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Brasil Império

DONA CARLOTA JOAQUINA DE BOURBON Y BRAGANÇA RAINHA DE PORTUGAL, IMPERATRIZ DO BRASIL. PRECIOSO PEDANTIFE EM OURO, PRATA E MINAS NOVAS COM CAMAFEU ESCULPIDO EM ROCHA LEPIDOLITE PRIMOROSAMENTE ENTALHADO EM ALTO RELEVO COM O BRASÃO DE ARMAS DO PRINCIPE DO BRASIL. O TÍTULO DE PRINCIPE DO BRASIL ERA DESTINADO AO PRIMOGÊNITO DO REI E PORTANTO O HERDEIRO DO TRONO PORTUGUÊS E ESCOLHIA SEU BRASÃO DE ARMAS PESSOAL, AS DESSE CAMAFEU FORAM AS ARMAS ADOTADAS DO FUTURO REI DOM JOÃO VI E POR SUA CONSORTE DONA CARLOTA JOAQUINA QUE OCUPARAM A POSIÇÃO DE S.A.R PRINCIPES DO BRASIL DE 1788 ATÉ 1816 QUANDO ACESDERAM AO TRONO. O BRASÃO DE ARMAS È EMOLDURADO POR FLORES E ENCIMADO POR COROA REAL. DA PARTE INFERIOR DO BRASÃO PENDE A GRANDE CRUZ DA ORDEM DE CRISTO ADOTADA NO BRASÃO DE DOM JOÃO VI. A JÓIA ESTÁ ACONDICIONADA EM ESTOJO FORRADO EM VELUDO E INTERIOR EM CETIM CARMESIM. A TAMPA TEM MAGNIFICO BORDADO DO BRASÃO IMPERIAL BRASILEIRO ADOTADO PELO IMPERADOR DOM PEDRO I DE ONDE PENDE AO CENTRO A COMENDA CRUZEIRO DO SUL (A PRIMEIRA COMENDA BRASILEIRA, CRIADA POR DOM PEDRO I APENAS TRES MESES APÓS A INDEPENDENCIA EM DEZEMBRO DE 1822). A COROA DO ESTOJO É AINDA A COROA REAL PORTUGUESA E O LAÇO NACIONAL NA PARTE INFERIOR É VERMELHO COMO FOI ATÉ O FINAL DE 1822. PROCEDENTE DA COLEÇÃO SENADOR JOSÉ DE FREITAS VALLE VILLA KYRIAL. O SENADOR FOI UM DOS MAIORES COLECIONADORES DE ARTE DO BRASIL, SUAS COLEÇÕES REMONTAM AO FINAL DO SEC. XIX, FOI GRANDE MECENAS DA ARTE NO INICIO DO SEC. XIX. DISPERSADA A COLEÇÃO NA DECADA DE 60, CONSTITUE O CERNE DE IMPORTANTES MUSEUS BRASILEIROS. FOI SENADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO NOS ANOS INICIAIS DA REPÚBLICA, LOGO APÓS O GOLPE DE 1889 E TAMBÉM FOI UM DOS ARREMATANTES DOS LEILÕES DO PAÇO IMPERIAL DE SÃO CRISTÓVÃO. PEÇA IMPORTANTE E DE EXTREMA QUALIDADE E BELEZA, ALTA OURIVESSARIA SETECENTISTA. PORTUGAL, SEC. XVIII. 8 CM DE ALTURA. 45 G.NOTA: JOSÉ DE FREITAS VALLE, mais conhecido como SENADOR FREITAS VALLE, (Alegrete, 20 de agosto de 1870 São Paulo, 14 de fevereiro de 1958) foi um advogado, poeta, político, mecenas e intelectual brasileiro. Filho de Manuel de Freitas Vale, natural de Ilha Bela, São Paulo, que migrou para os pampas em 1838, fixando-se em Alegrete, Rio Grande do Sul, onde fez fortuna, e de Luísa Firmino Jacques. No início do ano de 1886 mudou-se para São Paulo e, já em 7 de abril daquele ano teve sua matrícula deferida, ingressando na Faculdade de Direito de São Paulo, onde fincou suas raízes pelo resto de sua vida. Antes de terminar o curso, com 18 anos, casou-se com Antonieta Egídio de Souza Aranha, neta de Maria Luzia de Souza Aranha, viscondessa de Campinas, sendo filha de Martim Egydio de Souza Aranha e Talvina do Amaral Nogueira e irmã de Euclides de Souza Aranha, que veio a ser pai do chanceler Oswaldo Aranha, portanto, herdeira dos maiores produtores de café na região de Campinas. Era o ano de 1888. Se já era rico até então, juntadas as fortunas, tornou-se milionário. Foi seu filho o embaixador Cyro de Freitas Vale. Em 1895 foi nomeado subprocurador do Estado de São Paulo, exercendo o cargo até se aposentar como subprocurador-geral no ano de 1937; no mesmo ano de 1895 prestou concurso para a cadeira de Francês e Literatura Francesa no Ginásio do Estado lecionando até 1936, quando se aposentou como docente. Em 1903 iniciou-se na política paulista sendo eleito deputado pelo Partido Republicano Paulista, para a Câmara Estadual de São Paulo na 6ª Legislatura (1904-1906) sendo sucessivamente reeleito até a 12ª Legislatura, quando, em 1922, se candidatou e foi eleito para o preenchimento de vaga aberta no Senado Estadual. Em 1925 foi reeleito para o Senado exercendo o cargo de senador até a extinção deste pelos revolucionários de 1930. Fiel ao Partido Republicano Paulista PRP e, muito especialmente, a seus amigos e correligionários, Washington Luís Pereira de Sousa e Júlio Prestes, alijados do poder, desinteressou-se da política, muito embora tenha sido convidado pelo sobrinho Oswaldo Aranha, Ministro da Fazenda e da Justiça do governo Getúlio Vargas, a intermediar negociações partidárias respondia Meu coração é perepista e eu vou morrer PRP. Em 1904 o senador Freitas Vale adquiriu de Ernesto Zschöckel, para sua residência, uma chácara com sete mil metros quadrados, localizada na rua Domingos de Morais n 10, próxima da avenida Paulista, na Vila Mariana, bairro da cidade de São Paulo, que denominou Villa Kyrial, já com o propósito de torná-la um reduto cultural, inspirado na moda dos salões europeus, como os de Gertrud Stein ou de Natalie Clifford Barney. Em termos paulistanos, a Villa Kyrial, de certa maneira, sucedeu o salão social da residência de Dona Veridiana da Silva Prado, filha de Antônio da Silva Prado, barão de Iguape, localizada onde, mais tarde, se instalaria o São Paulo Clube que, em 2008, foi incorporado pelo Iate Clube de Santos para instalação da sua séde paulistana. Durante as primeiras décadas do século XX, a Villa Kyrial, passou a ser ponto paulistano para o encontro de boêmios, artistas, poetas - com ou sem recursos como também, de políticos - com ou em busca de cargos que se reuniam em magníficos saraus com aromas e sabores da Belle Époque parisiense, organizados e patrocinados pelo mecenas, JOSÉ DE FREITAS VALE. A VILA KYRIAL: Construída em 1904 na altura do que hoje é o número 300 da Rua Domingos de Morais, a Villa Kyrial teve um papel central para o desenvolvimento de nomes das vanguardas artísticas no Brasil. O gaúcho José de Freitas Valle, ilustre morador do casarão, foi um dos mecenas mais importantes da República Velha (1889-1930). Como congressista tinha acesso a recursos e verbas públicas que frequentemente usava para subsidiar as artes e também a educação. A sua casa, a famosa Villa Kyrial, palavra que tem origem no grego kyrios (deus), era um verdadeiro templo de cultura. A origem desse empreendimento remonta a 1904, quando comprou de alguns alemães uma chácara que ficava na Rua Domingos de Morais, 10 (atualmente o número seria 300), situada na Vila Mariana, bairro pouco povoado mas de terras altas e solo fértil. Além disso, nesse mesmo ano seria eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Paulista. Antes conhecida por Vila Gerda, a chácara foi renomeada para Villa Kyrial e possuía mil metros quadrados, com sua frente voltada à Domingos de Morais e os fundos para a Rua Cubatão. Sua grande ideia era a de transformar sua residência em um reduto de cultura. É preciso entender que, naquela época, São Paulo não possuía espaços apropriados para a convivência dos intelectuais e os salões da Villa se tornaram o point para que essas mentes se encontrassem. Não é um exagero dizer que, por algum tempo, a vida intelectual de SP passou a ser focada entre a Faculdade de Direito e das festas proporcionadas na Villa. Em pouco tempo, lá se encontravam artistas de todos os gêneros: literatos, músicos, políticos, artistas plásticos, atores, etc. Foram muitos os talentos que se revelaram em meio aos frequentes saraus, concertos, exposições, leituras e conferências sempre organizadas e realizadas por Freitas Valle. Era comum encontrar músicos executando obras eruditas à porta de entrada e a exposição de diversas obras de arte. Graças a ele, o pintor lituano Lasar Segall fez sua primeira exposição no Brasil em 1913 e Anitta Malfatti e Brecheret aperfeiçoaram suas técnicas na Europa, através de um programa conhecido como Pensionato Artístico. Era comum, também, receber convidados do nível do poeta Mário de Andrade e do compositor Heitor Villa-Lobos. Vale o destaque que, Monteiro Lobato, um dos grandes ícones do nosso país, criticava de maneira fervorosa Freitas Valle, que além de qualificá-lo como adepto de práticas políticas para se autopromover, dizia ser ele, um imitador da França. DONA CARLOTA JOAQUINA DE BOURBON Y BRAGANÇA: Carlota Joaquina Teresa Cayetana (Aranjuez, 25 de abril de 1775 Queluz, 7 de janeiro de 1830) foi a esposa do rei D. João VI e Rainha Consorte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e depois Reino de Portugal e Algarves de 1816 até 1826. Também foi Imperatriz Honorária do Brasil. Nascida como uma infanta da Espanha, era a filha primogénita do rei Carlos IV da Espanha e sua esposa, a princesa Maria Luísa de Parma. Casou-se em 8 de maio de 1785, aos dez anos, com o então infante de Portugal D. João de Bragança, Senhor do Infantado e Duque de Beja, filho da rainha D. Maria I de Portugal, numa tentativa de cimentar laços entre as duas coroas ibéricas. Detestada pela corte portuguesa, onde era chamada de a "Megera de Queluz", Carlota Joaquina também ganhou gradualmente a antipatia do povo, que a acusava de promiscuidade e de influenciar o marido a favor dos interesses da coroa espanhola. Depois da transferência da corte portuguesa para o Brasil, Carlota Joaquina começou a conspirar contra o marido, alegando que o mesmo não tinha capacidade mental para governar Portugal e suas possessões, querendo assim estabelecer uma regência. Ambiciosa, ela também almejava a coroa espanhola, que na época tinha sido usurpada por José Bonaparte, irmão de Napoleão Bonaparte. Depois do casamento em 1817 de seu filho D. Pedro com a arquiduquesa austríaca Leopoldina e com a posterior volta da família real a Portugal em 1821, Carlota foi confinada no Palácio Real de Queluz, onde morreu solitária e abandonada pelos filhos em 7 de janeiro de 1830, aos 54 anos. Após sua morte, Carlota Joaquina, principalmente no Brasil, tornou-se parte da cultura popular e uma figura histórica importante, sendo o assunto de vários livros, filmes e outras mídias. Alguns estudiosos acreditam que ela tenha tido um comportamento rude e calculista, atribuindo-lhe o fato de ela odiar o Brasil.

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DONA CARLOTA JOAQUINA DE BOURBON Y BRAGANÇA RAINHA DE PORTUGAL, IMPERATRIZ DO BRASIL. PRECIOSO PEDANTIFE EM OURO, PRATA E MINAS NOVAS COM CAMAFEU ESCULPIDO EM ROCHA LEPIDOLITE PRIMOROSAMENTE ENTALHADO EM ALTO RELEVO COM O BRASÃO DE ARMAS DO PRINCIPE DO BRASIL. O TÍTULO DE PRINCIPE DO BRASIL ERA DESTINADO AO PRIMOGÊNITO DO REI E PORTANTO O HERDEIRO DO TRONO PORTUGUÊS E ESCOLHIA SEU BRASÃO DE ARMAS PESSOAL, AS DESSE CAMAFEU FORAM AS ARMAS ADOTADAS DO FUTURO REI DOM JOÃO VI E POR SUA CONSORTE DONA CARLOTA JOAQUINA QUE OCUPARAM A POSIÇÃO DE S.A.R PRINCIPES DO BRASIL DE 1788 ATÉ 1816 QUANDO ACESDERAM AO TRONO. O BRASÃO DE ARMAS È EMOLDURADO POR FLORES E ENCIMADO POR COROA REAL. DA PARTE INFERIOR DO BRASÃO PENDE A GRANDE CRUZ DA ORDEM DE CRISTO ADOTADA NO BRASÃO DE DOM JOÃO VI. A JÓIA ESTÁ ACONDICIONADA EM ESTOJO FORRADO EM VELUDO E INTERIOR EM CETIM CARMESIM. A TAMPA TEM MAGNIFICO BORDADO DO BRASÃO IMPERIAL BRASILEIRO ADOTADO PELO IMPERADOR DOM PEDRO I DE ONDE PENDE AO CENTRO A COMENDA CRUZEIRO DO SUL (A PRIMEIRA COMENDA BRASILEIRA, CRIADA POR DOM PEDRO I APENAS TRES MESES APÓS A INDEPENDENCIA EM DEZEMBRO DE 1822). A COROA DO ESTOJO É AINDA A COROA REAL PORTUGUESA E O LAÇO NACIONAL NA PARTE INFERIOR É VERMELHO COMO FOI ATÉ O FINAL DE 1822. PROCEDENTE DA COLEÇÃO SENADOR JOSÉ DE FREITAS VALLE VILLA KYRIAL. O SENADOR FOI UM DOS MAIORES COLECIONADORES DE ARTE DO BRASIL, SUAS COLEÇÕES REMONTAM AO FINAL DO SEC. XIX, FOI GRANDE MECENAS DA ARTE NO INICIO DO SEC. XIX. DISPERSADA A COLEÇÃO NA DECADA DE 60, CONSTITUE O CERNE DE IMPORTANTES MUSEUS BRASILEIROS. FOI SENADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO NOS ANOS INICIAIS DA REPÚBLICA, LOGO APÓS O GOLPE DE 1889 E TAMBÉM FOI UM DOS ARREMATANTES DOS LEILÕES DO PAÇO IMPERIAL DE SÃO CRISTÓVÃO. PEÇA IMPORTANTE E DE EXTREMA QUALIDADE E BELEZA, ALTA OURIVESSARIA SETECENTISTA. PORTUGAL, SEC. XVIII. 8 CM DE ALTURA. 45 G.NOTA: JOSÉ DE FREITAS VALLE, mais conhecido como SENADOR FREITAS VALLE, (Alegrete, 20 de agosto de 1870 São Paulo, 14 de fevereiro de 1958) foi um advogado, poeta, político, mecenas e intelectual brasileiro. Filho de Manuel de Freitas Vale, natural de Ilha Bela, São Paulo, que migrou para os pampas em 1838, fixando-se em Alegrete, Rio Grande do Sul, onde fez fortuna, e de Luísa Firmino Jacques. No início do ano de 1886 mudou-se para São Paulo e, já em 7 de abril daquele ano teve sua matrícula deferida, ingressando na Faculdade de Direito de São Paulo, onde fincou suas raízes pelo resto de sua vida. Antes de terminar o curso, com 18 anos, casou-se com Antonieta Egídio de Souza Aranha, neta de Maria Luzia de Souza Aranha, viscondessa de Campinas, sendo filha de Martim Egydio de Souza Aranha e Talvina do Amaral Nogueira e irmã de Euclides de Souza Aranha, que veio a ser pai do chanceler Oswaldo Aranha, portanto, herdeira dos maiores produtores de café na região de Campinas. Era o ano de 1888. Se já era rico até então, juntadas as fortunas, tornou-se milionário. Foi seu filho o embaixador Cyro de Freitas Vale. Em 1895 foi nomeado subprocurador do Estado de São Paulo, exercendo o cargo até se aposentar como subprocurador-geral no ano de 1937; no mesmo ano de 1895 prestou concurso para a cadeira de Francês e Literatura Francesa no Ginásio do Estado lecionando até 1936, quando se aposentou como docente. Em 1903 iniciou-se na política paulista sendo eleito deputado pelo Partido Republicano Paulista, para a Câmara Estadual de São Paulo na 6ª Legislatura (1904-1906) sendo sucessivamente reeleito até a 12ª Legislatura, quando, em 1922, se candidatou e foi eleito para o preenchimento de vaga aberta no Senado Estadual. Em 1925 foi reeleito para o Senado exercendo o cargo de senador até a extinção deste pelos revolucionários de 1930. Fiel ao Partido Republicano Paulista PRP e, muito especialmente, a seus amigos e correligionários, Washington Luís Pereira de Sousa e Júlio Prestes, alijados do poder, desinteressou-se da política, muito embora tenha sido convidado pelo sobrinho Oswaldo Aranha, Ministro da Fazenda e da Justiça do governo Getúlio Vargas, a intermediar negociações partidárias respondia Meu coração é perepista e eu vou morrer PRP. Em 1904 o senador Freitas Vale adquiriu de Ernesto Zschöckel, para sua residência, uma chácara com sete mil metros quadrados, localizada na rua Domingos de Morais n 10, próxima da avenida Paulista, na Vila Mariana, bairro da cidade de São Paulo, que denominou Villa Kyrial, já com o propósito de torná-la um reduto cultural, inspirado na moda dos salões europeus, como os de Gertrud Stein ou de Natalie Clifford Barney. Em termos paulistanos, a Villa Kyrial, de certa maneira, sucedeu o salão social da residência de Dona Veridiana da Silva Prado, filha de Antônio da Silva Prado, barão de Iguape, localizada onde, mais tarde, se instalaria o São Paulo Clube que, em 2008, foi incorporado pelo Iate Clube de Santos para instalação da sua séde paulistana. Durante as primeiras décadas do século XX, a Villa Kyrial, passou a ser ponto paulistano para o encontro de boêmios, artistas, poetas - com ou sem recursos como também, de políticos - com ou em busca de cargos que se reuniam em magníficos saraus com aromas e sabores da Belle Époque parisiense, organizados e patrocinados pelo mecenas, JOSÉ DE FREITAS VALE. A VILA KYRIAL: Construída em 1904 na altura do que hoje é o número 300 da Rua Domingos de Morais, a Villa Kyrial teve um papel central para o desenvolvimento de nomes das vanguardas artísticas no Brasil. O gaúcho José de Freitas Valle, ilustre morador do casarão, foi um dos mecenas mais importantes da República Velha (1889-1930). Como congressista tinha acesso a recursos e verbas públicas que frequentemente usava para subsidiar as artes e também a educação. A sua casa, a famosa Villa Kyrial, palavra que tem origem no grego kyrios (deus), era um verdadeiro templo de cultura. A origem desse empreendimento remonta a 1904, quando comprou de alguns alemães uma chácara que ficava na Rua Domingos de Morais, 10 (atualmente o número seria 300), situada na Vila Mariana, bairro pouco povoado mas de terras altas e solo fértil. Além disso, nesse mesmo ano seria eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Paulista. Antes conhecida por Vila Gerda, a chácara foi renomeada para Villa Kyrial e possuía mil metros quadrados, com sua frente voltada à Domingos de Morais e os fundos para a Rua Cubatão. Sua grande ideia era a de transformar sua residência em um reduto de cultura. É preciso entender que, naquela época, São Paulo não possuía espaços apropriados para a convivência dos intelectuais e os salões da Villa se tornaram o point para que essas mentes se encontrassem. Não é um exagero dizer que, por algum tempo, a vida intelectual de SP passou a ser focada entre a Faculdade de Direito e das festas proporcionadas na Villa. Em pouco tempo, lá se encontravam artistas de todos os gêneros: literatos, músicos, políticos, artistas plásticos, atores, etc. Foram muitos os talentos que se revelaram em meio aos frequentes saraus, concertos, exposições, leituras e conferências sempre organizadas e realizadas por Freitas Valle. Era comum encontrar músicos executando obras eruditas à porta de entrada e a exposição de diversas obras de arte. Graças a ele, o pintor lituano Lasar Segall fez sua primeira exposição no Brasil em 1913 e Anitta Malfatti e Brecheret aperfeiçoaram suas técnicas na Europa, através de um programa conhecido como Pensionato Artístico. Era comum, também, receber convidados do nível do poeta Mário de Andrade e do compositor Heitor Villa-Lobos. Vale o destaque que, Monteiro Lobato, um dos grandes ícones do nosso país, criticava de maneira fervorosa Freitas Valle, que além de qualificá-lo como adepto de práticas políticas para se autopromover, dizia ser ele, um imitador da França. DONA CARLOTA JOAQUINA DE BOURBON Y BRAGANÇA: Carlota Joaquina Teresa Cayetana (Aranjuez, 25 de abril de 1775 Queluz, 7 de janeiro de 1830) foi a esposa do rei D. João VI e Rainha Consorte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e depois Reino de Portugal e Algarves de 1816 até 1826. Também foi Imperatriz Honorária do Brasil. Nascida como uma infanta da Espanha, era a filha primogénita do rei Carlos IV da Espanha e sua esposa, a princesa Maria Luísa de Parma. Casou-se em 8 de maio de 1785, aos dez anos, com o então infante de Portugal D. João de Bragança, Senhor do Infantado e Duque de Beja, filho da rainha D. Maria I de Portugal, numa tentativa de cimentar laços entre as duas coroas ibéricas. Detestada pela corte portuguesa, onde era chamada de a "Megera de Queluz", Carlota Joaquina também ganhou gradualmente a antipatia do povo, que a acusava de promiscuidade e de influenciar o marido a favor dos interesses da coroa espanhola. Depois da transferência da corte portuguesa para o Brasil, Carlota Joaquina começou a conspirar contra o marido, alegando que o mesmo não tinha capacidade mental para governar Portugal e suas possessões, querendo assim estabelecer uma regência. Ambiciosa, ela também almejava a coroa espanhola, que na época tinha sido usurpada por José Bonaparte, irmão de Napoleão Bonaparte. Depois do casamento em 1817 de seu filho D. Pedro com a arquiduquesa austríaca Leopoldina e com a posterior volta da família real a Portugal em 1821, Carlota foi confinada no Palácio Real de Queluz, onde morreu solitária e abandonada pelos filhos em 7 de janeiro de 1830, aos 54 anos. Após sua morte, Carlota Joaquina, principalmente no Brasil, tornou-se parte da cultura popular e uma figura histórica importante, sendo o assunto de vários livros, filmes e outras mídias. Alguns estudiosos acreditam que ela tenha tido um comportamento rude e calculista, atribuindo-lhe o fato de ela odiar o Brasil.

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Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada