Peças para o próximo leilão

672 Itens encontrados

Página:

  • PEKIM - BELO TAPETE ORIENTAL EM LÃ URDIDO MANUALMENTE. ELEGANTE PADRONAGEM E TONALIDADES EM AZUL, CREME, VERDE E SALMÃO. CHINA, MEADOS DO SEC. XX. 250 X 173 CM
  • CÔMODA ALTA EM JACARANDÁ ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I. DOTADA DE TRÊS GAVETÕES SUPERPOSTOS E TRÊS GAVETAS JUSTAPOSTAS. ESPELHOS DE FECHADURA E PUXADORES REMATADOS EM OSSO. A CÔMODA É INCOMUM PELO ALTURA E PELA QUALIDADE. TEM TODAS AS CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS PARA UMA CÔMODA DONA MARIA DE ÉPOCA. BRASIL, INICIO DO SEC. XIX. 133 (H) X 128 (C) X 61 (P) ESSE MÓVEL PRECISA SER RETIRADO  NO CONDOMÍNIO DOIS  ALPHAVILLE SÃO PAULO
  • CARLOS SCLIAR (FORMA PAR COM A OFERTADA NO LOTE A SEGUIR)  BULE E DUAS FRUTAS NO PRATO. VINAVIL E COLAGEM. TITULADA, DATADA 15/2/69  E LOCALIZADA NA CIDADE DE CABO FRIO PELO ARTISTA QUE ASSINOU NO VERSO DA OBRA. TEM SELO DE PARTICIPAÇÃO NA EXPOSIÇÃO DE RETROSPECTIVA DO ARTISTA REALIZADA EM 1970 NO MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO (MAM/RJ) COM NUMERO DE REGISTRO 435 E REGISTRO DA PROPRIEDADE DO ARTISTA.  A OBRA É LINDA, COM MOLDURA ESPETACULAR TIPO FLUTUANTE COM PERFIL EM JACARANDÁ. CABO FRIO, 1969, 75 X 55 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA). COM ELA 87 X 108 CMNOTA: Carlos Scliar (Santa Maria, RS, 1920 - Rio de Janeiro, RJ, 2001). Pintor, desenhista, gravador, ilustrador, cenógrafo, roteirista, designer gráfico. É aluno de Gustav Epstein em 1934, em Porto Alegre. Participa da fundação da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, em 1938. Reside em São Paulo entre 1939 e 1947 quando integra a Família Artística Paulista-FAP. O primeiro livro de litografias, Fábula, é publicado em 1942. Atua também como cenógrafo e ilustrador, escreve e dirige o documentário Escadas sobre os pintores Azpad Szenes e Vieira da Silva, em 1044. Participa da Segunda Guerra Mundial, convocado pela Força Expedicionária Brasileira.Entre 1947 e 1950, quando vive em Paris, toma contato com Leopoldo Méndez, gravador mexicano. Funda com Vasco Prado, o Clube de Gravura de Porto Alegre, quando retorna ao Brasil. Em 1956, passa a residir no Rio de Janeiro e lá é diretor do departamento de arte da revista Senhor entre 1958 e 1960. Em 1962 funda a editora Ediarte junto com os colecionadores Gilberto Chateaubriand, Carlos Nicolaievski, Michel Loeb e o pintor José Paulo Moreira da Fonseca. Os desenhos de Scliar sobre a guerra são publicados em 1969 sob o título Caderno de Guerra de Carlos Scliar. Nos anos 1970 executa painéis para a prefeitura de Porto Alegre. A mostra Ouro Preto, Saudades de Quem Te Ama percorre diversas capitais brasileiras nos anos 1990 e 1999 marca o lançamento do álbum de serigrafias 1500/2000- A Redescoberta do Brasil. Na obra de Carlos Scliar nota-se a influência de Candido Portinari e Lasar Segall assim como proximidade com o expressionismo. Durante os anos 1940 dedicou-se à gravura, especialmente a litografia e linóleo. Durante sua participação na Segunda Guerra, produziu uma centena de desenhos em nanquim. Dedicou-se também à pintura e à colagem e tem como tema recorrente a natureza-morta dialogando com Morandi, Picasso e Braque.
  • RARA SAPATA DE MONTARIA FEMININA EM PRATA DE LEI RICAMENTE CINZELADA COM MOTIVOS VEGETALISTAS E REPUXADA. AS SAPATAS DE MONTARIA FEMININA ERAM USADAS POR MULHERES DA ELITE QUE CAVALGAVAM COMO DEVERIAM AS DAMAS, PERNAS DE UM ÚNICO LADO DO CAVALO FIRMADAS NA SELA PRÓPRIA DENOMINADA CILHÃO DE ONDE PENDIA ESSE ESTRIBO CHAMADO SAPATA. OS HOMENS USAVAM SAPATAS DUPLAS PORQUE CAVALGAVAM COM AS PERNAS ENTRE A CELA. (DOS DOIS LADOS DO CAVALO). BRASIL, INICIO DO SEC. XIX. 22 CM DE COMPRIMENTO.
  • CARLOS SCLIAR (FORMA PAR COM A OFERTADA NO LOTE A SEGUIR)  COMPOSIÇÃO FECHADA. VINAVIL E COLAGEM. TITULADA, DATADA 19/2/69  E LOCALIZADA NA CIDADE DE CABO FRIO PELO ARTISTA QUE ASSINOU NO VERSO DA OBRA. TEM SELO DE PARTICIPAÇÃO NA EXPOSIÇÃO DE RETROSPECTIVA DO ARTISTA REALIZADA EM 1970 NO MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO (MAM/RJ) COM NUMERO DE REGISTRO 439 E REGISTRO DA PROPRIEDADE DO ARTISTA.  A OBRA É LINDA, COM MOLDURA ESPETACULAR TIPO FLUTUANTE COM PERFIL EM JACARANDÁ. CABO FRIO, 1969, 75 X 55 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA). COM ELA 87 X 108 CM
  • FLOW BLUE  GRANDE SOPEIRA EM FAIANÇA COM DECORAÇÃO ABBEY. FEITIO SEXTAVADO. TEM A PARTICULARIDADE DE POSSUIR A CONCHA ORIGINAL, UMA GRANDE RARIRADE! INGLATERRA, MEADOS DO SEC. XIX.  36 CM DE COMPRIMENTO.(um bicado na base)
  • RICO PAR DE TOCHEIROS LITÚRGICOS EM MADEIRA RECOBERTA EM OURO. DECORADO COM FOLHAS DE ACANTO. BASE DE FEITIO TRÍPODE. BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 56 CM DE ALTURA
  • JOHANN ZOFFANY - ESTUDO PARA O RETRATO DE FERNANDO I, DUQUE DE PARMA E PLACÊNCIA, (1751-1802) OLEO SOBRE CANVAS - 1778. OBRA IMPORTANTE NA CARREIRA DO ARTISTA, QUE TEM OBRAS NA COMO A NATIONAL GALLERY, EM LONDRES, E NA TATE GALLERY. A OBRA FINAL ESTA NA GALERIA NACIONAL DE PARMA (https://www.wga.hu/html_m/z/zoffany/borbone.html). A PINTURA É UM ESTUDO DO CÉLEBRE RETRATO DE FERDINANDO, DUQUE DE PARMA, NETO PREFERIDO DE LUÍS XV DA FRANÇA. O DUQUE USA O CORDÃO DA ORDEM FRANCESA DE SAINT-ESPRIT SOBRE A ORDEM DAS DUAS SICÍLIAS DE SAN GENNARO, O TOSÃO DE OURO. AO FUNDO, UMA VISTA DA CIDADE DE PARMA. JOHANN ZOFFANY TEM ORIGEM ALEMÃ MAS TRABALHOU PRINCIPALMENTE NA INGLETERRA, SUAS OBRAS ATINGEM CENTENAS DE MILHARES DE LIBRAS EM LEILOES INTERCIONAIS COMO O DA PRESTIGIADA CASA CRHISTIES (VIDE EM: https://www.christies.com/lotfinder/Lot/johann-zoffany-ra-1733-1810-the-misses-4295722-details.aspx). NOTA: FERNANDO I era filho de Filipe I de Parma e Luísa Isabel da França, nasceu no Palácio Ducal de Colorno, era considerado o neto favorito do rei Luís XV da França. Sendo neto por via masculina do rei Filipe V de Espanha, era também Infante de Espanha. Em 1748, Luísa Isabel regressou a Versalhes em dezembro de 1748, a caminho de Parma, para visitar seu pai o Rei Louis XV, ela era sua filha favorita . Ficou durante cerca de um ano, durante o qual veio a conhecer e entender Madame de Pompadour, ao contrário da mãe e dos irmãos, que odiavam a amante do rei. Durante este primeiro regresso ao seu país natal, um membro da corte descreveu Luísa Isabel como "encantadora", com "olhos penetrantes" e "inteligência expressa". Outro observador, menos favorável, afirmou que ela era "uma jovem bem-dotada, amadurecida pela maternidade". Luísa Isabel chegou a parma em outubro de 1749, trazendo consigo os costumes da corte francesa.  Em 1765, Filipe I de Parma morreu e Fernando subiu ao trono do Ducado de Parma e Placência com apenas 14 anos de idade. No mesmo ano, o arquiduque José da Áustria, cedendo as pressões de sua mãe, a imperatriz Maria Teresa da Áustria, pretende se casar novamente. Maria Luísa, irmã da falecida Isabel de Parma é escolhida como a pretendente. Esta união não veio a concretizar por que Maria Luísa tinha sido prometida ao Infante Carlos de Espanha futuro Rei de Espanha como Carlos IV de Espanha. Sob a influência de sua mãe, Fernando foi educado pelo abade Étienne Bonnot de Condillac e por Auguste de Keralio, ambos eram fortes apoiadores das idéias iluministas francesas, mas não necessariamente bons tutores. Desde 1759 que o ducado foi governando por Guillaume Du Tillot, o ministro instalado pela França. Tal como outras monarquias católicas (Portugal, França e Espanha), Fernando expulsou os jesuítas mas dada a sua extrema religiosidade, resistiu até 1768. À sua chegada, Maria Amália pretendeu substituir a anterior influência franco-espanhola pela da sua terra natal, opondo-se frontalmente ao primeiro-ministro. Apesar da oposição da França, da Espanha e até da Áustria, este é substituído por um novo ministro, o espanhol José Augustin de Llano, fortemente empenhado em melhorar a situação financeira do ducado, dada a vida desordenada do casal ducal. Mal acolhido, o ministro espanhol foi demitido (1772), o que provocou um breve corte de relações entre as três potências e Parma. A reconciliação tem lugar alguns meses mais tarde aquando do nascimento do príncipe herdeiro. Com as alterações trazidas pela Revolução Francesa e a execução dos seus cunhados, os reis de França, de quem Maria Amália era próxima, fazem dos duques de Parma inimigos irredutíveis dos revolucionários. Apesar de Fernando se declarar neutral, assinou um pacto secreto com a Áustria, em 13 de maio de 1794. En 1796, Napoleão Bonaparte, a quem fora designado o exército de Itália, ocupou Placência, Parma e, por fim, Milão. São impostas fortes contribuições e o ducado passou a permitir a passagem das tropas estrangeiras. Pelo Tratado de Aranjuez, celebrado em 21 de março de 1801 entre a França e a Espanha, confirmando os termos do terceiro Tratado de Santo Ildefonso. Adicionalmente, Fernando concordou em ceder o Ducado de Parma (com Placência e Guastalla) à França. O filho de Fernando, Luís, recebia o Grão-ducado da Toscana, que se tornaria o Reino da Etrúria. Fernando III, o grão-duque Habsburgo da Toscana, foi compensado com os territórios secularizados do Arcebispado de Salzburgo, redenominado Eleitorado de Salzburgo. Fernando morreu em Parma com a idade de 51 anos, suspeitando-se sue tenha sido envenenado embora as autoridades francesas atribuam as causas da morte a outras razões. No leito da morte, ele designa o seu filho Luís (que se encontrava em Espanha) como sucessor, nomeando um conselho de regência presidido pela sua mulher Maria Amália, que se opunha firmemente aos termos do Tratado de Aranjuez, no que respeitava ao seu ducado. A regência durou apenas alguns dias e o Ducado de Parma foi anexado à França.
  • BELA ESCULTURA EM PRATA DE LEI COM FEITIO DE PEIXE ARTICULADO. OLHOS EM VERMELHO. ESPANHA, MEADOS DO SEC. XX. 22 CM DE COMPRIMENTO.
  • MAJESTOSO PALITEIRO DE BANQUETE EM PRATA DE LEI  MARCAS PARA CIDADE DO PORTO REGISTRADA EM 1810 E PRATEIRO DO MESMO PERÍODO REFERENCIADO POR MOITINHO COMO MARCA P52 COM DATA ENTRE 1810-1818 (PAG 236). REPRESENTA A DEUSA VITÓRIA QUE SEGURA DUAS SERPENTES QUE SUSTENTAM COROA DE LOUROS. BASE TEM LAURÉIS EM COROA. A QUALIDADE É MAGNÍFICA A DEUSA TEM CABELOS ELABORADOS E BELISSIMOS. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS DE GARRA E BOLA. PORTUGAL, INICIO DO SEC. XIX. 38 CM DE ALTURA. 850 G
  • ANTIGO REBENQUE COM CABO EM PRATA DE LEI. TRABALHO REGIONAL COM DECORAÇÃO CINZELADA EM ROCAILLES VEGETALISTAS. BRASIL, SEC. XIX. 27 CM DE COMPRIMENTO (CABO).
  • BELA CÔMODA DE LINHAS RETAS ESTILO DIRETÓRIO FRANCÊS. DOTADA DE TRÊS GAVETAS COM PUXADORES EM BRONZE SIMULANDO LAURÉIS. MARCAS DA MAISON KRIEGER A. DAMON & COLIN. STO ANTOINE, 74 PARIS. FRANÇA, DEC. 1860.
  • GRANDE E BELO PERFUMADOR COM FEITIO DE ABACAXI. O FRUTO SE ABRE COM TAMPA BASCULANTE PARA ACOMODAR AS ERVAS AROMÁTICAS A SEREM QUEIMADAS. ASSENTE SOBRE LINDA BANDEJA ESTILO DOM JOÃO V. PEÇA RARA E IMPORTANTE DA OURIVESSARIA BRASILEIRA COLONIAL. BAHIA, SEC. XVIII. 30 CM DE ALTURA. 1235 G
  • GRANDE CAIXA EM PORCELANA COM FUNDO NA TONALIDADE AZUL ROYAL. ARREMATE EM OURO. TAMPA TEM GRANDE RESERVA EMOLDURADA EM OURO COM CENA IDÍLICA. ASSINADA PELO ARTISTA AUBÈ. FRANÇA, SEC. XIX.21 CM DE DIAMETRO
  • EMILIANO DI CAVALCANTI -  RETRATO DE PAULO DA SILVA PRADO (1869-1943). DÉCADA DE 20. OST.  ASSINADO CANTO INFERIOR DIREITO. 64 X 52 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA COM ELA 86 X 74 CM. ROGAMOS ESCUSAS A NOSSOS CLIENTES PARA RELATAR QUE ESSE QUADRO FOI ARREMATADO EM NOSSO LEILÃO REALIZADO NO DIA 10/03/2020, NA VÉSPERA DAS PRIMEIRAS MEDIDAS RESTRITIVAS EM RAZÃO DA PANDEMIA. FOI INTENSAMENTE DISPUTADO E ARREMATADO NA SALA POR UM CLIENTE, DECORRIDO O PRAZO PARA PAGAMENTO O MESMO NÃO HONROU SEU COMPROMISSO DE ARREMATAÇÃO ALEGANDO INSEGURANÇA POR CAUSA DO NOVO CORONAVÍRUS. POR ISSO ESTA SENDO NOVAMENTE APREGOADO COM A MESMA BASE INICIAL. TOMO A LIBERDADE DE RELATAR O OCORRIDO POR NOSSO COMPROMISSO DE RELAÇÃO DE VENDA TRANSPARENTE MAS PRINCIPALMENTE PELA AFRONTA QUE ESSA OBRA TÃO EMBLEMÁTICA DA CARREIRA DE DI CAVALCANTE SOFREU NESSE EPISÓDIO. DURANTE A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922  O PINTOR DI CAVALCANTE (1897-1976) DESABAFA A MÁRIO E OSWALD DE ANDRADE: "NÃO É VERGONHA SER POBRE E SER BOÊMIO, DIGAM LOGO A PAULO PRADO QUE ME FALTA DINHEIRO PARA PAGAR O HOTEL, E QUE ELE COMPRE UNS DESENHOS MEUS, UM QUADRO, O QUE ELE QUISER, PARA ME SUSTENTAR AQUI EM SÃO PAULO, POR UM MÊS". A FALA DE DI CAVALCANTE DEMONSTRA AS MINÚCIAS POR TRÁS DE UM FATO INCONTESTÁVEL DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922, O MOVIMENTO QUE MUDOU A FEIÇÃO DA ARTE E DA POESIA BRASILEIRA: O GRANDE REALIZADOR, PATROCINADOR E FIADOR DO MOVIMENTO JUNTO A ELITE PAULISTA FOI O EMPRESÁRIO E ENSAÍSTA DA FORMAÇÃO SOCIAL DO BRASIL,  PAULO DA SILVA PRADO. NÃO É POR ACASO QUE O MODERNISTA