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DONA ESTHER NOGUEIRA ELEGANTE PAR DE CENTROS DE MESA EM PRATA DE LEI E CRISTAL. MARCAS DE CONTRASTE CABEÇA DE MERCÚRIO PRIMEIRO TITULO. O CRISTAL É LAPIDADADO AO GOSTO ART DECO. A BASE É CONSTRUIDA COM GUIRLANDAS FORMANDO LAURÉIS. GUARNECERAM A RESIDÊNCIA DE DONA ESTER NOGUEIRA, FILHA DO REPUBLICANO HISTÓRICO JOSÉ PAULINO COUTINHO NOGUEIRA. FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 25 CM DE DIAMETRONOTA: Em 06 de novembro de 1941, uma triste quinta-feira, há exatos 77 anos. Estridente o telefone de baquelite tocava no escritório, a telefonista transmitia uma mensagem de Campinas. Com triste pesar, a funcionária da Companhia Sino Azul noticiava à direção da Usina Ester: Dona Esther Nogueira, acabou de falecerEra acionada a velha sirene da Usina, colonos e pessoas da Villa de Cosmópolis, ficavam alarmados com o incessante som. O povo cosmopolense, somente ouviu a sirene ecoar daquele jeito, nos tempos da Revolução de 1932. A triste notícia espalhava-se, ainda mais que o som incessante da sirene, ecoando pelos canaviais. Ouvia-se em Arthur Nogueira, Limeira, Paulínia e Americana. Em pausados toques, dobrando o tom de luto, os sinos do campanário da Igreja Matriz de Santa Gertrudes, confirmavam a notícia. Muitos cosmopolenses choravam, sem ao menos conhece-la pessoalmente. Eram as dores da gratidão, lágrimas em respeito à sua memória, sentimentos de um povo benevolente, assim como, a matriarca do progresso regional. Em comovida homenagem, o jornal O Estado de São Paulo, noticiava com destaque o falecimento de Esther Nogueira. O renomado professor Nicolau de Morais Barros, sobrinho do Presidente Prudente de Morais, expressava os sentimentos do povo paulista, pela triste perda. Abaixo, trechos da histórica publicação. Tinha uma personalidade marcante e de singular relevo. Oriunda de tradicional família paulista, nasceu em Campinas, e ali cresceu e se educou. Seu pai, José Paulino Nogueira, campineiro dos mais ilustres, ali vivera longos anos, amando e honrando sua terra natal, prestando-lhe assinalados serviços e cobrindo-se de benemerência, durante a epidemia de febre amarela, como presidente de sua municipalidade. Proclamada a república, e nomeados ministros Francisco Glicério e Campos Salles, amigos diletos dos quais nunca se separou, Campinas se revestiu de galas para receber os filhos vitoriosos. Coube a menina Esther, então com 12 anos de idade, trajada de república e ostentando o barrete frígio na cabeça, cingir a fronte de Glicério com a coroa de louros simbólica, dirigir-lhe uma saudação de glórias, pronunciada com ênfase e vibração patriótica. Foi mãe extremosa e desvelada de seus oito irmãos, o mais novo dos quais contava com meses de vida. Repartiu-se entre o pai, o marido, os irmãos e os dois filhos que lhe vieram. Desdobrou-se em carinhos e cuidados, com uns e com outros, fez-se o centro da família, e tornou-se o ídolo da casa. Um símbolo de caridade para toda sociedade. Possuía Dona Esther, em alto grau e perfeito equilíbrio, as edificantes virtudes femininas. Mas o traço característico de sua personalidade, a essência de sua formação moral, era a bondade. Bondade espantosa, irreprimível e transbordante. Bondade que fluía das palavras que lhe afloravam aos lábios, que irradiava do seu olhar mortiço e doce, que inspirava os menores atos e gestos de sua vida e que a fez tão benquista dos que lhe aproximaram. Muito caridosa, ela praticava a filantropia e de acordo com o preceito evangélico, escondida e ignorada. Sua bolsa nunca se fechou a um pedido. Bem poucos, dentro dos seus íntimos, conheciam a extensa lista dos seuS protegidos, aos quais prodigalizava, além do auxílio pecuniário mensal, interesse solicito e assistência material e moral. Dotada de inteligência aguda e clara, e notável memoria, ela se deleitava em rememorar fatos e episódios dos seus tempos de moça, em Campinas, e os sabia contar com surpreendente minucia nos detalhes. Muito sensível aos agrados e carinhos que recebia, não era o menos aos que se lhe recusavam. Magoava-se, doía-se, mas...perdoava Presa ao seu leito de dores e sofrimento, por longos e intermináveis meses, ela teve os males do corpo agravados pela saudade torturante de um filho ausente, que sonhava rever, antes de fechar os olhos. Quis o destino que esse sonho não se realizasse!! A sua morte despertou, na sociedade paulista, um sentimento generalizado de pesar. O seu funeral, constitui-se de uma tocante consagração, já pela desusada influência de pessoas amigas, já pela profusão das flores que envolveram o seu esquife (...). A saudade marcante do filho Paulo Nogueira Filho, Paulito, foi um dos mais agravantes motivos da sua morte. Por ordem do ditado Getúlio Vargas, os combatentes paulista da Revolução Constitucionalista de 1932, foram expulsos do Brasil. Paulito, estava entre os principais responsáveis pela revolução paulista, escolhia-se o exílio fora do país, a condenação de morte. Estava vivo, porém, enquanto o ditador Vargas continua-se no poder, nunca mais poderia voltar ao Brasil. Os familiares não podiam revelo, podendo serem condenados por conspiração ao regime do ditador Vargas. A mãe chorava a ausência do filho vivo, sem saber o dia, que poderia revelo novamente. Essa angustia, debilitava a forte Esther, o filho estava exilado na Europa, que enfrentava a Segunda Guerra Mundial. Qual amorosa mãe, não adoeceria nesta situação!!. Esther, faleceu aos 64 anos de idade. Paulito e outros combatentes paulistas de 1932, somente voltavam ao Brasil no fim da ditadura Vargas, em 1945. (TEXTO DE ADRIANO DA ROCHA)

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DONA ESTHER NOGUEIRA ELEGANTE PAR DE CENTROS DE MESA EM PRATA DE LEI E CRISTAL. MARCAS DE CONTRASTE CABEÇA DE MERCÚRIO PRIMEIRO TITULO. O CRISTAL É LAPIDADADO AO GOSTO ART DECO. A BASE É CONSTRUIDA COM GUIRLANDAS FORMANDO LAURÉIS. GUARNECERAM A RESIDÊNCIA DE DONA ESTER NOGUEIRA, FILHA DO REPUBLICANO HISTÓRICO JOSÉ PAULINO COUTINHO NOGUEIRA. FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 25 CM DE DIAMETRONOTA: Em 06 de novembro de 1941, uma triste quinta-feira, há exatos 77 anos. Estridente o telefone de baquelite tocava no escritório, a telefonista transmitia uma mensagem de Campinas. Com triste pesar, a funcionária da Companhia Sino Azul noticiava à direção da Usina Ester: Dona Esther Nogueira, acabou de falecerEra acionada a velha sirene da Usina, colonos e pessoas da Villa de Cosmópolis, ficavam alarmados com o incessante som. O povo cosmopolense, somente ouviu a sirene ecoar daquele jeito, nos tempos da Revolução de 1932. A triste notícia espalhava-se, ainda mais que o som incessante da sirene, ecoando pelos canaviais. Ouvia-se em Arthur Nogueira, Limeira, Paulínia e Americana. Em pausados toques, dobrando o tom de luto, os sinos do campanário da Igreja Matriz de Santa Gertrudes, confirmavam a notícia. Muitos cosmopolenses choravam, sem ao menos conhece-la pessoalmente. Eram as dores da gratidão, lágrimas em respeito à sua memória, sentimentos de um povo benevolente, assim como, a matriarca do progresso regional. Em comovida homenagem, o jornal O Estado de São Paulo, noticiava com destaque o falecimento de Esther Nogueira. O renomado professor Nicolau de Morais Barros, sobrinho do Presidente Prudente de Morais, expressava os sentimentos do povo paulista, pela triste perda. Abaixo, trechos da histórica publicação. Tinha uma personalidade marcante e de singular relevo. Oriunda de tradicional família paulista, nasceu em Campinas, e ali cresceu e se educou. Seu pai, José Paulino Nogueira, campineiro dos mais ilustres, ali vivera longos anos, amando e honrando sua terra natal, prestando-lhe assinalados serviços e cobrindo-se de benemerência, durante a epidemia de febre amarela, como presidente de sua municipalidade. Proclamada a república, e nomeados ministros Francisco Glicério e Campos Salles, amigos diletos dos quais nunca se separou, Campinas se revestiu de galas para receber os filhos vitoriosos. Coube a menina Esther, então com 12 anos de idade, trajada de república e ostentando o barrete frígio na cabeça, cingir a fronte de Glicério com a coroa de louros simbólica, dirigir-lhe uma saudação de glórias, pronunciada com ênfase e vibração patriótica. Foi mãe extremosa e desvelada de seus oito irmãos, o mais novo dos quais contava com meses de vida. Repartiu-se entre o pai, o marido, os irmãos e os dois filhos que lhe vieram. Desdobrou-se em carinhos e cuidados, com uns e com outros, fez-se o centro da família, e tornou-se o ídolo da casa. Um símbolo de caridade para toda sociedade. Possuía Dona Esther, em alto grau e perfeito equilíbrio, as edificantes virtudes femininas. Mas o traço característico de sua personalidade, a essência de sua formação moral, era a bondade. Bondade espantosa, irreprimível e transbordante. Bondade que fluía das palavras que lhe afloravam aos lábios, que irradiava do seu olhar mortiço e doce, que inspirava os menores atos e gestos de sua vida e que a fez tão benquista dos que lhe aproximaram. Muito caridosa, ela praticava a filantropia e de acordo com o preceito evangélico, escondida e ignorada. Sua bolsa nunca se fechou a um pedido. Bem poucos, dentro dos seus íntimos, conheciam a extensa lista dos seuS protegidos, aos quais prodigalizava, além do auxílio pecuniário mensal, interesse solicito e assistência material e moral. Dotada de inteligência aguda e clara, e notável memoria, ela se deleitava em rememorar fatos e episódios dos seus tempos de moça, em Campinas, e os sabia contar com surpreendente minucia nos detalhes. Muito sensível aos agrados e carinhos que recebia, não era o menos aos que se lhe recusavam. Magoava-se, doía-se, mas...perdoava Presa ao seu leito de dores e sofrimento, por longos e intermináveis meses, ela teve os males do corpo agravados pela saudade torturante de um filho ausente, que sonhava rever, antes de fechar os olhos. Quis o destino que esse sonho não se realizasse!! A sua morte despertou, na sociedade paulista, um sentimento generalizado de pesar. O seu funeral, constitui-se de uma tocante consagração, já pela desusada influência de pessoas amigas, já pela profusão das flores que envolveram o seu esquife (...). A saudade marcante do filho Paulo Nogueira Filho, Paulito, foi um dos mais agravantes motivos da sua morte. Por ordem do ditado Getúlio Vargas, os combatentes paulista da Revolução Constitucionalista de 1932, foram expulsos do Brasil. Paulito, estava entre os principais responsáveis pela revolução paulista, escolhia-se o exílio fora do país, a condenação de morte. Estava vivo, porém, enquanto o ditador Vargas continua-se no poder, nunca mais poderia voltar ao Brasil. Os familiares não podiam revelo, podendo serem condenados por conspiração ao regime do ditador Vargas. A mãe chorava a ausência do filho vivo, sem saber o dia, que poderia revelo novamente. Essa angustia, debilitava a forte Esther, o filho estava exilado na Europa, que enfrentava a Segunda Guerra Mundial. Qual amorosa mãe, não adoeceria nesta situação!!. Esther, faleceu aos 64 anos de idade. Paulito e outros combatentes paulistas de 1932, somente voltavam ao Brasil no fim da ditadura Vargas, em 1945. (TEXTO DE ADRIANO DA ROCHA)

Informações

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Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, acrescido da taxa do leiloeiro de 5 %.

    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser informada através do e-mail de cobrança.

    Não aceitamos cartões de crédito.

    Para depósitos em cheque, as peças serão liberadas para retirada/envio somente após a compensação.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.