Lote 239A
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Tipo:
Cutelaria / Facas

CUTELARIA TROPEIRA - FACA SOROCABA ENTERÇADA COM CABO EM CHIFRE. BELO EXEMPLAR EM MUITO BOM ESTADO! PONTOS DO ENTERÇAMENTO SÃO LEVEMENTE VISÍVEIS COMO DEVEM SER. SÃO PAULO, SEC. XIX OU INICIO DO XX. 52 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: A Faca Sorocabana (ou Facão Sorocabano e também Facão Enterçado) é o nome dado a um tipo de faca ou espada desenvolvido no centro-oeste do Brasil, mais precisamente no estado de São Paulo ao longo dos séculos XVIII e XIX. Suas principais características são a lâmina longa e estreita (frequentemente com uma ligeira curva), a empunhadura que apresenta uma sutil barriga que afina e termina em um pomo arredondado, e a técnica de construção enterçada, na qual a lâmina é fixada por três rebites a uma fenda no ricasso. De parentesco incerto, a faca sorocabana provavelmente se desenvolveu a partir do fim do período colonial no Brasil, atingindo suas características definitivas já por volta de 1830, durante o Império, de acordo com registros iconográficos do período.2 O incomum método enterçado de construção pode ter sido usado em razão da relativa dificuldade para se obter ou fabricar boas lâminas no Brasil antes do século XX, sendo necessário reciclar as lâminas quebradas de espadas militares importadas e adaptá-las a uma empunhadura nova, de fabricação local. Embora também fosse produzida em outras cidades de São Paulo e Paraná, a alcunha de Sorocabana decorre do fato da cidade de Sorocaba ter sido um importante centro de sua fabricação e provável local de origem. Desde que foram descobertas minas de ferro em Araçoiaba, em 1597 por Afonso Sardinha, a região de Sorocaba atraiu pequenas e toscas fundições artesanais até que em 1810 a coroa portuguesa voltou esforços para extração comercial do minério, tornando possível o estabelecimento de diversos cuteleiros brasileiros e estrangeiros na cidade. Também durante o século XIX, a centralidade de Sorocaba nas rotas do tropeirismo permitiu a difusão da faca pela região sul do país e consolidou a relação do objeto com a cidade Paulista.2 A versatilidade da arma a tornou presente nas mãos de combatentes em diversos conflitos ao redor do Brasil como, por exemplo, a Guerra de Canudos na Bahia e a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo. A partir do final do século XIX sua fabricação passou a ser industrial, abandonando a construção enterçada por uma integral, apesar de algumas industrializadas ainda serem construídas à maneira tradicional. Em alguns casos, as lâminas eram importadas de Solingen, na Alemanha, e recebiam acabamento e montagem no Brasil, como no caso das facas fabricadas por Domingos de Meo.6 A faca se tornou bastante difundida no meio rural de São Paulo, sendo usada não somente como arma para defesa mas também como ferramenta para uso no dia-a-dia.1 Atualmente já não são tão utilizadas como ferramenta ou objeto para defesa pessoal, embora sejam bastante procuradas por colecionadores pelo seu valor histórico, estético e cultural.

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CUTELARIA TROPEIRA - FACA SOROCABA ENTERÇADA COM CABO EM CHIFRE. BELO EXEMPLAR EM MUITO BOM ESTADO! PONTOS DO ENTERÇAMENTO SÃO LEVEMENTE VISÍVEIS COMO DEVEM SER. SÃO PAULO, SEC. XIX OU INICIO DO XX. 52 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: A Faca Sorocabana (ou Facão Sorocabano e também Facão Enterçado) é o nome dado a um tipo de faca ou espada desenvolvido no centro-oeste do Brasil, mais precisamente no estado de São Paulo ao longo dos séculos XVIII e XIX. Suas principais características são a lâmina longa e estreita (frequentemente com uma ligeira curva), a empunhadura que apresenta uma sutil barriga que afina e termina em um pomo arredondado, e a técnica de construção enterçada, na qual a lâmina é fixada por três rebites a uma fenda no ricasso. De parentesco incerto, a faca sorocabana provavelmente se desenvolveu a partir do fim do período colonial no Brasil, atingindo suas características definitivas já por volta de 1830, durante o Império, de acordo com registros iconográficos do período.2 O incomum método enterçado de construção pode ter sido usado em razão da relativa dificuldade para se obter ou fabricar boas lâminas no Brasil antes do século XX, sendo necessário reciclar as lâminas quebradas de espadas militares importadas e adaptá-las a uma empunhadura nova, de fabricação local. Embora também fosse produzida em outras cidades de São Paulo e Paraná, a alcunha de Sorocabana decorre do fato da cidade de Sorocaba ter sido um importante centro de sua fabricação e provável local de origem. Desde que foram descobertas minas de ferro em Araçoiaba, em 1597 por Afonso Sardinha, a região de Sorocaba atraiu pequenas e toscas fundições artesanais até que em 1810 a coroa portuguesa voltou esforços para extração comercial do minério, tornando possível o estabelecimento de diversos cuteleiros brasileiros e estrangeiros na cidade. Também durante o século XIX, a centralidade de Sorocaba nas rotas do tropeirismo permitiu a difusão da faca pela região sul do país e consolidou a relação do objeto com a cidade Paulista.2 A versatilidade da arma a tornou presente nas mãos de combatentes em diversos conflitos ao redor do Brasil como, por exemplo, a Guerra de Canudos na Bahia e a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo. A partir do final do século XIX sua fabricação passou a ser industrial, abandonando a construção enterçada por uma integral, apesar de algumas industrializadas ainda serem construídas à maneira tradicional. Em alguns casos, as lâminas eram importadas de Solingen, na Alemanha, e recebiam acabamento e montagem no Brasil, como no caso das facas fabricadas por Domingos de Meo.6 A faca se tornou bastante difundida no meio rural de São Paulo, sendo usada não somente como arma para defesa mas também como ferramenta para uso no dia-a-dia.1 Atualmente já não são tão utilizadas como ferramenta ou objeto para defesa pessoal, embora sejam bastante procuradas por colecionadores pelo seu valor histórico, estético e cultural.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, acrescido da taxa do leiloeiro de 5 %.

    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser informada através do e-mail de cobrança.

    Não aceitamos cartões de crédito.

    Para depósitos em cheque, as peças serão liberadas para retirada/envio somente após a compensação.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.