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Prata de Lei

MARQUÊS DE BARBACENA FELISBERTO CALDEIRA BRANT PONTES DE OLIVEIRA HORTA. ÚNICO EXEMPLAR CONHECIDO. MARCAS DO FABRICANDTE CHAMBERLAINS WORCERTER FORMIDÁVEL PRATO EM PORCELANA DE BORDA RECORTADA REALÇADA EM OURO. FUNDO NA TONALIDADE VERDE COR DA BANDEIRA BRASILEIRA COM RESERVAS FLORAIS EMOLDURADAS POR ROCAILLES VEGETALISTAS. NA CALDEIRA RESERVA EMOLDURADA COM FRISO EM OURO EXIBINDO O COLAR DA ORDEM DA ROSA, GRAU DE GRAN CRUZ EFETIVO E NO CENTRO TIMBRE DOS OLIVEIRA (UMA ÁRVORE DE OLIVEIRA). A COMENDA TEM AS INSCRIÇÕES AMOR E FIDELIDADE E AS INICIAIS P E A ENTRELAÇADAS (PEDRO E AMÉLIA). AS MARCAS DA MANUFATURA SÃO AS UTILIZADAS NAS DÉCADAS DE 1815 ATÉ MEADOS DA DÉCADA DE 1830. COMO A ORDEM DA ROSA FOI INSTITUIDA EM 1829, SUPÕE-SE QUE A ENCOMENDA É DOS PRIMEIROS ANOS DA DECADA DE 1830 JÁ QUE O MARQUÊS FOI ENVIADO PARA INGLATERRA EM DIVERSAS OCASIÕES COMO EMBAIXADOR AO LONGO DO PERÍODO DE 1824 A 1829, NESSE TEMPO AJUDOU COM A DIPLOMACIA A OBTER O RECONHECIMENTO DO MUNDO PARA O IMPÉRIO BRASILEIRO APÓS A INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL. EM 1829 CONDUZ A PRINCESA DONA MARIA II PARA ENTREGA-LA AO AVÔ O ARQUIDUQUE DA ÁUSTRIA ENQUANTO NEGOCIAVA SEU TRONO COMO RAINHA DE PORTUGAL. NO MESMO PERÍODO SEGUINDO MANDADO DO IMPERADOR DOM PEDRO I NEGOCIOU O CASAMENTO COM A SEGUNDA IMPERATRIZ IMPERATRIZ DONA AMÉLIA DE LEUCHTENBERG EM 1829 (EM HONRA DE QUEM FOI INSTITUÍDA A ORDEM DA ROSA). EM 1835, JÁ SOB O PERÍODO REGENCIAL PLANEJOU UMA VIAGEM COM FINALIDADE PARTICULAR À INGLATERA MAS A PEDIDO DO REGENTE FEIJÓ FOI INCUMBIDO DOS PODERES DE MINISTRO PLENIPOTENCIÁRIO PARA NEGOCIAR UM GRAVE ASSUNTO JUNTO A CORTE DO REI WILLIAN IV, O EMPRÉSTIMO CONTRAÍDO POR DOM PEDRO I PARA INDENIZAR PORTUGAL QUANDO DA INDEPENDENCIA BRASILEIRA EM 1822. CREMOS QUE FOI NESSA OCASIÃO QUE A ENCOMENDA DESSE PRATO FOI REALIZADA. DIZ O DECRETO DO REGENTO FEIJÓ: "O REGENTE EM NOME DO IMPERADOR O SENHOR D. PEDRO II, QUERENDO APROVEITAR O DISTINCTO MERECIMENTO E PRATICA DE NEGOCIOS DIPLOMATICOS DO MARQUEZ DE BARBACENA, QUE PARTE PARA A CÔRTE DE LONDRES, ONDE SE TEM TRATAR DE GRAVES NEGOCIAÇÕES COM O GOVERNO BRITANNICO: HA POR BEM ENCARREGA-LO DE UMA MISSÃO, ESPECIAL JUNTO DES SUA MAGESTADE BRITANNICA, NOMEANDO-O PLENIPOTCNCIARIO DE SUA MAGESTADE IMPERIAL JUNTO DAQUELLE SOBERANO, NÃO PERCEBENDO VENCIMENTO ALGUM, POR TER-SE A SIM PRESTADO A ESTA MISSÃO. MANOEL ALVES BRANCO, DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE IMPERIAL, MINISTRO E SECRETARIO DE ESTADO DOS NEGOCIAS ESTRANGEIROS, O TENHA ASSIM ENTENDIDO, E FAÇA EXPEDIR OS DESPACHOS NECESSARIAS.". FOI A ÚLTIMA VIAGEM DIPLOMÁTIDA DO MARQUÊS DE BARBACENA O MAIS INTELIGENTE DOS CORTESÃOS DE DOM PEDRO I. A ORDEM DA ROSA NA ORIGEM DO DECRETO QUE A INSTITUIU EM 1829 SÓ PODERIA SER CONCEDIDA NO GRAU DE GRAN CRUZ A OITO PESSOAS NO GRAU EFETIVO E QUATRO NO GRAU HONORÁRIO QUE IAM SUBSTITUINDO OS EFETIVOS QUE VIESSEM A FALECER. DOM PEDRO I NOMEOU APENAS SEIS EFETIVOS EM SEU REINADO, UM DELES O MARQUÊS DE BARBACENA E SOMENTE OS EFETIVOS PODERIAM USAR O COLAR DA ORDEM REPRODUZIDO NESSE RARO E BELO PRATO. ESSE PRATO ADQUIRIDO EM LONDRES POR UM COLECIONADOR BRASILEIRO NÃO É PROVAVELMENTE UM PRATO DE REFEIÇÃO É UM PRATO DE APARATO PARA SER APRESENTADO EM FACE DA IMPORTÂNCIA DA HONRARIA CONCEDIDA AO DIGNÁRIO. AS MARCAS DE CHAMBERLAINS WORCERTER FORAM CONFIRMADAS PARA O PERÍODO INDICADO NA PRIMEIRA METADE DA DECADA DE 1830. ESSA É TALVEZ A MAIS IMPORTANTE DESCOBERTA DE LOUÇA DA NOBREZA BRASILEIRA EM ´DECADAS. INGLATERRA, DEC. 1830, 26 CM DE DIÂMETRO.NOTA: Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira e Horta nasceu no dia 19 de setembro de 1772, no arraial de São Sebastião, próximo de Mariana, na então capitania de Minas Gerais. Provinha de família ilustre, ligada à atividade mineradora - seu avô paterno, o coronel Felisberto Caldeira Brant, foi contratador dos diamantes nos tempos áureos das Gerais.3 A família Brant, portanto, fincara raízes na estrutura da exploração colonial, de onde veio seu prestígio, riqueza e redes de relacionamento. A trajetória de Felisberto Caldeira Brant (o futuro marquês de Barbacena) confirma essa vinculação. Em 1786, após concluir os estudos preliminares, planejou continuar sua formação em Lisboa, para onde seguiu dois anos depois, recomendado pelo vice-rei, Luís de Vasconcelos e Sousa. Na capital do Reino, já com praça de cadete desde a partida da América, ingressou na Academia Real da Marinha sob a supervisão de um seu primo, Manuel José Pires da Silva Pontes, lente da instituição. Felisberto Caldeira Brant realizou missões a serviço da Coroa na Armada e no Exército, até ser nomeado ajudante de ordens de D. Miguel Antônio de Melo, governador de Angola (1797-1802). Mais tarde, estabeleceu-se na Bahia, onde se casou em 1801 com D. Ana Constança Guilhermina de Castro Cardoso, filha do coronel Antônio Cardoso dos Santos, um rico proprietário de terras. De volta a Portugal, acompanhou o desenrolar dos acontecimentos que precipitaram a transferência da família real, a qual acompanhou na partida para o Brasil. Militar de carreira, em 1811 foi nomeado brigadeiro e inspetor das tropas da Bahia, posição que lhe permitiu organizar efetivos para reprimir a Revolução Pernambucana de 1817. Em recompensa pela lealdade à monarquia portuguesa, recebeu a patente de marechal do Exército e o foro de fidalgo cavaleiro, mercês que lhe trouxeram ascensão social. Em 1818, encomendou o Marquês a Inglaterra uma máquina de vapor, para mover um barco que foi construído na cidade da Bahia, o qual fez sua primeira viagem à Cachoeira, em 4 de outubro de 1819. Logo depois, foi para Londres. Ali, ocupou-se da educação dos filhos. Logo que D. Pedro I declarou a independência, abriu o marquês correspondência ativa com ministro José Bonifácio, oferecendo-se para o serviço do país. Em 1823, voltou ao Rio, como deputado à Assembleia Constituinte, pela província da Bahia mas, pouco depois, foi a mesma assembleia dissolvida. Convidado, nessa época, para a pasta da Guerra e Marinha, recusou. Parecendo-lhe que o melhor meio para chegar a resultado prático seria aceitar a constituição oferecida pelo Imperador, foi à Bahia promover esta aceitação. Por este tempo, recebeu ele o título de Visconde de Barbacena sendo, poucos anos depois, elevado a Marquês do mesmo título. Da Bahia, partiu ele para Londres para negociar um empréstimo para o governo, e tratar do reconhecimento definitivo da nossa independência. Voltando, de novo, ao Rio de Janeiro, foi eleito senador por três províncias ao mesmo tempo, Minas, Bahia e Alagoas. O Imperador escolheu-o por Alagoas, em 19 de abril de 1826, data da organização primitiva do senado brasileiro. Em fins deste mesmo ano foi nomeado General-em-Chefe do Exército do Sul, mas só tomou o comando em janeiro de 1827 e, participou ativamente da Campanha da Cisplatina. Apesar de todos os contratempos, o Marquês mostrou a maior bravura e sangue-frio durante a ação. Feita a paz com Buenos Aires, e voltando o Marquês ao Rio de Janeiro, foi nomeado embaixador e encarregado de acompanhar para Viena dÁustria, D. Maria II, servindo-lhe de tutor durante a viagem, e incumbido de escolher, nas cortes da Europa, nova esposa para D. Pedro I. Chegando a Gibraltar, soube, com a maior surpresa, que D. Miguel, tomando posse da regência de Portugal, em nome da rainha, havia-se declarado rei absoluto. Decidiu não continuar a viagem para Viena, e seguir com a rainha para a Inglaterra, avisando a D. Pedro I. Entretanto, dedicou-se à segunda parte da sua missão, o casamento do Imperador, e conseguiu, finalmente, pedir a mão da princesa Amélia de Leuchtemberg. Voltando ao Rio de Janeiro, em companhia da nova imperatriz e da rainha de Portugal, o Imperador recebeu o Marquês de maneira obsequiosa. Então, pediu-lhe o Marquês a graça de o deixar retirar-se para a vida privada e para o descanso, com dignidade. No entanto, os negócios públicos não marchavam bem. O Marquês acedeu às instâncias do Imperador e aceitou o Ministério, com a intenção de fazer ao seu país todo o bem que pudesse. Vítima de intrigas palacianas, o Marquês foi demitido do Ministério, pelo Imperador, por motivo que não existia. As coisas chegaram a um tal estado de efervescência, que produziram os acontecimentos de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I e a sua retirada para a Europa. Desde a abdicação de Dom Pedro I até 1835, conservou-se o Marquês firme em seu posto de Senador, como monarquista de convicção e progressista, tanto como em melhoramentos materiais, quanto em reformas sociais e políticas, defendendo, sempre, o princípio da segurança da pessoa e da propriedade. Tendo de ir à Inglaterra, em 1836, o Regente Diogo Antônio Feijó, nomeou-se Ministro Plenipotenciário, para tratar sobre a interpretação do tratado de comércio, que deveria cessar com aquele país. Não perdeu seu tempo nesta viagem, pois enviou ao governo proposta de alguns banqueiros ingleses, para fundar um banco no Brasil, e retirar da circulação o papel-moeda do governo. Enviou também outra proposta de uma companhia inglesa, para construir uma estrada de ferro do Rio de Janeiro a Minas. Por este tempo, começou o Marquês a sofrer de cálculos na bexiga e, apesar de ter-se sujeitado muitas vezes à operação cirúrgica própria desta moléstia, por fim sucumbiu a ela. Enquanto lhe restaram forças foi sempre ao Senado e tomou parte nos debates. O Marquês de Barbacena faleceu a 13 de junho de 1841. Era Grande do Império, Gentil-Homem da Imperial Câmara, Veador de S. M. a Imperatriz, Alcaide-mor da Villa de Jaguaripe, Cavaleiro da Real Ordem da Torre e Espada, Grã-cruz da Imperial Ordem da Rosa e do Cruzeiro, Comendador da Ordem de Cristo e da Coroa de Ferro. A ele se deve a introdução da Vacina contra a varíola no Brasil. O DECRETO DA IMPERIAL ORDEM DA ROSA CARTA DE DOM PEDRO I AO MARQUÊS DE BARBACENA "Honrado Marquês de Barbacena. Amigo. Eu, o Imperador, vos envio muito saudar, como aquele que muito amo. Confiando de vossa fidelidade e inteireza o desempenho do maior serviço que ora podereis fazer tanto à minha pessoa e família, como à Nação Brasileira, mandei expedir pelo ministro competente, as instruções necessárias que devereis seguir à risca, enquanto alguma circunstância imprevista vos não aconselhar a tomar outro expediente. E porque a distância mui grande e eu desejo acelerar quanto for possível o meu casamento, convém que vos habilite com instruções amplas e positivamente minhas. O meu desejo e grande fim, é obter uma princesa que por seu nascimento, formosura, virtudes e instrução, venha fazer a minha felicidade e a do Império; quando não seja possível reunir as quatro condições, podereis admitir alguma diminuição na primeira e quarta, contanto que a segunda e a terceira, sejam constantes.Todos os meios que vossa sagacidade e zelo empregar para conseguir este fim, serão por mim aprovados e por isso vos incluo três assinaturas em branco e ponho à vossa disposição a minha legítima. Estou certo que desempenhareis as funções de fiel criado, tanto acompanhando minha filha a Rainha de Portugal para Viena, como Minha Augusta Noiva para o Brasil. Nosso Senhor vos tenha em sua santa guarda. Escrito no Palácio do Rio de Janeiro, aos 27 de junho de 1828, 7º da Independência e do Império. Imperador". Esta carta, entregue a Barbacena quando do seu embarque para a Europa, vinha não só relembrar ao digno Caldeira Brant todos os ardentes desejos do Imperador, mas abrir também nas páginas da História um parêntesis onde se poderia escrever amor poesia mocidade! Certamente Barbacena não cogitava em tão lindas palavras: a dupla missão que o levava mares afora, era de molde a pôr à prova todos os seus brios de fidalgo, todo o seu ardil diplomático! A primeira incumbência era tão honrosa, quanto pesada, levando a Viena a primogênita de D. Pedro I, a fim de bem prepará-la a reinar no trono de Portugal, já então ferozmente usurpado por D. Miguel. Essa atitude do tio e noivo da núbil rainha, constituía séria interrogação para o diplomata. Mas havia ainda muito mais a fazer; urgia, depois de combater as intrigas que ameaçavam a segurança de D. Maria da Glória, pensar em belezas coroadas, comparar, examinar como num estranho anseio de beleza, todas as princesas de reinos diferentes e segundo o dizer de D. Pedro, eleger aquela cuja beleza e virtudes fossem constantes. Era realmente o marquês de Barbacena um inspirado selecionador de encantos femininos e hábil ledor de almas, pois a noiva que conduziu a D. Pedro I realizava a aspiração comum da Nação, do Imperador e do próprio Barbacena. Esta maravilha nascida em Munique a 12 de julho de 1812, era filha pelo lado paterno de Eugênio de Beauharnais, duque de Leuchtenberg e Príncipe de Eichstatt, antigo vice-rei da Itália e um dos mais ilustres generais dos exércitos napoleônicos, filho de Josefina e enteado de Napoleão I e pelo lado materno era filha da Princesa Dona Augusta Amélia, filha de Maximiliano I, rei da Baviera e da rainha Dona Maria Guilhermina Augusta, Princesa de Hessen-Darmstadt, sendo portanto Dona Amélia, pelo lado paterno, neta da imperatriz dos franceses. O casamento realizou-se em Munique, a 2 de agosto de 1829, pelas treze horas, assinando o contrato de casamento por parte da noiva, o Senhor Cavaleiro Nicolau Luís Planat de la Faye, tenente-coronel do Exército de S. M. o rei da Baviera, gentil-homem da Corte, Oficial da Ordem da Legião de Honra da França, Cavaleiro da Ordem do Mérito Civil da Coroa da Baviera e da Real Ordem da Espada, da Suécia. Por parte do noivo assinava o Excelentíssimo Senhor Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta, marquês de Barbacena, Grande do Império, gentil-homem da Imperial Câmara, Veador de S. M. a Imperatriz, Alcaide-mor da Vila de Jaguaribe, Cavaleiro da Real Ordem da Torre e Espada, Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro, Comendador da Ordem de Cristo, Grã-Cruz da Ordem da Coroa de Ferro da Áustria e depois Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa. A 30 de agosto desse mesmo ano, cerca de doze horas, levanta ferros de Portsmouth a divisão naval brasileira sob o comando do conde de Souzel, Oficial-General da Armada, composta das fragatas Imperatriz e Maria Isabel, viajando a bordo da primeira em companhia de seu irmão o príncipe D. Augusto e da princesa D. Maria da Glória, futura rainha de Portugal, a segunda Imperatriz do Brasil, S. Majestade Dona Amélia Augusta Eugênia Napoleão de Beauharnais. A 16 de outubro chega finalmente à baía da Guanabara a divisão naval. D. Pedro I aguarda no cais, impaciente, o momento oportuno para conhecer aquela que a diplomacia do senhor marquês de Barbacena, havia lhe reservado como esposa e imperatriz. Surdo ao protocolo, não quer aguardar ali a noiva. Ele irá ao seu encontro, tal como Napoleão I, desprezando a pragmática para alcançar Maria Luisa na estrada de Versailles. Apenas mais feliz que o grande corso, ele achará na esposa uma alma devotada. Desliza rumo a fragata o galeão imperial conduzindo D. Pedro I. Ei-lo finalmente a bordo. Entre as continências da marinhagem e as salvas estrondosas das baterias, desce ao salão. E aí, junto ao senhor marquês está Dona Amélia. O que foi esse encontro para o desencantado viúvo de Dona Leopoldina? Foi a prosternação íntima do homem, ante o privilégio sempre raro da beleza! O Imperador aproxima-se pálido, nervoso e curvando-se numa reverência própria de príncipe, beija suavemente as mãos encantadoras de sua futura esposa e soberana e recebe das pupilas azuis da imperatriz, a mais afetuosa saudação. D. Pedro I, já agora mais calmo, denunciava sua imensa satisfação e a alegria de que estava possuído ao ter certeza de que a missão do marquês de Barbacena fora cumprida na íntegra, ou melhor, havia suplantado as suas próprias expectativas. De fato, ser bela, imperatriz, ter somente 17 anos, lindos olhos azuis, vestir-se da cor da rosa, resplandecer na dupla auréola da formosura e poder real, era pedir um símbolo! E D. Pedro I criou-o, substanciando na Imperial Ordem de Rosa a homenagem à mulher e à soberana. Assim escreveu Barbacena ao Imperador: "Laleham, 11 de agosto de 1829 Senhor. Acabo de chegar de Munique, tendo feito 330 léguas de viagem em cinco dias, e isto basta para V. M. fazer ideia do abatimento em que estarei.Até aqui foi sobre o testemunho de outros que tenho dado a V. M. I. notícias de sua augusta noiva, hoje dá-las-ei fundado no testemunho próprio e na minha convicção. É indubitavelmente a mais linda princesa e a mais bem-educada que presentemente existe na Europa e quando a vi emparelhada com as primas que foram primeiramente pedidas, dei muitas graças a Deus de haver V. M. I. escapado daqueles casamentos. A imperatriz é linda como V. M. I. verá pelo seu retrato que vai nesta ocasião, mas a sua instrução, as suas virtudes, excedem quanto posso dizer em seu elogio. V. M. I. gozará do prazer doméstico em maior grau, do que nenhum dos seus súditos e isto é o que V. M. queria e quanto convém ao Império.Deus guarde a V. M. I. por muitos anos, como todos desejam e principalmente eu por ser De V. M. I. obrigadíssimo e fiel criado.Marquês de Barbacena". O retrato de D. Amélia enviado por Barbacena a D. Pedro I exibia no toucado da futura imperatriz uma rosa, a qual devia ter formado para o Imperador a ideia da homenagem a ser tributada, ideia essa que os artistas iriam ampliar e compor, formando a insígnia da Imperial Ordem da Rosa. As notícias que recebia de sua noiva mostravam serem as rosas as flores prediletas de D. Amélia e daí a determinação imperial de urgência na execução da insígnia, para que pudesse ser distribuída no desembarque da segunda imperatriz do Brasil. No dia 17 desembarca Dona Amélia no Arsenal de Marinha. Já aí se encontra o magnífico coche da Casa Imperial puxado por oito soberbos animais. A Imperatriz toma lugar na carruagem e no meio as maiores aclamações dirige-se em companhia do senhor marquês de Barbacena para a Capela Imperial, onde na maior pompa e magnificência a tão elevadas personagens, realizou-se o casamento que por procuração tinha se efetuado em Viena. Nesse dia, D. Pedro I assinava um decreto, referendado por José Clemente Pereira, ministro e secretário de Estado dos Negócios do Império, instituindo a belíssima insígnia da Imperial Ordem da Rosa, a última instituída pelo Império do Brasil. Imperial Ordem da Rosa.Decreto de 17 de outubro de 1829. Querendo perpetuar a memória do meu faustíssimo consórcio com a princesa Amélia de Leuchtemberg e Eischstoedt, por uma instituição útil que, assinalando esta época feliz, a conserve com glória na lembrança da posteridade e tendo sido em todos os tempos as distinções honoríficas sabiamente consideradas, não só como dignas recompensas de ações ilustres, mas como eficazes estímulos para empreendê-las e merecer por elas o reconhecimento público: hei por bem criar uma ordem militar e civil, com a denominação de Ordem da Rosa. Nela serão admitidos os beneméritos, tanto nacionais como estrangeiros, que se distinguirem por sua fidelidade à minha augusta pessoa e serviços feitos ao Império, sendo regulada a sua organização pela maneira seguinte:Art. 1.º O Imperador do Brasil é, e será sempre, o grã-mestre da ordem e o príncipe imperial herdeiro presuntivo da Coroa, grã-cruz e grande dignitário-mor.Os outros príncipes da família imperial, serão todos grã-cruzes. Art. 2.º Pelas classes em que é dividida, será a Ordem: 1.º Dezesseis grã-cruzes; oito efetivos a oito honorários. Nos lugares dos efetivos que vagarem por morte, entrarão por antiguidade os honorários. Ninguém será nomeado grã-cruz, sem ter já por algum título, o tratamento de excelência. 2.º Dezesseis grandes dignitários, com o tratamento de excelência. 3.º Trinta e dois dignitários. Só o poderá ser, quem tiver já por algum título, o tratamento de senhoria. 4.º Os comendadores, oficiais e cavaleiros que eu for servido nomear; gozando os primeiros do tratamento de senhoria; os segundos das honras e continências que competem aos coronéis e os terceiros, às dos capitães. Art. 3.º As insígnias que tocam às diferentes classes, são as dos desenhos anexos e a fita cor de rosa e branca. Art. 4.º Os grã-cruzes efetivos, usarão de bandas da referida cor, por cima da casaca ou farda, com um colar formado de rosas de ouro e esmalte, nos dias de corte e grande gala. Nos mais dias, trarão só as bandas por cima da vestia, como os grã-cruzes das outras ordens. Os honorários usarão do mesmo, sem colar. Art. 5.º Os grandes dignitários e os dignitários, trarão a medalha pendente ao pescoço e chapa na casaca, com a diferença de não ter coroa e chapa dos segundos. Art. 6.º Os comendadores e oficiais, usarão da medalha e chapa na casaca, com a mesma diferença de não ter coroa e medalha e chapa dos segundos. Art. 7.º Os cavaleiros trarão a medalha como usam: os das outras ordens. Art. 8.º Os despachos e expediente da Ordem, fica pertencendo à Secretaria de Estado dos Negócios do Império. José Clemente Pereira do meu conselho, ministro e secretário de Estados dos Negócios do Império, o tenha assim entendido e faça executar. Palácio do Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1929, 8º da Independência e do Império. Com a rubrica de Sua Majestade Imperial. José Clemente Pereira Surgia assim essa caprichosa peça de joalheria, na mais delicada evocação da História do Brasil. A Imperial Ordem da Rosa destinava-se a premiar civis e militares, nacionais ou estrangeiros, que se distinguissem por sua fidelidade à pessoa do Imperador e por serviços prestados ao Estado. Os seus graus até oficial conferiam honras militares e as praças de pré condecoradas não eram sujeitas aos castigo corporal, embora ficassem privadas do uso das respectivas insígnias quando presa. Além disso, o sargento que possuísse a Ordem da Rosa ou do Cruzeiro, deveria ser recolhido a uma prisão especial que não fosse "nem o Estado Maior nem o xadrez, embora não sendo oficial, não pudesse frequentar o círculo de oficiais" e mais: "que ao mesmo graduado, condecorado e preso, se perfilassem as armas pelo oficial subalterno comandante da guarda que por ele passasse". Um tenente coronel, à frente do seu batalhão, "faria continência ao Dignitário ou Oficial do Cruzeiro e ao Oficial da Rosa, embora, lhe fossem inferiores em patente".

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Tipo: Prata de Lei

MARQUÊS DE BARBACENA FELISBERTO CALDEIRA BRANT PONTES DE OLIVEIRA HORTA. ÚNICO EXEMPLAR CONHECIDO. MARCAS DO FABRICANDTE CHAMBERLAINS WORCERTER FORMIDÁVEL PRATO EM PORCELANA DE BORDA RECORTADA REALÇADA EM OURO. FUNDO NA TONALIDADE VERDE COR DA BANDEIRA BRASILEIRA COM RESERVAS FLORAIS EMOLDURADAS POR ROCAILLES VEGETALISTAS. NA CALDEIRA RESERVA EMOLDURADA COM FRISO EM OURO EXIBINDO O COLAR DA ORDEM DA ROSA, GRAU DE GRAN CRUZ EFETIVO E NO CENTRO TIMBRE DOS OLIVEIRA (UMA ÁRVORE DE OLIVEIRA). A COMENDA TEM AS INSCRIÇÕES AMOR E FIDELIDADE E AS INICIAIS P E A ENTRELAÇADAS (PEDRO E AMÉLIA). AS MARCAS DA MANUFATURA SÃO AS UTILIZADAS NAS DÉCADAS DE 1815 ATÉ MEADOS DA DÉCADA DE 1830. COMO A ORDEM DA ROSA FOI INSTITUIDA EM 1829, SUPÕE-SE QUE A ENCOMENDA É DOS PRIMEIROS ANOS DA DECADA DE 1830 JÁ QUE O MARQUÊS FOI ENVIADO PARA INGLATERRA EM DIVERSAS OCASIÕES COMO EMBAIXADOR AO LONGO DO PERÍODO DE 1824 A 1829, NESSE TEMPO AJUDOU COM A DIPLOMACIA A OBTER O RECONHECIMENTO DO MUNDO PARA O IMPÉRIO BRASILEIRO APÓS A INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL. EM 1829 CONDUZ A PRINCESA DONA MARIA II PARA ENTREGA-LA AO AVÔ O ARQUIDUQUE DA ÁUSTRIA ENQUANTO NEGOCIAVA SEU TRONO COMO RAINHA DE PORTUGAL. NO MESMO PERÍODO SEGUINDO MANDADO DO IMPERADOR DOM PEDRO I NEGOCIOU O CASAMENTO COM A SEGUNDA IMPERATRIZ IMPERATRIZ DONA AMÉLIA DE LEUCHTENBERG EM 1829 (EM HONRA DE QUEM FOI INSTITUÍDA A ORDEM DA ROSA). EM 1835, JÁ SOB O PERÍODO REGENCIAL PLANEJOU UMA VIAGEM COM FINALIDADE PARTICULAR À INGLATERA MAS A PEDIDO DO REGENTE FEIJÓ FOI INCUMBIDO DOS PODERES DE MINISTRO PLENIPOTENCIÁRIO PARA NEGOCIAR UM GRAVE ASSUNTO JUNTO A CORTE DO REI WILLIAN IV, O EMPRÉSTIMO CONTRAÍDO POR DOM PEDRO I PARA INDENIZAR PORTUGAL QUANDO DA INDEPENDENCIA BRASILEIRA EM 1822. CREMOS QUE FOI NESSA OCASIÃO QUE A ENCOMENDA DESSE PRATO FOI REALIZADA. DIZ O DECRETO DO REGENTO FEIJÓ: "O REGENTE EM NOME DO IMPERADOR O SENHOR D. PEDRO II, QUERENDO APROVEITAR O DISTINCTO MERECIMENTO E PRATICA DE NEGOCIOS DIPLOMATICOS DO MARQUEZ DE BARBACENA, QUE PARTE PARA A CÔRTE DE LONDRES, ONDE SE TEM TRATAR DE GRAVES NEGOCIAÇÕES COM O GOVERNO BRITANNICO: HA POR BEM ENCARREGA-LO DE UMA MISSÃO, ESPECIAL JUNTO DES SUA MAGESTADE BRITANNICA, NOMEANDO-O PLENIPOTCNCIARIO DE SUA MAGESTADE IMPERIAL JUNTO DAQUELLE SOBERANO, NÃO PERCEBENDO VENCIMENTO ALGUM, POR TER-SE A SIM PRESTADO A ESTA MISSÃO. MANOEL ALVES BRANCO, DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE IMPERIAL, MINISTRO E SECRETARIO DE ESTADO DOS NEGOCIAS ESTRANGEIROS, O TENHA ASSIM ENTENDIDO, E FAÇA EXPEDIR OS DESPACHOS NECESSARIAS.". FOI A ÚLTIMA VIAGEM DIPLOMÁTIDA DO MARQUÊS DE BARBACENA O MAIS INTELIGENTE DOS CORTESÃOS DE DOM PEDRO I. A ORDEM DA ROSA NA ORIGEM DO DECRETO QUE A INSTITUIU EM 1829 SÓ PODERIA SER CONCEDIDA NO GRAU DE GRAN CRUZ A OITO PESSOAS NO GRAU EFETIVO E QUATRO NO GRAU HONORÁRIO QUE IAM SUBSTITUINDO OS EFETIVOS QUE VIESSEM A FALECER. DOM PEDRO I NOMEOU APENAS SEIS EFETIVOS EM SEU REINADO, UM DELES O MARQUÊS DE BARBACENA E SOMENTE OS EFETIVOS PODERIAM USAR O COLAR DA ORDEM REPRODUZIDO NESSE RARO E BELO PRATO. ESSE PRATO ADQUIRIDO EM LONDRES POR UM COLECIONADOR BRASILEIRO NÃO É PROVAVELMENTE UM PRATO DE REFEIÇÃO É UM PRATO DE APARATO PARA SER APRESENTADO EM FACE DA IMPORTÂNCIA DA HONRARIA CONCEDIDA AO DIGNÁRIO. AS MARCAS DE CHAMBERLAINS WORCERTER FORAM CONFIRMADAS PARA O PERÍODO INDICADO NA PRIMEIRA METADE DA DECADA DE 1830. ESSA É TALVEZ A MAIS IMPORTANTE DESCOBERTA DE LOUÇA DA NOBREZA BRASILEIRA EM ´DECADAS. INGLATERRA, DEC. 1830, 26 CM DE DIÂMETRO.NOTA: Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira e Horta nasceu no dia 19 de setembro de 1772, no arraial de São Sebastião, próximo de Mariana, na então capitania de Minas Gerais. Provinha de família ilustre, ligada à atividade mineradora - seu avô paterno, o coronel Felisberto Caldeira Brant, foi contratador dos diamantes nos tempos áureos das Gerais.3 A família Brant, portanto, fincara raízes na estrutura da exploração colonial, de onde veio seu prestígio, riqueza e redes de relacionamento. A trajetória de Felisberto Caldeira Brant (o futuro marquês de Barbacena) confirma essa vinculação. Em 1786, após concluir os estudos preliminares, planejou continuar sua formação em Lisboa, para onde seguiu dois anos depois, recomendado pelo vice-rei, Luís de Vasconcelos e Sousa. Na capital do Reino, já com praça de cadete desde a partida da América, ingressou na Academia Real da Marinha sob a supervisão de um seu primo, Manuel José Pires da Silva Pontes, lente da instituição. Felisberto Caldeira Brant realizou missões a serviço da Coroa na Armada e no Exército, até ser nomeado ajudante de ordens de D. Miguel Antônio de Melo, governador de Angola (1797-1802). Mais tarde, estabeleceu-se na Bahia, onde se casou em 1801 com D. Ana Constança Guilhermina de Castro Cardoso, filha do coronel Antônio Cardoso dos Santos, um rico proprietário de terras. De volta a Portugal, acompanhou o desenrolar dos acontecimentos que precipitaram a transferência da família real, a qual acompanhou na partida para o Brasil. Militar de carreira, em 1811 foi nomeado brigadeiro e inspetor das tropas da Bahia, posição que lhe permitiu organizar efetivos para reprimir a Revolução Pernambucana de 1817. Em recompensa pela lealdade à monarquia portuguesa, recebeu a patente de marechal do Exército e o foro de fidalgo cavaleiro, mercês que lhe trouxeram ascensão social. Em 1818, encomendou o Marquês a Inglaterra uma máquina de vapor, para mover um barco que foi construído na cidade da Bahia, o qual fez sua primeira viagem à Cachoeira, em 4 de outubro de 1819. Logo depois, foi para Londres. Ali, ocupou-se da educação dos filhos. Logo que D. Pedro I declarou a independência, abriu o marquês correspondência ativa com ministro José Bonifácio, oferecendo-se para o serviço do país. Em 1823, voltou ao Rio, como deputado à Assembleia Constituinte, pela província da Bahia mas, pouco depois, foi a mesma assembleia dissolvida. Convidado, nessa época, para a pasta da Guerra e Marinha, recusou. Parecendo-lhe que o melhor meio para chegar a resultado prático seria aceitar a constituição oferecida pelo Imperador, foi à Bahia promover esta aceitação. Por este tempo, recebeu ele o título de Visconde de Barbacena sendo, poucos anos depois, elevado a Marquês do mesmo título. Da Bahia, partiu ele para Londres para negociar um empréstimo para o governo, e tratar do reconhecimento definitivo da nossa independência. Voltando, de novo, ao Rio de Janeiro, foi eleito senador por três províncias ao mesmo tempo, Minas, Bahia e Alagoas. O Imperador escolheu-o por Alagoas, em 19 de abril de 1826, data da organização primitiva do senado brasileiro. Em fins deste mesmo ano foi nomeado General-em-Chefe do Exército do Sul, mas só tomou o comando em janeiro de 1827 e, participou ativamente da Campanha da Cisplatina. Apesar de todos os contratempos, o Marquês mostrou a maior bravura e sangue-frio durante a ação. Feita a paz com Buenos Aires, e voltando o Marquês ao Rio de Janeiro, foi nomeado embaixador e encarregado de acompanhar para Viena dÁustria, D. Maria II, servindo-lhe de tutor durante a viagem, e incumbido de escolher, nas cortes da Europa, nova esposa para D. Pedro I. Chegando a Gibraltar, soube, com a maior surpresa, que D. Miguel, tomando posse da regência de Portugal, em nome da rainha, havia-se declarado rei absoluto. Decidiu não continuar a viagem para Viena, e seguir com a rainha para a Inglaterra, avisando a D. Pedro I. Entretanto, dedicou-se à segunda parte da sua missão, o casamento do Imperador, e conseguiu, finalmente, pedir a mão da princesa Amélia de Leuchtemberg. Voltando ao Rio de Janeiro, em companhia da nova imperatriz e da rainha de Portugal, o Imperador recebeu o Marquês de maneira obsequiosa. Então, pediu-lhe o Marquês a graça de o deixar retirar-se para a vida privada e para o descanso, com dignidade. No entanto, os negócios públicos não marchavam bem. O Marquês acedeu às instâncias do Imperador e aceitou o Ministério, com a intenção de fazer ao seu país todo o bem que pudesse. Vítima de intrigas palacianas, o Marquês foi demitido do Ministério, pelo Imperador, por motivo que não existia. As coisas chegaram a um tal estado de efervescência, que produziram os acontecimentos de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I e a sua retirada para a Europa. Desde a abdicação de Dom Pedro I até 1835, conservou-se o Marquês firme em seu posto de Senador, como monarquista de convicção e progressista, tanto como em melhoramentos materiais, quanto em reformas sociais e políticas, defendendo, sempre, o princípio da segurança da pessoa e da propriedade. Tendo de ir à Inglaterra, em 1836, o Regente Diogo Antônio Feijó, nomeou-se Ministro Plenipotenciário, para tratar sobre a interpretação do tratado de comércio, que deveria cessar com aquele país. Não perdeu seu tempo nesta viagem, pois enviou ao governo proposta de alguns banqueiros ingleses, para fundar um banco no Brasil, e retirar da circulação o papel-moeda do governo. Enviou também outra proposta de uma companhia inglesa, para construir uma estrada de ferro do Rio de Janeiro a Minas. Por este tempo, começou o Marquês a sofrer de cálculos na bexiga e, apesar de ter-se sujeitado muitas vezes à operação cirúrgica própria desta moléstia, por fim sucumbiu a ela. Enquanto lhe restaram forças foi sempre ao Senado e tomou parte nos debates. O Marquês de Barbacena faleceu a 13 de junho de 1841. Era Grande do Império, Gentil-Homem da Imperial Câmara, Veador de S. M. a Imperatriz, Alcaide-mor da Villa de Jaguaripe, Cavaleiro da Real Ordem da Torre e Espada, Grã-cruz da Imperial Ordem da Rosa e do Cruzeiro, Comendador da Ordem de Cristo e da Coroa de Ferro. A ele se deve a introdução da Vacina contra a varíola no Brasil. O DECRETO DA IMPERIAL ORDEM DA ROSA CARTA DE DOM PEDRO I AO MARQUÊS DE BARBACENA "Honrado Marquês de Barbacena. Amigo. Eu, o Imperador, vos envio muito saudar, como aquele que muito amo. Confiando de vossa fidelidade e inteireza o desempenho do maior serviço que ora podereis fazer tanto à minha pessoa e família, como à Nação Brasileira, mandei expedir pelo ministro competente, as instruções necessárias que devereis seguir à risca, enquanto alguma circunstância imprevista vos não aconselhar a tomar outro expediente. E porque a distância mui grande e eu desejo acelerar quanto for possível o meu casamento, convém que vos habilite com instruções amplas e positivamente minhas. O meu desejo e grande fim, é obter uma princesa que por seu nascimento, formosura, virtudes e instrução, venha fazer a minha felicidade e a do Império; quando não seja possível reunir as quatro condições, podereis admitir alguma diminuição na primeira e quarta, contanto que a segunda e a terceira, sejam constantes.Todos os meios que vossa sagacidade e zelo empregar para conseguir este fim, serão por mim aprovados e por isso vos incluo três assinaturas em branco e ponho à vossa disposição a minha legítima. Estou certo que desempenhareis as funções de fiel criado, tanto acompanhando minha filha a Rainha de Portugal para Viena, como Minha Augusta Noiva para o Brasil. Nosso Senhor vos tenha em sua santa guarda. Escrito no Palácio do Rio de Janeiro, aos 27 de junho de 1828, 7º da Independência e do Império. Imperador". Esta carta, entregue a Barbacena quando do seu embarque para a Europa, vinha não só relembrar ao digno Caldeira Brant todos os ardentes desejos do Imperador, mas abrir também nas páginas da História um parêntesis onde se poderia escrever amor poesia mocidade! Certamente Barbacena não cogitava em tão lindas palavras: a dupla missão que o levava mares afora, era de molde a pôr à prova todos os seus brios de fidalgo, todo o seu ardil diplomático! A primeira incumbência era tão honrosa, quanto pesada, levando a Viena a primogênita de D. Pedro I, a fim de bem prepará-la a reinar no trono de Portugal, já então ferozmente usurpado por D. Miguel. Essa atitude do tio e noivo da núbil rainha, constituía séria interrogação para o diplomata. Mas havia ainda muito mais a fazer; urgia, depois de combater as intrigas que ameaçavam a segurança de D. Maria da Glória, pensar em belezas coroadas, comparar, examinar como num estranho anseio de beleza, todas as princesas de reinos diferentes e segundo o dizer de D. Pedro, eleger aquela cuja beleza e virtudes fossem constantes. Era realmente o marquês de Barbacena um inspirado selecionador de encantos femininos e hábil ledor de almas, pois a noiva que conduziu a D. Pedro I realizava a aspiração comum da Nação, do Imperador e do próprio Barbacena. Esta maravilha nascida em Munique a 12 de julho de 1812, era filha pelo lado paterno de Eugênio de Beauharnais, duque de Leuchtenberg e Príncipe de Eichstatt, antigo vice-rei da Itália e um dos mais ilustres generais dos exércitos napoleônicos, filho de Josefina e enteado de Napoleão I e pelo lado materno era filha da Princesa Dona Augusta Amélia, filha de Maximiliano I, rei da Baviera e da rainha Dona Maria Guilhermina Augusta, Princesa de Hessen-Darmstadt, sendo portanto Dona Amélia, pelo lado paterno, neta da imperatriz dos franceses. O casamento realizou-se em Munique, a 2 de agosto de 1829, pelas treze horas, assinando o contrato de casamento por parte da noiva, o Senhor Cavaleiro Nicolau Luís Planat de la Faye, tenente-coronel do Exército de S. M. o rei da Baviera, gentil-homem da Corte, Oficial da Ordem da Legião de Honra da França, Cavaleiro da Ordem do Mérito Civil da Coroa da Baviera e da Real Ordem da Espada, da Suécia. Por parte do noivo assinava o Excelentíssimo Senhor Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta, marquês de Barbacena, Grande do Império, gentil-homem da Imperial Câmara, Veador de S. M. a Imperatriz, Alcaide-mor da Vila de Jaguaribe, Cavaleiro da Real Ordem da Torre e Espada, Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro, Comendador da Ordem de Cristo, Grã-Cruz da Ordem da Coroa de Ferro da Áustria e depois Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa. A 30 de agosto desse mesmo ano, cerca de doze horas, levanta ferros de Portsmouth a divisão naval brasileira sob o comando do conde de Souzel, Oficial-General da Armada, composta das fragatas Imperatriz e Maria Isabel, viajando a bordo da primeira em companhia de seu irmão o príncipe D. Augusto e da princesa D. Maria da Glória, futura rainha de Portugal, a segunda Imperatriz do Brasil, S. Majestade Dona Amélia Augusta Eugênia Napoleão de Beauharnais. A 16 de outubro chega finalmente à baía da Guanabara a divisão naval. D. Pedro I aguarda no cais, impaciente, o momento oportuno para conhecer aquela que a diplomacia do senhor marquês de Barbacena, havia lhe reservado como esposa e imperatriz. Surdo ao protocolo, não quer aguardar ali a noiva. Ele irá ao seu encontro, tal como Napoleão I, desprezando a pragmática para alcançar Maria Luisa na estrada de Versailles. Apenas mais feliz que o grande corso, ele achará na esposa uma alma devotada. Desliza rumo a fragata o galeão imperial conduzindo D. Pedro I. Ei-lo finalmente a bordo. Entre as continências da marinhagem e as salvas estrondosas das baterias, desce ao salão. E aí, junto ao senhor marquês está Dona Amélia. O que foi esse encontro para o desencantado viúvo de Dona Leopoldina? Foi a prosternação íntima do homem, ante o privilégio sempre raro da beleza! O Imperador aproxima-se pálido, nervoso e curvando-se numa reverência própria de príncipe, beija suavemente as mãos encantadoras de sua futura esposa e soberana e recebe das pupilas azuis da imperatriz, a mais afetuosa saudação. D. Pedro I, já agora mais calmo, denunciava sua imensa satisfação e a alegria de que estava possuído ao ter certeza de que a missão do marquês de Barbacena fora cumprida na íntegra, ou melhor, havia suplantado as suas próprias expectativas. De fato, ser bela, imperatriz, ter somente 17 anos, lindos olhos azuis, vestir-se da cor da rosa, resplandecer na dupla auréola da formosura e poder real, era pedir um símbolo! E D. Pedro I criou-o, substanciando na Imperial Ordem de Rosa a homenagem à mulher e à soberana. Assim escreveu Barbacena ao Imperador: "Laleham, 11 de agosto de 1829 Senhor. Acabo de chegar de Munique, tendo feito 330 léguas de viagem em cinco dias, e isto basta para V. M. fazer ideia do abatimento em que estarei.Até aqui foi sobre o testemunho de outros que tenho dado a V. M. I. notícias de sua augusta noiva, hoje dá-las-ei fundado no testemunho próprio e na minha convicção. É indubitavelmente a mais linda princesa e a mais bem-educada que presentemente existe na Europa e quando a vi emparelhada com as primas que foram primeiramente pedidas, dei muitas graças a Deus de haver V. M. I. escapado daqueles casamentos. A imperatriz é linda como V. M. I. verá pelo seu retrato que vai nesta ocasião, mas a sua instrução, as suas virtudes, excedem quanto posso dizer em seu elogio. V. M. I. gozará do prazer doméstico em maior grau, do que nenhum dos seus súditos e isto é o que V. M. queria e quanto convém ao Império.Deus guarde a V. M. I. por muitos anos, como todos desejam e principalmente eu por ser De V. M. I. obrigadíssimo e fiel criado.Marquês de Barbacena". O retrato de D. Amélia enviado por Barbacena a D. Pedro I exibia no toucado da futura imperatriz uma rosa, a qual devia ter formado para o Imperador a ideia da homenagem a ser tributada, ideia essa que os artistas iriam ampliar e compor, formando a insígnia da Imperial Ordem da Rosa. As notícias que recebia de sua noiva mostravam serem as rosas as flores prediletas de D. Amélia e daí a determinação imperial de urgência na execução da insígnia, para que pudesse ser distribuída no desembarque da segunda imperatriz do Brasil. No dia 17 desembarca Dona Amélia no Arsenal de Marinha. Já aí se encontra o magnífico coche da Casa Imperial puxado por oito soberbos animais. A Imperatriz toma lugar na carruagem e no meio as maiores aclamações dirige-se em companhia do senhor marquês de Barbacena para a Capela Imperial, onde na maior pompa e magnificência a tão elevadas personagens, realizou-se o casamento que por procuração tinha se efetuado em Viena. Nesse dia, D. Pedro I assinava um decreto, referendado por José Clemente Pereira, ministro e secretário de Estado dos Negócios do Império, instituindo a belíssima insígnia da Imperial Ordem da Rosa, a última instituída pelo Império do Brasil. Imperial Ordem da Rosa.Decreto de 17 de outubro de 1829. Querendo perpetuar a memória do meu faustíssimo consórcio com a princesa Amélia de Leuchtemberg e Eischstoedt, por uma instituição útil que, assinalando esta época feliz, a conserve com glória na lembrança da posteridade e tendo sido em todos os tempos as distinções honoríficas sabiamente consideradas, não só como dignas recompensas de ações ilustres, mas como eficazes estímulos para empreendê-las e merecer por elas o reconhecimento público: hei por bem criar uma ordem militar e civil, com a denominação de Ordem da Rosa. Nela serão admitidos os beneméritos, tanto nacionais como estrangeiros, que se distinguirem por sua fidelidade à minha augusta pessoa e serviços feitos ao Império, sendo regulada a sua organização pela maneira seguinte:Art. 1.º O Imperador do Brasil é, e será sempre, o grã-mestre da ordem e o príncipe imperial herdeiro presuntivo da Coroa, grã-cruz e grande dignitário-mor.Os outros príncipes da família imperial, serão todos grã-cruzes. Art. 2.º Pelas classes em que é dividida, será a Ordem: 1.º Dezesseis grã-cruzes; oito efetivos a oito honorários. Nos lugares dos efetivos que vagarem por morte, entrarão por antiguidade os honorários. Ninguém será nomeado grã-cruz, sem ter já por algum título, o tratamento de excelência. 2.º Dezesseis grandes dignitários, com o tratamento de excelência. 3.º Trinta e dois dignitários. Só o poderá ser, quem tiver já por algum título, o tratamento de senhoria. 4.º Os comendadores, oficiais e cavaleiros que eu for servido nomear; gozando os primeiros do tratamento de senhoria; os segundos das honras e continências que competem aos coronéis e os terceiros, às dos capitães. Art. 3.º As insígnias que tocam às diferentes classes, são as dos desenhos anexos e a fita cor de rosa e branca. Art. 4.º Os grã-cruzes efetivos, usarão de bandas da referida cor, por cima da casaca ou farda, com um colar formado de rosas de ouro e esmalte, nos dias de corte e grande gala. Nos mais dias, trarão só as bandas por cima da vestia, como os grã-cruzes das outras ordens. Os honorários usarão do mesmo, sem colar. Art. 5.º Os grandes dignitários e os dignitários, trarão a medalha pendente ao pescoço e chapa na casaca, com a diferença de não ter coroa e chapa dos segundos. Art. 6.º Os comendadores e oficiais, usarão da medalha e chapa na casaca, com a mesma diferença de não ter coroa e medalha e chapa dos segundos. Art. 7.º Os cavaleiros trarão a medalha como usam: os das outras ordens. Art. 8.º Os despachos e expediente da Ordem, fica pertencendo à Secretaria de Estado dos Negócios do Império. José Clemente Pereira do meu conselho, ministro e secretário de Estados dos Negócios do Império, o tenha assim entendido e faça executar. Palácio do Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1929, 8º da Independência e do Império. Com a rubrica de Sua Majestade Imperial. José Clemente Pereira Surgia assim essa caprichosa peça de joalheria, na mais delicada evocação da História do Brasil. A Imperial Ordem da Rosa destinava-se a premiar civis e militares, nacionais ou estrangeiros, que se distinguissem por sua fidelidade à pessoa do Imperador e por serviços prestados ao Estado. Os seus graus até oficial conferiam honras militares e as praças de pré condecoradas não eram sujeitas aos castigo corporal, embora ficassem privadas do uso das respectivas insígnias quando presa. Além disso, o sargento que possuísse a Ordem da Rosa ou do Cruzeiro, deveria ser recolhido a uma prisão especial que não fosse "nem o Estado Maior nem o xadrez, embora não sendo oficial, não pudesse frequentar o círculo de oficiais" e mais: "que ao mesmo graduado, condecorado e preso, se perfilassem as armas pelo oficial subalterno comandante da guarda que por ele passasse". Um tenente coronel, à frente do seu batalhão, "faria continência ao Dignitário ou Oficial do Cruzeiro e ao Oficial da Rosa, embora, lhe fossem inferiores em patente".

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