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  • LOTE RETIRADO ATENDENDO INTERESSE DO ARQUIVO  NACIONAL. - CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO  RARO DOCUMENTO ASSINADO POR DOM LUIZ DE VASCONCELLOS E SOUZA (1742 PORTUGAL  1809 BRASIL) , CONDE DE FIGUEIRÓ E VICE REI DO BRASIL (1778 A 1790) ORDENANDO PAGAMENTO DE SOLDO A CAETANO PINTO DE MIRANDA, FUTURO MARQUÊS DE VILLA REAL DE PRAIA GRANDE COMO GOVERNADOR NOMEADO DE ANGOLA POR DOM JOÃO VI. A CURIOSIDADE DO DOCUMENTO RESIDE PRINCIPALMENTE NO FATO DE QUE CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO NUNCA ASUMIU O CARGO DE CAPITÃO GENERAL DE ANGOLA, MAS POR MEIO DE MANIFESTAÇÕES DE DIVERSOS MUNICÍPIOS, DA CÂMARA DO SENADO DO RECIFE E DE PESSOAS NOTÁVEIS JUNTO AO PRÍNCIPE REGENTE, FOI MANTIDO NO CARGO. ASSIM PERMANECEU NO BRASIL O HOMEM QUE É UM DOS PAIS FUNDADORES DE NOSSA NAÇÃO, PRIMEIERO MINISTRO DA JUSTIÇA DO BRASIL E PERTINAZ CONSELHEIRO DE DOM PEDRO I EM INÚMERAS OCASIÕES TANTO NA PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL QUANTO NO NASCIMENTO DO IMPÉRIO. EXCERTOS DO TEXTO: LUIZ DE VASCONCELLOS E SOUZA, DO CONSELHO DE ESTADO, PRESIDENTE DO REAL ERÁRIO E NESSE LUGAR TENENTE JUNTO A REAL PESSOA DO PRÍNCIPE REGENTE NOSSO SENHOR FAÇO SABER A JUNTA DA FAZENDA REAL AO REINO DE ANGOLA QUE PELO REAL ERÁRIO REQUEREU CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO, GOVERNADOR E CAPITÃO GENERAL NOMEADO PARA O DITO REINO SE LHE EXPEDIREM AS ORDENS NECESSÁRIAS A ESTA JUNTAA FIM DE SER PAGO DOS SOLDOS QUE VENCER COM O DITO CARGO. AO QUE HAVENDO ATENÇÃO FOI OMESMO SENHOR SERVIDO DETERMINAR QUE O DITO GOVERNADOR E CAPITÃO GENERAL SEJA JÁ PAGO DO SOLDO QUE VENCER DESDE O DIA DE SEU EMBARQUE NO PORTO DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO ATÉ O DIA DO DESEMBARQUE NO PORTO DESSE REINO OU SEJA BREVE OU DILATADA A VIAGEM REGULANDO-SE A CONTA PARA O PAGAMENTO DO DITO SOLDO PELA CERTIDAO DO CAPITÃO DO NAVIO QUE O TRANPORTAR COM DECLARAÇÃO PORÉM QUE SÓ RECEBERÁ MEIO SOLDO DURANTE O TEMPO QUE SE DEMORAR COM JUSTO IMPEDIMENTO O QUAL NÃO LHE SEJA POSSÍVEL EFETUADA POR MAR OU TERRA DO PORTO EM QUE DESEMBARCAR DE PROPÓSITO OU POR QUALQUER CASO ACIDENTAL PARA SE TRANSPORTAR AO LUGAR DE SEU DESTINO CONTANTO QUE A DITA JUTNA LIQUIDE, REGULE, ARBITRE  E CONHEÇA DO JUSTO IMPEDIMENTO PARTA SE LIQUIDAR O PAGAMENTO DO MEIO SOLDO TODOS NA CONFORMIDADE DA PREVISÃO DO CONSELHO ULTRAMARINO EM DATA DE MAIO DESTE ANO. O QUE SE DETERMINARÁ A DITA JUNTA PARA QUE ASSSIM O TENHA ENTENDIDO E EXECUTE NA FORMA QUE POR ESTA SE LHE ORDENA. RAIMUNDO IDELFONSO ALVES RIBEIRO O FEZ EM LISBOA AOS VINTE E DOIS DE MAIO DE 1805. THEOTONIO RUIZ DE CARVALHO A FEZ ESCREVER. ASSINA DOM LUIZ DE VASCONCELLOS E SOUZA. NOTA: Nasceu no bispado de Lamego em Portugal, segundo filho de Bernardo José Pinto de Miranda Montenegro, fidalgo escudeiro da Casa Real e de d. Antônia Matilde Leite Pereira de Bulhões. Comendador da Ordem de Cristo, Montenegro seguiu a carreira das letras, frequentando a Universidade de Coimbra a partir de 1777, onde obteve o grau de bacharel em 1781. Concluiu a licenciatura em 1783, ano em que também recebeu o grau de doutor em Direito. Contemporâneo dos irmãos Andrada, José Bonifácio e Antônio Carlos, foi apresentado ao ministro Martinho de Melo e Castro por d. Catarina Balsemão  mulher de Luiz Pinto de Sousa Coutinho, futuro ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra , senhora de grande influência na corte, que solicitou para seu afilhado, o despacho de governador do Mato Grosso. O ministro Melo e Castro, no entanto, o nomeou em 1791 para o cargo de intendente do ouro no Rio de Janeiro, permanecendo na função até 1794, quando conseguiu a patente de governador e capitão general da capitania de Mato Grosso. Permaneceu governador do Mato Grosso até 1803, e tornou-se, posteriormente, governador da capitania de Pernambuco, no período entre 1804 a 1817, inclusive durante a Revolução pernambucana. Chegou a ser nomeado governador e capitão general de Angola, mas por meio de manifestações de diversos municípios, da Câmara do Senado do Recife e de pessoas notáveis junto ao príncipe regente, foi mantido no cargo. Participou ativamente da v ida política do Império, e recebeu do Imperador d. Pedro I os títulos de barão, visconde e marquês de Vila Real da Praia Grande.
  • CHUCHO MARTINEZ GIL (1917-1988)  FOTOGRAFIA AUTOGRAFADA COM DEDICATORIA A DOM ANTONIO DATADA DE 1949. 14 CM DE ALTURANOTA: Chucho Martínez Gil (nascido Jesús Bojalil Gil ; 19 de dezembro de 1917, Puebla  22 de maio de 1988) foi um cantor e compositor mexicano .. Seu pai era Felipe Bojalil, de origem libanesa e sua mãe era Carmen Gil de Bojalil. 1 Seus irmãos Alfredo e Felipe Gil também eram músicos reconhecidos. Durante a infância viveu em Misantla e Xalapa , onde frequentou a escola primária e secundária. Mais tarde morou na América Central e do Sul, em Cuba e Porto Rico . Ele também morou por um tempo no Canadá e em diferentes épocas nos Estados Unidos . Iniciou sua carreira musical em 1934, aos dezessete anos, em uma turnê com Gonzalo Curiel. Seus primeiros sucessos foram as valsas Ensoñación e Dos arbolitos , canção que também foi interpretada por diversos cantores fora do México. Outras obras importantes foram: Río cristal , Amanhã você virá , Rosita está tomando banho , Eu vi você chegar , Uma lembrança, Minha Magdalena , El pocito de Nacaquinia , Amor chegou , Esclavo , Pimpollo , Vamos dançar Cha Cha Cha , Terroncito terroncito , Meu coração dói , Cinco letras que choram , Menos que nada , A laranjeira , Eu te seguirei , Já vou embora , Saudades Do Brasil , O escapulário e A flor . Algumas de suas obras foram compostas em conjunto com seus primos Pablo e Carlos Martínez Gil. Chucho Martínez Gil recebeu numerosos prêmios durante sua vida, incluindo o da Sociedade de Autores e Compositores Musicais (SACM), que lhe concedeu a Medalha Agustín Lara ; O Diploma de Honra concedido pelo Lions Clube de Monterrey e pela cidade de Misantla concedeu-lhe a cidadania honorária em maio de 1975.
  • O SEXTO DIA DA CRIAÇÃO - NUTTAL FISHER & DIXON  - ATIVOS EM 1818 NA CIDADE DE LONDRES. A CRIAÇÃO DOS ANIMAIS  FECIT DEUS BESTIAS TERRAE  FORMIDÁVEL GRAVURA EM MEDALHÃO APRESENTANDO A CRIAÇÃO DOS ANIMAIS COM DEUS CAMINHANDO PELO ÉDEM E A SUA VOLTA LEÃO, LEOPARDO, UM QUERUBIM PUXANDO UMA VACA E SEU BEZERRO, UM LEOPARDO ANINHADO COM UMA OVELHA, QUERUBINS BRINCANDO COM SERPENTES, UM BOI PASTANDO COM URSO, UM LOBO DEITDO COM UM CORDEIRO. NO ALTO ENTRE NUVENS SERAFINSEM TORNO DE GLOBO. SUBLIME GRAVURA! INGLATERRA, INICIO DO SEC. XIX. 33 X 20 CMNOTA: Gênesis 1.24-31Então Deus disse: Produza a terra grande variedade de animais, cada um conforme a sua espécie: animais domésticos, animais que rastejam pelo chão e animais selvagens. E assim aconteceu.Deus criou uma grande variedade de animais selvagens, animais domésticos e animais que rastejam pelo chão, cada um conforme a sua espécie. E Deus viu que isso era bom.Então Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem; ele será semelhante a nós. Dominará sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre todos os animais selvagens da terra e sobre os animais que rastejam pelo chão.Assim, Deus criou os seres humanos à sua própria imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou.Então Deus os abençoou e disse: Sejam férteis e multipliquem-se. Encham e governem a terra. Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que rastejam pelo chão.Então Deus disse: Vejam! Eu lhes dou todas as plantas com sementes em toda a terra e todas as árvores frutíferas, para que lhes sirvam de alimento. E dou todas as plantas verdes como alimento a todos os seres vivos: aos animais selvagens, às aves do céu e aos animais que rastejam pelo chão. E assim aconteceu.Então Deus olhou para tudo que havia feito e viu que era muito bom. A noite passou e veio a manhã, encerrando o sexto dia.
  • DOM PEDRO I  MINUTA DE DECRETO IMPERIAL REDIGIDA POR DOM PEDRO 1 DE PUNHO E ENVIADA AO MINISTRO CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO PARA QUE LAVRASSE DECRETO INSITUINDO UMA COMISSÃO PARA ANALISAR O ESTADO DO TESOURO PÚBLICO LOGO APÓS A VOLTA DE DOM JOÃO VI E DA CORTE PORTUGUESA PARA PORTUGAL. EM POUCO TEMPO O PRINCIPE REGENTE DOM PEDRO PERCEBEU QUE NÃO TINHA RECURSO PARA NADA EXCERTOS DO TEXTO: DESEJANDO EU QUE A REGÊNCIA DESSE REINO TENHA POR BASE A JUSTIÇA, BOA FÉ E UTILIDADE PÚBLICA MANDEI PROCEDER A UM EXPERTO E CIRCUNSTANCIADO BALANÇO DO TESOURO PÚBLICOE QUERENDO AGORA NÃO SÓ AMPLIAR E PROMOVER A EXECUÇÃO DESTE NECESSÁRIO TRABALHO NAS IGUALMENTE MELHORIAS E VIGORAR O QUANTO ANTES HUM TEMA TÃO IMPORTANTE A ADMNINISTRAÇÃO DO QUAL DEPENDE SOBREMANEIRA A PROSPERIDADE DO ESTADO E DOS CIDADÃOS, HEI POR BEM CRIAR UMA COMISSÃO COMPOSTA DOS DEPUTADOS E SECRETÁRIOS QUE COM ESTE BAIXA ASSINADO PRO CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE O MINISTRO E SECRETÁRIO DE ESTADO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA E PRESIDENTE DO MESMO TESOURO PÚBLICO A QUAL EXAMINARÁ NÃO SÓ O ESTADO ATUAL DO REFERIDO TESOURO COMO TAMBÉM ME PROPORÁ TODOS OS MELHORAMENTOS E REFORMAS QUE NELE COMPETE FAZER. E IGUALMENTE APONTARÁ OS MEIOS MAIS ADEQUADOS PARA SE RESTABELECER E CONSOLIDAR O CRÉDITO PÚBLICO. ESTA COMISSÃO SERÁ PRESIDIDA PELO PRESIDENTE DO TESOURO NACIONAL ESPERANDO EU NELLE E DOS MAIS MEMBROS QUE A COMPÕE QUE HAJAM DE CORRESPONDER A MINHA REAL CONFIANÇA EM HUM OBJETO QUE TANTO INTERESSA O BEM GERAL DOS HABITANTES DO REINO DO BRASIL QUE MUITO MERECEM MEU AMOR E PATERNAES DESVELOS. DEVERÃO PARTICIPAR DA COMISSÃO TODOS OS LIVROSE PAÉIS DO TESOURO PÚBLICO PARA OS EXAMES E AVERIGUAÇÕES QUE ELA JULGAR NECESSÁRIOS. E TODOS OS TRIBUNAIS E REPARTIÇÕES PÚBLICAS, MAGISTRADOS E AUTORIDADES CONSTITUIDAS DARÃO COM PRONTIDÃO TODAS E QUAISQUER INFORMAÇÕES QUE A MESMA COMISSÃO LHES REQUERER E PEDIR. CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO, DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE, MINISTRO E SECRETÁRIO DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA FAZENDA E PRESIDENTE DO TESOURO PÚBLICO O TENHA ASSIM ORDENADO E FAÇA EXCECUTAR COM OS DESPACHOS NECESSÁRIOS. PAÇO EM 21 DE FEVEREIRO DE 1822.RELAÇÃO DOS DEPUTADOS E SECRETÁRIOS NOMEADOS PARA COMISSÃ DO TESOURO PÚBLICO A QUE SE REFERE DECRETO DESSA MESMA DATA. CONSELHEIROS DA FAZENDA: MANUEL JACINTO NOGUEIRA DA GAMA, JOSÉ JOAQUIM CARNEIRO DE CAMPOS. NEGOCIANTES: FRABCUSIC JOSÉ FERNANDES BARBOZA, JOSÉ ANTONIO LISBOA. SECRETARIAMENTO: FRANCISOC ,MANUEL DA CUNHA. PAÇO EM 21 DE FEVEREIRO DE 1822. ASSINA A RELAÇÃO CAETANO PINTO DE MIRANDA DE MONTENEGRO. NOTA: Às vésperas da Independência, assim como viria a acontecer outras tantas vezes na história do país, a gestão das contas públicas se revelou decisiva para a sustentação política do governo  e o de dom João VI, depois de ter raspado os cofres, finalmente ruiu. Em abril de 1821, dom João VI voltaria a Portugal, como exigido pelas Cortes Constituintes. O príncipe dom Pedro, deixado pelo monarca para governar o Brasil  ainda que várias províncias naquele momento não reconhecessem a sua autoridade , fazia um balanço não muito diferente do estado do Tesouro deste lado do oceano, sob a sua responsabilidade. Numa carta ao pai, em julho, o príncipe contava do aperto financeiro em que se encontrava, adiantando já ter tomado providências para economizar nos gastos de administração da Casa Real: entre outras medidas, havia diminuído a própria mesada, a que ele e a princesa Leopoldina tinham direito, vendera os cavalos  reduzidos de cerca de 1,3 mil para não mais do que 156 animais  e agora mandava lavar a própria roupa em casa, pelas escravizadas que o serviam. Sabe-se lá de que serviço de lavanderia se valia dom Pedro antes de se ver em apuros, algo que infelizmente não é explicado na carta. Deixa claro, contudo, que os gastos no final do Antigo Regime eram exorbitantes. Eu não faço de despesa quase nada em proporção do que dantes era, mas se ainda puder economizar mais, o hei de fazer a bem da nação. E não havia dúvidas de que outras economias logo seriam necessárias, pois em seguida dom Pedro expõe o balanço dos encargos sob sua responsabilidade. As dívidas do erário andam: ao banco, por 12 milhões, pouco mais ou menos, porque o dito não pôde acabar de dar as suas contas. O valor do montante tomado emprestado do Banco do Brasil, mencionado pelo príncipe, estava expresso em cruzados, o equivalente a 4,8 mil contos de réis, não muito abaixo do total de receitas do governo joanino no ano de 1820, que somaram cerca de 6 mil contos (um conto equivalia a mil mil-réis). Outros 2 mil e tantos contos de réis eram devidos à firma inglesa Young & Fannie; mais mil contos ao visconde do Rio Seco, nobre e alto funcionário fluminense, tesoureiro da Casa Real; mil contos ao arsenal do Exército e outros 1,1 mil à Marinha. A penúria era tal que faltaram recursos até para providenciar a viagem de dom João VI de volta a Lisboa, em abril de 1821, exigida pelas Cortes, ou seja, pelos revolucionários liberais. A indispensável despesa foi suprida pelo visconde do Rio Seco, que se ofereceu a pôr pronta a esquadra, segundo registrou na época o funcionário régio José da Silva Arêas. O visconde do Rio Seco é quem se obrigou a aprontar o que fosse necessário porque o erário não tem vintém, explicou. Como em Portugal, a Corte fluminense atrasava pagamentos a parte importante da tropa. Aos voluntários reais de El-Rei devem-se 26 meses de seu soldo, comunica dom Pedro ao pai, em referência aos militares empenhados na conquista da região Cisplatina para o monarca português. Ou seja: pouco mais de dois anos de atraso nos pagamentos de salários. Embora o príncipe reclamasse da interrupção no envio de impostos recolhidos em outras províncias, como Pernambuco e Bahia, para os cofres do Rio de Janeiro depois da Revolução Liberal, fica claro, pelo tamanho das dívidas, pelos relatos da época e pela duração do atraso nos soldos, que o problema fiscal precedia em muito a perda de poder do Rio em favor de Lisboa. Em vez de consequência, a crise financeira havia sido na verdade uma das causas da revolta generalizada contra a sede da monarquia. Os problemas, de toda forma, não haviam cessado com a instalação das Cortes Constituintes em Lisboa e a volta de dom João à Europa. Na mesma carta, dom Pedro dá notícia ao pai de uma nova revolta militar, desta vez em São Paulo, pouco tempo antes. Em Santos a tropa levantou-se e quis que se lhe pagasse o que se lhe devia, e como não havia com quê, foi a tropa à casa de um rico e pagou-se por suas mãos. Crise fiscal, paralisia, desordem social e administrativa.
  • RAINHA ELIZABETH I -  A GLORIANA  PINTURA EM MINIATURA PROVAVELMENTE SOBRE MARFIM  APRESENTANDO A RAINHA INGLESA ELISABETH I FILHA DO REI HENRIQUE VIII. SEU REINADO FICOU CONHECIDO NA INLGLATERRA COMO A ERA DE OURO. PERÍODO DE GRANDE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, MILITAR, ARTÍSTICO. UMA DAS MAIORES INIMIGAS DE FILIPE I DA ESPANHA QUE PRETENDIA DESTRONAR A RAINHA PARA RESTABELCER A  RELIGIÃO CATÓLICA NA INGLATERRA. CONTRA ELA FILIPE I ARMOU AQUELA QUE FOI CHAMADA INVENCÍVEL ARMADA COM A FROTA ESPANHOLA E PORTUGUESA UNIDAS REDUNDANDO EM FRAGOROSA DERROTA E ESTRUIÇÃO DA ARMADA. LINDA MOLDURA. INGLATERRA. SEC. XIX. 18 X 17 CMNOTA: Elizabeth I (Greenwich, 7 de setembro de 1533  Richmond, 24 de março de 1603), também chamada de "A Rainha Virgem", "Gloriana" ou "Boa Rainha Bess" ("Bess" era como Roberto Durdley, seu favorito, a chamava) foi Rainha Reinante da Inglaterra e Irlanda de 1558 até sua morte e a quinta e última monarca da Casa de Tudor. Como filha do rei Henrique VIII, Isabel nasceu dentro da linha de sucessão; entretanto, a sua mãe Ana Bolena foi executada dois anos e meio após seu nascimento, e o casamento dos seus pais foi anulado. Isabel assim foi declarada ilegítima.O seu meio-irmão Eduardo VI sucedeu a D. Henrique e reinou até morrer em 1553. Antes da sua morte, Eduardo nomeou Joana Grey como rainha, excluindo da sucessão as suas meias-irmãs Isabel e a católica Maria I, apesar da existência de um estatuto declarando o contrário. Porém, o seu testamento acabou anulado e Maria tornou-se rainha, tendo Joana sido executada. Isabel foi também feita prisioneira, durante o cerca de um ano em que durou o reinado de Maria, por suspeitas de apoiar os rebeldes protestantes.Isabel sucedeu a Maria em 1558 e passou a reinar com um conselho.1 A rainha passou a depender muito de um grupo de conselheiros de confiança liderados por Guilherme Cecil, Barão Burghley. Uma das suas primeiras ações como rainha foi o estabelecimento de uma igreja protestante inglesa, da qual tornou-se sua Governadora Suprema. A Resolução Religiosa Isabelina mais tarde desenvolveu-se na atual Igreja Anglicana. Era também esperado que ela se casasse e gerasse um herdeiro para continuar a linhagem da Casa de Tudor, porém, nunca se casou apesar de ter tido vários pretendentes. Isabel ficou famosa pela sua castidade enquanto envelhecia. Um culto cresceu ao seu redor tendo sido celebrada em pinturas, desfiles e obras literárias. .A INVENCÍVEL ARMADA: Enquanto isso, sir Francis Drake realizou entre 1585 e 1586 uma grande viagem contra navios e portos espanhóis no Caribe, conseguindo atacar Cádis em 1587 e destruindo a frota espanhola de navios de guerra destinada para a Empreitada da Inglaterra. Filipe havia decidido fazer guerra contra os ingleses. A Invencível Armada, uma grande frota de navios, partiu para o Canal da Mancha em 12 de julho de 1588 planejando levar uma força de invasão espanhola sob comando de Alexandre Farnésio, Duque de Parma e Placência, para a costa sul da Inglaterra a partir dos Países Baixos. Uma combinação de erros de cálculo, má sorte e um ataque inglês com navios de fogo em 29 de julho perto de Gravelines acabou dispersando os navios espanhóis para o nordeste e a Armada acabou sendo derrotada. Ela voltou para a Espanha em restos despedaçados, após enormes perdas ao oeste da costa da Irlanda (alguns navios tentaram voltar para casa através do Mar do Norte, virando para o sul depois da costa irlandesa). Milícias inglesas, sem saber do destino da Armada, reuniram-se para defender o reino sob o comando de Roberto Dudley. Ele convidou Isabel para inspecionar as tropas em Tilbury, Essex, no dia 8 de agosto. Usando uma armadura peitoral de prata sobre um vestido de veludo branco, ela dirigiu-se aos homens em um de seus discursos mais famosos:Meu amado povo, fomos persuadidos por alguns que se preocupam com nossa segurança, para termos cuidado com a forma como nos empenhamos em armar multidões por medo de traição; porém garanto-vos, não desejo viver para desconfiar de meu fiel e amado povo ... sei que tenho apenas o corpo de uma mulher fraca é débil, porém tenho o coração e estômago de um rei, e também de um Rei da Inglaterra, e desprezo que Parma ou a Espanha, ou qualquer outro Príncipe da Europa ouse invadir as fronteiras de meu reino. A nação comemorou quando não houve nenhuma invasão. A procissão de Isabel para um serviço de ação de graças na Catedral de São Paulo rivalizou em espetáculo com aquela ocorrida em sua coroação. A derrota da Armada foi também uma enorme vitória em propaganda, tanto para a rainha quanto para a Inglaterra protestante. Os ingleses consideraram o ocorrido como um símbolo da preferência divina e a inviolabilidade da nação sob uma rainha virgem. Entretanto, a vitória não foi um ponto de virada na guerra, que prosseguiu e frequentemente favorecia a Espanha. Os espanhóis ainda controlavam os Países Baixos e a ameaça de uma invasão continuou. Sir Valter Raleigh afirmou após a morte de Isabel que a precaução dela impediu a guerra contra a Espanha:Se a falecida rainha tivesse confiado em seus homens de guerra como fez com seus escribas, teríamos em sua época derrotado aquele grande império em pedaços e feito seus reis em figas e laranjas como nos velhos tempos. Porém sua Majestade fez tudo pela metade, e por invasões mesquinhas ensinou o Espanhol como se defender, e ver suas próprias fraquezas. Apesar de alguns historiadores terem criticado Isabel por razões semelhantes, o veredito de Raleigh foi frequentemente considerado como injusto. A rainha tinha bons motivos para não confiar em seus comandantes, que uma vez em ação tendiam "a serem transportados com um tamento de vanglória", como ela mesma colocou.
  • MARIA ANTONIETA RAINHA DE FRANÇA  LINDA PINTURA EM MINIATURA PROVAVELMENTE SOBRE MARFIM APRESENTANDO MARIA ANTONIETA EM TRAJES MAJESTÁTICOS. MINITATURA EM MARFIM DECORADA COM FESTÕES. ASSINADA TOURET.  FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX.14 X 12,5 CM. NOTA: "Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena (Maria Antonia Josepha Johanna von Habsburg-Lothringen, no alemão), mais conhecida como Maria Antonieta, nasceu em Viena, no dia 2 de novembro de 1755. Ela foi a 15ª filha do imperador Fernando I e da imperatriz Maria Teresa da Áustria. Na ocasião, seus pais governavam o Sacro Império Romano-Germânico, que dominava uma série de nações da Europa desde o século X. Naquele contexto, o Sacro Império já estava decadente e era governado de fato por Maria Teresa, cujas obrigações fizeram com que ela se ausentasse bastante da criação de seus filhos. Os historiadores comentam que a educação de Maria Antonieta durante sua infância foi desleixada, e isso fez com que ela tivesse dificuldades de alfabetizar-se e, depois, de falar e escrever corretamente alemão, francês e italiano. No entanto, ela possuía boas habilidades em música e dança. Quando começaram a ser costurados os acordos para o seu casamento, foi necessário que ela passasse por uma espécie de tutoria intensiva a fim de melhorar seus conhecimentos." "No final da década de 1760, a mãe de Maria Antonieta decidiu usar sua filha para uma estratégia política, e, assim, os diplomatas austríacos se envolveram em negociações com a França para casar a jovem com Luís Augusto, delfim da França e filho de Luís Fernando, herdeiro do trono francês falecido em 1765. O casamento era parte de uma estratégia de Maria Teresa de aproximar austríacos e franceses. Essa aproximação era algo importante porque a França e o Sacro Império eram inimigos históricos, mas viam naquele momento a ascensão de uma potencial ameaça em comum: a Prússia (que ainda fazia parte do território do Sacro Império). O casamento de Maria Antonieta e Luís Augusto aconteceu em 19 de abril de 1770, em uma igreja em Viena. A cerimônia foi por procuração, e o representante de Luís Augusto nela foi um dos irmãos da noiva. Com o casamento, ela foi obrigada a renunciar aos seus direitos na dinastia Habsburgo.Maria Antonieta então foi enviada para a França, e conheceu seu marido no dia 14 de maio de 1770, quando ela tinha apenas 14 anos de idade. Apesar de ter renunciado aos seus diretos na coroa austríaca, Maria Antonieta foi orientada por sua mãe a manter relatos frequentes sobre o que acontecia na corte francesa. Uma festa foi realizada em Versalhes pela ocasião do casamento. A adaptação da princesa austríaca à realidade da corte francesa no Palácio de Versalhes foi complicada. A princípio, muitos membros da nobreza francesa foram contrários ao casamento do delfim com a austríaca, e isso fez com que eles nutrissem uma grande antipatia por ela. Além disso, Maria Antonieta também estranhou uma série de costumes da etiqueta francesa. Em 1774, o rei da França Luís XV faleceu, e, com isso, Luís Augusto foi coroado como Luís XVI. Assim, Maria Antonieta se tornou rainha consorte da França e usou de toda a sua influência para ver os seus desejos realizados. Ela gastava grandes somas de dinheiro em diversões dos mais variados tipos. Maria Antonieta realizava corridas de cavalos, participava de bailes de máscaras, jogava cartas e comprava roupas e joias caríssimas. Seus gastos incomodavam a muitos, incluindo a gente da nobreza que já desgostava dela pelo fato de ser austríaca. Alguns historiadores entendem que os gastos da rainha foram uma forma que ela encontrou de reforçar a sua autoridade sobre a nobreza. Os excessos cometidos pela rainha pesavam sobre o orçamento francês, e ela passou a ser chamada de Madame Déficit. Outros críticos a chamavam de l-autrichienne, um jogo de palavras no francês que mistura os termos austríaca e cadela. O Terceiro Estado e os defensores da república também eram profundos críticos da rainha. As críticas à monarca ficaram mais contundentes ainda por ela ter demorado a engravidar de um herdeiro para o trono francês. A primeira filha do casal nasceu apenas em 1778 e foi nomeada de Maria Teresa como homenagem à avó materna. A demora se deveu ao fato de que o rei Luís XVI levou anos para consumar o casamento com sua esposa.Depois disso, Maria Antonieta engravidou outras vezes e deu à luz mais três filhos: Luís José, Luís Carlos e Maria Sófia. As vidas de Maria Antonieta e toda a nobreza francesa foram radicalmente transformadas pela eclosão da Revolução Francesa, em julho de 1789. Essa revolução foi influenciada pelos ideais iluministas, que propagavam ideias de igualdade entre os homens, e foi motivada pela insatisfação da burguesia com os privilégios da nobreza e pela insatisfação do povo com a pobreza em que vivia. A França vivia uma grave crise econômica motivada pelos altos gastos da corte em festas e luxo, mas também pelo envolvimento do país em uma série de conflitos desnecessários. Além disso, a situação da França se agravou com colheitas ruins na década de 1780, o que fez o preço dos alimentos disparar e provocou o aumento dos problemas da população com a falta de comida. Luís XVI recusava-se a tomar medidas contra a nobreza e o clero para aliviar os cofres franceses, e a situação levou à convocação da Assembleia dos Estados Gerais, para que uma decisão fosse tomada. Os Estados Gerais, no entanto, contribuíram para inflamar a população parisiense, insatisfeita com a crise do país.Os distúrbios em Paris resultaram na Queda da Bastilha pela população parisiense, em 14 de julho de 1789. Esse evento é considerado o que deu início à Revolução Francesa ao difundir o fervor revolucionário por todo o país. Com o início da revolução, Maria Antonieta ficou reclusa no Palácio de Versalhes. Ainda em 1789, o Palácio de Versalhes foi invadido, e Luís XVI e Maria Antonieta foram obrigados pela população parisiense a se mudarem para o Palácio de Tulherias, em Paris. O agravamento da situação fez com que ambos tentassem fugir para a Bélgica em 1791. Eles acabaram reconhecidos quando estavam próximo da fronteira e foram reconduzidos para Paris. A tentativa de fuga destruiu o resto da reputação dos monarcas perante a população francesa, e o ódio da população fez com que o Palácio de Tulherias fosse atacado por populares em diferentes ocasiões. O risco à integridade dos membros da monarquia fez com que eles fossem colocados na Torre do Templo, uma fortaleza. Nesse local, Maria Antonieta viveu aprisionada, e lá ficou sabendo que seu esposo, Luís XVI, havia sido guilhotinado no começo de 1793. Posteriormente ela foi transferida para a prisão do Palácio da Cidade e lá enfrentou um processo de alta traição. O julgamento foi entendido como de fachada e condenou Maria Antonieta à morte na guilhotina por alta traição à França, sendo guilhotinada no dia 16 de outubro de 1793, mais precisamente às 12h15min. Ela tinha 37 anos de idade.A decaptação de Maria Antonieta em 1793 foi um dos momentos simbólicos da Revolução Francesa. A ex-rainha, de origem austríaca, era uma das figuras mais odiadas da aristocracia. Mas os séculos passaram e hoje Maria Antonieta desperta fascínio nos meios culturais.
  • CATARINA II IMPERATRIZ DE TODAS AS RÚSSIAS  CHAMADA CATARINA A GRANDE EM SEU REINADO A RÚSSIA ALCANÇOU PRESTIGIO, PODERIO BÉLICO INQUESTIONÁVEL E DESENVOLVIMENTO ARTISTICO E INTELECTUAL. BELA MINIATURA PINTADA PROVAVELMENTE SOBRE  MARFIM APRESENTANDO CATARINA II COM TRAJES MAGESTÁTICOS. MOLDURA TAMBÉM EM MARFIM DECORADO COM ESGRAVITADOS. ASSINADO PELO ARTISTA. SEC. XIX. 14 X 12 CMNOTA: Catarina II (Estetino, 2 de maio de 1729  São Petersburgo, 17 de novembro de 1796), conhecida como Catarina, a Grande, foi a Imperatriz da Rússia de 1762 até sua morte. Nascida como princesa Sofia Frederica Augusta de Anhalt-Zerbst-Dornburg, era a filha mais velha de Cristiano Augusto, Príncipe de Anhalt-Zerbst, e sua esposa Joana Isabel de Holsácia-Gottorp. Sofia se converteu para a Igreja Ortodoxa Russa, assumiu o nome de Catarina Alexeievna e se casou com o grão-duque Pedro Feodorovich, nascido príncipe de Holsácia-Gottorp, em 1745. Seu marido ascendeu ao trono russo em janeiro de 1762 como Pedro III e ela organizou um golpe de estado que o tirou do trono em julho, com Pedro morrendo alguns dias depois supostamente assassinado.Durante o seu reinado, o Império Russo melhorou a sua administração e continuou a modernizar-se. O reinado de Catarina revitalizou a Rússia, que cresceu com ainda mais força e tornou conhecida como uma das maiores potências europeias. Os seus sucessos dentro da complexa política externa e as suas represálias por vezes brutas aos movimentos revolucionários (mais notavelmente na Rebelião Pugachev) complementaram a sua caótica vida privada. Causava escândalo frequentemente, dada a sua tendência para relações que espalhavam rumores por todas as cortes europeias.Catarina subiu ao poder supostamente após uma conspiração por ela mesma elaborada que depôs o seu marido, o czar Pedro III, e o seu reinado foi o apogeu da nobreza russa. Pedro III, sob pressão da mesma nobreza, tinha já aumentado a autoridade dos grandes proprietários de terra nos seus mujique e servos. Apesar dos deveres impostos nos nobres pelo primeiro modernizador proeminente da Rússia, o czar Pedro I, e apesar das amizades de Catarina com os intelectuais do iluminismo na Europa Ocidental (em particular Denis Diderot, Voltaire e Montesquieu), a imperatriz não considerava prático melhorar as condições de vida dos seus súbditos mais pobres que continuavam a ser ostracizados (por exemplo) por conscrição militar. As distinções entre os direitos dos camponeses nos estados votchine e pomestie desapareceram virtualmente na lei e na prática durante o seu reinado.Em 1785, Catarina conferiu à nobreza a Carta Régia da Nobreza, aumentando ainda mais o poder dos senhores de terra. Nobres em cada distrito elegiam um "marechal da nobreza" que falava em seu nome à monarca sobre problemas que os afetavam, em especial os problemas econômicos.
  • CZAR ALEXANDER I (1777-   1825) LINDA GRAVURA AQUARELADA DE WILLIAN HEART (1795-1840) PUBLICADA EM 1818 (APRESENTANDO O CZAR ALEXANDRE I EM CAMPO DE BATALHA SEGURANDO SUA ESPADA E AO FUNDO PODE-SE VER A EVOLUÇÃO DAS TROPAS DE NAPOLEÃO BONAPARTE ABANDONANDO A RÚSSIA. SOB O MONARCA A LEGENDA: ALEXANDER I THIS RETRAT IS DEDICATED TO THE RIGHT HONORABLE EARL CATHCART AMBASSADOR EXTRAORDINARY AND MINISTER PLENIPOTENTIARY TO THE IMPERIAL COURT OF SAINT PETERSBURG BY HIS MOST HUMBLE AND OBEDIENT SERVANT JAMES JENKINS (ESTE RETRATO É RETRAIT É DEDICADO AO HONROSO CONDE CATHCART EMBAIXADOR EXTRAORDINÁRIO E MINISTRO PLENIPOTENCIÁRIO DA CORTE IMPERIAL DE SÃO PETERSBURGO POR SEU MAIS HUMILDADE E OBEDIENTE SERVO JAMES JENKINS). O CZAR ALEXANDRE I  FOI UM DOS UNICOS MONARCAS DE SEU TEMPO QUE CONSEGUIU DERROTAR NAPOLEÃO BONAPARTE. GRAVURA IDENTICA A ESTA COMPÕE A COLEÇÃO DO BRHITHS MUSEUM EM LONDRES. INGLATERRA, 1814. 58 X 48 CMNOTA: Alexandre I (São Petersburgo, 23 de dezembro de 1777  Taganrog, 1 de dezembro de 1825) foi o Imperador da Rússia de 1801 até sua morte, também sendo o primeiro monarca russo a ser Rei da Polônia e Grão-Duque da Finlândia. Era filho do imperador Paulo I e sua esposa Sofia Doroteia de Württemberg, ascendendo ao trono após o assassinato do pai. Alexandre, tanto como grão-duque quanto imperador, ele muitas vezes usava de retórica liberal, porém manteve as práticas absolutistas da Rússia durante toda sua vida. Logo no início de seu reinado Alexandre realizou pequenas reformas sociais e depois grandes reformas educacionais, também prometendo reformas constitucionais e sobre a servidão, porém nunca fez nenhuma proposta concreta. Na segunda metade de seu reinado ele ficou cada vez mais arbitrário, reacionário e temerário de conspirações. Alexandre expulsou professores estrangeiros das escolas russas e a educação passou a ser mais religiosa e politicamente conservadora. Internacionalmente, ele governou o Império Russo durante o conturbado período das Guerras Napoleônicas. Ele mudou de lado várias vezes entre 1804 e 1812, passando de pacificador neutro, aliado de Napoleão Bonaparte até inimigo do imperador francês. Ele se aliou ao Reino Unido em 1805 na Terceira Coligação, porém após sua derrota na Batalha de Austerlitz ele trocou de lado e aliou-se à França através dos Tratados de Tilsit. Alexandre juntou a Rússia ao Bloqueio Continental e travou pequenos conflitos com os britânicos. Entretanto, ele e Napoleão nunca conseguiam concordar em alguma coisa, especialmente acerca da Polônia, e a aliança acabou ruindo em 1810. Seu maior triunfo militar veio dois anos depois, quando a invasão francesa da Rússia terminou em desastre, levando à queda Napoleão pouco depois na Batalha das Nações. Ao fim do período napoleônico, Alexandre formou a Santa Aliança a fim de suprimir movimentos revolucionários na Europa. Alexandre se casou em 1793 com a princesa Luísa de Baden, com quem teve duas filhas que morreram jovens: Maria e Isabel. Ele morreu sem herdeiros no final de 1825, devido a tifo, apesar de rumores que teria fabricado sua morte e se transformando em um monge na Sibéria terem aparecido posteriormente. Sua morte causou grande confusão, com seu irmão Constantino abdicando de seu direito a sucessão e fazendo com que militares se rebelassem na Revolta Dezembrista contra seu outro irmão, que posteriormente sucederia Alexandre como Nicolau I. Imperador e autocrata de todas as Rússias desde 1801, foi muito influenciado por sua avó, a imperatriz Catarina II da Rússia, que o tirou do país para educá-lo, e o considerava seu sucessor. Primeiro filho do grão-duque Paulo Petrovitch, futuro Paulo I, e da grã-duquesa Maria Feodorovna, nascida princesa de Württemberg. Tornou-se czar após o assassinato de seu pai, em 23 de março de 1801. Foi coroado na Catedral da Dormição, no Kremlin em 15 de setembro de 1801. Seguidora, em termos, dos princípios iluministas, Catarina II convidou o filósofo francês Denis Diderot para ser seu tutor particular. Como Diderot não aceitou, a imperatriz convidou como preceptor o cidadão suíço Frédéric-César La Harpe, que, em termos de pensamento filosófico, seguia as ideias de Jean-Jacques Rousseau, era republicano por convicção e um excelente educador que inspirou afeto em seu aluno e ajudou a moldar permanentemente sua mente mantendo-a flexível e aberta. Alexandre é considerado das mais interessantes figuras do seu século, autocrata e jacobino, místico e homem do mundo, natureza complexa, extremamente popular em todos os níveis da sociedade. Iniciou reformas administrativas, educativas, científicas, no regime da servidão. Seu reinado foi marcado por uma política externa flutuante. Aliado da Inglaterra e do Império Austríaco na coalizão de 1805 contra a França revolucionária, participou da Terceira Coligação contra Napoleão Bonaparte, mas as forças russo-austríacas foram vencidas em Austerlitz (1805). Fez aliança com o Reino da Prússia mas depois das derrotas de Eylau e de Friedland (1807) se viu obrigado a assinar o Tratado de Tilsit, tornando-se aliado de Napoleão. Declarou guerra à Inglaterra e aderiu ao Bloqueio Continental. Atacou então a Suécia, para obter a Finlândia (1808). Renovou hostilidades contra o Império Otomano, continuadas até a Paz de Bucareste (1812). O ressentimento russo com o sistema continental dominado pelos franceses provocou a invasão da Rússia (1812). Havia retomado em (1811) a luta contra Napoleão, com isso causou a invasão de seu país, o que fez a Europa levantar-se contra o invasor. Embora retornasse à capital antes da derrota russa em Borodino (setembro de 1812), Alexandre tomou parte ativa na destruição do exército retirante de Napoleão 1813 em Dresden e em Leipzig. Entrou em Paris (1814) com os Aliados, visitou triunfante Londres. Após a campanha da Rússia, desastrosa para os franceses, participou da Sexta Coligação em 1813 e, caindo Napoleão, contribuiu para a restauração da dinastia dos Bourbons. Alexandre comandou o exército russo na campanha contra Napoleão. Após o fracasso da Campanha da Rússia (1812), participou da libertação da Europa (Batalha das Nações, 1813; campanha da França, 1814). Em 1815, inspirou a Santa Aliança da Europa cristã, com os soberanos do Império Austríaco e do Reino da Prússia. Queria resgatar o poder das dinastias absolutistas europeias. No Congresso de Viena (1815) recebeu a Polônia, assumiu o trono, deu-lhe uma nova constituição.  Desde a invasão da Rússia, se tornara profundamente religioso. Lia a Bíblia diariamente e rezava muito. Deixara-se influenciar em Paris pelos pensamentos místicos de uma visionária, Bárbara Juliana Krüdener chamada Madame von Krudener, que se considerava profetisa enviada ao czar por Deus. Teve influência curta mas profunda pois o czar nunca mais abandonaria seu fervor religioso. Voltando à Rússia, a partir de 1818, demonstrou políticas retrógradas e reacionárias que o alienaram do povo. Desde que Napoleão Bonaparte fora derrotado em 1812, surgiram sociedades secretas pela Rússia exigindo a abolição da servidão. Um desses movimentos, um grupo de nobres insatisfeitos chamados dezembristas, pediam também o fim da autocracia. Sua liga idealista se tornara uma aliança dos monarcas contra os povos, depois dos encontros em Aachen, Opava, Liubliana e Verona - campeões do despotismo, defensores de uma ordem mantida pela força das armas. Alexandre mesmo ficou golpeado pelo motim de seu regimento Semenovski e pensou detectar a presença de radicalismo revolucionário. O que marcou o fim de seus sonhos liberais. Todas as rebeliões lhe pareceram então doravante revoltas contra Deus. Chocou o povo russo ao recusar apoio aos gregos, povo da mesma religião ortodoxa , ao se levantarem contra o Império Otomano, mantendo que eram rebeldes como outros. O chanceler austríaco, príncipe Klemens Wenzel von Metternich, a quem o czar deixou a direção dos negócios europeus, aproveitou-se de seu estado de espírito. Tinha mesmo abandonado os assuntos do país a seu favorito Arakcheev. A morte da única filha muito amada, uma enorme inundação em São Petersburgo, em 1824, e o descontentamento com os regimentos de seu exército, levaram-no à Crimeia, para tentar recuperar a saúde. Sua coroa passara a pesar muito e não escondia da família e dos amigos o desejo de abdicar. Quando a czarina adoeceu, Taganrog, aldeia no mar de Azov, parecia um destino ideal. Mas o czar contraiu malária durante uma viagem de inspeção, e morreu. Sua morte repentina, seu misticismo, a perplexidade da corte e a recusa de permitir a abertura de seu caixão ajudaram a criar a lenda de sua "partida" para um refúgio siberiano. Alexandre faleceu em 1 de dezembro de 1825 e está atualmente sepultado na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, São Petersburgo, Rússia.Anexou a Transcaucásia da Pérsia (1813) e a Bessarábia após guerra contra o Império Otomano (1812). Aboliu muitos castigos bárbaros, melhorou as condições de vida dos servos e fomentou a educação. Após sua morte, Alexandre foi sucedido por seu irmão Nicolau.. Desde a invasão da Rússia, se tornara profundamente religioso. Lia a Bíblia diariamente e rezava muito. Deixara-se influenciar em Paris pelos pensamentos místicos de uma visionária, Bárbara Juliana Krüdener chamada Madame von Krudener, que se considerava profetisa enviada ao czar por Deus. Teve influência curta mas profunda pois o czar nunca mais abandonaria seu fervor religioso. Voltando à Rússia, a partir de 1818, demonstrou políticas retrógradas e reacionárias que o alienaram do povo. Desde que Napoleão Bonaparte fora derrotado em 1812, surgiram sociedades secretas pela Rússia exigindo a abolição da servidão. Um desses movimentos, um grupo de nobres insatisfeitos chamados dezembristas, pediam também o fim da autocracia. Sua liga idealista se tornara uma aliança dos monarcas contra os povos, depois dos encontros em Aachen, Opava, Liubliana e Verona - campeões do despotismo, defensores de uma ordem mantida pela força das armas. Alexandre mesmo ficou golpeado pelo motim de seu regimento Semenovski e pensou detectar a presença de radicalismo revolucionário. O que marcou o fim de seus sonhos liberais. Todas as rebeliões lhe pareceram então doravante revoltas contra Deus. Chocou o povo russo ao recusar apoio aos gregos, povo da mesma religião ortodoxa , ao se levantarem contra o Império Otomano, mantendo que eram rebeldes como outros. O chanceler austríaco, príncipe Klemens Wenzel von Metternich, a quem o czar deixou a direção dos negócios europeus, aproveitou-se de seu estado de espírito. Tinha mesmo abandonado os assuntos do país a seu favorito Arakcheev. A morte da única filha muito amada, uma enorme inundação em São Petersburgo, em 1824, e o descontentamento com os regimentos de seu exército, levaram-no à Crimeia, para tentar recuperar a saúde. Sua coroa passara a pesar muito e não escondia da família e dos amigos o desejo de abdicar. Quando a czarina adoeceu, Taganrog, aldeia no mar de Azov, parecia um destino ideal. Mas o czar contraiu malária durante uma viagem de inspeção, e morreu. Sua morte repentina, seu misticismo, a perplexidade da corte e a recusa de permitir a abertura de seu caixão ajudaram a criar a lenda de sua "partida" para um refúgio siberiano. Alexandre faleceu em 1 de dezembro de 1825 e está atualmente sepultado na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, São Petersburgo, Rússia.Anexou a Transcaucásia da Pérsia (1813) e a Bessarábia após guerra contra o Império Otomano (1812). Aboliu muitos castigos bárbaros, melhorou as condições de vida dos servos e fomentou a educação. Após sua morte, Alexandre foi sucedido por seu irmão Nicolau.
  • GEORGE IV DA INGLATERRA (1762-1830) = GRAVURA AQUARELADA POR FRNAÇOIS SERAPHIN DELPECH A PARTIR DE ZEPHIRIN FELIX JEAN MARIUS BELLARD, POR VOLTA DE 1920-1835. TAMANHO DA GRAVURA 465 X 317 CM E TAMANHO DA MOLDURA52 X 44 CM. MOLDURA IDENTICA A DO LOTE ANTERIOR PROPICIA PARA UMA COMPOSIÇÃO DAS DUAS GRAVURA. AMBOS OS MONARCAS ENFRENTARAM E VENCERAM NAPOLEÃO BONAPARTE IMPERADOR DOS FRANCESES. INGLATERRA, SEC. XIX., GRAVURA IDÊNTICA A ESTA COMPÕE A COLEÇÃO DO NATIONAL PORTRAIT GALLERY EM LONDRES. NOTA: Jorge IV (Londres, 12 de agosto de 1762  Windsor, 26 de junho de 1830) foi o Rei do Reino Unido e Hanôver de 29 de janeiro de 1820 até sua morte. De 1811 até sua ascensão foi Príncipe Regente durante a doença mental de seu pai, o rei Jorge III.Jorge teve uma vida extravagante que contribuiu para a moda durante o Período da Regência, sendo o patrono de muitas formas de prazer, estilo e gosto. Tinha uma relação ruim com o pai, acumulou grandes dívidas e teve várias amantes, com a principal e mais duradoura sendo Maria Fitzherbert. Ele foi forçado a se casar em 1795 com sua prima Carolina de Brunsvique; os dois não gostavam um do outro e se separaram pouco depois do nascimento de sua filha, Carlota de Gales, no ano seguinte.Robert Jenkinson, 2.º Conde de Liverpool, controlou o governo como primeiro-ministro durante a maior parte de sua regência e reinado. Os governos de Jorge, mesmo recebendo pouco apoio do rei, presidiram a vitória nas Guerras Napoleônicas, negociaram um acordo de paz e tentaram lidar com o mal-estar econômico e social que se seguiu. Ele teve de aceitar George Canning como primeiro-ministro, além de desistir de sua oposição à emancipação católica.Seu charme e cultura lhe valeram o título de "o primeiro cavalheiro da Inglaterra", Reinou sob um tempo muito difícil na Europa o reinado de Napoleão Bonaparte a quem derrotou na Batalha de Waterloo. Sua representação mais famosa é uma enorme estátua equestre em bronze na Trafalgar Square.
  • IMPERIO DO BRASIL  PROVINCIA DE SÃO PAULO  PASSAPORTE EMITIDO PELA POLICIA DA PROVINCIA DE SÃO PAULO EM NOME DE CARLOS HENRIQUE METCHERT E SEU CRIADO O PARDO LUCENIR BENEDITO DO PRADO  EM 19 DE JANEIRO DE 1877, CARLOS HENRIQUE DE AGUIAR MELCHERT FOI BACHAREL EM DIREITO E PROFESSOR DE LINGUA INGLESA. UM BELO DOCUMENTO COM SELO DO IMPERIO, CHANCELA DA  POLICIA DE SÃO PAULO E CARIMBOS DE ENTRADA COM ESTAMPILHA NO REINO DE PORTUGAL. BRAISL, 39 X 30 CM
  • ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA. J. J. AUBERTIN (ENGENHEIRO, ESCRITOR E VIAJANTE)  - CARTA DE JJ  ALBERTIN DATADA DE 13 DE JUNHO DE 1888 ENDEREÇADA A MEIRELLES, SEU AMIGO BRASILEIRO (JOSÉ PEDRO DE SOUZA MEIRELLES FOI GERENTE DE NEGOCIOS DO VISCONDE DE MAUÁ) CONGRATULANDO O BRASIL PELA PROCLAMAÇÃO DA LEI ÁUREA. ESCRITA EM PAPEL COM SELO ARMORIAL DO AUTOR. EXERTOS DO TEXTO: 13 DE JUNHO DE 1888, MEU GRANDE E TERNO AMIGO MEIRELLES. MEU CORAÇÃO ESTA MUITO AGRADECIDO POR SUA CARTA ME CONTANDO SOBRE O NOBRE ANUNCIO. E EU RESPONDO EM MINHA LÍNGUA QUE VOCÊ CONHECE  PORQUE EU CONSIGO EXPRESSAR SOMENTE ME INGLÊS PARA HONRAR ESSA AUSPICIOSA OCASIÃO. NÃO É EXAGERO DIZER QUE SEU PAÍS É SUPREMO ENTRE AS NAÇÕES NO QUE DIZ RESPEITO AO PODEROSO ATO DE EMANCIPAÇÃO DE SEUS ESCRAVOS. E SEGUE RELATANDO SOBRE A EMANCIPAÇÃO DE OUTROS PAÍSES COMPARATIVAMENTE AO BRASIL (INDIA BRITÂNICA E MÉXICO) COMO RELATOU SEU LIVRO A FLIGHT TO MÉXICO. CONTINUA FALANDO ENTUSIASTICAMENTE SOBRE AS POSSIBILIDADES DO BRASIL: O BRASIL AINDA É UM PAÍS JOVEM SEM  SUGADORES  DE RECURSOS SOB SEU COMANDO (IMAGENE O QUE ELE PENSARIA HOJE DO PAÍS, DESCULPEM NÃO RESISTI). E CONTINUA SEU ELOGIO: O BRASIL  NÃO APENAS AGIU NOBREMENTE, MAS AGIU NOBREMENTE DE UMA FORMA MUITO DISTINTA. QUE OS RESULTADOS CORRESPONDAM À RESOLUÇÃO! 13 DE JUNHO DE 1888, ASSINA J. J. AUBERTIN.  JOHN JAMES AUBERTIN MANIFESTA-SE DE FORMA EXPONTÂNEA PORQUE TEVE EM SUA ESTADA NO BRASIL UMA EXPERIÊCIA MUITO NEGATIVA COM RELAÇÃO A ESCRAVIDÃO. EM 1860 AUBERTIM ESTEVE NO BRASIL COMO ENGENHEIRO RESPOSNÁVEL DA SÃO PAULO RAIWAY COMPANY (SRC) PARA ACOMPANHAR A CONSTRUÇÃO DA FERROVIA. A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO DA SPR TEVE INÍCIO EM NOVEMBRO DE 1860, TENDO SIDO A FERROVIA INAUGURADA OFICIALMENTE EM 15 DE FEVEREIRO DE 1867. INDIGNADO PELO USO DA MÃO DE OBRA ESCRAVA NA CONSTRUÇÃO TENTOU DE TODAS AS FORMAS REAGIR AO EMPREGO DESSA MÃO DE OBRA. CHEGOU A REPORTAR-SE AO GOVERNADOR DA PROVÍNCIA SOBRE O TEMA E TROUXE UM GRANDE NÚMERO DE TRABALHADORES LIVRES DA EUROPA PARA ATUAR NA OBRA. ENTRETANTO HAVIA UM CONTRATO QUE EXIGIA QUE PARTE DA MÃO DE OBRA UTILIZADA SERIA OBRIGATORIAMENTE LOCAL OU SEJA BRASILEIRA. AUBERTIN NUNCA SE CONFORMOU COM O FATO DE TER COMPACTUADO COM ESSA CIRCUNSTÂNCIA. INGLATERRA, 1888. NOTA: Em se tratando da SPR o superintendente J. J. Aubertin, em ofício datado de 30 de julho de 1863, enviado ao presidente da província de São Paulo, o conselheiro Vicente Pires da Motta, com cópia para o Ministério da Agricultura, tenta justificar o emprego de escravos nos trabalhos de construção da estrada de ferro. O ofício do superintendente é uma resposta a outro ofício que o presidente da Província havia lhe enviado chamando a atenção para o emprego de escravos nos trabalhos da nossa Estrada de ferro e as estipulações a respeito na condição 8ª do Decreto n. 1759 de 26 de Abril de 1860 (1856).8 Aubertin reclama da cobrança do Governo em ralação a utilização de cativos nas obras da ferrovia, observando que: ... por terem os trabalhos marchados já por mais de três anos (como é de todos sabido) sem que aparecesse qualquer interrupção ou advertencia da parte do Governo por causa de nosso procedimento a este respeito, e conheço também a incompatibilidade que parece existir entre a disposição da condição sobredita, e o emprego de escravos nos trabalhos. Pelas palavras do superintendente da companhia fica evidente que o uso de trabalhadores escravos nas obras da estrada de ferro era algo disseminado deste o início de construção da mesma. Aubertin ainda chama atenção do presidente Pires da Motta para o que ele percebia como sendo uma incompatibilidade entre a aplicação da lei e o emprego de escravos no empreendimento levado a cabo sob sua responsabilidade.  John James Aubertin após chegar ao Brasil em março de 1860 para tomar pé das principaes condições a que a nossa Companhia se tinha comprometido, logo teria se apercebido das grandes dificuldades, e até impossibilidades que traria semelhante condição se fossem os seus termos literalmente exigidos.11 A sua chegada teve lugar no Rio de Janeiro, aonde foi ao encontro de um senhor Brazileiro, um homem muito distincto e intelligente, e que esta inteiramente ligado com todos os nossos interesses, sendo também hum dos nossos concessionarios (seria o Barão de Mauá?). Num país ainda tão dependente da mão de obra escrava, rapidamente Aubertin deve ter concluído que levar a cabo uma obra de construção de uma estrada de ferro, que demandava um número relativamente grande de mão de obra qualificada, e uma enorme quantidade de homens com nenhuma qualificação, seria muito difícil se tivesse que abrir mão do trabalhador escravo. Neste sentido, ele constata: ... como seria impossivel para nós só de repente mudarmos nosso systema, mas também desprezar os meios que o Payz inteiro, assim como nós, acha necessarios e indispensaveis para continuar e sustentar quaisquer obras importantes! Ainda mesmo que a propria Companhia estivesse fazendo a Estrada de ferro, não sei dizer como poderia despensar estes mesmos exforços: mas V. EXª. hade lembrar-se que a Companhia delegou as obras aos Empreiteiros e que estes Empreiteiros, por mera necessidade, são forçados a subdividir e subempreitar huma grande porção dos trabalhos á gente do Paiz, e que esta gente esta em posição de cumprir com seus deveres só pelo facto mesmo de possuirem escravos. Como então poderá a Companhia dizer que os escravos não devem aparecer nas obras? Se dissessem assim, logo paravão uma grande proporção das mesmas, e ficaria a Companhia inteiramente inhabilitada para cumprir com suas obrigações para com o Governo, em respeito á perfeição da linha ferrea! Aubertin, como responsável principal no Brasil pela companhia, necessariamente deveria está bem informado sobre tudo que acontecia nos trabalhos da ferrovia. E para isso, contava com o auxílio dos engenheiros residentes que eram quem acompanhavam e supervisionavam diretamente os trabalhos nas três seções da linha. Pelo mesmo ofício enviado ao presidente da Província, Aubertin informa que a companhia estaria supostamente tomando providências para substituir os trabalhadores escravos por livres, tendo em vista que a Companhia deseja tanto quanto possivel, observar e respeitar o espirito da condição vertente, e que para isso os Empreiteiros, já tem mandado, e ainda estão mandando, vir muitos homens livres, mesmo da Europa. E o Governo também deveria levar em consideração que a despeito da presença de escravos muito maior parte das pessoas empregadas, são homens livres, quer Brazileiros quer Estrangeiros14. O superintendente também chama a atenção do presidente Pires da Motta em relação aos muitos interesses que estavam em jogo na construção da estrada de ferro, com respeito à mão de obra cativa, afinal muitas vantagens tambem serão perdidas aos homens diligentes da Provincia se fosse extrictamente prohibido que Passado mais de um ano da troca de correspondência entre o presidente da Província e o superintendente da companhia, com relação ao emprego de escravos nos trabalhos da ferrovia, novamente do Governo provincial informado por seu engenheiro fiscal, cobrava providências do superintendente sobre tal procedimento. É o que se observa do ofício de 14 de setembro de 1864, enviado por Aubertin ao então presidente Francisco Ignácio Marcondes Homem de Mello: Tenho a honra de accusar a recepção do officio que V. Excia me dirigio sob data de 10 do presente mez incluindo copia de um despacho do Sr Engenheiro Fiscal da nossa estrada. O asumpto ao qual V. Excia assim chama a minha attenção, já foi tratado em um despacho que me deu o seu digno antecessor, o Sr Conselheiro Pires da Motta, sob data de 25 de Julho de 1863 e que foi por mim respondido por um despacho sob data de 30 de Julho de 1863. Chamando a attenção de V. Excia a esta correspondencia tomo a liberdade de dizer que entendi que foi transmittida ao Governo Geral de S. Magestade Imperial, e por isso espero que ate o mesmo Governo recorrer ao assumpto de que a sobretida correspondencia trata, V. Excia não achará bom provocar uma discussão que tanto podia prejudicar a posição da nossa estrada, como igualmente a de outras obras publicas do mesmo genero neste Paiz
  • AMBROISE THOMAS (1811-1896) - (CHARLES LOUIS) AMBROISE THOMAS (METZ, 5 DE AGOSTO DE 1811  PARIS, 12 DE FEVEREIRO DE 1896) FOI UM COMPOSITOR DE ÓPERA E PROFESSOR DE MÚSICA, CONHECIDO PELAS SUAS ÓPERAS, MIGNON (1866), HAMLET (1868, DE SHAKESPEARE) E COMO DIRETOR DO CONSERVATÓRIO DE PARIS (1871-1896). CARTA ESCRITA EM PAPEL DE CABINET DU DIRECTEUR DU CONSERERVATOIRE NATIONAL DE MUSIQUE ET LA DECLAMATION. DATADA DE 29 DE JULHO DE 1879. TRATA-SE DE UMA MISSIVA DE AGRADECIMENTO E UM PEDIDO DE DESCULPAS POR TER DEMORADO A RESPONDER SOBRE UM CONVITE FORMULADO PARA ELE. FRANÇA, SEC. XIX.NOTA: Vindo de uma família musical, Ambroise Thomas estudou no Conservatório de Paris, ganhando o maior prêmio musical da França, o Prix de Rome, que concedia uma bolsa de artes para estudantes. Ele seguiu a carreira de compositor de óperas, principalmente óperas cômicas, tendo alcançado grande sucesso na França e na Europa no século 19, sendo o sucessor de Giacommo Meyerbeer, Daniel Auber e Jacques Offenbach. Em 1856, Ambroise Thomas  foi nomeado professor do Conservatório de Paris, e de 1871 até o fim da vida em 1886, assumiu o cargo de Diretor da instituição. Durante os 25 anos no cargo, Thomas agilizou a organização do Conservatório, mas musicalmente tomou atitudes conservadoras, impedindo que compositores modernos como Cesar Franck e Gabriel Fauré influenciassem os seus alunos.
  • PASSAPORTE PONTIFICIO DE 1814 COM ARMAS DO CARDEAL CONSALVE SECRETÁRIO DE ESTADO DO PAPA PIO VII E ASSINATURA DO CARDEAL PACCA. O PASSAPORTE É DATADO DE  1814 E FOI CONCEDIDO A SEBASTIANO BERNARDIINI. ARMAS DO CARDEAL CONSALVI EM SELO SECO. GRANDE E BELO DOCUMENTO. 50 X 37 CM NOTA: O CARDEAL PACCA QUE ASSINA O DOCUMENTO É  Bartolomeo Pacca (23 de dezembro de 1756  19 de abril de 1844) foi um cardeal e diplomata italiano, Decano do Colégio dos Cardeais.)  Filho de Orazio Pacca, marquês de Matrice. Estudou na Pontifícia Academia dos Nobres Eclesiásticos, em Roma, em 1778, e na Universidade La Sapienza, Roma (doutorado utroque iure, tanto em direito canônico como civil, em 21 de abril de 1775). Recebeu as insígnias de caráter clerical, em 13 de julho de 1777, as ordens inferiores em 17 de julho de 1785, o subdiaconato em 31 de julho de 1785 e o diaconato em 7 de agosto de 1785. Foi ordenado padre em 14 de agosto de 1785. Foi nomeado camareiro privado de Sua Santidade. Eleito arcebispo-titular de Tamiathis em 26 de setembro de 1785, foi consagrado em 17 de abril de 1786, na Igreja da SS. Trinità um Montecitorio (não mais existe, é hoje o edifício do parlamento italiano), pelo Cardeal Giovanni Carlo Boschi, assistido por Rudolf von Edling, arcebispo de Gorizia, e por Ottavio Boni, arcebispo titular de Nazianzo. Núncio apostólico em Colônia, em 24 de abril de 1786. Depois, foi nomeado núncio na França, mas não pode ocupar o cargo por causa da Revolução Francesa. Então, foi nomeado núncio em Portugal em 21 de março de 1794, onde ficou até 18 de junho de 1808. Nesse momento, a Família Real Portuguesa estava a caminho do Brasil, já com o seu sucessor na nunciatura, Lorenzo Caleppi.Criado cardeal-presbítero no consistório de 23 de fevereiro de 1801, recebeu o barrete cardinalício em 29 de julho e o título de São Silvestre em Capite em 9 de agosto de 1802.12 Cardeal pró-secretário de Estado da Santa Sé nomeado em 18 de junho de 1808, após a entrada dos franceses em Roma, ocupou o cargo até 7 de maio de 1814. Em 1809, o Papa Pio VII excomungou o imperador Napoleão Bonaparte em 6 de julho e por sua vez, o papa e o cardeal Pacca foram presos; o Papa foi enviado para Savona enquanto o Pacca foi enviado, em 6 de agosto de 1809, para Fenestrelle, onde ficou até 1813.1 Naquele ano, ele foi autorizado a juntar-se ao papa, em Fontainebleau, onde influenciou o papa a se retratar com Napoleão Bonaparte e foi deportado para Uzès em janeiro de 1814. Foi libertado com a queda de Napoleão I em abril de 1814. Retornou a Roma e organizou uma Junta de Estado para governar em nome do papa ausente. Inicialmente, representou a Santa Sé no Congresso de Viena, mas logo foi substituído pelo cardeal Ercole Consalvi. Foi novamente Pró-secretário de Estado, enquanto o cardeal Consalvi estava no Congresso. Não deixou Roma quando Joaquim Murat, rei de Nápoles, avançou em direção à cidade, e durante os cem dias como governador de Roma, tomou algumas medidas controversas, como ordenar a prisão do Cardeal Jean-Siffrein Maury na Castello Sant'Angelo (libertado pelo Cardeal Consalvi tão logo ele retornou a Roma).1 Em 26 de setembro de 1814, tornou-se Camerlengo da Santa Igreja. Passou para o título de São Lourenço em Lucina em 2 de outubro de 1818. Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares em 29 de novembro de 1818 Passa para a ordem de cardeais-bispos e assume a sé suburbicária de Frascati em 21 de dezembro de 1818. Preceptor do Accademia Archeologica, quando emitiu o Édito Pacca proibindo o êxodo de Roma de tesouros artísticos preservados em galerias privadas, em 1820. Passou para a sé suburbicária de Porto e Santa Rufina em 13 de agosto de 1821. Pró-datário da Dataria Apostólica em 18 de novembro de 1824. Tornou-se bispo de Porto e Santa Rufina e Civitavecchia em 10 de dezembro de 1825, quando a última sé se uniu ao seu anterior. No Conclave de 1829, sofreu o Jus exclusivae do Rei Carlos X da França. Confirmado como pró-datário pelo Papa Pio VIII, em 31 de março de 1829. Secretário da Sagrada Congregação da Inquisição Romana e Universal em 5 de abril de 1830. Torna-se Decano do Sacro Colégio dos Cardeais e passa para a sé suburbicária de Óstia-Velletri em 5 de julho de 1830, além de nomeado Prefeito da Sagrada Congregação Cerimonial. Nesse mesmo ano, é nomeado arcipreste da Basílica de São João de Latrão. Sua casa era frequentada pelos cientistas mais ilustres, homens de letras e artistas, tanto romanos e estrangeiros. Ele tinha pago a suas expensas escavações feitas em Ostia, e com os objetos descobertos, ele formou um pequeno museu em sua vinícola na via Aurélia, o Casino de Pio V. Faleceu em 19 de abril de 1844, em Roma. Velado e enterrado na Igreja S. Maria in Portico Campitelli, com a presença do Papa Gregório XVI.
  • A MUITO HEROICA CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO - PARIS  MARCEL MOUILLOT, 1965, 1ª EDIÇÃO ORIGINAL. TEXTOS E SELEÇÃO DE DOCUMENTOS POR GILBERTO FERREZ. EX LIBRES DA BIBLIOTECA DO  ESCRITOR ARNALDO MACHADO. TIRAGEM DE 1.000 EXEMPLARES, NUMERADOS DE 1 A 1.000 E 100 EXEMPLARES, FORA DO COMÉRCIO, NUMERADOS EM ALGARISMOS ROMANOS, RESERVADOS À COMISSÃO ORGANIZADORA E AOS COLABORADORES, SENDO QUE AS MATRIZES QUE SERVIRAM PARA A ILUSTRAÇÃO FORAM DESTRUÍDAS. ESTE É O EXEMPLAR Nº 973. QUATRO SÉCULOS DE EXPANSÃO E EVOLUÇÃO. INICIATIVA DE RAYMUNDO DE CASTRO MAYA EM COMEMORAÇÃO DO IVº CENTENÁRIO DA FUNDAÇÃO DA CIDADE. TEXTOS E ORGANIZAÇÃO DE GILBERTO FERREZ. EXECUTADO EM PARIS SOB A DIREÇÃO DE MARCEL MOUILLOT. EDITADO POR RAYMUNDO DE CASTRO MAYA, CANDIDO GUINLE DE PAULA MACHADO, FERNANDO MACHADO PORTELLA, BANCO BOAVISTA SA 1965. ENCADERNAÇÃO DO EDITOR EM PERCALINA COM GRAVAÇÃO A OURO NA CAPA ANTERIOR. ILUSTRADO COM UMA VASTA E INTERESSANTE SELEÇÃO DE AGUARELAS, GRAVURAS, MAPAS, DOCUMENTOS E FOTOS, TANTO A CORES, COMO A PRETO E BRANCO. IMPRESSO SOBRE PAPEL MUITO INCORPADO E DE QUALIDADE PURO LINHO FILIGRANADO COM AS ARMAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. O TEXTO FOI IMPRESSO NO MANUAL ANTERIOR. AS REPRODUÇÕES EM FOTOTIPIA; A CORES COLORIDAS À MÃO PELO PROCESSO AU POCHOIR NO ATELIER DART LIBIS E NOS ÉTABLISSEMENTS NERVET.  ICONOGRAFIA DE QUALIDADE QUE DOCUMENTA QUATRO SÉCULOS DE HISTÓRIA DO RIO DE JANEIRO, ATRAVÉS DE UMA VASTA E INTERESSANTE SELEÇÃO DE AGUARELAS, GRAVURAS, MAPAS, DOCUMENTOS E FOTOS. CONTÉM UM ÍNDICE DAS ILUSTRAÇÕES NAS ÚLTIMAS PÁGINAS NÃO NUMERADAS. NOTA: À época do estabelecimento do sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, a região da baía do Rio de Janeiro (mais tarde, renomeada para baía de Guanabara) foi entregue a Martim Afonso de Souza e compunha o 1º lote ou a porção setentrional da Capitania de São Vicente, cujo território ia da atual cidade de Macaé até a atual cidade de Caraguatatuba, e era separada do 2º lote ou da porção meridional da Capitania de São Vicente pela Capitania de Santo Amaro (de Caraguatatuba a Bertioga). A região norte do atual Estado do Rio de Janeiro compunha a Capitania de São Tomé ou Capitania da Paraíba do Sul, e foi entregue inicialmente a Pero de Góis.No entanto, as primeiras tentativas de colonização portuguesa tanto na parte setentrional de São Vicente quanto em São Tomé acabaram fracassando, em virtude da hostilidade dos tamoios (os índios tupinambás da Guanabara) e dos goitacás (índios tapuias da região de Campos). Em 1555, os tamoios fizeram uma aliança com a coroa francesa e autorizaram que os franceses estabelecessem uma colônia na margem ocidental da baía de Guanabara, sob o comando do almirante e cavaleiro templário Nicolas Durand de Villegagnon. Essa colônia recebeu o nome de "França Antártica" e tinha como capital Henriville (cidade de Henrique), localizada no atual bairro do Flamengo na Zona Sul da capital fluminense.Visando a evitar esta ocupação e a assegurar a posse do território para a Coroa Portuguesa, foi fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1.º de março de 1565, por Estácio de Sá, no morro do Cara de Cão, na atual bairro da Urca. Estácio de Sá pode ser considerado o primeiro governador-geral do Rio de Janeiro, no período colonial. Entre o grupo de fundadores, incluía-se também Dom Antônio de Mariz e o Padre José de Anchieta, que participou dos preparativos para a tomada do Rio de Janeiro e mais tarde da organização das primeiras vilas no recôncavo da Guanabara e na sua margem oriental, como, por exemplo, a vila de São Lourenço dos Índios do Rio de Janeiro (atual cidade de Niterói). Como a região foi recuperada por uma conquista bélica patrocinada pela coroa, a sua propriedade foi revertida para a família real portuguesa (deixando de ser, portanto, uma capitânia hereditária da família Souza). Em decorrência desse fato, a Capitânia de São Vicente Setentrional passou a chamar-se Capitania Real do Rio de Janeiro, tornando-se a segunda capitânia real da América Portuguesa (após a da Bahia de Todos os Santos, em 1548). Diferentemente das capitanias donatárias, as capitanias reais possuíam administradores indicados pela coroa e não proprietários.Mais tarde, em 1621, por iniciativa do governador Martim Correia de Sá, que concedeu sesmarias na região de Campos dos Goytacazes, a antiga Capitânia de São Tomé foi povoada e por fim anexada a do Rio de Janeiro, dando a ela uma forma muito parecida a do atual Estado do Rio de Janeiro. A Carta Régia de 30 de junho de 1642, passada pela Chancelaria de D. João IV, outorgou o título de "a muy heróica e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", conferindo aos cidadãos do Rio o título de "homens bons do Porto", o que lhe assegurava os mesmos direitos e privilégios dos cidadãos de Lisboa e do Porto. Em 1763, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a sede do Vice-reino do Brasil e a capital da colônia. Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, na época da tomada da Península Ibérica por Napoleão Bonaparte, a região foi muito beneficiada com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas, destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país  o Banco do Brasil  e a Imprensa Régia, com a Gazeta do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes também surgiram o Jardim Botânico, a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional) e a Academia Real Militar, antecessora da atual Academia Militar das Agulhas Negras.
  • CARTA DO CARDEAL POLIDORI ESCRITA  EM 19  DE AGOSTO DE 1831 E DIRIGIDA AO BANQUEIRO CACCIA DE PARIS, OPERADOR DE FUNDOS DO VATICANO,  SOBRE REMESSA DE FUNDOS DA NUNCIATURA APOSTOLICA DO RIO DE JANEIRO EM NOME DO ARCEBISPO DOM Pietro Ostini (1775-1849). DETERMINAVA QUE SE LIMITASSE A   NO MÁXIMO ATÉ DUAS MENSALIADES TENDO RECEIO DE SER FECHADA A NUNCIATURA PELAS CONDIÇÕES POLITICAS DO MOMENTO. ESCRITA EM ROMA EM 19 DE AGOSTO DE 1831. O RECEIO DO CARDEAL POLIDORI SE DEU PELA ABDICAÇÃO DO IMPERADOR DOM PEDRO I EM FAVOR DE SEU FILHO O PRINCIPE DOM PEDRO II EM 7 DE ABRIL DE 1831. NOTA: Pietro Ostini (1775-1849) Foi nomeado pelo Papa Leão XII como arcebispo titular de Tarso em 9 de abril de 1827, sendo consagrado em 12 de agosto, na Igreja de Santa Maria della Pace em Roma, pelo cardeal Giacomo Giustiniani, arcebispo-bispo de Ímola, assistido por Giovanni Giacomo Sinibaldi, presidente da Pontifícia Academia Eclesiástica e por Ignazio Giovanni Cadolini, bispo de Cervia. Foi nomeado como o primeiro internúncio apostólico exclusivo no Brasil em 17 de julho de 1829. Em 23 de fevereiro daquele ano a Santa Sé havia reconhecido o Império do Brasil, que se tornara independente de Portugal em 1822, mas Leão XII já em fevereiro de 1826 havia proposto o cargo de representante pontifício no Brasil a Gaspare del Bufalo, que no entanto, com a intervenção de Belisario Cristaldi e Giovanni Marchetti, secretário da Congregação dos Bispos e Regulares, conseguiu ser dispensado deste cargo. O internúncio, que residia no Rio de Janeiro, até a ereção da internunciatura da Colômbia, também tinha as faculdades de delegado apostólico in universis Americae meridionalis et mexicanibus regionibus, excluindo as Antilhas. Ostini recebeu indicações precisas sobre as áreas de seu trabalho: enquadrar a situação política em que a nação se encontrava, interessar-se pelo problema da sucessão no Reino de Portugal e resolver os problemas da jurisdição eclesiástica sobre as antigas colônias espanholas. De fato, já como internúncio em Viena, a partir de 1826, ele teve um papel importante na abertura de uma nunciatura no Brasil, como comprova sua correspondência com António Teles da Silva Caminha e Meneses, Marquês de Resende, ministro brasileiro em Viena.
  • PAPA PIO VII (1742-1823)  ENDEREÇO ESCRITO DE PUNHO PELO PAPA PIO VII COM SEU BRASÃO EM CERADIRIGIDO A SIGG CONFALONIERI E CONSARVATORI  IMOLA. INCIIO DO SEC. XIX. NOTA: Papa Pio VII O.S.B. (Cesena, 14 de agosto de 1742  Vaticano, 20 de agosto de 1823), nascido como Barnaba Niccolò Maria Luigi Chiaramonti, foi Papa de 14 de março de 1800 até a data da sua morte. Era Monge Beneditino, tendo tomado o nome de Dom Gregório Chiaramonti O.S.B.. Barnaba Niccolò Maria Luigi Chiaramonti nasceu em Cesena em 1742, filho mais novo do conde Scipione Chiaramonti (30 de abril de 1698 - 13 de setembro de 1750). Sua mãe, Giovanna Coronata (m. 22 de novembro de 1777), era filha do marquês Ghini; através dela, o futuro Papa Pio VII foi relacionada com a Braschi família de Pio VI após o casamento em 10 de novembro de 1713.carece de fontes Embora sua família era de status de nobre, não eram ricos, mas em vez disso, eram de estoque de classe média.Seus avós maternos eram Barnaba Eufrasio Ghini e Isabella de 'conti Aguselli. Seus avós paternos foram Giacinto Chiaramonti (1673-1725) e Ottavia Maria Altini; seus bisavós paternos foram Scipione Chiaramonti (1642-1677) e Ottavia Maria Aldini. Seus bisavós paternos foram Chiaramonte Chiaramonti e Polissena Marescalchi.Seus irmãos eram Giacinto Ignazio (19 de setembro de 1731 - 7 de junho de 1805), Tommaso (19 de dezembro de 1732 - 8 de dezembro de 1799) e Ottavia (1 de junho de 1738 - 7 de maio de 1814).Como seus irmãos, ele frequentou o Collegio dei Nobili em Ravenna, mas decidiu ingressar na Ordem de São Bento aos 14 anos, em 2 de outubro de 1756, como noviço na Abadia de Santa Maria del Monte, em Cesena. Dois anos depois, em 20 de agosto de 1758, ele se tornou um membro professo e assumiu o nome de Gregório. Ele ensinou em faculdades beneditinos em Parma e Roma, e foi ordenado um sacerdote em 21 de setembro de 1765.Uma série de promoções resultou depois que seu parente, Giovanni Angelo Braschi, foi eleito Papa Pio VI (1775-1799). Alguns anos antes dessa eleição, em 1773, Chiaramonti se tornou o confessor pessoal de Braschi. Em 1776, Pio VI nomeou Dom Gregório, 34 anos, que lecionava no mosteiro de Sant'Anselmo, em Roma, como abade honorário em louvor ao seu mosteiro. Embora essa fosse uma prática antiga, atraía reclamações dos monges da comunidade, pois as comunidades monásticas geralmente sentiam que não estava de acordo com a regra de São Bento.Em dezembro de 1782, o papa nomeou Dom Gregório como o bispo de Tivoli, perto de Roma. Pio VI logo o nomeou, em 14 de fevereiro de 1785, o Cardeal-Sacerdote de São Calisto,2 e como Bispo de Ímola, cargo que ocupou até 1816.3Quando o exército revolucionário francês invadiu a Itália em 1797, o cardeal Chiaramonti aconselhou a temperança e a submissão à recém-criada República Cisalpina. Em uma carta dirigida ao povo de sua diocese, Chiaramonti pediu que eles cumprissem " nas atuais circunstâncias de mudança de governo ()" a autoridade do vitorioso general comandante em chefe da Exército francês. Na homilia de Natal daquele ano, ele afirmou que não havia oposição entre uma forma democrática de governo e ser um bom católico: "A virtude cristã faz dos homens bons democratas A igualdade não é uma ideia dos filósofos, mas de Cristo e não acredito que a religião católica seja contra a democracia"Após a morte do Papa Pio VI, na época praticamente prisioneiro da França, em Valence em 1799, o conclave para eleger seu sucessor reuniu-se em 30 de novembro de 1799 no mosteiro beneditino de San Giorgio em Veneza. Havia três candidatos principais, dois dos quais se mostraram inaceitáveis para os Habsburgos, cujo candidato, Alessandro Mattei, não conseguiu votos suficientes. No entanto, Carlo Bellisomi também era candidato, embora não fosse favorecido pelos cardeais austríacos; um "veto virtual"a foi imposto contra ele em nome de Francisco II e realizado pelo cardeal Franziskus Herzan von Harras.5Após vários meses de impasse, Jean-Sifrein Maury propôs Chiaramonti como candidato a compromisso. Em 14 de março de 1800, Chiaramonti foi eleito papa, certamente não a escolha dos oponentes obstinados da Revolução Francesa, e tomou como seu nome pontifício Pio VII em homenagem ao seu antecessor imediato.4 Ele foi coroado em 21 de março em uma cerimônia bastante incomum, usando uma tiara papel-machê enquanto os franceses haviam apreendido as tiaras seguradas pela Santa Sé ao ocupar Roma e forçar Pio VI ao exílio. Ele então partiu para Roma, navegando em um navio austríaco que mal podia navegar, o Bellona, que não possuía nem uma galera.. A viagem de doze dias terminou em Pésaro e ele seguiu para Roma.Um dos primeiros atos de Pio VII foi nomear o clérigo menor Ercole Consalvi, que havia desempenhado tão habilmente o cargo de secretário do recente conclave, no Colégio de Cardeais e no escritório do Cardeal Secretário de Estado. Consalvi partiu imediatamente para a França, onde conseguiu negociar a Concordata de 1801 com o Primeiro Cônsul Napoleão. Embora não tenha efetivado um retorno à antiga ordem cristã, o tratado forneceu certas garantias civis à Igreja, reconhecendo "a religião católica, apostólica e romana" como a da "maioria dos cidadãos franceses".6Os principais termos da concordata entre a França e o papa incluem:Uma proclamação de que "o catolicismo era a religião da grande maioria dos franceses", mas não era a religião oficial, mantendo a liberdade religiosa, em particular no que diz respeito aos protestantes:O papa tinha o direito de depor bispos;O estado pagaria salários clericais e o clero prestou juramento de lealdade ao estado;A igreja desistiu de todas as reivindicações para terras da igreja que foram tomadas após 1790;O domingo foi restabelecido como um "festival", a partir do domingo de Páscoa, em 18 de abril de 1802.Como papa, ele seguiu uma política de cooperação com a República e o Império estabelecidos pela França. Ele esteve presente na coroação de Napoleão I em 1804. Ele até participou do Bloqueio Continental da Grã-Bretanha na França, sob as objeções de seu Secretário de Estado Consalvi, que foi forçado a renunciar. Apesar disso, a França ocupou e anexou os Estados Papais em 1809 e tomou Pio VII como prisioneiro, exilando-o para Savona. Em 15 de novembro de 1809, Pio VII consagrou a igreja em La Voglina, Valenza Po, Piemonte, com a intenção de que a vila de La Voglina se tornasse sua base espiritual enquanto estava no exílio. Infelizmente, sua residência teve vida curta quando Napoleão tomou conhecimento de suas intenções de estabelecer uma base permanente e logo foi exilado na França. Apesar disso, o papa continuou a se referir a Napoleão como "meu querido filho", mas acrescentou que ele era "um filho um pouco teimoso, mas um filho ainda".Esse exílio só terminou quando Pio VII assinou a Concordata de Fontainebleau em 1813. Um resultado desse novo tratado foi a libertação dos cardeais exilados, incluindo Consalvi, que, ao se reintegrar ao séquito papal, persuadiu Pio VII a revogar as concessões que ele tinha feito nele. Este Pio VII começou a acontecer em março de 1814, o que levou as autoridades francesas a prenderem muitos dos prelados opostos. Seu confinamento, no entanto, durou apenas uma questão de semanas, quando Napoleão abdicou em 11 de abril daquele ano.7 Assim que Pio VII retornou a Roma, ele imediatamente reviveu a Inquisição e o Índice de Livros Condenados.A prisão de Pio VII veio de fato com um lado positivo para ele. Deu-lhe uma aura que o reconheceu como um mártir vivo, de modo que, quando ele voltou a Roma em maio de 1814, foi recebido com mais calor pelos italianos como heróiDesde o momento de sua eleição como papa até a queda de Napoleão em 1815, o reinado de Pio VII foi completamente retomado no trato com a França.9 Ele e o imperador estavam continuamente em conflito, muitas vezes envolvendo os desejos do líder militar francês de concessões às suas demandas. Pio VII queria sua própria libertação do exílio, bem como o retorno dos Estados Papais e, mais tarde, a libertação dos 13 "Cardeais Negros", ou seja, os Cardeais, incluindo Consalvi, que desprezaram o casamento de Napoleão com a Princesa. Marie Louise, acreditando que seu casamento anterior ainda era válido e havia sido exilado e empobrecido em consequência de sua posição10 juntamente com vários prelados, padres, monges, freiras e outros apoiadores exilados ou presos. Em 7 de março de 1801, Pio VII publicou o breve "Catholicae fidei" que aprovava a existência da Companhia de Jesus na Rússia e nomeou seu primeiro superior geral como Franciszek Kareu. Este foi o primeiro passo na restauração da ordem. Em 31 de julho de 1814, ele assinou a bula papal Sollicitudo omnium ecclesiarum, que restaurou universalmente a Companhia de Jesus. Ele nomeou Tadeusz Brzozowski como Superior Geral da ordem. Pio VII aderiu à declaração do Congresso de Viena de 1815, representada pelo cardeal Secretário de Estado Ercole Consalvi, e pediu a supressão do tráfico de escravos. Isso se aplicava principalmente a lugares como Espanha e Portugal, onde a escravidão era economicamente muito importante. O papa escreveu uma carta ao rei Luís XVIII de França de 20 de setembro de 1814 e ao rei João VI de Portugal em 1823 para incentivar o fim da escravidão. Ele condenou o tráfico de escravos e definiu a venda de pessoas como uma injustiça à dignidade da pessoa humana. Em sua carta ao rei de Portugal, ele escreveu: "o papa lamenta que esse comércio de negros, que ele acreditava ter cessado, ainda seja exercido em algumas regiões e de maneira ainda mais cruel. Ele implora e implora ao rei de Portugal que implementar toda a sua autoridade e sabedoria para extirpar essa vergonha profana e abominável ". Sob o domínio napoleônico, o gueto romano judeu havia sido abolido e os judeus eram livres para viver e se mudar para onde quisessem. Após a restauração do domínio papal, Pio VII restabeleceu o confinamento de judeus no gueto, mantendo as portas fechadas à noite Pio VII emitiu uma encíclica "Diu satis" para defender um retorno aos valores do Evangelho e universalizou a festa de Nossa Senhora das Dores em 15 de setembro. Ele condenou a Maçonaria e o movimento dos Carbonari na encíclica Ecclesiam a Jesu Christo em 1821. Pio VII afirmou que os maçons deveriam ser excomungados e os vinculava aos Carbonari, um grupo revolucionário anticlerical na Itália. Todos os membros dos Carbonari também foram excomungados.Pio VII era multilíngue e sabia falar italiano, francês, inglês e latim.Pio VII era um homem de cultura e tentou revigorar Roma com escavações arqueológicas em Ostia, que revelavam ruínas e ícones desde os tempos antigos. Ele também teve paredes e outros edifícios reconstruídos e restaurou o Arco de Tito. Ele ordenou a construção de fontes e praças e ergueu o obelisco no Monte Pinciano.O papa também garantiu que Roma fosse um lugar para artistas e artistas importantes da época, como Antonio Canova e Peter von Cornelius. Ele também enriqueceu a Biblioteca do Vaticano com numerosos manuscritos e livros. Foi Pio VII quem adotou a bandeira amarela e branca da Santa Sé como resposta à invasão napoleônica de 1808.Em 15 de agosto de 1811  a Festa da Assunção  está registrado que o papa celebrou a missa e foi dito que entrou em transe e começou a levitar de uma maneira que o atraiu para o altar. Esse episódio em particular despertou grande espanto e admiração entre os atendentes, que incluíam os soldados franceses que o vigiavam, incrédulos com o que ocorrera. Em 1822, Pio VII completou 80 anos e sua saúde estava visivelmente em declínio. Em 6 de julho de 1823, ele fraturou o quadril em uma queda nos aposentos papais e ficou acamado a partir daquele momento. Nas últimas semanas, ele frequentemente perdia a consciência e murmurava os nomes das cidades para as quais fora transportado pelas forças francesas. Com o cardeal Secretário de Estado Ercole Consalvi ao seu lado, Pio VII sucumbiu ao seu ferimento em 20 de agosto às 5 da manhã.Ele foi enterrado brevemente nas grutas do Vaticano, mas depois foi enterrado em um monumento na Basílica de São Pedro após seu funeral em 25 de agosto.
  • FEMME CAMACAN MONGOYO   LITHOGRAVURA A PARTIR DE DESENHO  DE JEAN-BAPTISTE DEBRET. OBRA ORIGINAL PUBLICADA NA "VIAGEM PITORESCA E HISTÓRICA EM BRESIL OU SEJOUR". DESENHO DE JEAN BAPTISTE DEBRET. GRAVURA DE THIERRY FRERES, PARIS. PUBLICADA EM 1834. FANTÁSTICA E BELÍSSIMA. 27 X 36 CM (TAMANHO DA GRAVURA). ACOMPANHA CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE DA GALERIA O PAPEL DA ARTE. NOTA: Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil é um álbum iconográfico do pintor, desenhista e professor francês Jean-Baptiste Debret. O livro, originalmente dividido em três volumes, foi publicado em Paris entre 1834 e 1839, com o título Voyage Pittoresque et Historique au Brésil, ou séjour d´un artiste française au Brésil, depuis 1816 jusqu´en en 1831 inclusivement, époques de l'avènement et de l'abdication de S.M.D. Pedro Ier, fondateur de l'empire brésilie. Ao longo das centenas de gravuras e textos que compõem o livro, Debret registra de cenários, personagens e situações do Brasil na época, como a representação dos índios e dos elementos da natureza, do cotidiano da cidade do Rio de Janeiro no início do século XIX e retratos da suntuosidade da corte Portuguesa. Debret veio para o Brasil com a Missão Artística Francesa, em 1816, e permaneceu no país até 1831, quando regressou à França. A obra é fruto dessa estada de quase dezesseis anos do artista no Brasil. Suas aquarelas, impressas no livro por meio de litografias, e artigos sobre o que conheceu do país possuem vasto e profundo alcance na memória dos brasileiros. Apesar do alto valor histórico que o livro possui até hoje, é preciso contextualizar sua produção, altamente influenciada pela experiência do artista francês no Brasil e das intenções com relação à imagem que queria dar ao país. Entre os temas que a obra revela nas suas linhas e entrelinhas estão a importância da Missão Artística enquanto transmissora da cultura francesa ao povo brasileiro; a situação política e cultural do Brasil no início do século XIX e as relações entre os artistas e a monarquia portuguesa. No seu conjunto, as imagens de Debret ensaiam uma interpretação do Brasil, sendo este o aspecto que mais concentra o interesse de pesquisadores. Voltado para a feitura de um "inventário" da realidade brasileira, sua obra adquire um tom classificatório, aproximando-o, por um lado, da tradição dos viajantes naturalistas europeus. Esses exploradores eram responsáveis por apreender a realidade de outras terras e apresentá-las de acordo com critérios científicos. Por outro lado, é possível identificar uma outra postura de Debret na seleção dos registros que compõem o livro. É um Debret filósofo, com a influência do seu passado como seleto artista de Napoleão Bonaparte, capaz de pensar sobre a realidade em que se encontrava e as maneiras de melhor traduzi-la. Outra faceta do artista se revela nos textos do livro, no qual expõe a imagem que tem a respeito do Brasil e também busca incutir uma realidade histórica que alguns de seus desenhos já não possuíam. Isto é, Debret faz com que as imagens sejam autorizadas a partir de sua reflexões. Nesse sentido, a obra têm sido entendida como um projeto intelectual a respeita da marcha da civilização no Brasil. A obra é composta por 153 gravuras coloridas distribuídas em 140 pranchas coloridas, acompanhadas de textos que explicam cada uma delas. O processo de realização de Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil está arraigada à própria trajetória de Debret. Depois de integrar por dez anos o grupo seleto de pintores de Napoleão, o artista passa por algumas mudanças em sua vida no ano de 1815. Já separado da esposa, ele perde seu filho, que tinha vinte anos, vê o Imperador ser exilado na ilha de Santa Helena, além de ser afastado de Jacques-Louis David, seu primo e mestre da pintura neoclássica, que vai para a Bélgica e de onde não volta. Trata-se do período da Restauração, no qual os Bourbons retomam a monarquia na França e criam um ambiente hostil para jacobinos que acompanharam a Revolução Francesa de perto, como David e o próprio Debret. Seguindo conselhos da família, o pintor decide viajar para o Brasil, juntando-se à Missão Artística. Apesar de estar, ironicamente, a serviço da corte Portuguesa, que escapou para o Brasil sob a ameaça das invasões napoleônicas em 1808, um dos aspectos que motivaram essa viagem foi uma ideia de que a burguesia francesa era uma referência de civilização e que deveria levar seus avanços aos povos ditos primitivos. Na época, o Brasil ainda era visto como uma terra exótica que, com uma metrópole em construção, tornava-se um espaço ideal para que os franceses pudessem espalhar suas habilidades e conhecimentos. Em 1815, também, o Brasil saiu de colônia para ser considerado o principal país do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. O Rio de Janeiro passava por um intenso projeto civilizatório, reforçado pelo decreto de 12 de agosto de 1816, que determinava o recebimento de um grupo de artistas franceses cuja tarefa seria estabelecer uma Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, visando o progresso em diversas frentes, além de fornecer um socorro estético que engrandecesse o Reino. A Escola, no entanto, devido à instabilidade do país e desavenças entre os franceses e portugueses, só passaria a funcionar a partir de 1826, quando Debret passa a atuar efetivamente em atividades acadêmicas. E foram ao longo desses dez anos que separam a chegada da Missão ao estabelecimento da Academia, que ele pintou grandes partes dos registros que formam Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. A chegada da Missão francesa ao Brasil coincide com a morte de D. Maria I, a Louca, e consequentemente, com a coroação do novo monarca, D. João VI. Nesses eventos, os artistas conseguem seus primeiros trabalhos para a corte. O artista, então, passou a fazer retratos oficiais para a realeza, ao mesmo tempo em que encontrava motivos para algumas das aquarelas do livro. "Embarque na Praia Grande das tropas destinadas ao sítio de Montevidéu" e "Desembarque da Princesa Real Leopoldina", ambos do terceiro volume do livro, são dois exemplos de registros referentes às suas primeiras vivências no Brasil. Essa prática de conciliar suas atividades oficiais com a preparação, a longo prazo, de um projeto pessoal, acompanharia Debret por todo o seu trajeto temporal e geográfico pelo Brasil. O autor retorna a Paris em 1831 e passa a dedicar-se à reunião do material que coletou e produziu durante os dezesseis anos no Brasil. O próprio autor foi o responsável pela feitura das litografias a partir de suas aquarelas e também dos textos que acompanhariam os desenhos. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil foi, inicialmente, editados em fascículos  método de distribuição costumeiro na época, pois facilitava a aquisição e a divulgação das obras. Os três volumes, tal como os conhecemos hoje, foram publicados em 1834, 1835 e 1839. As primeiras imagens de Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil tratam de um "estado de infância" do indígena brasileiro, assim como esses povos eram entendidos de acordo com os pensamentos iluministas. Debret faz uma associação entre o selvagem brasileiro e a natureza, cenário a partir do qual a ideia de homem brasileiro constitui-se entre viajantes, mas que aqui recebe também um sentido de espaço a ser controlado pelo homem civilizado. Diferentemente da maioria dos livros de viagens que precederam o de Debret, Viagem Pitoresca e Histórica tem menos foco na exuberância dos elementos naturais (ainda que tenha no primeiro volume algumas pranchas dedicadas a registrar vegetais e paisagens que retratem a fauna e a flora) e mais na ideia de como a natureza atrapalhava o progresso da civilização. O que fundamenta sua visão dos costumes brasileiros é um projeto de superação. Interessa a Debret, na representação dos índios, reconhecer aspectos tanto tidos como selvagens e outros tidos como civilizados. É possível reconhecer em seus textos e imagens, indícios de mestiçagem. Entre indígenas e mestiços, selvagens e civilizados interagiam e confundiam-se nas sociedades americanas. Nesse sentido, a gravura intitulado "Caboclos ou índios civilizados", uma das gravuras mais notáveis do livro, mostra um homem deitado, armando um arco com os pés em uma paisagem agreste. Se a representação, em um primeiro momento, pode parecer a de índios selvagens, o texto afirma que se tratam de índios civilizados, caboclos, nomenclatura genérica que abrangia, no Rio de Janeiro, os índios tidos como civilizados, isto é, batizados.
  • PRINCESA ISABEL - FOTOGRAFIA  DE DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA, O PRINICIPE PERFEITO, FILHO DA PRINCESA ISABEL SEGURANDO SEU FILHO PRIMOGENITO PEDRO HENRIQUE .ASSINADA PELA PRINCESA ISABEL COM VOTOS DE UM FELIZ ANO NOVO , INSCRIÇÃO NO VERSO DE PUNHO DA PRINCESA: NOSSOS MELHORES VOTOS DE NATAL E ANO NOVO. SUA MUITO AFEIÇOADA. ISABEL CONDESSA D'EU
  • SUAS ALTEZAS REAIS O PRÍNCIPE DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA (1878-1920) CHAMADO O PRÍNCIPE PERFEITO E SUA ESPOSA A PRINCESA MARIA PIA DE BOURBON SICILIAS. RETRATO  DE DOM LUIZ E DONA MARIA PIA PINTADO EM TECNICA PASTEL ASSINADO A. GIANFROTTA PARIS A ÉPOCA DO CASAMENTO DOS MESMOS EM 1908. MOLDURA ORIGINAL. FRANÇA, 1908. 22,5 X 16 CMNOTA: O Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, avô e homônimo do atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, nasceu no Palácio Isabel, em Petrópolis, em 26 de janeiro de 1878, segundo filho da Princesa Imperial do Brasil Dona Isabel e do Príncipe Gastão de Orléans, Conde dEu.Dom Luiz foi aluno aplicado e brilhante, demonstrando desde cedo muita aptidão para as Letras. Após a proclamação da República, em 1889, seguiu com a Família Imperial ao exílio. Terminou os estudos secundários na França e, com 17 anos incompletos, ingressou na Academia Militar de Wiener Neustadt, no Império Austro-Húngaro.Dom Luiz desenvolveu uma atividade política, social, esportiva e literária muito intensa. Escalou o Mont Blanc em 1896, realizou viagens pela África, pela Ásia Central e Índia, e pelos Estados Unidos. Publicou uma série de livros de viagem, com análises políticas, sociológicas e históricas muito apreciadas na época. Publicou Dans les Alpes (1901) e Tour dAfrique (1902), livros que lhe renderam o ingresso no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Publicou ainda À travers lIndo-Kush (1906), livro premiado pela Academia Francesa e pela Societé de Geographie de France.Em maio de 1907 viaja para o Brasil. Ao chegar à sua Pátria, porém, foi impedido pelas autoridades de desembarcar, o que demonstrou a insegurança em que se sentia a República brasileira, 18 anos após sua proclamação. A viagem de Dom Luiz representou um grande sucesso, para a propaganda monarquista, e causou grande alvoroço na capital. A chegada do Príncipe foi amplamente noticiada, milhares de monarquistas e curiosos foram até o cais para receber o neto de Dom Pedro II.O Príncipe sensibilizou a sua mãe, a Princesa Dona Isabel, enviando-lhe um telegrama da Baía de Guanabara no dia 13 de maio, comemoração da Lei Áurea. Retornando à França, Dom Luiz escreveu sua  obra principal, o livro Sous la Croix-du-Sud (Sob o Cruzeiro do Sul), publicado inicialmente em francês e logo depois em português, com sucessivas edições.Luiz tornou-se Príncipe Imperial do Brasil em 1908, com a renúncia de seu irmão mais velho, e logo após casou com a Princesa Dona Maria Pia de Bourbon-Sicílias, filha de Dom Afonso de Bourbon-Sicílias, Conde de Caserta, filho do Rei Fernando II e Chefe da Casa Real de Nápoles. O casal gerou três herdeiros, Dom Pedro Henrique (1909-1981), Dom Luiz Gastão (1911-1931), que faleceu jovem e sem deixar herdeiros, e Dona Pia Maria (1913), futura Condessa René de Nicolay.Como Príncipe Imperial teve sucesso em ações para retomar a campanha da causa monárquica, causando furor inclusive no Congresso Nacional quando publicou seus manifestos em 1909 e 1913. O Príncipe Perfeito, como foi alcunhado, defendia como ativista o federalismo, o serviço militar obrigatório e uma melhoria na qualidade de vida dos operários.Impedido de lutar no Exército Francês durante a Primeira Guerra Mundial, assim como seu irmão mais novo Dom Antônio, alistou-se em 1914 como voluntário no Exército Britânico, lutando bravamente até 1915 na frente das Flandres, mas contraiu um tipo agressivo de reumatismo ósseo que o deixou em estado grave, debilitado e incapaz de andar. Precisou ser afastado do serviço ativo e, nos cinco anos seguintes, somente conseguia se locomover por meio de uma cadeira de rodas que ele pedalava para não imobilizar por completo suas articulações.Já fraco e com friagem após o inverno de 1920, o Príncipe Imperial faleceu precocemente de uma congestão pulmonar em 26 de março de 1920 na Vila Maria Teresa, residência de seus sogros, em Cannes. Quem lhe sucedeu como Príncipe Imperial do Brasil foi seu filho mais velho, o Príncipe do Grão-Pará, Dom Pedro Henrique, então com apenas onze anos.Por sua bravura nos campos de batalha o Príncipe Imperial recebeu Medalha Militar do Yser, pelo Rei Alberto I da Bélgica, a Legião de Honra, no grau de cavaleiro e a Cruz de Guerra, pelo governo francês e pelo Reino Unido a British War Medal e a Victory Medal e Star.
  • LOTE RETIRADO ATENDENDO INTERESSE DO ARQUIVO NACIONAL  - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - DOM PEDRO I - MISSIVA  DE  CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO  MARQUÊS DE VILLA REAL DA PRAIA GRANDE, PRIMEIRO MINISTRO DA FAZENDA DO BRASIL ENDEREÇADA A DOM PÉDRO I  ENTÃO PRÍNCIPE REGENTE DO BRASIL QUANDO INICIOU A HISTÓRICA VIAGEM A MINAS GERAIS PARA PACIFICAR A PROVÍNCIA.  EM TENSÃO DE REVOLTA. IMPORTANTE DOCUMENTO HISTÓRICO EM QUE O MINISTRO DESEJA AO IMPERADOR ÊXITO EM SUA VIAGEM A MINAS GERAIS EM 31 DE MARÇO DE 1822, SEIS DIAS APÓS O IMPERADOR INICIAR SUA VIAGEM RUMO A VILLA RICA. UM DOCUMENTO HISTÓRICO PORQUE APONTA DE FORMA EXPLÍCITA QUE NESTA DATA SEIS MESES ANTES DA PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DOM PEDRO I JÁ ESTAVA DECIDIDO A TORNAR O BRASIL UMA NAÇÃO INDEPENDENTE E UM IMPÉRIO CONTITUCIONAL. MUITO SE PROPALA QUE A PROCLAMAÇÃO FOI UM ROMPANTE DO IMPERADOR DIANTE DAS ORDENS DAS CORTES PORTUGUESAS PARA TRAZER DE VOLTA A PORTUGAL O PRÍNCIPE DOM PEDRO A QUEM CHAMAVAM DE MOLEQUE E AO MESMO TEMPO ENCRUDECER O REGIME COLONIAL AO PATAMAR ANTERIOR AO DA VINDA  DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA PARA O BRASIL ESCAPANDO DO CERCO NAPOLEONICO AO PAÍS.  ESSE DOCUMENTO ENTRETANTO PROVA DE FORMA CABAL QUE O PLANO PARA A INDEPENDÊNCIA JÁ ESTAVA TRAÇADO E EM ANDAMENTO. EXCERTOS DO TEXTO:  SENHOR, MINHA ALMA TODA INTEIRA VAI ANCOPANHANDO A VOSSA ALTEZA REAL A SUA VIAGEM, DESEJANDO MIL VOTOS AO CÉU PELA CONSERVAÇÃO DOS PRECIOSOS E DOURADOS DIAS DE VOSSA ALTEZA REAL E PELO ÊXITO FELIZ DE SEUS GRANDES, BENIGNOS E ALTOS PENSAMENTOS. DEUS QUEIRA CONCEDER A VOSSA ALTEZA REAL, AO MENOS UM SÉCULO DE VIDA A REUNIR O VASTO IMPÉRIO DO BRASIL DESDE O AMAZONAS ATÉ O RIO DA PRATA DEBAIXO DO GOVERNO CONSTITUCIONAL DO MELHOR DOS PRÍNCIPES. RIO DE JANEIRO EM 31 DE MARÇO DE 1822. AOS REAIS PÉS DE SUA ALTEZA REAL. O MINISTRO E SECRETÁRIO DE ESTADO DE NEGÓCIOS DA FAZENDA. ASSINA CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO. 30 CM DE ALTURANOTA: Após solucionar o entrave com o Comandante das Armas, o General Avilez, e acalmar os ânimos dos moradores da cidade do Rio de Janeiro, D. Pedro voltou a sua atenção à província mais populosa e rica do Brasil naquela época: a de Minas Gerais. Desde o retorno de seu pai, tornaram-se cada vez mais fortes os rumores de que os mineiros estavam se organizando politicamente e estabelecendo um corpo de exército, a fim de se separarem do Brasil. Como sabemos, visto os movimentos ilustrados ocorridos na província mineira durante a segunda metade do século XVIII, tal finalidade não era propriamente algo inédito. Um outro fator contribuía para a disposição dos mineiros a favor da separação: o Príncipe Regente era pouco conhecido nas demais províncias do Brasil, pois mal teria saído da corte desde a sua chegada em 1808. Na sua História da Independência do Brasil, Francisco Adolfo Varnhagen comentou que a vida de 13 anos, apertado entre as montanhas do Rio de Janeiro, donde apenas saíra a espairecer, de quando em quando, até aos campos da fazenda de Santa Cruz, não podia ter impressionado bastante o seu espírito com a grandeza e vastidão do Império virgem, que a Providência lhe reservava. Junto dessa falta de conhecimento, D. Pedro também era considerado muito novo  tinha apenas 23 anos  e com pouca experiência para comandar o Brasil. De fato, até os primeiros três meses de 1822, podemos dizer que a causa do Brasil era mais um movimento dos moradores da antiga sede da coroa portuguesa, em parceria com alguns homens das letras da província de São Paulo, estando longe, pois, de ser algo uniforme em todo o território. A esse propósito, as diversas batalhas entre os adeptos e os contrários da emancipação política, ocorridas nas províncias da Bahia, do Pará e de Pernambuco, entre os anos de 1822 e 1823, demonstram o quanto tal movimento não era homogêneo.Assim, alarmado com as notícias de rebeliões nas cidades mineiras e com o intuito de se fazer conhecido e conhecer o seu próprio povo, o Príncipe Regente saiu em uma expedição pela província de Minas Gerais no dia 25 de março de 1822. Ao todo, D. Pedro percorreu 160 localidades (fazendas, arrais, vilas e cidades) e, apesar das dificuldades do trajeto, ficava cada vez mais fascinado com o que encontrava. A cada localidade que adentrava, era recebido com grande festividade e acolhimento, o que lhe causava imensa comoção.Com a viagem a Minas, o referido Varnhagen alegou que se havia operado no ânimo do Príncipe uma transformação radical. Tinha-se completamente naturalizado brasileiro, e de tal começou a ufanar-se perante seu próprio pai. Daí, não foi nenhuma surpresa quando D. Pedro aceitou o título de Defensor Perpétuo do Brasil, em 13 de maio de 1822, oferecido pelo Senado da cidade do Rio de Janeiro, e pôs-se à disposição dos brasileiros.

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