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VISCONDE DO RIO BRANCO - JOSÉ MARIA DA SILVA PARANHOS - SERVIÇO DA LEI DO VENTRE LIVRE RARO PRATO EM PORCELANA COM ABA DELIMITADA POR FRISO VERDE ÁGUA ENTRE FILETES E PONTOS DOURADOS; NO CENTRO DA CALDEIRA O MONOGRAMA RB ENTRELAÇADO EM DOURADO ENCIMADO POR COROA DE VISCONDE E SOBRE FAIXA COM A LEGENDA 28 DE SETEMBRO DE 1871 (DATA DA PROMULGAÇÃO DA LEI DO VENTRE LIVRE). A LEI DO VENTRE LIVRE QUE TORNAVA LIBERTOS TODOS OS FILHOS DE ESCRAVOS NASCIDOS A PARTIR DAQUELA DATA FOI CHAMADA LEI RIO BRANCO EM HOMENAGEM AO VISCONDE QUE FOI O ARQUITETO DE SUA APROVAÇÃO, REPRODUZIDO À PÁGINA 312 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. PERTENCENTE A JOSÉ MARIA DA SILVA PARANHOS; NO REVERSO MARCA CHARLES PILLIVUYT;. FRANÇA , SEC. XIX. 20,5 CM DE DIÂMETRONOTA: José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco (Salvador, 16 de março de 1819 Rio de Janeiro, 1 de novembro de 1880), foi um estadista, diplomata, militar e jornalista brasileiro. Rio Branco nasceu na capital da capitania da Baía de Todos os Santos em uma família rica, porém a maior parte da fortuna foi perdida após a morte de seus pais ainda em sua infância. Foi o pai de José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco. Rio Branco estudou na Academia Real dos Guardas Marinhas e se tornou, em 1841, um aspirante de marinha. Mais tarde, no mesmo ano, foi estudar na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, eventualmente se tornando um instrutor. Tornou-se um político do Partido Liberal em vez de continuar sua carreira como militar. Foi eleito deputado provincial do Rio de Janeiro em 1845 e subiu até o poder na província sob a tutelagem de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho um político veterano que exercia enorme influência sobre o jovem e inexperiente imperador D. Pedro II. Rio Branco temporariamente abandonou a política depois da queda de Aureliano Coutinho e a subsequente dissolução do Partido Liberal. Seu trabalho como jornalista, destacando as ameaças representadas pelos conflitos armados nas repúblicas do rio da Prata, atraiu a atenção de Honório Hermeto Carneiro Leão, Marquês do Paraná, que o convidou a trabalhar como seu secretário em uma missão diplomática no Uruguai. Eles foram bem sucedidos na formação de alianças que eventualmente contribuíram para a queda de Juan Manuel de Rosas, ditador argentino que declarou guerra contra o Brasil. Rio Branco se juntou em 1853 ao Partido Conservador de Paraná e mais tarde fez parte do gabinete que o segundo presidiu. Rapidamente cresceu dentro do partido, enquanto vários membros se juntavam ao partido recém criado da Liga Progressista. Rio Branco foi enviado ao Uruguai em 1864 com o objetivo de conseguir um fim diplomático para a Guerra do Uruguai. Mesmo sendo bem sucedido, acabou repentinamente dispensado do cargo. Foi chamado novamente em 1869 e enviado para o Paraguai, desta vez para negociar o fim da Guerra do Paraguai. Seus esforços foram reconhecidos e Pedro II lhe criou o título de Visconde do Rio Branco. Rio Branco foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros em 1871. Foi o presidente que mais tempo ocupou o cargo, com seu gabinete sendo o segundo de maior duração na história brasileira. Seu governo ficou marcado por uma época de prosperidade econômica e da adoção de várias reformas necessárias, apesar de provarem-se falhas. A mais importante de suas iniciativas foi a Lei do Ventre Livre, que alforriava crianças nascidas de mulheres escravas. Rio Branco liderou o governo que aprovou a lei e sua promulgação aumentou sua popularidade. Entretanto, seu governo foi pego em uma crise com a Igreja Católica que resultou na expulsão de maçons das irmandades. Rio Branco renunciou junto com seu gabinete em 1875 após quatro anos. Sua saúde começou a deteriorar rapidamente depois de uma viagem pela Europa. Rio Branco morreu em 1880 e foi muito lamentado. É considerado por muitos historiadores como um dos maiores estadistas do Brasil. José Maria da Silva Paranhos nasceu no dia 16 de março de 1819 em Salvador, Baía de Todos os Santos, na época quando o Brasil fazia parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Seus pais eram Agostinho da Silva Paranhos e Josefa Emerenciana de Barreiros. Agostinho Paranhos e seus dois irmãos haviam imigrado para o Brasil no início do século XIX. Se tornou um rico comerciante e se casou com Josefa, pertencente a uma das mais antigas famílias da Baía de Todos os Santos. A família dela tinha raízes na cidade do Porto, onde a própria família de Agostinho se originava. Permaneceu leal a Portugal em 1822 na época da Independência do Brasil, fazendo com que fosse ostracizado e perdesse seus negócios. Paranhos teve uma infância simples e sem luxos. Apesar de seus pais não serem ricos, nunca passaram pela pobreza. Mais tarde em sua vida lembraria-se com carinho sobre a Baía de Todos os Santos como a "terra natal" de sua infância. Seu pai morreu enquanto ainda era criança e sua mãe morreu alguns anos depois. Ele e seus irmãos mais novos ficaram em uma situação precária já que o restante da fortuna de Agostinho tinha sido apropriada por um parente. Os irmãos foram salvos por um de seus tios maternos, Eusébio Gomes Barreiros, um coronel do Corpo de Engenheiros do exército. Barreiros cuidou dos filhos da irmã junto com os seus e pagou por suas educações. Ele teve uma grande influência no crescimento de Paranhos, e anos mais tarde seu sobrinho viria sempre falar muito bem sobre o tio. Paranhos foi enviado a capital imperial Rio de Janeiro em 1835 aos catorze anos de idade para continuar seus estudos. No início do ano seguinte ele foi aceito na Academia Real dos Guardas Marinhas. Paranhos dava aulas para seus colegas de classe a fim de ajudar no pagamento de sua educação. Ele se formou em 1841 aos 22 anos com a patente de aspirante de marinha, entrando em seguida na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. Paranhos foi atrás de um curso de engenharia e desenvolveu um gosto pela matemática. Foi promovido a alferes na marinha antes de se formar na escola militar e se tornou um professor substituto na escola naval. Ele se casou em 1842 com Teresa de Figueiredo Faria, cuja família também vinha da cidade do Porto em Portugal. Paranhos se formou na escola militar em 1843 com a patente de alferes no Corpo de Engenheiros, porém decidiu voltar para a vida civil e se concentrar em sua carreira como professor. Ele se tornou um instrutor regular na academia naval no ano seguinte, dando aulas de artilharia. Foi transferido em 1845 para o corpo de professores da academia militar para dar aulas de artilharia, fortificação e mais tarde mecânica. Além de professor, Paranhos também se tornou jornalista e começou a trabalhar por volta de 1844 em jornais que apoiavam o Partido Liberal. Ele continuou como professor na escola militar e começou a dar aulas de economia política, estatística e direito administrativo por volta de 1863. Em 1874 se tornou deão da recém criada Escola de Engenharia (atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro), um ramo civil do programa de engenharia da academia militar. Os artigos escritos por Paranhos para os jornais Liberais atraíram a atenção de outros membros do Partido Liberal. Ele se tornou amigo e protegido de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho (posterior Visconde de Sepetiba). Na época, Aureliano Coutinho era a figura mais poderosa da política nacional do Brasil. Era líder da Facção Áulica, um grupo algumas vezes considerado uma ala do Partido Liberal que tinha uma influência sobre o jovem e inexperiente imperador D. Pedro II. Membros da facção incluíam importantes criados da criadagem imperial e políticos notáveis. Entretanto Pedro II queria avançar seu próprio plano ambicioso, que ficou conhecido como "a Conciliação". A Conciliação tinha a intenção de fortalecer o papel do parlamento na solução das disputas políticas. Ambos os partidos seriam obrigados a deixar o partidarismo político de lado e em vez disso dedicarem-se ao bem geral da nação. Paraná convidou vários liberais a entrar no Partido Conservador e até mesmo nomeou alguns como ministros. Um deles era Paranhos, que virou o Ministro das Relações Exteriores em 1855. Ele ainda estava em Montevidéu quando soube que Paraná havia conseguido elegê-lo deputado em 1853. O gabinete foi muito bem sucedido, porém enfrentou desde o início grande oposição de membros do Partido Conservador que repudiavam os novos recrutas Liberais, acreditando que eles não partilhavam verdadeiramente dos ideais do partido e estavam principalmente interessados nos cargos públicos. Paraná morreu repentinamente em setembro de 1856 e seu gabinete conseguiu sobreviver por apenas mais alguns meses. O imperador, apesar de cético quanto aos meios que a Conciliação foi implementada, aprendeu a apreciar seus méritos e queria que ela continuasse. O apoio de Pedro II deu uma nova chance à Conciliação e permitiu que Paranhos voltasse ao governo novamente em 12 de dezembro de 1858 como Ministro das Relações Exteriores. A questão mais urgente que ele enfrentou foi a persistente recusa do governo do Paraguai em permitir que navios brasileiros acessassem a província do Mato Grosso. Na época a melhor e mais rápida maneira de chegar naquela distante província era viajar pelo Oceano Atlântico e entrar nos rios que fluíam pelas nações ao sul do Brasil. Um dos motivos da guerra contra a Argentina em 1851 fora garantir a livre passagem de navios. A crise entre o Brasil e o Paraguai se arrastava desde a época em que Paranhos fazia parte do gabinete de Paraná. Ele assinou um tratado em 12 de fevereiro de 1858 que permitia a livre navegação pelos rios paraguaios. Isso adiou o início de uma guerra, que viria a ocorrer em 1864. Os ultraconservadores que eram contra a política da Conciliação eram liderados por Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de Itaboraí, Eusébio de Queirós e o agora Visconde do Uruguai. Esses estadistas mais velhos eram da mesma geração de Paraná e haviam assumido a liderança do Partido Conservador após a morte dele. Apesar de Conservadores no nome, eles repetidas vezes em várias áreas mostraram-se mais progressistas que seus rivais Liberais. Uruguai virou o patrono de Paranhos desde a missão diplomática de 1851 e muito influenciou seu protegido, que inicialmente ficou com os ultraconservadores. Paranhos conseguiu persuadir Caxias (que havia sido o comandante geral brasileiro na Guerra do Prata, Ministro da Guerra no Gabinete de Conciliação e sucessor de Paraná na presidência do conselho) a permanecer do lado da velha guarda Conservadora. Nenhum dos gabinetes durou muito depois de 1857. Eles rapidamente caíram pela falta de maioria na Câmara dos Deputados. O imperador pediu em 2 de março de 1861 para Caxias liderar um novo gabinete. Este escolheu Paranhos como Ministro da Fazenda (e Ministro das Relações Exteriores interino), que logo se tornou o braço direito de Caxias. Sua influência tornou-se tão grande que o novo ministério ficou conhecido como o "Gabinete CaxiasParanhos". Logo após a queda desse gabinete Dom Pedro II nomeou Paranhos como senador vitalício pelo Mato Grosso em novembro de 1862, logo depois de conseguir o maior número de votos na eleição. Ele assumiu seu posto como senador em 5 de março de 1863. Outra guerra civil estourou no Uruguai e colocou seus partidos políticos uns contra os outros. O conflito interno levou ao assassinato de brasileiros e o saque de suas propriedades uruguaias. O gabinete Progressivo do Brasil decidiu intervir e enviou um exército, que invadiu o Uruguai em dezembro de 1864. Em dezembro o exército paraguaio invadiu a província do Mato Grosso (atual estado do Mato Grosso do Sul). Quatro meses depois o Paraguai invadiu o território da Argentina em preparação para um ataque contra a província brasileira de São Pedro do Rio Grande do Sul. Aquilo que parecia uma simples intervenção militar de curta duração acabou levando a uma guerra total no sudeste da América do Sul. O gabinte Progressivo nomeou Paranhos como ministro plenipotenciário. Sua missão era terminar o conflito com o Uruguai para que o Brasil pudesse concentrar sua atenção na ameaça mais séria imposta pelo Paraguai. Ele chegou na capital argentina Buenos Aires em 2 de dezembro de 1864. Paranhos assinou um tratado com o governo uruguaio em 20 de fevereiro de 1865, encerrando a guerra. Ele não apenas conseguiu trazer a paz más também forjou uma aliança entre o Brasil, a Argentina e os rebeldes do Uruguai (que formaram o novo governo pós-guerra) contra o Paraguai. O pacto mais tarde seria oficialmente assinado como o Tratado da Tríplice Aliança. O almirante Joaquim Marques Lisboa, Barão de Tamandaré (mais tarde Marquês de Tamandaré), comandante geral das forças brasileiras e membro da Liga Progressista, reclamou com o gabinete sobre os acordos engenhados por Paranhos. Na época que o tratado foi concluído, Montevidéu estava cercada por tropas brasileiras e sob bloqueio pela marinha. Tamandaré e o gabinete estavam ansiosos pelo fim do conflito que resultaria na conquista da capital inimiga e no aumento da popularidade do governo brasileiro. Entretanto, Paranhos impediu tal resultado. Ele foi demitido do cargo em retaliação pela conclusão sem derramamento de sangue. Ao voltar para o Brasil ele se defendeu no senado: "Digam ... o que quiserem sobre o ato diplomático de 20 de fevereiro; vocês não serão capazes de tirar de mim esta grande convicção: o pensamento que naquela solução eu salvei a vida de 2.000 compatriotas, e evitei a destruição de uma importante capital". Mesmo assim, ele recebeu prêmios no Uruguai, na Argentina e até mesmo no Brasil por suas realizações ao engenhar o fim do conflito e formar uma aliança. A Liga Progressista foi marcada desde seu início por conflitos internos entre a ala Progressista (os antigos Moderados Conservadores) e os Históricos (os antigos Liberais). Todos os gabinetes formados pela liga depois de 1862 duraram pouco. A invasão paraguaia em 1864 levou a um conflito muito mais extenso do que era esperado, aumentando as tensões dentro do partido. Ocorreu uma briga em 1868 entre Caxias (comandante geral das forças brasileiras na guerra) e o gabinete Progressivo, fazendo com que os ministros renunciassem depois de perderem sua credibilidade para prosseguir com a guerta. Pedro II acabou chamando os Conservadores de volta para o poder em julho. Mais uma vez Paranhos que desde 18 de agosto de 1866 era membro extraordinário do Conselho de Estado se tornou Ministro das Relações Exteriores. A ascensão do Partido Conservador forçou a união dos Progressistas e os Históricos algo que eles não haviam conseguido realizar enquanto estavam no poder. A coalizão ProgressitaHistórica foi rebatizada como Partido Liberal (o terceiro a ter esse nome na história do Brasil). Sua ala mais radical se declararia em 1870 como republicana um sinal dos tempos para o fim da monarquia no final da década seguinte. A capital paraguaia Assunção foi tomada em 1 de janeiro de 1869, levando à crença difundida que a guerra estava próxima de seu fim. Paranhos partiu para Assunção em 1 de fevereiro como ministro plenipotenciário com o objetivo de concluir um acordo de paz. Ele levou consigo como secretário seu filho mais velho José Maria da Silva Paranhos Júnior (posterior Barão do Rio Branco). Os dois eventualmente viriam a romper relações devido a um caso entre Paranhos Júnior e uma atriz belga que produziria vários filhos. Apesar do casal ter vivido junto, eles nunca se casaram e nunca houve um reconhecimento formal da existência dela e de seus filhos. Paranhos desaprovava a vida pessoal do filho, que era considerada escandalosa para a sociedade brasileira do século XIX. Paranhos Júnior viria a ter uma grande carreira como Ministro das Relações Exteriores muito depois da morte de seu pai e o estabelecimento do republicanismo no Brasil. Ele passou a ser considerado como um dos maiores herois da nação por seu papel importantíssimo ao definir as fronteiras internacionais do país, sendo oficialmente designado como o patrono da diplomacia brasileira. A missão diplomática chegou em Assunção no dia 20 de fevereiro de 1869. O lugar era na época uma pequena cidade de ruas de terra e muitos prédios feitos de pouco mais que palha. O país não tinha um governo com López fugindo. Paranhos teve que criar um governo provisório que poderia assinar o tratado e reconhecer a fronteira reivindicada pelo Brasil. Mesmo com o Paraguai devastado, o vácuo político deixado pela deposição de López foi rapidamente preenchido por facções emergentes que Paranhos precisava acomodar. De acordo com o historiador Francisco Doratioto, Paranhos, "o então maior especialista brasileiro em assuntos platinos", teve um papel "decisivo" ao criar um governo paraguaio democrático. Dessa forma o Paraguai permaneceu como país independente. Mais tarde em 20 de junho de 1870, foram assinados os protocolos preliminares de paz. O acordo de paz final aceitando as reivindicações do Brasil foi assinado em janeiro de 1872. Paranhos teve que lidar com outra séria questão enquanto estava no Paraguai. O príncipe Gastão, Conde d'Eu neto do rei Luís Filipe I da França e marido de D. Isabel, Princesa Imperial e herdeira de Pedro II havia sucedido Caxias como o comandante geral das forças brasileiras. O príncipe entrou em depressão depois de um bom começo com sucessivas vitórias contra os restos do exército de López. Paranhos acabou se tornando o comandante-geral de facto do exército. López foi encontrado e morto em 1 de março de 1870, encerrando a guerra. O imperador conferiu a Paranhos no dia 20 de junho o título de Visconde do Rio Branco (o nome do rio que o Paraguai reivindicava como sua fronteira com o Brasil) com a distinção de Grandeza. Rio Branco (como Paranhos ficou conhecido) se tornou membro do Conselho de Estado em 20 de outubro. Enquanto ainda estava no Paraguai, Rio Branco foi chamado de volta ao Brasil tendo recebido notícias adiantadas que Pedro II tinha a intenção de lhe oferecer o cargo de Presidente do Conselho de Ministros. O imperador estava querendo aprovar um controverso projeto de lei que alforriaria imediatamente crianças nascidas de mulheres escravas. O império havia passado por grandes mudanças desde que Rio Branco havia começado sua carreira política. Décadas de paz interna, estabilidade política e prosperidade econômica criaram uma situação em que tudo "parecia estar bem definido para o futuro" embora o tempo iria provar o contrário. O fim da Guerra do Paraguai trouxe consigo aquilo que viria ser considerada como a "Era de Ouro" e apogeu do Império do Brasil. A reputação internacional do país de estabilidade política melhorou muito, junto com o progressivismo e o potencial de investimento que, com exceção dos Estados Unidos, eram inigualáveis por outra nação americana. A economia começou a passar por um rápido crescimento e a imigração aumentou. Foram adotados vários projetos de modernização como ferrovias e comércio. Com o fim da escravidão já se aproximando "e outras reformas projetadas, as perspectivas de 'avanços morais e materiais' pareciam vastas". Pedro II planejou uma viagem pela Europa e que consequentemente resultaria em sua ausência por quase um ano. Em seu lugar, sua filha Isabel tornou-se a regente do império. Ela era jovem e inexperiente e dessa forma Rio Branco não poderia contar com a intervenção imperial para ajudá-lo na aprovação da lei anti-escravidão do imperador. Nessa época, a velha guarda Conservadora havia ficado para trás e ele lideradava o partido. Rio Branco formou seu gabinete em 7 de março de 1871 e ele iria durar até 25 de junho de 1875 o segundo mais longo da história do império. Rio Branco tornaria-se o primeiro-ministro de maior mandato da história brasileira. Exceto um, todos os seus ministros eram jovens e inexperientes. Apenas um deles alcançou proeminência: João Alfredo Correia de Oliveira, que como presidente do conselho conseguiria em 13 de maio de 1888 a aprovação da Lei Áurea, que acabou completamente com a escravidão no Brasil. O projeto de lei para alforriar crianças nascidas de mulheres escravas (e dessa forma limitar a duração da escravidão para o período de vida dos escravos ainda vivos) foi apresentado na Câmara dos Deputados em 12 de maio de 1871. Ele enfrentou "uma oposição determinada, que contava com o apoio de cerca de um terço dos deputados e que pretendia organizar a opinião pública contra a medida". De acordo com o historiador José Murilo de Carvalho, Rio Branco "teve que usar toda sua energia extraordinária e habilidade de liderança para convencer os deputados", já que havia oposição de membros tanto do Partido Conservador quando do Liberal. Ele realizou 21 discursos na câmara e no Senado defendendo a aprovação de legislação. A abolição da escravatura tinha grande oposição nos principais círculos de poder. Até o próprio Rio Branco tinha sido inicialmente contra a proposta, temendo seu impacto na estabilidade nacional, porém ele começou a acreditar depois de 1867 que a medida era necessária. A legislação foi forçada através da Câmara dos Deputados pelo repetido uso de moções de fechamento para agilizar seu processo. O projeto de lei foi finalizado no final de agosto e levado ao Senado para consideração. O Senado finalmente aprovou a medida em 27 de setembro de 1871. Isabel assinou a legislação no dia seguinte e ela ficou conhecida como a "Lei do Ventre Livre". De acordo com a historiadora Lidia Besouchet, naquele momento "ninguém no Brasil tinha mais popularidade que Rio Branco". Artigos o elogiando e contando sua história de vida e carreira apareceram em jornais dos Estados Unidos, Argentina, Reino Unido, França, Itália, Portugal, Espanha e outras nações estrangeiras. Para Besouchet, a aprovação da lei foi o apogeu da carreira política de Rio Branco. Apesar da realização, a aprovação da lei danificou seriamente as perspectivas de longo prazo do império. O gabinete de Rio Branco estava cada vez mais dividido e eles renunciaram em junho de 1875, tendo servido durante quatro anos. A viabilidade do gabinete tinha sido prejudicada pela Questão Religiosa com a igreja e por uma crise financeira internacional que causou a falência de vários bancos brasileiros. O imperador tentou em vão convencer Rio Branco a continuar como chefe de governo. Ele respondeu em uma carta: "Sabe Vossa Majestade que eu desejo entregar o meu posto a quem melhor possa ocupar. Se não enfermei ainda em público, não é duvidoso que estou cansado". Pedro II não queria nomear o 2.º Visconde do Uruguai como substituto de Rio Branco para impedir que a facção ultraconservadora voltasse ao poder. Assim ele chamou Caxias para liderar um novo gabinete. O gabinete de Caxias durou por quase três anos até os Liberais assumirem o governo em janeiro de 1878. Rio Branco decidiu fazer uma viagem de um ano pela Europa já que o Partido Conservador tinha se tornado a oposição, passando por vários países. Ele se encontrou com a rainha Vitória do Reino Unido, o rei Humberto I da Itália, o papa Leão XIII e outros líderes. Ele também visitou seu filho mais velho, que na época estava vivendo em Liverpool como consul do Brasil. Porém não se encontrou com os netos, não se sabendo se por ter se recusado ou pelo filho não lhes ter aprensentado. Rio Branco foi recebido com grandes celebrações por todos os portos que passou assim que voltou para o Brasil: em Recife, sua natal Salvador e por fim chegando em 30 de julho de 1879 no Rio de Janeiro. Porém, ele estava morrendo. Os primeiros sintomas de um câncer de boca começaram a aparecer enquanto ainda estava na Europa. Rio Branco era um fumante pesado, diariamente fumando até trinta charutos cubanos importados de Havana especialmente para ele. Ele ainda estava fazendo aparições no parlamento e discursando até julho de 1880, mas depois dessa data não conseguia mais comparecer. Rio Branco mesmo assim manteve-se informado sobre os desenvolvimentos políticos e continuou a comparecer nas reuniãos do Conselho de Estado. Anteriormente ele já havia se aposentado como professor em 1877. Ele ainda era capaz de falar sem problemas até o dia 30 de outubro. Seus médicos realizaram várias cirurgias em vão e o câncer acabou se alastrando para sua garganta. Ele sofreu um forte ataque de meningite durante uma noite. Rio Branco disse em um delírio causado pela febre que "Não perturbem a marcha do elemento servil para seu fim". Seu último aviso foi ignorado, já que em vez de deixar a escravidão morrer lentamente, seus últimos resquícios foram repentinamente extintos em 1888 pela Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel e pelo então presidente do conselho João Alfredo Correia de Oliveira. Rio Branco morreu às 7h05min do dia 1 de novembro de 1880 na cidade do Rio de Janeiro. Suas últimas palavras foram: "Eu confirmarei perante Deus tudo aquilo que afirmei aos homens". A morte de Rio Branco foi recebida com muita tristeza por toda a nação. Nas palavras do próprio Pedro II ela foi "uma grande perda para o Brasil". No dia seguinte de seu falecimento mais de vinte mil pessoas foram para as ruas do Rio de Janeiro acompanhar sua grandiosa procissão fúnebre. Ele foi honrado com elegias e salvas de tiros. A abrupta abolição da escravidão, que Rio Branco era contra, ocorreu oito anos depois de sua morte.

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Rio Branco nasceu na capital da capitania da Baía de Todos os Santos em uma família rica, porém a maior parte da fortuna foi perdida após a morte de seus pais ainda em sua infância. Foi o pai de José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco. Rio Branco estudou na Academia Real dos Guardas Marinhas e se tornou, em 1841, um aspirante de marinha. Mais tarde, no mesmo ano, foi estudar na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, eventualmente se tornando um instrutor. Tornou-se um político do Partido Liberal em vez de continuar sua carreira como militar. Foi eleito deputado provincial do Rio de Janeiro em 1845 e subiu até o poder na província sob a tutelagem de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho um político veterano que exercia enorme influência sobre o jovem e inexperiente imperador D. Pedro II. Rio Branco temporariamente abandonou a política depois da queda de Aureliano Coutinho e a subsequente dissolução do Partido Liberal. Seu trabalho como jornalista, destacando as ameaças representadas pelos conflitos armados nas repúblicas do rio da Prata, atraiu a atenção de Honório Hermeto Carneiro Leão, Marquês do Paraná, que o convidou a trabalhar como seu secretário em uma missão diplomática no Uruguai. Eles foram bem sucedidos na formação de alianças que eventualmente contribuíram para a queda de Juan Manuel de Rosas, ditador argentino que declarou guerra contra o Brasil. Rio Branco se juntou em 1853 ao Partido Conservador de Paraná e mais tarde fez parte do gabinete que o segundo presidiu. Rapidamente cresceu dentro do partido, enquanto vários membros se juntavam ao partido recém criado da Liga Progressista. Rio Branco foi enviado ao Uruguai em 1864 com o objetivo de conseguir um fim diplomático para a Guerra do Uruguai. Mesmo sendo bem sucedido, acabou repentinamente dispensado do cargo. Foi chamado novamente em 1869 e enviado para o Paraguai, desta vez para negociar o fim da Guerra do Paraguai. Seus esforços foram reconhecidos e Pedro II lhe criou o título de Visconde do Rio Branco. Rio Branco foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros em 1871. Foi o presidente que mais tempo ocupou o cargo, com seu gabinete sendo o segundo de maior duração na história brasileira. Seu governo ficou marcado por uma época de prosperidade econômica e da adoção de várias reformas necessárias, apesar de provarem-se falhas. A mais importante de suas iniciativas foi a Lei do Ventre Livre, que alforriava crianças nascidas de mulheres escravas. Rio Branco liderou o governo que aprovou a lei e sua promulgação aumentou sua popularidade. Entretanto, seu governo foi pego em uma crise com a Igreja Católica que resultou na expulsão de maçons das irmandades. Rio Branco renunciou junto com seu gabinete em 1875 após quatro anos. Sua saúde começou a deteriorar rapidamente depois de uma viagem pela Europa. Rio Branco morreu em 1880 e foi muito lamentado. É considerado por muitos historiadores como um dos maiores estadistas do Brasil. José Maria da Silva Paranhos nasceu no dia 16 de março de 1819 em Salvador, Baía de Todos os Santos, na época quando o Brasil fazia parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Seus pais eram Agostinho da Silva Paranhos e Josefa Emerenciana de Barreiros. Agostinho Paranhos e seus dois irmãos haviam imigrado para o Brasil no início do século XIX. Se tornou um rico comerciante e se casou com Josefa, pertencente a uma das mais antigas famílias da Baía de Todos os Santos. A família dela tinha raízes na cidade do Porto, onde a própria família de Agostinho se originava. Permaneceu leal a Portugal em 1822 na época da Independência do Brasil, fazendo com que fosse ostracizado e perdesse seus negócios. Paranhos teve uma infância simples e sem luxos. Apesar de seus pais não serem ricos, nunca passaram pela pobreza. Mais tarde em sua vida lembraria-se com carinho sobre a Baía de Todos os Santos como a "terra natal" de sua infância. Seu pai morreu enquanto ainda era criança e sua mãe morreu alguns anos depois. Ele e seus irmãos mais novos ficaram em uma situação precária já que o restante da fortuna de Agostinho tinha sido apropriada por um parente. Os irmãos foram salvos por um de seus tios maternos, Eusébio Gomes Barreiros, um coronel do Corpo de Engenheiros do exército. Barreiros cuidou dos filhos da irmã junto com os seus e pagou por suas educações. Ele teve uma grande influência no crescimento de Paranhos, e anos mais tarde seu sobrinho viria sempre falar muito bem sobre o tio. Paranhos foi enviado a capital imperial Rio de Janeiro em 1835 aos catorze anos de idade para continuar seus estudos. No início do ano seguinte ele foi aceito na Academia Real dos Guardas Marinhas. Paranhos dava aulas para seus colegas de classe a fim de ajudar no pagamento de sua educação. Ele se formou em 1841 aos 22 anos com a patente de aspirante de marinha, entrando em seguida na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. Paranhos foi atrás de um curso de engenharia e desenvolveu um gosto pela matemática. Foi promovido a alferes na marinha antes de se formar na escola militar e se tornou um professor substituto na escola naval. Ele se casou em 1842 com Teresa de Figueiredo Faria, cuja família também vinha da cidade do Porto em Portugal. Paranhos se formou na escola militar em 1843 com a patente de alferes no Corpo de Engenheiros, porém decidiu voltar para a vida civil e se concentrar em sua carreira como professor. Ele se tornou um instrutor regular na academia naval no ano seguinte, dando aulas de artilharia. Foi transferido em 1845 para o corpo de professores da academia militar para dar aulas de artilharia, fortificação e mais tarde mecânica. Além de professor, Paranhos também se tornou jornalista e começou a trabalhar por volta de 1844 em jornais que apoiavam o Partido Liberal. Ele continuou como professor na escola militar e começou a dar aulas de economia política, estatística e direito administrativo por volta de 1863. Em 1874 se tornou deão da recém criada Escola de Engenharia (atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro), um ramo civil do programa de engenharia da academia militar. Os artigos escritos por Paranhos para os jornais Liberais atraíram a atenção de outros membros do Partido Liberal. Ele se tornou amigo e protegido de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho (posterior Visconde de Sepetiba). Na época, Aureliano Coutinho era a figura mais poderosa da política nacional do Brasil. Era líder da Facção Áulica, um grupo algumas vezes considerado uma ala do Partido Liberal que tinha uma influência sobre o jovem e inexperiente imperador D. Pedro II. Membros da facção incluíam importantes criados da criadagem imperial e políticos notáveis. Entretanto Pedro II queria avançar seu próprio plano ambicioso, que ficou conhecido como "a Conciliação". A Conciliação tinha a intenção de fortalecer o papel do parlamento na solução das disputas políticas. Ambos os partidos seriam obrigados a deixar o partidarismo político de lado e em vez disso dedicarem-se ao bem geral da nação. Paraná convidou vários liberais a entrar no Partido Conservador e até mesmo nomeou alguns como ministros. Um deles era Paranhos, que virou o Ministro das Relações Exteriores em 1855. Ele ainda estava em Montevidéu quando soube que Paraná havia conseguido elegê-lo deputado em 1853. O gabinete foi muito bem sucedido, porém enfrentou desde o início grande oposição de membros do Partido Conservador que repudiavam os novos recrutas Liberais, acreditando que eles não partilhavam verdadeiramente dos ideais do partido e estavam principalmente interessados nos cargos públicos. Paraná morreu repentinamente em setembro de 1856 e seu gabinete conseguiu sobreviver por apenas mais alguns meses. O imperador, apesar de cético quanto aos meios que a Conciliação foi implementada, aprendeu a apreciar seus méritos e queria que ela continuasse. O apoio de Pedro II deu uma nova chance à Conciliação e permitiu que Paranhos voltasse ao governo novamente em 12 de dezembro de 1858 como Ministro das Relações Exteriores. A questão mais urgente que ele enfrentou foi a persistente recusa do governo do Paraguai em permitir que navios brasileiros acessassem a província do Mato Grosso. Na época a melhor e mais rápida maneira de chegar naquela distante província era viajar pelo Oceano Atlântico e entrar nos rios que fluíam pelas nações ao sul do Brasil. Um dos motivos da guerra contra a Argentina em 1851 fora garantir a livre passagem de navios. A crise entre o Brasil e o Paraguai se arrastava desde a época em que Paranhos fazia parte do gabinete de Paraná. Ele assinou um tratado em 12 de fevereiro de 1858 que permitia a livre navegação pelos rios paraguaios. Isso adiou o início de uma guerra, que viria a ocorrer em 1864. Os ultraconservadores que eram contra a política da Conciliação eram liderados por Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de Itaboraí, Eusébio de Queirós e o agora Visconde do Uruguai. Esses estadistas mais velhos eram da mesma geração de Paraná e haviam assumido a liderança do Partido Conservador após a morte dele. Apesar de Conservadores no nome, eles repetidas vezes em várias áreas mostraram-se mais progressistas que seus rivais Liberais. Uruguai virou o patrono de Paranhos desde a missão diplomática de 1851 e muito influenciou seu protegido, que inicialmente ficou com os ultraconservadores. Paranhos conseguiu persuadir Caxias (que havia sido o comandante geral brasileiro na Guerra do Prata, Ministro da Guerra no Gabinete de Conciliação e sucessor de Paraná na presidência do conselho) a permanecer do lado da velha guarda Conservadora. Nenhum dos gabinetes durou muito depois de 1857. Eles rapidamente caíram pela falta de maioria na Câmara dos Deputados. O imperador pediu em 2 de março de 1861 para Caxias liderar um novo gabinete. Este escolheu Paranhos como Ministro da Fazenda (e Ministro das Relações Exteriores interino), que logo se tornou o braço direito de Caxias. Sua influência tornou-se tão grande que o novo ministério ficou conhecido como o "Gabinete CaxiasParanhos". Logo após a queda desse gabinete Dom Pedro II nomeou Paranhos como senador vitalício pelo Mato Grosso em novembro de 1862, logo depois de conseguir o maior número de votos na eleição. Ele assumiu seu posto como senador em 5 de março de 1863. Outra guerra civil estourou no Uruguai e colocou seus partidos políticos uns contra os outros. O conflito interno levou ao assassinato de brasileiros e o saque de suas propriedades uruguaias. O gabinete Progressivo do Brasil decidiu intervir e enviou um exército, que invadiu o Uruguai em dezembro de 1864. Em dezembro o exército paraguaio invadiu a província do Mato Grosso (atual estado do Mato Grosso do Sul). Quatro meses depois o Paraguai invadiu o território da Argentina em preparação para um ataque contra a província brasileira de São Pedro do Rio Grande do Sul. Aquilo que parecia uma simples intervenção militar de curta duração acabou levando a uma guerra total no sudeste da América do Sul. O gabinte Progressivo nomeou Paranhos como ministro plenipotenciário. Sua missão era terminar o conflito com o Uruguai para que o Brasil pudesse concentrar sua atenção na ameaça mais séria imposta pelo Paraguai. Ele chegou na capital argentina Buenos Aires em 2 de dezembro de 1864. Paranhos assinou um tratado com o governo uruguaio em 20 de fevereiro de 1865, encerrando a guerra. Ele não apenas conseguiu trazer a paz más também forjou uma aliança entre o Brasil, a Argentina e os rebeldes do Uruguai (que formaram o novo governo pós-guerra) contra o Paraguai. O pacto mais tarde seria oficialmente assinado como o Tratado da Tríplice Aliança. O almirante Joaquim Marques Lisboa, Barão de Tamandaré (mais tarde Marquês de Tamandaré), comandante geral das forças brasileiras e membro da Liga Progressista, reclamou com o gabinete sobre os acordos engenhados por Paranhos. Na época que o tratado foi concluído, Montevidéu estava cercada por tropas brasileiras e sob bloqueio pela marinha. Tamandaré e o gabinete estavam ansiosos pelo fim do conflito que resultaria na conquista da capital inimiga e no aumento da popularidade do governo brasileiro. Entretanto, Paranhos impediu tal resultado. Ele foi demitido do cargo em retaliação pela conclusão sem derramamento de sangue. Ao voltar para o Brasil ele se defendeu no senado: "Digam ... o que quiserem sobre o ato diplomático de 20 de fevereiro; vocês não serão capazes de tirar de mim esta grande convicção: o pensamento que naquela solução eu salvei a vida de 2.000 compatriotas, e evitei a destruição de uma importante capital". Mesmo assim, ele recebeu prêmios no Uruguai, na Argentina e até mesmo no Brasil por suas realizações ao engenhar o fim do conflito e formar uma aliança. A Liga Progressista foi marcada desde seu início por conflitos internos entre a ala Progressista (os antigos Moderados Conservadores) e os Históricos (os antigos Liberais). Todos os gabinetes formados pela liga depois de 1862 duraram pouco. A invasão paraguaia em 1864 levou a um conflito muito mais extenso do que era esperado, aumentando as tensões dentro do partido. Ocorreu uma briga em 1868 entre Caxias (comandante geral das forças brasileiras na guerra) e o gabinete Progressivo, fazendo com que os ministros renunciassem depois de perderem sua credibilidade para prosseguir com a guerta. Pedro II acabou chamando os Conservadores de volta para o poder em julho. Mais uma vez Paranhos que desde 18 de agosto de 1866 era membro extraordinário do Conselho de Estado se tornou Ministro das Relações Exteriores. A ascensão do Partido Conservador forçou a união dos Progressistas e os Históricos algo que eles não haviam conseguido realizar enquanto estavam no poder. A coalizão ProgressitaHistórica foi rebatizada como Partido Liberal (o terceiro a ter esse nome na história do Brasil). Sua ala mais radical se declararia em 1870 como republicana um sinal dos tempos para o fim da monarquia no final da década seguinte. A capital paraguaia Assunção foi tomada em 1 de janeiro de 1869, levando à crença difundida que a guerra estava próxima de seu fim. Paranhos partiu para Assunção em 1 de fevereiro como ministro plenipotenciário com o objetivo de concluir um acordo de paz. Ele levou consigo como secretário seu filho mais velho José Maria da Silva Paranhos Júnior (posterior Barão do Rio Branco). Os dois eventualmente viriam a romper relações devido a um caso entre Paranhos Júnior e uma atriz belga que produziria vários filhos. Apesar do casal ter vivido junto, eles nunca se casaram e nunca houve um reconhecimento formal da existência dela e de seus filhos. Paranhos desaprovava a vida pessoal do filho, que era considerada escandalosa para a sociedade brasileira do século XIX. Paranhos Júnior viria a ter uma grande carreira como Ministro das Relações Exteriores muito depois da morte de seu pai e o estabelecimento do republicanismo no Brasil. Ele passou a ser considerado como um dos maiores herois da nação por seu papel importantíssimo ao definir as fronteiras internacionais do país, sendo oficialmente designado como o patrono da diplomacia brasileira. A missão diplomática chegou em Assunção no dia 20 de fevereiro de 1869. O lugar era na época uma pequena cidade de ruas de terra e muitos prédios feitos de pouco mais que palha. O país não tinha um governo com López fugindo. Paranhos teve que criar um governo provisório que poderia assinar o tratado e reconhecer a fronteira reivindicada pelo Brasil. Mesmo com o Paraguai devastado, o vácuo político deixado pela deposição de López foi rapidamente preenchido por facções emergentes que Paranhos precisava acomodar. De acordo com o historiador Francisco Doratioto, Paranhos, "o então maior especialista brasileiro em assuntos platinos", teve um papel "decisivo" ao criar um governo paraguaio democrático. Dessa forma o Paraguai permaneceu como país independente. Mais tarde em 20 de junho de 1870, foram assinados os protocolos preliminares de paz. O acordo de paz final aceitando as reivindicações do Brasil foi assinado em janeiro de 1872. Paranhos teve que lidar com outra séria questão enquanto estava no Paraguai. O príncipe Gastão, Conde d'Eu neto do rei Luís Filipe I da França e marido de D. Isabel, Princesa Imperial e herdeira de Pedro II havia sucedido Caxias como o comandante geral das forças brasileiras. O príncipe entrou em depressão depois de um bom começo com sucessivas vitórias contra os restos do exército de López. Paranhos acabou se tornando o comandante-geral de facto do exército. López foi encontrado e morto em 1 de março de 1870, encerrando a guerra. O imperador conferiu a Paranhos no dia 20 de junho o título de Visconde do Rio Branco (o nome do rio que o Paraguai reivindicava como sua fronteira com o Brasil) com a distinção de Grandeza. Rio Branco (como Paranhos ficou conhecido) se tornou membro do Conselho de Estado em 20 de outubro. Enquanto ainda estava no Paraguai, Rio Branco foi chamado de volta ao Brasil tendo recebido notícias adiantadas que Pedro II tinha a intenção de lhe oferecer o cargo de Presidente do Conselho de Ministros. O imperador estava querendo aprovar um controverso projeto de lei que alforriaria imediatamente crianças nascidas de mulheres escravas. O império havia passado por grandes mudanças desde que Rio Branco havia começado sua carreira política. Décadas de paz interna, estabilidade política e prosperidade econômica criaram uma situação em que tudo "parecia estar bem definido para o futuro" embora o tempo iria provar o contrário. O fim da Guerra do Paraguai trouxe consigo aquilo que viria ser considerada como a "Era de Ouro" e apogeu do Império do Brasil. A reputação internacional do país de estabilidade política melhorou muito, junto com o progressivismo e o potencial de investimento que, com exceção dos Estados Unidos, eram inigualáveis por outra nação americana. A economia começou a passar por um rápido crescimento e a imigração aumentou. Foram adotados vários projetos de modernização como ferrovias e comércio. Com o fim da escravidão já se aproximando "e outras reformas projetadas, as perspectivas de 'avanços morais e materiais' pareciam vastas". Pedro II planejou uma viagem pela Europa e que consequentemente resultaria em sua ausência por quase um ano. Em seu lugar, sua filha Isabel tornou-se a regente do império. Ela era jovem e inexperiente e dessa forma Rio Branco não poderia contar com a intervenção imperial para ajudá-lo na aprovação da lei anti-escravidão do imperador. Nessa época, a velha guarda Conservadora havia ficado para trás e ele lideradava o partido. Rio Branco formou seu gabinete em 7 de março de 1871 e ele iria durar até 25 de junho de 1875 o segundo mais longo da história do império. Rio Branco tornaria-se o primeiro-ministro de maior mandato da história brasileira. Exceto um, todos os seus ministros eram jovens e inexperientes. Apenas um deles alcançou proeminência: João Alfredo Correia de Oliveira, que como presidente do conselho conseguiria em 13 de maio de 1888 a aprovação da Lei Áurea, que acabou completamente com a escravidão no Brasil. O projeto de lei para alforriar crianças nascidas de mulheres escravas (e dessa forma limitar a duração da escravidão para o período de vida dos escravos ainda vivos) foi apresentado na Câmara dos Deputados em 12 de maio de 1871. Ele enfrentou "uma oposição determinada, que contava com o apoio de cerca de um terço dos deputados e que pretendia organizar a opinião pública contra a medida". De acordo com o historiador José Murilo de Carvalho, Rio Branco "teve que usar toda sua energia extraordinária e habilidade de liderança para convencer os deputados", já que havia oposição de membros tanto do Partido Conservador quando do Liberal. Ele realizou 21 discursos na câmara e no Senado defendendo a aprovação de legislação. A abolição da escravatura tinha grande oposição nos principais círculos de poder. Até o próprio Rio Branco tinha sido inicialmente contra a proposta, temendo seu impacto na estabilidade nacional, porém ele começou a acreditar depois de 1867 que a medida era necessária. A legislação foi forçada através da Câmara dos Deputados pelo repetido uso de moções de fechamento para agilizar seu processo. O projeto de lei foi finalizado no final de agosto e levado ao Senado para consideração. O Senado finalmente aprovou a medida em 27 de setembro de 1871. Isabel assinou a legislação no dia seguinte e ela ficou conhecida como a "Lei do Ventre Livre". De acordo com a historiadora Lidia Besouchet, naquele momento "ninguém no Brasil tinha mais popularidade que Rio Branco". Artigos o elogiando e contando sua história de vida e carreira apareceram em jornais dos Estados Unidos, Argentina, Reino Unido, França, Itália, Portugal, Espanha e outras nações estrangeiras. Para Besouchet, a aprovação da lei foi o apogeu da carreira política de Rio Branco. Apesar da realização, a aprovação da lei danificou seriamente as perspectivas de longo prazo do império. O gabinete de Rio Branco estava cada vez mais dividido e eles renunciaram em junho de 1875, tendo servido durante quatro anos. A viabilidade do gabinete tinha sido prejudicada pela Questão Religiosa com a igreja e por uma crise financeira internacional que causou a falência de vários bancos brasileiros. O imperador tentou em vão convencer Rio Branco a continuar como chefe de governo. Ele respondeu em uma carta: "Sabe Vossa Majestade que eu desejo entregar o meu posto a quem melhor possa ocupar. Se não enfermei ainda em público, não é duvidoso que estou cansado". Pedro II não queria nomear o 2.º Visconde do Uruguai como substituto de Rio Branco para impedir que a facção ultraconservadora voltasse ao poder. Assim ele chamou Caxias para liderar um novo gabinete. O gabinete de Caxias durou por quase três anos até os Liberais assumirem o governo em janeiro de 1878. Rio Branco decidiu fazer uma viagem de um ano pela Europa já que o Partido Conservador tinha se tornado a oposição, passando por vários países. Ele se encontrou com a rainha Vitória do Reino Unido, o rei Humberto I da Itália, o papa Leão XIII e outros líderes. Ele também visitou seu filho mais velho, que na época estava vivendo em Liverpool como consul do Brasil. Porém não se encontrou com os netos, não se sabendo se por ter se recusado ou pelo filho não lhes ter aprensentado. Rio Branco foi recebido com grandes celebrações por todos os portos que passou assim que voltou para o Brasil: em Recife, sua natal Salvador e por fim chegando em 30 de julho de 1879 no Rio de Janeiro. Porém, ele estava morrendo. Os primeiros sintomas de um câncer de boca começaram a aparecer enquanto ainda estava na Europa. Rio Branco era um fumante pesado, diariamente fumando até trinta charutos cubanos importados de Havana especialmente para ele. Ele ainda estava fazendo aparições no parlamento e discursando até julho de 1880, mas depois dessa data não conseguia mais comparecer. Rio Branco mesmo assim manteve-se informado sobre os desenvolvimentos políticos e continuou a comparecer nas reuniãos do Conselho de Estado. Anteriormente ele já havia se aposentado como professor em 1877. Ele ainda era capaz de falar sem problemas até o dia 30 de outubro. Seus médicos realizaram várias cirurgias em vão e o câncer acabou se alastrando para sua garganta. Ele sofreu um forte ataque de meningite durante uma noite. Rio Branco disse em um delírio causado pela febre que "Não perturbem a marcha do elemento servil para seu fim". Seu último aviso foi ignorado, já que em vez de deixar a escravidão morrer lentamente, seus últimos resquícios foram repentinamente extintos em 1888 pela Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel e pelo então presidente do conselho João Alfredo Correia de Oliveira. Rio Branco morreu às 7h05min do dia 1 de novembro de 1880 na cidade do Rio de Janeiro. Suas últimas palavras foram: "Eu confirmarei perante Deus tudo aquilo que afirmei aos homens". A morte de Rio Branco foi recebida com muita tristeza por toda a nação. Nas palavras do próprio Pedro II ela foi "uma grande perda para o Brasil". No dia seguinte de seu falecimento mais de vinte mil pessoas foram para as ruas do Rio de Janeiro acompanhar sua grandiosa procissão fúnebre. Ele foi honrado com elegias e salvas de tiros. A abrupta abolição da escravidão, que Rio Branco era contra, ocorreu oito anos depois de sua morte.

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