Peças para o próximo leilão

672 Itens encontrados

Página:

  • MARQUÊS DE VILA REAL DA PRAIA GRANDE  MINISTRO DE DOM PEDRO I, GOVERNADOR DE MATO GROSSO E PERNAMBUCO. SUNTUOSA MOLHEIRA EM PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS PADRÃO FOLHA DE TABACO. BORDA RECORTADA. DECORAÇÃO COM ESMALTES DA Família Rosa, no padrão Folha de Tabaco, com folha de hibisco, E PROFUSA APRESENTAÇÃO DE flores e folhas. Reinado Qianlong. Séc. XVIII.PEÇA DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDA NA PAGINA 157 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL DE JENNY DREYFUSCHINA, SEC. XVIII, 29  CM DE COMPRIMENTO. NOTA: Caetano Pinto de Miranda Montenegro, primeiro barão, visconde com grandeza e marquês de Vila Real da Praia Grande (Lamego,16 de setembrode1748Rio de Janeiro,11 de janeirode1827), foi um magistrado e político luso-brasileiro. Foi intendente do Ouro(1791) no Rio de Janeiro . Era o governador da Capitania de Pernambuco à época da Revolução Pernambucana, e foi o primeiro ministro da Justiçado Brasil. Caetano Pinto de Miranda Montenegro foi capitão-general e governador de Pernambuco de 1804 a 1817, quando foi deposto por ocasião da Revolução Pernambucana. Integrou o ministério do imperador D. Pedro I em duas ocasiões na pasta da fazenda em 1822 e na justiça em julho de 1823. Essa última pasta foi desmembrada do Ministério do Império por José Bonifácio de Andrada e Silva. Foi senador do Império do Brasil (1826), membro do Conselho de Estado e desembargador do tribunal da Mesa do Desembargo do Paço. Ao longo de sua vida, recebeu os títulos de barão, visconde e marquês da Vila Real da Praia Grande. Morreu no Rio de Janeiro em 11 de janeiro de 1827. Filho de Bernardo José Pinto de Menezes de Sousa Melo e Almeida Correia de Miranda Montenegro, fidalgo escudeiro da casa real de Portugal, e de Antônia Matilde Leite Pereira de Bulhões. Casou com Maria da Encarnação Carneiro de Figueiredo Sarmento, com quem teve dois filhos: Margarida Máxima Pinto de Miranda Montenegro e Caetano Pinto de Miranda Montenegro Filho, segundo visconde de Vila Real da Praia Grande. Foi fidalgo escudeiro da casa real de Portugal e comendador da Ordem Militar de Cristo.
  • IMPERADOR DOM PEDRO II ( 1825-1891) OSM - RETRATO DO IMPERADOR DOM PEDRO II, CIRCA DE 1885. BELA E REALISTA PINTURA DO IMPERADOR QUE FOI RETRATADO COM SUA CARACTERISTICA INDUMENTÁRIA CIVIL, TRAJANDO CASACA. RETRATO MUITO EXPRESSIVO E BONITO! BRASIL, SEC. XIX. 77 X 61 CM (com a moldura) SEM ELA: 50 X 39 CMNOTA: DOM PEDRO II: Foi um grande imperador e sábio governante, aclamado como: o maior brasileiro, não por acaso também chamado de O MAGNÂNIMO. Foi antes um brasileiro com enorme senso patriótico extraordinário, dotado de grande amor pelo seu povo. Desde a tenra idade foi preparado para o poder, educado para isso, erudito, hábil em várias línguas. Sua mãe faleceu quando ele ainda tinha um ano de idade, o pai tinha abdicado do governo e voltou para Portugal para lutar na Revolução Liberal que acabou por entronizar naquele país sua filha e irmã de Dom Pedro II, a Rainha Dona Maria II de Portugal. Ficaram responsáveis por sua criação : Jose Bonifacio de Andrada (o tutor), Mariana Carlota de Verna Magalhaes Coutinho e Rafael, um veterano negro da Guerra da Cisplatina. Ainda criança teve uma rotina pesada de estudos, não lhe foi dado o direito da infância despreocupada, passava os dias estudando, com apenas duas horas livres para recreação. Acordava às 6h30 da manhã e começava seus estudos às sete, continuando até as dez da noite, quando ia para cama. Tomou-se grande cuidado em sua educação para formar valores e personalidade. Sua paixão por leitura lhe permitiu assimilar qualquer informação. Sua maioridade prematura acabou servindo para estabilizar o Brasil que atravessava um momento de muitos conflitos internos. Assumiu o império a beira da desintegração e transformou o Brasil numa potência emergente. Em grande parte o sucesso da nação deu-se exatamente pela estabilidade política, liberdade de expressão, com respeito aos direitos civis. Tinha como forma de governo uma funcional monarquia parlamentar constitucional. Sempre foi um monarca dedicado, indo pessoalmente visitar repartições públicas, por exemplo. Todos os súditos se impressionavam com a sua aparente auto-confiança. Sua atividade mais prazerosa era ir ao Colégio Dom Pedro II arguir os alunos, nunca escondeu que seu sonho era o de ser Professor. O imperador amadureceu com os anos, sua auto confiança foi crescendo e suas qualidades de caráter vieram a tona. Tornou-se não só imparcial e dedicado, mas também cortês, paciente e sensato. A medida que ele foi exercendo por completo sua autoridade imperial, suas novas habilidades sociais e dedicação ao governo contribuíram grandemente para a eficiência de sua imagem pública. Discreto com as palavras e sempre cordato no agir. era um trabalhador compulsivo, com uma rotina exigente e extenuante. Normalmente acordava as sete da manhã e não dormia antes das duas da madrugada do dia seguinte. Seu dia inteiro era reservado aos negócios de Estado e o pouco tempo livre disponível era gasto lendo e estudando. O imperador vestia-se de forma simples: uma casaca, calça e gravata pretas. Para ocasiões especiais ele usava o uniforme de gala e só aparecia vestido com o manto imperial e com a coroa e cetro duas vezes ao ano: na abertura e encerramento da Assembléia Geral. Obrigava políticos e funcionários públicos a seguirem seus exemplos de padrões exigentes. Exigia que os políticos trabalhassem oito horas por dia e adotou uma política exigente de seleção de funcionários públicos baseada na moralidade e mérito. Para dar a todos o padrão, ele próprio vivia de forma simples. Bailes e eventos de corte cessaram após 1852. Ele também recusou as reiteradas propostas para aumentarem o valor de sua remuneração, desde 1840, quando representava 3% dos gastos públicos, até 1889, quando havia caído para 0,5%. Ele recusava luxo, uma vez explicando: "Também entendo que despesa inútil é furto a Nação". Sua habilidade para resolver os conflitos internacionais foi sempre digna de destaque. O sucesso do Império em sua atuação em três crises internacionais aumentou consideravelmente a estabilidade e prestígio da nação, e o Brasil emergiu como um poder no hemisfério. Internacionalmente, os europeus começaram a enxergar o país como personificador de ideais liberais familiares, como liberdade de imprensa e respeito constitucional a liberdades civis. Sua monarquia parlamentarista representativa se firmava em grave contraste a mistura de ditaduras e instabilidade endêmica as demais nações da América do Sul durante este período. O país começou a gozar de estabilidade econômica e política; Pedro II não era uma simples figura ornamental como os monarcas da Grã-Bretanha e nem um autocrata à maneira dos czares russos. O imperador exercia poder através da cooperação com políticos eleitos, interesses econômicos e apoio popular. Esta interdependência e interação fizeram muito para influenciar a direção do reinado. Os mais notáveis sucessos políticos do imperador foram alcançados devido a maneira cooperativa e de não-confrontação quanto a interação com interesses diversos e com as figuras