Peças para o próximo leilão

672 Itens encontrados

Página:

  • DRESDEN  PALACIANO CENTRO DE MESA EM PORCELANA DA MANUFATURA DRESDEN, COMPOSTO POR FLOREIDAS DIVERSAS PERMINDO DIFERENTES CONFIGURAÇÕES. SÃO TRINTA PEÇAS ENTRE ESCULTURAS (QUERUBINS), ÂNFORAS E JARDINEIRAS. SÃO DECORADAS COM GUIRLANDAS FLORAIS E REMATADAS EM OURO. AS ÂNFORAS E ESCULUTURAS SÃO ELEVADAS POR ALTAS BASES RETANGULARES. COM ESSA CONFIGURAÇÃO DE MONTAGEM TEM 140 CM X 65 CM. ALEMANHA, SEC. XIX/XX. 33 CM DE ALTURA (ESCULTURAS DOS QUERUBINS)NOTA: Centros de mesa ricamente decorados com prata, cobre ou bronze eram parte integrante da decoração de mesa de grandes refeições durante o século XIX. A prática de decorar o centro das mesas da sala de jantar com obras de arte remonta a séculos. Por exemplo, durante os séculos XIV e XV, as sobremesas muitas vezes assumiam a aparência de uma peça central, mas foi durante o século XVII que o uso de uma peça central artística se tornou comum, associando objetos decorativos com iluminação e buquês de flores opulentos. Esses objetos costumavam ser exibidos em uma grande bandeja composta de uma ou mais peças que às vezes eram espelhadas e às vezes colocadas em uma estrutura decorativa.
  • DIVINO ESPÍRITO SANTO  LINDA ESCULTURA EM MADEIRA POLICROMADA REPRESENTANDO FIGURA DE DIVINO ESPÍRITO SANTO. BRASIL, SEC. XVIII;XIX. 25 X 24 CM
  • SÃO JOSÉ DE BOTAS  BELA ESCULTURA EM MADEIRA POLICROMADA REPRESENTANDO SÃO JOSÉ COM MENINO JESUS. RESPLENDOR E LÍRIO EM PRATA DE LEI. BRASIL, SEC. XIX. 28 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR)NOTA: São José de Botas é uma invocação típica do Brasil colonial. Para alguns historiadores, está associada à figura dos bandeirantes que marchavam para o interior com suas grandes botas de cano alto. São José de Botas alude ao desterro para o Egito que a Sagrada Família se impôs para fugir da fúria do Rei Herodes. A origem do lírio de São José como atributo tem algumas teorias: A primeira e a mais difundida, é a de que ele representa a pureza de São José, porque Maria concebeu sem pecado ou conjunção carnal. Existem entretanto outras vertentes que dizem que José ainda sem conhecer Maria foi a uma festa religiosa no templo e levava um cajado pelo caminho para proteger-se no percurso e servir como suporte. Ao deparar-se com Maria seu cajado teria florescido imediatamente com belos cachos de lírios brancos. Finalmente há uma versão teológica que defende que as palavras dos profetas do velho testamento apontavam para São José em suas profecias. Vide Isaias 11:1-2 Eis que um ramo surgirá do tronco de Jessé e das suas raízes um rebento brotará. O Espírito de Yahweh, o SENHOR, repousará sobre ele, o Espírito que dá sabedoria e entendimento, o Espírito que traz conselho e poder, o Espírito que proporciona o verdadeiro saber, o amor e o temor do SENHOR.
  • SÃO JOSÉ  GRACIOSA ESCULTURA EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO FIGURA DE SÃO JOSÉ ASSENTE SOBRE PENHA VAZADA FINALIZADA EM PÉS DE GARRA ESTILO DONA MARIA I. IMAGINÁRIA TÍPICA DAS PRODUZIDAS NAS OFICINAS SANTEIRAS DA CIDADE DO PORTO NO SEC. XIX. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. PORTUGAL, 15 CM DE ALTURA
  • SÃO JOSÉ DE BOTAS  BELA ESCULTURA EM MADEIRA POLICROMADA REPRESENTANDO SÃO JOSÉ COM MENINO JESUS. RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. BRASIL, SEC. XIX. 34 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR)
  • BARÃO DE ÁGUA BRANCA - JOAQUIM ANTONIO DE SIQUEIRA TORRES (ÁGUA BRANCA, ALAGOAS, 1808-1888). MUITO RARO COVILHETE EM PORCELANA. BORDA COM BARRADO EM AZUL CELESTE EMOLDURADO POR FILETES EM OURO. NA TRANSIÇÃO ENTRE A ABA E A CALDEIRA UM ANEL EM AZUL CELESTE. AO CENTRO RESERVA COM COROA DE BARÃO COM GRANDEZA E A INSCRIÇÃO BARÃO DE ÁGUA BRANCA. PERTENCEU AO SERVIÇO DO CAPITÃO MÓR  JOAQUIM ANTONIO DE SIQUEIRA, BARÃO DE ÁGUA BRANCA. SOBRE ESSE COVILHETE EM PARTICULAR E A TAÇA DO PRÓXIMO ÍTEM EXISTE UMA INTERESSANTE HISTÓRIA QUE VALE A PENA SER CONTADA: Nos idos da década de 1940, o avô de nosso comitente trabalhava junto ao Governador de Alagoas, certa feita em viagem ao interior do Estado a comitiva do governador visitou a cidade de Água Branca, na região do sertão, já divisa com o Estado de Pernambuco. Ali foram recepcionados com a pompa adequada ao mandatário máximo do estado como era costumeiro na época. O almoço foi servido no antigo solar do Capitão Mór Joaquim Antônio da Siqueira Torres, BARÃO DE ÁGUA BRANCA. Habitavam o solar, seus descendentes chefes políticos regionais (o solar ainda é de propriedade da família). Em honra ao governador a mesa para o banquete foi apresentada com a louça do titular e lindos cristais coloridos de baccarat que também pertenceram a ele. No decorrer da refeição o avô do comitente comentou que gostava muito de louças brasonadas elogiando o serviço. Os familiares agradeceram o reconhecimento e o banquete continuou transcorrendo. Ao final, o governador levantou-se da sua cadeira colocada ao lado do anfitrião e sob os olhares da família entornou em um só gole o conteúdo da taça, secando-a com o guardanado e colocando-a em um bolso do paletó. Depois pegou esse covilhete apregoado no lote, virou a a travessa sobre um prato, esfregou nela um guardanapo para retirar o alimento e colocou-o no outro bolso. Isso tudo sob os olhos da família que nada pode fazer a não ser não comentar o assunto. Como poderiam reclamar do comportamento do governador? Já fora da residência o governador retirou as peças do bolso e entregou-as ao avô do comitente: Você gostou, são pra você! PEÇAS DESSE SERVIÇO SÃO RARÍSSIMAS NO MERCADO PORQUE O BARÃO TEVE UMA GRANDE DESCENDÊNCIA E A LOUÇA ESTÁ EM PODER DA FAMÍLIA DESDE A ENCOMENDA PRATICAMENTE NÃO FOI DISPERSADA. REPRODUZIDO À PÁGINA 234 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SEC. XIX. 25 CM DE COMPRIMENTO.NOTA: Joaquim Antônio de Siqueira Torres nasceu no dia 8 de dezembro de 1808 e faleceu no dia 29 de janeiro de 1888. Fez-se um próspero empresário atuando na agropecuária e no comércio, o que lhe rendeu a projeção para ser indicado como chefe político do Partido Liberal e assumir o comando da Guarda Nacional no município, ocupando o posto de capitão e depois de tenente-coronel. O seu primeiro casamento foi com Joaquina Vieira Sandes. Tiveram três filhos: Severino Pompeu de Siqueira Torres, Minervina de Siqueira Torres e Joana de Siqueira Torres. Joaquina faleceu precocemente. No segundo casamento, com sua cunhada Joana Vieira Sandes irmã mais nova de Joaquina , tiveram os seguintes filhos: Misseno de Siqueira Torres; padre Cícero Joaquim de Siqueira Torres; juiz de direito Miguel Arcanjo de Siqueira Torres;Manuel Vieira de Siqueira Torres; engenheiro geografo, deputado e senador estadual Antônio Vieira de Siqueira Torres; capitão da guarda nacional Alexandre Vieira de Siqueira Torres; engenheiro Luiz Vieira de Siqueira Torres, que também foi senador federal e vice-governador do estado de Alagoas; Brandina Vieira de Siqueira Torres; Manoel Antônio Firmino de Godoy e Cecilia Dourado. Joana Vieira Sandes nasceu em Água Branca no dia 30 de dezembro de 1830 e morreu no dia 27 de dezembro de 1923, com 93 anos de idade. Um dos maiores feitos de Joaquim Antônio de Siqueira Torres foi a construção da Igreja Matriz de Água Branca. Avalia-se que gastou parte considerável de sua fortuna para erguer um dos mais belos templos do país. Esse desprendimento foi reconhecido pelo imperador D. Pedro II, que lhe concedeu, pelo Decreto Imperial de 15 de novembro de 1879, o título de barão, e do Papa Leão XIII recebeu a comenda da Ordem de São Gregório Magno.
  • CRISTO CRUCIFICADO  DITO CRISTO VIVO  LINDA ESCULTURA LUZÍADA ESTILO DONA MARIA I EM MADEIRA ENTALHADA E DOURADA REPRESENTANDO A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. PORTUGAL, SEC. XIX. 27 CM DE ALTURA (SOMENTE O CRISTO) E 79 CM DE ALTURA (TOTAL)
  • LINDO CRUCIFIXO EM MADEIRA E PRATA DE LEI. A MADEIRA É RECOBERTA POR RÁDICA E O CRISTO E GUARNIÇÕES SÃO EM PRATA DE LEI. O RESPLENDOR DO CRISTO TEM REPRESENTAÇÃO DE CORDEIRO MÍSTICO (AGNUS DEI). PORTUGAL, FINAL DO SEC. XIX. 43 CM DE ALTURA
  • EXUBERANTE SALVA EM PRATA DE LEI ESTILO DOM JOÃO V COM MARCAS PARA A CIDADE DO PORTO, MEADOS DO SEC. XIX. MARCAS DO ENSAIDOR CAETANO RODRIGUES DE ARAÚJO (ATIVO ENTRE 1853 E 1861) E PRATEIRO CLASSIFICADO POR MOITINHO COMO P46 (PAG. 220) DATÁVEL ENTRE 1843 E 1861. BORDA DECORADA COM LINDAS ROCAILLES E FLORES EM RELEVO. PLANO COM MAGNÍFICOS CINZELADOS. EM RESERVA DOIS MONOGRAMASCOM INICIAIS CAH E GAH. SOB OS MONOGRAMAS AS DATAS 1871 E 1887 . A SALVA É FINALIZADA POR LINDOS PÉS EM ALTOS EM GARRA E BOLA. PORTUGAL, MEADOS DO SEC. XIX. 32 CM DE DIAMETRO. 880 G
  • PRATA DE LEI GEORGIANA  EXCEPCIONAL TABULEIRO GEORGE IV EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA 1829 E PRATEIRO JOSEPH ASH. BORDA A TODA VOLTA COM GODRONS. ALÇAS LATERAIS. O PLANO TEM BELISSIMOS GUILLOCHES SEM DESGASTE FORMANDO FLORES E RAMAGENS. INGLATERRA, 1829. 70 CM DE COMPRIMENTO. 3485 GNOTA: Joseph Ash I, ourives de Londres, foi aprendiz de Roger Biggs da Glovers Company a partir de 1793 por 7 anos. Naquela época a lei obrigava os aprendizes a servidão por sete anos a título da aprendizagem do oficio. Livre em 1801 registrou sua primeira marca  um dia após sua liberdade. Dois aprendizes de seu antigo mestre foram entregues a ele no mês seguinte.
  • BACCARAT LAPIDAÇÃO COLBERT  LINDA COMPOTEIRA E SEU PRESENTOIR EM CRISTAL DOUBLE TRANSLUCIDO E CEREJA COM LAPIDAÇÃO MODELO COLBERT. FORMA PAR COM A OFERTADA NO LOTE A SEGUIR. TAMPA TEM PEGA COM LAPIDAÇÃO DIAMANTE E SOB A BASE LAPIDAÇÃO ESTRELA. FRANÇA, SEC. XIX. 25 CM DE ALTURA
  • BACCARAT LAPIDAÇÃO COLBERT  LINDA COMPOTEIRA E SEU PRESENTOIR EM CRISTAL DOUBLE TRANSLUCIDO E CEREJA COM LAPIDAÇÃO MODELO COLBERT. FORMA PAR COM A OFERTADA NO LOTE ANTERIOR. TAMPA TEM PEGA COM LAPIDAÇÃO DIAMANTE E SOB A BASE LAPIDAÇÃO ESTRELA. FRANÇA, SEC. XIX. 25 CM DE ALTURA
  • PRATA DE LEI VITORIANA - LINDO TINTEIRO EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES, LETRA DATA PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA 1853. POSSUI UM TIMBRE ARMORIAL DE CAVALEIRO ENCIMADO POR UM LEÃO E UMA DEDICATÓRIA DATADA DE 1855. DOTADO DE DOIS FRASCOS EM CRISTAL PARA TINTAS E UM DELICADO CASTIÇAL MÓVEL.  O TINTEIRO  TEM BELO ARREMATE NAS EXTREMIDADES SIMULANDO PERGAMINHO.  INGLATERRA, MEADOS DO SEC. XIX. 26 CM DE COMPRIMENTO.  690 G
  • SANSON  LINDA ÂNFORA EM PORCELANA SEGUNDO MODELO MEISSEN DECORADA COM ESMALTES DA FAMÍLIA ROSA . A DECORAÇÃO TEM  FLORES E RESERVAS EMOLDURADAS POR CONTORNO SIMULANDO FOLHA CONTENDO EM SEU INTERIOR PAISAGEM COM CENA LACUSTRE. ALÇAS COM FEITIO DE ÁGUIAS. MANUFATURA SANSON, FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. 34 CM DE ALTURA.NOTA: Sanson especializou-se em atender encomendas de nobres e aristocratas para substituir peças quebradas em antigos aparelhos principalmente de Meissem, Sévres e Companhia das Indias, o nível de perfeição é tão grande que dificilmente se distingue a produção de Sanson das que foram encomendadas no aparelho originalmente. Hoje as peças de Sanson são objeto de coleção disputado por grandes colecionadores.
  • PAR DE BELAS ESCULTURAS EM PEDRA DURA REPRESENTANDO FIGURAS DE CÃES DE FÓ (MACHO E FÊMEA). ARTISTICAMENTE ESCULPIDAS. CHINA, INÍCIO DO SEC. XIX. 20 CM DE ALTURANOTA: Segundo a tradição Budista estes elementos conhecidos também como Cães Celestiais são os protetores dos lares impedindo a entrada do mau. O macho tem geralmente sobre a pata uma esfera enquanto que sob a pata da fêmea existe uma cria. A origem dos cães de fó na cultura chinesa remonta aos leões trazidos em incursões dos chineses à África Oriental, tais animais eram levados empalhados devido a distância para a China e as pessoas assombrados pelo tamanho dos animais empalhados e portanto inertes, os imaginavam como criaturas gentis como cães daí a expressão cão de fó.
  • CONJUNTO COM OITO RECIPIENTES PARA MANTEIGA EM PRATA DE LEI. CONTRASTE STERLING. DECORADOS COM ELEGANTES GUILOCHES. EUA, INICIO DO SEC. XX. 7 CM DE DIAMETRO.
  • LIBRA EM OURO 22K DATADA DE 1886. REINADO DA RAINHA VITÓRIA. INGLATERRA, SEC. XIX, 22,05 MM, 7,9 GNOTA: libra em ouro ou Soberano (em inglês, Sovereign) é uma moeda do Reino Unido, equivalente a uma libra esterlina. No entanto, é utilizada na prática como reserva de valor a usar no futuro e não como moeda de troca. As suas características específicas mantiveram-se invariáveis de 1817 até hoje, o que possibilita uma autenticação das libras recorrendo-se a instrumentos de pesagem e medição exclusivos da área de ourivesaria. Assim, o seu peso é de sensivelmente 7,937 gramas (que pode ter sofrido algum decréscimo resultante do seu uso e respectivo desgaste); a sua espessura é de 1,52 mm; o seu diâmetro é de 22,05 mm; a sua composição é de ouro de 22 quilates; as datas gravadas numa das faces remontam a 1817.
  • BARÃO DE ÁGUA BRANCA  BACCARAT  LINDA E ROBUSTA TAÇA EM CRISTAL DE BACCARAT COM LAPIDAÇÃO HARCOURT NAS TONALIDES AZUL E TRANSLÚCIDA,  MODELO CRIADO EM  1831. BORDA FILETADA EM OURO. PERTENCEU AO SERVIÇO DO BARÃO DE ÁGUA BRANCA, JOAQUIM ANTONIO DE SIQUEIRA TORRES (ÁGUA BRANCA, ALAGOAS, 1808-1888) E FOI A TAÇA UTILIZADA PELO GOVERNADOR DE ALAGOAS REFERENCIADA NA HISTÓRIA CONTADA NO LOTE ANTERIOR. FRANÇA, SEC. XIX. 13 CM DE ALTURANOTA: O CANGACEIRO LAMPIÃO E A BARONESA DE ÁGUA BRANCA  A Crônica Alagoana registrou o saque do Cangaceiro Lampião e seu bando ao SOLAR DO BARÃO DE ÁGUA BRANCA. Nesse tempo já havia falecido o barão há mais de três décadas mas vivia entretanto a Baronesa viúva dona  Joana Vieira de Siqueira Torres, nonagenária, que enfrentou o grupo de Lampião em 26.06.1922. Sinhô Pereira emprestou parte do seu bando para a invasão de Água Branca (AL). Os versos de Versos de Manoel DAlmeida Filho, publicados no folheto de cordel Os cabras de Lampião contam: "Foi ao Palacete da Viúva Joana Vieira, Baronesa de Água Branca, Numa 'entrevista' ligeira, Levou-lhe todas as jóias Para aumentar sua 'feira'". Virgulino Lampião há tempos vivia pedindo dinheiro à Baronesa, e esta de pronto respondia: "Tenho vinte contos, mas é para comprar de munição para o couro dele!". Diante da negativa da Baronesa, Lampião planejou um assalto à cidade de Água Branca. Claro, ele esperou um ano depois da resposta da Baronesa, pois ela havia enchido as ruas de jagunços, temendo alguma ação do cangaceiro. Desfeita a tensão, Virgulino enviou um espião à feira de Água Branca, a fim de verificar as forças policiais. Enquanto isso, Lampião esperava as notícias em Bom Conselho de Papacaça. Depois de ficar informado sobre a situação de Água Branca, Lampião rumou em direção ao município. Foram quatro noites de viagem, sendo que os dias serviam para o descanso de Lampião. Na tarde do dia 27 de junho de 1928, o cangaceiro tomou um sítio não muito longe de Água Branca e obrigou o dono a fazer compras na cidade. Deu-lhe dinheiro e uma lista, que continha cigarros, fósforos, esteiras de pipiri, duas redes brancas e uma lata de tinta vermelha. Para ter certeza que o dono do sítio ficasse em silêncio, Lampião manteve a família dele como refém. Caso abrisse o bico, Lampião prometeu judiar e até mesmo matar todos os familiares. Lampião dividiu seu bando estrategicamente. Quatro duplas se formaram para fazer o bloqueio das entradas da cidade e ali ficarem até o término do assalto. Os outros dez cangaceiros encheram as duas redes compradas no comércio com armas e munições. A lata de tinta vermelha serviu para pintar as redes, dando assim a impressão de sangue de morto. Ao amanhecer do dia 28, os dez cangaceiros entraram em Água Branca, carregando as redes com os dois "defuntos". Estacionaram em frente ao quartel da cidade e avisaram ao soldado de vigia: "isto foi dois que nós achou morto e truxemo para fazer o corpo delito". O vigia os convidou para entrar e esperar, enquanto ele iria acordar um outro soldado numa casa vizinha. Quando o vigia saiu atrás de ajuda, os cangaceiros trataram de pegar as armas escondidas dentro das redes e esperam a volta para dar o bote. Quando os guardas voltaram, Lampião mostrou as armas e disse: "o defunto é esse, visse?". Lampião soltou vinte presos e no lugar deles prendeu todos os guardas. Obrigou ainda ao corneteiro dar toque de reunir. Ao todo, Lampião enjaulou mais de trinta soldados e roubou todas as armas e munições, que logo foram distribuídas entre os ex-prisioneiros. Agora Lampião contava com trinta homens armados prontos para o assalto. Os cangaceiros tomaram as ruas e acordaram os moradores com tiros. As casas e as lojas dos mais ricos foram sendo saqueadas uma por uma. A Baronesa foi a que sofreu o maior prejuízo: trinta contos de réis em dinheiro, ouro, jóias, roupas e vinte e cinco cabras leiteiras. Após o saque, a Baronesa ainda seria humilhada a passear de braço dado com Lampião pelo meio das ruas da cidade. Em Água Branca, pela primeira vez os cangaceiros, entusiasmados pela vitória, cantaram o hino de guerra "Mulher Rendeira", um xaxado ritmado pela batida forte dos rifles batendo no chão: "Olê mulé rendeira/ olê mulé rendá/ tu me ensina a fazer renda/ que eu te ensino a namorar".
  • D. HOINET -  MÚSICO TOCANDO FAGOTE  OLEO SOBRE MADEIRA  RICAMENTE EMOLDURADO. EUROPA, MEADOS DO SEC. XIX. 45 X 38 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA). SOMENTE A PLACA: 27 X 21 CM
  • D. HOINET -  MÚSICO TOCANDO OBOÉ  OLEO SOBRE MADEIRA  RICAMENTE EMOLDURADO. EUROPA, MEADOS DO SEC. XIX. 45 X 38 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA). SOMENTE A PLACA: 27 X 21 CM

672 Itens encontrados

Página: