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Arte sacra

ALTO BARROCO MINEIRO CÍRCULO DE ANTONIO FRANCISCO LISBOA - LINDO CRUCIFIXO EM MADEIRA COM RICO RESPLENDOR EM PRATA DE LEI CRAVEJADO COM PRECIOSA ÁGUA MARINHA. ESSA IMPRESSIONANTE IMAGEM DO ALTO PERIODO DO BARROCO MINEIRO CARREGA CONSIGO ESTILEMAS CARACTERISTICOS DO CÍRCULO DE ANTONIO FRANCISCO LISBOA, O ALEIJADINHO (1738-1814). MEMBROS ATARRACADOS CONTRASTANDO COM TORSO ESGUIO. NARIZ AFILADO SALIENTE E BEM DELINEADO, BARBA ENCARACOLADA E BIPARTIDA, LABIOS CARNUDOS, OLHOS AMENDOADOS, CABELOS CACHEADOS, SINUOSOS, TERMINADOS EM VOLUTAS. PERISONIO FORMANDO ÂNGULOS SINUOSOS, PÉS EM ÂNGULOS RETOS, BRAÇOS CURTOS UM TANTO RÍGIDOS PRINCIPALMENTE NOS RELEVOS. A CRUZ É DO TIPO ÁRVORE DA VIDA SIMULANDO TORAS COM MARCAS DE DESGALHAMENTO.O CONJUNTO EMOCIONA PELO REALISMO, EXPRESSÃO DE SENTIMENTO E DEVOÇÃO DO ESCULTOR E SEMBLANTE DO CRISTO. MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 79 CM DE ALTURA (CRUZ) E O CRISTO 31 CM.NOTA: As primeiras imagens de devoção vieram ainda no século XVI, com os colonizadores portugueses. Durante um bom tempo, todas as peças que existiam na colônia haviam sido trazidas de Portugal e da Espanha, países da onde o barroco foi melhor reproduzido na forma de santos da igreja católica feitos em madeira. Depois da Contra-reforma, a Igreja passou a incentivar o culto às imagens para que os fiéis sentissem a presença do divino de forma mais viva, mas real, utilizando realmente os santos como intermediários entre os fiéis - que não tinham acesso a bíblia, pois não sabiam ler - e Deus. Não foi diferente no Brasil. Nos séculos XVII e XVIII, com o aumento da demanda, deu-se início a uma produção interna de imagens de santos, da virgem e de anjos. Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, onde a presença da Igreja era forte, concentravam os principais artistas, tanto eruditos, como populares - os santeiros, e a produção era feita quase que em série. Já em Minas Gerais, devido a forma de povoamento, em vilas e arraiais, e ao isolamento em relação aos portos no litoral, o catolicismo se consolidou de forma bastante natural, pela procura e necessidade de devoção dos fiéis. Entre os produtos de consumo imediato, demanda atendida pelos artesãos locais, estavam as imagens religiosas. O resultado foi uma variedade infinita de formas. Ao contrário da imaginária baiana, padronizada, as peças mineiras carregavam as marcas de seus artesãos autodidatas. O estabelecimento de ordens e confrarias na segunda metade do século XVIII também ajudou a popularizar a busca por santos de devoção. Surgiram os grandes mestres - Francisco Xavier de Brito, Aleijadinho, Mestre de Piranga, Vieira Servas - e as imagens barrocas brasileiras ganharam fama internacional. Com isso, veio a problemática da preservação. Durante séculos nada foi feito para conservar esse patrimônio. As peças de arte sacra, que antes só possuíam valor religioso, começaram a ter valor material e por isso, deixaram de ser tidas como sagradas. Imagens passaram a ser roubadas de igrejas e até dos oratórios em casas de família. Mesmo com os sucessivos tombamentos instituídos após a criação do serviço de Patrimônio Histórico na Era Vargas, pouca coisa foi feita e grande parte dos templos dos séculos XVIII e XIX estão em ruínas. A dispersão desse rico acervo dos seus locais de origem, fundamental para compreensão histórica, cultural, artística e religiosa de uma época, foi inevitável. Mesmo com a existência de 46 museus de arte sacra - apenas cinco deles de grande porte - a maioria das antigas imagens está nas mãos dos colecionadores particulares.

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Tipo: Arte sacra

ALTO BARROCO MINEIRO CÍRCULO DE ANTONIO FRANCISCO LISBOA - LINDO CRUCIFIXO EM MADEIRA COM RICO RESPLENDOR EM PRATA DE LEI CRAVEJADO COM PRECIOSA ÁGUA MARINHA. ESSA IMPRESSIONANTE IMAGEM DO ALTO PERIODO DO BARROCO MINEIRO CARREGA CONSIGO ESTILEMAS CARACTERISTICOS DO CÍRCULO DE ANTONIO FRANCISCO LISBOA, O ALEIJADINHO (1738-1814). MEMBROS ATARRACADOS CONTRASTANDO COM TORSO ESGUIO. NARIZ AFILADO SALIENTE E BEM DELINEADO, BARBA ENCARACOLADA E BIPARTIDA, LABIOS CARNUDOS, OLHOS AMENDOADOS, CABELOS CACHEADOS, SINUOSOS, TERMINADOS EM VOLUTAS. PERISONIO FORMANDO ÂNGULOS SINUOSOS, PÉS EM ÂNGULOS RETOS, BRAÇOS CURTOS UM TANTO RÍGIDOS PRINCIPALMENTE NOS RELEVOS. A CRUZ É DO TIPO ÁRVORE DA VIDA SIMULANDO TORAS COM MARCAS DE DESGALHAMENTO.O CONJUNTO EMOCIONA PELO REALISMO, EXPRESSÃO DE SENTIMENTO E DEVOÇÃO DO ESCULTOR E SEMBLANTE DO CRISTO. MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 79 CM DE ALTURA (CRUZ) E O CRISTO 31 CM.NOTA: As primeiras imagens de devoção vieram ainda no século XVI, com os colonizadores portugueses. Durante um bom tempo, todas as peças que existiam na colônia haviam sido trazidas de Portugal e da Espanha, países da onde o barroco foi melhor reproduzido na forma de santos da igreja católica feitos em madeira. Depois da Contra-reforma, a Igreja passou a incentivar o culto às imagens para que os fiéis sentissem a presença do divino de forma mais viva, mas real, utilizando realmente os santos como intermediários entre os fiéis - que não tinham acesso a bíblia, pois não sabiam ler - e Deus. Não foi diferente no Brasil. Nos séculos XVII e XVIII, com o aumento da demanda, deu-se início a uma produção interna de imagens de santos, da virgem e de anjos. Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, onde a presença da Igreja era forte, concentravam os principais artistas, tanto eruditos, como populares - os santeiros, e a produção era feita quase que em série. Já em Minas Gerais, devido a forma de povoamento, em vilas e arraiais, e ao isolamento em relação aos portos no litoral, o catolicismo se consolidou de forma bastante natural, pela procura e necessidade de devoção dos fiéis. Entre os produtos de consumo imediato, demanda atendida pelos artesãos locais, estavam as imagens religiosas. O resultado foi uma variedade infinita de formas. Ao contrário da imaginária baiana, padronizada, as peças mineiras carregavam as marcas de seus artesãos autodidatas. O estabelecimento de ordens e confrarias na segunda metade do século XVIII também ajudou a popularizar a busca por santos de devoção. Surgiram os grandes mestres - Francisco Xavier de Brito, Aleijadinho, Mestre de Piranga, Vieira Servas - e as imagens barrocas brasileiras ganharam fama internacional. Com isso, veio a problemática da preservação. Durante séculos nada foi feito para conservar esse patrimônio. As peças de arte sacra, que antes só possuíam valor religioso, começaram a ter valor material e por isso, deixaram de ser tidas como sagradas. Imagens passaram a ser roubadas de igrejas e até dos oratórios em casas de família. Mesmo com os sucessivos tombamentos instituídos após a criação do serviço de Patrimônio Histórico na Era Vargas, pouca coisa foi feita e grande parte dos templos dos séculos XVIII e XIX estão em ruínas. A dispersão desse rico acervo dos seus locais de origem, fundamental para compreensão histórica, cultural, artística e religiosa de uma época, foi inevitável. Mesmo com a existência de 46 museus de arte sacra - apenas cinco deles de grande porte - a maioria das antigas imagens está nas mãos dos colecionadores particulares.

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Informações

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    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, acrescido da taxa do leiloeiro de 5 %.

    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser informada através do e-mail de cobrança.

    Não aceitamos cartões de crédito.

    Para depósitos em cheque, as peças serão liberadas para retirada/envio somente após a compensação.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.