MÁRIO DE ANDRADE EM SUA OBRA O MOVIMENTO MODERNISTA CONSIDERA PAULO PRADO  O FAUTOR VERDADEIRO DA SEMANA DE ARTE MODERNA, SENDO A ÚNICA PESSOA IMPRESCINDÍVEL PARA A REALIZAÇÃO DO EVENTO, POIS GRAÇAS A ELE O MOVIMENTO GANHOU EXPRESSÃO SOCIAL. PAULO PRADO NÃO LIMITOU-SE SOMENTE A FIGURA FINANCIADORA DA SEMANA DE 22, CÂNDIDO MOTTA FILHO RELEMBRA UM DIÁLOGO NO QUAL O POETA RONALD DE CARVALHO COMENTA QUE A REUNIÃO MODERNISTA ESTAVA CHEIA DE PASSADISTAS, AO QUE PAULO PRADO TERIA RESPONDIDO : ISSO NÃO TEM IMPORTÂNCIA. O IMPORTANTE É A REUNIÃO ! . O PRIMORDIAL ERA DESAFIAR UM GOSTO CONSOLIDADO COM ALGO DIFERENTE DAQUILO QUE A ACADEMIA ENSINAVA OU, AO MENOS, TENTAR FAZÊ-LO. NESSE SENTIDO, SE A INTENÇÃO DELIBERADA DO EVENTO ERA CHOCAR, DE FATO, A PLATÉIA SAIU DE LÁ, NO MÍNIMO, INCOMODADA, COMO DEMONSTRAM AS VAIAS E GRITOS DE DESAPROVAÇÃO. INCLUSIVE, CONTA GERALDO FERRAZ, ERA PAULO PRADO QUEM GRITAVA, AO CALOR DAS VAIAS DO PÚBLICO, SUGESTÕES PARA DOMINAR O ALVOROÇO E PROSSEGUIR SEM PROBLEMAS COM O EVENTO. NÃO É POSSIVEL PENSAR NA ARTE BRASILEIRA EM TODO SEC. XX SEM RECUPERAR O PAPEL DE PAULO PRADO EM SUA FORMAÇÃO. ELE NÃO SÓ FOI O GRANDE MECENAS DO MODERNISMO E DA SEMANA DE ARTE MODERNA QUANTO GARANTIU AO MOVIMENTO O APOIO DAS ELITES PAULISTAS, A OLIGARQUIA CAFEICULTORA. ALÉM DISSO SUA VASTA OBRA LITERÁRIA TRAZ UMA COMPREENSÃO INÉDITA ATÉ ENTÃO DAS RAÍZES DA FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO E SUA CULTURA. NÃO É EXAGERO DIZER QUE ESTA OBRA HORA APREGOAGA ENCERRA TODO O SENTIDO DA TRANSIÇÃO DO BRASIL COMO UM REPETIDOR DA ARTE EUROPÉIA CLÁSSICA ACADÊMICA PARA UM PAÍS QUE PASSA A FORMAR SEU PRÓPRIO CONCEITO DE ARTE NAICONAL A PARTIR DO  VERDADEIRO CONCEITO DE BRASILIDADE.  NOTA: Bisneto do Barão de Iguape, Paulo Prado foi criado no seio de uma tradicional família paulista ligada à produção do café. Em fins do século XIX, a família Prado não somente é a maior produtora de café da época, como também exerce importante papel na direção do país, nas campanhas da abolição e de imigração, assim como na lavoura, pecuária, indústria e transportes. Paulo Prado incorpora o capital familiar sob suas diversas formas - cultural, econômica, social e política - em um período de transição da Monarquia à República, da escravidão negra à mão-de-obra livre, do apogeu da exportação do café aos primórdios da industrialização. Graduado na última turma do Império, em 1889, vê desaparecer, com a proclamação da República, o ambiente que lhe é familiar, fechando-se as portas para a provável carreira política que teria seguido como primogênito da família. Paulo da Silva Prado nasceu em 20 de maio de 1869, na Rua da Consolação, na cidade de São Paulo. Filho de Antônio da Silva Prado e Maria Catarina da Costa Pinto e Silva. Era neto do Conselheiro Antônio Prado e Bisneto de Dona Veridiana Silva Prado, a grande dama do segundo império na cidade de São Paulo. Desde a infância recebeu uma educação reservada e própria aos membros da elite local, com ênfase no desenvolvimento cultural, aprendizado de línguas estrangeiras, dança e piano. Em 1889, após se formar em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, Prado viajou, na companhia do tio Eduardo Prado (1860-1901), a Paris, onde teve contato com os intelectuais da Geração de 70. O círculo de amigos de Eduardo Prado era composto de nomes ilustres como: Eça de Queirós (1845-1901), Graça Aranha (1868-1931), Afonso Arinos de Melo Franco (1868-1916), Oliveira Martins (1845-1894), Barão do Rio Branco (1845- 1912), Olavo Bilac (1865-1918), entre outros. O regresso ao Brasil foi marcado pela necessidade de assumir os negócios da família; assim, se tornou presidente da maior empresa de exportação de café do país, a Casa Prado, Chaves & Cia, tarefa na qual se deteve até a morte, em 1943. A pluralidade da figura de Paulo Prado fez com que tivesse prestígio no ramo empresarial e, ao mesmo tempo, se destacasse como colaborador de importantes periódicos paulistas, como O Estado de S. Paulo, Correio da Manhã, Jornal do Comércio e Revista do Brasil, além de ter participação ativa na fundação de importantes revistas modernistas (Klaxon, Terra Roxa e outras terras e Revista Nova) e no próprio movimento da Semana de Arte Moderna.  Nesta mesma época, Paulo Prado foi peça chave da organização e financiamento da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, e foi apontado por Mário de Andrade como o fautor verdadeiro para a ocorrência do movimento de 22. Em sua residência, onde vivia com a francesa Marie Noemi Alphonsine Lebrun, conhecida como Marinette, na avenida Higienópolis, 31, promovia o encontro do grupo de artistas e intelectuais, sempre com grande fartura de alimentos e bebidas. E foi em seus salões que surgiu a idéia para realização da Semana de Arte Moderna.  É preciso dizer que Paulo Prado não agiu como um mecenas extravagante e inconsequente ao promover a Semana de Arte Moderna; de fato o autor compreendia o movimento como fruto de uma mobilização da sociedade paulista, de sua elite e dos artistas que a compunham. Ademais, era comum à época o incentivo e patrocínio de empresários e notáveis aos grandes espetáculos e exposições de obras artísticas. Observamos que no caso de Prado a distinção estava em promover a manifestação modernista sem o apoio majoritário da sociedade da época. Em Nacional Estrangeiro, Sérgio Miceli enfatiza a importância do apoio de Paulo Prado para o sucesso do movimento modernista de 22, já que se tratava de um respeitado nome da sociedade aristocrata conservadora da época. Já havia também incontestável relação de Paulo Prado com o grupo que promove a Semana de 1922 tomando o campo das relações pessoais. Lembremos que Prado é padrinho por parte da noiva, ao lado de Olívia Guedes Penteado, do casamento de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, em 1926. Além disso, Oswald não somente é prefaciado por Prado em sua Poesia Pau Brasil (1925), como lhe dedica Memórias Sentimentais de João Miramar (1924) ; enquanto Mário confessa em um prefácio inédito ter escrito Macunaíma (1928) a partir da leitura dos rascunhos de Retrato do Brasil, lançado no mesmo ano. Temos aí constituída uma parceria de afinidades que sinalizam o lastro social no qual se entranhava o entrosamento ideal perseguido pelos modernistas, entre cultura, política e mundanismo Lembremos que Paulo Prado teve também atuação decisiva em vários episódios que atuaram como prelúdios da Semana de 1922. A maioria dessas atividades públicas por ele organizadas e financiadas foram realizadas no Teatro Municipal de São Paulo, cuja construção representa uma grande marca da administração de seu pai como prefeito da cidade. São Paulo, dizia Antônio Prado, não tinha vida social. Era necessário estimulá-la intensamente, por todos os meios e em todas as classes da população. Sem o que nunca passaria de um quieto burgo do interior. O projeto do teatro paulistano foi encomendado a Cláudio Rossi (1850-1935), arquiteto da família Prado, que teve que viajar à Europa para pesquisar e adquirir o material apropriado. Construído em um terreno que pertencia a Companhia Antártica Paulista, ligada empresarialmente a família Prado, que lhe fornecia os vasilhames da Vidraria Santa Marina, o Teatro Municipal de São Paulo tornou-se um reduto privilegiado de eventos de atualização da consciência artística e cultural, que têm lugar anos antes da famosa Semana de Arte Moderna. Em 1917 adquire um quadro na histórica exposição de Anita Malfatti, em 1917, travando, ao que parece, seu primeiro contato com os futuros participantes de Semana de Arte Moderna. Esse contato com os jovens brasileiros será aprofundado em Paris, o que não soa estranho. Afinal, os arredores da Place de Clichy, no início do século XX, se transformam, nos termos de Paulo Prado, no umbigo do mundo. Na década de 1920, Paris e sua efervescência cultural atraíam artistas e mecenas de todos os lugares do mundo. No caso dos artistas brasileiros, lá estavam Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral (1886-1973), Anita Malfatti (1889-1964), Victor Brecheret (1894-1955), Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), entre outros, muitos deles patrocinados por Paulo Prado, como Brecheret, Di Cavalcanti e Villa-Lobos. Paulo Prado aparece aqui, já em idade madura, como um importante mediador entre São Paulo e Paris. Ninguém mais do que Paulo Prado, contam os amigos, apreciava os prazeres da vida parisiense : o ateliê do pintor Fernand Léger (1881-1955), os quadros de Pablo Picasso (1881-1973) da casa de Madame Eugenia Errazuriz (1858-1951) e as obras pré-modernistas do marchand Ambroise Vollard. Prado chega a escrever uma carta de Paris a Mário de Andrade (18931945) só para fazer inveja, pois estava em frente a dois grandes Picassos, que são um encanto  Sobre ele Gylberto Freire escreveu: Curiosa figura a desse Paulo Prado, amigo do velho Henry Shorto é capaz de discutir durante horas, com banqueiros e fazendeiros, os pormenores mais prosaicos dos problemas do café paulista, é ao mesmo tempo procurado para as mais platônicas deste mundo por velhos esquisitos da marca de Capistrano de Abreu, por modernistas do arrojo experimental de Mário de Andrade, por pintores da audácia poética de Cícero Dias. Quem daqui a meio século estudar a personalidade e a vida de Paulo Prado se espantará de certo ao ver seu nome associado ao mesmo tempo ao movimento modernista e ao Departamento Nacional do Café.
  • WALT -  MAJESTOSO RELÓGIO COM SUA PEANHA CONSTRUÍDO EM MADEIRA POLICROMADA DECORADA COM ESMALTES E ARREMATES EM BRONZE ORMOLU. ESTILO LOUIS XV. FUNDO NA TONALIDADE AZUL DECORADA COM FLORES E FOLHAS DE ACANTO. BRONZE DE EXCELENTE QUALIDADE! PÊNDULO DO TIPO SOL. FUNCIONAMENTO A CORDA COM DELICADA SONERIA. RELÓGIO REALMENTE MAGNIFICO E BELÍSSIMO! INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 93 CM DE ALTURA TOTA. 68 CM DE ALTURA SOMENTE O RELOGIO. 40 CM DE COMPRIMENTO (PEANHA)
  • ROYAL DUX  MUITO GRANDE ESCULTURA EM FAIANÇA POLICROMADA COM FEITIO DE CESTA COM PERSONAGEM FEMININO ESTILO ART NOUVEAU. MARCAS DA MANUFATURA PARA A DÉCADA DE 1920. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO!  ÁUSTRIA, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 47 CM DE COMPRIMENTO.
  • MURANO - MAJESTOSO LUSTRE EM BRONZE E VIDRO ARTÍSTICO DE MURANO. DECORADO COM FOLHAS DE PARRAS EM BRONZE COM CACHOS DE UVA EM VIDRO ARTÍSTICO DE MURANO NAS TONALIDADES VERDE E TRANSLÚCIDO. NA PARTE INFERIOR PRATO COM NUANCES EM VERDE. PEÇA BELÍSSIMA E IMPONENTE. DOTADA DE 10 BRAÇOS. ITALIA, INICIO DO SEC. XX. 90 X 84
  • LUCA MADRASSI (TRICESIMO 1848  PARIS 1919)  LE BLE  LINDA ESCULTURA EM PETIT BRONZE INTITULADA LE BLEU. ASSINADA PELO ARTISTA COM SELO DA FUNDIÇÃO. BASE EM MÁRMORE VERDE ALPI. FRANÇA, INICIO DO SEC. XX.55 CM DE ALTURANOTA: Luca Madrassi  foi um artista francês nascido na Itália, mais conhecido por suas esculturas de bronze Art Nouveau de figuras mitológicas, alegóricas e rústicas. Seu trabalho foi influenciado pelo famoso ilustrador e escultor francês Gustave Doré . Nasceu em 8 de junho de 1848 em Tricesimo, Itália, e estudou com Pierre-Jules Cavelier na École des Beaux-Arts de Paris e mais tarde trabalhou no ateliê de Doré. Madrassi expôs no Salon de la Sociéte des Artistes Français a partir de 1879, tornando-se cidadão francês em 1890. O artista faleceu em 1919 em Paris, França.
  • CÔMODA EM JACARANDÁ ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I. DOTADA DE DOIS GAVETÕES SUPERPOSTOS E DUAS GAVETAS JUSTAPOSTAS. ESPELHOS DE FECHADURA E PUXADORES REMATADOS EM OSSO. EXCEPCIONAL FORNITURE BRASILEIRA.TEM TODAS AS CARACTERÍISTICAS DESEJÁVEIS EM UMA CÔMODA DONA MARIA I  DE ÉPOCA. BRASIL, SEC. XIX. 92 (H) X 119 (C) X 58 (P) ESSE MÓVEL PRECISA SER RETIRADO NO CONDOMÍNIO DOIS ALPHAVILLE SÃO PAULO

672 Itens encontrados

Página: