Lote 510
Carregando...

Tipo:
Mobiliário

SUNTUOSA ARCA DE TRADIÇÃO RENASCENTISTA ITALIANA EM MADEIRA COM MAGNIFICOS ENTALHES ESCULTURAIS. ELEVADA SOBRE QUATRO LINDOS PÉS EM GARRA. NAS EXTREMIDADES CABEÇAS DE ANJOS ENTALHADOS. TAMBEM ROCAILLES E VOLUTAS A TODA VOLTA. FINAL DO SEC. XIX. 128 X 44 X 79 CM.NOTA: A mobília forte e simples da Idade Média, foi transformada durante a Renascença, em peças mais trabalhadas, que eram extremamente decorativas quando para o uso doméstico. Após a queda do Império Romano no séc V d.C., muitas técnicas e materiais luxuosos usados na mobília do mundo antigo desapareceram. Entre os séc X e XV, no entanto, os móveis recuperaram lentamente sua importância. Os móveis nesse período eram escassos, mesmo nas famílias importantes. Limitavam-se a satisfazer as necessidades básicas de comer, dormir, sentar ,armazenar e, em menor medida, numa época de alfabetização muito limitada, de ler e escrever. Mas eles tiveram de fato a função adicional de expressar a posição social ou status no interior da casa, principalmente usando tecidos suntuosos. Nessa época, o carvalho era madeira mais usada. A Espanha e a Itália também tinham grandes reservas de nogueira, cipreste e pereira, e as coníferas abundavam nas regiões alpinas. A decoração com entalhes baseava-se em motivos arquitetônicos, primeiro o românico com seus arcos arredondados de inspiração clássica e depois, nos séc. XIV e XV , o gótico, com seus arcos pontiagudos e rendilhados. Entre os primeiros móveis europeus, o tipo de que resta o maior número de peças, é de longe, o baú de vários tamanhos, provavelmente pela solidez de sua construção. Os baús eram imensamente úteis, não só para guardar e proteger objetos valiosos, como também para assentos, mesas e até camas. O tipo mais antigo era feito de um tranco de árvore escavado (trunk), com tiras de ferro para aumentar sua solidez. No séc.XIII, eram um pouco mais refinados: tábuas cortadas ou serradas no sentido do comprimento do tronco, articuladas e unidas em forma de caixa com pregos de metal ou pinos de carvalho.Tornavam-se seguros pelo apliques de ferro- muitas vezes decorados com arabescos - e pelas fechaduras e cadeados. Na segunda metade do séc XV desenvolveram -se armações emolduradas: tampos mais leves eram assentados nos encaixes de uma estrutura com junção de macho e fêmea. Todas as casa da Idade Média eram frias e úmidas, independentemente da posição social do ocupante, e a mobília precisava estar a cima do nível do chão para evitar o apodrecimento. Por isso, a partir do séc XII, os baús tinham torniquetes ( escoras verticais ) que se projetavam para baixo e serviam de pernas. A decoração em geral era feita com entalhe de lascas finas, técnica simples que empregava goiva e cinzel para escavar arcadas românicas em relevo ao longo da parte frontal. No período gótico, o entalhe, assim como a arquitetura tornou-se mais elaborado, e as superfícies frontais eram entalhadas com arcos pontiagudos e rendilhados; às vezes traziam até pequenos "botaréus" Nos prósperos Países Baixos, com seu comércio florescente de lã e tecidos, e casas de mercadores bem mobiliadas , os entalhes tornaram-se particularmente requintados. Muitos inventários ingleses do séc XV falam de " baús de Flandres" feitos nos Países Baixos, que costumavam ser entalhados com uma representação estilizada de tecidos dobrados. Os chamados baús Tilting, fabricados na França e na Inglaterra no séc XIV e início do séc XV, eram entalhados em relevo com figuras de cavaleiros em armaduras lutando em torneios. Na Itália, os baús simples não eram usados para guardar coisas, como também colocados em pares em volta do estrado da cama. Certas regiões da Itália primaram pela produção de baús, de casamento como objetos de muito status, pintados com os brasões das duas famílias e cenas de amor palacianas.Oficinas especializadas floresceram; uma das mais conhecidas foi a de Apollonio de Giovanni, em Florença.Os painéis da frente eram pintados com têmpera, mesma técnica usada nos retábulos contemporâneos.Mostravam cenas apropriadamente românticas, como o encontro de Salomão com a rainha de Sabá, colocados muitas vezes num ambiente estruturado que refletia o interesse renascentista pela perspectiva.As paredes das grandes salas dos palácios italianos costumavam ser decorados com grandes painéis pintados de moda a imitar tapeçarias caras.Uma pintura decorativa dessas foi nos desci de parto ( bandejas comemorativas do nascimento de crianças numa família ).Outra forma importante de decoração que evoluiu na Itália, da época e que ainda era usada em painéis de guarda-louças e baús, era a intarsia ( incrustação ) .O desenho era escavado num arcabouço de madeira ( em geral nogueira ), depois recheado com madeira de cores diferentes: pereiras, teixo ou oliveiras.Os desenhos eram pictóricos e frequentemente demonstravam habilidade em representar a perspectiva.

Peça

Visitas: 163

Tipo: Mobiliário

SUNTUOSA ARCA DE TRADIÇÃO RENASCENTISTA ITALIANA EM MADEIRA COM MAGNIFICOS ENTALHES ESCULTURAIS. ELEVADA SOBRE QUATRO LINDOS PÉS EM GARRA. NAS EXTREMIDADES CABEÇAS DE ANJOS ENTALHADOS. TAMBEM ROCAILLES E VOLUTAS A TODA VOLTA. FINAL DO SEC. XIX. 128 X 44 X 79 CM.NOTA: A mobília forte e simples da Idade Média, foi transformada durante a Renascença, em peças mais trabalhadas, que eram extremamente decorativas quando para o uso doméstico. Após a queda do Império Romano no séc V d.C., muitas técnicas e materiais luxuosos usados na mobília do mundo antigo desapareceram. Entre os séc X e XV, no entanto, os móveis recuperaram lentamente sua importância. Os móveis nesse período eram escassos, mesmo nas famílias importantes. Limitavam-se a satisfazer as necessidades básicas de comer, dormir, sentar ,armazenar e, em menor medida, numa época de alfabetização muito limitada, de ler e escrever. Mas eles tiveram de fato a função adicional de expressar a posição social ou status no interior da casa, principalmente usando tecidos suntuosos. Nessa época, o carvalho era madeira mais usada. A Espanha e a Itália também tinham grandes reservas de nogueira, cipreste e pereira, e as coníferas abundavam nas regiões alpinas. A decoração com entalhes baseava-se em motivos arquitetônicos, primeiro o românico com seus arcos arredondados de inspiração clássica e depois, nos séc. XIV e XV , o gótico, com seus arcos pontiagudos e rendilhados. Entre os primeiros móveis europeus, o tipo de que resta o maior número de peças, é de longe, o baú de vários tamanhos, provavelmente pela solidez de sua construção. Os baús eram imensamente úteis, não só para guardar e proteger objetos valiosos, como também para assentos, mesas e até camas. O tipo mais antigo era feito de um tranco de árvore escavado (trunk), com tiras de ferro para aumentar sua solidez. No séc.XIII, eram um pouco mais refinados: tábuas cortadas ou serradas no sentido do comprimento do tronco, articuladas e unidas em forma de caixa com pregos de metal ou pinos de carvalho.Tornavam-se seguros pelo apliques de ferro- muitas vezes decorados com arabescos - e pelas fechaduras e cadeados. Na segunda metade do séc XV desenvolveram -se armações emolduradas: tampos mais leves eram assentados nos encaixes de uma estrutura com junção de macho e fêmea. Todas as casa da Idade Média eram frias e úmidas, independentemente da posição social do ocupante, e a mobília precisava estar a cima do nível do chão para evitar o apodrecimento. Por isso, a partir do séc XII, os baús tinham torniquetes ( escoras verticais ) que se projetavam para baixo e serviam de pernas. A decoração em geral era feita com entalhe de lascas finas, técnica simples que empregava goiva e cinzel para escavar arcadas românicas em relevo ao longo da parte frontal. No período gótico, o entalhe, assim como a arquitetura tornou-se mais elaborado, e as superfícies frontais eram entalhadas com arcos pontiagudos e rendilhados; às vezes traziam até pequenos "botaréus" Nos prósperos Países Baixos, com seu comércio florescente de lã e tecidos, e casas de mercadores bem mobiliadas , os entalhes tornaram-se particularmente requintados. Muitos inventários ingleses do séc XV falam de " baús de Flandres" feitos nos Países Baixos, que costumavam ser entalhados com uma representação estilizada de tecidos dobrados. Os chamados baús Tilting, fabricados na França e na Inglaterra no séc XIV e início do séc XV, eram entalhados em relevo com figuras de cavaleiros em armaduras lutando em torneios. Na Itália, os baús simples não eram usados para guardar coisas, como também colocados em pares em volta do estrado da cama. Certas regiões da Itália primaram pela produção de baús, de casamento como objetos de muito status, pintados com os brasões das duas famílias e cenas de amor palacianas.Oficinas especializadas floresceram; uma das mais conhecidas foi a de Apollonio de Giovanni, em Florença.Os painéis da frente eram pintados com têmpera, mesma técnica usada nos retábulos contemporâneos.Mostravam cenas apropriadamente românticas, como o encontro de Salomão com a rainha de Sabá, colocados muitas vezes num ambiente estruturado que refletia o interesse renascentista pela perspectiva.As paredes das grandes salas dos palácios italianos costumavam ser decorados com grandes painéis pintados de moda a imitar tapeçarias caras.Uma pintura decorativa dessas foi nos desci de parto ( bandejas comemorativas do nascimento de crianças numa família ).Outra forma importante de decoração que evoluiu na Itália, da época e que ainda era usada em painéis de guarda-louças e baús, era a intarsia ( incrustação ) .O desenho era escavado num arcabouço de madeira ( em geral nogueira ), depois recheado com madeira de cores diferentes: pereiras, teixo ou oliveiras.Os desenhos eram pictóricos e frequentemente demonstravam habilidade em representar a perspectiva.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, acrescido da taxa do leiloeiro de 5 %.

    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser informada através do e-mail de cobrança.

    Não aceitamos cartões de crédito.

    Para depósitos em cheque, as peças serão liberadas para retirada/envio somente após a compensação.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.