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Pintura

HENRIQUE BERNARDELLI (1858-1936) - CONSELHEIRO ANTONIO PRADO - OST BELO RETRATO DO CONSELHEIRO ANTONIO PRADO. PERCEBE-SE JUNTO A ASSINATURA EMBORA DESGASTADA A PALAVRA AMIGO COMO MUITAS VEZES BERNARDELLI DEDICOU AOS SEUS RETRATADOS. A MOLDURA REMATADA EM OURO BRUNIDO É TAMBÉM MAGNIFICA! OS SILVA PRADO DESDE DONA VERIDIANA, MÃE DO RETRATADO FORAM GRANDES MECENAS DA ARTE E SEUS RETRATOS FORAM PINTADOS SEMPRE PELOS ARTISTAS EM EVIDÊNCIA NA ÉPOCA O CONSELHEIRO ANTÔNIO PRADO SEGUIU A TRADIÇÃO COM UM DOS MAIS REPUTADOS ARTISTAS DA VIRADA DO SÉCULO NO BRASIL. O RETRATO PARECE TER SIDO REALIZADO NOS PRIMEIRO ANOS DO SEC. XX MAIS OU MENOS NO MESMO PERÍODO EM QUE HENRIQUE BERNARDELLI REALIZOU UM DE SEUS MAIS IMPORTANTES RETRATOS, O DO ESCRITOR MACHADO DE ASSIS (FEITO EM 1905) É NÍTIDO QUE AS OBRAS SEGUEM UM PADRÃO ESTILÍSTICO (VIDE FOTO DO RETRATO DE MACHADO DE ASSIS NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE) . 103 X 79 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA). NOTA: ANTÔNIO DA SILVA PRADO, OU CONSELHEIRO ANTÔNIO PRADO (São Paulo, 25 de fevereiro de 1840 Rio de Janeiro, 23 de abril de 1929) foi um advogado, lavrador, político e empresário brasileiro. Filho de Martinho da Silva Prado e de Veridiana Valéria da Silva Prado, membros da aristocracia cafeeira paulista, tinha o apelido de Antonico. Dona Veridiana era filha de Antônio da Silva Prado, o Barão de Iguape. Seu pai era tio de sua mãe. Formado na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1861, cursou especialização em direito em Paris. Foi chefe de polícia em São Paulo. Deputado provincial de São Paulo (1862-1864). Foi deputado federal, na época se dizia "deputado geral", em 1869 e 1872 pelo Partido Conservador. O conselheiro publicava suas opiniões no órgão do Partido Conservador, o Correio Paulistano, que foi de sua propriedade a partir de 1882, e que mais tarde se tornou o órgão do PRP, ao qual o conselheiro se filiou. Em 1878 foi inspetor especial de terras e colonização da Província de São Paulo. Tornou-se conselheiro do Império em 1888 e senador em 1886. Foi partidário da abolição, e ministro da agricultura. Foi incentivador da imigração italiana no Brasil sendo um dos fundadores da "Sociedade Brasileira de Imigração". Foi também ministro das relações exteriores. Foi incentivador de ferrovias, tendo, no ministério da agricultura, autorizado a construção de muitas linhas férreas no Brasil. Como ministro da agricultura, em 1885, participou da elaboração e assinou, junto com a Princesa Isabel a Lei Saraiva-Cotegipe, também chamada lei dos sexagenários, lei que previa a abolição gradual da escravatura negra no Brasil com indenização aos proprietários de escravos. Em 1888, o conselheiro Antônio Prado fez parte do gabinete João Alfredo Correia de Oliveira que elaborou o projeto da Lei Áurea. Quando faleceu no Rio de Janeiro, em 1929, seu filho Antônio da Silva Prado Júnior era o prefeito da cidade. Tomou posse como intendente da cidade de São Paulo em 7 de janeiro de 1899, sendo o primeiro a receber o título de prefeito e permaneceu doze anos no cargo, até 15 de janeiro de 1911, o que o torna o prefeito que mais tempo ficou no cargo até 15 de janeiro de 1911. Foi um dos fundadores do Automóvel Clube de São Paulo. Procurou modernizar a cidade, através da construção de pontes e o aterramento de várzeas que, em período de chuvas, impediam a ligação entre as várias regiões da cidade de São Paulo. Foi responsável, em seu mandato, pela implantação do sistema de energia elétrica na cidade, em 1900, graças a uma usina hidroelétrica construída em Santana de Parnaíba, através da empresa canadense The Sao Paulo Light & Power, que ocupava o atual centro comercial do mesmo nome. Embora tivesse sido em sua gestão que ocorreu a construção do Teatro Municipal, deixou o cargo em 15 de janeiro de 1911, sendo o Teatro Municipal inaugurado pelo então prefeito Barão Raimundo da Silva Duprat em setembro de 1911, ao lado do Viaduto do Chá. Mas, Antônio Prado inaugurou a Pinacoteca do Estado e a Estação da Luz além da construção da avenida Tiradentes, onde se localizam as duas obras citadas. Neste período, a população aumentava vertiginosamente: como consequência do fim da escravidão, grandes levas de imigrantes vieram para o Brasil, principalmente italianos (estima-se que na primeira década do século XX cerca de 900 mil deles chegaram ao país), fazendo a população da cidade saltar para quase 400 mil habitantes e em 1908 chegaram os primeiros japoneses. A maciça ocupação da cidade por estrangeiros ocorreu devido à rápida industrialização, com destaque para os setores têxtil e de alimentação. Depois de deixar a prefeitura, o Conselheiro Antônio Prado deixou a política, só a ela retornando para fundar, em 1926, o Partido Democrático (1930) emprestando seu prestígio político à nova sigla. A reunião de políticos que fundou o Partido Democrático foi realizada em sua residência. Antônio da Silva Prado e seu irmão Martinho Prado Júnior (o Martinico Prado) foram colonizadores na região de Ribeirão Preto adquirindo a Fazendas São Martinho (na atual Pradópolis) e formando a Fazenda Guatapará que chegaram a possuir 20 milhões de pés de café. A Fazenda Guatapará recebeu o Rei da Bélgica em 1923. O conselheiro Antônio Prado também formou a fazenda Santa Veridiana, nome que homenageia sua mãe, que chegou a ter 4 milhões de pés de café, localizada no atual município de Santa Cruz das Palmeiras. Criou também o balneário do Guarujá, um empreendimento pioneiro para a época, o início do século XX. Antônio da Silva Prado foi banqueiro proprietário do Banco do Comércio e Indústria do Estado de São Paulo, conhecido posteriormente como Banco Comind, da Vidraria Santa Marina e dono de um frigorífico em Barretos e proprietário e presidente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro por 30 anos. A Paulista, ficou conhecida mundialmente por sua eficiência e pontualidade e, se dedicou principalmente ao transporte de café e carnes. Foi também um dos pioneiros em reflorestamento no Brasil, plantando bosques para abastecer de madeira a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Recebida por herança, a Chácara do Carvalho, foi onde residiu com sua família, a esposa Catarina da Silva Prado e oito filhos, no período de 1893 a 1929. Tal era o prestígio da família e do palacete, que, em agosto de 1920, chegou a hospedar os reis da Bélgica. Seu enterro saiu da propriedade, sendo acompanhado a pé pela população até o Cemitério da Consolação, na capital de São Paulo. No ano de seu falecimento, 1929, foi lançado um extenso livro de mais de 800 páginas contendo os discursos e ensaios de Antônio Prado. Em 1940 foram realizados, em São Paulo e Rio de Janeiro, vários eventos comemorativos do centenário de seu nascimento, tendo sido lançado um livro contendo os discursos e trabalhos feitos alusivos à data. A cidade de Antônio Prado, que surgiu de uma colônia italiana, tida como a cidade mais italiana do Brasil, o homenageia adotando seu nome.O Almanak Laemmert de 1887 menciona o Conselheiro Antônio da Silva Prado como Grã-cruz da Real Ordem de Leopoldo. Foi aberta uma escola com seu nome em sua homenagem chamada Escola Estadual Deputado Silva Prado. Homenageado com a Praça Antonio Prado localizada no Distrito da Sé, na área central da cidade de São Paulo. No município de Barretos/SP, a praça da estação ferroviária recebeu o nome de "Praça Conselheiro Antônio Prado", em uma grata homenagem pela contribuição do mesmo viabilizando a implantação da estrada de ferro no município. No estado do Rio Grande do Sul, especificamente na região da Serra Gaúcha, existe um município denominado "Antônio Prado". O nome foi posto em homenagem a Antônio Prado quando da sua ocupação do cargo de Ministro da Agricultura e devido aos esforços empenhados em expandir a colonização italiana no Rio Grande do Sul. HENRIQUE BERNARDELLI nasceu em Valparaíso, no Chile, em 1858 e se mudou com seus pais e irmãos - o escultor Rodolfo Bernardelli (1852-1931) e o violonista e pintor Felix Bernardelli (1862-1905) - para o Rio Grande do Sul, no Brasil, no começo da década de 1860. A família transfere-se para o Rio de Janeiro em 1867. Em 1870 matriculou-se, juntamente com o irmão Rodolfo, na Academia Imperial de Belas Artes, estudando com pintores de destacada importância, como Victor Meireles e Agostinho José da Mota. Henrique torna-se aluno de Zeferino da Costa (1840-1915), Agostinho da Motta (1824-1878) e Victor Meirelles (1832-1903). Em 1878 naturalizou-se brasileiro para poder concorrer ao Prêmio de Viagem à Europa concedido pela AIBA. Após perder o prêmio para Rodolfo Amoedo, viajou para Roma, em 1878, com recursos próprios. Em Roma, estuda e frequenta o ateliê de Domenico Morelli (1826-1901), entrando em contato com as obras de artistas como Francesco Paolo Michetti e Giovanni Segantini. Ao retornar ao Rio de Janeiro, em 1888, Henrique realiza uma série de exposições individuais como a Exposição Universal de Paris, ganhando medalha de bronze com a tela Os Bandeirantes; em 1890, da Exposição Geral das Belas Artes, onde destaca-se com obras como Dicteriade, Tarantella e Calle de Venezia; e em 1893, da Exposição Universal de Chicago, com Messalina, Mater e Proclamação da República. É neste momento que as obras Tarantela (1886), Maternidade (1878), Messalina (1880), Modelo em Repouso (ca.1881) e Ao Meio Dia são apresentadas ao público. Em 1891 tornou-se professor de pintura na recém-inaugurada Escola Nacional de Belas Artes e encerra seu contrato em 1905. Henrique deixa de lecionar na faculdade alegando que a instituição precisa renovar seus quadros periodicamente. Ele e seu irmão Rodolfo passam a lecionar em um ateliê particular no Rio de Janeiro. Lucílio de Albuquerque (1885-1962) e Georgina de Albuquerque (1885-1962), Eugênio Latour (1874-1942), Hélios Seelinger (1878-1965) e Arthur Timótheo da Costa (1822-1922) são um dos seus principais alunos de destaque. O artista manteve vivo o contato com a cultura figurativa italiana, viajando constantemente para cidades como Roma, Nápoles e Veneza. Lecionou na Escola até ser substituído por Eliseu Visconti, em 1906, passando então a dar aulas particulares em seu ateliê, recebendo concomitantemente encomendas particulares. Em 1916, conquistou uma das mais altas premiações que um artista plástico pode aspirar no Brasil: a medalha de honra. Foi também membro do Conselho Superior de Belas Artes, para o qual prestou relevantes serviços. Grande parte da obra de Henrique Bernardelli foi doada à Pinacoteca do Estado conforme mostra o seu último catálogo. Vê-se uma herma sua na Praça do Lido, em Copacabana, obra do escultor Leão Veloso. Em 1931, o Núcleo Bernardelli, em homenagem aos professores Henrique e Rodolfo, foi criado por diversos pintores insatisfeitos com o modelo de ensino da Enba que buscavam criar um grupo voltado ao aprimoramento técnico e a reformulação do ensino artístico. Em 1905, Henrique Bernardelli pintou o retrato a óleo oficial do escritor brasileiro Machado de Assis, transformando a obra em uma iconografia machadiana. A tela, segundo historiadores, foi uma encomenda para decorar uma sala da Academia Brasileira de Letras, tendo assim efeito publicitário - caracterizando o retrato pelo sua austeridade e impecabilidade mobiliária e roupa sofisticada. Henrique pinta Machado de postura firme, acentuando a linguagem clássica da pintura. Com o centenário da independência do Brasil (1922), o historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, então diretor do Museu Paulista, aproveitou a data comemorativa para colocar em prática um projeto voltado à memória da nacional. Taunay elaborou a organização de oito salas voltas a memória paulista de forma linear e evolutiva. Para isso, o diretor convidou alguns pintores, sendo Henrique Bernardelli um dos convidados mais ilustres. Em 1921, Bernardelli e Rodolpho Amoedo, ambos com sessenta e quatro anos, foram convidados - já que pertenciam a Escola Nacional de Belas Artes (Anba) no Rio de Janeiro. Na época, Henrique não lecionava mais na Anba, mas recebia encomendas oficiais, como o retrato do presidente Epitácio Pessoa, feito no mesmo ano. A primeira versão do quadro O Ciclo de Caça ao Índio foi rejeitada por Taunay pelo cachorro que acompanhava o bandeirante e o chicote de couro em sua mão. Tais objetos poderiam desvalorizar a imagem do bandeirante, o que não correspondia com a imagem heroica que o diretor queria transmitir. Para Maraliz de Castro Vieira Christo, Doutora em História pela UNICAP, Henrique Bernardelli entrou em um conflito ter que retratar o bandeirante como herói sem mostra-lo como um algoz caçar do índio, tendo em vista a simbologia do mesmo que a partir da metade do século XIX passou a ser visto como "simbolo nacional, não podendo ter sua imagem associada ao canibalismo e à barbárie, que, antes, justificava a sua caça e seu aprisionamento".A solução, segundo a Doutora, foi minimizar o enfoque relativo a escravidão indígena, deslocando a atenção para o sofrimento do homem branco no processo "civilizador". Assim, encontramos uma humanização do bandeirante e o retratando como um ser predominantemente vencido pela natureza (contrapondo-se ao projeto do Museu Paulista). Henrique também é responsável por importantes trabalhos decorativos, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro. Os painéis O Domínio do Homem sobre as Forças da Natureza e A Luta pela Liberdade, para a Biblioteca Nacional e o teto de uma das salas do Theatro Municipal (1908), ambos no Rio de janeiro, são referência da pintura brasileira do século XX. O edifício do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) também teve a obra de Henrique em 22 medalhões em afresco que adornam sua fachada.

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Tipo: Pintura

HENRIQUE BERNARDELLI (1858-1936) - CONSELHEIRO ANTONIO PRADO - OST BELO RETRATO DO CONSELHEIRO ANTONIO PRADO. PERCEBE-SE JUNTO A ASSINATURA EMBORA DESGASTADA A PALAVRA AMIGO COMO MUITAS VEZES BERNARDELLI DEDICOU AOS SEUS RETRATADOS. A MOLDURA REMATADA EM OURO BRUNIDO É TAMBÉM MAGNIFICA! OS SILVA PRADO DESDE DONA VERIDIANA, MÃE DO RETRATADO FORAM GRANDES MECENAS DA ARTE E SEUS RETRATOS FORAM PINTADOS SEMPRE PELOS ARTISTAS EM EVIDÊNCIA NA ÉPOCA O CONSELHEIRO ANTÔNIO PRADO SEGUIU A TRADIÇÃO COM UM DOS MAIS REPUTADOS ARTISTAS DA VIRADA DO SÉCULO NO BRASIL. O RETRATO PARECE TER SIDO REALIZADO NOS PRIMEIRO ANOS DO SEC. XX MAIS OU MENOS NO MESMO PERÍODO EM QUE HENRIQUE BERNARDELLI REALIZOU UM DE SEUS MAIS IMPORTANTES RETRATOS, O DO ESCRITOR MACHADO DE ASSIS (FEITO EM 1905) É NÍTIDO QUE AS OBRAS SEGUEM UM PADRÃO ESTILÍSTICO (VIDE FOTO DO RETRATO DE MACHADO DE ASSIS NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE) . 103 X 79 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA). NOTA: ANTÔNIO DA SILVA PRADO, OU CONSELHEIRO ANTÔNIO PRADO (São Paulo, 25 de fevereiro de 1840 Rio de Janeiro, 23 de abril de 1929) foi um advogado, lavrador, político e empresário brasileiro. Filho de Martinho da Silva Prado e de Veridiana Valéria da Silva Prado, membros da aristocracia cafeeira paulista, tinha o apelido de Antonico. Dona Veridiana era filha de Antônio da Silva Prado, o Barão de Iguape. Seu pai era tio de sua mãe. Formado na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1861, cursou especialização em direito em Paris. Foi chefe de polícia em São Paulo. Deputado provincial de São Paulo (1862-1864). Foi deputado federal, na época se dizia "deputado geral", em 1869 e 1872 pelo Partido Conservador. O conselheiro publicava suas opiniões no órgão do Partido Conservador, o Correio Paulistano, que foi de sua propriedade a partir de 1882, e que mais tarde se tornou o órgão do PRP, ao qual o conselheiro se filiou. Em 1878 foi inspetor especial de terras e colonização da Província de São Paulo. Tornou-se conselheiro do Império em 1888 e senador em 1886. Foi partidário da abolição, e ministro da agricultura. Foi incentivador da imigração italiana no Brasil sendo um dos fundadores da "Sociedade Brasileira de Imigração". Foi também ministro das relações exteriores. Foi incentivador de ferrovias, tendo, no ministério da agricultura, autorizado a construção de muitas linhas férreas no Brasil. Como ministro da agricultura, em 1885, participou da elaboração e assinou, junto com a Princesa Isabel a Lei Saraiva-Cotegipe, também chamada lei dos sexagenários, lei que previa a abolição gradual da escravatura negra no Brasil com indenização aos proprietários de escravos. Em 1888, o conselheiro Antônio Prado fez parte do gabinete João Alfredo Correia de Oliveira que elaborou o projeto da Lei Áurea. Quando faleceu no Rio de Janeiro, em 1929, seu filho Antônio da Silva Prado Júnior era o prefeito da cidade. Tomou posse como intendente da cidade de São Paulo em 7 de janeiro de 1899, sendo o primeiro a receber o título de prefeito e permaneceu doze anos no cargo, até 15 de janeiro de 1911, o que o torna o prefeito que mais tempo ficou no cargo até 15 de janeiro de 1911. Foi um dos fundadores do Automóvel Clube de São Paulo. Procurou modernizar a cidade, através da construção de pontes e o aterramento de várzeas que, em período de chuvas, impediam a ligação entre as várias regiões da cidade de São Paulo. Foi responsável, em seu mandato, pela implantação do sistema de energia elétrica na cidade, em 1900, graças a uma usina hidroelétrica construída em Santana de Parnaíba, através da empresa canadense The Sao Paulo Light & Power, que ocupava o atual centro comercial do mesmo nome. Embora tivesse sido em sua gestão que ocorreu a construção do Teatro Municipal, deixou o cargo em 15 de janeiro de 1911, sendo o Teatro Municipal inaugurado pelo então prefeito Barão Raimundo da Silva Duprat em setembro de 1911, ao lado do Viaduto do Chá. Mas, Antônio Prado inaugurou a Pinacoteca do Estado e a Estação da Luz além da construção da avenida Tiradentes, onde se localizam as duas obras citadas. Neste período, a população aumentava vertiginosamente: como consequência do fim da escravidão, grandes levas de imigrantes vieram para o Brasil, principalmente italianos (estima-se que na primeira década do século XX cerca de 900 mil deles chegaram ao país), fazendo a população da cidade saltar para quase 400 mil habitantes e em 1908 chegaram os primeiros japoneses. A maciça ocupação da cidade por estrangeiros ocorreu devido à rápida industrialização, com destaque para os setores têxtil e de alimentação. Depois de deixar a prefeitura, o Conselheiro Antônio Prado deixou a política, só a ela retornando para fundar, em 1926, o Partido Democrático (1930) emprestando seu prestígio político à nova sigla. A reunião de políticos que fundou o Partido Democrático foi realizada em sua residência. Antônio da Silva Prado e seu irmão Martinho Prado Júnior (o Martinico Prado) foram colonizadores na região de Ribeirão Preto adquirindo a Fazendas São Martinho (na atual Pradópolis) e formando a Fazenda Guatapará que chegaram a possuir 20 milhões de pés de café. A Fazenda Guatapará recebeu o Rei da Bélgica em 1923. O conselheiro Antônio Prado também formou a fazenda Santa Veridiana, nome que homenageia sua mãe, que chegou a ter 4 milhões de pés de café, localizada no atual município de Santa Cruz das Palmeiras. Criou também o balneário do Guarujá, um empreendimento pioneiro para a época, o início do século XX. Antônio da Silva Prado foi banqueiro proprietário do Banco do Comércio e Indústria do Estado de São Paulo, conhecido posteriormente como Banco Comind, da Vidraria Santa Marina e dono de um frigorífico em Barretos e proprietário e presidente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro por 30 anos. A Paulista, ficou conhecida mundialmente por sua eficiência e pontualidade e, se dedicou principalmente ao transporte de café e carnes. Foi também um dos pioneiros em reflorestamento no Brasil, plantando bosques para abastecer de madeira a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Recebida por herança, a Chácara do Carvalho, foi onde residiu com sua família, a esposa Catarina da Silva Prado e oito filhos, no período de 1893 a 1929. Tal era o prestígio da família e do palacete, que, em agosto de 1920, chegou a hospedar os reis da Bélgica. Seu enterro saiu da propriedade, sendo acompanhado a pé pela população até o Cemitério da Consolação, na capital de São Paulo. No ano de seu falecimento, 1929, foi lançado um extenso livro de mais de 800 páginas contendo os discursos e ensaios de Antônio Prado. Em 1940 foram realizados, em São Paulo e Rio de Janeiro, vários eventos comemorativos do centenário de seu nascimento, tendo sido lançado um livro contendo os discursos e trabalhos feitos alusivos à data. A cidade de Antônio Prado, que surgiu de uma colônia italiana, tida como a cidade mais italiana do Brasil, o homenageia adotando seu nome.O Almanak Laemmert de 1887 menciona o Conselheiro Antônio da Silva Prado como Grã-cruz da Real Ordem de Leopoldo. Foi aberta uma escola com seu nome em sua homenagem chamada Escola Estadual Deputado Silva Prado. Homenageado com a Praça Antonio Prado localizada no Distrito da Sé, na área central da cidade de São Paulo. No município de Barretos/SP, a praça da estação ferroviária recebeu o nome de "Praça Conselheiro Antônio Prado", em uma grata homenagem pela contribuição do mesmo viabilizando a implantação da estrada de ferro no município. No estado do Rio Grande do Sul, especificamente na região da Serra Gaúcha, existe um município denominado "Antônio Prado". O nome foi posto em homenagem a Antônio Prado quando da sua ocupação do cargo de Ministro da Agricultura e devido aos esforços empenhados em expandir a colonização italiana no Rio Grande do Sul. HENRIQUE BERNARDELLI nasceu em Valparaíso, no Chile, em 1858 e se mudou com seus pais e irmãos - o escultor Rodolfo Bernardelli (1852-1931) e o violonista e pintor Felix Bernardelli (1862-1905) - para o Rio Grande do Sul, no Brasil, no começo da década de 1860. A família transfere-se para o Rio de Janeiro em 1867. Em 1870 matriculou-se, juntamente com o irmão Rodolfo, na Academia Imperial de Belas Artes, estudando com pintores de destacada importância, como Victor Meireles e Agostinho José da Mota. Henrique torna-se aluno de Zeferino da Costa (1840-1915), Agostinho da Motta (1824-1878) e Victor Meirelles (1832-1903). Em 1878 naturalizou-se brasileiro para poder concorrer ao Prêmio de Viagem à Europa concedido pela AIBA. Após perder o prêmio para Rodolfo Amoedo, viajou para Roma, em 1878, com recursos próprios. Em Roma, estuda e frequenta o ateliê de Domenico Morelli (1826-1901), entrando em contato com as obras de artistas como Francesco Paolo Michetti e Giovanni Segantini. Ao retornar ao Rio de Janeiro, em 1888, Henrique realiza uma série de exposições individuais como a Exposição Universal de Paris, ganhando medalha de bronze com a tela Os Bandeirantes; em 1890, da Exposição Geral das Belas Artes, onde destaca-se com obras como Dicteriade, Tarantella e Calle de Venezia; e em 1893, da Exposição Universal de Chicago, com Messalina, Mater e Proclamação da República. É neste momento que as obras Tarantela (1886), Maternidade (1878), Messalina (1880), Modelo em Repouso (ca.1881) e Ao Meio Dia são apresentadas ao público. Em 1891 tornou-se professor de pintura na recém-inaugurada Escola Nacional de Belas Artes e encerra seu contrato em 1905. Henrique deixa de lecionar na faculdade alegando que a instituição precisa renovar seus quadros periodicamente. Ele e seu irmão Rodolfo passam a lecionar em um ateliê particular no Rio de Janeiro. Lucílio de Albuquerque (1885-1962) e Georgina de Albuquerque (1885-1962), Eugênio Latour (1874-1942), Hélios Seelinger (1878-1965) e Arthur Timótheo da Costa (1822-1922) são um dos seus principais alunos de destaque. O artista manteve vivo o contato com a cultura figurativa italiana, viajando constantemente para cidades como Roma, Nápoles e Veneza. Lecionou na Escola até ser substituído por Eliseu Visconti, em 1906, passando então a dar aulas particulares em seu ateliê, recebendo concomitantemente encomendas particulares. Em 1916, conquistou uma das mais altas premiações que um artista plástico pode aspirar no Brasil: a medalha de honra. Foi também membro do Conselho Superior de Belas Artes, para o qual prestou relevantes serviços. Grande parte da obra de Henrique Bernardelli foi doada à Pinacoteca do Estado conforme mostra o seu último catálogo. Vê-se uma herma sua na Praça do Lido, em Copacabana, obra do escultor Leão Veloso. Em 1931, o Núcleo Bernardelli, em homenagem aos professores Henrique e Rodolfo, foi criado por diversos pintores insatisfeitos com o modelo de ensino da Enba que buscavam criar um grupo voltado ao aprimoramento técnico e a reformulação do ensino artístico. Em 1905, Henrique Bernardelli pintou o retrato a óleo oficial do escritor brasileiro Machado de Assis, transformando a obra em uma iconografia machadiana. A tela, segundo historiadores, foi uma encomenda para decorar uma sala da Academia Brasileira de Letras, tendo assim efeito publicitário - caracterizando o retrato pelo sua austeridade e impecabilidade mobiliária e roupa sofisticada. Henrique pinta Machado de postura firme, acentuando a linguagem clássica da pintura. Com o centenário da independência do Brasil (1922), o historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, então diretor do Museu Paulista, aproveitou a data comemorativa para colocar em prática um projeto voltado à memória da nacional. Taunay elaborou a organização de oito salas voltas a memória paulista de forma linear e evolutiva. Para isso, o diretor convidou alguns pintores, sendo Henrique Bernardelli um dos convidados mais ilustres. Em 1921, Bernardelli e Rodolpho Amoedo, ambos com sessenta e quatro anos, foram convidados - já que pertenciam a Escola Nacional de Belas Artes (Anba) no Rio de Janeiro. Na época, Henrique não lecionava mais na Anba, mas recebia encomendas oficiais, como o retrato do presidente Epitácio Pessoa, feito no mesmo ano. A primeira versão do quadro O Ciclo de Caça ao Índio foi rejeitada por Taunay pelo cachorro que acompanhava o bandeirante e o chicote de couro em sua mão. Tais objetos poderiam desvalorizar a imagem do bandeirante, o que não correspondia com a imagem heroica que o diretor queria transmitir. Para Maraliz de Castro Vieira Christo, Doutora em História pela UNICAP, Henrique Bernardelli entrou em um conflito ter que retratar o bandeirante como herói sem mostra-lo como um algoz caçar do índio, tendo em vista a simbologia do mesmo que a partir da metade do século XIX passou a ser visto como "simbolo nacional, não podendo ter sua imagem associada ao canibalismo e à barbárie, que, antes, justificava a sua caça e seu aprisionamento".A solução, segundo a Doutora, foi minimizar o enfoque relativo a escravidão indígena, deslocando a atenção para o sofrimento do homem branco no processo "civilizador". Assim, encontramos uma humanização do bandeirante e o retratando como um ser predominantemente vencido pela natureza (contrapondo-se ao projeto do Museu Paulista). Henrique também é responsável por importantes trabalhos decorativos, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro. Os painéis O Domínio do Homem sobre as Forças da Natureza e A Luta pela Liberdade, para a Biblioteca Nacional e o teto de uma das salas do Theatro Municipal (1908), ambos no Rio de janeiro, são referência da pintura brasileira do século XX. O edifício do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) também teve a obra de Henrique em 22 medalhões em afresco que adornam sua fachada.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada