pessoas presentes ao debate, também se converteram ao cristianismo. Maxêncio, enfurecido com os sábios que reconheceram a falsidade dos deuses, mandou que todos eles fossem queimados vivos em praça pública. Por ordem de Maxêncio, Catarina foi encarcerada. No dia seguinte, o imperador mandou chamá-la à sua presença. Apaixonado por sua beleza procurou conquistá-la por meio de adulações e propostas. Prometeu até dedicar-lhe um templo. Destemida, Catarina permaneceu firme em sua fé. Decepcionado, Maxêncio ordenou que a flagelassem e a deixassem no cárcere sem comer e sem beber. Num sonho, a imperatriz viu Catarina no cárcere, rodeada de luz e assistida por pessoas vestidas de branco. Pediu então ao General Porfírio que a levasse ao cárcere. O General que já havia perdido a fé nos deuses dos pagãos e se inclinava a aderir ao Cristianismo, atendeu prontamente o pedido da imperatriz. Chegaram ao cárcere durante a noite e a viram iluminada por grande claridade. Foi para ambos a hora da graça de Deus. Conversaram longamente com Catarina. A adesão a Cristo, esclarecida e corajosa, foi o fruto deste encontro. Catarina animou-os a se prepararem para as consequências de sua decisão, inclusive para o martírio. Pofírio comandava a primeira corte dos guardas imperiais: 500 homens. Confirmado na fé, anunciou aos seus soldados a Boa Nova de Jesus. Muitos se converteram. Catarina passou doze dias na prisão. Foi então convocada a comparecer ao tribunal. O imperador ficou surpreso ao vê-la mais bela do que antes, apesar do jejum e da flagelação. Ordenou que os guardas fossem castigados se não revelassem quem a havia socorrido na prisão. Para defender a vida dos guardas, Catarina declarou: se estou com boa aparência, é porque Aquele que eu confessei diante de ti dignou-se alimentar a mim com pão celestial. Mais irritado ainda, Maxêncio acusou-a de feiticeira e ordenou que fosse torturada e assassinada. A caminho do suplício, Catarina converteu a muitos que insistiam com ela para que atendesse aos desejos do imperador. Foi então que um alto funcionário da corte teve uma idéia diabólica. Ele foi ter com o imperador e propôs que Catarina fosse condenada ao suplício da máquina com facas e pontas de ferro em quatro grandes rodas que, ao se movimentarem em sentidos diversos umas das outras, despedaçariam o corpo colocado no meio delas. A máquina foi colocada na praça pública e Catarina foi trazida para o local. Enquanto preparavam o suplício, Catarina permaneceu tranquila, em oração. Ao terminar a oração, eis que um Anjo desceu do céu num turbilhão e quebrou a máquina com tal ímpeto que os pedaços se projetaram sobre os algozes. Algumas pessoas morreram atingidas pelos pedaços das rodas, e outras, pelo raio. Por esse motivo a Roda Quebrada passou a ser o símbolo de Santa Catarina de Alexandria. Após este acontecimento Catarina retornou à prisão. A imperatriz foi ter com seu marido e lhe disse: por que lutas contra o Senhor meu Deus? É uma loucura te ergueres contra o Criador! Pensas que terás êxito? Reconhece, ao menos agora, nas rodas quebradas, o poder do Deus dos cristãos. Irritado por ver que sua esposa professava a fé em Jesus Cristo, ordenou aos carrascos que a levassem ao lugar do suplício para ser martirizada. Na manhã seguinte, o imperador ficou sabendo que o General Porfírio e seus soldados haviam embalsamado e sepultado o corpo da imperatriz. Encolerizado, ordenou que Porfírio e seus soldados fossem decapitados e que seus corpos fossem devorados pelos cães. Alguns dias depois, o imperador Maxêncio pediu que lhe trouxessem Catarina e lhe disse: embora sejas mais culpada do que todos aqueles que, seduzidos por teus feitiços, incorreram, por tua causa, à sentença de morte, todavia, se te arrependeres e ofereceres incenso aos nossos deuses onipotentes, poderás reinar feliz conosco e ser nomeada a primeira dama em nosso império. Catarina desprezou as promessas do imperador e lhe declarou ser fiel a Jesus Cristo. Maxêncio então ordenou que fizessem Catarina sair de sua presença e que fosse imediatamente decapitada. Quando Catarina se dirigia ao lugar do martírio, viu a multidão que a seguia e que muitos choravam. Disse-lhes: se alguma piedade natural vos comove a meu respeito, peço-vos: alegrai-vos comigo, pois vejo Nosso Senhor Jesus Cristo que me chama. Ele é a soberana recompensa dos Santos, a beleza e a coroa das Virgens. Pediu ao carrasco que lhe desse tempo para orar. Após a oração Catarina estendeu o pescoço e disse ao algoz: eis que Nosso Senhor Jesus Cristo me chama! Faze o que tens a fazer! Então o algoz, de um só golpe, decepou-lhe a cabeça. Segundo a tradição, religiosos que moravam no Sinai sepultaram o corpo de Catarina no mais alto pico do Monte Sinai. Este pico passou a ter o nome de Monte Katharin. No século VI, o imperador Justiniano ordenou a construção da Igreja e do Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai. A veneração a Santa Catarina teve novo impulso quando o seu corpo foi descoberto no Monte Katharin, no século VIII. Os monges o colocaram em caixa de ouro. Atualmente estas relíquias se encontram num sarcófago de mármore, na Igreja do Mosteiro de Santa Catarina. Numerosas Igrejas e Capelas são colocadas sob sua proteção. Santa Catarina é venerada como Padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina. Também é Padroeira dos jovens, das universidades, da corporação dos moleiros e dos fabricantes de carros. Sua festa é celebrada no dia 25 de novembro.
  • CIRCULO DE PAOLLO VERONESE  ESCOLA VENEZIANA  A ADORAÇÃO DOS MAGOS OLEO SOBRE RETÁBULO EM MADEIRA  PRECIOSA PINTURA REPRESENTANDO A ADORAÇÃO DOS MAGOS AO MENINO JESUS. NESSA REPRESENTAÇÃO A VIRGEM MARIA SEGURA O MENINO JESUS DE PÉ ENQUANTO OS MAGOS APRESENTAM-LHE SEUS PRESENTES: OURO, INCENSO E MIRRA. ATRÁS DA VIRGEM SÃO JOSÉ É REPRESENTADO COMO ANCIÃO. TODOS OS PERSONAGENS NA CENA, FIXAM OS OLHOS NO MENINO JESUS QUE ESTÁ REPRESENTADO EM POSIÇÃO CENTRAL, UM RECURSO PARA DESTACAR A IMPORTÂNCIA DO MENINO DEUS. AS TÁBUAS QUE COMPÕE O RETÁBULO ESTÃO UNIDADAS NA PARTE POSTERIOR POR TRAVAS TAMBÉM EM MADEIRA. A ESCOLA VENEZIANA CARACTERIZA-SE PELO LUXO COM QUE RETRATA SUAS CENAS E TAMBÉM PELA TÉCNICA QUE ACRESCENTAR VERNIZ AS TINTAS CAUSANDO UM EFEITO SIMILAR A ESMALTAGEM. LINDA MOLDURA REMATADA EM OURO BRUNIDO. I43 X 36 CM COM A MOLDURA SEM ELA 30 X 24 CM TÁLIA, SEC. XVIINOTA: A Sagrada Família regressou a Belém. As palavras do velho Simeão ressoavam nos ouvidos de Maria e de José. À memória da Virgem viriam os textos de alguns profetas que, falando do Messias, seu Filho, afirmam que não só seria Rei de Israel, mas receberia as honras de todos os povos da terra.Isaías já o tinha anunciado com particular eloquência: À tua luz caminharão os povos e os reis andarão ao brilho do teu esplendor. Lança um olhar em volta e observa: todos se reuniram e vieram procurar-te (...). Uma grande multidão de camelos te invade, camelos de Madiã e Efa; vêm todos de Sabá, trazendo ouro e incenso e anunciando os louvores de Javé (Is 60, 3-6). Entretanto, o tempo decorria na mais absoluta normalidade. Nada fazia pressagiar qualquer acontecimento fora do comum. Até que um dia aconteceu algo extraordinário. Tendo nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns Magos vieram do Oriente a Jerusalém, perguntando: Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Porque nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-lO (Mt 2, 1-2). São Mateus anota que, ao ouvir essa pergunta, o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele (Mt 2, 3). Sabemos muito pouco sobre estas personagens. De qualquer forma, o texto evangélico oferece algumas certezas: tratava-se de uns viajantes procedentes do Oriente, onde tinham descoberto uma estrela de extraordinário fulgor, que os impeliu a deixar as suas casas e partir em busca do Rei dos judeus. Todo o resto  o seu número, o país de origem, a natureza da luz celestial, o caminho que seguiram  não passa de mera conjectura, mais ou menos fundada. A tradição ocidental fala de três personagens, a quem inclusive dá um nome  Melchior, Gaspar e Baltasar  enquanto outras tradições cristãs elevam o seu número para sete e até para doze. O fato de que procedessem do Oriente aponta para as longínquas regiões além do Jordão: o deserto sírio-árabe, Mesopotâmia, Pérsia. A favor da origem persa pesa um episódio historicamente comprovado. Quando, nos princípios do século VII, o rei persa Cosroes II invadiu a Palestina, destruiu as basílicas que a piedade cristã tinha edificado em memória do Salvador, exceto uma: a Basílica da Natividade, em Belém. E isto por uma simples razão: na sua entrada figurava a representação de algumas personagens trajando indumentária persa, em atitude de prestar homenagem a Jesus nos braços de Sua Mãe. A palavra magos, com que os designa o Evangelho, não tem nada a ver com o que hoje em dia se entende por esse nome. Não eram pessoas dadas à magia, mas homens cultos, muito provavelmente pertencentes a uma casta de estudiosos dos fenômenos celestes, discípulos de Zoroastro, já conhecidos por numerosos autores da Grécia clássica. Por outro lado, é um fato comprovado que a expectativa messiânica de Israel era conhecida nas regiões orientais do Império Romano e inclusive na própria Roma. Não é estranho, pois, que alguns sábios pertencentes à casta dos magos, ao descobrir um astro de extraordinário fulgor, o tivessem interpretado  iluminados interiormente por Deus  como um sinal do nascimento do esperado Rei dos Judeus. Embora a piedade popular una, de modo quase imediato, o nascimento de Jesus com a chegada dos Magos à Palestina, não se conhece com precisão a época em que teve lugar; sabemos, sim, que Herodes, sentindo-se ameaçado, inquiriu deles cuidadosamente, acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela (Mt 2, 7). Depois perguntou aos doutores da Lei pelo lugar de nascimento do Messias e os escribas responderam citando o profeta Miqueias: e tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá um chefe que apascentará Israel, Meu povo (Mt 2, 6). Usando uma mentira, Herodes pôs os Magos a caminho de Belém: ide, informai-vos bem acerca do Menino, e, quando O encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu O vá adorar (Mt 2, 8). O seu propósito era bem diverso, pois propunha-se mandar assassinar todos os meninos nascidos na cidade e na sua comarca, menores de dois anos, para assim se assegurar da morte daquele que  segundo o seu curto entender  lhe vinha disputar o trono. Deduz-se destes dados que a chegada dos Magos ocorreu algum tempo após o nascimento de Jesus; talvez um ano ou ano e meio. Depois de receberem essa informação, os Magos dirigiram-se apressadamente para Belém, cheios de alegria ao ver reaparecer a estrela que tinha desaparecido misteriosamente em Jerusalém. Este mesmo fato advoga em favor da suposição de que o astro que os guiava não era um fenômeno natural  um cometa, uma conjunção, etc., como se procurou muitas vezes demonstrar  mas um sinal sobrenatural dado por Deus a esses homens escolhidos, e só a eles. Mal saíram de Jerusalém  prossegue São Mateus  a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles até que chegando ao local onde estava o Menino, parou. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe e, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra (Mt 2, 9-11). Os corações de Maria e de José devem ter ficado repletos de alegria e gratidão. Alegria porque os anúncios proféticos sobre Jesus começavam a cumprir-se; agradecimento porque os presentes daqueles homens generosos  predecessores na fé dos cristãos procedentes dos gentios  possivelmente, contribuíram para aliviar uma situação econômica precária. José e Maria não puderam corresponder à sua generosidade. Eles, no entanto, consideraram-se suficientemente recompensados pelo olhar e o sorriso de Jesus, que iluminou de novo as suas almas e pelas doces palavras de agradecimento de Sua Mãe, Maria. (J.A. Loarte)
  • ESCOLA PORTUGUESA -  PINTURA CONVENTUAL - NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO  OLEO SOBRE CANVAS  LINDA PINTURA REPRESENTANDO A VIRGEM DA CONCEPÇÃO COM AS MÃOS POSTAS EM ORAÇÃO, ADORADA POR ANJOS E ASSENTE SOBRE CRESCENTE LUNAR. PORTUGAL, SEC. XVIII/XIX. 64 X 78 CM
  • SUNTUOSO CÁLICE PURIFICATÓRIO E SUA PATENA EM PRATA DE LEI E VERMEIL. CONSTRUIDO EM PRATA FUSTE ROSQUEÁVEL COM FEITIO DE BALAÚSTRE. BRASIL, SEC. XVIII. 25 CM DE ALTURA. 515 G
  • GRANDE AMBULA EM PRATA DE LEI BATIDA. INTERIOR COM EXUBERANTE VERMEIL. FUSTE BALAÚSTRE ROSQUEÁVEL. TAMPA ENCIMADA POR CRUZ LATINA. BRASIL, SEC. XVIII. 28 CM DE ALTURA. 660 G
  • MAGNIFICO CÁLICE PURIFICATÓRIO EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (10 DINHEIROS) TAMBÉM MARCA DO PRATEIRO. COPO TEM A BSE DECORADA COM FLORES E ELEMENTOS FLORAIS RELEVADOS. TAMBÉM RESERVAS COM REPRESENTAÇÃO DAS ARMA CRHISTI SENDO: A ESCADA PARA O DESCIMENTO DA CRUZ, O MARTELO QUE PREGOU JESUS NA CRUZ, O ALICATE UTILIZADO PARA REMOVER OS PREGOS DEPOIS, OS DADOS COM OS QUAIS OS SOLDADOS LANÇARAM SORTES SOBRE AS ROUPAS DE CRISTO, A COROA DE ESPINHOS QUE CINGIU A CABEÇA DE CRISTO, OS CRAVOS DA CRUCIFICAÇÃO. A BASE É TAMBÉM DECORADA COM ELEMENTOS VEGETALISTAS RELEVADOS. BRASIL, MEADOS DO SEC. XIX. 25,5 CM DE ALTURANOTA: Arma Christi, literalmente Armas de Cristo, ou Instrumentos da Paixão são os objetos associados à Paixão de Jesus Cristo no contexto do simbolismo e arte cristãos. Estes objetos são tratados como símbolos heráldicos e também como as armas que Cristo utilizou para obter sua vitória sobre Satã. A mais importante, a cruz, foi introduzida no contexto da arte cristã já no século IV como a "crux invicta", um símbolo da vitória. Coletivamente, elas desfrutam de uma longa tradição na iconografia, remontando ao século IX. O Saltério de Utrecht, de 830, é um exemplo e é um reflexo do aumento do interesse teológico nos sofrimentos de Cristo1. O poema em inglês médio "Arma Christi", que apareceu antes do final do século XIV, sobreviveu em quinze manuscritos diferentes, um atestado de sua popularidade, dos quais sete aparecem em rolos de formato pouco usual, destinados a serem mostrados na igreja como um auxílio visual para a congregação. Manuscritos sobre as "Arma Christi" estão geralmente decorados com ilustrações dos instrumentos, cuja visão, segundo os textos, é suficiente a indulgência de um certo número de dias no Purgatório vindouro. Relíquias dos mais importantes itens tem uma longa história e remontam à época em que a imperatriz bizantina Helena descobriu na Terra Santa a Vera Cruz no início do século IV. Relíquias que alegam ser a Santa Lança, Santa Esponja, Santo Cálice e pregos da Cruz foram todas veneradas antes do ano 1000 e se espalharam nos séculos seguintes. Houve uma onda de novas relíquias no ocidente na época das Cruzadas e uma outra conforme os instrumentos foram se tornando cada vez mais proeminentes na literatura e nas práticas do século XIV. Na arte, os instrumentos ou circundam a imagem de Cristo em temas andachtsbilder, como o Varão das Dores, ou aparecem sozinhos  geralmente a imagem da face de Cristo no Véu de Verônica como o ponto focal da imagem. Em ambos os casos , o objetivo da representação é simbolizar os sofrimentos de Cristo durante sua Paixão. Os instrumentos tinham a avantagem prática de serem muito mais fáceis de reproduzir por artistas menos capazes do que figuras humanas e eram, indubitavelmente, deixados para que os auxiliares pintassem. Possivelmente, a mais antiga representação do instrumentos isolados num espaço pictorial é um desenho num manuscrito germânico de cerca de 1175, onde eles aparece de um dos lados do Cristo em Majestade. Em livros devocionais, os instrumentos são, na Baixa Idade Média, mostrados um por vez, acompanhados de um dos muitos textos que as meditações devocionais nos quais o instrumento em questão foi utilizado.Representações artísticas dos instrumentos da Paixão podem incluir diversas combinações dos itens da lista a seguinte, apesar de a cruz estar quase sempre presente. Um grupo primário, dos instrumentos quase sempre presentes, é chamado de "instrumentos maiores": A cruz na qual Jesus foi crucificado (Vera Cruz), sozinha ou juntamente com as cruzes dos dois ladrões. A Coroa de Espinhos, O pilar ou coluna onde Jesus foi amarrado durante sua flagelação. O chicote (ou chicotes) utilizado(s) para desferir as 39 chicotadas. A Santa Esponja que, espetada numa vara, foi utilizada para dar bile e vinagre de beber a Jesus. A Santa Lança com a qual um soldado romano infligiu o golpe de misericórdia (a última das Cinco Chagas) em Jesus. Os pregos ou cravos utilizados nas mãos e nos pés de Jesus. O Véu de Verônica. Outros instrumentos comuns, chamados de "instrumentos menores", são: A caniço entregue a Jesus para servir zombeteiramente como seu "cetro". A vestimenta púrpura que foi colocada em Jesus também como zombaria. O Titulus Crucis, a placa que foi pregada na cruz, possivelmente inscrita com as letras "INRI" (em latim: Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum).  O Santo Cálice, o cálice utilizado por Jesus durante a Última Ceia e que, segundo algumas tradições, José de Arimateia utilizou para coletar o sangue de Jesus durante a crucificação. A Sacra Túnica de Jesus. Os dados utilizados pelos soldados para decidir quem levaria a túnica de Jesus. O galo que cantou depois da terceira negação de Pedro. A vasilha utilizada para manter a bile e o vinagre que foram dados a Jesus durante a crucificação. A escada utilizada durante a Deposição da Cruz. O martelo utilizado para pregar Jesus na cruz. O alicate utilizado para remover os pregos depois. O vaso de mirra utilizado para ungir Jesus. O Santo Sudário. O sol e a lua, representando a escuridão da crucificação. As trinta moedas de prata (ou o saco de dinheiro), o preço pago pela traição de Judas Iscariotes. A mão que esbofeteou Jesus. As correntes e cordas que o prenderam durante a sua noite aprisionado. As tochas, espadas e cajados que os soldados utilizaram durante a Prisão de Jesus. A espada utilizada por Pedro para cortar a orelha do servo do sumo-sacerdote. Por vezes, uma orelha humana também é representada. Às vezes, cabeças de figuras conhecidas da Paixão são mostradas, incluindo Judas, Caifás ou alguém zombando Jesus e cuspindo em seu rosto.
  • LINDA NAVETA EM PRATA DE LEI. . ELEGANTE FEITIO COM DECORAÇÃO RELEVADA DE ELEMENTOS FLORAIS, FOLHAS DE ACANTO E ROCAILLE. BRASIL, SEC. XIX. 18 CM DE ALTURA. NOTA:  A naveta é objeto que porta o incenso. Normalmente em forma de barca, de onde vem seu nome. Através de uma colherinha, se deita o incenso no turíbulo. O uso do incenso é antiquíssimo, anterior à própria vinda de Cristo. As primeiras menções ao seu uso provavelmente vem dos egípcios, no III milênio a.C.. Seu uso sempre foi relacionado à aromatização e purificação do ambiente e a uma oferta de odor agradável à divindade. Os hebreus, por exemplo, utilizavam amplamente o incenso no Templo de Jerusalém, onde havia o altar do Incenso, no qual era queimado continuamente o incenso em tributo a Deus. (Cf. Ex 30; Lv 16,12). Talvez por ser amplamente utilizado entre os pagãos, a Igreja nos seus primeiros anos evitava o seu uso dentro da Liturgia, para fazer uma distinção clara entre a liturgia pagã e a liturgia cristã, em particular porque o incenso oferecido aos deuses pagãos era uma grande traição à fé, e vários santos foram torturados e martirizados por se recusarem a fazê-lo. (Como S. Cassiano, S. Policarpo, S. Dinis, S. Cristina, S. Jorge e muitos outros). Uma vez que foi destruído o paganismo, a partir do século IV o incenso começou a ganhar um espaço maior na Liturgia, sobretudo nas dedicações do altar. A primeira igreja a receber o incenso foi a igreja do Santo Sepulcro, e então o uso foi se espalhando. A primeira aparição formal do incenso em Roma é do século VII, como gesto de honra ao papa e ao Evangeliário. Dentro da Missa, o incenso começou a ser utilizado por volta do século IX, no início da Missa, de modo similar como é hoje: Altar, clero, oblatas. Isto se fazia se passando o incensário (Uma espécie de vaso onde se queimava o incenso) à frente dos objetos e das pessoas. A liturgia foi se desenvolvendo até chegar ao modo como temos hoje. Foi assim que na idade média a naveta começou a ganhar uma forma de navio. Isto ao mesmo tempo significada duas coisas: A primeira é a lembrança da Igreja como a Barca de Pedro. A segunda é que a vida espiritual deve ser sempre um caminho, daqui às Mansões Eternas. O navio simboliza esta mobilidade.
  • VERNIZ MARTIN - PALACIANA VITRINE EM MADEIRA ESTILO LOUIS XV. INCOMUM PELA GRANDE DIMENSÃO MAS TAMBÉM PELA BELEZA E ELEGÂNCIA. TRABALHO EXCEPCIONAL COM RICA BRONZERIA ORMOLU COMPOSTA DE CARIÁTIDES, ROCAILLES VEGETALISTAS E MOLDURAS. SUAVE MOVIMENTO BOMBE E CONTRA BOMBE. LINDAS PINTURAS ASSINADAS PELO ARTISTA COM CENAS DE PALÁCIO COM SEUS JARDINS E PERSONAGENS COM TRAJES DE CORTE. FEITIO RECORTADO. TETO ABOBADADO. LINDA FORRAÇÃO INTERNA EM AZUL. FRANÇA, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 204 (H) X 115 (C) X 45 (P) CMNOTA: No design de interiores francês , Verniz Martin é um tipo (ou vários tipos) de laca japonesa , nomeada após os irmãos Martin franceses do século XVIII: Guillaume (falecido em 1749), Etienne-Simon, Robert e Julien se tornarem grandes fornecedores de móveis utilizando essa tecnica. Eles dirigiram uma fábrica entre 1730 e 1770 e eram vernisseurs du roi ("envernizadores do rei"). Mas eles não inventaram o processo, nem foram os únicos produtores, nem o termo abrange uma única fórmula ou técnica. Imitava laca chinesa sobre temas europeus, e era aplicada a uma ampla variedade de itens, de móveis a carruagens . Na composição de seu verniz, os Martins usam uma resina tóxica - chamada copal - importada do Brasil e do Ceilão; mas sua grande habilidade reside - como os japoneses - em misturar este copal com pó de ouro ou limalha de bronze para obter superfícies pigmentadas. Ainda mais essencial na técnica, está a exposição do verniz, processo pelo qual os Martins obrigam seus trabalhadores ao verdadeiro rigor chinês para obterem resultados impecáveis. Portanto, não menos do que quarenta e três camadas de diferentes materiais são necessárias para obter a transparência e a cor desejadas. Os primeiros vinte e três são em branco Meudon cada vez mais fino, estampados na madeira como é a prática para dourar água. Um reparador cinzela com pequenos ferros afiados e torneados e restaura na espessura das camadas o seu brilho à escultura. Aplicamos sobre cinco camadas de camadas amaciadas com uma palheta. Finalmente, iremos envernizar e polir cinco vezes consecutivas.
  • PRATA DE LEI INGLESA - ELKINGTON  FORMIDÁVEL BISCOITEIRA EM PRATA DE LEI INGLESA. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DE BIRMINGHAM E PRATEIRO ELKINGTON PRATEIRO OFICIAL DA RAINHA VITORIA E SOBERANOS SEGUINTES ATÉ OS DIAS DE HOJE. LINDA E ROBUSTA PEÇA, DECORADA COM ELEMENTOS FLORAIS AO GOSTO VITORIANO. TAMPA BASCULANTE. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS VAZADOS. INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 18 X 18 CM. 1020 GNOTA: A manufatura ELKINGTON foi fundada por George Richards Elkington e seu irmão, Henry Elkington, na década de 1830. Ela operou sob o nome de GR Elkington & Co. até 1842, quando um terceiro sócio, Josiah Mason, ingressou na empresa. Operou como Elkington, Mason, & Co. até 1861, quando a parceria com a Mason foi encerrada. A empresa operou independentemente como Elkington & Co. de 1861 até 1963. Foi então adquirida pela British Silverware, Ltd .. Em 1971, a British Silverware, Ltd. tornou-se uma subsidiária da Delta Metal Co. Ltd.  Ao longo da história, tornou-se um grande sucesso e recebeu vários mandados reais de nomeações e também um Mandado Imperial e Real de nomeação do imperador da Áustria. Uma de suas obras mais famosas é réplica do Jerningham Wine Cooler que integra o acervo do Victoria & Albert Museum .LINDA FLOREIRA; CENTRO DE MESA EM PRATA DE LEI COM MARCAS DE CONTRASTE ÁGUIA PRIMEIRO TÍTULO TEOR 916. PEÇA BELÍSSIMA! DECORADA COM ROSAS RELEVADAS, FOLHAS DE ACANTO E ESCUDELAS. PORTUGAL, INICIO DO SEC. XX. 50 CM DE COMPRIMENTO (PRESENTOIR) 4070 G (peso total)
  • L. POSEN  SOBERBO GOMIL E SUA LAVANDA EM PRATA DE LEI ESTILO E ÉPOCA ART NOUVEAU. MARCAS DE CONTRASTE LUA E COROA, TEOR 800 E PRATEIRO DA MANUFATURA DA VIUVA DE LÁZARO POSEN. A DECORAÇÃO É MAGNÍFICA! ELEMENTOS RELEVADOS DE UM AMBIENTE AQUÁTICO COM RIO CONTENDO LINDOS PEIXES E PLANTAS AQUÁTICAS QUE SE ELEVAM SOBRE A ÁGUA COM FLORES E RAMAGENS. TAMBÉM UMA LIBÉLULA VOANDO. A ELEGANTE ALÇA DO GOMIL TEM FEITIO DE HASTES FLORAIS E EXUBERANTES FLORES QUE UNEM A ALÇA AO CORPO DO GOMIL. MUITAS VEZES OUVI O MESMO COMENTÁRIO SOBRE O PORQUE DE NÃO EXISTIREM PEÇAS COM A BELEZA DAS PRODUZIDAS PELA MANUFATURA WMF EM PRATA DE LEI. ESSE GOMIL DESMISTIFICA ESSA QUESTÃO, PRATA DE LEI ALEMÃ COM A QUALIDADE E BELEZA DECORATIVA DAS MAIS BELAS PEÇAS WMF. ALEMANHA, FINAL DO SEC. XIX. 38 X 38 CM. 2875 GNOTA: A empresa foi fundada em Frankfurt em 1869 por Brendina Wetzlar, viúva de Lázaro Jacob Posen, ourives e varejista de descendência polonesa. Sob a administração da viúva Posen, a empresa se tornou o maior fornecedor de prata Judaica no final do século XIX. Seu filho Jacob L. Posen ingressou na empresa em 1880 e, em 1900, a grande equipe de ourives e gravadores da empresa produzia algumas das melhores pratas do país. Eles receberam um mandado real em 1903. No século 20, a empresa estava sob a direção dos netos de Brendina, Jakob, Hermann e Moritz Posen. Em 1938, a empresa foi fechada e saqueada à força na Kristallnacht (Noite dos Cristais). NOITE DOS CIRSTAIS: Na noite de 9 de novembro de 1938 teve início a onda de violência contra os judeus em todo o Reich. Embora os ataques parecessem expontâneos, como se fossem uma revolta natural da população alemã contra o assassinato de um oficial daquele país por um adolescente judeu em Paris, na verdade, o ministro alemão da propaganda, Joseph Goebbels, e outros líderes nazistas haviam organizado os pogroms chacina dos judeus cuidadosamente, muito antes deles acontecerem. Num período de apenas dois dias, mais de 250 sinagogas foram queimadas, cerca de 7.000 estabelecimentos comerciais judaicos destruídos, dezenas de judeus foram mortos, e cemitérios, hospitais, escolas e casas judias saqueados, tudo ante a total indiferença da polícia e dos bombeiros e da população. Os pogroms ficaram conhecidos como Kristallnacht ou "Noite dos Cristais" também Noite dos Vidros Quebrados, devido aos vidros estilhaçados nas vitrines das lojas, sinagogas e moradias de judeus. Na manhã seguinte, 30.000 judeus alemães do sexo masculino foram presos pelo crime de serem judeus, e enviados a campos de concentração onde centenas acabaram morrendo. Algumas mulheres judias também foram detidas e enviadas para prisões locais. Estabelecimentos comerciais de propriedade de judeus não puderam ser reabertos, exceto os que passaram a ser gerenciados por não-judeus. Toques de recolher foram impostos, limitando as horas do dia em que os judeus podiam sair de suas casas. Após a Noite dos Cristais, a vida de adolescentes e crianças judias na Alemanha e na Áustria se tornou ainda mais difícil: além de serem barrados em museus, parques e piscinas, também foram expulsos das escolas públicas. Os jovens, assim como seus pais, passaram a viver totalmente segregados naqueles países. Desesperados, muitos judeus cometeram suicídio. As famílias judias desesperadamente passaram a tentar sair da Alemanha e da Áustria.
  • TRADIÇÃO BANDEIRISTA - EXCEPCIONAL PAR DE CASTIÇAIS EM PRATA DE LEI BATIDA DO INICIO DOS ANOS DE 1700. CORPO LISO. FUSTE COM FEITIO DE BALAÚSTRE. TRABALHO MAGNÍFICO COM SABOR DA PRATA BRASILEIRA COLONIAL. QUANDO SÃO VIRADOS SE PERMITE OBSERVA NA FACE INTERNA REFORÇOS DE REPARAÇÃO MAGISTRAL EXECUTADA AINDA NOS ALVORES DO SEC. XIX. UMA PEÇA COM LONGA HISTÓRIA, COM ESTILO E ELEGÂNCIA. 34 BRASIL, MEADOS DO SEC. XVIII. 20 CM DE ALTURA. 490 GNOTA: A colonização do Brasil começou de fato a partir de 1530, quando D. João III em 1534 criou o sistema das capitanias hereditárias, nomeando capitães donatários para governá-las; doando terras através das sesmarias, nomeando funcionários para as vilas que começavam a surgir, além de incentivando a ida de famílias para colonizar aquelas vastas terras. Ao mesmo tempo que os colonos fundavam vilas e formavam roçados, ainda havia o incentivo de adentrar o interior, chamado de sertão, a fim de descobrir riquezas minerais ali escondidas. A fim de contornar o problema causado pelo estabelecimento dos povoamentos somente no litoral e atraso do desenvolvimento da colônia causado por isso, em 1548, D. João III criou o Governo-Geral e nomeou o político e militar Tomé de Sousa (1503-1579) para assumir como governador-geral do Brasil. No ano de 1549 ele chegou a Capitania da Bahia onde fundou a cidade de Salvador a primeira capital do Brasil. Uma das missões de Tomé, era explorar os sertões para descobrir riquezas e mapear o interior do território colonial. Em 1553 no final de seu mandato, ele ordenou a inciativa da entrada que ficara sob o comando do espanhol Francisco Bruzo de Espinosa com o objetivo de desbravar os sertões da Bahia. A entrada que contou com centenas de integrantes, conseguira chegar ao rio São Francisco naquela ocasião, e indo até mais além deste no que viria a ser território de Minas Gerais onde fora fundada a Vila de Espinosa. A partir dessa entrada em 1554, outras entradas seriam promovidas pelo restante da colônia, incentivando os sertanistas como ficariam conhecidos estes homens, a desbravarem as terras interioranas em busca de riquezas, de se caçar indígenas para a escravidão, de montar missões religiosas para a catequização destes. Os motivos de impulsionar tais homens a desbravar os sertões atrás de riquezas minerais era o fato que eles haviam visto índios usando ouro; além dos indígenas também contarem histórias sobre minas de ouro e prata, e o fato de que em 1534, Francisco Pizarro havia conquistado o Império Inca, conseguindo para a Coroa Espanhola, dezenas de toneladas em ouro e prata, e posteriormente descobriram a localização destas minas, e muitas destas ficavam localizadas em Potosi no chamado Alto Peru que hoje é a Bolívia. Sabendo que o Brasil estava no mesmo continente que o Peru, logo embora não se soubesse exatamente a distância até elas. Em 8 de setembro de 1553, o lugar-tenente Antonio de Oliveira e Brás Cubas, ordenados por Martim Afonso de Sousa, conseguiram com sua entrada, subir a Serra do Mar e alcançaram o planalto de Piratininga, fundando a Vila de Santo André da Borda do Campo. A vila fora fundada a partir da localização do povoado que João Ramalho havia erigido anos antes. Com a fundação da vila, Antonio de Oliveira, mudou-se para lá com sua esposa D. Genebra Leitão e o restante da família, além de levarem consigo, outras famílias vindas das vilas de São Vicente e Santos. E no ano seguinte os jesuítas padre Manuel da Nóbrega e o irmão José de Anchieta, junto com outros jesuítas, bandeirantes e o apoio do cacique Tibiriça, fundaram o Colégio de São Paulo do Campo do Piratininga a 25 de janeiro de 1554. Um povoado se formou em torno do colégio jesuítico e rapidamente cresceu em pouco tempo. Em 1560, o então governador-geral Mem de Sá (1500-1572), ordenou a criação da Vila de São Paulo do Piratininga, ordenando que a população da Vila de Santo André se muda-se para a nova vila, a qual se tornaria o principal centro urbano do planalto piratininguense, mesmo assim, a população da vila não vivia em condições prósperas. Não obstante, as vilas de São Vicente e Santos ainda eram mais prósperas do que São Paulo, pois essas participavam da produção e comércio do açúcar, o "ouro branco" da época. Somando-se a isso a proximidade com o mar, isso facilitava a vinda de mercadorias da África, de outros cantos da colônia e da própria metrópole. Os habitantes do planalto tinham que ir ao litoral comprar mercadorias que faltavam em suas terras (roupas, móveis, utensílios, objetos, armas, etc.). No entanto, a medida que Pernambuco, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro despontavam no cultivo canavieiro, a produção açucareira de São Vicente fora ofuscada, isso obrigou parte da população da capitania a procurar outro meio de subsistência. Além disso, em 1562 São Paulo sofrera um terrível ataque dos Tupinambás e outras tribos, que formavam a Confederação dos Tamoios os quais de 1554 a 1567 causaram problemas a ocupação colonial naquela região. Uma das soluções que alguns particulares encontraram, era arriscar se aventurar pelos sertões em busca das supostas minas de ouro e prata que se diziam existir no interior do continente; por outro lado, outros preferiram ir caçar os indígenas e vendê-los como escravos, pois embora São Vicente e Santos fossem portos movimentados, não recebiam tantos escravos africanos como na região norte (nesse caso norte, representa o atual nordeste, e sul o atual sudeste), logo, grande parte da mão de obra escrava da capitania, era indígena, e em alguns casos as bandeiras também vendiam índios para capitanias vizinhas. Logo, aqueles homens que haviam formados milícias para se defenderem dos ataques, decidiram organizar expedições para adentrar o sertão atrás de riquezas, de desbravar ou devassar, termo utilizado na época; e para se capturar os indígenas. As bandeiras eram criadas. A vila de São Paulo só viria a se tornar um centro importante por volta do século XVII, mesmo assim ainda se manteria como uma vila "atrasada" até o século XIX, quando começaria a se desenvolver rapidamente graças ao café. Pois embora, as bandeiras fizessem lucro, tal lucro ficava entre particulares, e após a descoberta das minas, muitos deixaram São Paulo para lá irem morar. As primeiras bandeiras eram armadas (organizadas) pelos seus próprios líderes, no entanto, com o passar do tempo, alguns homens ricos, se uniam para financiar a expedição, e não necessariamente eles participavam da bandeira, mas contratavam um homem experiente que conhece-se as matas e os costumes indígenas para liderar a expedição, então dependendo do investimento feito, comprava-se armas, equipamentos, mantimentos, medicamentos e convocava-se o restante dos membros da expedição, os quais geralmente eram homens entre os seus 15 e 35 anos, atrás de fazerem riqueza e fama; homens de coragem e força, pois a selva era implacável. Alguns bandeirantes que começaram ainda cedo sua carreira, por exemplo, foram Bartolomeu Bueno da Silva Filho (Anhanguera II) e Antônio Pires de Campo, ambos participaram de bandeiras armadas por seus pais, quando tinham apenas quatorze anos. Francisco Dias da Silva tinha dezesseis anos quando participou de sua primeira bandeira, armada por um tio seu. Outros bandeirantes dedicavam quase a vida toda as bandeiras, as quais se tornavam para eles um estilo de vida; Manuel de Campos Bicudo participou de pelo menos vinte e quatro bandeiras, Fernando Dias Paes Leme fora até o fim da vida um bandeirante, vindo a falecer durante uma bandeira, tendo na época mais de 64 anos. Domingo Jorge Velho, embora tenha se aposentado na velhice, seguiu até essa, sendo um bandeirante. Além de conter homens livres, as bandeiras também tinham como membros, "índios amansados", usando um termo da época. Tais indígenas, eram cristãos e sabiam falar português, em geral eles eram os guias da expedição, pois muitos conheciam as trilhas e rotas de viagem pelas matas, pois não existiam estradas propriamente falando; seguia-se o curso de rios, ou trilhas, que para olhos desapercebidos passariam em branco, daí a necessidade de se terem pessoas (no caso os índios) que conhecessem aquelas rotas. O fato de muitas bandeiras conterem índios é interessante, pois na literatura tradicional, se conveniou a ideia de que os bandeirantes fossem apenas brancos, mas na realidade, haviam muitos mestiços, principalmente caboclos ou mamelucos (ambos os termos designam os mestiços de branco com índio), além de haver índios puros mesmo, e em alguns casos mais raros, negros. Além disso, era comum muitos bandeirantes falarem a língua geral, língua esta que originalmente era um dialeto tupi, que com a introdução da língua portuguesa, fora misturada a este dialeto. Pelo fato de conviver muito com os indígenas, alguns bandeirantes falavam mais em língua geral do que em português.
  • BACCARAT  MARCADO EM RELEVO SOB A BASE. GRANDE FLOREIRO EM CAMEO GLASS COM FUNDO NA TONALIDADE ROSE, ARREMATE SATINADO E REAÇADO EM OURO. RARO EXEMPLAR DE PRODUÇÃO DA MANUFATURA EM TORNO DO ANO DE 1900. ESTA É A PRODUÇÃO MAIS LUXUOSA ENTRE AS PRODUÇÕES DE BACCARAT DE 1900: CRISTAL MOULLE DISPOSTO EM VÁRIAS CAMADAS. DECORADO COM ROSEIRAS SILVESTRES COM SOBREPOSIÇÃO DE CAMADAS EM RELEVO PROPORCIONANDO GRANDE REALISMO. A MAGNIFICA DECORAÇÃO EM CAMAFEU É REALÇADA EM OURO. UM TRABALHO EXTRAORDINÁRIO DA IMPORTANTE MANUFATURA DE BACCARAT PRODUZIDO EM CURTO PERÍODO POR VOLTA DO ANO DE 1900. A INTENÇÃO DESSA EXPERIÊNCIA FOI A DE FAZER FRENTE AO MERCADO DO CAMEO GLASS DA ESCOLA DE NANCY EM ALTA NA VIRADA DO SÉCULO XIX. ASSINADO E COM NÚMERO DO MODELO. FRANÇA, CIRCA DE 1900. 39,5 CM DE ALTURA
  • MANUFATURA TYFFANY & CO.  POSSUI DEDICATORIA DO GRUPO LATINO-AMERICANO EM LAS NACIONES UNIDAS A SU PRESIDENTE EXCMO. SR. EMBAJADOR CYRO DE FREITAS VALLE NUEVA YORK. 1959-1960. EM TORNO DA DEDICATÓRIA A ASSINATURA CINZELADA DE TODOS OS REPRESENTANTES DOS PAÍSES MEMBROS DO GRUPO LATINO AMERICANO. O EMBAIXADOR FOI PRESIDENTE DA COMISSÃO LATINO AMERICANA DA ONU NO BIENIO 1959-1960. ATUOU FIRMEMENTE CONTRA A POSIÇÃO DA RÚSSIA COMUNISTA E SUA ESCALADA DE HEGEMONIA MUNDIAL. O EMBAIXADOR ERA FILHO DO MECENAS JOSÉ DE FREITAS VALLE, SENADOR DA REPÚBLICA, POSSUIU UMA DAS MAIS IMPORTANTES COLEÇÕES DE ARTE DO BRASIL TENDO PARTICIPADO INCLUSIVE  DOS LEILÕES DO PAÇO IMPERIAL  EM 1890. TODO ESSE ACERVO FOI HERDADO PELO EMBAIXADOR QUE ENQUANTO VIVEU O CONSERVOU EM SUA EMBLEMÁTICA RESIDENCIA EM SÃO PAULO, A VILA KYRIAL .EUA, MEADOS DO SEC. XX. 34 CM DE DIAMETRO. 1040 GNOTA: Ciro de Freitas Vale (São Paulo, 16 de agosto de 1896  Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1969) foi um advogado e diplomata brasileiro.Filho do senador estadual e mecenas José de Freitas Valle e de Antonieta Egídio de Sousa Aranha de Freitas Valle, sendo esta descendente da viscondessa de Campinas, Maria Luzia de Sousa Aranha. Primo do chanceler Oswaldo Aranha. Graduado em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1916. Foi ministro interino das Relações Exteriores nos governos de Getúlio Vargas, de janeiro a março de 1939, e Eurico Gaspar Dutra, de maio a junho de 1949. Foi embaixador do Brasil em Cuba em 1937, na Romênia em 1938, na Alemanha de 1939 a 1942, no Canadá em 1944, na Argentina de 1947 a 1948, no Chile de 1952 a 1955, e na Organização das Nações Unidas (ONU) de 1955 a 1960. Era membro titular da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, tendo pertencido à Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e ao conselho da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
  • RÚSSIA IMPERIAL - GUSTAV KLINGERT  ARTIFICE DE FABERGE  EXTRAORDINÁRIA CAIXA EM PRATA DE LEI COM ESMALTES . MARCAS DO ARTIFICE DE FABERGE GUSTAV KLINGERT, PARA CIDADE DE MOSCOU E ENSAIADOR PAVEL AKIMOV OVCHINNIKOV COM DATA 1895, TAMBÉM CONTRASTE 84. A CAIXA É DECORADA COM ESMALTES NA TONALIDADE VERDE, VERMELHA, AZUL E BRANCA. LINDO TRABALHO COM RAMAGENS  TESTURIZADAS ESTILIZADAS E MANDALA CENTRAL. RÚSSIA, FINAL DO SEC. XIX. 11 CM DE COMPRIMENTO.NOTA: No final do século XIX - início do século XX, a Rússia reviveu a muito esquecida arte dos esmaltes decorativos, não é à toa que esse período é chamado de esmalte russo "Século do Ouro". O esmalte russo por sua técnica virtuosa eclipsou os concorrentes europeus, que sempre foram considerados mestres em joalheria insuperáveis. Muitos joalheiros russos, como Ovchinnikov, Ruckert, Khlebnikov e muitos outros, ganharam fama graças à arte dos esmaltes decorativos. Esta constelação de grandes mestres  também inclui o proeminente joalheiro Gustav Klingert, alemão de nacionalidade, que viveu em Moscou. Seu pai, joalheiro de profissão, mudou-se para a Rússia no início do século XIX. Estabelecendo-se em Moscou, abriu uma empresa privada, e Gustav, desde a infância trabalhando com seu pai, aprendeu muito, assumindo com o pai a experiência e o conhecimento no ramo de joias. Em 1865, Gustav abriu sua própria manufatura que produzia principalmente talheres de prata, às vezes combinando prata com vidro ou cristal. Sua produção atingiu um grande sucesso, ela foi premiada com medalhas em exposições internacionais em Londres, Paris, Chicago, Antuérpia. Gustav Klingert, que trabalhava para a Fabergé, era dono de uma fábrica de ouro e prata fundada em 1865 e conhecida até 1916. Sua fábrica produzia muitos itens de esmalte de prata. Participou das exposições em Paris (1889) e Chicago (1893), onde suas obras receberam menções honrosas. Ele teve 4 filhos e netos que trabalharam junto com ele, um dos filhos de 1915 a 1917 foi guarda-livros da filial de Moscou da Fabergé. Gustav Klingert foi um famoso representante da ancestralidade alemã em Moscou. Iniciais na marca de contraste: GK, KLINGERT.

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