Peças para o próximo leilão

636 Itens encontrados

Página:

  • SUNTUOSO PORTA RETRATOS EM BRONZE ORMOLU DECORADO COM PLACAGENS REMATADAS COM ESMALTE LIMOUSIN NA TONALIDADE AZUL. PEÇA BELÍSSIMA COM BRONZE DE EXCEPCIONAL QUALIDADE! FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 34 X 24 CM.
  • LUIZ FERREIRA GRANDE CANECA EM PRATA DE LEI DECORADA COM LOZANGOS CONTENDO CRUZES LATINAS EM RELEVO. PEGA COM FEITIO DE SALAMANDRA. ESTILO E ÉPOCA ART DECO.. MARCAS DE CONTRASTE ÁGUIA PRIMEIRO TÍTULO, PARA CIDADE DO PORTO E CHANCELA DO ARTISTA. PORTUGAL, 11 X 10 CM. 405 GNOTA: Luiz Ferreira nasceu numa família de ourives. Nos dizeres de Gonçalo Vasconcelos e Sousa ele "bebeu na tradição portuense de formar dinastias de ourives, de casar entre famílias profissionais do mesmo ofício". Os seus avós, paterno e materno, respectivamente David Ferreira (Porto) e Luís António Monteiro (Tondela), eram ambos mestres ourives. Do pai, também David Ferreira, herdou a oficina e loja na Rua das Flores, depois transferida para a Rua de Trindade Coelho, onde ainda hoje se acumulam coleções das suas peças. Os "bichos" de Luiz Ferreira estão representados em vários museus nacionais e estrangeiros. E, ao longo das décadas do século XX, levaram o nome da ourivesaria - e a marca "LF" - aos acervos de figuras do mundo inteiro, desde a rainha de Inglaterra ao rei Juan Carlos de Espanha, do Presidente americano Ronald Reagan à primeira-dama Jacqueline Kennedy, mas também às coleções das casas Dior, Chanel, Tiffany"s e Cartier.
  • LINDO PORTA RETRATOS DUPLO EM PRATA DE LEI COM FUNDO EM MADEIRA. DECORAÇÃO COM ROCAILLES. MOLDURA COM PEROLADOS. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! EUROPA, SEC. XX. 12 X 19,3 (C) CM
  • GRANDE E BELO PORTA RETRATOS EM PRATA DE LEI COM FUNDO EM MADEIRA. DECORAÇÃO COM ROCAILLES E CONCHEADOS. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! PORTUGAL, INICIO DO SEC. XX. 27 (C) X 34 (H) CM
  • ELEGANTE PORTA RETRATOS EM PRATA DE LEI COM FUNDO EM MADEIRA. CONSTRUÍDO NA TONALIDADE OVAL E DISCRETAMENTE DECORADO COM ELEMENTOS VEGETALISTAS (FLORES E RAMANGENS). ASSENTE SOBRE DOIS PÉS COM DECORAÇÃO CONSTITUÍDA POR PEROLADOS. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 23,5 CM DE ALTURA
  • LINDO PORTA RETRATOS EM PRATA DE LEI COM FUNDO EM MADEIRA (FORMA PAR COM O DO LOTE SEGUINTE). FEITIO CIRCULAR. ELEGANTE DECORAÇÃO REMATADA POR LAÇAROTE NO TOPO. EUROPA, INICIO DO SEC. XX.  17,5 CM DE ALTURA
  • LINDO PORTA RETRATOS EM PRATA DE LEI COM FUNDO EM MADEIRA (FORMA PAR COM O DO LOTE ANTERIOR). FEITIO CIRCULAR. ELEGANTE DECORAÇÃO REMATADA POR LAÇAROTE NO TOPO. EUROPA, INICIO DO SEC. XX.  17,5 CM DE ALTURA
  • BARÃO DE ITACURUÇÁ MANOEL MIGUEL MARTINS O GRANDE ARREMATANTE DOS LEILÕES IMPERIAIS APÓS A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA. MAGNIFICO PRATO EM PORCELANA COM EXUBERANTE BORDA EM AZUL REMATADA EM OURO COM CACHOS DE UVAS E PARRAS. PALMÁCEAS RELEVADAS COMPLETAM A DECORAÇÃO. CALDEIRA COM LUXURIANTE DECORAÇÃO FLORAL. MARCAS DA CASA COMERCIALB WALLERSTEIN & CIA IMPORTADORA DO RIO DE JANEIRO. REPRODUZIDO NA PAGINA 274 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL DE JENNY DREYFUS E NA PAGINA 44 DO LIVRO LOUÇA HISTÓRICA MUSEU DE ARTE DA BAHIA. EXISTE UMA HIPÓTESE DEFENDIDA ENTRE COLECIONADORES DE LOUÇA DA ARISTOCRACIA BRASILEIRA QUE ESTE SERVIÇO É NA VERDADE UM DOS SERVIÇOS IMPERIAIS DE DOM PEDRO II ARREMATADO EM UM DOS LEILÕES DOS PAÇOS IMPERIAIS APÓS A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA. TAL HIPÓSTESE NÃO É INVEROSSÍMEL UMA VEZ QUE O SERVIÇO ATRIBUIDO AO BARÃO É MUITISSIMO PARECIDO COM O SERVIÇO DE CAÇA DE DOM PEDRO II E O BARÃO FOI O MAIOR ARREMATANTE DOS BENS IMPERIAIS OFERTADOS NO LEILÃO PROMOVIDO PELA REPÚBLICA NASCENTE. FRANÇA, 23 CM DE DIAMETRO. NOTA: Manoel Miguel Martins Barão de Itacurussá, nasceu em10 de novembro de 1831 em Sant'Ana do Itacurusá e faleceu em 01 de janeiro de 1911, filho de João Martins e de Gertrudes Margarida. Casou em 09 de março de 1867, no Rio de Janeiro, com Jerônyma Eliza de Mesquita, Baronesa de Itacurusá nascida em 02 de junho de1851 no Rio de Janeiro/RJ e batizada na Igreja de Santa Rita, e falecida em 24 de setembro de 1917, filha de Jerônymo José de Mesquita Conde de Mesquita e deElisa Maria de Amorim. Casaram-se em 09 de março de 1867 (portanto Jerônima estava com 16 anos de idade) na Igreja de S. Francisco Xavier. Título nobiliárquico de Barão de Itacurussá outorgado , em 25 de março de 1888, a Manuel Miguel Martins era um título de origem toponímica. Ilha e povoação do Estado do Rio de Janeiro, lugar de onde era natural este titular. Foi um homem riquíssimo, proprietário de terras e capitalista do Rio de Janeiro. Sua esposa a baronesa Jerônima Elisa de Mesquita Martins, era filha do conde de Mesquita e neta do marquês de Bomfim. O Barão foi o grande comprador do Leilão do Paço Imperial, onde além de muitas preciosidades, adquiriu todo o serviço de porcelana do casamento de D. Pedro I e D. Amélia de Leuchtemburg.
  • SALVA EM PRATA DE LEI ESTILO DONA MARIA I. PLANO COM GUILLOCHES FORMANDO ANÉIS CONCENTRICOS. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (10 DINHEIROS) E PRATEIRO JOAQUIM JOSÉ PALHARES ATIVO A PARTIR DE 1845, CATALOGADO POR MOITINHO COMO BR129 (PAG. 379). ASSENTE SOBRE TRÊS PÉS COM FEITIO DE CAPRICHADAS GARRAS ALADAS POR FOLHAS DE ACANTO. BRASIL, SEC. XIX. 16 CM DE DIAMETRO
  • BARÃO DE IBITINGA (1832-1815)  JOAQUIM FERREIRA DE CAMARGO ANDRADE  FILHO DO BARÃO DE ITATIBA, SOGRO E PADRASTO DO CONDE DE ÁLVARES PENTEADO, CUNHADO DA BARONESA DE PIRAPITINGUI. PRATO PARA SOBREMESA EM PORCELANA DA MANUFATURA DE CHARLES PILLIVUYT & CO MEDAILLE D0R 1867  1878. BORDA COM BARRADO EM SALMÃO DELIMITADO POR FRISOS EM OURO. CALDEIRA COM RESERVA CONTENDO INICIAS BI ENTREÇADOS SOB COROA DE BARÃO. PERTENCEU AO SERVIÇO DE JOAQUIM FERREIRA DE CAMARGO ANDRADE. EXEMPLAR DESSE BELO SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO A PAGINA 265 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA DO BRASIL POR JENNY DREYFUS.  EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO. FRANÇA, DEC. 1870. 21,5 CM DE DIAMETRONOTA: Natural de Campinas, Joaquim Ferreira de Camargo nasceu em 1832. Proprietário de uma fazenda de café, conhecida como Nova Lousã, no município de Espírito Santo do Pinhal. Também foi proprietário da Fazenda das Cabras e São José. Pertenceu ao Partido Liberal, exercendo cargos de nomeação e eleição popular. Foi fazendeiro e teve plantação de café no município de Itatiba/SP, foi também vereador, juiz municipal e diretor de várias empresas, como a Companhia Campineira de Iluminação e Gás e Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Em 1882 foi agraciado com o título de Barão de Ibitinga pelo Governo Imperial. Joaquim Ferreira de Camargo Andrade é neto, por pai, do Capitão Joaquim de Camargo Penteado e é neto, por mãe, do Capitão Mor, Floriano de Camargo Penteado. Foi fazendeiro e teve plantações de café no município de Itatiba/SP. Casou-se com Cândida Marcolina de Cássia Franco (1842 - 1866), filha do capitão Joaquim Franco de Camargo e de sua segunda esposa, Maria Lourença de Morais. Eram suas irmãs Manuela Assis de Cássia Franco, baronesa de Araras, e Clara Franco de Camargo, primeira esposa do Barão de Arari. O casal teve cinco filhos: Maria Ferreira de Camargo; Francisca Ferreira de Camargo; Cândida Ferreira de Camargo; Joaquim Ferreira de Camargo; Ana Ferreira de Camargo, morta em tenra idade. Viúvo, casou pela segunda vez com Maria Higina Álvares de Almeida Lima (1833 - 1902), também viúva (do Dr. João Carlos Leite Penteado), filha de Antônio Álvares de Almeida Lima, importante fazendeiro de Limeira, e de Maria Emília de Toledo, irmã do Barão do Descalvado. Desta união, nasceram-lhe mais quatro filhos: Alberto Ferreira de Camargo; Clodomiro Ferreira de Camargo; Fausto Ferreira de Camargo; Amália Ferreira de Camargo. Um fato curioso é que Maria, Francisca e Cândida, as três filhas do primeiro casamento de Camargo Andrade, casaram-se, respectivamente com Antônio Álvares, Carlos Olímpio e Bernardo Álvares Leite Penteado, filhos do primeiro casamento de Maria Higina. Também Clodomiro casou-se com Lucília Ferreira de Camargo, sua sobrinha, filha de sua meia-irmã Maria Joana Leite Penteado, do casamento de Maria Higina e de João Carlos Leite Penteado, e de Elisiário Ferreira de Camargo Andrade, seu tio paterno. Já Joaquim e Alberto desposaram outras duas irmãs: Clara e Olívia, filhas de João Soares do Amaral e de Maria da Glória Lacerda (filha de Clara Franco de Camargo). Amália, por sua vez, casou-se com Henrique Santos Dumont, irmão de Alberto Santos Dumont. Em 7 de maio de 1882, foi condecorado com o título de Barão de Ibitinga pelo imperador Pedro II. Faleceu em Campinas, aos 83 anos, e seu corpo foi sepultado no Cemitério da Saudade
  • MARIA JOANNA MACHADO  LINDO PRATO EM PORCELANA DA IMPORTANTE MANUFATURA INGLESA DE DAVENPORT. FEITIO RECORTADO E LUXUOSAMENTE REMATADO EM OURO.  DECORADO COM PINTURAS MANUAIS REPRESENTANDO CENAS LACUSTRES E RUÍNAS ARQUITETÔNICAS. NA CALDEIRA ENTRE GUIRLANDA DE FOLHAS EM OURO, RESERVA COM CIRCULO CONTENDO AS INSCRIÇÕES MARIA JOANNA MACHADO E AO CENTOR EM DESTAQUE BAHIA. GUARNECEU A RESIDÊNCIA DA ARISTOCRATA QUE ERA NETA MARECHAL JEAN BAPTISTE JOURDAN, OFICIAL DE CONFIANÇA DO IMPERADOR NAPOLEÃO BONAPARTE QUE SE ENCONTRA SEPULTADO AO LADO DO IMPERADOR NO PALÁCIO NACIONAL LES INVALIDES. FOI CASADA COM O COMENDADOR FRANCISCO XAVIER MACHADO VIVIAM EM UM SUNTUOSO SOLAR QUE DESDE 1877  ABRIGA O ASILO DA MENDICIDADE DOM PEDRO II. EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO NA PÁGINA 77 DO LIVRO LOUÇA HISTÓRICA DO MUSEU DE ARTE DA BAHIA. MEADOS DO SEC. XIX. 23 CM DE DIAMETRO
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES PRATO EM PORCELANA COM ESMALTES DO REINADO QIANLONG. FEITIO CIRCULAR. PERTENCEU AO SERVIÇO DO REI DOM JOÃO VI. CHINA, MEADOS DO SEC. XVIII. 23 CM DE DIÂMETRO. NOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou, em suas últimas fornadas, redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Além de pratos de vários tamanhos, foram confeccionadas sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras, wine-coolers e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como viajante, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo. Com o fim do Império em 1890, foram realizados diversos leilões pelo leiloeiro Joaquim Dias dos Santos, no Rio de Janeiro, mas seus registros foram logo depois perdidos num incêndio ocorrido pouco depois na loja do leiloeiro.
  • DOM JOÃO VI- SERVIÇO REAL DE CHÁ  RARA XÍCARA DE CHÁ EM PASTA DE PORCELANA COM DECORAÇÃO DE LUXURIANTES ROSAS. ARREMATES EM OURO FORMANDO RAMAGENS. ROSÁCEA TAMBÉM EM OURO NO FUNDO DA XÍCARA. SEM MARCA DE MANUFATURA DE ACORDO COM JENNY DREYFUS TRATA-SE DE PRODUÇÃO POSSIVELMENTE INGLESA. PEÇA DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDA NA PAGINA 188 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL DE JENNY DREYFYS. PRINCÍPIO DO SEC. XIX. 14 CM DE DIAMETRO (PIRES)
  • BARÃO DE ARARY (2.)  JOSÉ DE LACERDA GUIMARÃES  TAÇA EM CRISTAL RUBI E TRANSLUCIDO DA MANUFATURA DE BACCARAT. BOJO RUBI, FUSTE E PÉ TRANLÚCIDOS. FUSTE FACETADO E SERRILHADO. BASE LAPIDADA EM ESTRELA. NO CORPO INICIAS BA ENTRELAÇADOS (BARÃO DE ARARY) SOB COROA DE BARÃO COM GRANDEZA. EXEMPLAR DESSE MESMO SERVIÇO E IDENTICA A ESTA É REPRODUZIDO NA PAGINA 129 DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE VIEIRA ET AL. FRANÇA, SEC. XIX. 12,5 CM DE ALTURA
  • VISCONDE DE MACAÉ - JOSÉ CARLOS PEREIRA DE ALMEIDA TORRES (1799-1850)  RARO PRATO FUNDO EM PORCELANA. DE WORCESTER DO PERÍODO DE "FLIGHT, BARR" & BARR (MARCA EM CAVO NO VERSO) EM PASTA DURA. DECORAÇÃO AO GOSTO DE CIA DAS INDIAS FOLHA DE TABACO. PERTENCEU AO SERVIÇO DO SEGUNDO VISCONDE DE MACAÉ JOSÉ CARLOS PEREIRA DE ALMEIDA TORRES (1799-1850). O SERVIÇO FOI ENCOMENDADO POR INTERMÉDIO DE LORD STRANGFORD (CONDE DE STRANGFORD), PERCY SIDNEY CLINTON SMITH QUE FOI DIPLOMATA INGLES NA CORTE DE DOM JOÃO VI E O ORGANIZADOR DA RETIRADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA PARA O BRASIL EM 1808. TAMBÉM FOI EMBAIXADOR NO BRASIL IMPERIAL SOB DOM PEDRO I. EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO À PAG. 282 DO LIVRO "LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL", JENNY DREYFUS. INGLATERRA, SEC. XIX. 25 CM DE DIAMETRO. NOTA: Era filho do desembargador (então um cargo administrativo da Coroa) José Carlos Pereira, e de Ana Zeferina de Almeida Torres. Foi casado com sua prima Eudóxia Engrácia de Almeida Torres, deixando descendência. Formado em direito, exerceu a magistratura no Paraná, Minas Gerais e Bahia, tendo atingido o grau de Desembargador, na Bahia. Ocupou diversos cargos na vida pública, todos de grande relevância, que o projetaram para ocupar a presidência do Ministério em 1848. A legenda do seu título de nobreza é uma referência ao Município de Macaé (RJ), onde foi abastado fazendeiro na região serrana, possuindo a Fazenda Saudade, onde produzia café e açúcar. Morreu em 1850, vítima da epidemia de febre que assolava periodicamente o País. Foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Niterói. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, deputado geral, presidente das províncias do Rio Grande do Sul (de 8 de janeiro a 29 de março de 1831) e São Paulo (de 13 de janeiro de 1829 a 15 de abril de 1830 e de 17 de agosto de 1842 a 27 de janeiro de 1843), ministro da Justiça(quinto gabinete), ministro do Império, presidente dos Conselho de Ministros (oitavo gabinete) e senador do Império do Brasil de 1843 a 1856. Tornou-se visconde em 1829 (sem grandeza), obtendo a Grandeza de Macaé em 1847 (Grande do Império). Foi também Gentil-homem da Imperial Câmara do Conselho de Sua Majestade, comendador da Imperial Ordem de Cristo, dentre outros. Em 1848 foi presidente do Conselho de Ministros algo como Primeiro Ministro do Brasil.
  • JOSÉ PAULINO NOGUEIRA (1853-1915)   BACCARAT URALINA  A partir desse momento apregoaremos o remanescente de um conjunto em cristal de Baccarat com uralina. Pertenceram a JOSÉ PAULINO NOGUEIRA, REPUBLICANO HISTÓRICO E HERÓI BENEMÉRITO DA GRANDE EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA EM CAMPINAS DE 1889. No ano de 1889, ultímo do IMPÉRIO DO BRASIL, a cidade de Campinas foi varrida por uma violenta epidemia de febre amarela que dizimou 10% da população. Não havia mais médicos sobreviventes, a nobreza e os fazendeiros abastados abandonaram a cidade em pânico assim como todos os dirigentes da cidade exceto JOSÉ PAULINO que não se atemorizou frente a doença. Ao contrário, assumiu o governo vacante enfrentando a epidemia em diversas frentes e organizou postos para o enfrentamento à doença e socorro aos infectados. JOSÉ PAULINO escolheu algumas casas no então longínquo Bairro Guanabara e nelas instalou um hospital de atingidos pela febre. O local ficou conhecido como LAZARETO DO FUNDÃO. Em 2 de abril, no auge da epidemia JOSÉ PAULINO envia a FRANCISCO GLICÉRIO um desesperado pedido de ajuda: A EPIDEMIA RECRUDESCEU BASTANTE DE CINCO DIAS A ESTA PARTE; PELO OBITUÁRIO, PODES CALCULAR O QUE VAI POR AQUI, É UM HORROR! NÃO HÁ ESPÍRITO, POR MAIS FORTE QUE SEJA, QUE TENHA A NECESSÁRIA CALMA NO MEIO DE TANTA DESGRAÇA. POBRE CAMPINAS. PARECE-ME QUE NUNCA MAIS PODERÁ LEVANTAR-SE PUJANTE COMO JÁ FOI. VOCÊ, MOARES, CAMPOS SALLES E OUTROS FILHOS DESTA TERRA, QUE AÍ ESTÃO COM O ESPÍRITO FRESCO E CALMO, PENSEM E PONHAM EM PRÁTICA TUDO O QUE FOR PARA FACILITAR O EMPRÉSTIMO DA COMPANHIA CAMPINEIRA DE ÁGUAS E ESGOTOS, QUE É A ÚNICA SALVAÇÃO DESTA CIDADE. ADEUS, ATÉ POR CÁ, SE VIVERMOS.    Ele mesmo foi acometido pela doença, mas curou-se e permaneceu firme no seu posto. Meses depois, com a PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA permaneceu na direção da cidade e até sua morte foi um importante chefe político campineiro. O bravo JOSÉ PAULINO é reconhecido no Brasil como um dos fundadores da REPÚBLICA DO BRASIL e em sua homenagem várias ruas em importantes cidades brasileiras  foram batizadas com seu insigne nome assim como o município de PAULÍNEA próximo a cidade de Campinas. Iniciaremos com o lote que segue: JOSÉ PAULINO NOGUEIRA  BACCARAT URALINA. LINDO CONJUNTO COM SEIS TAÇAS PARA VINHO TINTO COM FUSTE E BASE TRANSLÚCIDA E BOJO COM INCLUSÃO DE URALINA. ELEGANTE LAPIDAÇÃO E BELO MONOGRAMA JPN ENTRELAÇADO. PERTENCEU A UM DOS SERVIÇOS DE JOSÉ PAULINO NOGUEIRA, REPUBLICANO HISTÓRICO E HERÓICO BENEMÉRITO DE CAMPINAS FRENTE A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA DE 1889 QUE DIZIMOU 10% DA POPULAÇÃO. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FRANÇA, SEC. XIX. 12 CM DE ALTURA.
  • JOSÉ PAULINO NOGUEIRA  BACCARAT URALINA. LINDO LINDO DECANTER EM CRISTAL DE BACCARAT COM ALÇA TRANSLUCIDA E CORPO COM INCLUSÃO DE URALINA. ELEGANTE LAPIDAÇÃO E BELO MONOGRAMA JPN ENTRELAÇADO. PERTENCEU A UM DOS SERVIÇOS DE JOSÉ PAULINO NOGUEIRA, REPUBLICANO HISTÓRICO E HERÓICO BENEMÉRITO DE CAMPINAS FRENTE A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA DE 1889 QUE DIZIMOU 10% DA POPULAÇÃO. FRANÇA, SEC. XIX. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! 28 CM DE ALTURA.NOTA: JOSÉ PAULINO NOGUEIRA provém de mui nobre casa, entrelaçada com a de importantes figuras nacionais como O PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, SUA FILHA REGINA casou-se com o neto de AURELIANO DE SOUSA E OLIVEIRA COUTINHO, VISCONDE DE SEPETIBA originando o tronco COUTINHO NOGUEIRA. Assim como um neto seu contraiu núpcias com a neta do 4. PRESIDENTE DO BRASIL JOAQUIM FERRAZ DE CAMPOS SALLES. José Paulino Nogueira tinha parentesco com o BARÃO DE ATALIBA NOGUEIRA E A BARONESA DE ANHUMAS.  José Paulino Nogueira era coronel da Guarda Nacional, abolicionista e republicano, tendo sido eleito pela primeira vez vereador no final do Império, como militante do PRP/Partido Republicano Paulista em Campinas. Tinha em sociedade com o CORONEL BENTO QUIRINO uma importante casa comissionaria de exportação de café.  Essa casa comercial era frequentada por políticos e intelectuais que a apelidaram de Sociedade Anônima de Interesse Geral. Ali conheceu Campos Salles, uma amizade que, no futuro, uniu as duas famílias  seu neto, Paulo Nogueira Filho, casou-se com Regina Coutinho (Nogueira), neta do ex-presidente da República. A loja era um centro de atividades sociais que reunia empreendedores preocupados com o interesse público da cidade e da então Província de São Paulo. Ali, Campos Salles, Francisco Glicério, Jorge Miranda, Francisco Quirino, Américo Brasiliense e Salvador Penteado se reuniam para combater a monarquia e defender o fim da escravatura. Tal loja ficava no Largo do Carmo, na esquina das ruas Benjamim Constant e Sacramento; onde hoje existe uma placa de mármore com agradecimento do povo para Bento Quirino e José Paulino quando da epidemia de 1889.  Em 1871 integra a Boemia Dramática Campineira, dirigida pelo maestro SantAna Gomes.Em 1885 torna-se acionista da Companhia Campineira Carris de Ferro. Em 1889 assume uma cadeira na CÂMARA DE VEREADORES DE CAMPINAS. Foi nesse ano que enfrentou com bravura a epidemia de Febre amarela que varreu Campinas. A família Nogueira, de Campinas, é originária da cidade mineira de Baependi, para onde migraram alguns Nogueiras do Ó, vindos de Portugal.      O livro Campinas, seu berço e juventude do historiador Celso M. de Mello Pupo traz informações que permitem tratar a origem da família Nogueira na região de Campinas e a sua história até a metade século XIX. Nela fica-se sabendo que a formação da família Nogueira confunde-se com a própria formação do município de Campinas, tamanha a importância que ela teve no contexto histórico e político da cidade.       Conforme PUPO (1969, p. 227), foi um importante fidalgo português conhecido como Capitão Mor Tomé Rodrigues Nogueira do Ó que imigrou de Portugal no século XVIII, vindo a se instalar como proprietário de lavras na região próxima a vila de São João Del Rei que deu início ao importante ramo familiar dos Nogueira, destacando personalidades na política, cultura e administração pública, sempre dotados de importantes títulos imobiliários e muito prestígio.      Foi justamente uma das filhas do Capitão Tomé, Ângela Isabel Nogueira do Prado, que era casada em Baependi com Domingos Teixeira Vilela e mudou-se em junho de 1774 com o marido e seus dezesseis filhos para Campinas, tornando-se a primeira família desse futuro município, cuja origem será mencionada a seguir (PUPO, 1969, p. 231). Faz-se necessário aqui escrever sobre alguns de seus filhos, apesar de todos eles possuírem personalidades com intenso espírito público e com grandes realizações de caráter econômico pessoal, destaca-se neste texto apenas cinco deles, os que mais se identificam com os Nogueira em Campinas, principalmente em relação a suas atuações políticas, negócios e propriedades.    O segundo dos filhos do casal foi o Capitão Domingos Teixeira Nogueira importante político regional, grande proprietário de terras e senhor de engenho em Itu. O terceiro foi o Frei Antônio de Pádua, religioso franciscano que, junto com Barreto Leme, fundou a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso. Ele foi participante ativo da instalação da freguesia e do distrito, que deram origem ao município de Campinas em julho de 1774 (PUPO, 1969, p. 237).     O oitavo dos filhos foi o Guarda-Mor Manuel Teixeira Vilela, o último dos irmãos a se transferir de Minas Gerais para Campinas. Ele fez fortuna com a atividade açucareira como produtor e comerciante de açúcar, era dono de escravos e de várias propriedades agrícolas em torno da confluência dos rios Jaguarí com o Atibaia, dentre elas a Fazenda Salto Grande e Morro Alto, e o engenho Cachoeira e Saltinho. Seu filho primogênito, Antônio Manuel Teixeira foi considerado um dos homens mais ricos da região, possuía 600 escravos em suas seis fazendas, foi um dos idealizadores da revolução de 1842, conhecida como Revolta da Venda Grande, foi processado, condenado e anistiado, posteriormente elegeu-se deputado provincial durante duas legislaturas de 1846 a 1849.  O nono filho, o Capitão Felipe Néri Teixeira foi indicado em 1788 para assumir o cargo de capitão agregado de Campinas posto até então ocupado por Barreto Leme, falecido naquele ano. Foi um dos introdutores da atividade açucareira em Campinas, fazia parte da primeira geração de produtores de açúcar da família Nogueira. Além de escravos, Felipe N. Teixeira possuía pelo menos duas sesmarias no município: uma entre o rio Atibaia e o ribeirão Anhumas (denominada até hoje de Fazenda Anhumas) e outra denominada de Barra, que atualmente localiza-se o bairro Chácara da Barra e um engenho no município de Porto Feliz.      A cultura do açúcar marca a entrada da lavoura comercial na Província de São Paulo. Região, até então, de poucos escravos, ela criava, agora, uma demanda por mão-de-obra africana. Nesta região, como nas demais da colônia, dentro das condições da época, o escravo era peça indispensável ao desenvolvimento da cultura canavieira.       Como incentivador da atividade canavieira, o Capitão Felipe Néri Teixeira e outros produtores, foram considerados por PUPO (1969, p. 57) os principais proprietários de escravos de Campinas durante o final do século XVIII. Esse autor aponta que:  Quatro maiores proprietários poderiam ser os primeiros fabricantes e exportadores de açúcar, a indústria primeira que notabilizou e enriqueceu Campinas: Antônio Ferraz de Campos com 23 escravos em 1790, passou para 55 em 1795; Felipe Néri Teixeira com 17 escravos em 1790, saltou para 27 escravos em 1790; Joaquim José Teixeira Nogueira, de 10 escravos em 1790, foi a 24 escravos em 1795; e Francisco de Paula Camargo, cunhado de Joaquim José Teixeira Nogueira, tinha 21 escravos... São estes os quatro maiores senhores de escravos em 1795.... (PUPO, 1969, p. 57).       Segundo SILVA (2006, p. 83), durante o século XVIII os principais engenhos da região de Campinas concentraram-se preferencialmente na direção Campinas-Moji-Mirim, no bairro rural de Atibaia, fazendo muitas vezes divisa com a estrada de Goiás, e nas direções de Jundiaí e Itu. Essa autora destaca ainda que as propriedades fundiárias campineiras estiveram sempre em constantes transformações. Concessões, herança, dotes, vendas e compras de parcelas assim, fragmentaram-se e aglutinaram-se, mantendo-se como engenhos e/ou transformando-se em fazendas de café.    O décimo segundo filho do casal, o Capitão Joaquim José Teixeira Nogueira, foi o proprietário do engenho Sítio Grande, nome mudado posteriormente para Fazenda Chapadão (atualmente propriedade do Exército Brasileiro). Foi juiz de direito e vereador, seus filhos tornaram-se grandes fazendeiros de café da região e adquiriram importantes títulos imobiliários durante o Império. Seu neto, major Artur Nogueira, foi o responsável por restaurar, no final do século XVIII, a indústria açucareira na família como um dos fundadores da Usina Ester e da Companhia Carril Agrícola Funilense. Seu outro neto José Paulino Nogueira, personalidade política que se projetou na atividade agrícola, como um dos fundadores da Usina Ester, no mundo financeiro como Presidente do Banco Comercial e Fundador da Cia. Paulista de Seguros e no comércio como sócio da Cia. Agrícola de Cravinhos, uma das mais importantes organizações de café do estado. E por fim, Paulo de Almeida Nogueira, também neto de Capitão Joaquim José Teixeira Nogueira, advogado, deputado estadual, importante pecuarista leiteiro, proprietário da fazenda São Quirino em Campinas, banqueiro e um dos três fundadores da Usina Ester.      No período entre meados do século XVIII, quando se instaram na região até a metade do século XIX, a família Nogueira participou intensamente da vida política e econômica de Campinas pois alguns de seus membros ocuparam estratégicos cargos públicos e eram importantes proprietários de terras, escravos e produtores de açúcar.      Assim, o caso da família Nogueira assemelha-se com a de outros barões do café em São Paulo, ou seja, surgiram como senhores de engenho no final do século XVIII, muitos com capital acumulado nas minas, enriqueceram com a produção, comércio e transporte de açúcar, expandindo suas propriedades e o número de escravos.
  • JOSÉ PAULINO NOGUEIRA  BACCARAT URALINA. LINDO CONJUNTO COM SEIS TAÇAS PARA VINHO TINTO COM FUSTE E BASE TRANSLÚCIDA E BOJO COM INCLUSÃO DE URALINA. ELEGANTE LAPIDAÇÃO E BELO MONOGRAMA JPN ENTRELAÇADO. PERTENCEU A UM DOS SERVIÇOS DE JOSÉ PAULINO NOGUEIRA, REPUBLICANO HISTÓRICO E HERÓICO BENEMÉRITO DE CAMPINAS FRENTE A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA DE 1889 QUE DIZIMOU 10% DA POPULAÇÃO.. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FRANÇA, SEC. XIX. 12 CM DE ALTURA.NOTA: JOSÉ PAULINO NOGUEIRA provém de mui nobre casa, entrelaçada com a de importantes figuras nacionais como O PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, SUA FILHA REGINA casou-se com o neto de AURELIANO DE SOUSA E OLIVEIRA COUTINHO, VISCONDE DE SEPETIBA originando o tronco COUTINHO NOGUEIRA. Assim como um neto seu contraiu núpcias com a neta do 4. PRESIDENTE DO BRASIL JOAQUIM FERRAZ DE CAMPOS SALLES. José Paulino Nogueira tinha parentesco com o BARÃO DE ATALIBA NOGUEIRA E A BARONESA DE ANHUMAS.  José Paulino Nogueira era coronel da Guarda Nacional, abolicionista e republicano, tendo sido eleito pela primeira vez vereador no final do Império, como militante do PRP/Partido Republicano Paulista em Campinas. Tinha em sociedade com o CORONEL BENTO QUIRINO uma importante casa comissionaria de exportação de café.  Essa casa comercial era frequentada por políticos e intelectuais que a apelidaram de Sociedade Anônima de Interesse Geral. Ali conheceu Campos Salles, uma amizade que, no futuro, uniu as duas famílias  seu neto, Paulo Nogueira Filho, casou-se com Regina Coutinho (Nogueira), neta do ex-presidente da República. A loja era um centro de atividades sociais que reunia empreendedores preocupados com o interesse público da cidade e da então Província de São Paulo. Ali, Campos Salles, Francisco Glicério, Jorge Miranda, Francisco Quirino, Américo Brasiliense e Salvador Penteado se reuniam para combater a monarquia e defender o fim da escravatura. Tal loja ficava no Largo do Carmo, na esquina das ruas Benjamim Constant e Sacramento; onde hoje existe uma placa de mármore com agradecimento do povo para Bento Quirino e José Paulino quando da epidemia de 1889.  Em 1871 integra a Boemia Dramática Campineira, dirigida pelo maestro SantAna Gomes.Em 1885 torna-se acionista da Companhia Campineira Carris de Ferro. Em 1889 assume uma cadeira na CÂMARA DE VEREADORES DE CAMPINAS. Foi nesse ano que enfrentou com bravura a epidemia de Febre amarela que varreu Campinas. A família Nogueira, de Campinas, é originária da cidade mineira de Baependi, para onde migraram alguns Nogueiras do Ó, vindos de Portugal.      O livro Campinas, seu berço e juventude do historiador Celso M. de Mello Pupo traz informações que permitem tratar a origem da família Nogueira na região de Campinas e a sua história até a metade século XIX. Nela fica-se sabendo que a formação da família Nogueira confunde-se com a própria formação do município de Campinas, tamanha a importância que ela teve no contexto histórico e político da cidade.       Conforme PUPO (1969, p. 227), foi um importante fidalgo português conhecido como Capitão Mor Tomé Rodrigues Nogueira do Ó que imigrou de Portugal no século XVIII, vindo a se instalar como proprietário de lavras na região próxima a vila de São João Del Rei que deu início ao importante ramo familiar dos Nogueira, destacando personalidades na política, cultura e administração pública, sempre dotados de importantes títulos imobiliários e muito prestígio.      Foi justamente uma das filhas do Capitão Tomé, Ângela Isabel Nogueira do Prado, que era casada em Baependi com Domingos Teixeira Vilela e mudou-se em junho de 1774 com o marido e seus dezesseis filhos para Campinas, tornando-se a primeira família desse futuro município, cuja origem será mencionada a seguir (PUPO, 1969, p. 231). Faz-se necessário aqui escrever sobre alguns de seus filhos, apesar de todos eles possuírem personalidades com intenso espírito público e com grandes realizações de caráter econômico pessoal, destaca-se neste texto apenas cinco deles, os que mais se identificam com os Nogueira em Campinas, principalmente em relação a suas atuações políticas, negócios e propriedades.    O segundo dos filhos do casal foi o Capitão Domingos Teixeira Nogueira importante político regional, grande proprietário de terras e senhor de engenho em Itu. O terceiro foi o Frei Antônio de Pádua, religioso franciscano que, junto com Barreto Leme, fundou a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso. Ele foi participante ativo da instalação da freguesia e do distrito, que deram origem ao município de Campinas em julho de 1774 (PUPO, 1969, p. 237).     O oitavo dos filhos foi o Guarda-Mor Manuel Teixeira Vilela, o último dos irmãos a se transferir de Minas Gerais para Campinas. Ele fez fortuna com a atividade açucareira como produtor e comerciante de açúcar, era dono de escravos e de várias propriedades agrícolas em torno da confluência dos rios Jaguarí com o Atibaia, dentre elas a Fazenda Salto Grande e Morro Alto, e o engenho Cachoeira e Saltinho. Seu filho primogênito, Antônio Manuel Teixeira foi considerado um dos homens mais ricos da região, possuía 600 escravos em suas seis fazendas, foi um dos idealizadores da revolução de 1842, conhecida como Revolta da Venda Grande, foi processado, condenado e anistiado, posteriormente elegeu-se deputado provincial durante duas legislaturas de 1846 a 1849.  O nono filho, o Capitão Felipe Néri Teixeira foi indicado em 1788 para assumir o cargo de capitão agregado de Campinas posto até então ocupado por Barreto Leme, falecido naquele ano. Foi um dos introdutores da atividade açucareira em Campinas, fazia parte da primeira geração de produtores de açúcar da família Nogueira. Além de escravos, Felipe N. Teixeira possuía pelo menos duas sesmarias no município: uma entre o rio Atibaia e o ribeirão Anhumas (denominada até hoje de Fazenda Anhumas) e outra denominada de Barra, que atualmente localiza-se o bairro Chácara da Barra e um engenho no município de Porto Feliz.      A cultura do açúcar marca a entrada da lavoura comercial na Província de São Paulo. Região, até então, de poucos escravos, ela criava, agora, uma demanda por mão-de-obra africana. Nesta região, como nas demais da colônia, dentro das condições da época, o escravo era peça indispensável ao desenvolvimento da cultura canavieira.       Como incentivador da atividade canavieira, o Capitão Felipe Néri Teixeira e outros produtores, foram considerados por PUPO (1969, p. 57) os principais proprietários de escravos de Campinas durante o final do século XVIII. Esse autor aponta que:  Quatro maiores proprietários poderiam ser os primeiros fabricantes e exportadores de açúcar, a indústria primeira que notabilizou e enriqueceu Campinas: Antônio Ferraz de Campos com 23 escravos em 1790, passou para 55 em 1795; Felipe Néri Teixeira com 17 escravos em 1790, saltou para 27 escravos em 1790; Joaquim José Teixeira Nogueira, de 10 escravos em 1790, foi a 24 escravos em 1795; e Francisco de Paula Camargo, cunhado de Joaquim José Teixeira Nogueira, tinha 21 escravos... São estes os quatro maiores senhores de escravos em 1795.... (PUPO, 1969, p. 57).       Segundo SILVA (2006, p. 83), durante o século XVIII os principais engenhos da região de Campinas concentraram-se preferencialmente na direção Campinas-Moji-Mirim, no bairro rural de Atibaia, fazendo muitas vezes divisa com a estrada de Goiás, e nas direções de Jundiaí e Itu. Essa autora destaca ainda que as propriedades fundiárias campineiras estiveram sempre em constantes transformações. Concessões, herança, dotes, vendas e compras de parcelas assim, fragmentaram-se e aglutinaram-se, mantendo-se como engenhos e/ou transformando-se em fazendas de café.    O décimo segundo filho do casal, o Capitão Joaquim José Teixeira Nogueira, foi o proprietário do engenho Sítio Grande, nome mudado posteriormente para Fazenda Chapadão (atualmente propriedade do Exército Brasileiro). Foi juiz de direito e vereador, seus filhos tornaram-se grandes fazendeiros de café da região e adquiriram importantes títulos imobiliários durante o Império. Seu neto, major Artur Nogueira, foi o responsável por restaurar, no final do século XVIII, a indústria açucareira na família como um dos fundadores da Usina Ester e da Companhia Carril Agrícola Funilense. Seu outro neto José Paulino Nogueira, personalidade política que se projetou na atividade agrícola, como um dos fundadores da Usina Ester, no mundo financeiro como Presidente do Banco Comercial e Fundador da Cia. Paulista de Seguros e no comércio como sócio da Cia. Agrícola de Cravinhos, uma das mais importantes organizações de café do estado. E por fim, Paulo de Almeida Nogueira, também neto de Capitão Joaquim José Teixeira Nogueira, advogado, deputado estadual, importante pecuarista leiteiro, proprietário da fazenda São Quirino em Campinas, banqueiro e um dos três fundadores da Usina Ester.      No período entre meados do século XVIII, quando se instaram na região até a metade do século XIX, a família Nogueira participou intensamente da vida política e econômica de Campinas pois alguns de seus membros ocuparam estratégicos cargos públicos e eram importantes proprietários de terras, escravos e produtores de açúcar.      Assim, o caso da família Nogueira assemelha-se com a de outros barões do café em São Paulo, ou seja, surgiram como senhores de engenho no final do século XVIII, muitos com capital acumulado nas minas, enriqueceram com a produção, comércio e transporte de açúcar, expandindo suas propriedades e o número de escravos.
  • JOSÉ PAULINO NOGUEIRA BACCARAT URALINA. LINDO CONJUNTO COM SEIS TAÇAS PARA VINHO BRANCO COM FUSTE E BASE TRANSLÚCIDA E BOJO COM INCLUSÃO DE URALINA. ELEGANTE LAPIDAÇÃO E BELO MONOGRAMA JPN ENTRELAÇADO. PERTENCEU A UM DOS SERVIÇOS DE JOSÉ PAULINO NOGUEIRA, REPUBLICANO HISTÓRICO E HERÓICO BENEMÉRITO DE CAMPINAS FRENTE A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA DE 1889 QUE DIZIMOU 10% DA POPULAÇÃO..EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FRANÇA, SEC. XIX. 12 CM DE ALTURA.
  • JOSÉ PAULINO NOGUEIRA  BACCARAT URALINA. LINDA  GARRAFA EM CRISTAL DE BACCARAT COM TAMPA TRANSLÚCIDA LAPIDADA EM DIAMANTE E CORPO COM INCLUSÃO DE URALINA. ELEGANTE LAPIDAÇÃO E BELO MONOGRAMA JPN ENTRELAÇADO. PERTENCEU A UM DOS SERVIÇOS DE JOSÉ PAULINO NOGUEIRA, REPUBLICANO HISTÓRICO E HERÓICO BENEMÉRITO DE CAMPINAS FRENTE A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA DE 1889 QUE DIZIMOU 10% DA POPULAÇÃO. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FRANÇA, SEC. XIX. 12 CM DE ALTURA.NOTA: A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA DE 1889 EM CAMPINAS  A doença surgiu misteriosamente, a época não se conheciam sua causas. Assim diversas hipoteses foram apontadas para a origem do mal. Hoje absurdas, elas eram aceitáveis para o conhecimento da época: a exposição à chuva, à umidade, ao sereno, ao sol (insolação) até indigestão, abusos sexuais e transpiração excessiva eram apontados como causas. Somente em 1902 o médico Emilio Ribas provou que a febre amarela era transmitida por um mosquito denominado Stegomyia fasciata, atualmente conhecido como Aedes egypti. Ele mandou que se recolhessem larvas do mosquito em Itu (SP), onde não havia a febre, e que fossem levadas a São Simão (SP) onde havia um foco importante. Lá picaram uma pessoa que estava com a febre amarela nos primeiros dias da doença. De lá os mosquitos foram trazidos de volta a São Paulo e picaram pessoas em perfeito estado de saúde, entre eles o próprio Emilio Ribas, seu colega Adolfo Lutz e outros quatro voluntários: Domingos Vaz, Oscar Marques, André Ramos e Januário Fiori. Três deles contraíram a febre, sendo que Emilio, Adolfo e Oscar não. Já nessa época Campinas era um poderoso centro econômico nacional. Até 1889, os relatórios hospitalares não faziam referências à febre amarela, apesar de a doença ser endêmica e epidêmica em algumas cidades de São Paulo, principalmente em Santos e, por isso, dizia-se que a febre não subia morros. Assim, imaginavam, que Campinas estaria livre dela. Ledo engano: ela chegou em fevereiro de 1889. Pelo impacto que causou, tanto na Província de São Paulo, quanto na Capital do Império (Rio de Janeiro), a epidemia de 1889 foi considerada pavorosa, mas a mais mortífera foi a de 1896, como veremos adiante. Por ter sido a primeira, as ruas de Campinas esvaziaram-se, os barões do café foram para as suas fazendas ou para a capital da Província e muitos não mais voltaram. Famílias inteiras abandonaram suas casas e buscaram refúgio nos sítios e nas cidades próximas. Campinas ficou praticamente deserta. Até a Câmara Municipal foi transferida para o distrito de Valinhos. A epidemia foi introduzida por uma imigrante suiça, Rosa Beck, que chegou ao Brasil pelo Porto do Rio de Janeiro em 21 de dezembro de 1888, a bordo do Navio Ville de Maranhão, com 24 anos (dados do Arquivo Nacional  Divisão de Estrangeiros  ano 1888). De lá ela veio para São Paulo, pelo Porto de Santos, e depois para Campinas, onde lecionaria francês e se casaria com o filho de uma abastada família local. Sem saber que tinha sido picada e contraído a febre, ela hospedou-se na casa de amigos na região central. Eram proprietários da Padaria Suíça, na Rua Bom Jesus (atual Avenida Campos Sales). Foi desta padaria que os mosquitos infectados passaram a picar os fregueses. A 9 de fevereiro de 1889 chamaram o Dr. Germano Melchert para atendê-la e este, tomando conhecimento de que ela havia chegado ao Brasil pelo Rio de Janeiro e, depois, seguido para Santos, a diagnosticou com febre amarela. A transmissão foi rápida e a doença alastrou-se pela cidade. Depois de Rosa Beck seguiu-se a contaminação de um empregado da padaria, da família dos proprietários e de uma criança de 9 anos que morava próxima dali e ajudava os proprietários nas entregas. A epidemia causou pânico e mortes. As principais atividades foram paralisadas e organizaram-se mutirões de socorro. José Paulino Nogueira, presidente da Câmara Municipal, escolheu algumas casas no então longínquo bairro Guanabara e nelas instalou um hospital de emergência, para que se isolassem e atendessem os atingidos pela febre e pela varíola. O local ficou conhecido como Lazareto do Fundão. Também a sede do Circolo Italiani Uniti foi utilizada como enfermaria especial, tendo à frente o Dr. João Guilherme da Costa Aguiar, que trabalhou intensamente e gratuitamente para salvar vidas, mas infelizmente veio a falecer pela febre. O médico e historiador Lycurgo de Castro Santos Filho, em seu livro: Febre Amarela em Campinas-1889-1900, reproduz um trecho de uma carta das tantas que o Dr. Costa Aguiar escreveu a seus familiares em Itu. O trecho abaixo também foi reproduzido pelo colega, Dr. Cesário Mota Junior, em artigo publicado logo após o falecimento de Costa Aguiar: Continuamos a lutar. O número de médicos está muito reduzido, ma hei de ser um dos últimos a sair. Levei a família para fora, assim posso trabalhar mais tranqüiloVai se criar uma enfermaria especial exclusivamente para os italianos, que são os que mais morrem. Costa Aguiar faleceu a 19 de maio de 1889. Durante a epidemia, quase não restaram médicos para atender à população: os que não morreram, fugiram em pânico do contágio, juntamente com os moradores mais abastados. As autoridades foram obrigadas a trazer de outras cidades médicos dispostos a enfrentar a crise. Adolpho Lutz foi um deles, mas permaneceu em Campinas apenas dois meses, abril e maio, quando a epidemia estava no auge. Em julho, embarcou com destino ao Havaí, fazendo escala em Hamburgo. Os biógrafos são ambíguos e anacrônicos no tocante à precoce correlação entre febre amarela e mosquitos supostamente estabelecida por ele então. Segundo Bertha Lutz, seu pai teria verificado que a doença alastrava-se pelas cidades que margeavam a estrada de ferro, fato que teria correlacionado mais tarde com a teoria culicidiana. Nas Reminiscências sobre a febre amarela publicadas por Lutz em 1930, ele observa que o transporte de mosquitos infectados pela estrada de ferro esclarecia o aparecimento de vários casos esporádicos e isolados de febre amarela em funcionários do correio e da ferrovia e em pessoas que nunca tinham visitado Campinas. Nas Reminiscências Lutz recorda que durante o tempo em que esteve nessa cidade usou o mosquiteiro desde o anoitecer e sempre que se recolhia ao hotel durante o dia, o que não o impediu de ser picado diversas vezes. Para Lutz, 1889 foi o ano mais infausto na história moderna da febre amarela no Brasil. Durante os três meses de verão quase não choveu e a temperatura subiu mais que nos anos anteriores. A doença surgiu em Santos e em Campinas. Na primeira cidade, após dez anos sem ocorrência de casos, a epidemia foi muito forte. Em Campinas, seu desenvolvimento foi rápido, chegando a quarenta óbitos por dia. Avaliou-se que três quartos da população, estimada em vinte mil habitantes, deixaram a cidade. Muitas pessoas que regressaram antes do tempo contraíram a moléstia. Houve cerca de dois mil óbitos, incluindo os que faleceram em outros lugares.

636 Itens encontrados

Página: