Lote 78
Carregando...

Tipo:
Arte sacra

NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS FORMIDÁVEL PLACA UNA EM MARFIM DE VERTENTE CÍNGALO PORTUGUESA TRAZENDO EM ALTO RELEVO REPRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS E O MENINO JESUS ENTRONIZADOS EM MAJESTADE. A VIRGEM COROADA SEGURA RAMO FLORAL E O MENINO SEGURA ORBI MAJESTÁTICA. PRESIDINDO A CENA REPRESENTAÇÃO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO RAIADO EM RESPLENDOR. NA PARTE INFERIOR LEGENDA COM A INSCRIÇÃO N. S. DOREMEDIOS. PRODUÇÃO CINGALO PORTUGUESA COM ESTA QUALIDADE COMPÕE O ACERVO DE IMPORTES MUSEUS COMO O METROPOLITAN EM NOVA YORK. CEILÃO, SEC. XVII. 18 X 10 CMNOTA: Única do ponto de vista iconográfico, esta placa é verdadeiramente excepcional quer na expressividade do rosto, no cuidado na representação dos detalhes anatómicos e nos detalhes no entalhamento dos trajes.Originária de uma tradição de escultura em marfim prontamente apropriada pelos Portugueses, quer missionários desejosos de encomendar imagens, peças essenciais na doutrinação de novos crentes, quer oficiais ao serviço da corte nas colônias, a produção de imagens católicas no Ceilão conseguiu enorme fama e prestígio por toda a Ásia tornando-se o ponto de partida e de disseminação para uma tradição que, com a perda do domínio dessa ilha para os Holandeses em 1658, se mudará para Goa. A devoção a Nossa Senhora dos Remédios (ou do Bom Remédio), teve início com São João de Matha, que fundou a Ordem da Santíssima Trindade e veio a falecer em Roma no dia 17 de dezembro de 1213. Com o intuito de resgatar os cristãos que foram feitos de escravos na África e no Oriente Médio, São João da Mata e São Felix de Valois fundaram em 1198 a Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade. Para isso, precisavam de muito dinheiro. Então, eles buscaram o auxílio de Nossa Senhora, o remédio para todos os problemas que enfrentamos. Com o auxílio da Virgem Maria, conseguiram muito dinheiro e libertaram milhares de cristãos da escravidão. Para a língua medieval, os substantivos remédium e redémptio e os verbos remediare e redímere, possuíam significados parecidos: resgatar, redimir, remédio, libertação e salvação. Este é o motivo pelo qual, em diversas escrituras dos séculos XVI-XVII, Nossa Senhora era intitulada como Nossa Senhora do Remédio, da Libertação e do Resgate. A mais antiga imagem ainda existente de Nossa Senhora dos Remédios é uma representação românica, que era originalmente de posse da primeira casa dos trinitários em Marselha. Nela Maria aparece sentada, segurando o Menino Jesus em seu braço esquerdo e uma bolsa de dinheiro no braço direito. De acordo com muitos biógrafos, a bolsa faz referência ao milagre a São João de Matha. O santo estava sendo pressionado pelos muçulmanos, que estavam exigindo o dobro do preço pelos escravos resgatados por São João, ameaçando prender novamente os escravos libertos. Porém, com as súplicas a Nossa Senhora dos Remédios, São João de Matha conseguiu pagar os muçulmanos. De acordo com o livro Invocações da Virgem Maria no Brasil de Nilza Botelho Megale (3ª Edição - Ed. Vozes), a invocação a Nossa Senhora dos Remédios foi muito conhecida principalmente em Lamego e Santarém, que eram cidades da velha Lusitânia. Foi apresentada em Portugal por religiosos da Ordem da Santíssima Trindade francesa no começo do século XIII. Os frades Trinitários, juntamente com suas Confrarias e com seus devotos, trabalhavam duro para difundir suas devoções específicas. Desse modo trouxeram para o Brasil a devoção a Nossa Senhora dos Remédios, construindo inúmeras capelas em sua honra nos estados da Bahia, de Pernambuco, do Maranhão e em algumas cidades mineiras. Em Paraty, a primeira igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi construída em 1646 em um terreno recebido como doação de Maria Jácome de Melo, que impôs a condição de que a capela fosse em louvor a Nossa Senhora dos Remédios, já que Maria era muito devota da Virgem dos Remédios. No final do século XVIII começaram a construção de outra igreja, que até os dias atuais não foi acabada. A igreja dos Remédios, situada em São Paulo, possui uma história cercada por lendas. A mais conhecida conta que a igreja, situada na atual Praça João Mendes, era usada como refúgio de escravos perseguidos e, nos últimos anos do império, o reduto mais utilizado pelos abolicionistas. Porém, no ano de 1941 ocorreu sua demolição, para que fosse viabilizado o alargamento do então Largo dos Remédios. A única igreja construída na ilha de Fernando de Noronha é também em louvor a Nossa Senhora dos Remédios. Foi construída no ano de 1737, logo após a expulsão dos franceses que ocupavam a ilha há um ano.

Peça

Visitas: 403

Tipo: Arte sacra

NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS FORMIDÁVEL PLACA UNA EM MARFIM DE VERTENTE CÍNGALO PORTUGUESA TRAZENDO EM ALTO RELEVO REPRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS E O MENINO JESUS ENTRONIZADOS EM MAJESTADE. A VIRGEM COROADA SEGURA RAMO FLORAL E O MENINO SEGURA ORBI MAJESTÁTICA. PRESIDINDO A CENA REPRESENTAÇÃO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO RAIADO EM RESPLENDOR. NA PARTE INFERIOR LEGENDA COM A INSCRIÇÃO N. S. DOREMEDIOS. PRODUÇÃO CINGALO PORTUGUESA COM ESTA QUALIDADE COMPÕE O ACERVO DE IMPORTES MUSEUS COMO O METROPOLITAN EM NOVA YORK. CEILÃO, SEC. XVII. 18 X 10 CMNOTA: Única do ponto de vista iconográfico, esta placa é verdadeiramente excepcional quer na expressividade do rosto, no cuidado na representação dos detalhes anatómicos e nos detalhes no entalhamento dos trajes.Originária de uma tradição de escultura em marfim prontamente apropriada pelos Portugueses, quer missionários desejosos de encomendar imagens, peças essenciais na doutrinação de novos crentes, quer oficiais ao serviço da corte nas colônias, a produção de imagens católicas no Ceilão conseguiu enorme fama e prestígio por toda a Ásia tornando-se o ponto de partida e de disseminação para uma tradição que, com a perda do domínio dessa ilha para os Holandeses em 1658, se mudará para Goa. A devoção a Nossa Senhora dos Remédios (ou do Bom Remédio), teve início com São João de Matha, que fundou a Ordem da Santíssima Trindade e veio a falecer em Roma no dia 17 de dezembro de 1213. Com o intuito de resgatar os cristãos que foram feitos de escravos na África e no Oriente Médio, São João da Mata e São Felix de Valois fundaram em 1198 a Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade. Para isso, precisavam de muito dinheiro. Então, eles buscaram o auxílio de Nossa Senhora, o remédio para todos os problemas que enfrentamos. Com o auxílio da Virgem Maria, conseguiram muito dinheiro e libertaram milhares de cristãos da escravidão. Para a língua medieval, os substantivos remédium e redémptio e os verbos remediare e redímere, possuíam significados parecidos: resgatar, redimir, remédio, libertação e salvação. Este é o motivo pelo qual, em diversas escrituras dos séculos XVI-XVII, Nossa Senhora era intitulada como Nossa Senhora do Remédio, da Libertação e do Resgate. A mais antiga imagem ainda existente de Nossa Senhora dos Remédios é uma representação românica, que era originalmente de posse da primeira casa dos trinitários em Marselha. Nela Maria aparece sentada, segurando o Menino Jesus em seu braço esquerdo e uma bolsa de dinheiro no braço direito. De acordo com muitos biógrafos, a bolsa faz referência ao milagre a São João de Matha. O santo estava sendo pressionado pelos muçulmanos, que estavam exigindo o dobro do preço pelos escravos resgatados por São João, ameaçando prender novamente os escravos libertos. Porém, com as súplicas a Nossa Senhora dos Remédios, São João de Matha conseguiu pagar os muçulmanos. De acordo com o livro Invocações da Virgem Maria no Brasil de Nilza Botelho Megale (3ª Edição - Ed. Vozes), a invocação a Nossa Senhora dos Remédios foi muito conhecida principalmente em Lamego e Santarém, que eram cidades da velha Lusitânia. Foi apresentada em Portugal por religiosos da Ordem da Santíssima Trindade francesa no começo do século XIII. Os frades Trinitários, juntamente com suas Confrarias e com seus devotos, trabalhavam duro para difundir suas devoções específicas. Desse modo trouxeram para o Brasil a devoção a Nossa Senhora dos Remédios, construindo inúmeras capelas em sua honra nos estados da Bahia, de Pernambuco, do Maranhão e em algumas cidades mineiras. Em Paraty, a primeira igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi construída em 1646 em um terreno recebido como doação de Maria Jácome de Melo, que impôs a condição de que a capela fosse em louvor a Nossa Senhora dos Remédios, já que Maria era muito devota da Virgem dos Remédios. No final do século XVIII começaram a construção de outra igreja, que até os dias atuais não foi acabada. A igreja dos Remédios, situada em São Paulo, possui uma história cercada por lendas. A mais conhecida conta que a igreja, situada na atual Praça João Mendes, era usada como refúgio de escravos perseguidos e, nos últimos anos do império, o reduto mais utilizado pelos abolicionistas. Porém, no ano de 1941 ocorreu sua demolição, para que fosse viabilizado o alargamento do então Largo dos Remédios. A única igreja construída na ilha de Fernando de Noronha é também em louvor a Nossa Senhora dos Remédios. Foi construída no ano de 1737, logo após a expulsão dos franceses que ocupavam a ilha há um ano.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada