Peças para o próximo leilão

444 Itens encontrados

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  • LINDO BOWL EM VIDRO ARTÍSTICO IRIDESCENTE ASSINADO SOB A BASE LALIQUE. DECORADO EM RELEVO A TODA VOLTA COM FIGURA DE AVES AQUÁTICAS, MAR ENCARPELADO E PEIXES. LINDA PEÇA! FRANÇA, SEC. XX. 23 CM DE DIAMETRO
  • PRATA INGLESA EDUARDIANA  EPERGNE EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES, LETRA DATA 1922. ELEGANTE ESTILO EDUARDIANO COM BORDA RETICULADA FORMANDO ELEMENTOS VEGETALISTAS. FEITIO FACETADO, FUSTE EM BALAUSTRE E BASE CIRCULAR. INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 18 CM DE DIAMETRO. 395 G
  • LALIQUE  MODELO BICHES (BICHOS) CRIADO EM 1931.  FLOREIRO BOJUDO  EM VIDRO ARTÍSTICO DE LALIQUE ASSINADO SOB A BASE. LINDA DECORAÇÃO COM CORSAS ENTRE VEGETAÇÃO. FRANÇA, SEC. XX. 18 CM DE ALTURA
  • CARTIER TANK FRANÇAISE CHRONOFLEX 1995S  REF. NO. 2303. PULSEIRA EM AÇO E OURO 18K. CAIXA EM AÇO 38 X 28 MM. FUNDO APARAFUSADO. COROA COM CABOCHON DE SAFIRA. DIAL ESMALTADO EM BRANCO. ALGARISMOS ROMANOS. PONTEIROS EM AÇO AZULADO, 3 SUBMOSTRADORES COM EXIBIÇÃO DE CRONÓGRAFO DE DATA E HORA-MINUTO, BOTÕES DE CRONÓGRAFO DOURADOS. MOVIMENTO QUARTZO COM FUNÇÃO DE CRONÓGRAFO E EXIBIÇÃO DE DATA. MOSTRADOR EM SAFIRA ANTI RISCO. PULSEIRA COM FECHO EM BÁSCULA DUPLA OCULTA. MUITO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO E FUNCIONAMENTO. SEC. XX.
  • VERLYS MODELO CAMPANULES  MODELO DE 1930  LINDO FLOREIRO EM VIDRO ARTÍSTICO DA MANUFATURA DE VERLYS MODELO CAMPANULES COM DECORAÇÃO  DE PLANTAS E FLORES DE CAMPANULAS. ELEGANTES ALÇAS LATERAIS. ASSINADO. FRANÇA, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 20 X 21 CM
  • VERLYS MODELO CAMPANULES  MODELO DE 1930  FORMA PAR COM O ANTERIOR. LINDO FLOREIRO EM VIDRO ARTÍSTICO DA MANUFATURA DE VERLYS MODELO CAMPANULES COM DECORAÇÃO  DE PLANTAS E FLORES DE CAMPANULAS. ELEGANTES ALÇAS LATERAIS. ASSINADO. FRANÇA, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 20 X 21 CM
  • SCHINEIDER, CHARLES  BELO PAR DE CANDELABROS EM VIDRO ARTÍSTICO ESTILO E ÉPOCA ART DECO. ASSINADO SOB A BASE. FRANÇA, MEADOS DO SEC. XX. 21 CM DE ALTURA
  • BELA PULSEIRA DO TIPO GROUMET EM OURO 18 K COM FECHO DE GAVETA. SEC. XX. 20 CM DE COMPRIMENTO. 15,4 G
  • BELO PAR DE ENCANTADORES PERROQUETS EM PRATA DE LEI. OS PÁSSAROS SEGURAM BOTÃO FLORAL NOS BICOS. ESTÃO EMPOLEIRADOS SOBRE  RAMAGAENS. INDIA, SEC. XX. 20 X 19 CM. 1070 G
  • TORAH SHIELD EM PRATA DE LEI COM RICA DECORAÇÃO RELEVADA CONTENDO MENORAH ALADO POR DOIS LEÕES CONHECIDOS COMO LEÕES DE JUDÁ. O CONJUNTO É ENCIMADO POR UMA COROA. MARCAS DE CONTRASTE ST E TEOR 925. SEC. XX. 26 X 19 CMNOTA: O termo TORAH SHIELD significa escudo da Torá e dependendo na região também são usados sinônimos: tas ou peitoral. O uso de Escudos da Torá era comum entre as comunidades Ashkenazi. Isso porque os os judeus de Ashkenazi armazenaram os rolos da Torá em  capas de tecido, e as comunidades sefarditas as colocaram em caixas de madeira, às vezes prateadas. O valor prático inicial dos escudos da Torá era ajudar rapidamente a encontrar o texto da Torá que se quer ler. Assim na parte inferior tem sempre janelas em sua maioria  retangulares onde se fixavam as placas com a identificação dos dias ou feriados pertinentes ao uso do rolo específico. O TORAH SHIELD serve até certo ponto como um calendário. No entanto a maior parte desse protetores de TORA tem função decorativa. A tradição oral judaica associa o escudo da torá com Peitoral do Sumo Sacerdote Hoshen  O termo peitoral (couraça) é frequentemente usado para descrever um escudo da Torá. O uso de um peitoral de metal pode ser considerado como uma das alusões do templo e a metáfora da liturgia do templo que enfatiza a decoração. Em vários dos Torah Shield, o sumo sacerdote Arão é retratado, bem como os atributos do templo, incluindo como no caso deste em pregão,  o Menorah.
  • IMPERIO AUSTRO HUNGARO PRATEIRO KARL KAUBA  HANUKKYAG MENORAH  CANDELABRO JUDAICO EM PRATA DE LEI UTILIZADO DURANTE O FERIADO JUDAICO DE CHANUKÁ OU FESTA DAS LUZES. NESTA CELEBRAÇÃO, OS JUDEUS DE TODO O MUNDO COMEMORAM A LIBERTAÇÃO DO TEMPLO DE JERUSALÉM DO DOMÍNIO DOS GREGOS NO SÉCULO II A.C. SOB A LIDERANÇA DOS MACABEUS E O MILAGRE DO AZEITE QUE HAVIA NUMA BOTIJA - QUE DURARIA UM DIA SÓ - E QUE QUEIMOU NO CANDELABRO DO TEMPLO POR OITO DIAS. ESTE É O MOTIVO DOS NOVE BRAÇOS DA CHANUKIÁ, SENDO O BRAÇO DO MEIO, MAIS PROEMINENTE, DENOMINADO SHAMASH (SERVENTE), POIS A VELA QUE É COLOCADA NESTE BRAÇO É USADA PARA ACENDER AS VELAS QUE SÃO COLOCADAS NOS OUTROS OITO BRAÇOS. DECORADO COM FIGURA DE PAVÃO. MARCAS DE CONTRASTE PARA O IMPÉRIO AUSTRO HUNGARO, PRATEIRO KARL KAUBA, ATIVO ENTRE 1891 E 1898. AUSTRIA, SEC. XIX. 35 X 28 CMNOTA: Hanukkah é um feriado judaico, frequentemente referido como o 'Festival das Luzes'. Hanukkah é celebrado por oito dias e noites, começando no dia 25 do mês judaico de Kislev, que pode ocorrer entre o final de novembro e o início de dezembro no calendário secular. Por oito noites, as famílias rezam e depois acendem velas em um candelabro de oito braços chamado menorá. A maioria das famílias também serve comidas especiais para o feriado, canta canções, joga e dá presentes, incluindo Hanukah gelt (moedas de chocolate). o História de Hanukkah baseia-se em eventos históricos ocorridos em 165 AEC em Jerusalém. Celebra a rededicação do Segundo Templo de Jerusalém durante o século II aC, após o triunfo de um pequeno grupo de rebeldes judeus, conhecidos como Macabeus, contra seus opressores, os greco-sírios, que profanaram o templo erguendo um altar para Zeus e sacrificando porcos dentro de suas paredes sagradas. A fim de rededicar o templo, os Macabeus tiveram que acender uma menorá que queimaria dentro do templo o tempo todo. No entanto, eles só tinham azeite puro suficiente para durar um dia. Milagrosamente, o óleo queimou por oito dias, deixando tempo para encontrar um novo suprimento de óleo.. Hanukkah é um feriado judaico menor em comparação com os feriados de Rosh Hashonah e Yom Kippur ou de Purim e Páscoa. Tornou-se um feriado mais significativo no mundo ocidental por causa de sua proximidade com o Natal e o desejo entre os judeus mais seculares de participar da construção cultural até o solstício de inverno; como resultado, dar presentes (além do presente tradicional do Hanukkah gelt) é mais popular no oeste do que em outras partes do mundo. Embora as tradições de Hanukkah sejam semelhantes em todo o mundo, cada país tem sua própria peculiaridade. Em partes da França, por exemplo, as famílias acendem uma menorá de dois andares (16 velas), enquanto no Marrocos as guloseimas fritas são feitas com suco de fruta e casca de laranja.
  • HANUKKYAG MENORAH - CANDELABRO JUDAICO EM PRATA DE LEI UTILIZADO DURANTE O FERIADO JUDAICO DE CHANUKÁ OU FESTA DAS LUZES.. MARCAS DE CONTRASTE DE PRATA STERLING E PRATEIRO JVN. POSSUI OITO LÂMPADAS DE AZEITE COM FEITIO DE LEÕES PERFILADOS. UMA NONA LÂMPADA NO ALTO DO LADO DIREITO, UTILIZADA PARA ACENDER AS OITO PERFILADAS E UM DEPÓSITO PARA AZEITE DO LADO DIREITO. PEÇA MAGNIFICA, ROBUSTA E MUITO BEM EXECUTADA. EUROPA, INICIO DO SEC. XX.  AUTRIA, SEC. XIX. 34 X 33 CM
  • HAZORFIN BELO COPO PARA KIDUSH EM PRATA DE LEI. DECORADO COM TRANÇADOS SIMULANDO FIBRAS NATURAIS. TEM INSCRIÇÃO ALUZIVA A UM BAR MITZVAH (UMA FESTA DE TRANSIÇÃO PARA OS MENINOS DE 13 ANOS QUE SE APRESENTAM A COMUNIDADE PARA REALIZAR UMA SÉRIE DE RITUAIS, ESTUDOS E ATIVIDADES QUE COMPROVEM QUE ESTÁ APTO A TORNAR-SE UM ADULTO RESPONSÁVEL POR SEUS ATOS). . ISRAEL, SEC. XX. 9 CM DE ALTURANOTA: A Torá refere-se a dois requisitos relativos ao Shabat - "mantê-lo" e para "lembrar-lo" (shamoreZakhor).A lei judaica exige, portanto, que o Shabat seja observado em dois aspectos. É preciso "mantê-lo", abstendo-se de trinta e nove atividades proibidas, e deve-se "lembre-se que" ou rememorá-lo fazendo-se arranjos especiais para o dia, e, especificamente, através da cerimônia de kiddush. Recitar kiddushantes da refeição na véspera do Shabat e feriados judaicos é, portanto, um mandamento da Torah (como é explicado pela Torá Oral).Para honrar amitzvah deve-se recitar a prece kiddush sobre o copo de vinho. Para tanto, uma taça de prata é usada frequentemente. O ritual pressupõe realizar uma revi'it de líquido (um quarto do copo medido com polegar).A revi'ité entre 161,5 ml e 90,7 ml (de acordo com o tamanho do copo). Depois que a pessoa recita a bênção e bebe do copo, o vinho é passado ao redor da mesa ou derramado em copos pequenos para os outros participantes.
  • DELICADA SALVA EM PRATA DE LEI ESTILO DONA MARIA . BORDA COM PEROLADOS, ASSENTE SOBRE TRÊS PÉS ALTOS. BRASIL, SEC. XIX. 15,5 CM DE DIAMETRO
  • BEN-ZION   MEZUZAH CASE EM PRATA DE LEI  MARCAS DO PRATEIRO DE ISRAEL BEM-ZION TEOR 925. ISRAEL, SEC. XX. 13 CM DE COMPRIMENTONOTA: A palavra hebraica mezuzá significa ombreira da porta. De acordo com a tradição, a mezuzá deve ser afixada no batente da porta na entrada de uma casa judaica, bem como na entrada de cada um dos cômodos internos, exceto nos banheiros. A mezuzá em si consiste em um pequeno rolo de pergaminho (k'laf) no qual estão escritas duas passagens bíblicas. O primeiro é Deuteronômio 6:4-9: Ouve, ó Israel! O Eterno é nosso Deus, somente o Eterno. Amarás o Eterno teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças. Leve a sério estas instruções com as quais eu o cobro neste dia. Impressione-os em seus filhos. Recite-as quando estiver em casa e quando estiver fora, ao se deitar e ao se levantar. Amarre-os como um sinal em sua mão e deixe-os servir como um símbolo em sua testa; inscreve-os nas ombreiras da tua casa e nos teus portões. A segunda passagem é Deuteronômio 11:13-21: Se, pois, obedeceres aos mandamentos que hoje te ordeno, amando o Eterno teu Deus e servindo a Deus com todo o teu coração e alma, concederei a chuva para a tua terra a seu tempo, a chuva temporã e a chuva tardia. . Você colherá seus novos grãos, vinho e azeite - também fornecerei grama nos campos para o seu gado - e assim você comerá até se saciar. Tome cuidado para não ser atraído para servir a outros deuses e se curvar a eles. Pois a ira do Eterno se acenderá contra você, fechando os céus para que não haja chuva e a terra não dê o seu produto; e em breve você perecerá da boa terra que o Eterno está designando a você. Portanto, imprima estas Minhas palavras em seu próprio coração: amarre-as como um sinal em sua mão e deixe-as servir como um símbolo em sua testa, e ensine-os a seus filhos  recitando-os quando você ficar em casa e quando estiver fora, quando se deitar e quando se levantar; e inscreve-os nas ombreiras de tua casa e nas tuas portas, para que tu e teus filhos perseverem, na terra que o Eterno jurou a teus pais lhes dar, enquanto houver céu sobre a terra. O pergaminho é inserido em um invólucro que geralmente é bastante bonito e artístico em design.
  • RARO MEZUZAH CASE EM COBRE. DECORADO COM MOTIVOS GEOMÉTRICOS. EUROPA, SEC. XVII/XVII. 12 CM DE COMPRIMENTO
  • REPÚBLICA BRASILEIRA - SERVIÇO DOS EMBAIXADORES  UTILIZADO NO PALÁCIO DO ITAMARATY  BELISSIMA XÍCARA EM PORCELANA DE ENCOMENDA A MANUFATURA J.P.L FRANCE (JEAN POUYAT LIMOGES). PORCELANA BRANCA COM BARRADO EM DOURADO E RESERVA CONTENDO BRASÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPROZIDO NA PAG 625 DO LIVRO O BRASIL E A CERAMICA ANTIGA DE ELDINO DA FONSECA BRANCANTE. FRANÇA, DEC. 1910. 8 CM DE DIAMETRO.
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES - EX COLEÇÃO  ALCIDES VIDIGAL. EXCEPCIONAL TRAVESSA EM PORCELANA COM ESMALTES DO REINADO QIANLONG. FEITIO OCTAVADO. DECORADA COM CASAL DE PAVÕES, PEONEAS E FLORES DIVERSAS. PERTENCEU AO SERVIÇO DO REI DOM JOÃO VI.  O FUNDO EM DESEJÁVEL FINALIZAÇÃO UNDERGLAZE TEM INSCRIÇÃO A LAPIS PARA GOMES FEVEREIRO DE 1919. PERTENCEU A UMA FAMILIA MINEIRA QUE SERVIU AO IMPERADOR   CHINA, MEADOS DO SEC. XVIII. 33 CM DE COMPRIMENTONOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou, em suas últimas fornadas, redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Além de pratos de vários tamanhos, foram confeccionadas sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras, wine-coolers e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como viajante, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo. Com o fim do Império em 1890, foram realizados diversos leilões pelo leiloeiro Joaquim Dias dos Santos, no Rio de Janeiro, mas seus registros foram logo depois perdidos num incêndio ocorrido pouco depois na loja do leiloeiro. -
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES  EX COLEÇÃO ALCIDES VIDIGAL. EXCEPCIONAL PRATO EM PORCELANA COM ESMALTES DO REINADO QIANLONG (1711-1799). FEITIO OITAVADO (PRIMEIRA LEVA DE ENCOMENDA). PERTENCEU AO SERVIÇO DO REI DOM JOÃO VI. CHINA, MEADOS DO SEC. XVIII. 23 CM DE DIÂMETRO.NOTA: DIZ O ANUÁRIO DO MUSEU IMPERIAL EDITADO EM 1942 A RESPEITO DAS LOUÇAS BRAGANTINAS: Quase no fim os preciosos aparelhos da China, com raras peças que ainda teimavam em ostentar a sua estranha suntuosidade, d. Maria I, ainda lúcida, nas calmas de sua corte respeitosa, fez para a França as grandes encomendas da fábrica nobilíssima do Duc dAngoulême, que deram a d. João infinito prazer. Entre essas as que contavam delicados pratos com o entrecho pitoresco das fábulas de La Fontaine. Ao lado desses não ficavam em posição inferior outros serviços usados no Brasil pela real casa lusitana. Foram muitos. Das mais soberbas e preconizadas marcas. Sèvres, Saxe, Bourg-la-Reine, Chantilly, Sarreguemines, Capo di Monte, o vieux Limoges. Todos esses aparelhos, os mais caros e apreciados da época (não se serviam com mais fausto os grão-senhores das cortes européias) eram apenas complemento às referidas peças de porcelana francesa de fabrico do Duc dAngoulême, que apresentam na borda a coroa do Reino Unido e ao centro uma paisagem, ou simplesmente o escudo real (serviço do Reino Unido) . Esses que passaram mais tarde das mãos reais à tradição da família brasileira, especialmente daquelas castas mais achegadas ao paço, das saudosas matronas patrícias que foram amigas íntimas da princesa Isabel e d. Teresa Cristina, e no leilão do Paço Imperial atropelavam o paciente Virgílio com um chorado peditório de um sapato velho, que a medo escondiam no seio, um lenço usado, um grampo de chapéu, uma negalha de cabelo ainda agarrado à tartaruga dos pentes, qualquer coisinha, um pequeno nada que tivesse pertencido à mãe dos brasileiros, Dona Thereza Cristina . Não só as pessoas fidalgas, que possuíam brasões de armas registrados em cartórios de nobreza e desenhados pelo lápis acatado de Luiz Aleixo Boulanger. Muita gente humilde. Muito fiel servidor do paço ou descendente da abundante famulagem de Petrópolis, de Santa Cruz e da Boa Vista. Conheço o filho de um antigo cocheiro da quinta que ainda guarda uns pratos imperiais, com emblemas e frisos de ouro, e não os larga por dinheiro nenhum, nem à mão de Deus Padre. Infelizmente torna-se penoso identificar todo o conjunto restante das louças da monarquia. O catálogo do leilão da Boa Vista é, de parte o seu alto valor documentário, impreciso e deficiente na explanação dos seus dois mil e tantos lotes. Há muita dúvida na sua descrição, na qualidade, marca, cor, desenho e procedência dos seus múltiplos componentes. Existia no Paço da Cidade, como nas outras moradias reais, muita louça sem brasão, iniciais ou siglas de fabrico, principalmente na fazenda de Santa Cruz, cujos armários resplendiam com mais de vinte serviços da ilustríssima Companhia das Índias. Com o inevitável rumo dispersivo causado pelo leilão, muita coisa desapareceu, mergulhou no tumulto dos acontecimentos, sem que pudesse ser analisada nos seus menores detalhes, classificada ao menos na sua vaga aparência. Não obstante, foram os lotes dessa inesquecível justa de arte que revelaram a existência de muita porcelana fina que corre a via sacra dos antiquários e leiloeiros, em meio século de República. Sem que ninguém percebesse, pela falta absoluta de provas de identidade, foram por isso adquiridas a preços irrisórios e mesmo depreciadas por amadores displicentes que imaginavam que nas mesas imperiais só poderiam figurar louçarias que se distinguissem por coroas ou monogramas de príncipes. Talloni, pouco antes de falecer, cedeu ao dr. João do Rego Barros, o aprimorado amador de arte antiga que o Rio de ontem conheceu e estimou. Talloni era um jovem oficial, quando se deu o leilão de Santa Cruz. Morava aí ou servia próximo, nos seus lidares de militar brioso. Ainda o conheci, capitão do Exército, no Colégio Militar, à flor dos meus verdes anos. Era um tipo de homem exemplar na sua rígida conduta. Sua palavra, seu conceito sempre portava por fé. De verdadeiro servidor da pátria as suas atitudes, o fiel cumprimento do dever. Assim, tudo que ele pudesse ter declarado ao confiar a Rego Barros as peças imperiais que adquirira vale um documento histórico, por um tributo de serena honestidade. Dentre os espécimes por ele adjudicados, revelam-se aqueles, até então desconhecidos, que hoje refulgem nos mostruários dos museus e exibem finas decorações de flores, animais, paisagens e pássaros. São já bastante conhecidos dos amadores e não deixam a menor dúvida quanto à sua procedência, das suas primorosas pinturas tiravam os serviçais do paço as pitorescas alcunhas. Ao pôr a mesa para os ágapes, eles diziam, pela voz do mordomo: Hoje é a louça dos pastores. Ou, em dia de gala: O rei hoje, data do seu aniversário, vai gostar de comer nos pratos dos pavões. E assim, como um florido calendário, iam essas jóias de valor se entremostrando ao sol de cada dia. Na coleção Andrade Pinto, no museu do Instituto Histórico, existe um raro exemplar da louça dita das casas, de idêntica filiação, que, por opostos caminhos, o infatigável amador pudera classificar como pertencente a serviço de propriedade do príncipe d. João. 1. E muito alegre ficou, quando Carlos Frederico, esse outro arguto e inteligentíssimo maníaco, lhe mostrou alguns exemplares que completavam a série, juntamente com o mais rico, o das fábulas, cuja beleza e raridade, com efeito, não têm rival. As marcas das porcelanas desse período, geralmente conhecidas por Vieux Paris, às vezes sem determinação precisa de local e de época, o que atormenta o colecionador, desapareciam com facilidade. Raríssimas as peças em que ainda hoje se deparam intactas as indicações de ano e de fatura. Eram essas quase sempre gravadas sobre o esmalte a tinta avermelhada-escura; e do serviço de d. João VI, o que tem a coroa na borda do prato, só se conhece, com a marca, o exemplar que se acha no Instituto Histórico. Outros sinais, muita vez convenções, quando não simples iniciais ou algarismos, muito comuns aos obreiros de Sèvres, eram colocados antes do esmaltamento final e gravados na própria porcelana, o que lhes assegura uma impressão indelével. Esse cuidado serve para uma completa identificação dos objetos, no que se refere à mão que os fez e ao tempo que os consagrou.
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES  EX COLEÇÃO ALCIDES VIDIGAL. EXCEPCIONAL PRATO EM PORCELANA COM ESMALTES DO REINADO QIANLONG (1711-1799). FEITIO OITAVADO (PRIMEIRA LEVA DE ENCOMENDA). PERTENCEU AO SERVIÇO DO REI DOM JOÃO VI. CHINA, MEADOS DO SEC. XVIII. 23 CM DE DIÂMETRO.

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