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Arte sacra

SETE POVOS DAS MISSÕES TRADIÇÃO MISSIONEIRA BELA CABEÇA DE QUERUBIM EM MADEIRA ENTALHADA FIXADA EM METAL COM BASE EM ONIX. A ESCULTURA TEM LINDOS CABELOS CACHEADOS E FACE COM TRAÇOS INDIGENAS DENOTADOS PELO FORMATO DA NARINA E OS OLHOS ACHINEIZADOS. IMPORTANTE REGISTRO DA ARTE INDIGENA NA REGIÃO MISSIONEIRA DO BRASIL NO SEC. XVIII. 22 X 15 CM (CONSIDERANDO SOMENTE A ESCULTURA) E 34 X 15 CM COM A BASE.NOTA: A escultura dos Sete Povos das Missões representa um dos legados mais substanciais e valiosos a sobreviver da cultura dos Sete Povos das Missões, um grupo de reduções jesuíticas fundadas no atual estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Na época posse da Espanha, os Sete Povos foram exemplos típicos do modelo missionário desenvolvido pelos jesuítas na América: uma comunidade indígena fixada em um povoado mais ou menos auto-suficiente, e administrado pelos padres da Companhia de Jesus, com o auxílio dos nativos. O sucesso das reduções foi enorme, sendo um projeto social, cultural, político, econômico e urbanístico avançado para seu tempo e lugar. A participação dos índios não se conseguiu sem dificuldades, mas milhares acabaram realmente vivendo nessas reduções voluntariamente, sendo convertidos ao Catolicismo e aculturados para as formas e maneiras da vida europeia, produzindo inclusive grandes quantidades de arte, sempre sob supervisão dos jesuítas. Essa produção artística, onde a escultura aparecia em destaque, foi orientada, naturalmente, por modelos estéticos europeus, e surgiu com o propósito básico de fornecer um auxílio visual à catequese do indígena, no processo de evangelização organizado pelos missionários do Novo Mundo. Incorporando uma multiplicidade de correntes estilísticas, algumas atualizadas, outras há muito obsoletas na própria Europa, mas com um predomínio de formas barrocas, e onde se infundiu em alguma medida também o gosto do nativo, essas obras revelam características únicas que as definem, segundo alguns autores, como uma escola regional individualizada. Os índios deviam ser ganhos para Cristo. Esta era a motivação básica dos jesuítas. Percebendo que os índios eram sugestionáveis, os padres, que eram aliás habilidosos pedagogos, introduziram vários recursos artísticos como auxílios à catequese. Assim, se traduziam dramas moralizantes europeus para a língua guarani, ou se escreviam novos, sempre encenando-os; tocava-se e compunha-se música erudita, como se fazia nas igrejas da Europa, erguiam-se igrejas imponentes recheadas de adornos luxuosos, forradas de pinturas narrativas e estatuária eloquentemente expressiva. Os índios, segundo os relatos, se maravilhavam com tudo isso, com o esplendor e mistério do culto, que lhes parecia prodígios e mágica, se fascinavam com a música sacra, veneravam temerosos as imagens e eram assim levados à conversão emocionada, tornando-se muitas vezes devotos ardentes. A pedagogia jesuítica era, por sua vez, um produto da retórica e da Contra-Reforma, desenvolvida num período em que as incertezas intelectuais do Maneirismo introduziam os dramas e contrastes matéria-espírito do Barroco. Nessa pedagogia, a espetacularização do culto religioso era um meio válido e eficiente de persuadir o potencial devoto e propagar a fé, e era parte essencial do próprio espírito barroco, quando a representação do mundo se tornou toda um espetáculo destinado a arrebatar seu público. Todas as artes se reuniam numa obra total, cuja expressão mais grandiosa na arte sacra foi a arquitetura da igreja barroca, com toda a sua pletora decorativa de apelo emocional. No momento do culto, o templo se tornava um feérico teatro onde se representava o drama cristão. Na reduções, ausente o poder laico, a igreja era o único edifício com alto grau de sofisticação, pois centralizava a vida de toda a comunidade; quase todas as outras estruturas do povoado eram pavilhões baixos e simples. Mas na igreja o culto se fazia glorioso, avivado pela positiva colaboração dos indígenas na produção e execução de toda essa arte cerimonial. Além da educação elementar e da catequese, os índios mais habilidosos eram instruídos em ofícios e artes diversas. Sempre, naturalmente, sob a supervisão direta dos padres. Os modelos da arte missioneira eram todos europeus, e nas igrejas, o papel desempenhado pelas imagens foi extremamente importante como meio de cristianização. Já se conhecia no ocidente há muito tempo o potencial pedagógico da arte, amplamente justificado pelo analfabetismo geral das massas européias, quando as imagens supriam o que não estava acessível para o povo através da leitura. As igrejas, com sua rica decoração de conteúdo narrativo, eram conhecidas como "a Bíblia dos iletrados". Contudo, é preciso lembrar que essa função da arte era complementada e contextualizada por uma explicação direta dos conceitos transmitidos pelas imagens, dirigindo a interpretação do fiel para o significado pretendido e criando um repertório de formas significantes, uma verdadeira linguagem visual, que podia ser extrapolado, então, para outras situações. Como entre os guarani não havia um culto a ídolos ou imagens, os jesuítas encontraram nesse comportamento peculiar um expediente de aproximação. Se no México os ídolos nativos haviam sido traumaticamente aniquilados, no sul americano houve espaço para introduzir na religiosidade natural do indígena a devoção às imagens cristãs, parte delas produzida com a participação do próprio nativo. As formas barrocas foram sabiamente aproveitadas para tal fim. Nas palavras de Boff, "Nas igrejas e nas praças, a multiplicidade de elementos decorativos usados pelos artistas, para representar os santos e seus atributos, encontraram um espaço único para a expressão barroca. Aconteceu o mesmo no ritual litúrgico, com os cantos e o incenso. No teatro, utilizavam-se os autos dos santos realizados nas praças. Na pintura do teto das igrejas, estavam as imagens celestiais; nas esculturas, os gestos das imagens comunicando-se com o espectador, numa linguagem simbólica muito bem trabalhada pelo artista barroco. Além disso, nas reduções, as imagens foram pensadas para utilização nos altares. Se observarmos atentamente sua postura, veremos que elas se relacionam entre si, têm gestos entrosados umas com as outras. Pretendem envolver a mente e os sentidos e, conseqüentemente, favorecer o arrebatamento e persuadir o espírito para as coisas de Deus... A produção de imagens, nas reduções, foi um dos ofícios marcantes em que se ocupavam os indígenas. Percebe-se, através dos registros dos jesuítas, a importância do uso da imagem como forma de persuadir os índios à frequência aos sacramentos e à oração, seja através de sua beleza exterior, seja pelo modelo de vida que ela representava, e também, o que era muito significativo, por sua expressão facial e sua postura. São incansáveis os relatos dos padres com relação à imagem da Virgem Maria e seu poder de persuasão A imagem era usada na catequese como um reflexo do mundo celeste. Ela reforçava a pregação evangélica, transmitindo aquilo que a Bíblia fazia através da escrita. Venerar uma imagem era venerar a pessoa que nela estava representada e, conseqüentemente, seguir seus passos". Não obstante os cuidados dos padres, em muitos casos a compreensão da mensagem ensinada se coloriu e distorceu com a cultura pregressa do índio. Como exemplo, o padre Sepp relatou que uma índia teria se esfaqueado após ter ouvido uma pintura de Nossa Senhora das Dores, com o coração cravejado de facas, lhe dizer: "Da mesma forma que eu abri meu peito transpassando meu coração virginal, tu, minha filha, pega essa faca e abre teu peito para liberar tua alma da prisão". Particularmente os guarani, entre outros povos, transferiram vários dos poderes mágicos de sua religião para as esculturas e imagens cristãs. Um exemplo, como citou Susnik, foi o fato de que "os guaranis viam na cruz um poder mágico, similar aos poderes que os xamãs tinham em suas mãos quando eles portavam a maraca, o instrumento musical-religioso que continha em seu interior o aivú, a alma da pessoa". A mesma situação deve ter ocorrido em relação à comunhão, identificando o ato de comer o "corpo de Cristo", a hóstia, ao seu ritual antropofágico. Outro rito que lembrava cerimônias pré-hispânicas era a autoflagelação dos índios com a mussurana, um dos objetos usados na antropofagia, durante a Semana Santa, fazendo depois um grande churrasco e recebendo carne para comer em suas casas. As esculturas floresceram quando as igrejas já haviam sido construídas e as reduções se estabilizado. Enquanto as pinturas mostram uma cena completa, importante para a compreensão do seu conteúdo narrativo, as esculturas precisavam do cenário das igrejas para funcionarem. Mas, ao contrário das imagens bidimensionais, as esculturas possuem mais "presença" e por isso exerciam um especial poder sobre os índios, que acreditavam estarem elas de certa forma vivas. As estátuas chegavam a ser convidadas para as festas, onde ocupavam lugar de honra na cabeceira da mesa, e exerciam outras funções bem específicas, entre as quais as mais importantes eram a vigilância e o favorecimento. A vigilância exercida pelas imagens se manifestava, por exemplo, quando certas estátuas eram manipuladas pelos padres como se fossem marionetes, mexendo os braços e a cabeça e fazendo sinais de aprovação ou de censura, conforme o comportamento dos nativos. Outro caso era o carregamento diário de uma estátua de Santo Isidro Lavrador até as plantações para vigiar o trabalho no campo. O favorecimento era melhor expresso na resposta a pedidos e preces, através de milagres negociados entre os suplicantes e os santos, os quais, em sua condição de intercessores junto a Deus, também agiam na proteção dos devotos e das reduções contra perigos vários. Os relatos dos jesuítas multiplicam descrições de milagres e de aparições relacionados a imagens sacras, o que atesta o seu grande impacto sobre aquela sociedade

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Tipo: Arte sacra

SETE POVOS DAS MISSÕES TRADIÇÃO MISSIONEIRA BELA CABEÇA DE QUERUBIM EM MADEIRA ENTALHADA FIXADA EM METAL COM BASE EM ONIX. A ESCULTURA TEM LINDOS CABELOS CACHEADOS E FACE COM TRAÇOS INDIGENAS DENOTADOS PELO FORMATO DA NARINA E OS OLHOS ACHINEIZADOS. IMPORTANTE REGISTRO DA ARTE INDIGENA NA REGIÃO MISSIONEIRA DO BRASIL NO SEC. XVIII. 22 X 15 CM (CONSIDERANDO SOMENTE A ESCULTURA) E 34 X 15 CM COM A BASE.NOTA: A escultura dos Sete Povos das Missões representa um dos legados mais substanciais e valiosos a sobreviver da cultura dos Sete Povos das Missões, um grupo de reduções jesuíticas fundadas no atual estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Na época posse da Espanha, os Sete Povos foram exemplos típicos do modelo missionário desenvolvido pelos jesuítas na América: uma comunidade indígena fixada em um povoado mais ou menos auto-suficiente, e administrado pelos padres da Companhia de Jesus, com o auxílio dos nativos. O sucesso das reduções foi enorme, sendo um projeto social, cultural, político, econômico e urbanístico avançado para seu tempo e lugar. A participação dos índios não se conseguiu sem dificuldades, mas milhares acabaram realmente vivendo nessas reduções voluntariamente, sendo convertidos ao Catolicismo e aculturados para as formas e maneiras da vida europeia, produzindo inclusive grandes quantidades de arte, sempre sob supervisão dos jesuítas. Essa produção artística, onde a escultura aparecia em destaque, foi orientada, naturalmente, por modelos estéticos europeus, e surgiu com o propósito básico de fornecer um auxílio visual à catequese do indígena, no processo de evangelização organizado pelos missionários do Novo Mundo. Incorporando uma multiplicidade de correntes estilísticas, algumas atualizadas, outras há muito obsoletas na própria Europa, mas com um predomínio de formas barrocas, e onde se infundiu em alguma medida também o gosto do nativo, essas obras revelam características únicas que as definem, segundo alguns autores, como uma escola regional individualizada. Os índios deviam ser ganhos para Cristo. Esta era a motivação básica dos jesuítas. Percebendo que os índios eram sugestionáveis, os padres, que eram aliás habilidosos pedagogos, introduziram vários recursos artísticos como auxílios à catequese. Assim, se traduziam dramas moralizantes europeus para a língua guarani, ou se escreviam novos, sempre encenando-os; tocava-se e compunha-se música erudita, como se fazia nas igrejas da Europa, erguiam-se igrejas imponentes recheadas de adornos luxuosos, forradas de pinturas narrativas e estatuária eloquentemente expressiva. Os índios, segundo os relatos, se maravilhavam com tudo isso, com o esplendor e mistério do culto, que lhes parecia prodígios e mágica, se fascinavam com a música sacra, veneravam temerosos as imagens e eram assim levados à conversão emocionada, tornando-se muitas vezes devotos ardentes. A pedagogia jesuítica era, por sua vez, um produto da retórica e da Contra-Reforma, desenvolvida num período em que as incertezas intelectuais do Maneirismo introduziam os dramas e contrastes matéria-espírito do Barroco. Nessa pedagogia, a espetacularização do culto religioso era um meio válido e eficiente de persuadir o potencial devoto e propagar a fé, e era parte essencial do próprio espírito barroco, quando a representação do mundo se tornou toda um espetáculo destinado a arrebatar seu público. Todas as artes se reuniam numa obra total, cuja expressão mais grandiosa na arte sacra foi a arquitetura da igreja barroca, com toda a sua pletora decorativa de apelo emocional. No momento do culto, o templo se tornava um feérico teatro onde se representava o drama cristão. Na reduções, ausente o poder laico, a igreja era o único edifício com alto grau de sofisticação, pois centralizava a vida de toda a comunidade; quase todas as outras estruturas do povoado eram pavilhões baixos e simples. Mas na igreja o culto se fazia glorioso, avivado pela positiva colaboração dos indígenas na produção e execução de toda essa arte cerimonial. Além da educação elementar e da catequese, os índios mais habilidosos eram instruídos em ofícios e artes diversas. Sempre, naturalmente, sob a supervisão direta dos padres. Os modelos da arte missioneira eram todos europeus, e nas igrejas, o papel desempenhado pelas imagens foi extremamente importante como meio de cristianização. Já se conhecia no ocidente há muito tempo o potencial pedagógico da arte, amplamente justificado pelo analfabetismo geral das massas européias, quando as imagens supriam o que não estava acessível para o povo através da leitura. As igrejas, com sua rica decoração de conteúdo narrativo, eram conhecidas como "a Bíblia dos iletrados". Contudo, é preciso lembrar que essa função da arte era complementada e contextualizada por uma explicação direta dos conceitos transmitidos pelas imagens, dirigindo a interpretação do fiel para o significado pretendido e criando um repertório de formas significantes, uma verdadeira linguagem visual, que podia ser extrapolado, então, para outras situações. Como entre os guarani não havia um culto a ídolos ou imagens, os jesuítas encontraram nesse comportamento peculiar um expediente de aproximação. Se no México os ídolos nativos haviam sido traumaticamente aniquilados, no sul americano houve espaço para introduzir na religiosidade natural do indígena a devoção às imagens cristãs, parte delas produzida com a participação do próprio nativo. As formas barrocas foram sabiamente aproveitadas para tal fim. Nas palavras de Boff, "Nas igrejas e nas praças, a multiplicidade de elementos decorativos usados pelos artistas, para representar os santos e seus atributos, encontraram um espaço único para a expressão barroca. Aconteceu o mesmo no ritual litúrgico, com os cantos e o incenso. No teatro, utilizavam-se os autos dos santos realizados nas praças. Na pintura do teto das igrejas, estavam as imagens celestiais; nas esculturas, os gestos das imagens comunicando-se com o espectador, numa linguagem simbólica muito bem trabalhada pelo artista barroco. Além disso, nas reduções, as imagens foram pensadas para utilização nos altares. Se observarmos atentamente sua postura, veremos que elas se relacionam entre si, têm gestos entrosados umas com as outras. Pretendem envolver a mente e os sentidos e, conseqüentemente, favorecer o arrebatamento e persuadir o espírito para as coisas de Deus... A produção de imagens, nas reduções, foi um dos ofícios marcantes em que se ocupavam os indígenas. Percebe-se, através dos registros dos jesuítas, a importância do uso da imagem como forma de persuadir os índios à frequência aos sacramentos e à oração, seja através de sua beleza exterior, seja pelo modelo de vida que ela representava, e também, o que era muito significativo, por sua expressão facial e sua postura. São incansáveis os relatos dos padres com relação à imagem da Virgem Maria e seu poder de persuasão A imagem era usada na catequese como um reflexo do mundo celeste. Ela reforçava a pregação evangélica, transmitindo aquilo que a Bíblia fazia através da escrita. Venerar uma imagem era venerar a pessoa que nela estava representada e, conseqüentemente, seguir seus passos". Não obstante os cuidados dos padres, em muitos casos a compreensão da mensagem ensinada se coloriu e distorceu com a cultura pregressa do índio. Como exemplo, o padre Sepp relatou que uma índia teria se esfaqueado após ter ouvido uma pintura de Nossa Senhora das Dores, com o coração cravejado de facas, lhe dizer: "Da mesma forma que eu abri meu peito transpassando meu coração virginal, tu, minha filha, pega essa faca e abre teu peito para liberar tua alma da prisão". Particularmente os guarani, entre outros povos, transferiram vários dos poderes mágicos de sua religião para as esculturas e imagens cristãs. Um exemplo, como citou Susnik, foi o fato de que "os guaranis viam na cruz um poder mágico, similar aos poderes que os xamãs tinham em suas mãos quando eles portavam a maraca, o instrumento musical-religioso que continha em seu interior o aivú, a alma da pessoa". A mesma situação deve ter ocorrido em relação à comunhão, identificando o ato de comer o "corpo de Cristo", a hóstia, ao seu ritual antropofágico. Outro rito que lembrava cerimônias pré-hispânicas era a autoflagelação dos índios com a mussurana, um dos objetos usados na antropofagia, durante a Semana Santa, fazendo depois um grande churrasco e recebendo carne para comer em suas casas. As esculturas floresceram quando as igrejas já haviam sido construídas e as reduções se estabilizado. Enquanto as pinturas mostram uma cena completa, importante para a compreensão do seu conteúdo narrativo, as esculturas precisavam do cenário das igrejas para funcionarem. Mas, ao contrário das imagens bidimensionais, as esculturas possuem mais "presença" e por isso exerciam um especial poder sobre os índios, que acreditavam estarem elas de certa forma vivas. As estátuas chegavam a ser convidadas para as festas, onde ocupavam lugar de honra na cabeceira da mesa, e exerciam outras funções bem específicas, entre as quais as mais importantes eram a vigilância e o favorecimento. A vigilância exercida pelas imagens se manifestava, por exemplo, quando certas estátuas eram manipuladas pelos padres como se fossem marionetes, mexendo os braços e a cabeça e fazendo sinais de aprovação ou de censura, conforme o comportamento dos nativos. Outro caso era o carregamento diário de uma estátua de Santo Isidro Lavrador até as plantações para vigiar o trabalho no campo. O favorecimento era melhor expresso na resposta a pedidos e preces, através de milagres negociados entre os suplicantes e os santos, os quais, em sua condição de intercessores junto a Deus, também agiam na proteção dos devotos e das reduções contra perigos vários. Os relatos dos jesuítas multiplicam descrições de milagres e de aparições relacionados a imagens sacras, o que atesta o seu grande impacto sobre aquela sociedade

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada