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Esculturas

LELIO COLUCCINI - DIANA A CAÇADORA - PAINEL EM ESTUQUE REPREENTANDO A DEUSA DIANA JUNTO A CERVO. PROTÓTIPO DA ESCULTURA EXECUTADA SOB ENCOMENDA DA CIDADE DE SÃO PAULO EM 1944. DIANA Ê REPRESENTANDA DESCANSANDO O DORSO SOBRE UM CERVO.BRASIL, SEC. 40. 78 (C) X 45 Ch) CM NOTA: Lelio Coluccini nasceu em 03 de dezembro de 1910, na cidade de Val Di Castello, na Itália, uma pequena comunidade bem próxima a Pietrasanta. Era filho de Alfredo Coluccini e Itália Magri Coluccini, conforme consta na certidão de nascimento. Emigraram para o Brasil em 1912, quando Lélio contava com apenas um ano de idade.Alfredo Lelio Coluccini, genitor de Lelio, já descendia de artesãos da região de Pietrasanta, famosa por possuir jazidas de mármore Carrara, utilizado há séculos por artistas antecessores, como Michelangelo, como base de criação da arte escultural. Fixaram-se inicialmente na cidade de São Paulo, mudando-se logo em seguida para Campinas, no interior do Estado. Desde cedo, Lélio acompanhava o pai na Marmoraria que a família fundou em Campinas, inicialmente denominada Marmoraria Irmãos Coluccini. Era comum, naquela época, que o ofício fosse transferido de pai para filho. Desde tenra idade, Lelio mostrou talento suficiente para que sua família buscasse seu aperfeiçoamento nas artes. Moudou, aos oito anos de idade, o seu primeiro trabalho em gesso, denominado-o Ecce Homo. Destaca-se o momento em que Lelio desembarca na Itália. Era 1924 e o fascismo já influenciava as artes com a monumentalidade e temas neoclássicos, mas sem conseguir barrar o que esses artistas criavam espontaneamente.Lelio Coluccini recebeu ensinamentos do mestre Leone Tommasi quando da sua passagem por Pietrasanta, no período que vai de 1924 a 1931, quando retorna para o Brasil. Todo artista tem na composição das suas obras heranças recebidas, tanto no aspecto teórico quanto no estilístico, de outros mestres que lhe antecederam. Isso não quer dizer que o artista não desenvolva a sua própria expressão estilística. pelo contrário, o que se guarda é a essência, que por vezes o acompanha na trajetória da criação. Os professores foram figuras importantes nesse trajeto, notadamente Leone Tommasi, que acabou, pelo menos num primeiro momento, deixando marcas indeléveis no estilo do discípulo. Pela análise das obras de Leone Tommasi expostas no Musei dei Bozzetti em Pietrasanta, na região da Toscana, Itália, encontramos onde Lelio buscou referências estilísticas. O jovem aprendiz Lelio Coluccini bebeu diretamente dessa fonte. A manipulação de diferentes materiais e técnicas o acompanharam durante toda a fase artística produtiva. Em 1929 recebeu da Accademia di Bele Arti di Pietrasanta o primeiro prêmio e a medalha de ouro, referente à obra chamada Studio Anatomico , e por este mérito ganhou do governo italiano uma viagem a Roma. Antes de retornar ao Brasil, tendo a propósito do prêmio conquistado, Lelio seguiu então para Roma, a fim de conhecer o Liceu Mamiani, que na época era o que de melhor o regime fascista oferecia academicamente a esses jovens. Essa instituição nada tinha a ver com as artes, mas sim com a área científica; o Duce, Benito Mussolini, queria mostrá-la para a Itália como um centro de ensino de excelência, com ótimas locações de salas de aula, laboratórios, alojamentos, e também professores e alimentação. Era tudo o que a Itália precisava naquele momento político e economicamente incerto: mostrar àqueles alunos premiados o que de melhor o regime fascista prometia. Esse prêmio de trinta dias era concedido para jovens que se destacassem em qualquer área científica ou artística. Eram estudantes de todas as comunas italianas. Lelio Coluccini, em três anos 1934, 1935 e 1937 visivelmente se revela um escultor que, tendo aprendido o clássico para aplicá-lo ao neoclássico do Novecento , descobriu-se um modernista poético que se permitiu abstrair e revelar seu estilo inconfundível. Destaca-se o verbete criado pelo MASP, quando pesquisou Lelio, que classifica em três fases a sua vida escultórica, e que guarda consonância com a evolução da sua obra: PRIMEIRA FASE: Grosso modo, seria a das formas ou período redondo, onde os materiais principais são o mármore e o granito (havendo também peças em terracota, gesso composto e fundição de matrizes em cobre). Nesse período, a elegância e a solução original dão a dimensão de sua presença naquilo que seria o modernismo Brasileiro e o colocariam ao lado de representantes de vulto do mesmo, como Victor Brecheret, Amadeo Zani, Ettore Ximenes, Luigi Brizzolara, Ottone Zorlini,Galileo Emendabili, Riccardo Cipicchia Ettore Usai, Luiz Morrone, Gaetano Fraccaroli e Domênico Calabrone. Essa fase é dominante, pois dá ênfase às formas, e vai até 1947, ressurgindo em obras posteriores, sempre que a figura possua uma implicação humanista, no sentido mais profundo da palavra. SEGUNDA FASE: A segunda dominante é o período retangular, onde os materiais principais são o gesso (patinado ou composto) e o granito; basicamente dá lugar a figuras e peças ornamentais nas quais se nota a preocupação decorativa, a linha sintetizante e/ou abstracionista, de origem cubista. Essa dominante da década de 50 irá marcar todos os trabalhos posteriores, onde o realce será sempre na síntese da expressão e na intimidade com o material tratado com carinho. TERCEIRA FASE A terceira dominante constitui o período místico, de material -mais-pobre ou materiais diversos (como papier maché, aguadas, barro, vitrais/vidro, novas experiências com óleo s/tela etc., sempre relacionados a uma problemática de escultura, ou volume). É ligada à figura de São Francisco de Assis e à aura degrande mestre que o poverello assume para o artista, dando aspectos novos e mais intimistas e despojados aos seus trabalhos. Nota-se essa tendência, sobretudo, a partir dos meados de 50, para se afirmar definitivamente nos primeiros anos de 1960, passando a ser marca característica de suas peças posteriores.

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Tipo: Esculturas

LELIO COLUCCINI - DIANA A CAÇADORA - PAINEL EM ESTUQUE REPREENTANDO A DEUSA DIANA JUNTO A CERVO. PROTÓTIPO DA ESCULTURA EXECUTADA SOB ENCOMENDA DA CIDADE DE SÃO PAULO EM 1944. DIANA Ê REPRESENTANDA DESCANSANDO O DORSO SOBRE UM CERVO.BRASIL, SEC. 40. 78 (C) X 45 Ch) CM NOTA: Lelio Coluccini nasceu em 03 de dezembro de 1910, na cidade de Val Di Castello, na Itália, uma pequena comunidade bem próxima a Pietrasanta. Era filho de Alfredo Coluccini e Itália Magri Coluccini, conforme consta na certidão de nascimento. Emigraram para o Brasil em 1912, quando Lélio contava com apenas um ano de idade.Alfredo Lelio Coluccini, genitor de Lelio, já descendia de artesãos da região de Pietrasanta, famosa por possuir jazidas de mármore Carrara, utilizado há séculos por artistas antecessores, como Michelangelo, como base de criação da arte escultural. Fixaram-se inicialmente na cidade de São Paulo, mudando-se logo em seguida para Campinas, no interior do Estado. Desde cedo, Lélio acompanhava o pai na Marmoraria que a família fundou em Campinas, inicialmente denominada Marmoraria Irmãos Coluccini. Era comum, naquela época, que o ofício fosse transferido de pai para filho. Desde tenra idade, Lelio mostrou talento suficiente para que sua família buscasse seu aperfeiçoamento nas artes. Moudou, aos oito anos de idade, o seu primeiro trabalho em gesso, denominado-o Ecce Homo. Destaca-se o momento em que Lelio desembarca na Itália. Era 1924 e o fascismo já influenciava as artes com a monumentalidade e temas neoclássicos, mas sem conseguir barrar o que esses artistas criavam espontaneamente.Lelio Coluccini recebeu ensinamentos do mestre Leone Tommasi quando da sua passagem por Pietrasanta, no período que vai de 1924 a 1931, quando retorna para o Brasil. Todo artista tem na composição das suas obras heranças recebidas, tanto no aspecto teórico quanto no estilístico, de outros mestres que lhe antecederam. Isso não quer dizer que o artista não desenvolva a sua própria expressão estilística. pelo contrário, o que se guarda é a essência, que por vezes o acompanha na trajetória da criação. Os professores foram figuras importantes nesse trajeto, notadamente Leone Tommasi, que acabou, pelo menos num primeiro momento, deixando marcas indeléveis no estilo do discípulo. Pela análise das obras de Leone Tommasi expostas no Musei dei Bozzetti em Pietrasanta, na região da Toscana, Itália, encontramos onde Lelio buscou referências estilísticas. O jovem aprendiz Lelio Coluccini bebeu diretamente dessa fonte. A manipulação de diferentes materiais e técnicas o acompanharam durante toda a fase artística produtiva. Em 1929 recebeu da Accademia di Bele Arti di Pietrasanta o primeiro prêmio e a medalha de ouro, referente à obra chamada Studio Anatomico , e por este mérito ganhou do governo italiano uma viagem a Roma. Antes de retornar ao Brasil, tendo a propósito do prêmio conquistado, Lelio seguiu então para Roma, a fim de conhecer o Liceu Mamiani, que na época era o que de melhor o regime fascista oferecia academicamente a esses jovens. Essa instituição nada tinha a ver com as artes, mas sim com a área científica; o Duce, Benito Mussolini, queria mostrá-la para a Itália como um centro de ensino de excelência, com ótimas locações de salas de aula, laboratórios, alojamentos, e também professores e alimentação. Era tudo o que a Itália precisava naquele momento político e economicamente incerto: mostrar àqueles alunos premiados o que de melhor o regime fascista prometia. Esse prêmio de trinta dias era concedido para jovens que se destacassem em qualquer área científica ou artística. Eram estudantes de todas as comunas italianas. Lelio Coluccini, em três anos 1934, 1935 e 1937 visivelmente se revela um escultor que, tendo aprendido o clássico para aplicá-lo ao neoclássico do Novecento , descobriu-se um modernista poético que se permitiu abstrair e revelar seu estilo inconfundível. Destaca-se o verbete criado pelo MASP, quando pesquisou Lelio, que classifica em três fases a sua vida escultórica, e que guarda consonância com a evolução da sua obra: PRIMEIRA FASE: Grosso modo, seria a das formas ou período redondo, onde os materiais principais são o mármore e o granito (havendo também peças em terracota, gesso composto e fundição de matrizes em cobre). Nesse período, a elegância e a solução original dão a dimensão de sua presença naquilo que seria o modernismo Brasileiro e o colocariam ao lado de representantes de vulto do mesmo, como Victor Brecheret, Amadeo Zani, Ettore Ximenes, Luigi Brizzolara, Ottone Zorlini,Galileo Emendabili, Riccardo Cipicchia Ettore Usai, Luiz Morrone, Gaetano Fraccaroli e Domênico Calabrone. Essa fase é dominante, pois dá ênfase às formas, e vai até 1947, ressurgindo em obras posteriores, sempre que a figura possua uma implicação humanista, no sentido mais profundo da palavra. SEGUNDA FASE: A segunda dominante é o período retangular, onde os materiais principais são o gesso (patinado ou composto) e o granito; basicamente dá lugar a figuras e peças ornamentais nas quais se nota a preocupação decorativa, a linha sintetizante e/ou abstracionista, de origem cubista. Essa dominante da década de 50 irá marcar todos os trabalhos posteriores, onde o realce será sempre na síntese da expressão e na intimidade com o material tratado com carinho. TERCEIRA FASE A terceira dominante constitui o período místico, de material -mais-pobre ou materiais diversos (como papier maché, aguadas, barro, vitrais/vidro, novas experiências com óleo s/tela etc., sempre relacionados a uma problemática de escultura, ou volume). É ligada à figura de São Francisco de Assis e à aura degrande mestre que o poverello assume para o artista, dando aspectos novos e mais intimistas e despojados aos seus trabalhos. Nota-se essa tendência, sobretudo, a partir dos meados de 50, para se afirmar definitivamente nos primeiros anos de 1960, passando a ser marca característica de suas peças posteriores.

Informações

Lance

Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.