Peças para o próximo leilão

672 Itens encontrados

Página:

  • ELEGANTE MESA DE ENCOSTAR ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I (POSSUI O PAR A SER APREGOADO NO LOTE A SEGUIR). CONSTRUÍDA EM JACARANDÁ, POSSUI CAIXA RETA E É DOTADA DE FINA MARCHETARIA. DOTADA DE UMA GAVETA. A JUNÇÃO DA CAIXA COM AS PERNAS É REMATADA POR SOFISTICADA CONSTRIÇÃO EM BALAÚSTRE . BRASIL, INICIO DO SEC. XIX.  80 (H)  X 95  (C) X 56 (P) CM
  • DEZ LINDAS CADEIRAS EM JACARANDÁ COM ASSENTO EM PALHINHA. ESTILO IMPÉRIO. EM EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO. LINDOS EXEMPLARES DO MOBILIÁRIO BRASILEIRO DA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 94 CM DE ALTURA
  • GUERRA CIVIL AMERICANA  Baioneta do Rifle de mosquete Enfield  1853 com sua bainha de proteção.  Marcas do Arsenal Americano: US. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! SEC. XIX. 56 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: Esta é uma baioneta fabricada do período de 1853 a 1870. Elas permaneceram em serviço até cerca de 1875. Estas baionetas foram usadas extensivamente  em ambos os lados - na Guerra Civil Americana. Foi a segunda arma de infantaria mais usada na guerra, superada apenas pelo modelo 1861 rifle de mosquete Springfield . Este exemplar não tem marcas do governo britânico, indicando que provavelmente foi importado para os EUA durante a Guerra Civil Americana por isso possui a gravação US (UNITED STATES). O Enfield foi o segundo rifle mais empregado na Guerra Civil Americana. Estima-se que mais de 900.000 Enfields P53 foram importados para a América e foram utilizados em todos os principais combates da Batalha de Shiloh (abril de 1862) e do cerco de Vicksburg(Maio de 1863), para as batalhas finais de 1865. A arma era muito procurada nas fileiras da Confederação.
  • BENEDICTO CALIXTO  EX COLEÇÃO RICARDO ESPIRITO SANTO. BARCO A VELA NA PRAIA.  AQUARELA E NANQUIM SOBRE PAPEL. ASSINADO NO CANTO INFERIOR DIREITO. ETIQUETA DO PROJETO BENEDICTO CALIXTO COM NUMERO DE REGISTRO QdMaAqCpAsSi090046. TAMBÉM ETIQUETA DA COLEÇÃO DO DR. RICARDO ESPÍRITO SANTO. MUITO BEM EMOLDURADO. BRASIL, 17 X 24,5 (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA). COM ELA 38 X 48 CMNOTA: Benedito Calixto de Jesus (Itanhaém, 14 de outubro de 1853 São Paulo, 31 de maio de 1927) foi pintor, desenhista, fotógrafo, professor, historiador, decorador, cartógrafo e astrônomo amador brasileiro e é considerado um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século XX. O artista manifesta a tendência para a pintura desde muito jovem. Em 1881, passa a residir em Santos, cidade que lhe serve de inspiração para vários quadros. Seu trabalho causou tamanho entusiasmo que a elite da cidade concede uma bolsa para que aprimore seus conhecimentos em Paris. É com o quadro Inundação da Várzea do Carmo (1892), que o artista consegue maior destaque: a crítica da época aponta a exatidão admirável com que representa a cidade de São Paulo e alguns de seus principais pontos. O artista realiza diversas obras para o Museu Paulista, sob encomenda de Afonso d'Escragnolle Taunay, sobretudo cenas da São Paulo antiga e paisagens. Para seus quadros históricos e religiosos, realiza estudos fotográficos preparatórios, para os quais se vale de minuciosa pesquisa histórica. As paisagens são a temática mais cara ao artista. Nessas obras, apresenta uma pintura lisa, com o uso de velaturas e um colorido sempre fiel às características locais, embora trabalhado de maneira bastante pessoal no uso dos verdes, azuis e ocres. Benedito Calixto, dispunha de amplo conhecimento sobre o litoral paulista, e atua ainda como cartógrafo, realizando ensaios de mapas de Santos, e como historiador, escrevendo sobre as capitanias paulistas de Itanhaém e São Vicente. Diferente da típica trajetória dos consagrados artistas brasileiros da época, Calixto não frequentou a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Começando como autodidata, teve sua formação em ateliês e escolas de arte do estado de São Paulo. Iniciou sua carreira como retratista na cidade de Brotas, no interior estado. Passou a realizar trabalhos de propaganda em Santos, onde teve seu talento reconhecido pela elite da cidade, através da Associação Comercial, que acabou por patrocinar a sua ida à França, onde estudou na Académie Julien, em Paris. Teve como mestres Gustave Boulanger, Lefebvre e Robert Fleury. Destaca-se em suas obras um gosto acentuado pelo tema regionalista. O artista preocupou-se em construir uma carreira voltada para organizações ligadas à esfera pública e seus interesses. A cidade foi a temática central em todos os seus domínios. A afinidade às tradições populares, cívicas e religiosas formam seu traço característico, tendo se dedicado, nos últimos anos de sua vida, à pintura histórica, de costumes regionais e temas religiosos. Com obras compostas por pinturas de cenas históricas, retratos de figuras históricas e personalidades, painéis decorativos e vistas das cidades, Calixto escreveu memórias históricas sobre São Paulo, Santos, Itanhaém e o litoral santista. O maior aspecto de sua obra se concentra nas paisagens e marinhas do litoral paulista. A fotografia foi grande aliada e importante referência para o artista em suas produções, utilizada para estudo de composição, registro de cenas, preparação de posturas e organização dos personagens que povoavam sua pintura. O artista também escreveu contos, como o intitulado Costumes de Minha Terra e manteve contribuição intensa com jornais locais, nos quais publicava diversos artigos. Apesar de encomendas de quadros religiosos e de temática histórica e documentarista serem o que lhe rendeu maior reconhecimento, a observação da natureza e telas de paisagens e marinhas continuaram a ser parte importante de sua produção. Além da pintura, Calixto mantinha grande interesse pela história do litoral. Tal interesse fez com que, em 1895, o artista se tornasse sócio do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), onde recebeu grande destaque pelas suas obras. A instituição também foi importante para a formação de seu pensamento historiográfico, na medida em que procurava honrar com integridade os fatos do passado. O artista escreveu diversos artigos para a revista da instituição, além de publicar livros e participar dos estudos que deram origem a um dos principais mapas que buscam reconstruir o processo de urbanização da cidade de Santos. Calixto foi também sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. O artista teve sua carreira profundamente identificada com a elaboração de uma iconografia paulista associada ao acervo do Museu Paulista, sob a direção de Afonso d'Escragnolle Taunay, e com a colaboração do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Benedito Calixto manteve a atividade de pintor, trabalhando em constantes encomendas, até sua morte. Sua última exposição foi realizada no mês de junho de 1926, no Teatro Coliseu de Santos, onde apresentou principalmente cenas históricas. Deixou aproximadamente mil pinturas e, como forma de manter e valorizar suas obras e sua memória, instalou-se em Santos a Pinacoteca Benedito Calixto, onde um centro de documentação de sua obra foi instalado.
  • JÓIA DE CRIOULA  Bela penca de balangandans em prata de lei. Composta por suporte com sete balangandãs. 18 cm de altura (sem considerar o tamanho da corrente). 440 gNOTA: NOTA: Rompendo com regras sociais e até leis, mulheres negras que compraram sua alforria encontraram em adornos feitos em ouro e prata a forma mais direta de afirmar sua identidade. Só para se ter uma ideia da ousadia delas, no Brasil do período colonial, os negros eram proibidos de usar tecidos finos e joias. A venda de produtos diversos pelas ruas, principalmente alimentos, foi a forma que elas encontraram não só para comprar a liberdade como também para bancar a ostentação. Eram as chamadas escravas de ganho. Entre os elementos pendentes, em sua maioria também em prata, os mais frequentes são a figa, a chave, as moedas, o cilindro, a romã, o cacho de uvas, o peixe e os dentes de animais, remetendo a diferentes tradições. As jóias das crioulas confeccionadas nos séculos XVIII e XIX, consistem em uma coleção de peças de joalheria, especificamente para serem usadas por mulheres negras ou mestiças, na condição de escravas, alforriadas ou libertas. Estes adornos são hoje, objetos de museu, apresentados como exemplares de um tipo muito particular de joalheria, sempre associados às crenças religiosas de suas usuárias, ou vinculados aos senhores de escravos, como exemplo paradigmático de comportamento destes indivíduos, que adornavam suas escravas com uma quantidade exacerbada de jóias de ouro para exibir poder e riqueza. Os escravos de ganho saíam para trabalhar, em tempo parcial ou integral e deviam entregar ao senhor uma parte previamente acertada entre ambos do dinheiro que recebiam por dia ou por semana. Alguns desses cativos não moravam na casa do seu proprietário. Os exemplos mais marcantes desses escravos ganhadores são os mascates de ambos os sexos, os carregadores que trabalhavam em grupo, os artesãos e as quitandeiras Nas novas condições, a melhor estratégia era acumular em jóia, os valores, que um dia, seriam suficientes para a compra de sua alforria, de seus filhos, de parentes e amigos, ou seja, a compra da sua liberdade e também, a dos seus entes queridos. Ou ainda, participando da rede de solidariedade estabelecida pelos escravos, doando suas jóias para caixa de alforrias (fundos comuns para a libertação de escravos). Esta é a principal razão de se classificar estas peças como um design de resistência, por estes adornos de corpo significarem a sobrevivência ao sistema escravocrata. Assim, a joalheria escrava simboliza a resistência destas mulheres a condição de mercadoria. Usar jóias como acessório era imprescindível à elegância da mulher negra, sendo um fato tão pujante que vários viajantes de passagem pela Bahia foram uníssonos em apontar esta peculiar característica, impactante ao ponto de determinar uma portaria real no ano de 1636: El-Rei, tendo tomado conhecimento do luxo exagerado que as escravas do Estado do Brasil mostram no seu modo de vestir, e a fim de evitar este abuso e o mau exemplo que poderia seguir-se-lhe, Sua Majestade dignou-se decidir que elas não poderiam usar vestidos de seda nem de tecido de cambraia ou de holanda, com ou sem rendas, com ou sem rendas, nem enfeites de ouro e de prata sobre seus vestuários. Com este luxo, as escravas causam uma baixa de moral nas capitanias, pervertem os homens brancos, do que resulta o cruzamento das raças e o aumento sempre crescente do numero de pessoas de cor, o que de modo algum é conveniente (Jóia Escrava: design de resistência Slave Jewel: resistances design- Ana Beatriz Simon Factum)
  • BELO LUSTRE EM VIDRO ARTÍSTICO .  A CÚPULA TEM BORDAS EM VERMELHO E O CORPO OPALINADO. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 51 X 34 CM
  • BELA SALVA EM PRATA DE LEI COM MARCAS DO PRATEIRO CLASSIFICADO POR MOITINHO COMO BR 27 (PAG 364) PSEUDO CONTRASTE DA CIDADE DO PORTO RELATADO EM MEADOS DO SEC. XIX. ELEGANTE EXECUÇÃO TEM GALERIA FENESTRADA COM FLORES E PLANO COM GUIRLANDA FLORAL EMODURANDO LAUREL.ASSENTE SOBRE TRÊS PÉS EM GARRA. BRASIL, MEADOS DO SEC. XIX. 35 CM DE DIAMETRO. 965 G.
  • BENEDITO CALIXTO   PANORAMA DA SERRA DO MAR NA DESCIDA PARA SANTOS COM ASPECTO DA FERROVIA SÃO PAULO RAILWAI (JUNDIAÍ SANTOS) E FUNICULAR DE PARANAPIACABA COM VIADUTO DA GROTA FUNDA. OST, ASSINADO NO CID E DATADO 1907. IMPRESSIONANTE E HISTÓRICO QUADRO PINTADO PELO GRANDE ARTISTA PAISAGISTA PAULISTA. ENTRE A LUXURIANTE VEGETAÇÃO DA SERRA DO MAR CALIXTO CAPTOU COM LUMINOSIDADE ESTONTEANTE A PAISAGEM MAGNIFICA DA SERRA CORTADA PELA FERROVIA SÃO PAULO RAILWAI. UMA LOCOMOTIVA COM COMPOSIÇÃO DESCE A SERRA PRESTES A ENTRAR NO TÚNEL. AO LONGE A VILA DE PARANAPIACABA, ACESSADA PELO FUNICULAR E O MAIOR DESAFIO DE ENGENHARIA PARA CONSTRUÇÃO DA FERROVIA: O VIADUTO DA GROTA FUNDA. ALIADO À BELEZA IMPAR DO LOCAL CALIXTO PARECE QUERER DESTACAR A ENGENHOSIDADE DA CONSTRUÇÃO QUE NA ÉPOCA FOI UM ASSOMBRO DE ENGENHARIA. UMA SEQUÊNCIA DE TUNEIS QUE TIVERAM DE SER CONSTRUIDOS SEM O AUXÍLIO DE EXPLOSIVOS POR CAUSA DA INSTABILIDADE DO TERRENO ABRILHANTA AINDA MAIS A VITÓRIA DO HOMEM SOBRE A SERRA, ATÉ ENTÃO INTRANSPONÍVEL. MAGNÍFICA MOLDURA! QUADRO DIGNO DA PINACOTECA, PRA SER HONESTO, O CALIXTO MAIS BONITO QUE JÁ VI! 43 X 33 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA)NOTA: O periódico carioca Jornal do Commercio, edição do dia 17 de novembro de 1886, relatou a passagem de D. Pedro II por Santos e São Vicente. E a partir dela, registramos aqui este interessante episódio relacionado a ferrovia São Paulo Railway e o Viaduto da Grota Funda.  Conta-nos o periódico: O imperador partiu da capital pelo trem da São Paulo Railway (SPR) às sete horas da manhã do dia 13 de novembro de 1886. Ainda que não estivesse chovendo, a cerração era forte no alto da Serra do Mar, o que impossibilitou a comitiva vislumbrar a bela paisagem panorâmica da Baixada Santista. Por outro lado, o que o mau tempo não impediu foi o impulso juvenil do monarca em realizar o desejo de atirar pequenas pedras do alto do maior viaduto da estrada de ferro, na Grota Funda. Ele ordenara os maquinistas a pararem a composição no meio do viaduto para verificar, alegremente, quanto tempo era gasto pelas pedrinhas na breve queda até o fundo do precipício. Após alguns minutos dispendidos na brincadeira, a viagem prosseguiu até Santos, onde a comitiva imperial foi recebida às 10 horas. A Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ), que da sua inauguração em 1867 até ao ano de 1946 foi denominada São Paulo Railway Company (SPR), foi uma ferrovia do estado de São Paulo. Ligava o município de Santos a Jundiaí, tendo como principal ponto de passagem a cidade de São Paulo.  Em 1859, Irineu Evangelista de Souza, junto com um grupo de pessoas, convenceu o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos. O trecho de 800 metros de altitude e 8 quilômetros de extensão da serra do Mar era considerado impraticável; por isso, Mauá foi atrás de um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees. Brunless veio ao Brasil e considerou o projeto viável; para executar o projeto, foi convidado Daniel Makinson Fox, engenheiro que havia acumulado experiência na construção de estradas de ferro através das montanhas do norte do País de Gales e das encostas dos Pireneus. Fox propôs que a rota para a escalada da serra deveria ser dividida em 4 declives, tendo cada uma a inclinação de 8%. Nesses trechos, os vagões seriam puxados por cabos de aço. No final de cada declive, seria construída uma extensão de linha de 75 metros de comprimento, chamada de "patamar", com uma inclinação de 1,3%. Em cada um desses patamares, deveria ser montada uma casa de força e uma máquina a vapor, para promover a tração dos cabos. A proposta foi aprovada por Brunless e a nova empresa para a construção da Funicular de Paranapiacaba foi criada: a "São Paulo Railway Company". No alto da serra foi implantada uma estação que serviu de acampamento para os operários, denominada de Paranapiacaba. Ela possibilitava a troca de sistema pelos trens.  A estrada foi aberta sem o auxílio de explosivos, pois o terreno era muito instável. A escavação das rochas foi feita apenas com cunhas e pregos. Alguns cortes chegaram a 20 metros de profundidade. Para proteger o leito dos trilhos das chuvas torrenciais foram construídos paredões de alvenaria, variando de 5 a 20 metros de altura, o que consumiu 230.000 metros cúbicos de alvenaria. A despeito de todas as dificuldades, a construção terminou 10 meses antes do tempo previsto no contrato, que era de oito anos. A "São Paulo Railway" foi aberta ao tráfego a 16 de fevereiro de 1867. O grande volume de café transportado para o Porto de Santos fez com que em 1895 se iniciasse a construção de um novo trecho para transposição da serra, paralelo ao antigo. Este trecho passou a ser conhecido como "Serra Nova", em contraposição ao pioneiro, denominado "Serra Velha". Para essa nova estrada foi utilizado um sistema endless rope, ou "corda sem-fim". Nesse sistema o percurso era dividido em cinco seções: em cada uma delas havia máquinas de 1000 cv instaladas em posições subterrâneas, embora estas máquinas não ultrapassassem a potência de 951 cv. Para cada composição que subia havia uma outra composição de peso próximo ou equivalente, de modo a contrabalançar as forças de subida e descida e desta maneira, permitir às máquinas fixas, um esforço mínimo. Em 1889 foram feitos os primeiros protestos contra o monopólio britânico sobre a rota do porto. Porém, este seria mantido até o ano de 1935, quando a Estrada de Ferro Sorocabana construiu uma Linha própria entre Mairinque e Santos. BENEDITO CALIXTO: Benedito Calixto de Jesus (Itanhaém, 14 de outubro de 1853 São Paulo, 31 de maio de 1927) foi pintor, desenhista, fotógrafo, professor, historiador, decorador, cartógrafo e astrônomo amador brasileiro e é considerado um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século XX. O artista manifesta a tendência para a pintura desde muito jovem. Em 1881, passa a residir em Santos, cidade que lhe serve de inspiração para vários quadros. Seu trabalho causou tamanho entusiasmo que a elite da cidade concede uma bolsa para que aprimore seus conhecimentos em Paris. É com o quadro Inundação da Várzea do Carmo (1892), que o artista consegue maior destaque: a crítica da época aponta a exatidão admirável com que representa a cidade de São Paulo e alguns de seus principais pontos. O artista realiza diversas obras para o Museu Paulista, sob encomenda de Afonso d'Escragnolle Taunay, sobretudo cenas da São Paulo antiga e paisagens. Para seus quadros históricos e religiosos, realiza estudos fotográficos preparatórios, para os quais se vale de minuciosa pesquisa histórica. As paisagens são a temática mais cara ao artista. Nessas obras, apresenta uma pintura lisa, com o uso de velaturas e um colorido sempre fiel às características locais, embora trabalhado de maneira bastante pessoal no uso dos verdes, azuis e ocres. Benedito Calixto, dispunha de amplo conhecimento sobre o litoral paulista, e atua ainda como cartógrafo, realizando ensaios de mapas de Santos, e como historiador, escrevendo sobre as capitanias paulistas de Itanhaém e São Vicente. Diferente da típica trajetória dos consagrados artistas brasileiros da época, Calixto não frequentou a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Começando como autodidata, teve sua formação em ateliês e escolas de arte do estado de São Paulo. Iniciou sua carreira como retratista na cidade de Brotas, no interior estado. Passou a realizar trabalhos de propaganda em Santos, onde teve seu talento reconhecido pela elite da cidade, através da Associação Comercial, que acabou por patrocinar a sua ida à França, onde estudou na Académie Julien, em Paris. Teve como mestres Gustave Boulanger, Lefebvre e Robert Fleury. Destaca-se em suas obras um gosto acentuado pelo tema regionalista. O artista preocupou-se em construir uma carreira voltada para organizações ligadas à esfera pública e seus interesses. A cidade foi a temática central em todos os seus domínios. A afinidade às tradições populares, cívicas e religiosas formam seu traço característico, tendo se dedicado, nos últimos anos de sua vida, à pintura histórica, de costumes regionais e temas religiosos. Com obras compostas por pinturas de cenas históricas, retratos de figuras históricas e personalidades, painéis decorativos e vistas das cidades, Calixto escreveu memórias históricas sobre São Paulo, Santos, Itanhaém e o litoral santista. O maior aspecto de sua obra se concentra nas paisagens e marinhas do litoral paulista. A fotografia foi grande aliada e importante referência para o artista em suas produções, utilizada para estudo de composição, registro de cenas, preparação de posturas e organização dos personagens que povoavam sua pintura. O artista também escreveu contos, como o intitulado Costumes de Minha Terra e manteve contribuição intensa com jornais locais, nos quais publicava diversos artigos. Apesar de encomendas de quadros religiosos e de temática histórica e documentarista serem o que lhe rendeu maior reconhecimento, a observação da natureza e telas de paisagens e marinhas continuaram a ser parte importante de sua produção. Além da pintura, Calixto mantinha grande interesse pela história do litoral. Tal interesse fez com que, em 1895, o artista se tornasse sócio do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), onde recebeu grande destaque pelas suas obras. A instituição também foi importante para a formação de seu pensamento historiográfico, na medida em que procurava honrar com integridade os fatos do passado. O artista escreveu diversos artigos para a revista da instituição, além de publicar livros e participar dos estudos que deram origem a um dos principais mapas que buscam reconstruir o processo de urbanização da cidade de Santos. Calixto foi também sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. O artista teve sua carreira profundamente identificada com a elaboração de uma iconografia paulista associada ao acervo do Museu Paulista, sob a direção de Afonso d'Escragnolle Taunay, e com a colaboração do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Benedito Calixto manteve a atividade de pintor, trabalhando em constantes encomendas, até sua morte. Sua última exposição foi realizada no mês de junho de 1926, no Teatro Coliseu de Santos, onde apresentou principalmente cenas históricas. Deixou aproximadamente mil pinturas e, como forma de manter e valorizar suas obras e sua memória, instalou-se em Santos a Pinacoteca Benedito Calixto, onde um centro de documentação de sua obra foi instalado.
  • ELEGANTE CESTA EM PRATA DE LEI COM BORDA RELEVADA COM CAPRICHOSOS CACHOS DE UVA E FOLHAS DE PARRA EM RELEVO. ALÇA SIMULANDO TRONCOS DE PARRA. 28 CM DE COMPRIMENTO. 625 G
  • GRANDE TINTEIRO EM PRATA DE LEI DECORADO COM FIGURA DA DEUSA GREGA NICE, A DEUSA DA VITÓRIA. A DEUSA É REPRESENTADA ASSENTE SOBRE GLOBO CINGINDO ESPADA E UMA PALMA. EM CADA LADO DA ESCULTURA UM GRANDE FRASCO PARA TINTA. PORTA PENAS NA PARTE ANTERIOR DO TINTEIRO. ASSENTE SOBRE TRÊS PÉS DECORADOS COM HOMEM VERDE. POSSUI ESCUDELA COM INICIAIS DR. JCR. EUROPA, SEC. XIX. 29 CM DE ALTURA. 715G
  • BELO TINTEIRO EM PRATA  DE LEI CONTRASATE CABEÇA DE MERCÚRIO DECORADO COM FIGURA FEMININA VESTIDA COM TRAJES CLÁSSICOS,  SENTADA SOBRE ROCHA. POSSUI DOIS FRASCOS LATERAIS PARA TINTA. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. FRANÇA, SEC. XIX. 25 CM DE COMPRIMENTO. 410 G.
  • JOAQUIM TENREIRO  PAISAGEM URBANA - OLEO SOBRE PLACA DE MADEIRA. QUADRO RETRATANDO METRÓPOLE. PRODUÇÃO CARACTERÍSTICA DA DECADA DE 40. NA PARTE ASSINADO CANTO INFERIOR ESQUERDO. NA PARTE DE TRÁS DA PLACA CARIMBO COM CACHE DO VENDEDOR DA PLACA ALVARO P. XAVIER SECÇÃO DE PINTURA MOLDURAS MATERIAS DE DESENHO RUA SÃO JOSÉ, 82 TEL. 227071. BRASIL, DEC. 1940. 36 X 45 CMNOTA: Joaquim Albuquerque Tenreiro (Melo Guarda, Portugal 1906 - Itapira SP 1992). Designer, escultor, pintor, gravador e desenhista. Filho e neto de marceneiros, aos dois anos de idade muda-se para o Brasil com a família, fixando residência em Niterói, Rio de Janeiro. Retorna a Portugal em 1914, onde ajuda o pai a realizar trabalhos em madeira e inicia aulas de pintura. Volta a viver no Brasil entre 1925 e 1927. Em 1928, transfere-se definitivamente para o Rio de Janeiro, passando a freqüentar o curso de desenho do Liceu Literário Português e faz cursos no Liceu de Artes e Ofícios. Em 1931, integra o Núcleo Bernardelli, grupo criado em oposição ao ensino acadêmico da Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Na década de 1940, dedica-se à pintura de retrato, de paisagem e de natureza-morta. Entre 1933 e 1943, trabalha como designer de móveis nas empresas Laubissh & Hirth, Leandro Martins e Francisco Gomes. Em 1942, realiza para a residência de Francisco Inácio Peixoto seu primeiro móvel moderno. Em 1943, monta sua primeira oficina, a Langenbach & Tenreiro e, alguns anos depois, inaugura duas lojas de móveis; primeiro no Rio de Janeiro e, posteriromente, em São Paulo. No final da década de 1960, Joaquim Tenreiro encerra as atividades na área da concepção e fabricação de móveis para dedicar-se, por mais 20 anos, exclusivamente às artes plásticas, principalmente à escultura. Em 1969, executa um painel para a Sinagoga Templo Sidon e, em 1974, dois painéis para o auditório do Senai, ambos na Tijuca.
  • LINDA MESA GUÉRIDON DE DOIS ESTÁGIOS EM MADEIRA COM PLACAS DE PORCELANA E RICA APLICAÇÃO DE BRONZE ORMOLU DISPOSTO EM GUIRLANDAS, MOLDURAS E JOELHEIRAS. ESTILO NAPOLEÃO III. BRONZE DE EXCEPCIONAL QUALIDADE. AS PLACAS DE PORCELANA TEM ASSINATURA PIERRE FAURÈ NA SUPERIOR E BARYE NA PLACA INFERIOR QUE TEM REPRESENTAÇÃO DE RETRATO DE DAMA. FRANÇA, SEC. XIX. 42 CM DE DIAMETRO POR 79 CM DE ALTURA.
  • CIA DAS INDIAS  LOUÇA DE CASAMENTO  RARA CREMEIRA DE MODELO DITO ELMO INVERTIDO EM PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS. REINADO JIAQING (1796-1820). BORDA COM BARRADO AZUL COBALTO RICAMENTE REMATADO EM OURO PRECEDIDO POR DUAS GUIRLANDAS ENTRELAÇADAS COM FEITIO HELICOIDAL SENDO UMA EM RELEVO PUNTIVORME EM AZUL REALÇADA em OURO E A OUTRA EM OURO COM FLORES E RAMAGENS. NO CORPO, RESERVA COM ESCUDO HERÁLDICO DECORADO COM FLORES REMATADO POR PÁLIO AZUL COM FRANJAS EM OURO. SPBRE O ESCUDO ASSENTAM-SE DOIS PÁSSAROS QUE REPOUSAM SOBRE CORONEL DE BARÃO. BASE COM GOMADOS FINALIZANDO EM É CIRCULAR DECORADO COM FRISO FORMADO POR ELEMENTOS GEOMÉTRICOS EM AZUL E OURO.  CHINA, SEC. XVIII. 16 X 14 CM
  • DOIS POLVORINHOS EM METAL DOTADOS DE DOSADORES PARA SAIDA DA PÓLVORA. AMBOS SÃO EUROPEUS. UM DELES TEM DECORAÇÃO RELEVADA COM BANDEIRAS, CANHÕES, MOSQUETES, PISTOLAS E LANÇAS, PROVAVELMENTE INGLES (21 CM DE ALTURA).O OUTRO TEM DECORAÇÃO RELEVADA DE FLOR DE LIZ, COM 16 CM DE ALTURA (PROVAVELMENTE FRANCÊS). PEÇAS BASTANTE COLECIONAVEIS E MUITO BONITAS! EUROPA, SEC. XIX.
  • CIA DAS INDIAS  COM VISTA PEQUENA  RARA CREMEIRA DE MODELO DITO ELMO INVERTIDO EM PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS. REINADO JIAQING (1796-1820). BORDA COM BARRADO EM RICO OURO REMATADO POR LINHAS ROUGE DE FEUR FORMANDO ELEMENTOS GEOMÉTRICOS. O BARRADO É REALÇADO POR FRISO EM AZUL COBALTO E DECORADO COM RESERVAS COM ELEMENTOS FLORAIS, PÁSSAROS E PAISAGENS. NO CORPO MEDALHÃO COM VISTA PEQUENA REPRESENTANDO PAISAGEM EUROPÉIAS. BASE GOMADA FINALIZANDO EM PÉ CIRCULAR.  CHINA, SEC. XVIII. 16 X 11 CM
  • TESOURA PARA CORTAR UVA EM PRATA DE LEI TEOR 800 , CABO COM FEITIO DE PARAS E CACHOS  DE UVA  . ITALIA , sec. XX. 16 cm de comprimento.
  • CIA DAS INDIAS - CANTÃO BELA TRAVESSA DE FEITIO OVAL CONSTRUÍDA EM PORCELANA UNDERGLAZE DO PERÍODO QIANLONG (1736-1795). BORDA COM BARRADOS EM AZUL FORMADOS POR FIGURAS GEOMÉTRICAS. RESERVA COM CENAS LACUSTRES, COM BARCOS, PONTE E PAGODES. CHINA, SEC. XVIII. 28 CM DE COMPRIMENTO.
  • CIA DAS INDIAS - CANTÃO BELA TERRINA  DE FEITIO  RETANGULAR CONSTRUÍDA EM PORCELANA UNDERGLAZE DO PERÍODO QIANLONG (1736-1795). BORDA COM BARRADOS EM AZUL FORMADOS POR FIGURAS GEOMÉTRICAS. RESERVA COM CENAS LACUSTRES, COM BARCOS, PONTE E PAGODES.  TAMPA TEM FEITIO DE  FRUTO. CHINA, SEC. XVIII. 25  CM DE COMPRIMENTO.
  • COMPANHIA DAS INDIAS - BELA TRAVESSA COMPANHIA DAS INDIAS DO PERIODO QIANLONG (1736-1795). BORDA RETICULADA DECORADA NA EXTREMIDADE COM BARRADO EM OURO SUCEDIDO POR UM ROUGE DE FEUR. AS RETÍCULAS TEM RESERVAS CIRCULARES REMADAS EM OURO. CHINA, SEC. XVIII. 28 CM DE COMPRIMENTO.

672 Itens encontrados

Página: