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Arte sacra

PRESÉPIO NAPOLITANO - Figura de nobre, personagem de Presépio Napolitano. Grande e expressiva escultura em terracota vestido com casaca a maneira setecentista. Base em madeira patinada simulando solo. Expressiva escultura! Napoli, sec. XVIII. 49 cm de altura. NOTA: Duas características distinguem os presépios napolitanos do séc. XVIII de exemplos provenientes de qualquer outra região: por um lado os adereços em miniatura - os chamados "finimenti"- que são absolutmanete reais, e por outro lado o elevado número de coloridas cenas da vida popular, as quais muitas vezes remetem para o segundo plano a narrativa da natividade em sí. O desenvolvimento muito particular da construção de presépios em Nápoles desde os anos trinta do séc. XVIII, deu origem a estas características muito próprias. No séc. XVII, as figuras de presépios napolitanos eram, como também em outras regiões da Itália, predominantemente de madeira talhada ou pedra esculpida, sendo agrupadas de uma forma muito tradicional, compondo as cenas usuais. Com a subida ao trono do jovem Carlos III, que em 1734 foi coroado Rei das duas Sicílias, inicia-se uma virada de extrema relevância para esta arte. O jovem rei era de origem espanhola, filho de Filipe V, sentindo-se por isso, muito familiarizado com o costume da montagem do presépio, o que o leva a investir muito tempo e dinheiro no presépio real. Nas décadas que se seguem, importantes modelistas executam as expressivas cabeças em barro destinadas às figuras, as quais pouco tempo depois já são produzidas em tamanho universal de cerca de 38cm. As cabeças eram cozidas, pintadas com o maior esmero, cozindas novamente e por fim recebiam olhos de vidro que lhes davam um ar extremamente vivo. Outros artistas, que provavelmente trabalhavam também em oficinas do genero, talhavam em madeira as pernas até aos joelhos e os braços até aos cotovelos, os quais normalmente tinham dedos longos que gesticulavam expressivamente. Estas cinco partes - a cabeça de terracota, os braços e as pernas de madeira - eram por fim acrescentadas a uma estrutura de arame revestida de estopa que formava o corpo das figuras extremamente maleáveias. Eram no entanto, os seus trajes que as tornavam invariavelmente reais. Mas não são tanto as veste do casal sagrado - a Virgem Maria estando quase sempre vestida com um traje cor-de-rosa e um manto azul, São José usando uma capa castanha - que saltam à vista, mas sim por um lado os trajes dos cidadãos napolitanos que se apresssam a chegar ao presépio e, por outro lado os dos Reis Magos e da sua exótica comitiva. As vestes dos cidadãos da cidade - os quais normalmente aparecem em muito maior número que os pastores, envoltos em simples mantos de pele - são reproduções fieis dos trajes napolitanos da primeira metade do séc. XVIII. Os homens vestem, por baixo de elegantes capas, calças estreitas com faixas finamente listradas e coletes de seda com delicados padrões; pertencem também à sua apresentação bengalas e cachimbos. As mulheres vestem corpetes coloridos sobre mangas brancas e tufadas, saias de seda com pregas combinadas com lenços de cabeça preciosamente adornados com rendas, usam ainda brincos e colares de ouro. Além do mais, trazem finos cestos de compras nas mais diversas formas. Mas, o povo de Nápoles não se encontra somente a caminho do presépio para adorar o Menino - povoa sobretudo as cenas que representam feiras. É bastante óbvio que para muitas famílias nobres desta cidade, o Natal não passava de um pretexto para poderem montar as magníficas cenas de rua, com as quais uma vez por ano se podiam deleitar, pois, devido à sua posição social, estavam excluídas da vida popular, que supunham ser alegre e colorida.As figuras da comitiva dos Reis Magos, por sua vez, tinham um "status" um pouco diferente, pois também nos presépios de outras regiões eram suntosamente adornadas, tendo os artistas a possibilidade de deixar correr livre a fantasia. Normalmente, os Reis Magos dos presépios napolitanos usam vestes de seda extremamente preciosas, ricamente bordadas e usam jóias muito trabalhadas. Na sua comitiva encontram-se pessoas das mais diversas origens, cujas fisionomias são elaboradas de uma forma muito cuidadosa. Os seus adereços e as suas jóias correspondem às ideias que os Europeus da época tinham do exótico, belo e estranho. A comitiva é frequentemente acompanhada por animais, nessa altura pouco conhecidos na Europa, mas queos artistas napolitanos tinham à sua disposição para efeitos de estudo. A tarefa mais importante da comitiva consiste em transportar as preciosas oferendas que os Reis trouxeram para o Menino Jesus: recipentes altos de ouro com apliques em coral e prata. Estes presentes reais eram mesmo executados em ouro, prata e pedras preciosas, como também só se utilizava os materiais originais para os numerosos instrumentos de música, os instrumentos de sopro e cordas são trabalhados como verdadeiras miniaturas em madeira ou latão, os adornos são de madrepérola e marfim. (http://www.amigosdopresepio.org/historia/o-presepio-napolitano/)

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Tipo: Arte sacra

PRESÉPIO NAPOLITANO - Figura de nobre, personagem de Presépio Napolitano. Grande e expressiva escultura em terracota vestido com casaca a maneira setecentista. Base em madeira patinada simulando solo. Expressiva escultura! Napoli, sec. XVIII. 49 cm de altura. NOTA: Duas características distinguem os presépios napolitanos do séc. XVIII de exemplos provenientes de qualquer outra região: por um lado os adereços em miniatura - os chamados "finimenti"- que são absolutmanete reais, e por outro lado o elevado número de coloridas cenas da vida popular, as quais muitas vezes remetem para o segundo plano a narrativa da natividade em sí. O desenvolvimento muito particular da construção de presépios em Nápoles desde os anos trinta do séc. XVIII, deu origem a estas características muito próprias. No séc. XVII, as figuras de presépios napolitanos eram, como também em outras regiões da Itália, predominantemente de madeira talhada ou pedra esculpida, sendo agrupadas de uma forma muito tradicional, compondo as cenas usuais. Com a subida ao trono do jovem Carlos III, que em 1734 foi coroado Rei das duas Sicílias, inicia-se uma virada de extrema relevância para esta arte. O jovem rei era de origem espanhola, filho de Filipe V, sentindo-se por isso, muito familiarizado com o costume da montagem do presépio, o que o leva a investir muito tempo e dinheiro no presépio real. Nas décadas que se seguem, importantes modelistas executam as expressivas cabeças em barro destinadas às figuras, as quais pouco tempo depois já são produzidas em tamanho universal de cerca de 38cm. As cabeças eram cozidas, pintadas com o maior esmero, cozindas novamente e por fim recebiam olhos de vidro que lhes davam um ar extremamente vivo. Outros artistas, que provavelmente trabalhavam também em oficinas do genero, talhavam em madeira as pernas até aos joelhos e os braços até aos cotovelos, os quais normalmente tinham dedos longos que gesticulavam expressivamente. Estas cinco partes - a cabeça de terracota, os braços e as pernas de madeira - eram por fim acrescentadas a uma estrutura de arame revestida de estopa que formava o corpo das figuras extremamente maleáveias. Eram no entanto, os seus trajes que as tornavam invariavelmente reais. Mas não são tanto as veste do casal sagrado - a Virgem Maria estando quase sempre vestida com um traje cor-de-rosa e um manto azul, São José usando uma capa castanha - que saltam à vista, mas sim por um lado os trajes dos cidadãos napolitanos que se apresssam a chegar ao presépio e, por outro lado os dos Reis Magos e da sua exótica comitiva. As vestes dos cidadãos da cidade - os quais normalmente aparecem em muito maior número que os pastores, envoltos em simples mantos de pele - são reproduções fieis dos trajes napolitanos da primeira metade do séc. XVIII. Os homens vestem, por baixo de elegantes capas, calças estreitas com faixas finamente listradas e coletes de seda com delicados padrões; pertencem também à sua apresentação bengalas e cachimbos. As mulheres vestem corpetes coloridos sobre mangas brancas e tufadas, saias de seda com pregas combinadas com lenços de cabeça preciosamente adornados com rendas, usam ainda brincos e colares de ouro. Além do mais, trazem finos cestos de compras nas mais diversas formas. Mas, o povo de Nápoles não se encontra somente a caminho do presépio para adorar o Menino - povoa sobretudo as cenas que representam feiras. É bastante óbvio que para muitas famílias nobres desta cidade, o Natal não passava de um pretexto para poderem montar as magníficas cenas de rua, com as quais uma vez por ano se podiam deleitar, pois, devido à sua posição social, estavam excluídas da vida popular, que supunham ser alegre e colorida.As figuras da comitiva dos Reis Magos, por sua vez, tinham um "status" um pouco diferente, pois também nos presépios de outras regiões eram suntosamente adornadas, tendo os artistas a possibilidade de deixar correr livre a fantasia. Normalmente, os Reis Magos dos presépios napolitanos usam vestes de seda extremamente preciosas, ricamente bordadas e usam jóias muito trabalhadas. Na sua comitiva encontram-se pessoas das mais diversas origens, cujas fisionomias são elaboradas de uma forma muito cuidadosa. Os seus adereços e as suas jóias correspondem às ideias que os Europeus da época tinham do exótico, belo e estranho. A comitiva é frequentemente acompanhada por animais, nessa altura pouco conhecidos na Europa, mas queos artistas napolitanos tinham à sua disposição para efeitos de estudo. A tarefa mais importante da comitiva consiste em transportar as preciosas oferendas que os Reis trouxeram para o Menino Jesus: recipentes altos de ouro com apliques em coral e prata. Estes presentes reais eram mesmo executados em ouro, prata e pedras preciosas, como também só se utilizava os materiais originais para os numerosos instrumentos de música, os instrumentos de sopro e cordas são trabalhados como verdadeiras miniaturas em madeira ou latão, os adornos são de madrepérola e marfim. (http://www.amigosdopresepio.org/historia/o-presepio-napolitano/)

Informações

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Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada