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Murano

MARIO SEGUSO BELO FLOREIRO EM VIDRO ARTÍSTICO DE MURANO COM FUNDO NA TONALIZADE AZUL E NUANCES EM AMARELO E ROSE. ASSINADO M SEGUSO E DATADO 1998. 34 CM DE ALTURANOTA: Mario Seguso, nascido em Murano (Veneza-Itália), em 1929, descende de uma das mais antigas e famosas famílias ligadas ao vidro, existentes em Murano, desde antes do ano de 1300. Após concluído o curso de 1º grau em Murano, no ano de 1941 passa a estudar no Regio Istituto dArte, de Veneza, dedicando-se ao ramo de Gravação sobre Cristal sob a guia artística dos professores Guido Balsamo Stella e Carlo Scarpa, e dos técnicos Eliseo Piano e Franz Pelzel. Cursa naquele período também outras modalidades artísticas, assim como Desenho e Formas para serem executadas nas fábricas de cristal. Frequenta todas as aulas de Glittica, gravação de armas, brasões e figuras sobre pedras duras e semi-preciosas. Contemporaneamente aos cursos que frequenta no Instituto de Arte, nos anos de 1947-1948 faz estágio no atelier S.A.L.I.R., de Murano, onde começa a aprimorar os ensinamentos recebidos e executa os seus primeiros trabalhos de forma profissional. De 1949 até maio de 1954, abre seu próprio atelier, em Murano, onde executa suas gravações para as mais conceituadas empresas especializadas no comércio do cristal artístico, como Salviati, Gino Cenedese, Fischer, fornecendo peças encomendadas especialmente para exportação, como também taças e troféus para importantes eventos e competições. Participa, durante este período, de várias exposições, destacando-se entre elas aquela realizada na Galleria Bevilacqua La Masa, em Veneza. Em 1953 executa, com desenho de Oscar Kokoschka, uma gravação para a Mostra Internazionale promovida pelo Centro do Vidro Moderno de Murano, que tinha sido fundado naquela época. Em 1954, a convite da Cristais Prado S.A. com sede na cidade de São Paulo transfere-se para o Brasil, onde grava uma série de peças (taças e vasos) apresentadas na Grande Exposição Comemorativa dos 400 Anos da Fundação de São Paulo, realizada no Parque Ibirapuera. De 1954 a 1956 sempre para a Cristais Prado S.A. executa vários trabalhos, entre os quais os enviados à Exposição Mundial de Bruxelas, na Bélgica, e os destinados a diversos compradores dos Estados Unidos e do Canadá. É deste período a grande taça alegórica gravada para presentear o Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira. No ano de 1956 desliga-se da Cristais Prado para montar seu atelier, onde trabalha por conta própria e dá assistência a uma cristaleria de São Paulo, na qualidade de designer. Dedica-se a novas pesquisas sobre a técnica de gravação, substituindo uma parte do que adquirira através do aprendizado tradicional por uma maior aproximação à realidade da cultura brasileira, levando-a a uma interpretação mais moderna de sua arte primitiva, transmitida por rápidos e decididos entalhes. Desenvolve neste período o estilo que será o ponto de partida de toda sua futura produção artística. Para poder ter cristais em quantidade e qualidade necessárias para gravar, no ano de 1965 funda, com dois sócios também de tradicionais famílias vidreiras de Murano Vittorio Ferro e Piero Toso a Cristaleria Artística Cá dOro, em Poços de Caldas, para a qual desenha a maior parte das peças produzidas seguindo um estilo sóbrio e moderno. Poucos anos após a fundação da fábrica, Vittorio desliga-se para voltar à Itália e 10 anos mais tarde Piero se aposenta. Dentro da própria fábrica, Mario cria a Oficina de Fogo e Arte, para dar continuidade às pesquisas de novas formas e efeitos. Com o domínio absoluto da refinada técnica de desenho e fabricação, aliado a todos esses anos de absorção da cultura, flora, fauna, luzes e outras maravilhas brasileiras, Mario revela seu estilo inconfundível sempre criando novas peças e esculturas. O seu trabalho artístico passa a ser amplamente reconhecido no Brasil e no exterior. Em uma contínua pesquisa de novas formas e efeitos, Mario Seguso desenvolve, há muitos anos, seu trabalho na Oficina de Fogo e Arte por ele fundada. Dentro da filosofia européia, na qual foi educado, Mario Seguso esquiva-se das improvisações e modismos passageiros, entendendo que o objeto criado deve, por si mesmo, afirmar-se e ser julgado após uma séria análise sobre as características técnicas e artísticas nele contidas, análise esta compreendida somente por quem possua um sólido conhecimento, não só da parte artística, mas também das limitações e dos mistérios que o vidro oferece. Foram necessários muitos anos de expectativa para se ver realizar a metamorfose inciada desde sua chegada ao Brasil. No ano de 1992, por ter alcançado um estágio de consciente amadurecimento, decide apresentar suas obras elaboradas durante anos de contínuas pesquisas e experiências vividas ao calor das fornalhas, manipulando e plasmando o mais nobre e exigente dos materiais. O lento abandono dos vínculos que o ligavam aos padrões e tradições européias deixavam espaço para a mudança, que ocorria a medida que intensificava sua convivência e participação da vida, cultura e tradições do Brasil. As únicas coisas mantidas e respeitadas neste longo processo foram à técnica, trazidas da Europa e a fidelidade a uma tradição de muitos séculos de vidro e arte vividos em Murano pela família Seguso. A demora em apresentar seus trabalhos únicos e assinados para a apreciação do público e da crítica deveu-se somente ao período de tempo que se tornou necessário para adquirir a certeza de apresentar obras idealizadas e plasmadas, para serem verdadeiros frutos da terra brasileira e da sua cultura, iniciando assim, no setor da arte de vidro artístico, o desvencilhamento dos modelos vindos de fora, para começar uma escola e um estilo próprio.

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Tipo: Murano

MARIO SEGUSO BELO FLOREIRO EM VIDRO ARTÍSTICO DE MURANO COM FUNDO NA TONALIZADE AZUL E NUANCES EM AMARELO E ROSE. ASSINADO M SEGUSO E DATADO 1998. 34 CM DE ALTURANOTA: Mario Seguso, nascido em Murano (Veneza-Itália), em 1929, descende de uma das mais antigas e famosas famílias ligadas ao vidro, existentes em Murano, desde antes do ano de 1300. Após concluído o curso de 1º grau em Murano, no ano de 1941 passa a estudar no Regio Istituto dArte, de Veneza, dedicando-se ao ramo de Gravação sobre Cristal sob a guia artística dos professores Guido Balsamo Stella e Carlo Scarpa, e dos técnicos Eliseo Piano e Franz Pelzel. Cursa naquele período também outras modalidades artísticas, assim como Desenho e Formas para serem executadas nas fábricas de cristal. Frequenta todas as aulas de Glittica, gravação de armas, brasões e figuras sobre pedras duras e semi-preciosas. Contemporaneamente aos cursos que frequenta no Instituto de Arte, nos anos de 1947-1948 faz estágio no atelier S.A.L.I.R., de Murano, onde começa a aprimorar os ensinamentos recebidos e executa os seus primeiros trabalhos de forma profissional. De 1949 até maio de 1954, abre seu próprio atelier, em Murano, onde executa suas gravações para as mais conceituadas empresas especializadas no comércio do cristal artístico, como Salviati, Gino Cenedese, Fischer, fornecendo peças encomendadas especialmente para exportação, como também taças e troféus para importantes eventos e competições. Participa, durante este período, de várias exposições, destacando-se entre elas aquela realizada na Galleria Bevilacqua La Masa, em Veneza. Em 1953 executa, com desenho de Oscar Kokoschka, uma gravação para a Mostra Internazionale promovida pelo Centro do Vidro Moderno de Murano, que tinha sido fundado naquela época. Em 1954, a convite da Cristais Prado S.A. com sede na cidade de São Paulo transfere-se para o Brasil, onde grava uma série de peças (taças e vasos) apresentadas na Grande Exposição Comemorativa dos 400 Anos da Fundação de São Paulo, realizada no Parque Ibirapuera. De 1954 a 1956 sempre para a Cristais Prado S.A. executa vários trabalhos, entre os quais os enviados à Exposição Mundial de Bruxelas, na Bélgica, e os destinados a diversos compradores dos Estados Unidos e do Canadá. É deste período a grande taça alegórica gravada para presentear o Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira. No ano de 1956 desliga-se da Cristais Prado para montar seu atelier, onde trabalha por conta própria e dá assistência a uma cristaleria de São Paulo, na qualidade de designer. Dedica-se a novas pesquisas sobre a técnica de gravação, substituindo uma parte do que adquirira através do aprendizado tradicional por uma maior aproximação à realidade da cultura brasileira, levando-a a uma interpretação mais moderna de sua arte primitiva, transmitida por rápidos e decididos entalhes. Desenvolve neste período o estilo que será o ponto de partida de toda sua futura produção artística. Para poder ter cristais em quantidade e qualidade necessárias para gravar, no ano de 1965 funda, com dois sócios também de tradicionais famílias vidreiras de Murano Vittorio Ferro e Piero Toso a Cristaleria Artística Cá dOro, em Poços de Caldas, para a qual desenha a maior parte das peças produzidas seguindo um estilo sóbrio e moderno. Poucos anos após a fundação da fábrica, Vittorio desliga-se para voltar à Itália e 10 anos mais tarde Piero se aposenta. Dentro da própria fábrica, Mario cria a Oficina de Fogo e Arte, para dar continuidade às pesquisas de novas formas e efeitos. Com o domínio absoluto da refinada técnica de desenho e fabricação, aliado a todos esses anos de absorção da cultura, flora, fauna, luzes e outras maravilhas brasileiras, Mario revela seu estilo inconfundível sempre criando novas peças e esculturas. O seu trabalho artístico passa a ser amplamente reconhecido no Brasil e no exterior. Em uma contínua pesquisa de novas formas e efeitos, Mario Seguso desenvolve, há muitos anos, seu trabalho na Oficina de Fogo e Arte por ele fundada. Dentro da filosofia européia, na qual foi educado, Mario Seguso esquiva-se das improvisações e modismos passageiros, entendendo que o objeto criado deve, por si mesmo, afirmar-se e ser julgado após uma séria análise sobre as características técnicas e artísticas nele contidas, análise esta compreendida somente por quem possua um sólido conhecimento, não só da parte artística, mas também das limitações e dos mistérios que o vidro oferece. Foram necessários muitos anos de expectativa para se ver realizar a metamorfose inciada desde sua chegada ao Brasil. No ano de 1992, por ter alcançado um estágio de consciente amadurecimento, decide apresentar suas obras elaboradas durante anos de contínuas pesquisas e experiências vividas ao calor das fornalhas, manipulando e plasmando o mais nobre e exigente dos materiais. O lento abandono dos vínculos que o ligavam aos padrões e tradições européias deixavam espaço para a mudança, que ocorria a medida que intensificava sua convivência e participação da vida, cultura e tradições do Brasil. As únicas coisas mantidas e respeitadas neste longo processo foram à técnica, trazidas da Europa e a fidelidade a uma tradição de muitos séculos de vidro e arte vividos em Murano pela família Seguso. A demora em apresentar seus trabalhos únicos e assinados para a apreciação do público e da crítica deveu-se somente ao período de tempo que se tornou necessário para adquirir a certeza de apresentar obras idealizadas e plasmadas, para serem verdadeiros frutos da terra brasileira e da sua cultura, iniciando assim, no setor da arte de vidro artístico, o desvencilhamento dos modelos vindos de fora, para começar uma escola e um estilo próprio.

Informações

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    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, acrescido da taxa do leiloeiro de 5 %.

    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser informada através do e-mail de cobrança.

    Não aceitamos cartões de crédito.

    Para depósitos em cheque, as peças serão liberadas para retirada/envio somente após a compensação.

  • FRETE E ENVIO

    Enviamos através dos Correios para todo o Brasil.

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes.

    Em caso de envio por transportadoras, esta deverá ser providenciada pelo Arrematante.