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Arte sacra

DOMINGOS PEREIRA BAIÃO (1825-1871) FAUSTOSO CONJUNTO DO DESCIMENTO DE CRISTO DA CRUZ TALHADO EM CALCITA POLICROMADA E DOURADA. O ERUDITO CONJUNTO ESTÁ ACOMODADO SOB REDOMA COM BASE EM MOSAICO DE MADEIRAS DIVERSAS. OBRA PRIMOROSA DA ESCOLA BAIANA OITOCENTISTA FIRMADA NAS CARASTERÍSTICAS ESTILISCAS DO MESTRE DOMINGOS PEREIRA BAIÃO, ENTALHADOR, DOURADOR E POLICROMADOR DE SUA PRÓPRIA OBRA. FOI DISCÍPULO DE BENTO SABINO DOS REIS E FUNDADOR DE PROFÍCUA OFICINA ONDE FORMOU E ORIENTOU COMO MESTRE QUASE TODOS OS GRANDES ESCULTORES BAIANOS DE MEADOS DO SEC. XIX. A OFICINA DO MESTRE DOMINGOS BAIÃO ATENDEU À DEMANDA LOCAL MAS TAMBÉM PRODUZIU IMAGENS PARA DIVERSAS REGIÕES DO BRASIL. VIDE A SEMELHANÇA DO ESTILO DA PEANHA DO CONJUNTO SEGUINDO O GÊNERO DONA MARIA I QUE REMETE À TALHA DOS ALTARES LATERAIS DO CONVENTO DE SANTA TEREZA EM SALVADOR. DOMINA O CONJUNTO UMA GRANDE CRUZ ARTISTICAMENTE ENTALHADA COM UM PANO BRANCO DEPOSITADO SIMBOLO DA RESSUREIÇÃO DE CRISTO. A CRUZ TEM AS BORDAS REALÇADAS EM OURO ASSIM COMO O TÍTULOS CRUCIS (PLACA DE INFAMIA). EM PLANO CENTRAL, ABAIXO DA CRUZ ESTÁ A VIRGEM DA PIEDADE SEGURANDO EM SEUS BRAÇOS O CRISTO MORTO DESCIDO DA CRUZ. AO LADO ESQUERDO DA VIRGEM, DE PÉ ESTÁ JOSÉ DE ARIMATÉIA SEGURANDO UMA ESCADA UTILIZADA NO DESCIMENTO DA CRUZ E O ALICATE COM QUE RETIROU OS CRAVOS. A DIREITA ESTA NICODEMOS, SEGURA A COROA DE ESPINHOS E O MARTELO, OUTRO INSTRUMENTO DA PAIXÃO. OS DOIS PERSONAGENS VESTEM ROUPAS DE FIDALGOS TÍPICAS DO SEC. XVII. SUA INDUMENTÁRIA DISTOA DAS DEMAIS APRESENTADOS NO CONJUNTO, MAS NÃO POR ACASO. O ARTISTA DESEJOU DISTINGUI-LOS COMO HOMENS DA NOBREZA E NÃO PERTENCENTES A CLASSE DO POVO. JOSÉ DE ARIMATÉIA ERA MEMBRO DO SINÉDRIO, HOMEM PODEROSO, MUITO CONHECIDO E ESTIMADO EM JERUSALÉM. NICODEMOS ERA UM FARISEU, DOUTOR DA LEI E PRÍNCIPE DOS JUDEUS. ANTERIORMENTE HAVIA SE ENCONTRADO COM O MESTRE NA ESCURIDÃO DA NOITE, PARA NÃO SER VISTO, MAS TAL FOI A IMPRESSÃO QUE TEVE DESSE ENCONTRO. QUE VEIO RESGATAR O CORPO DO SENHOR APÓS A CRUCIFICAÇÃO. NICODEMOS LEVOU CONSIGO QUASE CEM ARRETÉIS DE MIRRA E ALOÉS COM OS QUAIS O CORPO DE CRISTO FOI BANHADO ANTES DO ENTERRO. ABAIXO DO PLANO PRINCIPAL, ESTÁ AJOELHADO DO LADO ESQUERDO, SÃO JOÃO EVANGELISTA, O DISCÍPULO AMADO QUE TRAZ AS MÃOS CRUZADAS SOBRE O PEITO. ESSE GESTUAL DEMONSTRA ERUDIÇÃO EXTREMA POR SER UM SÍMBOLO DE RESSUREIÇÃO EMPREGADO POR GRANDES MESTRES DA ARTE CRISTÃ ATRAVÉS DOS TEMPOS. PODE SER VISTO POR EXEMPLO NAS CENAS DA VIDA DO SANTO EVANGELISTA (VIDE AFRESCO DA RESSUREIÇÃO DE DRUSIANA DE GIOTTO NA CAPELA DE PERUZZE EM FLORENÇA: https://www.flickr.com/photos/renzodionigi/3690395356). DO LADO DIRETO ESTÁ MARIA MADALENA COM AS MÃOS UNIDAS JUNTO AO PEITO EM ORAÇÃO. AO SEU LADO, UM QUERUBIM AJOELHADO SEGURA UMA BANDEJA QUE CONTÉM OS TRÊS CRAVOS DA CRUCIIFICAÇÃO. OS PERSONAGENS ESTÃO DISTRIBUIDOS SOBRE UMA REPRESENTAÇÃO DO GÓLGOTA TAMBÉM EM PEDRA POLICROMADA. FINALIZANDO O CONJUNTO, COM REQUINTE E ELEGANCIA ESCULTÓRICA, A PEANHA É ARTISTICAMENTE ENTALHADA COM REPRESENTAÇÃO VEGETALISTA HARMONIOSAMENTE ENTRELAÇADA. O CONJUNTO REPOUSA SOBRE UMA BASE EM MOSAICO DE MADEIRAS PRECIOSAS COM UMA CÚPULA DE VIDRO QUE O PROTEGE. OBRA FORMIDÁVEL, DA MAIS ALTA LAVRA DA ESCULTURA SACRA BAIANA. MEADOS DO SEC. XIX. 43 CM DE ALTURA (SOMENTE O CONJUNTO SEM CONSIDEDAR O TAMANHO DA BASE E DA CÚPULA. Há uma trinca no vidro na parte inferior da cúpula no fundo.NOTA: Domingos Pereira Baião nasceu na Salvador de 1825 e morreu no estado da Bahia, não se sabe em que cidade, em 21. 08. 1871. Foi um escultor com período de atividade operosa nos anos de 1849, 1850-1854, 1855-1856 e 1860, morou nos seguintes endereços residenciais: em 21. 08. 1866 morava na Rua do Gravatá, n24, Freguesia de Santana do Sacramento; no ano de sua morte morava na Estrada Nova Freguesia da Sé; consta que em 21. 08. 1871, data de sua morte, morando à rua da Valla, teve oficinas nos seguintes endereços comerciais: em 1854, loja da escultura na Ladeira da Misericórdia, 189; em 1862, loja de imagens na Rua do Julião, 41. Na página 316 (321) do Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Bahia para o ano de 1854, encontramos anúncio (figura 3) da Loja de Escultura de Domingos Pereira Baião, na ladeira da Misericórdia, n. 189 em que informa ao público está pronta para receber qualquer encomenda dependente do seu trabalho em madeira, pedra e barro, obrigando-se a dar em tempo marcado, com a melhor perfeição e esmero, como provão os diversos trabalhos que tem feito, não só para esta capital, como para diversas províncias do império. Incumbindo-se também de qualquer pintura de imagens por ser ligada à sua oficina uma pintura, cujo artista é bastante hábil. Foi discípulo de Bento Sabino dos Reis, escultor distinto, retratista regular e músico de família. Estudou preparatórios e antigo desenho no antigo Liceu Provincial. Seu brilho foi intenso na elegância do traço, como na firmeza da execução. Suas obras estão espalhadas em profusão por todo o país. muitas têm sido as produções de Baião, conhecido e apreciado na província da Bahia, e fora della. É seu estylo correcto, ornado de graça e beleza forma e dos recortes, com a brandura das roupagens, que tanto distingue os mais celebres mestres, quer em pintura, quer em esculptura. A Bahia teve uma extensa produção de esculturas sacras nos séculos XVIII e XIX em consequência de ser o mais antigo e principal centro de administração religiosa na colônia e sede do primeiro bispado, instituído em 1554. TOMO A INICIATIVA DE REPRODUZIR AQUI UM LIGEIRO MAS IMPORTANTE APANHADO SOBRE A EVOLUÇÃO DA ARTE DA ESCULTURA RELIGIOSA E SECULAR NA BAHIA. RENDEMOS AQUI NOSSA HOMENAGEM AOS GRANDES ARTISTAS BAIANOS MESTRES DA ARTE SACRA NO PERÍODO COLONIAL E IMPERIAL BRASILEIRO. ESSE TEXTO FOI RETIRADO DO LIVRO PEQUENA HISTÓRIA DAS ARTES PLÁSTICAS NO BRASIL DE PEDRO RUBENS. EDITADO EM 1941.DIZ O AUTOR NESSA PUBLICAÇÃO: ... Pedro Calmon escreveu com muita precisão : É deveras singular o que acontece com o clima artistico da velha Bahia. Parece que a inspiração dos toreuticos antigos anda no ar, e se transmitte, como os traços de familia na mesma tribo, através do tempo, de avós a netos, creando silenciosas dynastias de joalheiros e rendeiros em madeira de lei. O paiz todo se encheu de magestosas mobilias floridas pelas suas mãos habeis. E ainda sobram os templos forrados dos silhares ao tecto da talha flocada e leve que estylisaram, transformando numa espuma dourada e aerea os rijos taboados. Nisso o que a Bahia tem de melhor é produto do desenho e da pericia dos seus artesãos humildes. Realísaram o minucioso milagre do seu trabalho sem outra influência. Fora do meio mesquinho onde floresceram. Deixaram monumentos que dão ao Brasil personalidade e legaram ao catalogo das artes universais, os discípulos, que mantém accesa a lampada encantada. Entre elles havia sempre um Donatello, a incitar um Brunellesco: Piglia dei legno Assim foi sempre. Os mestres de outros tempos revivem nos discípulos que noutros vão transmitindo a chama eterna. Chagas, o Cabra, é o ponto de partida do esplendor da escultura na Bahia . Seu nome verdadeiro ninguém reteve. Nem as datas de nascimento e de morte. A tradição conservou apenas o cognome e o appe!lido, que a obra genial imortaliza. Deve ter nascido nos fins do século XVII ou começo do XVIII. Chagas forma com Mestre Valentim e Aleijadinho o trianguJo luminoso da arte colonial no Brnsil, na escultura. A madeira nas suas mãos transforma-se, milagrosamente, em vidas cristianíssimas e enriquece tempios. A dôr, o martyrio, a uncção, a renuncia, a resignação, a inocência nunca tiveram melhor interprete na madeira. A arte da esculptura polariza-se em Chagas, o Cabra. Fez Nossa Senhora das Dores, São João e Magnalena o monumental grupo da Ordem Terceira do Carmo; S. Benedicto, na matriz de Sant' Anna, Senhora da Redenção, na egreja do Corpo Santo; Nossa Senhora do Monte do Carmo, o Senhor dos Passos, existente em Santa Catharina e de comovente historia. As suas imagens são tão perfeitas que parecem tiradas do natural, - disse Antonio da Cunha Barbosa . Foi celebre artista e chefe de uma escola de esculptura. Presume-se que Feliz Pereira, falecido nos fins do seculo XVIll, tenha sido discípulo de Chagas. Revelam seus trabalhos muita realidade na expressão physionomia. Fez varias imagens de grande valor, destacando-se o Senhor dos Passos (1762), na ilha do Bom Jesús, Vera Cruz, na capeJla da Ajuda e N. S. Sant'Anna). Como chefe da escola de escuJptura do seu tempo, vive Bento Sabino dos Reis (1786-1846), que tambem não sae do assumpto religioso. Talha Senhora da Piedade no convento de S. Francisco e S. José e S. João, na cidade do Salvador ; Divina Pastora em Alagoinhas ; S. Francisco de Paula, S. Francisco de Assis (de barro cosido), a Via-Sacra (14 quadros em barro cosido) e um Senhor dos Passos, sua obra prima e que deu motivo á devoção do Senhor dos Passos dos Humildes. Manoel Ignacio da Costa (1748-1849), discípulo de Felix Pereira, revelou--se laborioso e fecundo na concepção gigantesca de suas concepções. Suas obras se espalham pela Bahia e pelo paiz. É de pasmosa realidade. Delle são : S. João de Deus . na matriz de S. Pedro Velho ; Nossa Senhora Mãe dos Homens, S. Guilher me, na Igreja da Palma, o Senhor Morto, que sae em procissão da Ordem Terceira cio Carmo> Quem quizer admirar o que é grandeza artística - diz Manoel Quirino - observe esta imagem. Maravilham aquellas formas surpreendentes de belleza: a naturalidade dos ferimentos da cabeça que pende sobre o peito, e os cabelos que em madeixas empastam-se, ensanguentados, sobre os olhos já fechados. Não se pode dar á morte do justo tristeza mais solene. Poucas vezes se tem taIhado a imagem do Homem Deus tão grandiosa>. Fez mais ; Sant'Anna e S. Pedra de Alcantara no convento de S. Francisco, de impressionante realidade reveladora de renuncias e mortificações, S. Jorge, em Maragogipe e Magdalena, na igreja da Lapinha. Em barro cosido fez o genial artista obras excellentes, representadas em figuras e grupos verdadeiramente notáveis. Dele é o Caboclo, emblema da emancipação politica bahiana nos feitos de 23. Depois de Manoel Ignacio da Costa, surgem Antonio de Souza Paranhos (1786-1854), Francisco Machado Peçanha, João Baptista Franco (1824-1870), miniaturista e especialisado em vestir principescamente as imagens. Domingos Pereira Baião (1825- 1871), discipulo de Bento Sabino dos Reis, foi escultor exímio, retratista regular e músico de familia, tendo brilhado e tanto na elegância do traço, como na firmeza da execução. Deixou numerosas obras. Aurelio Rodrigues da Silva (1834-1896), discipulo de Souza Paranhos, artista de merito, bastante caprichoso em seus trabalhos, completo em imagens vestidas, trabalhou muito; João Carlos do Sacramento (1830, 1886), discípulo de Magalhães Requião, produziu bastante ; Antonio Machado Peçanha, nascido em 1835, , arrojado e imaginoso, e segundo Baião : era muito inteliígente, corajoso, valente na concepção e affoito no desbastar. EROTIDES AMERICO D'ARAUJO LOPES, nascido em 17 de dezembro de 1827, é organização artistica de Merito. Guiado por Domingos Baião, a quem sobrepujou, trabalhou cm madeira, depois em pedra jáspe e casca de cajazeira, especializando-se em miniaturas, possuindo obras em varias partes da Europa. Em casca de cajazeira talhou uma serie de tipos populares muito flagrantes e movimentados. Foi operosissimo. Suas mãos felizes tiravam da pedra e da madeira legitimas obras primas. Um Presepio seu constitue um conjuncto de tresentas e tantas figuras. Seguem-se João Guilherme da Racho (nascido cm 1851), Domingos de Barros Lisboa, José Florencio Gomes Junior (1858 ), e varies outros menores como Raimundo Nonato Vieira Lima (nascido cm 1852), Jovino de Mattos Guimarães (1856- 1896) Eustachio Manoel da Cruz (!838- 1902), Antonio Borba, discípulo de Baião, Ivo José de Araujo e varies outros. Com os csculptorcs e santeiros, viveram os entalhadoresque fixaram primores ornamentaes em jacarandá, fizeram peanhas, ornamentos, tribunas, côros e altares, podendo se nomear Martinho e, Roque (dos quaes se ignora o prenome) Joaquim Pereira de Mattos, vulgo oaquim Pataca (1780- 1885), Cypriano Francisco de Souza (1820- 1890), Maximiano Brandão, Candido Alves de Souza (1840- 1884), Domingos Alves do Sacramento (1848- 1901) e outros. Com a fundação da Escola de Belllas Artes, foi contratado na Europa o esculptor francez J. C. Santis, sucedido annos depois por De Chirico, esculptor italiano, ambos fazendo bons alunos. Atravez dos tempos, a Bahia produziu escuptores e entalhadores cujos nomes perdurarão eternamente. Ainda há pouco (1 936), o Rio admirou no Lyceu de Artes e Officios as esculpturas rnagistraes de Pedro Ferreira. Vendo-as, escreveu Pedro Ca!mon , São tão reaes e irnpecaveis, o seu dolorido São Sebastião, a Virgem Mãe pisando uma nuvem carregada pelos serafins deliciosamente infantis, o Crucificado pendente do madeiro, roxo da morte e do crepusculo - que poderiamos, junto delas desejar que fosse mais completa a maravilha, e se animassem de gesto e voz.

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Tipo: Arte sacra

DOMINGOS PEREIRA BAIÃO (1825-1871) FAUSTOSO CONJUNTO DO DESCIMENTO DE CRISTO DA CRUZ TALHADO EM CALCITA POLICROMADA E DOURADA. O ERUDITO CONJUNTO ESTÁ ACOMODADO SOB REDOMA COM BASE EM MOSAICO DE MADEIRAS DIVERSAS. OBRA PRIMOROSA DA ESCOLA BAIANA OITOCENTISTA FIRMADA NAS CARASTERÍSTICAS ESTILISCAS DO MESTRE DOMINGOS PEREIRA BAIÃO, ENTALHADOR, DOURADOR E POLICROMADOR DE SUA PRÓPRIA OBRA. FOI DISCÍPULO DE BENTO SABINO DOS REIS E FUNDADOR DE PROFÍCUA OFICINA ONDE FORMOU E ORIENTOU COMO MESTRE QUASE TODOS OS GRANDES ESCULTORES BAIANOS DE MEADOS DO SEC. XIX. A OFICINA DO MESTRE DOMINGOS BAIÃO ATENDEU À DEMANDA LOCAL MAS TAMBÉM PRODUZIU IMAGENS PARA DIVERSAS REGIÕES DO BRASIL. VIDE A SEMELHANÇA DO ESTILO DA PEANHA DO CONJUNTO SEGUINDO O GÊNERO DONA MARIA I QUE REMETE À TALHA DOS ALTARES LATERAIS DO CONVENTO DE SANTA TEREZA EM SALVADOR. DOMINA O CONJUNTO UMA GRANDE CRUZ ARTISTICAMENTE ENTALHADA COM UM PANO BRANCO DEPOSITADO SIMBOLO DA RESSUREIÇÃO DE CRISTO. A CRUZ TEM AS BORDAS REALÇADAS EM OURO ASSIM COMO O TÍTULOS CRUCIS (PLACA DE INFAMIA). EM PLANO CENTRAL, ABAIXO DA CRUZ ESTÁ A VIRGEM DA PIEDADE SEGURANDO EM SEUS BRAÇOS O CRISTO MORTO DESCIDO DA CRUZ. AO LADO ESQUERDO DA VIRGEM, DE PÉ ESTÁ JOSÉ DE ARIMATÉIA SEGURANDO UMA ESCADA UTILIZADA NO DESCIMENTO DA CRUZ E O ALICATE COM QUE RETIROU OS CRAVOS. A DIREITA ESTA NICODEMOS, SEGURA A COROA DE ESPINHOS E O MARTELO, OUTRO INSTRUMENTO DA PAIXÃO. OS DOIS PERSONAGENS VESTEM ROUPAS DE FIDALGOS TÍPICAS DO SEC. XVII. SUA INDUMENTÁRIA DISTOA DAS DEMAIS APRESENTADOS NO CONJUNTO, MAS NÃO POR ACASO. O ARTISTA DESEJOU DISTINGUI-LOS COMO HOMENS DA NOBREZA E NÃO PERTENCENTES A CLASSE DO POVO. JOSÉ DE ARIMATÉIA ERA MEMBRO DO SINÉDRIO, HOMEM PODEROSO, MUITO CONHECIDO E ESTIMADO EM JERUSALÉM. NICODEMOS ERA UM FARISEU, DOUTOR DA LEI E PRÍNCIPE DOS JUDEUS. ANTERIORMENTE HAVIA SE ENCONTRADO COM O MESTRE NA ESCURIDÃO DA NOITE, PARA NÃO SER VISTO, MAS TAL FOI A IMPRESSÃO QUE TEVE DESSE ENCONTRO. QUE VEIO RESGATAR O CORPO DO SENHOR APÓS A CRUCIFICAÇÃO. NICODEMOS LEVOU CONSIGO QUASE CEM ARRETÉIS DE MIRRA E ALOÉS COM OS QUAIS O CORPO DE CRISTO FOI BANHADO ANTES DO ENTERRO. ABAIXO DO PLANO PRINCIPAL, ESTÁ AJOELHADO DO LADO ESQUERDO, SÃO JOÃO EVANGELISTA, O DISCÍPULO AMADO QUE TRAZ AS MÃOS CRUZADAS SOBRE O PEITO. ESSE GESTUAL DEMONSTRA ERUDIÇÃO EXTREMA POR SER UM SÍMBOLO DE RESSUREIÇÃO EMPREGADO POR GRANDES MESTRES DA ARTE CRISTÃ ATRAVÉS DOS TEMPOS. PODE SER VISTO POR EXEMPLO NAS CENAS DA VIDA DO SANTO EVANGELISTA (VIDE AFRESCO DA RESSUREIÇÃO DE DRUSIANA DE GIOTTO NA CAPELA DE PERUZZE EM FLORENÇA: https://www.flickr.com/photos/renzodionigi/3690395356). DO LADO DIRETO ESTÁ MARIA MADALENA COM AS MÃOS UNIDAS JUNTO AO PEITO EM ORAÇÃO. AO SEU LADO, UM QUERUBIM AJOELHADO SEGURA UMA BANDEJA QUE CONTÉM OS TRÊS CRAVOS DA CRUCIIFICAÇÃO. OS PERSONAGENS ESTÃO DISTRIBUIDOS SOBRE UMA REPRESENTAÇÃO DO GÓLGOTA TAMBÉM EM PEDRA POLICROMADA. FINALIZANDO O CONJUNTO, COM REQUINTE E ELEGANCIA ESCULTÓRICA, A PEANHA É ARTISTICAMENTE ENTALHADA COM REPRESENTAÇÃO VEGETALISTA HARMONIOSAMENTE ENTRELAÇADA. O CONJUNTO REPOUSA SOBRE UMA BASE EM MOSAICO DE MADEIRAS PRECIOSAS COM UMA CÚPULA DE VIDRO QUE O PROTEGE. OBRA FORMIDÁVEL, DA MAIS ALTA LAVRA DA ESCULTURA SACRA BAIANA. MEADOS DO SEC. XIX. 43 CM DE ALTURA (SOMENTE O CONJUNTO SEM CONSIDEDAR O TAMANHO DA BASE E DA CÚPULA. Há uma trinca no vidro na parte inferior da cúpula no fundo.NOTA: Domingos Pereira Baião nasceu na Salvador de 1825 e morreu no estado da Bahia, não se sabe em que cidade, em 21. 08. 1871. Foi um escultor com período de atividade operosa nos anos de 1849, 1850-1854, 1855-1856 e 1860, morou nos seguintes endereços residenciais: em 21. 08. 1866 morava na Rua do Gravatá, n24, Freguesia de Santana do Sacramento; no ano de sua morte morava na Estrada Nova Freguesia da Sé; consta que em 21. 08. 1871, data de sua morte, morando à rua da Valla, teve oficinas nos seguintes endereços comerciais: em 1854, loja da escultura na Ladeira da Misericórdia, 189; em 1862, loja de imagens na Rua do Julião, 41. Na página 316 (321) do Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Bahia para o ano de 1854, encontramos anúncio (figura 3) da Loja de Escultura de Domingos Pereira Baião, na ladeira da Misericórdia, n. 189 em que informa ao público está pronta para receber qualquer encomenda dependente do seu trabalho em madeira, pedra e barro, obrigando-se a dar em tempo marcado, com a melhor perfeição e esmero, como provão os diversos trabalhos que tem feito, não só para esta capital, como para diversas províncias do império. Incumbindo-se também de qualquer pintura de imagens por ser ligada à sua oficina uma pintura, cujo artista é bastante hábil. Foi discípulo de Bento Sabino dos Reis, escultor distinto, retratista regular e músico de família. Estudou preparatórios e antigo desenho no antigo Liceu Provincial. Seu brilho foi intenso na elegância do traço, como na firmeza da execução. Suas obras estão espalhadas em profusão por todo o país. muitas têm sido as produções de Baião, conhecido e apreciado na província da Bahia, e fora della. É seu estylo correcto, ornado de graça e beleza forma e dos recortes, com a brandura das roupagens, que tanto distingue os mais celebres mestres, quer em pintura, quer em esculptura. A Bahia teve uma extensa produção de esculturas sacras nos séculos XVIII e XIX em consequência de ser o mais antigo e principal centro de administração religiosa na colônia e sede do primeiro bispado, instituído em 1554. TOMO A INICIATIVA DE REPRODUZIR AQUI UM LIGEIRO MAS IMPORTANTE APANHADO SOBRE A EVOLUÇÃO DA ARTE DA ESCULTURA RELIGIOSA E SECULAR NA BAHIA. RENDEMOS AQUI NOSSA HOMENAGEM AOS GRANDES ARTISTAS BAIANOS MESTRES DA ARTE SACRA NO PERÍODO COLONIAL E IMPERIAL BRASILEIRO. ESSE TEXTO FOI RETIRADO DO LIVRO PEQUENA HISTÓRIA DAS ARTES PLÁSTICAS NO BRASIL DE PEDRO RUBENS. EDITADO EM 1941.DIZ O AUTOR NESSA PUBLICAÇÃO: ... Pedro Calmon escreveu com muita precisão : É deveras singular o que acontece com o clima artistico da velha Bahia. Parece que a inspiração dos toreuticos antigos anda no ar, e se transmitte, como os traços de familia na mesma tribo, através do tempo, de avós a netos, creando silenciosas dynastias de joalheiros e rendeiros em madeira de lei. O paiz todo se encheu de magestosas mobilias floridas pelas suas mãos habeis. E ainda sobram os templos forrados dos silhares ao tecto da talha flocada e leve que estylisaram, transformando numa espuma dourada e aerea os rijos taboados. Nisso o que a Bahia tem de melhor é produto do desenho e da pericia dos seus artesãos humildes. Realísaram o minucioso milagre do seu trabalho sem outra influência. Fora do meio mesquinho onde floresceram. Deixaram monumentos que dão ao Brasil personalidade e legaram ao catalogo das artes universais, os discípulos, que mantém accesa a lampada encantada. Entre elles havia sempre um Donatello, a incitar um Brunellesco: Piglia dei legno Assim foi sempre. Os mestres de outros tempos revivem nos discípulos que noutros vão transmitindo a chama eterna. Chagas, o Cabra, é o ponto de partida do esplendor da escultura na Bahia . Seu nome verdadeiro ninguém reteve. Nem as datas de nascimento e de morte. A tradição conservou apenas o cognome e o appe!lido, que a obra genial imortaliza. Deve ter nascido nos fins do século XVII ou começo do XVIII. Chagas forma com Mestre Valentim e Aleijadinho o trianguJo luminoso da arte colonial no Brnsil, na escultura. A madeira nas suas mãos transforma-se, milagrosamente, em vidas cristianíssimas e enriquece tempios. A dôr, o martyrio, a uncção, a renuncia, a resignação, a inocência nunca tiveram melhor interprete na madeira. A arte da esculptura polariza-se em Chagas, o Cabra. Fez Nossa Senhora das Dores, São João e Magnalena o monumental grupo da Ordem Terceira do Carmo; S. Benedicto, na matriz de Sant' Anna, Senhora da Redenção, na egreja do Corpo Santo; Nossa Senhora do Monte do Carmo, o Senhor dos Passos, existente em Santa Catharina e de comovente historia. As suas imagens são tão perfeitas que parecem tiradas do natural, - disse Antonio da Cunha Barbosa . Foi celebre artista e chefe de uma escola de esculptura. Presume-se que Feliz Pereira, falecido nos fins do seculo XVIll, tenha sido discípulo de Chagas. Revelam seus trabalhos muita realidade na expressão physionomia. Fez varias imagens de grande valor, destacando-se o Senhor dos Passos (1762), na ilha do Bom Jesús, Vera Cruz, na capeJla da Ajuda e N. S. Sant'Anna). Como chefe da escola de escuJptura do seu tempo, vive Bento Sabino dos Reis (1786-1846), que tambem não sae do assumpto religioso. Talha Senhora da Piedade no convento de S. Francisco e S. José e S. João, na cidade do Salvador ; Divina Pastora em Alagoinhas ; S. Francisco de Paula, S. Francisco de Assis (de barro cosido), a Via-Sacra (14 quadros em barro cosido) e um Senhor dos Passos, sua obra prima e que deu motivo á devoção do Senhor dos Passos dos Humildes. Manoel Ignacio da Costa (1748-1849), discípulo de Felix Pereira, revelou--se laborioso e fecundo na concepção gigantesca de suas concepções. Suas obras se espalham pela Bahia e pelo paiz. É de pasmosa realidade. Delle são : S. João de Deus . na matriz de S. Pedro Velho ; Nossa Senhora Mãe dos Homens, S. Guilher me, na Igreja da Palma, o Senhor Morto, que sae em procissão da Ordem Terceira cio Carmo> Quem quizer admirar o que é grandeza artística - diz Manoel Quirino - observe esta imagem. Maravilham aquellas formas surpreendentes de belleza: a naturalidade dos ferimentos da cabeça que pende sobre o peito, e os cabelos que em madeixas empastam-se, ensanguentados, sobre os olhos já fechados. Não se pode dar á morte do justo tristeza mais solene. Poucas vezes se tem taIhado a imagem do Homem Deus tão grandiosa>. Fez mais ; Sant'Anna e S. Pedra de Alcantara no convento de S. Francisco, de impressionante realidade reveladora de renuncias e mortificações, S. Jorge, em Maragogipe e Magdalena, na igreja da Lapinha. Em barro cosido fez o genial artista obras excellentes, representadas em figuras e grupos verdadeiramente notáveis. Dele é o Caboclo, emblema da emancipação politica bahiana nos feitos de 23. Depois de Manoel Ignacio da Costa, surgem Antonio de Souza Paranhos (1786-1854), Francisco Machado Peçanha, João Baptista Franco (1824-1870), miniaturista e especialisado em vestir principescamente as imagens. Domingos Pereira Baião (1825- 1871), discipulo de Bento Sabino dos Reis, foi escultor exímio, retratista regular e músico de familia, tendo brilhado e tanto na elegância do traço, como na firmeza da execução. Deixou numerosas obras. Aurelio Rodrigues da Silva (1834-1896), discipulo de Souza Paranhos, artista de merito, bastante caprichoso em seus trabalhos, completo em imagens vestidas, trabalhou muito; João Carlos do Sacramento (1830, 1886), discípulo de Magalhães Requião, produziu bastante ; Antonio Machado Peçanha, nascido em 1835, , arrojado e imaginoso, e segundo Baião : era muito inteliígente, corajoso, valente na concepção e affoito no desbastar. EROTIDES AMERICO D'ARAUJO LOPES, nascido em 17 de dezembro de 1827, é organização artistica de Merito. Guiado por Domingos Baião, a quem sobrepujou, trabalhou cm madeira, depois em pedra jáspe e casca de cajazeira, especializando-se em miniaturas, possuindo obras em varias partes da Europa. Em casca de cajazeira talhou uma serie de tipos populares muito flagrantes e movimentados. Foi operosissimo. Suas mãos felizes tiravam da pedra e da madeira legitimas obras primas. Um Presepio seu constitue um conjuncto de tresentas e tantas figuras. Seguem-se João Guilherme da Racho (nascido cm 1851), Domingos de Barros Lisboa, José Florencio Gomes Junior (1858 ), e varies outros menores como Raimundo Nonato Vieira Lima (nascido cm 1852), Jovino de Mattos Guimarães (1856- 1896) Eustachio Manoel da Cruz (!838- 1902), Antonio Borba, discípulo de Baião, Ivo José de Araujo e varies outros. Com os csculptorcs e santeiros, viveram os entalhadoresque fixaram primores ornamentaes em jacarandá, fizeram peanhas, ornamentos, tribunas, côros e altares, podendo se nomear Martinho e, Roque (dos quaes se ignora o prenome) Joaquim Pereira de Mattos, vulgo oaquim Pataca (1780- 1885), Cypriano Francisco de Souza (1820- 1890), Maximiano Brandão, Candido Alves de Souza (1840- 1884), Domingos Alves do Sacramento (1848- 1901) e outros. Com a fundação da Escola de Belllas Artes, foi contratado na Europa o esculptor francez J. C. Santis, sucedido annos depois por De Chirico, esculptor italiano, ambos fazendo bons alunos. Atravez dos tempos, a Bahia produziu escuptores e entalhadores cujos nomes perdurarão eternamente. Ainda há pouco (1 936), o Rio admirou no Lyceu de Artes e Officios as esculpturas rnagistraes de Pedro Ferreira. Vendo-as, escreveu Pedro Ca!mon , São tão reaes e irnpecaveis, o seu dolorido São Sebastião, a Virgem Mãe pisando uma nuvem carregada pelos serafins deliciosamente infantis, o Crucificado pendente do madeiro, roxo da morte e do crepusculo - que poderiamos, junto delas desejar que fosse mais completa a maravilha, e se animassem de gesto e voz.

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    1. As obras que compõem o presente LEILÃO, foram periciadas pelos organizadores que,solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2. Em caso eventual de engano na expertise de obras, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feitaem até 5 dias após o fim do leilão e/ou acesso à mercadoria. Findo este prazo, não mais serão admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3. Obras estrangeiras serão sempre vendidas como "Atribuídas".

    4. O Leiloeiro(a) não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo.

    As obras serão vendidas "NO ESTADO" em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação.

    Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão.

    Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas, nem servirá de alegação para descumprir o compromisso firmado.

    6. O leilão obedecerá rigorosamente à ordem dos lotes apresentada no catalogo. Todos os lotes poderão receber lances prévios antes da data de realização do pregão(*).

    Contudo, o lance vencedor será registrado somente durante o pregão ao vivo (data e horário divulgado no catálogo).

    É somente nesta data que o Leiloeiro(a) "baterá o martelo", formalizando cada lote como "Lote vendido".

    Os lances efetuados após a apresentação do lote no pregão, terão seu aceite ou não submetidos ao crivo do Leiloeiro(a) responsável.

    7. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que poderá ser feito por funcionário autorizado pelo Leiloeiro(a).

    8. O Leiloeiro(a) colocará, a titulo de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: Para a participação nos leilões online faz-se necessário possuir um cadastro válido e ativo.

    Caso não possua cadastro, este poderá ser efetuado diretamente através do site do respectivo leilão, sendo certo que este deverá ser atualizado sempre que necessário.

    8.1.1 O acesso ao sistema de leilões online pelo usuário poderá ser cancelado ou suspenso a qualquer tempo e sob o exclusivo critério do Leiloeiro(a), não havendo direito a qualquer reclamação ou indenização.

    8.2. O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante,

    acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem efetuados.

    Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, os quais somente poderão ser anulados e/ou cancelados de acordo com autorização do leiloeiro(a) responsável.

    8.3. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site),devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9. O Leiloeiro(a) se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10. Adquiridas as obras e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro(a); o que não cria novação.

    12. As obras adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 72 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro(a), (5%).

    Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e efetuar o bloqueio da respectiva cartela até respectiva quitação de taxas e multas equivalentes.

    13. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes.

    O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação pelo arrematante da empresaresponsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio, ficando o Leiloeiro(a) e as Galerias e/ou Organizadores isentos de qualquer responsabilidade em caso de extravio, furto e/ou dano à mercadoria.

    14. O Leiloeiro(a) reserva-se ao direito de cancelar o lance, caso o arrematante adote posturas consideradas ofensivas, desrespeitosas ou inapropriadas, seja antes ou durante a realização de leilão.

    Poderá haver cancelamento de qualquer oferta de compra, sempre que não for possível comprovar a identidade do usuário ou caso este venha a descumprir quaisquer condições estabelecidas no presente contrato,dentre elas, a utilização de cadastros paralelos objetivando se eximir das responsabilidades previstas neste Termo.

    15. - O arrematante assume neste ato, expressamente, que responderá, civil e criminalmente, pelo uso de qualquer equipamento, programa ou procedimento que vise interferir no funcionamento do site.

    16. - O arrematante, ao clicar ACEITO declara ter lido e aceito o conteúdo do presente "termos e condições", sem nenhuma oposição, inclusive, não tem ressalva a fazer sobre as condições aqui estabelecidas.

    Também declara ter capacidade, autoridade e legitimidade para assumir responsabilidades e obrigações através do presente instrumento.

    17. Todas as controvérsias oriundas ou relacionadas ao presente Termo, deverão ser resolvidas, primeiramente, por negociação e/ou mediação entre as Partes.

    Não logrando êxito, a controvérsia poderá vir a ser resolvida por interpelação judicial.

    18. A Parte interessada em iniciar o procedimento de negociação/mediação deverá comunicar a outra parte por escrito, detalhando a sua reclamação, bem como apresentando proposta para a solução da questão,sendo concedido prazo de até 10 (dez) dias para a outra Parte apresentar sua manifestação.

    Fica eleito o foro do estado de São Paulo Comarca de Campinas, para dirimir qualquer controvérsia oriunda deste instrumento não equacionada via negociação e/ou mediação,com a expressa renuncia a outro por mais privilegiado que seja ou venha a ser.

    Leilão - forma de alienação de bens.

    *Pregão - forma de licitação pública, em data e horário pré-definidos, onde é validado a escolha do melhor candidato pelo respectivo leiloeiro(a) responsável.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, acrescido da taxa do leiloeiro de 5 %.

    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser informada através do e-mail de cobrança.

    Não aceitamos cartões de crédito.

    Para depósitos em cheque, as peças serão liberadas para retirada/envio somente após a compensação.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.