partidárias nos quais ele tinha que lidar. Ele era impressionantemente tolerante, raramente se ofendendo com críticas, oposição, ou mesmo incompetência. Ele era cuidadoso em nomear somente candidatos altamente qualificados para posições no governo, e buscava coibir a corrupção. Ele não tinha autoridade constitucional para forçar a aceitação as suas iniciativas sem o devido apoio, e sua maneira colaboradora quanto a governar manteve a nação progredindo e permitiu ao sistema político funcionar com sucesso. Sempre respeitou o parlamento, mesmo com as muitas resistências dos oposicionistas. O próprio imperador liderou os exércitos nos conflitos internacionais dos quais saiu vitorioso: Guerra do Prata, Guerra do Uruguai e Guerra do Paraguai. Pedro II decidiu ir à frente de batalha pessoalmente. Tanto o gabinete quanto a Assembleia Geral se recusaram a aquiescer ao desejo do imperador. Após receber também a recusa do Conselho de Estado, Pedro II fez o seu memorável pronunciamento: "Se os políticos podem me impedir que siga como imperador, vou abdicar e seguir como voluntário da Pátria"uma alusão aos brasileiros que se voluntariaram para ir a guerra e que ficaram conhecidos por toda a nação como "Voluntários da Pátria". O próprio monarca foi chamado popularmente de "Voluntário número um". O imperador partiu para o sul em Julho de 1865. Desembarcou no Rio Grande do Sul poucos dias depois e seguiu de lá por terra. A jornada foi realizada montada a cavalo e por carretas, e à noite o imperador dormia em tenda de campanha. Pedro II alcançou Uruguaiana, ocupada pelo exército paraguaio, em 11 de setembro. Quando de sua chegada, a força paraguaia já se encontrava cercada. O imperador cavalgou a uma distância de um tiro de rifle de Uruguaiana para demonstrar sua coragem, mas os paraguaios não o atacaram. Para evitar mais derramamento de sangue, ele ofereceu os termos de rendição ao comandante paraguaio, que os aceitou. A coordenação das operações militares pelo próprio imperador e seu exemplo pessoal teve um papel decisivo na repulsa à invasão paraguaia do território brasileiro. Havia uma crença generalizada de que a guerra estava próxima de seu fim e que a rendição de López era iminente. Antes de partir de Uruguaiana, ele recebeu o embaixador britânico Edward Thornton, que se desculpou publicamente em nome da rainha Vitoria e do governo britânico pela crise entre os dois Impérios. O imperador considerou suficiente esta vitória diplomática sobre a mais poderosa nação do mundo e reatou relações amistosas entre as duas nações. Ele retornou ao Rio de Janeiro e foi recebido com enormes celebrações. Foi aclamado e idolatrado por seu povo. Mais de 50 mil soldados brasileiros morreram e os custos da guerra foram equivalentes a onze vezes a receita anual do governo. No entanto, o país se encontrava tão próspero que o governo pôde quitar o débito em apenas dez anos. O conflito foi um estímulo para a produção e para o crescimento econômico nacional. Pedro II recusou a proposta da Assembleia Geral de erguer uma estatua equestre sua para comemorar a vitória e ao invés preferiu utilizar o dinheiro necessário para construir escolas de ensino primário. Sentia a necessidade de criar um sentimento de identidade nacional brasileira e criou: o instituto Histórico e Geográfico Brasileiro para promover pesquisa e preservação nas ciências históricas, geográficas, culturais e sociais. A Imperial Academia de Música e Ópera Nacional e o Colégio Pedro II, servindo como modelo para escolas por todo o Brasil. A Imperial Escola de Belas Artes, estabelecida por seu pai, recebeu maior apoio e fortalecimento. Pedro II providenciou bolsas de estudo para brasileiros frequentarem universidades, escolas de arte e conservatórios musicais na Europa. Financiou a criação do Instituto Pasteur, assim como a casa de ópera Bayreuth Festspielhaus de Wagner, além de outros projetos semelhantes. Seus esforços foram reconhecidos até no exterior. Darwin disse sobre ele: "O imperador faz tanto pela ciência, que todo sábio é obrigado a demonstrar a ele o mais completo respeito."O Brasil vivia uma época de grande prosperidade e paz. O Imperador defendia radicalmente a liberdade de expressão, incentivava os jornais da capital e província e via dessa forma uma maneira de manter conhecimento da opinião pública e da situação da nação. Sempre tinha contato direto com os súditos. Dava a oportunidade de audiências públicas regulares nas terças e sábados, onde qualquer do povo, até os escravos, podiam fazer parte e apresentar suas petições e contar os seus problemas. Visitava também escolas, colégios, prisões, fábricas, quartéis, etc. Foi um erudito, que promoveu de todas as formas o conhecimento, cultura, ciências. Era respeitado por grandes personalidades como Charles Darwin, Nietzsche, Graham Bell, Richard Wagner, Louis Pasteur, dentre tantos outros. Era um grande defensor da ciência, como comentou em seu diário que "Nasci para consagrar-me às letras e às ciências ", Se dedicava a antropologia, geografia, medicina, direito, religião, filosofia, pintura, escultura, teatro, música, química , poesia e tecnologia. Sua paixão linguística sempre fez com que estudasse novas línguas era fluente em português, latim, Frances, alemão, inglês, italiano, espanhol, grego, árabe, hebraico, sânscrito, chinês, provençal e tupi. Era admirado por grandes personalidades como Nietsche, Vitor Hugo. Foi membro da Academia de Ciências da Rússia, da Royal Society, da Academia de Ciências e Artes da Bélgica, dentre outras. O imperador nunca possuiu escravos. Ao longo de seu governo a população de escravos já havia caído pela metade. O grande problema que o imperador via em abolir definitivamente a escravidão era o possível impacto na economia nacional, visto que todos possuíam escravos do mais rico ao mais pobre. O imperador não tinha autoridade constitucional para diretamente intervir e por um fim na escravidão. Precisaria usar todos seus esforços para convencer, influenciar e ganhar o apoio do parlamento.Em 22 de maio de 1888, acamado e ainda se recuperando no exterior de uma doença, recebeu a notícia de que a escravidão havia sido abolida no Brasil. Com voz fraca e lágrimas nos olhos, murmurou: "Demos graças a Deus. Grande povo! Grande povo!" e desatou a chorar copiosamente. Pedro II retornou e desembarcou no Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1888. O "país inteiro o recebeu com um entusiasmo jamais visto. Da capital, das províncias, de todos os lugares, chegaram provas de afeição e veneração." Com a devoção expressada pelos brasileiros com o retorno do imperador e da imperatriz da Europa, a monarquia aparentava gozar de apoio inabalável e parecia estar no ápice de sua popularidade. A nação brasileira desfrutava de grande prestígio no exterior durante os anos finais do Império. As Previsões de perturbações na economia e na Mão de Obra causadas pela abolição da escravatura não se realizaram e a colheita de café de 1888 foi bem-sucedida. Contudo, o fim da escravidão desencadeou em uma transferência explícita do apoio ao republicanismo pelos grandes fazendeiros de café. Detentores de grande poder político, econômico e social no país, os fazendeiros consideraram a abolição como confisco de propriedade privada. Para evitar uma reação republicana, o governo aproveitou o crédito fácil disponível no Brasil como resultado de sua prosperidade e disponibilizou grandes empréstimos a juros baixos aos cafeicultores, além de distribuir fartamente títulos de nobreza e outras honrarias a figuras políticas influentes que haviam se tornado descontentes. O governo também tomou medidas indiretas para administrar a crise com os militares revivendo a Guarda Nacional, que então existia praticamente apenas no papel. As medidas tomadas pelo governo alarmaram os republicanos civis e os militares positivistas. Estes entenderam as ações do governo como uma ameaça aos seus propósitos, o que os incitou à reação. Para ambos os grupos, republicanos e militares dissidentes, havia se tornado um caso de "agora ou nunca". Apesar de não haver desejo entre a maior parte da população brasileira para uma mudança na forma de governo, os republicanos civis passaram a pressionar os oficiais militares a derrubar a monarquia. Os positivistas realizaram um golpe de Estado em 15 de novembro de 1889 e instituíram uma república. As poucas pessoas que presenciaram o acontecimento não perceberam que se tratava de uma rebelião. A historiadora Lídia Besouchet afirmou que "raramente uma revolução havia sido tão minoritária." Durante todo o processo Pedro II não demonstrou qualquer emoção, como se não se importasse com o desenlance. Ele rejeitou todas as sugestões para debelar a rebelião feitas por políticos e militares. Quando soube da notícia de sua deposição, simplesmente comentou: "Se assim é, será minha aposentadoria. Trabalhei demais e estou cansado. Agora vou descansar". Ele e sua família foram mandados para o exílio na Europa, partindo em 17 de novembro. Houve resistência monarquista significante após a queda do Império, o qual foi sempre reprimida. Distúrbios contra o golpe ocorreram, assim como batalhas entre tropas monarquistas do Exército contra milícias republicanas. O novo regime suprimiu com rápida brutalidade e total desdenho por todas as liberdades civis quaisquer tentativas de criar um partido monarquista ou de publicar jornais monarquistas. Teve seus últimos dois anos de vida solitários e melancólicos, em Paris, vivendo em hotéis modestos com quase nenhum recurso, ajudado financeiramente pelo seu amigo Conde de Alves Machado, e escrevendo em seu diário sobre sonhos em que lhe era permitido retornar ao Brasil. Certo dia realizou um longo passeio pelo Rio Sena em carruagem aberta, apesar da temperatura extremamente baixa. Ao retornar para o hotel Bedford à noite, sentiu-se resfriado. A doença evoluiu nos dias seguintes até tornar-se uma pneumonia, que acabou levando-o a óbito. Suas últimas palavras foram: "Deus que me conceda esses últimos desejospaz e prosperidade para o Brasil." Enquanto preparavam seu corpo, um pacote lacrado foi encontrado no quarto com uma mensagem escrita pelo próprio imperador: "É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria". O pacote que continha terra de todas as províncias brasileiras foi colocada dentro do caixão. A Princesa Isabel desejava realizar uma cerimônia discreta e íntima, mas acabou por aceitar o pedido do governo francês de realizar um funeral de Estado. No dia seguinte, milhares de pessoas compareceram a cerimônia. Quase todos os membros da Academia Francesa, do Instituto de França, da Academia de Ciências Morais e da Academia de Inscrições e Belas-Artes também participaram. Representantes de outros governos, tanto do continente americano, quanto europeu se fizeram presentes, além de países longínquos como Turquia, China, Japão e Pérsia. Os membros do governo republicano brasileiro, "temerosos da grande repercussão que tivera a morte do imperador", negaram qualquer manifestação oficial. Contudo, o povo brasileiro não ficou indiferente ao falecimento de Pedro II, pois a "repercussão no Brasil foi também imensa, apesar dos esforços do governo para a abafar. Houve manifestações de pesar em todo o país: comércios fechados, bandeiras a meio pau, toques de finados, tarjas pretas nas roupas, ofícios religiosos". Foram realizadas "missas solenes por todo o país, seguidas de pronunciamentos fúnebres em que se enalteciam D. Pedro II e o regime monárquico". Os brasileiros se mantiveram apegados a figura do imperador popular a quem consideravam um herói e continuaram a vê-lo como o Pai do Povo personificado. Esta visão era ainda mais forte entre os brasileiros negros ou de ascendência negra, que acreditavam que a monarquia representava a libertação. O fenômeno de apoio contínuo ao monarca deposto é largamente devido a uma noção generalizada de que ele foi "um governante sábio, benevolente, austero e honesto" Esta visão positiva de Pedro II, e nostalgia por seu reinado, apenas cresceu a medida que a nação rapidamente caiu sob o efeito de uma série de crises políticas e econômicas que os brasileiros acreditavam terem ocorridas devido a deposição do imperador. Ele nunca cessou de ser considerado um herói popular, mas gradualmente voltaria a ser um herói oficial. Surpreendentemente fortes sentimentos de culpa se manifestaram dentre os republicanos, que se tornaram cada vez mais evidentes com a morte do imperador no exílio. Eles elogiavam Pedro II, que era visto como um modelo de ideais republicanos, e a era imperial, que acreditavam que deveria servir de exemplo a ser seguido pela jovem república. No Brasil, as notícias da morte do imperador "causaram um sentimento genuíno de remorso entre aqueles que, apesar de não possuirem simpatia pela restauração, reconheciam tanto os méritos quanto as realizações de seu falecido governante." Seus restos mortais, assim como os de sua esposa, foram finalmente trazidos ao Brasil em 1921 a tempo do centenário da independência brasileira em 1922 e o governo desejava dar a Pedro II honras condizentes aos de Chefe de Estado. Um feriado nacional foi decretado e o retorno do imperador como herói nacional foi celebrado por todo o país. Milhares participaram da cerimônia principal no Rio de Janeiro. O historiador Pedro Calmon descreveu a cena: "Os velhos choravam. Muitos ajoelhavam-se. Todos batiam palmas. Não se distinguiam mais republicanos e monárquicos. Eram brasileiros" Esta homenagem marcou a reconciliação do Brasil republicano com o seu passado monárquico. Os historiadores possuem uma grande estima por Pedro II e seu reinado. A literatura historiográfica que trata dele é vasta e, com a exceção do período imediatamente posterior a sua queda, enormemente positiva, e até mesmo laudatória. O imperador Pedro II é considerado por vários historiadores o maior de todos os brasileiros. De uma maneira bem similar aos métodos que foram usados pelos republicanos do começo do século XX, os historiadores apontam as virtudes do imperador como exemplos a serem seguidos, apesar de que nenhum foi longe o bastante para propor a restauração da monarquia. O historiador Richard Graham comentou: "A maior parte dos historiadores do século XX, além disso, têm olhado nostalgicamente para o período do reinado de Pedro II, usando suas descrições do Império para criticar às vezes sutilmente, outras vezes nem tanto os regimes republicanos e ditatoriais subsequentes do Brasil."
  • LUXUOSO PAR DE CADEIRAS DE SALÃO ESTILO LOUIS XVI. CARTELA SUAVEMENTE CURVA DECORADA COM VOLUTAS E ELEMENTOS VEGETALISAS. SAIA RECORTADA, MOVIMENTADA EM BOMVE E ARTISTICAMENTE ENTALHADA. PERNAS EM CABRIOLET COM LINDOS ENTALHES.. ESTRUTURA ROBUSTA E FIRME. FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. 47 X 90 X 47 CM
  • BACCARAT -  BELO DECANTER EM CRISTAL BACCARAT COM BRASÃO ESMALTADO DA FAMÍLIA ROBINSON (ESCÓCIA). LEMA INTEMERATA FIDES(FÉ INVIOLÁVEL), ESCUDO PARTIDO COM TRES ROSAS VERMELHAS DE TUDOR ALADA POR DOIS LEÕES RAMPANTES SOB COROA DE CONDE. GARGALO FACETADO. ALÇA LATERAL. ARREMATES EM OURO. LAPIDAÇÃO EM PONTA DE DIAMANTE NO TERÇO INFERIOR. SEC. XIX. 35 CM DE ALTURA
  • ORDEM RIO BRANCO  PLACA DE GRANDE DIGNÁRIO  MANUFATURA H STERN  PRATA DE LEI, VERMEIL E ESMALTE. BRASIL, SEC. XX. 7 CM DE DIAMETRO.  NOTA: A Ordem de Rio Branco foi instituída pelo então Presidente da República,João Goulart, pelo Decreto n 51.697, de5 de fevereirode1963. Posteriormente, os Decretos n 66.434, de10 de abrilde1970, e n 73.876, de29 de marçode1974, alteraram, consecutivamente, o regulamento da Ordem. É destinada a galardoar os que, por qualquer motivo ou benemerência, se tenham tornado merecedores do reconhecimento do Governo Brasileiro, servindo para estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção, bem como para distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas. Pode ser conferida a pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras. Os agraciados com aOrdem de Rio Brancosão classificados no Quadro Ordinário, constituído pelos funcionários da ativa da carreira diplomática, e no Quadro Suplementar, composto pelos mesmos funcionários quando aposentados; e por todos os demais agraciados. O Quadro Ordinário tem limites de vaga para cada grau, com exceção do de Grã-Cruz, e o Quadro Suplementar é ilimitado. "A insígnia da Ordem é uma cruz de quatro braços e oito pontas esmaltadas de branco, tendo no centro a esfera armilar, em prata dourada, inscrita, num círculo de esmalte azul, a legendaUbique Patriae Memor, do mesmo metal. No reverso dourado, as datas 1845-1912." (Art. 2º do Regulamento). Os anos que aparecem no reverso da insígnia são os de nascimento e morte do Barão. A Grã-Cruz consta da insígnia pendente de uma faixa de cor azul-escuro orlada de branco, passada a tiracolo, da direita para a esquerda, e de uma placa em prata dourada com a mesma insígnia, a qual deve ser usada do lado esquerdo do peito. O Grande Oficialato consta da insígnia pendente de uma fita colocada em volta do pescoço e da placa em prata. A Comenda consta da insígnia pendente de uma fita colocada em volta do pescoço. O Oficial e o Cavaleiro, da insígnia pendente de uma fita colocada ao lado esquerdo do peito, sendo a do primeiro dourada, com uma roseta na fita, e a do segundo em prata. No traje diário, os agraciados com Grã-Cruz, Grande Oficialato e Comenda podem usar, na lapela, uma roseta com as cores da Ordem sobre fita de metal dourada, prateado-dourado e prateado, respectivamente; os agraciados com Oficial podem usar, na lapela, uma roseta e os com Cavaleiro, uma fita estreita.
  • BACCARAT  SEIS LINDAS TAÇAS EM CRISTAL BACCARAT. FUSTE FACETADO. TERÇO INFERIOR DO BOJO LAPIDADO EM SULCOS. MUITO ELEGANTES! FRANÇA, SEC. XIX. 16 CM DE ALTURA
  • MADONNA DELLA SEGGIOLA  LINDA PINTURA EM PLACA DE PORCELANA INSPIRADA NA PINTURA DE RAFAEL MADONNA DELLA SEGGIOLA. MAGNIFICA MOLDURA EM MADEIRA. ITALIA, SEC. INICIO DO SEC. XX. 53 X 51 NOTA: A Madonna de la Seggiola foi pintada por Rafael Sanzio em 1514. O quadro pertencia as coleções Medici desde a primeira metade do século XVI.A complexidade da composição e outros detalhes fizeram com que a obra fosse encomendada pelopapa Leão Xe enviada por ele a seus parentes em Florença.Já noUffizi, foi destinado ao palácio real desde o começo do décimo oitavo século.Nos inventários de1723e1761é de fato lembrada no quarto do Grande PríncipeFerdinando, enquanto mais tarde foi colocada na Sala di Pietro de Cortona. Durante aspilhagens napoleônicas, foi levada para Paris de1799a1815.De volta a Florença, a partir de1882,está no Salão de Saturno. Uma tradição popular diz que a inspiração para este trabalho chegou ao artista quando ele passou porVelletri, onde ele viu um fazendeiro local embalando seu próprio filho em seu ventre. O trabalho mostra Maria sentada em uma cadeira, daí o nome da obra.Ela se vira, com a criança apertada em um abraço carinhoso, em direção ao espectador. A Madona inclina a cabeça para o filho, fazendo as duas cabeças se tocarem e criando uma situação de doçura familiar íntima.Por trás da beleza formal existe um esquema composicional geométrico, baseado em curvas e contra-curvas. É sem dúvida uma das maiores obras de arte do renascimento.
  • LINDA GARRAFA PARA WHISKY EM CRISTAL LAPIDADO. TERÇO INFERIOR LAPIDADO EM SULCOS. INSCRIÇÃO ASSIDADA WISKY. INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 29 CM DE ALTURA
  • WMF  BELO DECANTER EM CRISTAL COM GUARNIÇÃO EM METAL PRATEADO. GARGALO TEM LAPIDAÇÃO EM ALVÉOLOS. TERÇO INFERIOR ASSIDADO COM GUIRLANDAS, LAÇOS, ESCUDELAS E ELEMENTOS FLORAIS. ALEMANHA, INICIO DO SEC. XX. 32 CM DE ALTURA
  • ELEGANTE COROA ESTILO DOM JOÃO VI EM OURO 18K. O FEITIO É O MESMO DA COROA DE DOM JOÃO VI COMO REI DO REINO ÚNICO. DECORADA COM CINZELADOS EM CARTELAS E CONCHEADOS E ENCIMADA POR CRUZ LATINA. BRASIL, SEC. XIX. 5 CM DE ALTURA. 1,5 CM DE DIAMETRO (BOCA) E 3,5 CM DE DIAMETRO NO CENTRO. 6,2 G
  • CHARLES  SCHINEIDER (1881-1953)  LINDA LUMINÁRIA DE CHÃO COM BASE EM FERRO FORGE. ESTILO E ÉPOCA ART DECO. CÚPULA EM VIDRO ARTÍSTICO ASSINADA PELO ARTISTA. A BASE É MAGNÍFICA. LUMINÁRIA EXCEPCIONAL! FRANÇA, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 179 CM DE ALTURA.NOTA: Charles Schneider nasceu em Chateau-Thierry, perto de Paris, em 23 de fevereiro de 1881. Em tenra idade mudou-se com sua família para Nancy, o centro artístico da França. Seu irmão, Ernest Schneider (1877-1937), começou a trabalhar para Daum em 1903 como funcionário. Charles tinha iniciado uma carreira artística e já estava ativo em Daum desde 1898. Realizou seu treinamento prático na oficina de gravura e decoração, mas também fez lições de desenho e modelagem com Henri Berge. Ao mesmo tempo, ele estudou a Ecole des Beaux-Arts em Nancy. Em 1904, ele foi à Ecole Nationale des Beaux-Arts de Paris e estudou pintura e gravação. Durante este período, ele fez objetos de arte de bronze no estilo Art Nouveau puro, todos assinados "CH. SCHNEIDER Nancy". A partir de 1906, ele exibiu regularmente na seção Gravação do Salon de la Société des Artistes Francais e foi premiado duas vezes. Em 1913, os irmãos decidiram começar seu próprio negócio e comprar uma pequena fábrica de vidro, especializada em lâmpadas elétricas, em associação com um amigo Henri Wolf, em Epinay-sur-Seine. Esta fábrica era conhecida como 'Schneider Freres & Wolf'. A nova produção de vidro começou com, um grupo de cerca de vinte trabalhadores seduzidos pela fabricação de Daum. No início da Primeira Guerra Mundial, a atividade da empresa teve que ser interrompida e ficou fechada até o final de 1914. Ernest e Charles foram desmobilizados em 1917 e a fábrica reabriu sob o nome de "Societe Anonyme des Verreries Schneider". Neste momento, o gosto público ainda favorecia o estilo Art Nouveau, e a fábrica produzia principalmente vidro "cameo" com projetos florais e animais e vasos com alças e bolhas aplicadas. Além da introdução do vidro artístico, metade da produção era de copos comerciais. Em 1918, o fogo destruiu os estúdios de Galle e um grupo de artistas foi para Schneider's para continuar sua produção para Galle. Este período foi de grande importância para Charles Schneider porque adquiriu a técnica de "marqueterie de verre" dos artistas de Galle. As grandes taças de pé preto são um dos primeiros tipos de arte de vidro fabricados pela fábrica Schneider. Esses projetos dão apenas uma idéia parcial, no entanto, da variedade de tigelas desse tipo que foram produzidas pelo menos nos próximos seis anos. Durante o primeiro período, eles tiveram um acabamento acetinado (1918-1921). Mais tarde, eles foram polidos para uma superfície lisa e brilhante. Nesse período, a Schneider começou a produzir peças topo de linha com motivos intercalares ou com padrões aplicados que requerem um domínio completo da técnica de execução por parte do glassmaker. Deve-se mencionar as peças com padrões esculpidos nas rodas, como a série "Raisins noirs" e as séries de medalhões "Pavots" ou "Camelias". Alguns dos modelos mais interessantes da fábrica durante o período inicial foram projetados por Gaston Hoffman entre 1918 e 1921. Suas peças não foram assinadas com o nome, já que ele era um empregado assalariado da empresa. A maioria dos seus modelos está no topo da produção da fábrica. Em 1920, a fábrica estava trabalhando em plena capacidade fazendo principalmente vidro artistico. Em 1921, a Schneider iniciou novas marcas comerciais para o seu vidro cameo, assinando o 'Le Verre Français' ou 'Charder'. Às vezes, um vaso ou lâmpada suportaria ambas as assinaturas. A idéia era popularizar o vidro de arte e torná-lo mais acessível ao público. Le Verre Français foi vendido principalmente em lojas de departamento como Galeries Lafayette, Le Printemps e Le Bon Marche. As peças assinadas 'Schneider' foram vendidas por lojas de arte especializadas como Delvaux, Rouard, La Vase Etrusque e Le Grand Depot. O Le Verre Français foi feito exclusivamente com a técnica de corrosão ácida, que fornecia boa qualidade a baixo preço. A técnica de gravação da roda através de diferentes camadas de vidro foi usada apenas para peças especiais (como esta apresentada no lote). Após a exposição de 1925, vários novos projetos foram criados e a fábrica expandiu para empregar cerca de 500 trabalhadores. O vidro em branco também foi fornecido a lojas de arte (Delvaux etc.) a serem decoradas (esmaltadas, pintadas etc.) por seus próprios artistas, e as comissões foram recebidas de Coty, uma empresa de perfumaria. Neste momento, a empresa estava em seu pico devido aos bons projetos dos anos anteriores, como o novo estilo criado em 1920 usando novas formas e cores contrastantes, aplicando pé preto e alças para vasos de cores vivas, dando-lhes assim um efeito dramático. Sempre inovador, a Schneider criou uma nova técnica de "pós coloridos", pelo qual o vidro pulverizado foi misturado com óxidos metálicos para obter diferentes cores e, em seguida, espalhar sobre uma superfície plana . A maioria dos vasos e lâmpadas de arte da Schneider foram exportados para a América
  • FEHARAN MUITO GRANDE PASSADEIRA PERSA DE EXCEPCIONAL QUALIDADE NAS TONALIDADES AZUL, ROSE E CREME. TAPETE ANTIGO URDIDO POR VOLTA Da década de 1930. EM EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! CORES BELISSIMAS, PADRONAGEM MAGNIFICA! NÓS DE ALTA DENSIDADE. TAPETE REALMENTE IMPERDÍVEL. 515 X 100 CM.NOTA: Projetada para uma clientela aristocrática regional, a região Ferahan do Centro-Oeste da Pérsia desenvolveu uma tradição distinta de tecelagem de tapetes no século XIX que mesclou influências geométricas das tribos e aldeias vizinhas com um design mais refinado e curvilíneo, muitas vezes de maneira artística.Os tapetes Ferahan eram um dos gêneros de tapetes exibidos na Exposição de Viena de 1873, que inaugurou um amplo interesse ocidental no tapete oriental. Os tapetes Ferahan de nível de investimento não foram produzidos após a década de 1910, e os melhores exemplos da virada do século 19 e da virada do século 20 tornaram-se bastante raros.Os melhores tapetes Ferahan antigos tecidos há 90-175 anos são considerados entre os tapetes de tamanho de sala antigos mais originais e artísticos já tecidos na Pérsia.Sua lã de alta qualidade, seu trabalho intransigente, paletas de cores sublimes e construção durável fizeram deles o tapete de escolha das famílias européias e da Costa Leste desde meados do século XIX. Hoje, os melhores tapetes persas Ferahan tornaram-se um dos favoritos dos conhecedores e designers de interiores estabelecidos, não apenas pelo seu grande apelo decorativo, mas porque há muito tempo exibem um valor de mercado consistentemente crescente.400 SEVRES  GRANDE PAR DE ANFORAS EM PORCELANA COM FUNDO NA TONALIDADE AZUL COBALTO. GUARNIÇÃO EM BRONZE ORMOLU. ESTILO NAPOLEÃO III. DECORADO COM CENAS GALANTES EM UMA FACE E PAISAGENS CAMPESTRES  NA OUTRA. RICOS ARREMATES EM OURO. 515 x 100 CM
  • BELA MESA DE APRESENTAÇÃO EM MADEIRA COM TAMPO EM MÁRMORE RAJADO DA BÉLGICA.  INSPIRAÇÃO RENASCENTISTA. SAIA DECORADA A TODA VOLTA COM LIMPOS E ELEGANTES ENTALHES COM VOLUTAS E CONCHEADOS. PERNAS EM CABRIOLET , PEQUENOS  BICADOS NO MÁRMORE .MARCAS DA MANUFATURA LIGHTOLIER NEW YORK. , INICIO DO SEC. XX. 170 (C) X 80 (P) X 81(H)
  • DELICADO TABULEIRO EM PRATA DE LEI COM ALÇAS LATERAIS. GALERIA VAZADA, PLANO COM ROCAILLES. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS EM GARRA. MARCAS DE CONTRASTE 833 E PRATEIRO SP. BRASIL, MEADOS DO SEC. XX. 24 X 15 CM. 415 G
  • WIN VAN DICK  SÃO TIAGO  AUTORETRATO   OST. ASSINADO NA FRENTE E NO VERSO. EMBLEMÁTICO QUADRO DO ARTISTA QUE SE RETRATOU COMO SÃO TIAGO, TENDO UMA DAS MÃOS SOBRE UM LIVRO E PEDINDO SILÊNCIO COM O DEDO. NA PARTE DE TRÁS O ARTISTA DESENHOU UMA SIMBOLOGIA CARACTERÍSTICA DE SUA OBRA CRUZES LATINAS, ANAGRAMAS, OLHO QUE TUDO VÊ DENTRO DE TRIÂNGULO REPRESENTANDO A  SANTÍSSIMA TRINDADE. A INSCRIÇÃO TIAGO, AUTORETRATO E BRASIL, 1975. BRASIL, 59 X 49 CM (SEM A MOLDURA) E 90 X 78 CM (COM A MOLDURA).NOTA: Win van Dijk (Westmaas, Holanda, 1 de junho de 1905  Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1990) foi um pintor e desenhista holandês, naturalizado brasileiro. Na Holanda, estuda arte e teologia na Academia de Belas Artes e Universidade de Leiden, em 1935 viaja ao exterior, para ampliar seus conhecimentos, passa por França, Grécia e Itália. Sua produção se relaciona ao tema paisagem. Lutou durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial na resistência holandesa aos nazistas, onde, no campo de batalha, acaba por perder as duas pernas. Terminada a Guerra, viaja ao Brasil em 1947, na condição de 1º Adido Cultural nomeado pela Rainha Guilhermina. No Rio de Janeiro expôs suas obras sobre paisagem holandesa (com moinhos, bascos e canais) no 9 andar da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em 1948 fixa-se na cidade de Petrópolis, onde passa a produzir com regularidade até falecer. Com a cidade ele estabelece laços de afetividade e declararia que Petrópolis é como um ninho, para onde sempre retorna. Ainda em 1948, Carlos Torres Pastorino publica biografia sobre Win van Dijk, intitulada L'Homme, Le Peintre, L'Oeuvre (O homem, o pintor, o trabalho). Em 1951 ganha notoriedade e reconhecimento no Brasil; obtêm a medalha de ouro no Salão dos Artistas Nacionais e, em 1952, medalha de prata no Salão dos Artistas Brasileiros. Ainda expões seus trabalhos nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França, Dinamarca, Argentina e Japão. Durante as comemorações do centenário da criação da cidade de Petrópolis, em 1958, a prefeitura local encomendou ao artista um álbum de desenhos que retratassem as paisagens da cidade, que torna-se um marco na iconografia sobre a cidade. já em 1959 realiza uma exposição de quadros sobre as paisagens de Petrópolis no Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro. Em 1960, publica o livro de poemas Convite à Exposição. Em 1966 a tela Jangadeiros em Ação é adquirida pela "Harwick Collection" (Estados Unidos) para o seu acervo. O Museu Nacional do Hermitage, de São Petersburgo (Rússia) também adquire obra de Win van Dijk para seu acervo. Em 1968, o então governador do estado do Rio de Janeiro, Geremias Fontes, oferece obras de Win van Dijk: ao presidente brasileiro Costa e Silva o quadro Rio Piabanha - Petrópolis e a tela Petrópolis em Flor à Rainha Elisabeth II, que estava em visita oficial ao Brasil. Em 1971 torna-se membro da Academia Petropolitana de Letras. Recebeu o título de 'Cidadão Honorário da cidade de Petrópolis.
  • HORAS MARIANAS  -PRECIOSO LIVRO COM CAPA EM PLACAS DE TARTARUGA COM APLICAÇÃO DE PRATA DE LEI E OURO MACIÇO INCRUSTADOS. ARREMATES EM ABALONE. PEÇA RICA E BELÍSSIMA! LOMBADA REVESTIDA EM OURO E DECORAÇÃO COM MUITAS GRAVURAS EM METAL. PUBLICAÇÃO DA LAPLACE EM PARIS COM AUTORIZAÇÃO DO BISPO DO RIO DE JANEIRO CONDE  CAPELLAO-MOR MANOEL. DECADA DE 1850. FRANÇA, SEC. XIX,  13 CM DE ALTURA (EXCELENTE ESTADO GERAL NOTA-SE AUSENCIA DO FECHO LATERAL)
  • Sitzendorf  NAPOLEÃO E SEU GENERAL FAVORITO, GUDAN,  ABANDONAM  A RÚSSIA   GRANDE E REALISTA ESCULTURA EM PORCELANA DA MANUFATURA SITZENDORF, REPRESENTA NAPOLEÃO DEIXANDO A RÚSSIA APÓS AQUELA QUE SERIA SUA PRIMEIRA GRANDE DERROTA. O IMPERADOR É CONDUZIDO EM UMA TROIKA PUXADA POR TRÊS CAVALOS , ACOMPANHADO PELO GENERAL GUDAN QUE ACABARIA PERDENDO A VIDA AO RECEBER UM TIRO DE CANHÃO PERTO DA CIDADE DE SMOLENSKY. ASSINADA P. ZEH E COM A MARCA SITZENDORF. ALEMANHA, SEC. XIX. 37 CM DE COMPRIMENTONOTA: Num dia ensolarado de 1812 o maior exército que o mundo já conheceu  cruzou o rio Neman, na atual fronteira da Polônia com a Lituânia, aos gritos de "Vive l'Empereur!" Estavam ali para esmagar com uma força desproporcional, não para guerrear - o inimigo só tinha um terço de suas forças e estava dividido. E, o mais importante, não tinha Napoleão como líder. Eram 690 mil soldados de várias nacionalidades, dos quais só 300 mil eram franceses. Os demais eram poloneses, austríacos, italianos, prussianos e até 2 mil portugueses, recrutados entre simpatizantes do imperador. Como era comum na época, seguia com eles um cortejo de comerciantes, prostitutas, médicos e até esposas e filhos dos militares. Nem soldados, nem civis, nem Napoleão poderiam imaginar aquela hora, mas apenas um em cada sete deles voltaria vivo daquela campanha. A Rússia não é para principiantes e isso não era segredo para Napoleão e seus soldados. Pouco mais de um século antes, em 1709, o rei Carlos XII, da Suécia, havia perdido seu exército na Rússia de frio e fome. Por isso, o exército francês invadiu a Rússia no auge do verão, em 24 de junho de 1812. E o verão foi seu primeiro inimigo. As temperaturas frequentemente superam os 30 ºC, enquanto as noites duravam apenas 3 horas - foi "aproveitando" esse sol todo que Napoleão fez seus soldados marcharem 112 km nos dois primeiros dias da campanha. A essa velocidade, as carroças de suprimento ficaram para trás. Desidratada pela caminhada e sem alimentos e água, a tropa viu-se forçada a beber dos riachos pantanosos da região, pegando diarreia. As primeiras vítimas tombaram ao lado das fontes de água - e os soldados que vinham atrás também ficaram doentes. A pressa era justificada pela estratégia. "Napoleão não foi à Rússia para conquistar", diz o historiador César Machado Domingues. Ele queria simplesmente aniquilar o exército russo e conseguir uma aliança forçada com o czar Alexandre 1º. O primeiro alvo era a cidade de Vilnius, atual capital da Lituânia, onde estava o comando das tropas russas, inclusive o czar. Napoleão entrou na cidade em 28 de junho, mas o comando russo havia se mudado. Não só isso. Também haviam esvaziado armazéns e paióis de pólvora e queimado plantações nos arredores. Os franceses esperavam fazer o mesmo que em suas guerras anteriores: tomar alimentos das cidades e fazendas pelo caminho. O que sobrava da destruição russa só era aproveitado pelos soldados da frente da coluna - quem vinha atrás passava fome. Um comércio clandestino e gangues de ladrões passaram a agir. Os cavalos, que morriam às centenas, se tornaram o prato principal. A campanha prosseguiu assim - os russos regredindo e queimando tudo, os franceses sangrando lentamente de doenças, fome, sede, ataques de guerrilha e deserção massiva. "No caminho para Moscou, ainda no verão, os franceses perdiam em média 6 mil soldados por dia", escreveu o médico e historiador Achilles Rose (1839-1916) em seu livro A Campanha de Napoleão na Rússia. Após mais uma conquista estéril na cidade de Smolensk, em 18 de agosto, Napoleão decidiu rumar para Moscou. Mas isso os russos não aceitariam e, enfim, Napoleão teve sua batalha. A mais sangrenta de todas as guerras napoleônicas, a Batalha de Borodino, em 7 de setembro - dos 250 mil participantes, 80 mil morreram. Os russos recuaram mais uma vez, mas não foram aniquilados. Em 14 de setembro, Moscou pertencia a Napoleão. "Napoleão deve ter imaginado que havia vencido", diz César Domingues. Ele sentou-se no trono do Kremlin e esperou a rendição do czar. No mesmo dia, começou um incêndio, que os russos jamais admitiram ter causado, que destruiu 75% da cidade em 4 dias. O tempo ia esfriando, o Exército russo, se recompondo, e o czar não ofereceu paz. Em 18 de outubro, quando os franceses iniciaram a retirada, a temperatura estava por volta de 0 ºC. O plano era voltar pelo sul, mas os russos cortaram o caminho e os militares se viram forçados a voltar por onde vieram, começando pelo campo de Borodino, crivado de homens e cavalos em decomposição da batalha de um mês e meio antes. Se algo havia sobrado da destruição causada pelos russos, já havia sido consumido pelos franceses na ida. Diante de um frio que chegaria a -40 ºC, ninguém tinha roupas de frio, exceto as roubadas de Moscou - inclusive chapéus, sapatos, mantos e echarpes femininas. Os cavalos não tinham ferraduras adaptadas ao gelo, como as dos russos - escorregavam e quebravam as patas ou simplesmente não conseguiam puxar as cargas. A tropa se converteu em um bando de desesperados. Cavalos passaram a ser atacados e a carne era comida crua. Em seu livro de memórias, o sargento Adrien Bourgogne relata que um carro-ambulância teve seus cavalos devorados à noite pela tropa. De manhã, os feridos foram largados no caminho. Os soldados também tiravam nacos de carne de animais ainda vivos - amortecidos pelo frio, eles não reagiam. Bourgogne conta que um bando de soldados havia se fechado em um celeiro para evitar o frio. Eles se acumularam na porta para evitar que mais gente entupisse o lugar. Durante a noite, o celeiro pegou fogo. Quando o incêndio acabou, alguns soldados tomaram coragem de avançar para os corpos dos colegas, providencialmente "assados". O soldado alemão Jakob Walters (1788-1864) escreveu que viu um soldado que se aliviava de diarreia à beira da estrada ter suas calças roubadas - a vítima morreu de frio horas depois. Os franceses fugiam em desespero, mas os russos não haviam se esquecido deles. Em 26 de novembro, as tropas napoleônicas tiveram de atravessar o rio Berezina (na atual Bielorrússia). Os russos descobriram sua posição e atacaram no dia 29, com 60 mil homens, contra 40 mil soldados divididos entre as duas margens. Os franceses conseguiram escapar com seu imperador, destruindo as pontes improvisadas que haviam feito - mas ainda havia muitos deles do outro lado. Entre 25 mil e 45 mil civis e militares morreram ali - 10 mil deles empurrados pelos cossacos para dentro do rio congelado. Em 14 de dezembro, o esfarrapado exército de Napoleão chegou à Polônia. Sua tropa principal tinha 22 mil soldados, dos 690 mil que entraram na Rússia. O total de sobreviventes é cerca de 100 mil, contando as outras colunas do exército. Pessoas, armas e cavalos podiam ser substituídos, mas o dano irrecuperável foi à reputação de invencível de Napoleão, que acabou deposto e exilado na ilha de Elba (Itália) em 1814. Não foi apenas Napoleão que não aprendeu com seus antecessores. Em 22 de junho de 1941, Hitler invadiu a União Soviética, também esperando uma campanha fulminante que acabasse antes do inverno. Os nazistas estavam às portas de Moscou em dezembro, mas então veio o inverno, matando 150 mil alemães em poucos dias. Em homenagem aos serviços prestados, os russos deram uma promoção a seu inverno. Lá ele é conhecido como General Moroz - o temido General Inverno. Os cossacos não costumam entrar na conta do efetivo do Exército russo, mas como adicionais (costuma-se afirmar algo como "100 mil soldados e 20 mil cossacos"). Na verdade, eles nem são exatamente russos. Cossacos são sociedades independentes, democráticas e militaristas, originalmente de povos eslavos, que depois passaram a aceitar aventureiros de qualquer país - particularmente quem falasse línguas, soubesse fazer contas ou simplesmente fosse alfabetizado, talentos raros entre os nascidos entre eles. Os cossacos não eram súditos, mas aliados do czar - e se voltaram contra os russos em algumas ocasiões, como a Revolta de Pugachev, de 1774. Suas tropas tinham sua própria hierarquia e generais. Mas elas eram um tanto indisciplinadas, por isso os russos preferiam usá-los como forma de bagunçar e aterrorizar as linhas inimigas, e não como força de choque ou cavalaria regular. Os cossacos foram integrados à sociedade soviética à força por Josef Stalin, na década de 30, mas os descendentes ainda se orgulham do passado independente e aventureiro. (AVENTURAS NA HISTÓRIA: NAPOLEÃO NA RÚSSIA: A QUEDA DO GENERAL)
  • LICEU DE ARTES E OFÍCIOS - IMPONENTE CADEIRADO ESTILO DOM JOSÉ I EM JACARANDÁ.  COM ASSENTO E ENCOSTO ELEGANTEMENTE FORRADOS EM  COURO. CARTELAS VAZADAS E PERNAS COM REQUINTADO AMARRIO.  COM ETIQUETA DO LICEU. BRASIL, INICIO DO SEC. XX. 102 (C) X 110 (H) X 50 (P) CM
  • MAGNÍFICO FRUIT BASKET EM PRATA DE LEI FENESTRADA COM ALMA EM VIDRO ARTÍSTICO NA TONALIDADE AZUL ESTILO IMPÉRIO. MARCAS DE CONTRASTE PARA HOLANDA. DECORADA EM FENESTRAS COM CARIÁTIDES, ANFORAS DE ONDE SAEM FRUTOS DIVERSOS E EM TODA VOLTA PARRAS E CACHOS DE UVA. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. HOLANDA, FINAL DO SEC. XIX. 26 CM DE DIAMETRONOTA: FRUIT BASKETS (Cestas de frutas) construídas em prata de lei são tipicamente inglesas e eram quase sempre referidas como cestas para bolos, entretanto eram mais comumente usadas para pão e frutas. Embora existam versões do século XVII, elas não eram comumente encontradas até cerca de 1735 em diante. Os primeiros exemplares geralmente têm alças laterais e tendem a ser consideravelmente mais pesadas do que os exemplares George III e posteriores. Cestas Sweetmeat ou SUGAR BASKET são geralmente versões menores de uma Fruit Basket do mesmo período. Esse item é ainda muito utilizado como auxiliar nos serviços de chá.
  • PAPA LEÃO XIII (1810-1903) FOI O PAPA QUE CONCEDEU A ROSA DE OURO A PRINCESA ISABEL  IL COLLARE DEI GENTILUOMINI DI SUA SANTITÀ IL PAPA  RARO COLAR DE CAVALEIRO SECRETO DE CAPA E ESPADA DO PAPA LEÃO XIII. ACOMODADO EM SEU ESTOJO ORIGINAL COM BRASÃO DO PAPA LEÃO XIII. O COLAR É CONSTRUÍDO EM BRONZE DOURADO COM ESMALTES EM AZUL. A CADEIA É  ARTISTICAMENTE CINZELADA E DELA PENDEM AS ARMAS PAPAIS, A TIARA DA TRÍPLICE COROA COM CHAVES CRUZADAS. VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE O TRAJE COMPLETO DE UM CAVALEIRO GENTILOMINI MEMBRO DA CORTE PAPAL CINGINDO SUA INDUMENTÁRIA. PEÇA RARISSIMA! NOTA: O camareiro papal era um título da corte outorgado pelo papa a clérigos de alto escalão e a leigos , geralmente membros de famílias nobres italianas importantes . Eles eram membros da Corte Papal e essa foi uma das mais altas honras que o Papa pôde conceder a um leigo católico. Conhecido como Camareiro Secreto de Capa e Espada ( Cameriere Segreti di spada e cappa ), quando conferido a leigos, era principalmente uma posição honorária, mas um camareiro geralmente servia ao papa por pelo menos uma semana por ano durante as cerimônias litúrgicas ou oficiais de estado. Muitos vieram de famílias que serviram à corte papal por muito tempo ao longo de vários séculos, enquanto outras foram apontadas como uma grande honra, uma das mais altas que o papado conferiu aos leigos católicos (geralmente políticos de destaque ou filantropos ricos). Eles foram originalmente selecionados entre membros das famílias reais e aristocráticas italianas. A posição era muito cobiçada e, para os padres, era frequentemente o passo final antes de se tornar cardeal. Desde os dias do Papa Leão I (440-461), a casa pontifícia havia incluído camareiros papais que eram atendentes pessoais do Papa em seus apartamentos particulares. O número de camareiros papais nunca foi grande, embora sua proximidade com o Papa significasse que muitos camareiros desfrutariam de notáveis carreiras eclesiásticas e alguns foram até promovidos ao episcopado . Seus privilégios eram consideráveis. Classificaram ex officio como Cavaleiros do Esporão Dourado ( Ordem das Milícias Douradas ) e nobres de Roma e Avignon. Antes do Vaticano II, eles prestavam assistência pessoal ao Papa em ocasiões formais de estado como membros da Corte Papal. A dignidade foi frequentemente dada a membros de famílias nobres da Itália e de outros países. Eles eram obrigados, ou na prática tinham direito, a servir durante pelo menos uma semana por ano durante as cerimônias oficiais, e participavam de procissões papais atrás da Sedia Gestatoria , cada uma usando traje formal e distinguida por uma cadeia de ouro . Tradicionalmente, os padres que eram camareiros papais eram chamados de "reverendíssimo". Na heráldica eclesiástica , leigos tão honrados podem exibir uma corrente de ouro em torno de seu brasão . Todas as nomeações foram anunciadas no Acta Apostolicae Sedis.  PAPA LEÃO XIII - Papa Leão XIII (1810-1903) foi Papa da Igreja Católica entre os anos de 1878 e 1903. Seu pontificado foi marcado pela diplomacia e conciliação. Lançou as bases da doutrina social da Igreja. Vicenzo Gioacchino Pecci nasceu em Carpineto Romano, nos Estados Pontifícios, em 2 de março de 1810. Era o sexto filho de uma família nobre. Vicenzo estudou em Viterbo e em Roma. Completou sua formação na Academia de Nobres Eclesiásticos em Roma. Em 1837 ordenou-se e ingressou no serviço diplomático dos Estados Pontifícios. Em 1843 foi designado núncio apostólico em Bruxelas e, pouco depois, sagrou-se arcebispo. Em razão de conflitos com o rei da Bélgica, foi exonerado e designado bispo da pequena diocese de Perugia. Em 1853, Vicenzo tornou-se cardeal. Enfrentou o isolamento imposto por Roma e dedicou-se à reorganização de sua diocese e à formação do clero. Permaneceu em Perugia durante 32 anos. O cardeal Vicenzo realizou duas importantes pastorais entre 1877 e 1878, quando debateu a renovação da filosofia cristã e as relações entre a Igreja e a sociedade moderna. Os frutos de seu trabalho ultrapassaram as fronteiras da Itália. Em 1877 foi nomeado Camerlengo, administrador da Igreja na eventualidade do falecimento do papa. Em 1878, com a morte do Papa Pio IX, Vicenzo foi eleito seu sucessor e escolheu o nome de Leão XIII. Tinha 68 anos de idade e uma saúde frágil, motivo pelo qual se esperava que seu pontificado fosse breve.Contra essa expectativa, o Papa Leão XIII dirigiu a Igreja por 25 anos. Durante esse período manteve diálogo aberto com a Alemanha de Guilherme II, França, a Suíça e a Prússia e favoreceu a expansão do catolicismo nos Estados Unidos. Restabeleceu a autoridade moral da Igreja e também renovou o diálogo com não católicos, como demonstrou em seu interesse em vincular a Igreja Anglicana a Roma e o respeito pelas tradições das igrejas oriental. O ponto mais importante do pontificados de Leão XIII foi talvez suas encíclicas que despertaram atenção universal por expressarem quase sempre problemas sociais: Immortali Dei de 1885, na qual definiu o Estado moderno, sublinhando que não somente a Igreja, mas também o Estado devia sua origem a Deus. In Plurimis, de 5 de 5 de 1888, que versa sobre a abolição da escravidão no mundo (dirigida de modo particular aos bispos do Brasil). De Conditione Opificium, conhecida como Rerum Novarum, de 15 de 5 de 1891, que denunciou os excessos do capitalismo e a concentração do capital evocando os direitos dos trabalhadores de exigirem justo salário. Leão XIII subiu ao trono como um papa da diplomacia e da conciliação, no entanto, com relação à Questão Romana, não viu seu desejo máximo ser realizado, a restauração dos Estados Pontifícios. Leão XIII respeitou a posição de seu antecessor o Papa Pio IX, e igualmente considerou-se prisioneiro do Vaticano. Além da habilidade política e diplomática, Leão XIII percebeu que era necessário adaptar a Igreja aos novos tempos. Leão XIII manifestou interesse pelo progresso da ciência e incentivou essa atitude em toda a Igreja e abriu os arquivos da grande biblioteca do Vaticano à Pesquisa histórica. Foi considerado o primeiro papa moderno. Leão XIII faleceu em Roma, o dia 20 de julho de 1903. Foi sucedido pelo Papa Pio X.

672 Itens encontrados

Página: