Lote 202A
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Arte sacra

VIEIRA SERVAS (ATR.): MAGNÍFICA IMAGEM DE CRISTO CRUCIFICADO. NOTA-SE TODAS AS CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS DE VIEIRA SERVAS: A PERFEITA HARMONIZAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA FACE, O SENDAL ARRUMADO EM DOBRAS CUIDADOSAS E TRAÇOS RETOS, OS CABELOS CAINDO EM CACHOS SOBRE OS OMBROS, O EXTERNO PRONUCIADO COM TORAX E COSTELAS DEFINIDOS.BRAÇOS ESCULPIDOS COM ESPANTOSO REALISMO COM VEIAS SALIENTES. ESTE É O CRISTO DOS ANOS ALEGRES E DESPREOCUPADOS DE MINHA JUVENTUDE, QUANDO AS TINTAS DO LIVRO DA VIDA MAL COBRIAM O PREFÁCIO, E AS PÁGINAS A SEREM ESCRITAS AINDA AGUARDAVAM EM BRANCO MINHA HISTÓRIA. JÁ VÃO QUASE TRINTA ANOS, A HISTÓRIA DA AQUISIÇÃO DESSA PEÇA ESTÁ CONTADA EM PORMENOR NA ABERTURA DO LEILÃO. BELA E IMPORTANTE PEÇA DO ALTO BARROCO BRASILEIRO! MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 32 CM DE ALTURA. NOTA:Francisco Vieira Servas nasceu na Freguesia de Sam Paio de Eira Vedra, Concelho de Vieira, Comarca de Guimarães, Arcebispado de Braga, Portugal, no ano de 1720. Seu falecimento veio a ocorrer no dia 17 de julho do ano de 1811, aos noventa e um anos de idade na cidade de São Domingos do Prata.Consta em sua certidão de batismo, sugestiva referência a seu padrinho, o entalhador Francisco Vieira da Torre, autor de dois retábulos colaterais, um altar lateral (lado do evangelho) e talha do arco-cruzeiro, com data de 1729, na Matriz de Torqueda, Concelho de Vila Real, em Portugal. Em seu testamento datado de 1809, escrito por Joam Fernandes Rodrigues de Limae, sob sua aquiescência, Francisco Vieira Servas refere-se ao seu sócio, o entalhador José Fernandes Lobo, na condição de segundo herdeiro e testamenteiro, e a seu sobrinho, José Vieira Servas, seu herdeiro universal, que no ano de 1829 trabalha como Juiz de Paz em São Domingos do Prata.Sua trajetória em terras mineiras demarca com bastante clareza a evolução de um artista daquele período que no seu caso específico, após aprender o ofício no seio da família em Portugal, vem para o Brasil iniciar suas atividades artísticas como assistente de outros mestres entalhadores para, enfim, trilhar o seu caminho próprio na condição máxima de mestre nas artes da talha e da escultura.As primeiras notícias em solo brasileiro sobre Servas datam de 1752, em Catas Altas do Mato Dentro, onde ao lado de Manoel Pinto, Martinho Gonçalves e Feliciano Pereira todos contratados na condição de oficiais entalhadores -, recebe da Irmandade do Santíssimo Sacramento os honorários referentes a trabalhos já executados na Matriz de Nossa Senhora da Conceição da referida localidade. Seu legado de obras artísticas espalhado por diversas cidades do estado de Minas Gerais prima pela classe e elegância reveladas pelo seu cinzel no trato com a madeira. Contudo, é na decoração interna da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Mariana onde reside a verdadeira concepção dos retábulos e esculturas de Francisco Vieira Servas, podendo ser visualizadas a estrutura formal de seus retábulos compostos da famosa arbaleta, de rocalhas e elementos fitomorfos característicos, suas variações anatômicas, seu controle para a disposição das figuras em pontos distintos do retábulo e ainda os detalhes fisionômicos dos seus pares de querubins. Talvez, sem as transformações ocorridas na Capitania, Servas fosse lembrado apenas como outro artista português do período barroco. Entretanto, uma vez envolvido no processo evolutivo que originou os chamados novos templos construídos no território aurífero, é digna a constatação de que ele assimilou as novidades estéticas que vieram mudar de forma magistral o panorama da arte exercida na então Capitania das Minas do Ouro. Apesar de português de nascimento Servas foi, juntamente com um seleto grupo de artistas da segunda metade do século XVIII, incluindo-se Aleijadinho, um dos grandes responsáveis pela construção dessa arte com características bastante peculiares e de extrema originalidade que viria a ser denominada por estudiosos do tema de barroco mineiro.

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Tipo: Arte sacra

VIEIRA SERVAS (ATR.): MAGNÍFICA IMAGEM DE CRISTO CRUCIFICADO. NOTA-SE TODAS AS CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS DE VIEIRA SERVAS: A PERFEITA HARMONIZAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA FACE, O SENDAL ARRUMADO EM DOBRAS CUIDADOSAS E TRAÇOS RETOS, OS CABELOS CAINDO EM CACHOS SOBRE OS OMBROS, O EXTERNO PRONUCIADO COM TORAX E COSTELAS DEFINIDOS.BRAÇOS ESCULPIDOS COM ESPANTOSO REALISMO COM VEIAS SALIENTES. ESTE É O CRISTO DOS ANOS ALEGRES E DESPREOCUPADOS DE MINHA JUVENTUDE, QUANDO AS TINTAS DO LIVRO DA VIDA MAL COBRIAM O PREFÁCIO, E AS PÁGINAS A SEREM ESCRITAS AINDA AGUARDAVAM EM BRANCO MINHA HISTÓRIA. JÁ VÃO QUASE TRINTA ANOS, A HISTÓRIA DA AQUISIÇÃO DESSA PEÇA ESTÁ CONTADA EM PORMENOR NA ABERTURA DO LEILÃO. BELA E IMPORTANTE PEÇA DO ALTO BARROCO BRASILEIRO! MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 32 CM DE ALTURA. NOTA:Francisco Vieira Servas nasceu na Freguesia de Sam Paio de Eira Vedra, Concelho de Vieira, Comarca de Guimarães, Arcebispado de Braga, Portugal, no ano de 1720. Seu falecimento veio a ocorrer no dia 17 de julho do ano de 1811, aos noventa e um anos de idade na cidade de São Domingos do Prata.Consta em sua certidão de batismo, sugestiva referência a seu padrinho, o entalhador Francisco Vieira da Torre, autor de dois retábulos colaterais, um altar lateral (lado do evangelho) e talha do arco-cruzeiro, com data de 1729, na Matriz de Torqueda, Concelho de Vila Real, em Portugal. Em seu testamento datado de 1809, escrito por Joam Fernandes Rodrigues de Limae, sob sua aquiescência, Francisco Vieira Servas refere-se ao seu sócio, o entalhador José Fernandes Lobo, na condição de segundo herdeiro e testamenteiro, e a seu sobrinho, José Vieira Servas, seu herdeiro universal, que no ano de 1829 trabalha como Juiz de Paz em São Domingos do Prata.Sua trajetória em terras mineiras demarca com bastante clareza a evolução de um artista daquele período que no seu caso específico, após aprender o ofício no seio da família em Portugal, vem para o Brasil iniciar suas atividades artísticas como assistente de outros mestres entalhadores para, enfim, trilhar o seu caminho próprio na condição máxima de mestre nas artes da talha e da escultura.As primeiras notícias em solo brasileiro sobre Servas datam de 1752, em Catas Altas do Mato Dentro, onde ao lado de Manoel Pinto, Martinho Gonçalves e Feliciano Pereira todos contratados na condição de oficiais entalhadores -, recebe da Irmandade do Santíssimo Sacramento os honorários referentes a trabalhos já executados na Matriz de Nossa Senhora da Conceição da referida localidade. Seu legado de obras artísticas espalhado por diversas cidades do estado de Minas Gerais prima pela classe e elegância reveladas pelo seu cinzel no trato com a madeira. Contudo, é na decoração interna da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Mariana onde reside a verdadeira concepção dos retábulos e esculturas de Francisco Vieira Servas, podendo ser visualizadas a estrutura formal de seus retábulos compostos da famosa arbaleta, de rocalhas e elementos fitomorfos característicos, suas variações anatômicas, seu controle para a disposição das figuras em pontos distintos do retábulo e ainda os detalhes fisionômicos dos seus pares de querubins. Talvez, sem as transformações ocorridas na Capitania, Servas fosse lembrado apenas como outro artista português do período barroco. Entretanto, uma vez envolvido no processo evolutivo que originou os chamados novos templos construídos no território aurífero, é digna a constatação de que ele assimilou as novidades estéticas que vieram mudar de forma magistral o panorama da arte exercida na então Capitania das Minas do Ouro. Apesar de português de nascimento Servas foi, juntamente com um seleto grupo de artistas da segunda metade do século XVIII, incluindo-se Aleijadinho, um dos grandes responsáveis pela construção dessa arte com características bastante peculiares e de extrema originalidade que viria a ser denominada por estudiosos do tema de barroco mineiro.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada