Peças para o próximo leilão

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  • REALISTA ESCULTURA EM PRATA DE LEI TEOR 925 COM FEITIO DE PEIXE ARTICULADO. PRIMOROSO TRABALHO COM DELICADO CINZELADO FORMANDO AS ESCAMAS. COMPOSTO POR DEZENAS DE SEGMENTOS ARTICULADOS QUE LHE CONFEREM MOVIMENTO. ESPANHA, MEADOS DO SEC. XX. 14 CM DE COMPRIMENTO.
  • REALISTA ESCULTURA EM PRATA DE LEI TEOR 925 COM FEITIO DE PEIXE. PRIMOROSO TRABALHO COM DELICADO CINZELADO FORMANDO AS ESCAMAS. MEADOS DO SEC. XX. 11 CM DE COMPRIMENTO.
  • FERNANDO VICHI (FLORENÇA, ITALIA, 1875 TO 1945)  MENINA COM PÁSSARO  FORMIDÁVEL ESCULTURA EM MÁRMORE REPRESENTANDO MENINA CHORANDO ENQUANTO SEGURA UM PÁSSARO SEM VIDA EM SUAS MÃOS. A TEMÁTICA REMETE A INFLUENCIA DO PERÍODO VITORIANO E APONTA A FRAGILIDADE DA VIDA E MORTALIDADE DO PRÓPRIO HOMEM QUANDO SOMOS LEVADOS A LIDAR COM PERDAS AO LONGO DE NOSSA EXISTÊNCIA. A ESCULTURA É PRIMOROSA, COM MUITA QUALIDADE! SUAS ESCULTURAS SÃO OFERTADAS EM IMPORTANTES CASAS LEILOEIRAS COMO A CHRISTIES ONDE ATINGEM DEZENAS MILHARES DE LIBRAS (VIDE EM: https://www.christies.com/lot/lot-5537117/?intobjectid=5537117). ASSINADA PELO ARTISTA. ITALIA, FINAL DO SEC. XIX. 53 CM DE ALTURANOTA: FERNANDO VICHI foi uma figura central na florescente comunidade artística de Florença durante a virada do século 19. Ele produziu um amplo corpo de trabalho e expôs na famosa Galleria Bazzanti. Ele nasceu em uma família nobre em Florença em 1875. No início do século XIX seu avô fundou a Gallerie Vichi, que logo se tornou famosa, especialmente no exterior, e mais tarde foi dirigida pelo próprio Ferdinando. Uma das sedes das Galerias Vichi era o edifício Art Nouveau da Via Borgo Ognissanti - dois outros ficavam na Via Tornabuoni e no Lungarno Vespucci. Desde a infância ele foi apaixonado pela arte, e logo entrou na Academia de Belas Artes de Florença sob a orientação de Rivalta e Zocchi, onde ganhou inúmeros prêmios. Ainda muito jovem expôs a sua obra, La bagnante , no Salão de Paris, vendendo imediatamente as suas obras. Mais tarde trabalhou na Alemanha, França, Inglaterra, nas duas Américas e na Índia. A crítica internacional fala do jovem Vichi - com menos de vinte anos - "com julgamentos extremamente lisonjeiros". No concurso para o retrato do rei Humberto para a Câmara de Comércio de Veneza, foi escolhido juntamente com outros dois entre sessenta concorrentes, mas na fase final o concurso foi abolido "pelo motivo artístico de o rei querer confiar a execução do busto para um veneziano " . Há uma história celebre envolvendo o caráter excêntrico de VICHI: omem de corpo enorme (na juventude gostava de competir com seu amigo e famoso campeão mundial da luta greco-romana, Giovanni Raicevich, de quem retirou um braço com os músculos contraídos), por acaso observava quatro carregadores que estavam discutindo ativamente o sistema para melhor transportar o bloco de mármore de Carrara, que ele encomendou, para seu estúdio na Piazza Cavour (hoje Piazza della Libertà). Os quatro estavam tentando se organizar para fazer o pesado bloco subir uma grande escada para chegar ao atelier, mas ninguém se animou a começar o transporte.  - "Só você, mestre" disse um dos carregadores vendo Ferdinando aparecer "Diga-nos: como você faria?"  - "Então"ele o fez, confiou o casaco a um dos quatro e arregaçou as mangas e carregou com as mãos o mármore até o seu destino, fazendo-o balançar e subir degrau a degrau.  - "Obrigado maestro" disseram os carregadores "Muito obrigado!"  . Então o artista ergueu novamente o bloco e com o sistema usual o para o pé da escada, tirou o paletó e saiu.  Mas o episódio que mais  distinga sua personalidade é o seu famoso "acordo", com o qual trocou um famoso hotel de Florença por uma magnífica tela do final do século XVI (atribuída a Pordenone) que ainda pertence à sua família ...  Havia nele o patrono e a muitos oferecia: ora ajudas artísticas, conselhos aos jovens que frequentavam o seu estudio e o queriam como mestre, ora eram também apoios materiais consideráveis que estendia aos amigos. Aqui e ali estão frases elogiosas, tais como: (...) um daqueles artistas que concebeu a arte para a arte, que a concebeu como uma verdadeira fruição do espírito (...), bom artista de raça toscana, não sei tanto, amargura, desdém (...) sorrisos, palavras boas e serenas que despertaram simpatia em quem se aproximou dele (...) era um sonhador de justiça e fraternidade . Para além da retórica (que podemos confortavelmente, digamos, eliminar) está, sem dúvida, o retrato de um indivíduo agradável, de personalidade notável. Ele era certamente um gourmet, sem arrependimentos. Com boa comida, ele sacrificou a saúde conscientemente. Pescoço taurino, mãos enormes, com um coração estreito na gordura continuava suas peregrinações entre sobremesas e pratos. Os médicos que lhe ofereceram a odiosa encruzilhada entre a abstinência e a morte responderam que ele não conseguia pensar nisso agora, porque no dia seguinte foi convidado para um jantar. No dia de Natal de 1941, aos sessenta e seis anos, o médico de família visitou-o no leito e, pela enésima vez, recomendou ao escultor que iniciasse o caminho da morosidade gastronómica. Só uma vida saudável, disse ele, pode salvá-lo."Por que viver sofrendo?" Ferdinando perguntou. Então, quando o médico deixou a villa do escultor (ainda rindo da piada impenitente), ele foi chamado de volta com urgência. O paciente estava morto.
  • VELHO PARIS  LINDO FLOREIRO EM PORCELANA COM EXUBERANTE DECORAÇÃO FLORAL REALÇADA POR PROFUSO OURO. BORDA RECORTADA E FENESTRADA. ELEGRANTE MONOGRAMA F B COM LETRAS GÓTICAS. FRANÇA, SEC. XIX. 33 CM DE ALTURA.
  • DRESDEN  LINDO APARELHO DE JANTAR EM PORCELANA DECORADA COM LUXURIANTES ARRANJOS FLORAIS PINTADOS EM ESMALTE. BORDA TIOTADA REMATADA EM OURO.  COMPOSTO POR 41 PEÇAS SENDO: 12 PRATOS RASOS, 12 PRATOS PARA SOPA, 11 PRATOS PARA SOBREMESA, SOPEIRA COM TAMPA, 3 TRAVESSAS E DUAS LEGUMEIRAS.  MARCAS DA MANUFATURA SOB A BASE.  ALEMANHA, INICIO DO SEC. XX. 31 CM DE COMPRIMENTO (TRAVESSA)
  • GINORI - PORTENTOSA SOPEIRA EM PORCELANA OITOCENTISTA COM DECORAÇÃO FLORAL. PEGA NA TAMPA COM FEITIO DE ROMÃ. MAGNIFICAS PEGAS LATERAIS COM PEROLADOS. ITÁLIA, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 43 (C) X 33 (H) CM
  • PRATA DE LEI INGLESA - WALKER & HALL  ELEGANTE PORTA CORRESPONDÊNCIAS EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE SHEFFIELD. ESTILO VITORIANO É DECORADA COM LINDAS ROCAILLES COM FLORES E RAMAGENS RELEVADAS. AO CENTRO ESCUDELA.. INGLATERRA, 1902. 25,3 X 20 CM
  • YUTAKA TOYOTA  ESPAÇO NEGATIVO  LINDA  ESCULTURA DE PAREDE EM AÇO INOXIDÁVEL, ALUMÍNIO, MADEIRA E FÓRMICA. ASSINADA, DATADA DE 1972  E TITULADA ESPAÇO NEGATIVO. 92 (H) X 55 (L) CM. O ESPAÇO NEGATIVO CARACTERIZA-SE PELA CONCAVIDADE ELEGANTE DA ESCULTURA QUE RECEBE NA PARTE NEGATIVA DESSA CURVATURA A SOBREPOSIÇÃO DE UM ELEMENTO COM DUPLA CONCAVIDADE. ESSA OBRA FAZ PARTE DE UMA SÉRIE DO ARTISTA INICIADA EM 1969 QUE ALCANÇOU ENORME SUCESSO E FOI PREMIADA NA BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO NESSE MESMO ANO DE 1969. SEGUNDO IVO ZANINI AS ESCULTURAS EM CHAPAS DE ALUMÍNIO E AÇO DE TOYOTA GANHARAM NOVA DIMENSÃO NA MEDIDA EM QUE O ARTISTA CONSEGUIU REDIMENSIONAR FORMAS E OFERECER NOVOS ESPAÇOS ÀS CORES NO INTERIOR DAS PEÇAS'. (...) POR INTERMÉDIO DO METAL, OS VOLUMES CONTINUAVAM A CAPTAR, ESPELHAR, DEFORMAR O AMBIENTE E O EVANESCENTE, PARÂMETRO DA QUARTA DIMENSÃO DE TOYOTA.  ESSA NOVA FASE EM SUA CARREIRA REPRESENTOU UMA GUINADA. FOI INSPIRADA SOBRETUDO ESSA GUINADA NO TRABALHO DE TOYOTA DEVE-SE, SOBRETUDO, PELOO CONTATO COM O ARTISTA E DESIGNER ITALIANO BRUNO MUNARI (1907-1998). NO FIM DOS ANOS 1960, MUNARI PRODUZIA ESCULTURAS DE CARÁTER GEOMÉTRICO QUE SE ESTRUTURAVAM COMO COMPLICADAS DOBRADURAS DE PAPEL, SOLUÇÃO TAMBÉM PRESENTE EM ESPAÇO METAMORFOSE, DE TOYOTA, NA QUAL O EQUILÍBRIO DO PESO DO METAL SE SUSTENTA POR MEIO DE PONTAS E PLANOS METICULOSAMENTE ESTRUTURADOS. PARA YUTAKA TOYOTA TRÊS VETORES O MOVEM NO MUNDO DA IMPERMANÊNCIA ONDE VIVEMOS. A PRIMEIRA É O ESPAÇO SIDERAL. A SEGUNDA É MOSTRAR O INVISÍVEL. A TERCEIRA É APROXIMAR NUM ÚNICO SISTEMA O QUE PARECE IMPENSÁVEL: O POSITIVO E O NEGATIVO; O CLARO E O ESCURO; O VISÍVEL E O INVISÍVEL; A MATÉRIA E A ANTI-MATÉRIA; O ESTÁVEL E O MOVIMENTO; O YIN E O YANG. BRASIL, 1972, 92 (H) X 55 (L) CM.NOTA: No início da década de 1950 , YUTAKA TOYOTA frequenta a Universidade de Arte de Tóquio, Japão. Transfere-se para o Brasil em 1962 e, no ano seguinte, é premiado no 2º Salão do Trabalho, em São Paulo, e no 12º Salão Paulista de Arte Moderna. Entre 1965 e 1968, vive em Milão, Itália, onde conhece designer Bruno Munari (1907-1998). Recebe prêmio na 10ª Bienal Internacional de São Paulo em 1969. Em 1964, expõe individualmente no Museu de Arte Moderna do Rio Grande do Sul (MAM/RS). Ganha prêmios no 1º Salão Esso de Jovens Artistas em 1965; em 1968, na 2ª Bienal de Artes Plásticas da Bahia, em Salvador, e no Salão de Santo André, São Paulo. No mesmo ano, participa do 12º Salão Seibi, em São Paulo. A partir da década de 1970, realiza esculturas para espaços públicos e edifícios no Brasil e no exterior. Entre outros locais estão: a Praça da Sé (1978), o Hotel Maksoud Plaza (1979), ambos em São Paulo; Parque Toyotomi em Hokkaido, Japão (1979). Em 1973, apresenta mostra individual no Museu de Arte Moderna de Kyoto e, em 1974, expõe na mostra Artistas Japoneses nas Américas, no Museu de Arte Moderna de Tóquio. Participa do Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1972 e 1985, sendo premiado no primeiro. Em 1991, é eleito melhor escultor pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em São Paulo.
  • BELA SALVA BILHETEIRA EM PRATA DE LEI ESTILO DONA MARIA I. DECORADA COM PROFUSOS E BELOS GUILLOCHES. RESERVA TEM ELEGANTE MONOGRAMA COM AS LETRAS JMSM. MARCAS DO PRATERIO NO PLANO. ASSENTE SOBRE TRÊS BELOS PÉS EM GARRA, BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 17,5 CM DE DIAMETRO.
  • MAGNÍFICO MODELO DE NAVIO DE GUERRA FRANCÊS DO SEC. XVIII CONSTRUÍDO EM CASCO DE TARTARUGA. ARREMATES EM OURO. TRABALHO PRIMOROSO DE EXCEPCIONAL QUALIDADE. NA PROA, UM ACROSTÓLIO (ENFEITE DA  EXTREMIDADE DA PROA) COM FEITIO DE PÁSSARO. NO CONVÉS IMPRESSIONAM OS DETALHES REALISTAS. BOTES SALVA VIDAS, TINAS, PONTE DE COMANDO, ALOJAMENTOS TUDO CONSTRUIDO EM CASCO DE TARTARUGA. VELAS TAMBÉM EM LAMINAS TRANSLÚCIDAS DE CASCO. TODOS OS DETALHES DE UM NAVIO DE GUERRA DO SEC. XVIII FORAM REPRODUZIDOS INCLUSIVE CANHONEIRAS. POUCAS VEZES DE VERÁ TRABALHO COM TAMANHO VIRTUOSISMO E REALISMO. FRANÇA, SEC. XIX. 36  (C) X 31 (H) CM.
  • PRATA DE LEI INGLESA - ELKINGTON  FORMIDÁVEL BISCOITEIRA EM PRATA DE LEI INGLESA. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DE BIRMINGHAM E PRATEIRO ELKINGTON PRATEIRO OFICIAL DA RAINHA VITORIA E SOBERANOS SEGUINTES ATÉ OS DIAS DE HOJE. LINDA E ROBUSTA PEÇA, DECORADA COM ELEMENTOS FLORAIS AO GOSTO VITORIANO. TAMPA BASCULANTE. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS VAZADOS. INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 18 X 18 CM. 1020 GNOTA: A manufatura ELKINGTON foi fundada por George Richards Elkington e seu irmão, Henry Elkington, na década de 1830. Ela operou sob o nome de GR Elkington & Co. até 1842, quando um terceiro sócio, Josiah Mason, ingressou na empresa. Operou como Elkington, Mason, & Co. até 1861, quando a parceria com a Mason foi encerrada. A empresa operou independentemente como Elkington & Co. de 1861 até 1963. Foi então adquirida pela British Silverware, Ltd .. Em 1971, a British Silverware, Ltd. tornou-se uma subsidiária da Delta Metal Co. Ltd.  Ao longo da história, tornou-se um grande sucesso e recebeu vários mandados reais de nomeações e também um Mandado Imperial e Real de nomeação do imperador da Áustria. Uma de suas obras mais famosas é réplica do Jerningham Wine Cooler que integra o acervo do Victoria & Albert Museum .
  • DAUM NANCY  ASSINADA -  EXUBERANTE LUMINÁRIA EM FEUR FORGE COM FORMIDÁVEL CÚPULAS EM PATE DE VERRE NA TONALIDADE LARANJA. ESTILO E ÉPOCA ART DECO MODELO DE 1925. O ELEGANTE CORPO EM FEUR FORGE É DECORADO COM RAMAGENS E GAVINHAS QUE SERPENTEIAM FINALIZANDO NAS  DUAS CÚPULAS SIMULANDO FLORES QUE PENDEM DE BOBECHES COM FEITIO  DE COROLAS FLORAIS. MODELO MUITO BONITO, PEÇAS COMO ESSAS COM A ASSINATURA DE DAUM NANCY ATINGEM VALORES DE MILHARES DE DOLARES NO MERCADO INTERNACIONAL. FRANÇA, 1925. 52 CM DE ALTURANOTA: Daum é um estúdio de vidros com base em Nancy , França , fundada em 1878 por Jean Daum (1825-1885). Seus filhos, Auguste Daum (1853-1909) e Antonin Daum (1864-1931), conduziram o seu crescimento durante o florescimento do período Art Nouveau . Durante a Exposição Universal de 1900 Daum foi premiado com uma medalha 'Grand Prix'.
  • EX CAPPILIS -  SANTA MARIE-BERNARD SOUBIROUS (SANTA BERNARDETE)  -  RELIQUIA QUE PERTENCEU A  SUA EXCELENCIA REVERENDISSIMA DOM ANTONIO ALVES DE SIQUEIRA, BISPO AUXILIAR DE ARICANDA, BISPO AUXILIAR DE SÃO PAULO E ARCEBISPO DE CAMPINAS. RELÍCARIO COM RELÍQUIA DE SANTA BERNARDETE, QUE FOI A MENINA A QUEM NOSSA SENHORA DE LOURDES APARECEU NA FRANÇA EM 1858. O RELICÁRIO É EM BRONZE DOURADO, O FUSTE TEM REPRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES. NA PARTE SUPERIOR, DELICADA DECORAÇÃO FENESTRADA COM RAMAGENS E FLORES EM ESTILO NEOGOTICO. INTERIOR CONTÉM TECA ONDE ESTÁ UM FIO DE CABELO DE SANTA BERNARDETE E A INSCRIÇÃO S. M. BERNARDAE. POSSUI CARTA TESTEMUNHAL DE AUTENTICAÇÃO ASSINADA E SELADA PELO BISPO DE NEVERS, DOM PATRICE FLYNN DATADA DE 10 DE MAIO DE 1958. A RELIQUIA TAMBÉM ESTÁ SELADA COM O BRASÃO DO BISPO DE NEVERS EM CERA. FRANÇA, MEADOS DO SEC. XX. 21 CM DE ALTURA.NOTA: Marie-Bernard Soubirous ou Maria Bernarda Sobeirons em occitano (Lourdes, 7 de Janeiro de 1844  Nevers, 16 de Abril de 1879) foi uma religiosa francesa, canonizada pela Igreja. É conhecida por ter sido a menina a quem a Virgem Maria teria aparecido em Lourdes, na França.  Filha de um pobre moleiro chamado Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot, a francesa Bernadette foi a primeira de nove filhos. Na infância, ela trabalhou como pastora e criada doméstica. O pai esteve preso sob a acusação de furto de farinha, contudo foi absolvido.  Durante os dez primeiros anos, a menina morou no moinho de Boly (onde nasceu). Passando por graves dificuldades financeiras, a família mudou-se depois para Lourdes, onde vivia em condições de miséria, morando no prédio da antiga cadeia municipal, que fora abandonado pouco antes. Apesar de parecer insalubre, todos viviam no andar superior do edifício, ocupado pelo primo de Francisco Soubirous, pai de Bernadette. Era um buraco infecto, sombrio, e a divisão inabitável da antiga prisão abandonada por causa da insalubridade. Desde pequena, Bernadette teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pela cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida. E, por causa também do clima frio no inverno, adquiriu asma, aos 10 anos. Tinha dificuldades de aprendizagem formal e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola, mantendo-se analfabeta até os 14 anos. No dia 11 de fevereiro de 1858, em Lourdes - cidade com cerca de quatro mil habitantes -, Bernadette disse ter visto a aparição de uma "senhora" envolta de uma luz na gruta denominada massabielle ( "pedra velha" ou "rocha velha"), junto à margem do rio Gave. Outras aparições sucederam até que Bernadette perguntou à "senhora" quem ela era. Segundo seu relato ao pároco local, Pe. Dominique, a resposta foi: "Eu sou a Imaculada Conceição". O que causou espanto e comoção ao padre, que sabia que a moça não estava inventando: ela não tinha nenhum conhecimento do significado de suas palavras, muito menos conhecimento do dogma "Imaculada Conceição", então recentemente promulgado pelo Papa. Enquanto o assunto era submetido à hierarquia eclesiástica, que se comportava com cética prudência, curas cientificamente inexplicáveis foram verificadas na gruta de "massabielle". Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, surgiu sob as mãos de Bernadette uma fonte - que jorra água até os dias de hoje, cerca de cinco mil litros por dia. Bernadette afirmou ter tido 18 visões da Virgem Maria, no mesmo local, entre 11 de fevereiro à 16 de julho de 1858. E defendeu a autenticidade das aparições com uma firmeza incomum para uma adolescente com temperamento humilde e obediente, além de níveis baixíssimos de instrução e sócio-econômico. Manteve-se contra a opinião de sua família, do clero e das autoridades públicas. Foi submetida, pelas autoridades civis, a métodos de interrogatórios, constrangimentos e intimidações inadmissíveis. Mas nunca vacilou em afirmar, com toda a convicção, a autenticidade das aparições, o que fez até a sua morte, em 1879. Em 1860, para fugir à curiosidade geral e assédio, Bernadette refugiou-se, como "pensionista indigente", no Hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes. Ali recebeu instrução e, em 1861, fez de próprio punho o primeiro relato escrito das visões de Nossa Senhora. No dia 18 de janeiro de 1862, Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconheceu pública e oficialmente a realidade do fato das aparições. Em julho de 1866, Bernadette inicia o noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867, faz a profissão de religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada, em 1878, pela doença que lhe causou a morte. Uma imensa multidão assistiu ao seu funeral, em 19 de abril de 1879, sendo necessário ser adiado por causa da grande afluência de pessoas. Em 20 de agosto de 1908, Monsenhor Gauthey, bispo de Nevers, constituiu um tribunal eclesiástico para investigar "o caso Bernadette Soubirous".  Em virtude das divulgadas manifestações divinas nos arredores da cidade, uma grande massa peregrinatória se formou em direção à gruta, estimulada pelos rumores de curas milagrosas por intermédio da água da fonte de Nossa Senhora de Lourdes. A pedido do comissário de polícia, Jacomet, o prefeito de Lourdes, Alexis Lacadé, tomou a decisão de proibir, a partir de 8 de junho de 1858, o acesso à gruta. Três meses depois, o Imperador Napoleão III e a Imperatriz Eugênia estavam em Biarritz. E a imperatriz, informada dos acontecimentos ocorridos em Lourdes, solicitou ao imperador que pedisse explicações ao arcebispo de Auch, metropolitano de Tarbes e Lourdes. Depois, determinou ao ministro de Cultos: "Desejo que o acesso à gruta fique livre, como também o uso da água do manancial." No dia 2 de outubro de 1858, foi retirada a proibição de acesso à Gruta de Massabielle. E Lourdes, rapidamente, tornou-se um dos mais importantes centros de peregrinação da cristandade, até hoje. Segundo o biógrafo de Bernadette, Francis Trochu, os fatos foram acompanhados de perto pelo doutor Douzous, na época médico de Lourdes - um burguês conhecido por sua ciência e filantropia, mas que não era frequentador da Igreja, salvo em eventos sociais ou festas oficiais. Em razão do "milagre do círio", em 7 de abril de 1858, durante a 17.ª aparição da Virgem, o Dr. Douzous se convenceu da boa-fé de Bernadette. Naquele dia, o médico observou que enquanto se encontrava em "êxtase" Bernadette tinha na mão direita um círio grande aceso, e, a certa altura, todos viram com assombro e pavor a chama do círio enrolar-se à volta da sua mão esquerda sem a queimar. O médico observou o fenômeno atentamente com o relógio em punho: o acontecimento durou 15 minutos. Ao fim do êxtase, ele examinou a mão de Bernadette e não viu sinal de queimadura. Tentou, então, aproximar a chama das suas mãos após a sua volta ao estado normal, o que a fez reagir e gritar: "Mas o senhor está queimando-me". Perplexo, o médico declarou acreditar por ter visto com os próprios olhos. Bernadette Soubirous é, seguramente, uma das personalidades femininas mais veneradas por dulia ao redor do mundo. Tal título, pode ser expresso pelo relativamente curto período tempo a qual foi sujeita às burocracias impostas pela Santa Sé para que lhe fosse autorizado o culto público legal. O fato de seu corpo incorrupto (o qual lhe rendeu o nome popular de "Santa Dormente"), seus supostos milagres não-póstumos e as crenças acerca de suas visões da Virgem Maria em Lourdes, foram fatores decisivos para que a população de Nevers, onde morreu, da França e até mesmo da Europa rapidamente a incorporassem como santa, até mesmo antes de sua morte. Pressionados pela grande massa popular que queria Bernadette canonizada, o então Papa autorizou seu culto como venerável. Após quase 150 anos, não existe o mínimo sinal de putrefação. Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado e o corpo encontrado intacto.Relatório dos Drs. David e Jordan, que conduziram a primeira exumação: O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos. Não notamos nenhum odor. O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido. Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos." "A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos. As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras... Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar. As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço." "Os pés estavam enrugados e as unhas intactas Quando o Hábito foi removido, e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada... Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação... O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão. O joelho direito estava mais largo que o esquerdo. As costelas e músculos se observavam sob a pele... "O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro..." Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade. Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan. Em 23 de outubro de 1909 é aberto o processo ordinário na Sagrada Congregação de Ritos, em 13 de agosto de 1913 segue-se o processo apostólico sob o controle direto da Santa Sé. O documento mais significativo acerca das aparições e da própria Bernadette, é uma carta datada de 1862, onde Bernadette relata com clareza todo o ocorrido durante as dezoito visões. Somente parte da carta está disponível ao acesso público: Eu tinha ido com duas outras meninas na margem do rio Gave quando eu ouvi um som de sussurro. Olhei para as árvores e elas estavam paradas e o ruído não era delas. Então eu olhei e vi uma caverna e uma senhora vestindo um lindo vestido branco com um cinto brilhante. No topo de cada pé havia uma rosa pálida da mesma cor das contas do rosário que ela segurava. Eu queria fazer o sinal da cruz, mas eu não conseguia e minha mão ficava para baixo. Aí a senhora fez o sinal da cruz ela mesma e na segunda tentativa eu consegui fazer o sinal da cruz embora minhas mãos tremessem. Então eu comecei a dizer o rosário enquanto ela movia as contas com os dedos sem mover os lábios". Quando eu terminei a Ave-Maria, ela desapareceu. Eu perguntei às minhas duas companheiras se elas haviam notado algo e elas responderam que não haviam visto nada. Naturalmente elas queriam saber o que eu estava fazendo e eu disse a elas que tinha visto uma senhora com um lindo vestido branco, embora eu não soubesse quem era. Disse a elas para não dizer nada sobre o assunto porque iriam dizer que era coisa de criança. Voltei no domingo ao mesmo lugar sentindo que era chamada ali. Na terceira vez que fui, a senhora reapareceu e falou comigo e me pediu para retornar todos os próximos 15 dias. Eu disse que viria e então ela disse para dizer aos padres para fazerem uma capela ali. Ela me disse também para tomar a água da fonte. Eu fui ao rio que era a única água que podia ver. Ela me fez realizar que não falava do rio Gave e sim de um pequeno fio dágua perto da caverna. Eu coloquei minhas mãos em concha e tentei pegar um pouco do líquido sem sucesso. Aí comecei a cavar com as mãos o chão para encontrar mais água e na quarta tentativa encontrei água suficiente para beber. A senhora desapareceu e fui para casa. Voltei todos os dias durante 15 dias e cada vez, exceto em uma Segunda e uma Sexta, a Senhora apareceu e disse-me para olhar para a fonte e lavar-me nela e ver se os padres poderiam fazer uma capela ali. Disse ainda que eu deveria orar pela conversão dos pecadores. Perguntei a ela, várias vezes, o que queria dizer com isto, mas ela somente sorria. Uma vez finalmente, com os braços para frente, ela olhou para o céu e disse-me que era a Imaculada Conceição. Durante 15 dias ela me disse três segredos que não era para revelar a ninguém e até hoje não os revelei
  • DE VEZ  CAMILLE TRUTIÉ DE VARREUX (1872-1942). LINDO FLOREIRO EM CAMEO GLASS ESTILO E ÉPOCA ART DECO COM FUNDO ROSE E DECORAÇÃO FLORAL EM AZUL NO GARGALO. BOJO COM CENA LACUSTRE E BARCOS ASSINADO PELO ARTISTA. FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 15,5 CM DE ALTURA.NOTA: Charles Camille Trutié de Varreux assinava sua produção como  De Vez. Ele procuziu no inicio do sec. XX lindos vidros CAMEO GLASS e também acidados. Freqüentemente, são cenas campestres, animais, flores, paisagens montanhosas, marinhas, em múltiplas camadas de cores com uma nitidez de detalhes até então desconhecida. Essas decorações dão atenção ao detalhe e à composição, como a busca pela perspectiva por meio do uso de tonalidades em camaieu com sofisticadas cores sobrepostas. As melhores produções De Vez foram produzidas entre 1908 e 1910. Ele tinha uma loja de exposições na 32 rue de Paradis em Paris. Teve sucesso até a guerra de 1914. Charles Camille Trutié de Varreux nasceu em 17 de novembro de 1872 em Chambéry e morreu em 18 de outubro de 1942 em Chambéry aos 69 anos. Ele nasceu da união de Claude Charles Trutié de Varreux nascido em 1837 e Capitão do 74º regimento de linha (guarnecido em Chambéry) e Marie Bovet nascida em 1834. Ele tinha 2 irmãs: Louise e Noémie.
  • EXTRAORDINÁRIO RELICÁRIO MÚLTIPLO EM MADEIRA COM FEITIO DE MAGNIFICO ALTAR CONSTRUIDO DENTRO DE UMA CAIXA  LACRADA COM PINTUIRA E ARREMATES EM OURO BRUNIDO. POSSUI 16 RELÍQUIAS DE SANTOS. NA PARTE POSTERIOR REMOVENDO-SE  UMA PROTEÇÃO EXTERNA, VERIFICAM-SE QUATRO LACRES EM CERA VERMELHA COM SELOS EPISCOPAIS. O INTERIOR TEM O FEITIO DE UM RETÁBULO COM MAGNIFICAS PINTURAS MANUAIS REPRESENTANDO OS SANTOS DOS RELICÁRIOS. SÃO QUINZE RELIQUIAS DISPOSTAS NO ALTAR. AS PINTURAS SÃO MAGNÍFICAS! NA PARTE SUPERIOR ANJOS ADORADORES POSTADOS AO LADO DOS SAGRADOS CORAÇÕES DE JESUS, SANTA MARIA E SÃO JOSÉ. SOB O ARCO DO ALTAR, A CRUZ DE NOSSO SENHOR, OS SÍMBOLOS DA EUCARISTIA E OS INSTRUMENTOS DA CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO DITOS ARMA CHRISTI. CONTÉM PINTURAS COM REPRESENTAÇÃO DE SÃO GERALDO, SÃO CARLOS BORROMEU, SÃO PEDRO, SANTANA MESTRA, SÃO JOÃO BATISTA MENINO, SÃO JOSÉ, SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA, SANTA CLARA E SANTA FILOMENA. A PRINCIPAL RELIQUIA É UM FRAGMENTO DA COROA DE ESPINHOS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO (EX CORONAE SPINAE D.N.J.C.) COM LINDA REPRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA SOLEDADE SEGURANDO A COROA COM SEU MANTO. O ALTAR PRINCIPAL TEM BANCADA DE TOCHEIROS ESCULPIDOS EM MARFIM. SOB O ALTAR MENINO JESUS EM CERA. POSSUI AS SEGUINTES RELÍQUIAS: SÃO GERALDO, SÃO CARLOS BOHOMEU, SÃO PEDRO, SANTANA MESTRA, SÃO JOÃO BATISTA MENINO, SÃO JOSÉ, SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA, SANTA CLARA E SANTA FILOMENA, FRAGMENTO DA COROA DE ESPINHOS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO (EX CORONAE SPINAE D.N.J.C.), SÃO SEBASTIÃO, RELIQUIAS DA GRUTA DA NATIVIDADE DE CRISTO E TRES OUTRAS RELIQUIAS CUJO TÍTULO ESTÁ APAGADO E PORTANTO NÃO É POSSIVEL IDENTIFICA-LAS. AS COLUNAS SÃO MARMORIZADAS. O CONJUNTO POSSUI ARREMATES EM OURO. UM TRABALHO MAGNÍFICO, MAGNIFICO E UM VERDADEIRO TESTEMUNHAL DE FÉ. ITÁLIA, SEC. XIX. 39 (H) X 32 (C) X 13 (P) CM
  • IMAGEM INDO PORTUGUESA - SÃO FRANCISCO DE ASSIS  GRANDE IMAGEM EM MADEIRA COM MÃOS E CABEÇA EM MARFIM. REPRESENTA IMAGEM DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS. O SANTO É APRESENTADO COM OLHOS AMENDOADOS, ELABORADA BARBA E BASE ESCULPIDA COM DECORAÇÃO EM NÍTIDA INFLUÊNCIA HINDÚ. PEÇA EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA METADE DO SEC. XVII. GOA, POSSESSÃO PORTUGUESA NA INDIA, 31 CM DE ALTURA.NOTA: A presença portuguesa na Índia, como observado por grande parte dos historiadores, teve dois principais mecanismos propulsores: o comércio e a conversão das almas. Os portugueses haviam chegado à Índia a procura de cristãos. A tradição atribui a chegada de São Tomás o Apóstolo Tomé em 52 d.C., a Kodungallur, onde teria fundado a Igreja Síria do Malabar e iniciado a conversão de famílias judias e brâmanes proeminentes. Fontes escritas narram que Vasco da Gama e sua tripulação, ao chegar a Calicute no século XVI, visitaram templos hindus que pensavam ser igrejas cristãs e, em alguns casos, teriam confundido as imagens de divindades hindus, ali consagradas com as de Nossa Senhora. No início do século XVI, a presença e a intensidade das artes hindu e muçulmana eram muito visíveis, materializando a força das culturas da civilização preexistente. A arte indo portuguesa surgiu da necessidade da superação daexpressão arquitetônica e artística dos templos hindus. A eficácia da ação evangelizadora tornava imperativa a construção e ornamentação das igrejas católicas com uma suntuosidade não inferior à dos templos hindus e das mesquitas muçulmanas capazes de competirem com o esplendor artístico que os portugueses encontraram na Índia, particularmente em Goa. Nesse sentido, a monumentalização das igrejas e da talha sacra em seus interiores eram uma resposta direta ao caráter exuberante da arte e arquitetura encontradas no universo indiano. Algo invariavelmente viabilizado pelo uso de artífices locais, exímios herdeiros da tradição milenar da escultura em madeira e em marfim. Na Índia a Igreja viu-se na contingência de se adaptar ao contexto local aceitando, ou, pelo menos, tolerando o hibridismo artístico daí resultanteuma miscigenação artística, uma fusão dos léxicos europeu e oriental. Com o passar do tempo, houve um distanciamento dos modelos europeus, acompanhado de um aumento de traços autóctones e a inserção de motivos tipicamente indianos, por vezes paradoxais, como os nâga e as nâginî divindades-serpente aquáticas associadas à fertilidade e extremamente populares em todo o subcontinente, possivelmente associadas a cultos pré-védicos e que na gramática indo-portuguesa aparecem geralmente representadas frontalmente, em pé e com as caudas bifurcadas e entrelaçadas. A conversão dos gentios previa também a oferenda, por parte dos missionários, de pequenas peças simbólicas que lhes materializavam a nova doutrina e lhes incutiam a Fé. Assim, na imaginária desenvolveu-se uma grande diversidade de soluções formais, presentes nas pequenas imagens devocionais, nos presépios, nos oratórios e nos Calvários de Pousar. Entretanto, é nas imagens do Bom Pastor que ficaram mais bem caracterizados os mecanismos discursivos a operar na imagética indo-portuguesa. Essa iconografia singular desenvolveu-se, na maioria dos casos, sobre um suporte tipicamente local o marfim, com ou sem policromia e douramento. Nas imagens em geral, a presença de elementos de origem budista (greco-búdica), como, por exemplo: o estilo do cabelo, a postura corporal, a posição do braço e da mão direita, os olhos semicerrados, a expressão calma e o sorriso hermético de concentração expectante são extraídos das representações orientais da Primeira Meditação do Buda. Nas imagens de Nossa Senhora os longos cabelos representandos com ondulações são uma marca registrada. As imagens indo portuguesas produzidas em Goa atingiram o máximo da perfeição plástica com nível de trabalho europeu. Entretanto percebe-se influência dos parâmetros e cultura local nas feições das imagens. Assim, pode-se perceber por exemplo a presença de olhos amendoados, feições orientais, cabelos sinuosos e tipificação com divindades hindus (assim o Menino Bom Pastor apresenta semelhança com imagens de buda meditando). A produção dessas imagens começou no sec. XVI e ganhou no séc. XVII um grande impulso. São extremamente bonitas e colecionáveis.
  • IMAGEM INDO PORTUGUESA -  SÃO JOÃO BATISTA  LINDA IMAGEM EM MARFIM POLICROMADO E DOURADO REPRESENTANDO SÃO JOÃO BATISTA. O SANTO É APRESENTADO COM FEIÇÕES ORIENTALIZADAS, OLHOS AMENDOADOS, BARBA ELABORADA E TRAJANDO ROUPAS DE PELES DE ANIMAIS. SEGURA UM CARNEIRO SOBRE UM LIVRO (AGNUS DEI). ARREMATES EM OURO. ESTA ASSENTE SOBRE LINDA BASE EM MADEIRA COM FEITIO DE MANDALA ORIENTALISTA. GOA, INDIA, PORTUGUESA, 19 CM DE ALTURA (COM A BASE)
  • GOA - MONUMENTAL ESCULTURA EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA DE VERTENTE INDO PORTUGUESA. EXPRESSIVA ESCULTURA DE MUITO GRANDE DIMENSÃO! CRISTO VIVO COM CABELOS SINUOSOS QUE LHE CAEM EM CASCATA SOBRE OS OMBROS. O SENDAL É RIQUÍSSIMO COM GRANDE PLANEJAMENTO. OS DETALHES MORFOLÓGICOS SÃO IMPRESSIONANTES.  70 X 54 CMNOTA: As imagens indo portuguesas produzidas em Goa atingiram o máximo da perfeição plástica com nível de trabalho europeu. Entretanto percebe-se influência dos parâmetros e cultura local nas feições das imagens. Assim, pode-se perceber por exemplo a presença de olhos amendoados, feições orientais, cabelos sinuosos e tipificação com divindades hindus (assim o Menino Bom Pastor apresenta semelhança com imagens de buda meditando). A produção dessas imagens começou no sec. XVI e ganhou no séc. XVII um grande impulso. São extremamente bonitas e colecionáveis.
  • SÃO JOSÉ DA NATIVIDADE MAGISTRAL IMAGEM EM MADEIRA ENTALHADA E POLICROMADA. REPRESENTA SÃO JOSÉ EM ADORAÇÃO AO MENINO JESUS. RARAMENTE SE VERÁ IMAGEM TÃO TERNA E BONITA DO PAI TERRENO DE CRISTO. LINDO ROSTO COM BELA EXPRESSÃO REMATADA POR OLHOS EM VIDRO. OS CABELOS SÃO MAGNIFICOS! O MOVIMENTO DA IMAGEM É SINGULAR! O SANTO LEVA UMA DAS MÃOS AO PEITO COMO QUE A ENTREGAR SEU CORAÇÃO AO MENINO JESUS. AS PERNAS DOBRADAS PERMITEM VER UM DOS PÉS CALÇADOS COM BOTAS DEMONSTRANDO INVULGAR RIGOR ANATOMICO. O PANEJAMENTO É MAGNIFICO E A POLICROMIA ERUDITA. A  VASTA CABELEIRA É MAGNIFICA CAINDO SOBRE OS OMBROS DO SANTO. TODAS ESSAS CARACTERISTICAS FAZEM DESSA IMAGEM UMA VERDADEIRA PRECIOSADE DO PERÍODO BARROCO. SEC. XVIII, 20 CM DE ALTURA.NOTA: As representações de São José ao longo dos séculos o mostram como a essência da figura paterna, São José é o pai terno (natividade), o protetor (fuga para o Egito), o provedor (o marceneiro chefe de família) e o guia (São josé com menino Jesus). Talvez por isso os evangelhos tenham fixado a figura de São José na criação de Cristo desde menino até a adolescência. Parece não ter sido reservado a São José um papel ativo no ministério de Cristo como filho de Deus e Profeta (como foi a Virgem Maria). São josé era o pai zeloso e não por acaso é o padroeiro das famílias. São José é representado no arco triunfal da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, em atitude varonil, com barba, túnica, e manto: é confortado pelo Anjo, segundo o texto de Mateus 1,19-22; está presente na cena da apresentação do Menino no Templo e no episódio (apócrifo) do encontro com o Rei Afrodísio. Na cátedra de marfim que foi do imperador Maximiano, em Ravenna, São José aparece sempre com túnica e manto, tanto na prova das águas amargas, como no sonho e depois na viagem para Belém e na adoração dos Magos. Era representado também no oratório Vaticano de João II (705-707), nas cenas da Natividade, Adoração dos Magos e Apresentação ao Templo. No Oriente, São José é representado acompanhado por seus servos na representação do recenseamento de Quirino (mosaicos de Kahrié-djami, em Constantinopla, pertencentes ao mosteiro de Chora, do século XIV) Nos murais de Mistra Peribleptos (do século XIV), São José recebe do Sumo sacerdote o bastão florido. Nas colunas do sacrário de São Marcos (Veneza) é representado como um velho que protege a Virgem e segura na mão o bastão florido. Interesse especial têm as pinturas do Santo feita por Giotto em Pádua, Tadeu Galddi em Florença, Nicolau e João Pisano nos púlpitos de Sena, Pisa e Pistoia, e por Arnolfo no presépio de Santa Maria em Roma. Na Catedral de Limburg (século XIII) São José é representado como jardineiro da vinha divina. Somente no Tondo (= redondo de) Doni, de autoria do sumo Miguelângelo, pode ser encontrada uma representação potentemente expressiva de São José como Chefe de família, chamado por Deus a uma altíssima função. Contemporaneamente, na Alemanha os entalhadores difundem as maravilhosas imagens do Santo devidas ao Dürer e aos escultores das estátuas de madeira do Santo, das cidades de Dottighofen e Brandemburg (1459). No final do século XVIII, encontra-se na Espanha uma série de pinturas (o Repouso no Egito de Bartalomeu Gonzales, a Circuncisão de Roelos, a Sagrada Família de Zurbarán) em que São José é representado em veste de Patriarca do Novo Testamento, protegendo e educando o Menino Deus. Aparecem, neste mesmo tempo, os instrumentos típicos da sua profissão: a serra e o machado. Este tipo de representação alcança a perfeição no quadro do Herrera (que mostra São José sentado, com Jesus Menino sobre os joelhos) e nas muitíssimas pinturas do Murillo (em que o Santo segura pela mão a Jesus. No grande quadro da Igreja dos Capuchinhos em Cádiz (Espanha), São José ampara o Menino já adolescente. No quadro de autoria de L.G. Carlier, São José é coroado por Jesus. Nas obras posteriores, como por exemplo de Tiépolo, o Santo mostra-se intercessor junto ao Redentor ou símbolo do trabalho humano santificado.
  • SINGULAR CALVÁRIO EM MADEIRA POLICROMADA (EX COLEÇÃO DR. DUÍLIO CRISPIM FARINA). A IMAGEM REPRODUZ O MOMENTO DA MORTE DE JESUS. O CRISTO DESFALECIDO TEM A CABEÇA PENDENDO PARA ESQUERDA. AOS PÉS DA CRUZ ESTÃO A VIRGEM DOLOROSA, SÃO JOÃO EVANGELISTA E MARIA MADALENA QUE SEGURA O SUDÁRIO PARA ENVOLVER O CORPO DO SALVADOR. A CRUZ É DOTADA DE RESPLENDOR. O CONJUNTO É PUNJENTE DE EXPRESSÃO! FITA-LO É SER LEVADO A PAIXÃO DE CRISTO E AO SENTIMENTO DE SUA MÃE. BRASIL, PRINCÍPIO DO SEC. XIX. 33 CM DE ALTURA.NOTA: DR. DUÍLIO CRISPIM FARINA foi um importante colecionador de arte brasileira. Nasceu na Ladeira Porto Geral, no centro da cidade de São Paulo, em 9 de dezembro de 1921. Veio ao mundo na casa de sua tia dona Maria Piza de Azevedo, entre as proximidades da antiga Casa de Tibiriçá e o Pátio do Colégio. Estudou no Externato Avenida Angélica. Foi admitido em 6o lugar, mediante concurso, no ginásio do Estado de São Paulo (1935-1939), onde se formou em 2o lugar. Prestou concurso no Colégio Universitário, em 1940, onde estudou por dois anos. Em 1942 foi aprovado para ingresso na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), concluindo o curso médico em 1947. Duílio Crispim Farina era possuidor das seguintes coleções: Louça Brasonada  Brasil e Portugal; Louça Histórica do Brasil e Portugal; Cristais Históricos de Brasil e Portugal; Medalhas Imperiais (1o e 2o Império); Imagens Religiosas do Brasil Colonial, Numismática e Filatelia; Pintura Acadêmica Histórica sobre São Paulo, Brasil e Portugal (200 quadros) e peças e livros relativos à Faculdade de Medicina de São Paulo. Sua coleção de louças e cristais históricos foi mostrada dezenas de vezes em Exposições Nacionais, Estaduais, no IV Centenário de São Paulo (Instituto Histórico), com relação de peças no Catálogo das Comemorações de José Bonifácio, o Moço, Velho Brasil, Barroco no Brasil, etc. Ademais, sua farta biblioteca reunia livros referentes aos seguintes segmentos culturais: Brasiliana  7000 volumes sobre o Brasil; Portucalia  2000 volumes sobre Portugal; Ibérica  1000 volumes sobre a Espanha e História da Medicina  500 volumes. Duílio Crispim Farina foi inquebrantável pesquisador e indefesso escritor. Publicou mais de 500 artigos no Brasil e no exterior, sobremodo na modalidade de ensaio onde harmoniza sincronicamente sua tenacidade investigativa com a nimiedade de sua cultura, erudição e prolífica atuação literária. Seus livros enfocam sobremaneira a cultura, a história e a história da medicina. Publicou as seguintes obras: História da Medicina em São Paulo  Medicina na Vila de Piratininga; História da Medicina em Portugal; História da Faculdade de Medicina de São Paulo; Ensaios Portugueses (Dinastia de Borgonha); História de Uma Família Goda de 500 a 1970; Medicina e Doença na História de Portugal; Médicos Portugueses Além-Fronteiras; Físicos, Cirurgiões-Mores, Boticas e Misericórdias na História de São Paulo; Memórias e Tradições na Casa de Arnaldo; Esculápios Portugueses das Sete Partidas (1979); Medicina, Doença e Morte na Casa de Bragança (Ramo do Brasil); Medicina no Planalto de Piratininga (1981); Piratininga em Tempos Idos (1990); Candido Fontoura: O Homem e sua Obra (1985); Presença da França na Terra Brasílica (1993); Medicina e Doença na História de Portugal; Franceses em Chãos do Brasil (1995).

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