Lote 330
Carregando...

Tipo:
Arte popular

MESTRE DEZINHO DO PIAUÍ SÃO JOÃO EVANGELISTA E A TAÇA ENVENENADA . BELA ESCULTURA DO MESTRE PRECURSOR DA ARTE SANTEIRA NO PIAUÍ. REPRESENTA SÃO JOÃO EVANGELISTA SEGURANDO A TAÇA ENVENENADA: LOGO APÓS TER ESCRITO O APOCALIPSE NA ILHA PRISÃO DE PÁTMOS SÃO JOÃO FOI TRANSFERIDO PARA ÉFESO, ONDE OS OURIVES DA CIDADE QUE PRODUZIAM EX VOTOS PARA DEUSA ARTÉMIS O OBRIGARAM A TOMAR UMA TAÇA DE VENENO. SEGUNDO A TRADIÇÃO, SÃO JOÃO PURIFICOU A TAÇA COM O SINAL DA CRUZ FAZENDO SAIR DE DENTRO DELA UMA SERPENTE, TOMOU O VINHO ENVENENADO E NADA LHE ACONTECEU. POR CAUSA DESSA TRADIÇÃO SÃO JOÃO É TIDO TAMBÉM COMO PROTETOR CONTRA VENENOS EM GERAL E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES E CHAMAVA-SE VINHO DE SÃO JOÃO OU JOHANNESMINNE A UM SACRAMENTAL QUE PROTEGIA CONTRA O VENENO E CONTRA INTOXICAÇÕES ALIMENTARES. POR ISSO, ANTIGAMENTE SÃO JOÃO ERA REPRESENTADO NAS FACHADAS DAS FARMÁCIAS AO LADO DE ESCULÁPIO O DEUS DA MEDICINA QUE TEM TAMBÉM COMO ATRIBUTO UMA SERPENTE. PIAUÍ, SEC. XX. 108 CM DE ALTURA.NOTA: José Alves de Oliveira, conhecido como Mestre Dezinho é considerado o precursor da arte santeira no Estado do Piauí. Ele nasceu no dia 2 de março de 1916 no município piauiense de Valença do Piauí. Ali, fez de tudo um pouco; trabalhou na lavoura, foi marceneiro, mas nenhum dos trabalhos prosperou como ele desejava. O trabalho com a madeira começou aos dezoito anos, mas o gosto por ela começou muito antes; ele cresceu vendo seu pai, que era carpinteiro, trabalhar com a madeira, moldando as mais diversas peças, como portas, janelas, móveis, etc. O próprio Dezinho quando criança já usava pequenas facas e canivetes para esculpir pequenas peças figurativas de madeira. Como não se contentava com a carpintaria, resolveu instalar uma padaria na cidade de Valença. Mas apesar da atividade de padeiro, não deixou de fazer seus trabalhos com madeira; produzia peças que as pessoas encomendavam para pagar promessas pela cura de doenças (ex votos); eram braços, pernas, mãos, cabeças, dedos, etc. Em busca de educação para os filhos, mudou-se com a esposa, Francisca de Oliveira, e os seis filhos para a capital do Estado. Em Teresina trabalhou como vigia municipal e continuou a trabalhar na confecção de suas peças de madeira. Nesta época estava sendo construída a Igreja Nossa Senhora de Lourdes e o vigário, padre Francisco das Chagas Carvalho, havia encomendando ao mestre Dezinho alguns bancos para a igreja. Um dia na casa do mestre, Padre Carvalho se deparou com os ex-votos esculpidos por ele. Empolgado com o que tinha visto, encomendou-lhe um Cristo em madeira para colocar no altar-mor da nova igreja. Gostou tanto do resultado que pediu ao mestre que esculpisse varias outras imagens para a igreja. A Igreja da Vermelha, como é conhecida em Teresina, acabou se tornando um registro histórico do nascimento artístico do mestre Dezinho. Quando terminei, o padre Carvalho convidou o arcebispo D. Avelar para ver as peças esculpidas na madeira. (...) Eu fiquei bastante nervoso tentando imaginar o que ele estaria pensando sobre aquelas caras de pau feito santos. Fiquei aliviado quando ele me cumprimentou e parabenizou dizendo que eu era um escultor. Eu quis saber o que era escultor. Ele disse que era um artista que fazia as semelhanças de uma pessoa em madeira ou em pedra; e que se eu continuasse assim, ia ser um segundo Aleijadinho (Dezinho, 1999, p. 66). A repercussão do trabalho do mestre Dezinho na igreja de Nossa Senhora de Lourdes a transformou em um ponto turístico e a obra do mestre ficou conhecida em todo Brasil. Mestre Dezinho inaugurou uma arte santeira com estilo próprio. E foi com esse estilo que influenciou tantos outros artistas piauienses como Expedito, Cornélio, Edmar e José Soares, para citar alguns. Atualmente no Piauí mais de 150 artesãos vivem do ofício, os quais desenvolveram com o tempo seu estilo, isto é, sua maneira própria de expressão. As peças do mestre Dezinho são talhadas normalmente em cedro, obedecendo muitas vezes o tamanho natural. Nas roupas dos santos, referências da cultura piauiense, como cajus, folhagens e flores típicas da região. A repercussão da obra de Mestre Dezinho foi responsável por várias mudanças em torno da arte santeira quando passou da confecção dos milagres às obras de culto. Reconhecidas por um público crítico e externo à localidade de origem, elevaram seu valor como obra de arte e como referência local e nacional. As obras do mestre Dezinho estão espalhadas pelo mundo. Fez exposições pelo Brasil e em vários países como: México, República Tcheca, Itália, Israel, França, Bélgica, Estados Unidos, dentre outros. Hoje, A maior parte da obras do mestre está nas mãos de colecionadores, mas algumas podem se admiradas em museus (no Brasil e no exterior) e em algumas igrejas, especialmente no Piauí. O mestre Dezinho faleceu aos 74 anos em fevereiro 2000, em Teresina-PI. SÃO JOÃO EVANGELISTA: São João, o único dos Apóstolos a morrer de morte natural (em Éfeso), é considerado como mártir, embora tenha sobrevivido, ao banho de azeite fervente. Por um infrequente privilégio, a Igreja consagrou-o com duas festas, uma das quais corresponde ao suplício da Porta Latina (do dia 06 de maio) e a outra ao seu dia natalício, isto é, à sua morte (a 27 de dezembro). Depois da ressurreição de Jesus, foi o primeiro, ao lado de Pedro, a receber de Maria Madalena o anúncio do sepulcro vazio, e foi o primeiro a chegar até ele, entrando, porém, depois de Pedro. Após a ascensão de Jesus ao céu, os Atos dos Apóstolos o mostram ao lado de Pedro por ocasião da cura do aleijado no Templo de Jerusalém e, depois, no discurso no Sinédrio, em seguida do qual foi capturado e, também com Pedro, encarcerado. Com o mesmo Pedro, dirige-se à Samaria. Em 53, João ainda se encontra em Jerusalém: Paulo o nomeia (Gl 2, 9), ao lado de Pedro e Tiago, como uma das colunas da Igreja. Mas, por volta de 57, Paulo só fala de Tiago Menor em Jerusalém: João, portanto, já não está lá, tendo-se transferido para Éfeso, como testemunham unanimemente as fontes antigas, entre as quais basta-nos citar Irineu (Contra as heresias, III, 3, 4): A Igreja de Éfeso, que Paulo fundou e em que João permaneceu até a época de Trajano, é testemunha verídica da tradição dos apóstolos.A permanência de João em Éfeso, onde escreve o Evangelho (segundo o mesmo Irineu afirma), é interrompida, como as fontes antigas nos dizem, pela perseguição sofrida sob Domiciano (imperador de 81 a 96), provavelmente por volta do ano de 95. É nesse ponto que se insere a tradição, registrada por muitos autores antigos, de sua viagem a Roma e de sua condenação à morte numa caldeira de argila cheia de óleo fervente, da qual saiu ileso por milagre. Com o nome de São João em Porta Latina, é reconhecido como patrono dos impressores, livreiros, encadernadores, papeleiros, copistas de manuscritos, gravadores ao buril ou talha, porque São João aparece representado, com frequência, escrevendo o Apocalipse junto à sua águia, de cujo peito pende um tinteiro. Mas estes patrocínios podem explicar-se, mais simplesmente, pela cuba de azeite onde foi imerso. Os impressores empregavam uma tinta oleosa que compararam com o azeite. Outro tanto ocorre com os gravadores. A tela que empregam os fabricantes de papel macera-se em cubas e os encadernadores também empregam peles curtidas em cubas de madeira. A cuba de azeite fervente que originou quase todos os patrocínios de tão diversos ofícios. E, também, por esta razão São João era invocado contra as queimaduras. Contudo, alguns destes patrocínios têm outra origem. Visto que Cristo lhe confiara a sua mãe, a Santíssima Virgem, do alto da cruz, se converteu em Virginis custos e, por extensão, em Virginum custos, isto é, protector das virgens e das viúvas. Por causa da tradição da taça do veneno, São João também protegia contra os venenos. Chamava-se "vinho de São João" ou "Johannesminne" a um sacramental que protegia contra o veneno, e, em geral, contra as intoxicações alimentares. É a este título que, às vezes, São João aparece representado nas fachadas das farmácias, formando parelha com Esculapio o deus médico, que também, tem, como atributo, uma serpente. Já no dia 27 de dezembro se celebra propriamente a memória do discípulo que Jesus amava e a quem confiou Sua Mãe, a Virgem Maria, do alto da Cruz, pouco antes de entregar o espírito ao Pai. No Ocidente, o seu culto desenvolveu-se naturalmente em Roma, dado que na Porta Latina padeceu o suplício do banho de azeite fervente. Nesse lugar, edificou-se um oratório sob a avocação de S. Giovanni in Oleo (S. João em azeite). Contudo, a principal igreja edificada em sua honra foi a Basílica de São João de Latrão (San Giovanni in Laterano) que, entre outras relíquias, possui a taça que continha o veneno que lhe ofereceram para beber. Depois da morte de Domiciano, em 96, o apóstolo volta a Éfeso, como o mesmo Eusébio testemunha: Naquela época, João, o predileto de Jesus, ao mesmo tempo apóstolo e evangelista, ainda vivia na Ásia, onde, tendo voltado do exílio na ilha pela morte de Domiciano, dirigia as Igrejas daquela região (História eclesiástica, III, 23, 1). João morre em Éfeso, talvez em 104, e lá é sepultado. Por volta de 190, Polícrates, bispo de Éfeso, numa carta endereçada ao papa Vítor, diz: Também João, aquele que se abandonou no peito do Senhor, que foi sacerdote e trouxe a insígnia de mártir aqui, talvez, no sentido de testemunha e mestre, jaz em Éfeso (o trecho é citado em Eusébio, História eclesiástica, V, 24, 2). Seu túmulo, visível até hoje, encontra-se numa câmara funerária subterrânea na colina de Ayasuluk, a um quilômetro e meio da antiga Éfeso. No princípio do século IV, foi ali construído um martyrion quadrangular de cerca de 20 x 19 metros, citado no Itinerário de Egéria; em torno dele foi construída, cerca de um século depois, uma igreja cruciforme, demolida no século VI pelo imperador Justiniano, que mandou erigir em seu lugar uma grandiosa basílica para os numerosos peregrinos, intitulada ao apóstolo, com três naves, 110 metros de comprimento e mais ou menos a metade dessa medida de largura. O túmulo de João fica na cripta sob o altar. Toda a colina foi cercada por um muro para proteger o santuário e as dependências. Destruída a basílica, por um terremoto e vários saques, suas ruínas imponentes, objeto de diversas pesquisas arqueológicas e restaurações, foram parcialmente reerguidas recentemente.

Peça

Visitas: 1236

Tipo: Arte popular

MESTRE DEZINHO DO PIAUÍ SÃO JOÃO EVANGELISTA E A TAÇA ENVENENADA . BELA ESCULTURA DO MESTRE PRECURSOR DA ARTE SANTEIRA NO PIAUÍ. REPRESENTA SÃO JOÃO EVANGELISTA SEGURANDO A TAÇA ENVENENADA: LOGO APÓS TER ESCRITO O APOCALIPSE NA ILHA PRISÃO DE PÁTMOS SÃO JOÃO FOI TRANSFERIDO PARA ÉFESO, ONDE OS OURIVES DA CIDADE QUE PRODUZIAM EX VOTOS PARA DEUSA ARTÉMIS O OBRIGARAM A TOMAR UMA TAÇA DE VENENO. SEGUNDO A TRADIÇÃO, SÃO JOÃO PURIFICOU A TAÇA COM O SINAL DA CRUZ FAZENDO SAIR DE DENTRO DELA UMA SERPENTE, TOMOU O VINHO ENVENENADO E NADA LHE ACONTECEU. POR CAUSA DESSA TRADIÇÃO SÃO JOÃO É TIDO TAMBÉM COMO PROTETOR CONTRA VENENOS EM GERAL E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES E CHAMAVA-SE VINHO DE SÃO JOÃO OU JOHANNESMINNE A UM SACRAMENTAL QUE PROTEGIA CONTRA O VENENO E CONTRA INTOXICAÇÕES ALIMENTARES. POR ISSO, ANTIGAMENTE SÃO JOÃO ERA REPRESENTADO NAS FACHADAS DAS FARMÁCIAS AO LADO DE ESCULÁPIO O DEUS DA MEDICINA QUE TEM TAMBÉM COMO ATRIBUTO UMA SERPENTE. PIAUÍ, SEC. XX. 108 CM DE ALTURA.NOTA: José Alves de Oliveira, conhecido como Mestre Dezinho é considerado o precursor da arte santeira no Estado do Piauí. Ele nasceu no dia 2 de março de 1916 no município piauiense de Valença do Piauí. Ali, fez de tudo um pouco; trabalhou na lavoura, foi marceneiro, mas nenhum dos trabalhos prosperou como ele desejava. O trabalho com a madeira começou aos dezoito anos, mas o gosto por ela começou muito antes; ele cresceu vendo seu pai, que era carpinteiro, trabalhar com a madeira, moldando as mais diversas peças, como portas, janelas, móveis, etc. O próprio Dezinho quando criança já usava pequenas facas e canivetes para esculpir pequenas peças figurativas de madeira. Como não se contentava com a carpintaria, resolveu instalar uma padaria na cidade de Valença. Mas apesar da atividade de padeiro, não deixou de fazer seus trabalhos com madeira; produzia peças que as pessoas encomendavam para pagar promessas pela cura de doenças (ex votos); eram braços, pernas, mãos, cabeças, dedos, etc. Em busca de educação para os filhos, mudou-se com a esposa, Francisca de Oliveira, e os seis filhos para a capital do Estado. Em Teresina trabalhou como vigia municipal e continuou a trabalhar na confecção de suas peças de madeira. Nesta época estava sendo construída a Igreja Nossa Senhora de Lourdes e o vigário, padre Francisco das Chagas Carvalho, havia encomendando ao mestre Dezinho alguns bancos para a igreja. Um dia na casa do mestre, Padre Carvalho se deparou com os ex-votos esculpidos por ele. Empolgado com o que tinha visto, encomendou-lhe um Cristo em madeira para colocar no altar-mor da nova igreja. Gostou tanto do resultado que pediu ao mestre que esculpisse varias outras imagens para a igreja. A Igreja da Vermelha, como é conhecida em Teresina, acabou se tornando um registro histórico do nascimento artístico do mestre Dezinho. Quando terminei, o padre Carvalho convidou o arcebispo D. Avelar para ver as peças esculpidas na madeira. (...) Eu fiquei bastante nervoso tentando imaginar o que ele estaria pensando sobre aquelas caras de pau feito santos. Fiquei aliviado quando ele me cumprimentou e parabenizou dizendo que eu era um escultor. Eu quis saber o que era escultor. Ele disse que era um artista que fazia as semelhanças de uma pessoa em madeira ou em pedra; e que se eu continuasse assim, ia ser um segundo Aleijadinho (Dezinho, 1999, p. 66). A repercussão do trabalho do mestre Dezinho na igreja de Nossa Senhora de Lourdes a transformou em um ponto turístico e a obra do mestre ficou conhecida em todo Brasil. Mestre Dezinho inaugurou uma arte santeira com estilo próprio. E foi com esse estilo que influenciou tantos outros artistas piauienses como Expedito, Cornélio, Edmar e José Soares, para citar alguns. Atualmente no Piauí mais de 150 artesãos vivem do ofício, os quais desenvolveram com o tempo seu estilo, isto é, sua maneira própria de expressão. As peças do mestre Dezinho são talhadas normalmente em cedro, obedecendo muitas vezes o tamanho natural. Nas roupas dos santos, referências da cultura piauiense, como cajus, folhagens e flores típicas da região. A repercussão da obra de Mestre Dezinho foi responsável por várias mudanças em torno da arte santeira quando passou da confecção dos milagres às obras de culto. Reconhecidas por um público crítico e externo à localidade de origem, elevaram seu valor como obra de arte e como referência local e nacional. As obras do mestre Dezinho estão espalhadas pelo mundo. Fez exposições pelo Brasil e em vários países como: México, República Tcheca, Itália, Israel, França, Bélgica, Estados Unidos, dentre outros. Hoje, A maior parte da obras do mestre está nas mãos de colecionadores, mas algumas podem se admiradas em museus (no Brasil e no exterior) e em algumas igrejas, especialmente no Piauí. O mestre Dezinho faleceu aos 74 anos em fevereiro 2000, em Teresina-PI. SÃO JOÃO EVANGELISTA: São João, o único dos Apóstolos a morrer de morte natural (em Éfeso), é considerado como mártir, embora tenha sobrevivido, ao banho de azeite fervente. Por um infrequente privilégio, a Igreja consagrou-o com duas festas, uma das quais corresponde ao suplício da Porta Latina (do dia 06 de maio) e a outra ao seu dia natalício, isto é, à sua morte (a 27 de dezembro). Depois da ressurreição de Jesus, foi o primeiro, ao lado de Pedro, a receber de Maria Madalena o anúncio do sepulcro vazio, e foi o primeiro a chegar até ele, entrando, porém, depois de Pedro. Após a ascensão de Jesus ao céu, os Atos dos Apóstolos o mostram ao lado de Pedro por ocasião da cura do aleijado no Templo de Jerusalém e, depois, no discurso no Sinédrio, em seguida do qual foi capturado e, também com Pedro, encarcerado. Com o mesmo Pedro, dirige-se à Samaria. Em 53, João ainda se encontra em Jerusalém: Paulo o nomeia (Gl 2, 9), ao lado de Pedro e Tiago, como uma das colunas da Igreja. Mas, por volta de 57, Paulo só fala de Tiago Menor em Jerusalém: João, portanto, já não está lá, tendo-se transferido para Éfeso, como testemunham unanimemente as fontes antigas, entre as quais basta-nos citar Irineu (Contra as heresias, III, 3, 4): A Igreja de Éfeso, que Paulo fundou e em que João permaneceu até a época de Trajano, é testemunha verídica da tradição dos apóstolos.A permanência de João em Éfeso, onde escreve o Evangelho (segundo o mesmo Irineu afirma), é interrompida, como as fontes antigas nos dizem, pela perseguição sofrida sob Domiciano (imperador de 81 a 96), provavelmente por volta do ano de 95. É nesse ponto que se insere a tradição, registrada por muitos autores antigos, de sua viagem a Roma e de sua condenação à morte numa caldeira de argila cheia de óleo fervente, da qual saiu ileso por milagre. Com o nome de São João em Porta Latina, é reconhecido como patrono dos impressores, livreiros, encadernadores, papeleiros, copistas de manuscritos, gravadores ao buril ou talha, porque São João aparece representado, com frequência, escrevendo o Apocalipse junto à sua águia, de cujo peito pende um tinteiro. Mas estes patrocínios podem explicar-se, mais simplesmente, pela cuba de azeite onde foi imerso. Os impressores empregavam uma tinta oleosa que compararam com o azeite. Outro tanto ocorre com os gravadores. A tela que empregam os fabricantes de papel macera-se em cubas e os encadernadores também empregam peles curtidas em cubas de madeira. A cuba de azeite fervente que originou quase todos os patrocínios de tão diversos ofícios. E, também, por esta razão São João era invocado contra as queimaduras. Contudo, alguns destes patrocínios têm outra origem. Visto que Cristo lhe confiara a sua mãe, a Santíssima Virgem, do alto da cruz, se converteu em Virginis custos e, por extensão, em Virginum custos, isto é, protector das virgens e das viúvas. Por causa da tradição da taça do veneno, São João também protegia contra os venenos. Chamava-se "vinho de São João" ou "Johannesminne" a um sacramental que protegia contra o veneno, e, em geral, contra as intoxicações alimentares. É a este título que, às vezes, São João aparece representado nas fachadas das farmácias, formando parelha com Esculapio o deus médico, que também, tem, como atributo, uma serpente. Já no dia 27 de dezembro se celebra propriamente a memória do discípulo que Jesus amava e a quem confiou Sua Mãe, a Virgem Maria, do alto da Cruz, pouco antes de entregar o espírito ao Pai. No Ocidente, o seu culto desenvolveu-se naturalmente em Roma, dado que na Porta Latina padeceu o suplício do banho de azeite fervente. Nesse lugar, edificou-se um oratório sob a avocação de S. Giovanni in Oleo (S. João em azeite). Contudo, a principal igreja edificada em sua honra foi a Basílica de São João de Latrão (San Giovanni in Laterano) que, entre outras relíquias, possui a taça que continha o veneno que lhe ofereceram para beber. Depois da morte de Domiciano, em 96, o apóstolo volta a Éfeso, como o mesmo Eusébio testemunha: Naquela época, João, o predileto de Jesus, ao mesmo tempo apóstolo e evangelista, ainda vivia na Ásia, onde, tendo voltado do exílio na ilha pela morte de Domiciano, dirigia as Igrejas daquela região (História eclesiástica, III, 23, 1). João morre em Éfeso, talvez em 104, e lá é sepultado. Por volta de 190, Polícrates, bispo de Éfeso, numa carta endereçada ao papa Vítor, diz: Também João, aquele que se abandonou no peito do Senhor, que foi sacerdote e trouxe a insígnia de mártir aqui, talvez, no sentido de testemunha e mestre, jaz em Éfeso (o trecho é citado em Eusébio, História eclesiástica, V, 24, 2). Seu túmulo, visível até hoje, encontra-se numa câmara funerária subterrânea na colina de Ayasuluk, a um quilômetro e meio da antiga Éfeso. No princípio do século IV, foi ali construído um martyrion quadrangular de cerca de 20 x 19 metros, citado no Itinerário de Egéria; em torno dele foi construída, cerca de um século depois, uma igreja cruciforme, demolida no século VI pelo imperador Justiniano, que mandou erigir em seu lugar uma grandiosa basílica para os numerosos peregrinos, intitulada ao apóstolo, com três naves, 110 metros de comprimento e mais ou menos a metade dessa medida de largura. O túmulo de João fica na cripta sob o altar. Toda a colina foi cercada por um muro para proteger o santuário e as dependências. Destruída a basílica, por um terremoto e vários saques, suas ruínas imponentes, objeto de diversas pesquisas arqueológicas e restaurações, foram parcialmente reerguidas recentemente.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada