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Prata de Lei

DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE - MOLDURA EM PRATA DE LEI COM FOTOGRAFIA DE DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE. PROFUSAMENTE DECORADA COM ELEGANTES GUILLOCHES. MARCAS DE CONTRASTE PARA ITÁLIA, INÍCIO DO SEC. XX. 18 X 13 CM.NOTA: DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE foi casada com Francisco Antonio Matarazzo Gomide. FRANCISCO era filho de Dona Mariângela Matarazzo (portanto neto do CONDE FRANCESCO MATARAZZO) e do DOUTOR MÁRIO PEIXOTO GOMIDE (o que o torna neto do GOVENADOR FRANCISCO DE ASSIS PEIXOTO GOMIDE). Quem transita pela região dos Jardins em São Paulo certamente já cruzou pela Rua Peixoto Gomide mas poucos conhecem a história do patrono que empresta o nome a essa elegante via e outrora governou o Estado de São Paulo. Uma história de riqueza, importância e tragédia. Francisco de Assis Peixoto Gomide então presidente do Senado do Estado de São Paulo , além de ilustre político e pessoa influente, foi o autor de um dos crimes mais sangrentos da história da cidade de São Paulo envolvendo a sociedade paulista. Uma verdadeira cena de horror como descreveria do Estado de São Paulo em sua edição de 21 de Janeiro de 1906. Tal cenário ocorreria num casarão em estilo neoclássico no número 25 da rua Benjamin Constant, no centro de São Paulo, próximo a Praça da Sé e a uns 200 metros do Largo São Francisco, que era um dos endereços mais sofisticados da Capital. Festas dignas da nobreza europeia, com muito champanhe francês, caviar e valsas vienenses, encantavam a vizinhança, que se reunia na calçada para acompanhar a chegada dos convidados. Em 20 de janeiro de 1906, uma pequena multidão voltou a se formar na frente da casa, mas por uma razão nada festiva. Na tarde daquele dia, o dono do casarão, o senador Francisco de Assis Peixoto Gomide, então com 56 anos, assassinou a filha Sophia, de 22, e em seguida suicidou. A notícia se espalhou célere e, rapidamente, chegaram à residência políticos, secretários de Estado, juízes, promotores públicos, empresários e parentes de Peixoto Gomide, que à época era presidente do Senado paulista. A atitude do velho político causou perplexidade, pois Peixoto Gomide era considerado um homem equilibrado. Segundo depoimentos de empregados, pai e filha conversavam na sala de jantar, tendo sido interrompidos duas vezes por uma cozinheira, na primeira para levar o chá com torradas e, na outra, para apanhar a louça. Sentada à mesa, a garota bordava um lençol, enquanto o senador andava de um lado para outro, quando então ele parou e encostou um revólver Smith & Wesson na testa de Sophia. Que é isso meu pai? espantou-se a garota. Não é nada, respondeu o senador, apertando o gatilho em seguida. O impacto fez com que a moça fosse jogada para trás, rolando pelo chão. Sua morte foi instantânea. Com o barulho, apareceram na sala a mulher de Peixoto Gomide, Ambrosina, dois de seus filhos, Gnesa e Alceu, e uma criada. Mudo, o senador mantinha o braço estendido, como se estivesse escolhendo uma nova vítima. Chegou a apontar a arma para Gnesa, mas a empregada, aos gritos, o convenceu a abaixar o revólver. Em seguida, caminhou tranquilamente até a sala de visitas, encostou o Smith & Wesson no ouvido esquerdo e puxou o gatilho. A arma falhou. Ele então rodou o tambor e disparou de novo, caindo junto ao piano, mortalmente ferido. O pivô da tragédia, ao que tudo indica, foi o promotor público e poeta Manuel Baptista Cepellos. Ele se apaixonou por Sophia e pediu a um político do Interior que intercedesse junto a Peixoto Gomide para namorar a garota. O senador não só permitiu como, em 1905, reuniu os amigos para comunicar o casamento de Sophia com o promotor. A cerimônia seria em 27 de janeiro de 1906, mas os comentários maldosos o fizeram mudar de idéia. E não é que o Gomide vai casar a filha com um ex-soldado, um boêmio um poeta. Esta era a frase mais ouvida na cidade, segundo René Thiollier, autor do livro Episódios de Minha Vida. A fama do futuro genro infernizava o senador, que passou a ser alvo de chacotas. Colegas do Senado e pessoas que o encontravam na rua maldiziam o ofício de fazer poesia. Peixoto Gomide era do tempo em que a palavra empenhada valia mais do que documento assinado. Por isso, preferiu matar Sophia e se suicidar, a ter de recuar de sua decisão. Sabendo do trágico acontecimento, o presidente do Estado instruiu a todas as repartições públicas estaduais para hastearem as bandeiras em meio mastro e cancelou seus compromissos em respeito ao ocorrido. Além das repartições estaduais, também as repartições federais e municipais (Câmara Municipal), além do jornal Correio Paulista, hastearam a bandeira a meio mastro. Recebeu várias honras, e seu cortejo fúnebre foi acompanhado pela força pública, inclusive da cavalaria inicialmente estacionada no largo São Francisco. Peixoto Gomide era um personagem tão ilustre que compareceram em seu funeral, o presidente do Estado, Secretários Municipais, Chefe de Polícia, senadores e deputados estaduais e federais, ministros do Chile, Paraguai e da Guatemala, secretarias do Senado e da Câmara, corpo consular sediado em SP, comandantes da Força Pública, comandante e oficiais da Guarda Nacional, Presidente da Câmara Municipal, prefeitos e vereadores, ministros do Tribunal de Justiça, membros do Ministério público, juízes federais, além claro de seus familiares, a grande quantidade de amigos e admiradores, e o alto funcionalismo da época. Quem caminha pela Rua Peixoto Gomide, não se dá conta da ligação desse nome com uma história de amor que terminou em contundente tragédia.

Peça

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Tipo: Prata de Lei

DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE - MOLDURA EM PRATA DE LEI COM FOTOGRAFIA DE DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE. PROFUSAMENTE DECORADA COM ELEGANTES GUILLOCHES. MARCAS DE CONTRASTE PARA ITÁLIA, INÍCIO DO SEC. XX. 18 X 13 CM.NOTA: DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE foi casada com Francisco Antonio Matarazzo Gomide. FRANCISCO era filho de Dona Mariângela Matarazzo (portanto neto do CONDE FRANCESCO MATARAZZO) e do DOUTOR MÁRIO PEIXOTO GOMIDE (o que o torna neto do GOVENADOR FRANCISCO DE ASSIS PEIXOTO GOMIDE). Quem transita pela região dos Jardins em São Paulo certamente já cruzou pela Rua Peixoto Gomide mas poucos conhecem a história do patrono que empresta o nome a essa elegante via e outrora governou o Estado de São Paulo. Uma história de riqueza, importância e tragédia. Francisco de Assis Peixoto Gomide então presidente do Senado do Estado de São Paulo , além de ilustre político e pessoa influente, foi o autor de um dos crimes mais sangrentos da história da cidade de São Paulo envolvendo a sociedade paulista. Uma verdadeira cena de horror como descreveria do Estado de São Paulo em sua edição de 21 de Janeiro de 1906. Tal cenário ocorreria num casarão em estilo neoclássico no número 25 da rua Benjamin Constant, no centro de São Paulo, próximo a Praça da Sé e a uns 200 metros do Largo São Francisco, que era um dos endereços mais sofisticados da Capital. Festas dignas da nobreza europeia, com muito champanhe francês, caviar e valsas vienenses, encantavam a vizinhança, que se reunia na calçada para acompanhar a chegada dos convidados. Em 20 de janeiro de 1906, uma pequena multidão voltou a se formar na frente da casa, mas por uma razão nada festiva. Na tarde daquele dia, o dono do casarão, o senador Francisco de Assis Peixoto Gomide, então com 56 anos, assassinou a filha Sophia, de 22, e em seguida suicidou. A notícia se espalhou célere e, rapidamente, chegaram à residência políticos, secretários de Estado, juízes, promotores públicos, empresários e parentes de Peixoto Gomide, que à época era presidente do Senado paulista. A atitude do velho político causou perplexidade, pois Peixoto Gomide era considerado um homem equilibrado. Segundo depoimentos de empregados, pai e filha conversavam na sala de jantar, tendo sido interrompidos duas vezes por uma cozinheira, na primeira para levar o chá com torradas e, na outra, para apanhar a louça. Sentada à mesa, a garota bordava um lençol, enquanto o senador andava de um lado para outro, quando então ele parou e encostou um revólver Smith & Wesson na testa de Sophia. Que é isso meu pai? espantou-se a garota. Não é nada, respondeu o senador, apertando o gatilho em seguida. O impacto fez com que a moça fosse jogada para trás, rolando pelo chão. Sua morte foi instantânea. Com o barulho, apareceram na sala a mulher de Peixoto Gomide, Ambrosina, dois de seus filhos, Gnesa e Alceu, e uma criada. Mudo, o senador mantinha o braço estendido, como se estivesse escolhendo uma nova vítima. Chegou a apontar a arma para Gnesa, mas a empregada, aos gritos, o convenceu a abaixar o revólver. Em seguida, caminhou tranquilamente até a sala de visitas, encostou o Smith & Wesson no ouvido esquerdo e puxou o gatilho. A arma falhou. Ele então rodou o tambor e disparou de novo, caindo junto ao piano, mortalmente ferido. O pivô da tragédia, ao que tudo indica, foi o promotor público e poeta Manuel Baptista Cepellos. Ele se apaixonou por Sophia e pediu a um político do Interior que intercedesse junto a Peixoto Gomide para namorar a garota. O senador não só permitiu como, em 1905, reuniu os amigos para comunicar o casamento de Sophia com o promotor. A cerimônia seria em 27 de janeiro de 1906, mas os comentários maldosos o fizeram mudar de idéia. E não é que o Gomide vai casar a filha com um ex-soldado, um boêmio um poeta. Esta era a frase mais ouvida na cidade, segundo René Thiollier, autor do livro Episódios de Minha Vida. A fama do futuro genro infernizava o senador, que passou a ser alvo de chacotas. Colegas do Senado e pessoas que o encontravam na rua maldiziam o ofício de fazer poesia. Peixoto Gomide era do tempo em que a palavra empenhada valia mais do que documento assinado. Por isso, preferiu matar Sophia e se suicidar, a ter de recuar de sua decisão. Sabendo do trágico acontecimento, o presidente do Estado instruiu a todas as repartições públicas estaduais para hastearem as bandeiras em meio mastro e cancelou seus compromissos em respeito ao ocorrido. Além das repartições estaduais, também as repartições federais e municipais (Câmara Municipal), além do jornal Correio Paulista, hastearam a bandeira a meio mastro. Recebeu várias honras, e seu cortejo fúnebre foi acompanhado pela força pública, inclusive da cavalaria inicialmente estacionada no largo São Francisco. Peixoto Gomide era um personagem tão ilustre que compareceram em seu funeral, o presidente do Estado, Secretários Municipais, Chefe de Polícia, senadores e deputados estaduais e federais, ministros do Chile, Paraguai e da Guatemala, secretarias do Senado e da Câmara, corpo consular sediado em SP, comandantes da Força Pública, comandante e oficiais da Guarda Nacional, Presidente da Câmara Municipal, prefeitos e vereadores, ministros do Tribunal de Justiça, membros do Ministério público, juízes federais, além claro de seus familiares, a grande quantidade de amigos e admiradores, e o alto funcionalismo da época. Quem caminha pela Rua Peixoto Gomide, não se dá conta da ligação desse nome com uma história de amor que terminou em contundente tragédia.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada