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Opalina

SEGUNDO BARÃO DE PIRACICABA - RAFAEL TOBIAS DE AGUIAR PAIS DE BARROS (18301898). PALACIANO TERNO COM DOIS JARRÕES E UM CENTRO EM OPALINA MANUFATURA DE BACCARAT DECORADOS NO ATELIER DE J. JUILLET EM PARIS - GUARNECIDOS EM BRONZE ORMOLU. EXUBERANTE DECORAÇÃO COM FIGURAS DE CEGONHAS EM AMBIENTE LACUSTRE EM MEIO A VEGETAÇÃO. ARREMATES EM OURO. ESTILO E ÉPOCA NAPOLEÃO III. ESSE CONJUNTO ESTA REPRODUZIDO NA PAGINA 92 DO LIVRO O PALACETE PAULISTANO E OUTRAS FORMAS URBANAS DE MORAR DA ELITE CAFEEIRA 1867 1918 POR MARIA CECILIA NACLERIO HOMEM. NA IMAGEM (VIDE EM ANEXO) O TERNO ESTÁ ACOMODADO EM UM SUNTUOSO MÓVEL DUNQUERKE DO SALÃO VERMELHO DO PALACETE. SEC. XIX. 52 CM DE ALTURA (OS FLOREIROS). Um dos Floreiros tem um impecável restauro profissional impossível de ser visualizado por fora (na verdade não tenho conhecimento de alguém com tamanha habilidade para restauro) só é possível visualizar a intervenção olhando por dentro do vaso externamente é invisível ao aspecto, ao toque e ao som.NOTA: Em 1877, Rabael Tobias de Aguiar Paes de Barros (1830-1898) construiu o primeiro sobrado paulistano que se tem notícia, recuado do alinhamento, com jardins fronteiros. O Barão casou-se em segundas núpcias com Dona Maria Joaquina Mello Oliveira Paes de Barros (1847-1926), filha do Visconde de Rio Claro. O Barão que recebeu de Dom Pedro II o título em 1880, era francófilo, isso explica a decoração do palácio ter vindo toda da França importada pela Casa Garraux. O planta da construção foi elaborada pelo próprio Barão e o projeto foi executado por seus escravos e por um mestre de obras sob a sua direção. O palácio era imenso. Possuia 68 cômodos, 94 portas e 86 janelas. Salões, salas, saletas, quatro galerias, 34 dormitórios, três salas de refeições, bilhar, sala de estudos, sala de jogos infantis, dois terraços, cozinha e dois banheiros completos. Os jardins fronteiros, onde sobressaia uma gruta, eram cercados por belos gradis de ferro forjado. Nos fundos dois quintais,, um grande e um pequeno, senzala, canil, lenheiro, quarto de fornos, horta, pomar e casa de porteiro. Nas cocheiras três puro-sangues franceses, aos quais o Barão dava os nomes de Sans-Souci, Sans-Eclat e Sans-Pareil. A saleta da Baronesa, medindo oito por dez metros, era decorada em tom verde pastel com móveis Louis XVI. No centro a mesa em marchetaria continha gavetinhas onde era guardado o material necessário aos bordados. Havia outra mesa menor, cantoneiras, escrivaninha, jardineiras, e mais alguns móveis de mogno preto com portas trabalhadas em esmalte, mesa de chá, sofás, poltronas e cadeiras. O saguão de piso xadrez branco e preto possuía paredes pintadas a óleo e oito portas com bandeiras de cristal marcadas com as iniciais BP. A escadaria curva dominava a galeria, cujas tábuas eram lavadas diariamente. No andar superior, enorme clarabóia dominava o hall, para onde davam os salões e a sala do piano. Lá, dançava-se aos domingos, ao som de uma orquestra composta pelos filhos e netos dos proprietários. No centro da sala azul ficava uma conversadeira (móvel redondo com três assentos) e três jardineiras com plantas naturais. Além de dunquerques diversos, estátuas e objetos de bronze. O Salão vermelho era o mais solene. Media dez por dezesseis metros. No piso trabalhado com dois tipos de madeira, formava-se uma enorme estrela central. Nas paredes viam-se retratos dos primeiros barões de Piracicaba. . Móveis estilo Boulle, dunquerques, floreiras de bronze dourado. Poltronas e sofás estilo Louis XVI. Sobressaiam ainda candelabros para cinco velas, no centro da sala e o grande lustre central que pendia do teto de uma corrente dourada sustentando 48 braços, onde se encaixavam velas de Clichy. Dispensando o gás e a eletricidade essas velas tinham capacidade de permanecer acesas durante dez horas. O salão vermelho resplandecera na passagem do império para república., quando o Barão recepcionou titulares e importantes políticos. O jovem bacharel Washington Luiz Pereira de Souza, que se casou com Sofia Paes de Barros, filha dos Barões, frequentou a residência, tendo sido introduzido na política pelas mãos de seu sogro vindo a se tornar Presidente do Brasil. Na sala de jantar destacavam-se a lareira de mármore negro, as paredes forradas de papel verde escuro e espelhos, todos brasonados. A mesa tinha seis metros de comprimento. Passando aos dormitórios, no quarto da Baronesa, além da cama e das mesinhas de cabeceira ornamentadas com castiçais de prata, havia um armário com portas espelhadas, mesas de mármore cadeiras de palhinha, poltronas e divã. Uma lamparina de prata pendia do teto diante de um oratório. Sobre a cômoda, uma bandeja com copo, açucareiro e jarra de opalina. Mobiliaram o quarto do Barão diversos armários, lavatório, mesa de toillete, burra de cofre, espelhos, cama e poltronas. Sobre a mesa, encontravam-se escovas e pentes de prata. Após a morte do Barão D. Maria Joaquina assumiu com exclusividade o centro da vida familiar. Viviam ao seu redor filhos, noras, genros e cinquenta netos. A baronesa, estava sempre disposta a receber os inúmeros visitantes que afluíam desde as primeiras horas da manhã. Segundo os netos do Barão que viveram no palacete por volta da primeira guerra mundial, havia na dezessete criados: porteiro, hortelão, dois cozinheiros, uma encarregada de rouparia, duas femmes de chambre, duas costureiras, duas pagens, uma criada auxiliar, jardineiro, coheiros e tratador de cães. Esse séquito era comandado por um mordomo italiano que também era copeiro e apresentava-se trajando libré preta com botões de prata brasonados. Em 1918, a família Paes de Barros, alugou o palacete para a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, a fim de que nele funcionasse o Instituto de Higiene. O palacete foi finalmente demolido em 1942 por J Loureiro, para no terreno construir um prédio.

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Tipo: Opalina

SEGUNDO BARÃO DE PIRACICABA - RAFAEL TOBIAS DE AGUIAR PAIS DE BARROS (18301898). PALACIANO TERNO COM DOIS JARRÕES E UM CENTRO EM OPALINA MANUFATURA DE BACCARAT DECORADOS NO ATELIER DE J. JUILLET EM PARIS - GUARNECIDOS EM BRONZE ORMOLU. EXUBERANTE DECORAÇÃO COM FIGURAS DE CEGONHAS EM AMBIENTE LACUSTRE EM MEIO A VEGETAÇÃO. ARREMATES EM OURO. ESTILO E ÉPOCA NAPOLEÃO III. ESSE CONJUNTO ESTA REPRODUZIDO NA PAGINA 92 DO LIVRO O PALACETE PAULISTANO E OUTRAS FORMAS URBANAS DE MORAR DA ELITE CAFEEIRA 1867 1918 POR MARIA CECILIA NACLERIO HOMEM. NA IMAGEM (VIDE EM ANEXO) O TERNO ESTÁ ACOMODADO EM UM SUNTUOSO MÓVEL DUNQUERKE DO SALÃO VERMELHO DO PALACETE. SEC. XIX. 52 CM DE ALTURA (OS FLOREIROS). Um dos Floreiros tem um impecável restauro profissional impossível de ser visualizado por fora (na verdade não tenho conhecimento de alguém com tamanha habilidade para restauro) só é possível visualizar a intervenção olhando por dentro do vaso externamente é invisível ao aspecto, ao toque e ao som.NOTA: Em 1877, Rabael Tobias de Aguiar Paes de Barros (1830-1898) construiu o primeiro sobrado paulistano que se tem notícia, recuado do alinhamento, com jardins fronteiros. O Barão casou-se em segundas núpcias com Dona Maria Joaquina Mello Oliveira Paes de Barros (1847-1926), filha do Visconde de Rio Claro. O Barão que recebeu de Dom Pedro II o título em 1880, era francófilo, isso explica a decoração do palácio ter vindo toda da França importada pela Casa Garraux. O planta da construção foi elaborada pelo próprio Barão e o projeto foi executado por seus escravos e por um mestre de obras sob a sua direção. O palácio era imenso. Possuia 68 cômodos, 94 portas e 86 janelas. Salões, salas, saletas, quatro galerias, 34 dormitórios, três salas de refeições, bilhar, sala de estudos, sala de jogos infantis, dois terraços, cozinha e dois banheiros completos. Os jardins fronteiros, onde sobressaia uma gruta, eram cercados por belos gradis de ferro forjado. Nos fundos dois quintais,, um grande e um pequeno, senzala, canil, lenheiro, quarto de fornos, horta, pomar e casa de porteiro. Nas cocheiras três puro-sangues franceses, aos quais o Barão dava os nomes de Sans-Souci, Sans-Eclat e Sans-Pareil. A saleta da Baronesa, medindo oito por dez metros, era decorada em tom verde pastel com móveis Louis XVI. No centro a mesa em marchetaria continha gavetinhas onde era guardado o material necessário aos bordados. Havia outra mesa menor, cantoneiras, escrivaninha, jardineiras, e mais alguns móveis de mogno preto com portas trabalhadas em esmalte, mesa de chá, sofás, poltronas e cadeiras. O saguão de piso xadrez branco e preto possuía paredes pintadas a óleo e oito portas com bandeiras de cristal marcadas com as iniciais BP. A escadaria curva dominava a galeria, cujas tábuas eram lavadas diariamente. No andar superior, enorme clarabóia dominava o hall, para onde davam os salões e a sala do piano. Lá, dançava-se aos domingos, ao som de uma orquestra composta pelos filhos e netos dos proprietários. No centro da sala azul ficava uma conversadeira (móvel redondo com três assentos) e três jardineiras com plantas naturais. Além de dunquerques diversos, estátuas e objetos de bronze. O Salão vermelho era o mais solene. Media dez por dezesseis metros. No piso trabalhado com dois tipos de madeira, formava-se uma enorme estrela central. Nas paredes viam-se retratos dos primeiros barões de Piracicaba. . Móveis estilo Boulle, dunquerques, floreiras de bronze dourado. Poltronas e sofás estilo Louis XVI. Sobressaiam ainda candelabros para cinco velas, no centro da sala e o grande lustre central que pendia do teto de uma corrente dourada sustentando 48 braços, onde se encaixavam velas de Clichy. Dispensando o gás e a eletricidade essas velas tinham capacidade de permanecer acesas durante dez horas. O salão vermelho resplandecera na passagem do império para república., quando o Barão recepcionou titulares e importantes políticos. O jovem bacharel Washington Luiz Pereira de Souza, que se casou com Sofia Paes de Barros, filha dos Barões, frequentou a residência, tendo sido introduzido na política pelas mãos de seu sogro vindo a se tornar Presidente do Brasil. Na sala de jantar destacavam-se a lareira de mármore negro, as paredes forradas de papel verde escuro e espelhos, todos brasonados. A mesa tinha seis metros de comprimento. Passando aos dormitórios, no quarto da Baronesa, além da cama e das mesinhas de cabeceira ornamentadas com castiçais de prata, havia um armário com portas espelhadas, mesas de mármore cadeiras de palhinha, poltronas e divã. Uma lamparina de prata pendia do teto diante de um oratório. Sobre a cômoda, uma bandeja com copo, açucareiro e jarra de opalina. Mobiliaram o quarto do Barão diversos armários, lavatório, mesa de toillete, burra de cofre, espelhos, cama e poltronas. Sobre a mesa, encontravam-se escovas e pentes de prata. Após a morte do Barão D. Maria Joaquina assumiu com exclusividade o centro da vida familiar. Viviam ao seu redor filhos, noras, genros e cinquenta netos. A baronesa, estava sempre disposta a receber os inúmeros visitantes que afluíam desde as primeiras horas da manhã. Segundo os netos do Barão que viveram no palacete por volta da primeira guerra mundial, havia na dezessete criados: porteiro, hortelão, dois cozinheiros, uma encarregada de rouparia, duas femmes de chambre, duas costureiras, duas pagens, uma criada auxiliar, jardineiro, coheiros e tratador de cães. Esse séquito era comandado por um mordomo italiano que também era copeiro e apresentava-se trajando libré preta com botões de prata brasonados. Em 1918, a família Paes de Barros, alugou o palacete para a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, a fim de que nele funcionasse o Instituto de Higiene. O palacete foi finalmente demolido em 1942 por J Loureiro, para no terreno construir um prédio.

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Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.