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Brasil Império

CONDE DO PINHAL PRATO PARA SOBREMESA EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 21,5 CM DE DIAMETRO. NOTA: Antonio Carlos de Arruda Botelho (Piracicaba, 23 de agosto de 1827 São Carlos, 11 de março de 1901), primeiro e único barão, visconde e conde do Pinhal, foi um político e empresário brasileiro. Herdeiro de terras na sesmaria do Pinhal, formou várias fazendas nos municípios de São Carlos e Jaú, tendo prosperado como grande produtor de café, cujos rendimentos possibilitaram a ele investir em outros ramos de negócios. Teve importante participação política no Estado de São Paulo, principalmente no período do Segundo Império no Brasil. Casou-se duas vezes, tendo, ao todo, treze filhos. Sua residência familiar era a Fazenda Pinhal, localizada no município de São Carlos, onde o conde do Pinhal faleceu, em 1901. Antonio Carlos era neto de Carlos Bartholomeu de Arruda Botelho, que obteve entre os anos de 1785 e 1786 duas sesmarias nos conhecidos Campos ou Sertões de Araraquara , uma por meio de doação da Coroa e outra mediante compra. Um dos filhos de Carlos Bartholomeu, Manoel Joaquim Pinto de Arruda, adquiriu mais uma sesmaria nos mesmos Campos, em 1786, que juntas formaram a Sesmaria do Pinhal. Porém, foi um dos filhos de Carlos Bartholomeu, o Carlos José Botelho, conhecido também como Botelhão, que requereu a demarcação dessas terras, em 1831. Ele foi o responsável por construir a Casa de Morada nas terras que herdou do pai, na Sesmaria do Pinhal, formando, assim, a Fazenda Pinhal. Carlos José se casou em 1824 com Cândida Maria do Rosário, tendo com ela nove filhos, além de uma filha natural. Dentre os filhos do casal está Antonio Carlos de Arruda Botelho, o futuro Conde do Pinhal. Antonio Carlos se casou em primeiras núpcias, em 31 de maio de 1852, com Francisca Theodora Ferraz Coelho, natural de Piracicaba, nascida em 1834, filha de Frutuoso José Coelho e Antonia da Silva Ferraz. Do primeiro casamento, Antonio Carlos teve só um filho: o futuro senador Carlos José de Arruda Botelho, nascido em Piracicaba. Com a morte do Botelhão, em 1854, as terras da Sesmaria do Pinhal foram divididas entre seus filhos e coube a Antonio Carlos a Fazenda Pinhal e terras ao seu redor. Por volta desse período, este último, sua mulher e o filho pequeno residiam naquela propriedade. Contudo, em 10 de março de 1862, Francisca Theodora faleceu na Fazenda Pinhal. Aproximadamente um ano após a morte da primeira companheira, em 23 de abril de 1863, Antonio Carlos se casou novamente, agora com Anna Carolina de Mello Oliveira, a futura condessa do Pinhal , natural de Rio Claro, nascida em 5 de novembro de 1841, e filha de José Estanislau de Oliveira e Elisa de Mello Franco. José Estanislau foi um grande fazendeiro e influente político na região de Rio Claro, tendo obtido em 1867 o título de Primeiro Barão de Araraquara e, em 1870, o título de visconde do Rio Claro. Antonio Carlos e Anna Carolina tiveram 12 filhos. O primeiro deles, José Estanislau de Arruda Botelho, casou-se com Ana Brandina de Queirós Aranha, de Campinas. Ela era filha de Manuel Carlos Aranha, barão de Anhumas, e de Brandina Augusta de Queirós Aranha, a baronesa consorte de Anhumas, da família Pereira de Queirós, de Jundiaí, sobrinha de Antônio de Queirós Teles, barão de Jundiaí, tendo esta herdado de seus pais a Fazenda Pau d'Alho, em Campinas. Antonio Carlos de Arruda Botelho, o conde do Pinhal, faleceu na Fazenda Pinhal, após regressar de uma viagem de negócios que fez no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1901. Após seu falecimento, a administração de seus negócios e bens passaram às mãos de sua esposa, auxiliada por filhos e netos. Anna Carolina de Mello Oliveira, a condessa do Pinhal, faleceu em 5 de outubro de 1945, exatamente um mês antes de completar 104 anos de idade. Carlos José, o Botelhão, pai do futuro conde do Pinhal, idealizou em vida fundar uma povoação próxima às suas terras na sesmaria do Pinhal. Porém, devido a sua morte, ele não pôde efetivamente pôr em prática tal projeto. Assim, seu filho Antonio Carlos, em companhia de alguns irmãos e de Jesuíno José Soares de Arruda, levaram a cabo esse objetivo. Houve a doação de terras por parte desses fazendeiros, tendo sido construída uma capela, onde hoje se encontra a catedral da cidade. A família Arruda Botelho fez a doação, para a mencionada capela, de uma imagem de São Carlos Borromeu, santo padroeiro da família e que passou a ser o padroeiro da cidade também, dando seu nome a ela. A 4 de novembro de 1857 foi oficialmente fundada São Carlos do Pinhal, a atual cidade de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo . Antonio Carlos de Arruda Botelho herdou do pai as terras onde está localizada a Fazenda Pinhal. Essa propriedade lhe serviu de morada durante toda a sua vida, sendo o local em que criou seus filhos. Ele promoveu o desenvolvimento dessas terras, inicialmente com cana-de-açúcar e gado e, posteriormente, com o cultivo do café , que no último quartel do século XIX era o principal produto agrícola produzido na região do Oeste Paulista, configurando-se também como o principal produto nacional destinado à exportação. No caso da Fazenda Pinhal, a criação de gado sempre existiu, mesmo que em alguns momentos em pequena escala. Ao mesmo tempo, o conde do Pinhal abriu e formou várias fazendas na região, a grande maioria de café. Em Jaú, as fazendas Maria Luísa, Carlota, Sant'Ana, Santo Antonio, Santa Sofia, São Carlos, São Joaquim e Salto do Jaú; e em São Carlos, as fazendas: Palmital, Serra, Santa Francisca do Lobo e Santo Antonio. Em Ribeirão Preto, comprou de um grupo de capitalistas fluminenses, em 1892, uma companhia agrícola, conhecida como Companhia Agrícola de Ribeirão Preto, formada por nove fazendas para o cultivo de café. Ao longo de todo esse período, e devido ao desenvolvimento e expansão de sua produção cafeeira, Antonio Carlos, tal como outros grandes fazendeiros da época, inverteu parte de seus recursos em outros ramos de atividades, mas todos ligados, de certa forma, aos negócios cafeeiros. O transporte do café até o porto de Santos, por exemplo, sempre foi uma preocupação dos fazendeiros do interior. Nos municípios servidos por estradas de ferro (ferrovias), o transporte além de ser mais rápido, evitava perdas do produto pelo caminho. Até por volta de 1880, não havia nos municípios de São Carlos, Araraquara e Jaú ferrovias que fizessem o transporte em direção ao porto de Santos. Rio Claro estava ligado a Jundiaí por meio da estrada de ferro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro; de Jundiaí a Santos, quem fazia o transporte ferroviário era a São Paulo Railway Company. A Companhia Paulista manifestou interesse em ampliar seus trilhos além Rio Claro, mas o traçado proposto era contrário aos interesses de alguns fazendeiros da região. Depois de negociações com o Governo e diante das pressões desses fazendeiros, encabeçadas por Antonio Carlos de Arruda Botelho (que na época era Deputado Provincial e Barão do Pinhal), a Paulista abdicou da concessão de prolongamento da ferrovia. Em 1882, Antonio Carlos comprou, com capital próprio e de outros fazendeiros, parte dessa concessão. Assim, elaborou-se um novo projeto e a estrada de ferro pôde ser concluída . Eles formaram, então, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro. Em 1884 foi inaugurado o trecho entre Rio Claro e São Carlos. Já o prolongamento até Araraquara foi finalizado em 1885, e em 1886 foi concluído o trecho até Jaú. Além de ter uma posição estratégica para o transporte do café, essa nova ferrovia propiciou, também, maior desenvolvimento aos municípios por ela servidos. Em 1889, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro foi comprada pela "São Paulo Railway Company", e posteriormente, em 1892, pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Outro investimento de Antonio Carlos de Arruda Botelho, diretamente ligado ao setor cafeeiro, foi a criação de uma casa comissária na cidade portuária de Santos, a Casa Comissária Arruda Botelho, que surgiu por volta de 1886/1887. As casas comissárias, nesse momento, recebiam comissões por comercializarem produtos agrícolas nacionais no exterior nesse período principalmente o café fornecendo aos fazendeiros tanto créditos em dinheiro, quanto bens de consumo e instrumentos a serem aplicados nas lavouras, tendo como garantia o produto enviado ou a ser enviado no futuro por esses mesmos fazendeiros . Além desses grandes investimentos, Antonio Carlos fundou também três bancos. Em 1889 ele fundou na cidade de São Paulo o Banco de São Paulo (banco emissor). Já os outros dois foram fundados no interior do Estado, ambos em 1891: o Banco União de São Carlos e o Banco de Piracicaba. Estes últimos, porém, não tiveram a mesma prosperidade do primeiro, tendo sido liquidados em anos posteriores, talvez devido às crises cafeeiras surgidas em fins do século XIX. Antonio Carlos de Arruda Botelho pertencia ao Partido Liberal (Brasil Império), formado no período regencial do Brasil (1831 1840) . Ele foi um importante político, tendo ocupado diversos cargos influentes. Assim, de forma cronológica, algumas de suas principais participações/atuações "políticas" Foi Juiz Municipal e Presidente da Camara Municipal de Araraquara, tenente-coronel Comandante do Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, Deputado Provincial e Senador. Além dos cargos eletivos acima mencionados, Antonio Carlos teve participação na Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870. Ele ficou incumbido de abastecer as tropas, enviando carnes e açúcar; recrutar voluntários; além de promover a manutenção dos caminhos que levavam a Mato Grosso. Por sua participação na Guerra, recebeu os seguintes títulos : 23 de abril de 1867: Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional. Em 02 de setembro de 1868: foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa. Em 02 de agosto de 1879: Barão do Pinhal. Ao mesmo tempo, pelo empreendimento que realizou por ter criado a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro, que ligou Rio Claro a Jaú, passando por São Carlos e Araraquara, Antonio Carlos, que já era o Barão do Pinhal, foi agraciado com mais dois títulos : Em 05 de maio de 1883: Visconde do Pinhal. Em 07 de maio de 1887: Conde do Pinhal. Em 1957, durante as comemorações do centenário da fundação de São Carlos, os Correios confeccionaram um selo em homenagem ao Conde do Pinhal. A família do Conde do Pinhal possuía, além de sesmarias na região de São Carlos, também na região de Piracicaba, chamada Sesmaria do Bom Jardim do Salto. O Conde se ausentava frequentemente da Fazenda do Pinhal, tendo formado várias fazendas nas regiões de São Carlos e Jaú, dentre elas: Santo Antonio, da Serra, Palmital, Maria Luiza, Carlota, Sant Ana, Santa Sophia, São Carlos, São Joaquim e Salto de Jaú. A família possuía também diversos imóveis urbanos, como o Palacete Conde do Pinhal em São Carlos, uma residência em São Paulo (demolida na década de 1940), e outra em Poços de Caldas, conhecida como Villa Pinhal (demolida nos anos 1980). Após a morte da condessa, em 1945, os bens seriam divididos entre os filhos, exceto a Fazenda Pinhal, que ficou em estado pró-indiviso por 23 anos. Nos anos 1970, a Casa do Pinhal seria comprada por Modesto Carvalhosa e sua esposa Helena Vieitas Carvalhosa, bisneta do Conde, os quais manteriam o imóvel rural nas próximas décadas. Em 2010, a Fazenda Pinhal foi adquirida por Fernão Carlos Botelho Bracher, bisneto do Conde, e sua esposa Sônia. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Carlos_de_Arruda_Botelho

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CONDE DO PINHAL PRATO PARA SOBREMESA EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 21,5 CM DE DIAMETRO. NOTA: Antonio Carlos de Arruda Botelho (Piracicaba, 23 de agosto de 1827 São Carlos, 11 de março de 1901), primeiro e único barão, visconde e conde do Pinhal, foi um político e empresário brasileiro. Herdeiro de terras na sesmaria do Pinhal, formou várias fazendas nos municípios de São Carlos e Jaú, tendo prosperado como grande produtor de café, cujos rendimentos possibilitaram a ele investir em outros ramos de negócios. Teve importante participação política no Estado de São Paulo, principalmente no período do Segundo Império no Brasil. Casou-se duas vezes, tendo, ao todo, treze filhos. Sua residência familiar era a Fazenda Pinhal, localizada no município de São Carlos, onde o conde do Pinhal faleceu, em 1901. Antonio Carlos era neto de Carlos Bartholomeu de Arruda Botelho, que obteve entre os anos de 1785 e 1786 duas sesmarias nos conhecidos Campos ou Sertões de Araraquara , uma por meio de doação da Coroa e outra mediante compra. Um dos filhos de Carlos Bartholomeu, Manoel Joaquim Pinto de Arruda, adquiriu mais uma sesmaria nos mesmos Campos, em 1786, que juntas formaram a Sesmaria do Pinhal. Porém, foi um dos filhos de Carlos Bartholomeu, o Carlos José Botelho, conhecido também como Botelhão, que requereu a demarcação dessas terras, em 1831. Ele foi o responsável por construir a Casa de Morada nas terras que herdou do pai, na Sesmaria do Pinhal, formando, assim, a Fazenda Pinhal. Carlos José se casou em 1824 com Cândida Maria do Rosário, tendo com ela nove filhos, além de uma filha natural. Dentre os filhos do casal está Antonio Carlos de Arruda Botelho, o futuro Conde do Pinhal. Antonio Carlos se casou em primeiras núpcias, em 31 de maio de 1852, com Francisca Theodora Ferraz Coelho, natural de Piracicaba, nascida em 1834, filha de Frutuoso José Coelho e Antonia da Silva Ferraz. Do primeiro casamento, Antonio Carlos teve só um filho: o futuro senador Carlos José de Arruda Botelho, nascido em Piracicaba. Com a morte do Botelhão, em 1854, as terras da Sesmaria do Pinhal foram divididas entre seus filhos e coube a Antonio Carlos a Fazenda Pinhal e terras ao seu redor. Por volta desse período, este último, sua mulher e o filho pequeno residiam naquela propriedade. Contudo, em 10 de março de 1862, Francisca Theodora faleceu na Fazenda Pinhal. Aproximadamente um ano após a morte da primeira companheira, em 23 de abril de 1863, Antonio Carlos se casou novamente, agora com Anna Carolina de Mello Oliveira, a futura condessa do Pinhal , natural de Rio Claro, nascida em 5 de novembro de 1841, e filha de José Estanislau de Oliveira e Elisa de Mello Franco. José Estanislau foi um grande fazendeiro e influente político na região de Rio Claro, tendo obtido em 1867 o título de Primeiro Barão de Araraquara e, em 1870, o título de visconde do Rio Claro. Antonio Carlos e Anna Carolina tiveram 12 filhos. O primeiro deles, José Estanislau de Arruda Botelho, casou-se com Ana Brandina de Queirós Aranha, de Campinas. Ela era filha de Manuel Carlos Aranha, barão de Anhumas, e de Brandina Augusta de Queirós Aranha, a baronesa consorte de Anhumas, da família Pereira de Queirós, de Jundiaí, sobrinha de Antônio de Queirós Teles, barão de Jundiaí, tendo esta herdado de seus pais a Fazenda Pau d'Alho, em Campinas. Antonio Carlos de Arruda Botelho, o conde do Pinhal, faleceu na Fazenda Pinhal, após regressar de uma viagem de negócios que fez no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1901. Após seu falecimento, a administração de seus negócios e bens passaram às mãos de sua esposa, auxiliada por filhos e netos. Anna Carolina de Mello Oliveira, a condessa do Pinhal, faleceu em 5 de outubro de 1945, exatamente um mês antes de completar 104 anos de idade. Carlos José, o Botelhão, pai do futuro conde do Pinhal, idealizou em vida fundar uma povoação próxima às suas terras na sesmaria do Pinhal. Porém, devido a sua morte, ele não pôde efetivamente pôr em prática tal projeto. Assim, seu filho Antonio Carlos, em companhia de alguns irmãos e de Jesuíno José Soares de Arruda, levaram a cabo esse objetivo. Houve a doação de terras por parte desses fazendeiros, tendo sido construída uma capela, onde hoje se encontra a catedral da cidade. A família Arruda Botelho fez a doação, para a mencionada capela, de uma imagem de São Carlos Borromeu, santo padroeiro da família e que passou a ser o padroeiro da cidade também, dando seu nome a ela. A 4 de novembro de 1857 foi oficialmente fundada São Carlos do Pinhal, a atual cidade de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo . Antonio Carlos de Arruda Botelho herdou do pai as terras onde está localizada a Fazenda Pinhal. Essa propriedade lhe serviu de morada durante toda a sua vida, sendo o local em que criou seus filhos. Ele promoveu o desenvolvimento dessas terras, inicialmente com cana-de-açúcar e gado e, posteriormente, com o cultivo do café , que no último quartel do século XIX era o principal produto agrícola produzido na região do Oeste Paulista, configurando-se também como o principal produto nacional destinado à exportação. No caso da Fazenda Pinhal, a criação de gado sempre existiu, mesmo que em alguns momentos em pequena escala. Ao mesmo tempo, o conde do Pinhal abriu e formou várias fazendas na região, a grande maioria de café. Em Jaú, as fazendas Maria Luísa, Carlota, Sant'Ana, Santo Antonio, Santa Sofia, São Carlos, São Joaquim e Salto do Jaú; e em São Carlos, as fazendas: Palmital, Serra, Santa Francisca do Lobo e Santo Antonio. Em Ribeirão Preto, comprou de um grupo de capitalistas fluminenses, em 1892, uma companhia agrícola, conhecida como Companhia Agrícola de Ribeirão Preto, formada por nove fazendas para o cultivo de café. Ao longo de todo esse período, e devido ao desenvolvimento e expansão de sua produção cafeeira, Antonio Carlos, tal como outros grandes fazendeiros da época, inverteu parte de seus recursos em outros ramos de atividades, mas todos ligados, de certa forma, aos negócios cafeeiros. O transporte do café até o porto de Santos, por exemplo, sempre foi uma preocupação dos fazendeiros do interior. Nos municípios servidos por estradas de ferro (ferrovias), o transporte além de ser mais rápido, evitava perdas do produto pelo caminho. Até por volta de 1880, não havia nos municípios de São Carlos, Araraquara e Jaú ferrovias que fizessem o transporte em direção ao porto de Santos. Rio Claro estava ligado a Jundiaí por meio da estrada de ferro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro; de Jundiaí a Santos, quem fazia o transporte ferroviário era a São Paulo Railway Company. A Companhia Paulista manifestou interesse em ampliar seus trilhos além Rio Claro, mas o traçado proposto era contrário aos interesses de alguns fazendeiros da região. Depois de negociações com o Governo e diante das pressões desses fazendeiros, encabeçadas por Antonio Carlos de Arruda Botelho (que na época era Deputado Provincial e Barão do Pinhal), a Paulista abdicou da concessão de prolongamento da ferrovia. Em 1882, Antonio Carlos comprou, com capital próprio e de outros fazendeiros, parte dessa concessão. Assim, elaborou-se um novo projeto e a estrada de ferro pôde ser concluída . Eles formaram, então, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro. Em 1884 foi inaugurado o trecho entre Rio Claro e São Carlos. Já o prolongamento até Araraquara foi finalizado em 1885, e em 1886 foi concluído o trecho até Jaú. Além de ter uma posição estratégica para o transporte do café, essa nova ferrovia propiciou, também, maior desenvolvimento aos municípios por ela servidos. Em 1889, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro foi comprada pela "São Paulo Railway Company", e posteriormente, em 1892, pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Outro investimento de Antonio Carlos de Arruda Botelho, diretamente ligado ao setor cafeeiro, foi a criação de uma casa comissária na cidade portuária de Santos, a Casa Comissária Arruda Botelho, que surgiu por volta de 1886/1887. As casas comissárias, nesse momento, recebiam comissões por comercializarem produtos agrícolas nacionais no exterior nesse período principalmente o café fornecendo aos fazendeiros tanto créditos em dinheiro, quanto bens de consumo e instrumentos a serem aplicados nas lavouras, tendo como garantia o produto enviado ou a ser enviado no futuro por esses mesmos fazendeiros . Além desses grandes investimentos, Antonio Carlos fundou também três bancos. Em 1889 ele fundou na cidade de São Paulo o Banco de São Paulo (banco emissor). Já os outros dois foram fundados no interior do Estado, ambos em 1891: o Banco União de São Carlos e o Banco de Piracicaba. Estes últimos, porém, não tiveram a mesma prosperidade do primeiro, tendo sido liquidados em anos posteriores, talvez devido às crises cafeeiras surgidas em fins do século XIX. Antonio Carlos de Arruda Botelho pertencia ao Partido Liberal (Brasil Império), formado no período regencial do Brasil (1831 1840) . Ele foi um importante político, tendo ocupado diversos cargos influentes. Assim, de forma cronológica, algumas de suas principais participações/atuações "políticas" Foi Juiz Municipal e Presidente da Camara Municipal de Araraquara, tenente-coronel Comandante do Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, Deputado Provincial e Senador. Além dos cargos eletivos acima mencionados, Antonio Carlos teve participação na Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870. Ele ficou incumbido de abastecer as tropas, enviando carnes e açúcar; recrutar voluntários; além de promover a manutenção dos caminhos que levavam a Mato Grosso. Por sua participação na Guerra, recebeu os seguintes títulos : 23 de abril de 1867: Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional. Em 02 de setembro de 1868: foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa. Em 02 de agosto de 1879: Barão do Pinhal. Ao mesmo tempo, pelo empreendimento que realizou por ter criado a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro, que ligou Rio Claro a Jaú, passando por São Carlos e Araraquara, Antonio Carlos, que já era o Barão do Pinhal, foi agraciado com mais dois títulos : Em 05 de maio de 1883: Visconde do Pinhal. Em 07 de maio de 1887: Conde do Pinhal. Em 1957, durante as comemorações do centenário da fundação de São Carlos, os Correios confeccionaram um selo em homenagem ao Conde do Pinhal. A família do Conde do Pinhal possuía, além de sesmarias na região de São Carlos, também na região de Piracicaba, chamada Sesmaria do Bom Jardim do Salto. O Conde se ausentava frequentemente da Fazenda do Pinhal, tendo formado várias fazendas nas regiões de São Carlos e Jaú, dentre elas: Santo Antonio, da Serra, Palmital, Maria Luiza, Carlota, Sant Ana, Santa Sophia, São Carlos, São Joaquim e Salto de Jaú. A família possuía também diversos imóveis urbanos, como o Palacete Conde do Pinhal em São Carlos, uma residência em São Paulo (demolida na década de 1940), e outra em Poços de Caldas, conhecida como Villa Pinhal (demolida nos anos 1980). Após a morte da condessa, em 1945, os bens seriam divididos entre os filhos, exceto a Fazenda Pinhal, que ficou em estado pró-indiviso por 23 anos. Nos anos 1970, a Casa do Pinhal seria comprada por Modesto Carvalhosa e sua esposa Helena Vieitas Carvalhosa, bisneta do Conde, os quais manteriam o imóvel rural nas próximas décadas. Em 2010, a Fazenda Pinhal foi adquirida por Fernão Carlos Botelho Bracher, bisneto do Conde, e sua esposa Sônia. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Carlos_de_Arruda_Botelho

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    O presente instrumento, denominado "Termos e Condições do Leilão", tem por objetivo regular a participação de usuários (arrematantes) no sistema online de leilões.

    1. As obras que compõem o presente LEILÃO, foram periciadas pelos organizadores que,solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2. Em caso eventual de engano na expertise de obras, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feitaem até 5 dias após o fim do leilão e/ou acesso à mercadoria. Findo este prazo, não mais serão admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3. Obras estrangeiras serão sempre vendidas como "Atribuídas".

    4. O Leiloeiro(a) não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo.

    As obras serão vendidas "NO ESTADO" em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação.

    Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão.

    Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas, nem servirá de alegação para descumprir o compromisso firmado.

    6. O leilão obedecerá rigorosamente à ordem dos lotes apresentada no catalogo. Todos os lotes poderão receber lances prévios antes da data de realização do pregão(*).

    Contudo, o lance vencedor será registrado somente durante o pregão ao vivo (data e horário divulgado no catálogo).

    É somente nesta data que o Leiloeiro(a) "baterá o martelo", formalizando cada lote como "Lote vendido".

    Os lances efetuados após a apresentação do lote no pregão, terão seu aceite ou não submetidos ao crivo do Leiloeiro(a) responsável.

    7. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que poderá ser feito por funcionário autorizado pelo Leiloeiro(a).

    8. O Leiloeiro(a) colocará, a titulo de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: Para a participação nos leilões online faz-se necessário possuir um cadastro válido e ativo.

    Caso não possua cadastro, este poderá ser efetuado diretamente através do site do respectivo leilão, sendo certo que este deverá ser atualizado sempre que necessário.

    8.1.1 O acesso ao sistema de leilões online pelo usuário poderá ser cancelado ou suspenso a qualquer tempo e sob o exclusivo critério do Leiloeiro(a), não havendo direito a qualquer reclamação ou indenização.

    8.2. O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante,

    acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem efetuados.

    Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, os quais somente poderão ser anulados e/ou cancelados de acordo com autorização do leiloeiro(a) responsável.

    8.3. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site),devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9. O Leiloeiro(a) se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10. Adquiridas as obras e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro(a); o que não cria novação.

    12. As obras adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 72 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro(a), (5%).

    Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e efetuar o bloqueio da respectiva cartela até respectiva quitação de taxas e multas equivalentes.

    13. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes.

    O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação pelo arrematante da empresaresponsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio, ficando o Leiloeiro(a) e as Galerias e/ou Organizadores isentos de qualquer responsabilidade em caso de extravio, furto e/ou dano à mercadoria.

    14. O Leiloeiro(a) reserva-se ao direito de cancelar o lance, caso o arrematante adote posturas consideradas ofensivas, desrespeitosas ou inapropriadas, seja antes ou durante a realização de leilão.

    Poderá haver cancelamento de qualquer oferta de compra, sempre que não for possível comprovar a identidade do usuário ou caso este venha a descumprir quaisquer condições estabelecidas no presente contrato,dentre elas, a utilização de cadastros paralelos objetivando se eximir das responsabilidades previstas neste Termo.

    15. - O arrematante assume neste ato, expressamente, que responderá, civil e criminalmente, pelo uso de qualquer equipamento, programa ou procedimento que vise interferir no funcionamento do site.

    16. - O arrematante, ao clicar ACEITO declara ter lido e aceito o conteúdo do presente "termos e condições", sem nenhuma oposição, inclusive, não tem ressalva a fazer sobre as condições aqui estabelecidas.

    Também declara ter capacidade, autoridade e legitimidade para assumir responsabilidades e obrigações através do presente instrumento.

    17. Todas as controvérsias oriundas ou relacionadas ao presente Termo, deverão ser resolvidas, primeiramente, por negociação e/ou mediação entre as Partes.

    Não logrando êxito, a controvérsia poderá vir a ser resolvida por interpelação judicial.

    18. A Parte interessada em iniciar o procedimento de negociação/mediação deverá comunicar a outra parte por escrito, detalhando a sua reclamação, bem como apresentando proposta para a solução da questão,sendo concedido prazo de até 10 (dez) dias para a outra Parte apresentar sua manifestação.

    Fica eleito o foro do estado de São Paulo Comarca de Campinas, para dirimir qualquer controvérsia oriunda deste instrumento não equacionada via negociação e/ou mediação,com a expressa renuncia a outro por mais privilegiado que seja ou venha a ser.

    Leilão - forma de alienação de bens.

    *Pregão - forma de licitação pública, em data e horário pré-definidos, onde é validado a escolha do melhor candidato pelo respectivo leiloeiro(a) responsável.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, acrescido da taxa do leiloeiro de 5 %.

    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser informada através do e-mail de cobrança.

    Não aceitamos cartões de crédito.

    Para depósitos em cheque, as peças serão liberadas para retirada/envio somente após a compensação.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.