Peças para o próximo leilão

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  • VISTOSO LUSTRE DE ESTILO ECLÉTICO CONSTRUÍDO COM  METAL REVESTIDO EM CRISTAL. FORMANDO ESPIRAIS NAS EXTREMIDADES. COMPOSTO POR 12 BRAÇOS DE ONDE PENDEM CORDÕES COM GOTAS EM CRISTAL.. MEADOS DO SEC. XX. 115 X 115 CM
  • LEITÃO & IRMÃOS  PRATEIROS DA CASA REAL PORTUGUESA E BRASILEIRA. MONUMENTAL PAR DE TOCHEIROS DE GRANDE DIMENSÃO EM PRATA DE LEI BATIDA.  MARCAS PARA PORTUGAL INICIO DO SEC. XX. FEITIO DE BALAUSTRE.  LARGA BASE COM FEITIO OCTAVADO. ALMA EM MADEIRA. ESSES GRANDIOSOS TOCHEIROS SÃO PEÇAS ÚNICAS FEITAS SOB ENCOMENDA PARA UMA ARTISTA QUE DESEJAVA REUNIR A TRADIÇAO DOS GRANDIOSOS TOCHEIROS LITURGICOS COM O MODERNISMO DOS ANOS 60. SÃO PEÇAS QUE CHAMAM A ATENÇÃO NÃO SÓ PELA BELEZA E DIMENSÃO MAS TAMBÉM PELO INUSITADO DA PROPOSTA.  PORTUGAL, DEC. 60. 64 CM DE ALTURA. 13,5 KG
  • IGNEZ RAFFI - MONUMENTAL GRUPO ESCULTÓRICO REPRESENTANDO CALVÁRIO CONSTRUÍDO EM ESTUQUE POLICROMADO. MANUFATURA FRANCESA. ASSINADO VERREBOUT  (AUTOR DO MONUMENTO AO BISPO JOSEPH GUIGUET AO LADO DA CATEDRAL DE NOTREDAME EM PARIS) E SELADO La Statue Religieuse. 135 (H) X 80 CMnota: Ignaz Raffl, ou Josef-Ignaz Raffl (* 17. 12. 1828 Meran,  11. 11. 1895 Mentone)escultor em madeira de origem italiana, radicado em Paris em 1857 . Em 1871 criou a Virgem Coroada instalada na esplanada do santuário de Notre-Dame de Lourdes . Apoiado pelo Santuário de Lourdes , este modelo teve um enorme sucesso e deu origem a inúmeras variantes . A casa Raffl, que aos poucos assumiu os principais fabricantes de estátuas religiosas 3 , produzia obras de todos os tamanhos e em diversos materiais que iam do estuque ao bronze, passando pelo papelão comprimido e ferro fundido. A maioria das fundições de arte foram solicitadas por Raffl e trabalhavam para a empresa, sem que fosse possível identificar facilmente os vínculos de subcontratação 1 . O nome "Casa Raffl" cobre, de fato, uma história complexa composta por aquisições e fusões: embora tenha sido dirigida apenas por Ignaz Raffl de 1862 a 1874, seu nome permaneceu ligado à empresa como comercial 1 . Foi primeiro, a partir de 1796, uma oficina de moldagem dirigida pela família Frediani, originária de Florença , que a tornou um próspero negócio que se estabeleceu no Quai Saint-Michel entre 1825 e 1851, e mais tarde no Saint-Jacques Boulevard . Ignaz Raffl ingressou na oficina, casou-se com uma jovem da família e assumiu o negócio, ao que parece, em 1862. Após várias mudanças, a casa Raffl ocupou de 1870 a 1936 um grande edifício localizado na rue Bonaparte 64, que incluía oficinas de fabricação e uma loja 1 . O bairro, próximo à igreja de Saint-Sulpice , reunia então lojas de arte sacra e artigos para a igreja. Ignaz Raffl se aposentou em 1874 e a empresa continuou a crescer com vários sócios . Novas oficinas foram construídas em 1883 em 33, rue Régnier no 15º arrondissement . Inúmeras aquisições de empresas existentes permitem que a casa Raffl cresça ainda mais . Esta actividade foi particularmente favorecida na segunda metade do SÉCULO  XIX , ipela "  recarga sagrada  " com a moda ao estilo sulpiciano , a construção de numerosos edifícios religiosos de estilo ecléctico e a sua decoração com estátuas de santos, e a renovação devoção popular. , por exemplo, ao Sagrado Coração de Jesus ou à Virgem das aparições recentes ( rue du Bac em Paris , La Salette , Pontmain , Lourdes...). A produção em massa pelo processo de moldagem, nomeadamente em gesso, permite preços de custo muito inferiores aos da estatuária tradicional em pedra ou madeira. A distribuição é por catálogo 3 , 5 .Produziu dezenas de milhares deles (mais de 62.000 apenas no período de 1871 até o final de 1877), instalados em igrejas por toda a França e também exportados para todo o mundo.Em 1911, surgiu a marca comercial La Statue Religieuse, que se tornou o nome de uma sociedade anónima em 1924 6 . Em 1936, a empresa foi transferida para 13, rue Pierre-Leroux . Foi finalmente liquidada em 1953. A maioria dos fabricantes de estátuas religiosas cessou a sua actividade durante os anos 1950 e 1960, ficando a produção sulpiciana desde então suspensa
  • COMPANHIA DAS INDIAS DE EXPORTAÇÃO  CANTON WARE  REINADO TONGXI i (27 de abril de 1856  12 de janeiro de 1875)  GRANDIOSA SOPEIRA EM PORCELANA COM EXUBERANTE DECORAÇÃO COM GRANDES CARPAS KOI, OUTRAS ESPÉCIES DE PEIXES E LAGOSTINS. INTERNAMENTE BARRADO FLORAL APLICADO SOBRE ESMALTES EM CORAL. ARREMATES EM OURO. ALÇAS LATERAIS DUPLAS ENTRELAÇADAS SIMULANDO COLMOS. TAMPA TEM PEGA VEGETALISTA..A  BASE É DECORADA COM LINDOS ELEMENTOS VEGETALISTAS JUSTAPOSTOS COM ESMALTES EM VERDE SIMULANDO PLANTAS AQUÁTICAS.  UMA PEÇA INCRIVELMENTE BONITA E VISOSA! CHINA, SEC. XIX. 36 CM DE COMPRIMENTO.
  • DONA MARIA II  RAINHA DE PORTUGAL E PRINCESA DO BRASIL. OST  LINDO RETRATO OFICIAL DA RAINHA DONA MARIA II POR OCASIÃO DE SUA ASCENÇÃO AO TRONO PORTUGUÊS QUANDO AINDA VIVIA NO BRASIL AOS SETE ANOS DE IDADE. A RAINHA MENINA É REPRESENTADA A MEIO CORPO, TRAJANDO DE VESTIDO AZUL E BRANCO, COM A PLACA E A BANDA COM PENDENTE DAS TRÊS ORDENS MILITARES PORTUGUESAS, DEVE TRATAR-SE DO RETRATO OFICIAL DISTRIBUÍDO ÀS CÂMARAS MUNICIPAIS E OUTRAS ENTIDADES. AINDA MENINA FOI LEVADA PARA INGLATERRA ENQUANTO DOM PEDRO I TRAVAVA UMA GUERRA EM PORTUGAL PARA DEVOLVER O TRONO Á SUA FILHA QUE FORA USURPADO POR SEU IRMÃO DOM MIGUEL. NESSA ÉPOCA VIVEU NA CORTE DE SAINT JAMES, FOI SAUDADA COMO ALIADA PELO REI GEORGE III E FOI AMIGA DA RAINHA VICTORIA QUE NA ÉPOCA ERA CRIANÇA COMO DONA MARIA II. AS DUAS SOBERANAS CORRESPONDERAM-SE POR CARTAS A VIDA INTEIRA. BRASIL, DEC. 1820. NOTA:  Dona Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga, mais conhecida como Maria II de Portugal, tem um nome extenso, assumiu o trono de Portugal aos 7 anos de idade, casou-se por três vezes e gerou onze filhos. Maria II de Portugal nasceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de abril de 1819. Filha do Imperador D. Pedro I e Maria Leopoldina de Áustria, ela tinha apenas 2 anos e meio quando o grito da independência do Brasil foi ecoado nas margens do rio Ipiranga, em 1822. Até os 7 anos de idade, Maria II de Portugal teve uma vida tranquila, desfrutando da infância e do amor da família. A partir disso, enfrentou a morte repentina da mãe, tendo o pai como alicerce. Nesse meio tempo, seu avô, D. JOÃO VI, morreu em Portugal, passando a coroa para o filho D. Pedro I, que precisou escolher entre ser imperador do Brasil ou rei de Portugal. D. Pedro I escolheu o Brasil, abdicando do trono de Portugal. Dessa forma, a filha Maria II de Portugal assumiu a coroa portuguesa com apenas com 7 anos de idade. No entanto, ela percebeu que sua vida mudaria drasticamente, pois deixaria de ser uma menina para se tornar uma rainha. Dom Pedro cedeu o trono para a filha com duas condições. A primeira foi que Maria II de Portugal deveria se casar com o tio D. Miguel, quando fosse maior de idade. Já a segunda condição era que o seu pretendente jurasse à Carta Constitucional. Ainda aos 7 anos, a nova rainha viajou para Viena, a fim de ser educada pela Corte. Enquanto Maria II de Portugal estava fora, o futuro marido, D. Miguel, se autoproclamou rei absoluto. Dessa forma, rejeitou o noivado com a sucessora do trono e consumou o golpe. Por certo, Dom Pedro agiu em defesa da filha e conseguiu recuperar o trono, em 1833, quando Maria II de Portugal tinha 15 anos, mesma época em que o pai faleceu. Como resultado, ela foi proclamada rainha de Portugal e, consequentemente, D. Miguel foi exilado, sendo proibido de retornar ao país. Antes disso, o golpista teve de assinar a Convenção Évora-Monte, que deu fim a Guerra Civil. Por conseguinte, o governo da rainha foi considerado turbulento, já que passou pelas lutas liberais e absolutistas, como também a Guerra Civil, a Revolução de Setembro, a Belenzada, a Revolta dos Marechais, a Revolta da Maria da Fonte e a Patuleia. A princípio, Maria II de Portugal casou-se com seu tio, o infante Miguel, por procuração, em 29 de outubro de 1826. No entanto, o homem tomou o trono de sua noiva, assim, o casamento foi declarado nulo em 1 de dezembro de 1834, quando Maria completou 15 anos e recuperou a sua coroa. No mesmo dia, Maria II de Portugal casou-se com o príncipe Augusto Carlos Eugénio Napoleão de Beauharnais. Infelizmente, ele morreu dois meses depois. Por último, casou-se com o príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, em 9 de Abril de 1836. Este foi o seu grande amor e, por sinal, foi uma luz em meio à escuridão na vida da rainha. Além disso, dizem que foi o momento onde ela realmente foi feliz no casamento. Por conseguinte, teve onze filhos, sendo os mais velhos, Dom Pedro V e Dom Luís I, reis de Portugal, nesta ordem. Os demais filhos foram D. João, D. Maria Ana, D. Antónia, D. Fernando e D. Augusto. Todavia, quatro de seus filhos morreram no nascimento, sendo eles: D. Maria, D Leopoldo, D Maria e D. Eugénio, visto que Maria II de Portugal teve muitos partos de risco, inclusive o último acarretou em sua morte. A rainha Maria II de Portugal morreu no dia 15 de novembro de 1853, no Paço das Necessidades, com apenas 34 anos de idade. Infelizmente, não resistiu ao último parto de risco, mas sempre dizia: Se morrer, morro no meu posto. O tumulo onde a rainha foi enterrada fica localizado no Panteão Real da Dinastia de Brangança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. Por fim, o viúvo, Fernando, assumiu o trono até o filho mais velho, Dom Pedro V, atingir a maioridade e se tornar rei de Portugal. Mais tarde, ao tomar posse da coroa antecedida por sua mãe, Maria II de Portugal, disse a seguinte frase: Minha Mãe, que aprendeu na escola da desgraça, que tinha os instintos muito superiores à sua espécie, conseguiu de nós o que há séculos não via a Casa de Bragança, que os irmãos vivessem unidos. Algumas Curiosidades sobre Dona Maria II: Paixão pelo teatro: a rainha amava peças teatrais, visto que foi construído um edifício de artes em seu nome, o teatro D. Maria II, as obras ocorreram entre 1842 e 1846; Educadora: Maria II de Portugal ensinava com maestria, era considerada uma excelente educadora. Dessa forma, mantinha a disciplina dos seus filhos com pulso firme, mas também com compreensão e amor; Tirana: Durante o seu reinado, ganhou o apelido de Tirana, já que se tornou uma mulher forte que não abaixava cabeça para quem a enfrentasse; Parideira: O pensamento de Maria é que ela tinha a função de gerar herdeiros, assim, engravidou por onze vezes, mas teve diversas gestações de risco. De fato, a sua morte veio da insistência de continuar arriscando sua vida.
  • FUNDIÇÃO INDIGENA - SUCESSORA DA FUNDAÇÃO IMPERIAL - A MAIS ANTIGA DO BRASIL FUNDADA EM 1828 POR MIGUEL COUTO DOS SANTOS MESTRE FERREIRO E SERRALHEIRO DA CASA IMPERIAL E MESTRE DA CASA REAL PORTUGUESA.  EXEMPLAR AMOSTRAL ÚNICO, UM MEMORIAL DAS PREMIAÇÕES E CONDECORAÇÕES DESSE PRECURSOR DA FUNDIÇÃO ARTÍSTICA E CIVIL DO BRASILCOM  ENCOMENDAS NO REINADO DE DOM PEDRO I, DOM PEDRO II E NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DA REPÚBLICA. QUADRO DE MEDALHAS E PREMIAÇÕES DA  FUNDIÇÃO IMPERIAL, TRANSFORMADA EM FUNDIÇÃO INDÍGENA COM A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA. CONSTRÚIDO PARA O STAND DE PARTICIPAÇÃO DA FUNDIÇÃO NA EXPOSIÇÃO DO RIO DE JANEIRO DE 1908  COMEMORATIVA AO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS DO BRASIL AS NAÇÕES AMIGAS  POR DOM JOÃO VI EM 1808 . TODAS AS MEDALHAS SÃO EM PRATA DE LEI , ALGUMAS COM VERMEIL E OUTRAS COM  ESMALTE PRODUZIDAS PELA FUNDIÇÃO: IMPERIAL ORDEM DA ROSA, IMPERIAL ORDEM DE CRISTO, ORDEM DE NOSSA SENHORA DE VILLA VIÇOSA PADROEIRA DO REINO (ESSA PELA CASA REAL PORTUGUESA) ORDEM MILITAR DE SÃO TIAGO DA  ESPADA (TAMBÉM OFERTADA PELA COROA PORTUGUESA) REAL ORDEM DO MÉRITO INDUSTRIAL (TAMBÉM PELO REINO DE PORTUGAL). ALÉM DISSOOS PRÊMIOS E MEDALHAS RECEBIDOS EM  EXPOSIÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO PERIODO IMPERIAL COM A EFÉGIE DE DOM PEDRO II REALIZADAS EM 1860, 1861, 1862, 1863, 1866 E 1873 (TODAS EM PRATA DE LEI E VERMEIL) SENDO EXPOSTAS AS MEDALHAS COM FRENTE DO LADO DIREITO DO QUATRO E VERSO DO LADO ESQUERDO DO QUATRO, EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DO RIO DE JANEIRO DE 1900 (TRES EM PRATA E VERMEIL). GRANDES MEDALHAS RECEBIDAS PELA FUNDIÇÃO NA EXPOSIÇÃO MUNDIAL DE PARIS DE 1889 (QUANDO FOI CONSTRUIDA A TORRE EIFFEL), TAMBÉM DA EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE LONDRES DE 1862, EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DA PHILADELFIA DE 1876, COM A PRESENÇA DO IMPERADOR DOM PEDRO II. HÁ DOIS BRASÕES EM FINO BRONZE ORMOLU INDICANDO SEREM FORNECEDORES OFICIAIS DO REI DE PORTUGAL E DO GOVERNO DO BRASIL. O QUADRO EMOLDURADO EM MADEIRA TEM AS SEGUINTES INSCRIÇÕES: ANTIGA IMPERIAL FUNDIÇÃO FUNDADA EM 1828 POR MIGUEL COUTO DOS SANTOS HOJE FUNDIÇÃO INDÍGENA DE CARVALHO, PAES 150 RUA CAMERINO RIO DE JANEIRO  DECRETOS:8 DE MAIO DE 1862  PARA USAR AS ARMAS IMPERIAIS. 5 DE JULHO DE 1862 MESTRE FERREIRO E SERRALHEIRO DA CASA IMPERIAL. 10 DE JULHO DE 1882  PARA USAR O TITULO DE IMPERIAL FUNDIÇÃO. DIPLOMA DE HONRA EXPOSIÇÃO NACIONAL DE 1800, DIPLOMA DE PROGRASSO EXPOSIÇÃO SCIENTIFICA DE 1884, DIPLOMA DE PROGRESSO EXPOSIÇÃO NACIONAL DE 1889, MENÇÃO HONROSA EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE LONDRES 1862, MENÇÃO HONROSA EXPOSIÇÃO DE PARIS 1889 SÃO 32 MEDALHAS NO TOTAL. UM IMPORTANTE REGISTRO DA MEDALHÍSTICA NACIONAL DESDE DOM PEDRO I ATÉ A REPÚBLICA. BRASIL, 1908. 107 X 90 CMNOTA: A fundição artística no Rio de Janeiro do Segundo Reinado foi tradicionalmente entendida como um campo quase inexistente, um período improdutivo entre a obra de Valentim da Fonseca e Silva, o mestre Valentim, que fundiria algumas peças em bronze e diferentes ligas metálicas no nal do século e começo do século, o auge da fundição durante a República e especialmente o surgimento das grandes fundições no começo do século,como a Fundição Indígena, a Fundição Cavina e a Fundição Zani,responsáveis pela fundição de grandes conjuntos monumentais. O fundidor mais relevante do período por sua produção artística seria,sem dúvida, o português Miguel Couto dos Santos, quem apresentou na Exposição Nacional de vários ornatos de ferro fundido, oito painéis e um quadro representando o Brasil, pelos quais recebeu uma medalha de prata. Miguel Couto dos Santos anunciou-se, desde 1848, como ferreiro e serralheiro,  sendo entre 1865 e 1874  mestre ferreiro e serralheiro da Casa Imperial e, segundo seus anúncios no  Almanak Comercial  , proprietário da Imperial Fundição de ferro e bronze), entre 1871 E 1875 E EM 1876 E 1877. já como Couto dos Santos & Castro. No entanto, o título de Imperial Fábrica de Fundição de ferro (imagem aparece nosseus anúncios desde 1863  sendo reconhecido em várias ocasiões pela imprensa com este título.   Após a liquidação da rma comercial, será sucedido por Costa Ferreira & Dias com o mesmo tipo de produção diversicada, contemplando o que se considerava ornamental, mas focado maioritariamente na maquinaria e fundição industrial. Assim, Costa Ferreira & Dias, com sede na rua da Imperatriz, 118, 120 E 122, oferece em 1879: Grande sortimento de ornatos de ferro fundido, batido e bronze, para construcções, como sejão: Grades para sacadas, janellas, terraços, cancellas;Chafarizes para praças publicas e particulares; Columnas de ferro fundido e batido, de todos os tamanhos, lizas ou ornadas; Escadas de ferro fundido, espiraes ou de qualquer feitio. O fundidor, natural da cidade do Porto, Portugal, estabeleceu-se na rua da Imperatriz, sendo destacado pela imprensa como um dos maiores representantes da indústria nacional, produzindo máquinas de boa qualidade e contando com mão de obra brasileira e portuguesa.  Foi visitado em 1862 E 1869 tanto pelo imperador D. Pedro II que, de acordo com O Português  , tinha especial predileção pela fundição, assim como pelo Conde d´Eu, quem, em 1867, conheceu as ocinas e assistiu por duas horas à fundição de várias peças em ferroComo assinalava O Português, em 1865  Couto não só se distinguia como artista, mas também tinha uma forte presença em associações benecentes e civis, sendo conselheiro em 1869 e 1871 da Sociedade Propagadora das Belas Artes, comissário na Sociedade Reunião de Expositores,  conselheiro de inspeção de aulas no Liceu Literário Português, membro da Sociedade Portuguesa de Benecência,  conselheiro da Associação de socorros mútuos das classes laboriosas,  diretor da sociedade Madrepora,  membro da Caixa de Socorros de Pedro V   e denidor  e ministro  da Confraria dos Martyres S.Gonçalo Garcia e S. Jorge. Foi membro da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, na qual fez parte de comissões para a seção de máquinas e aparelhos,  e para a qual propôs como sócios a Evaristo Xavier da Veiga,  Job Justino de Alcântara e José da Silva Santos, em 1862. Na sua trajetória, foi premiado em várias ocasiões. Recebeu a medalha de prata na Exposição Geral de 1860,  a medalha de prata na Exposição Nacional de 1861, a medalha de ouro na Exposição Geral de 1862,  uma menção honrosa na Exposição de Londres de 1862, a medalha de ouro na Exposição Geral de 1866,  a medalha de ouro na Exposição Nacional de 1867,  o título de cavaleiro da Ordem da Rosa por decreto de 29 de julho de 1864, o hábito da mesma em 1870  e o hábito de Santiago de Portugal em 1876. A primeira grande obra de fundição artística encontrada é a porta em ferro fundido do Jardim Botânico, realizada em 1860 segundo os desenhos do diretor do Museu, Custódio Alves Servão.  A fundição degrades artísticas será um dos principais labores do fundidor, que realizou a grade da Casa da Moeda, aprovada em 1866 por 10 contos de réis, a grade e as portas do palácio do barão de Nova Friburgo, e a porta principal do Conservatório de Música, hoje Centro Hélio Oiticica, em 1871. e ofereceu, como diretor da Sociedade Madrepora,uma grade para a sepultura de João Caetano dos Santos, feita de ferro fundido, no cemitério de São Francisco de Paula,com:  quatro fachos voltados symbolisando a extincção da luz da vida; nos extre-mos e nos planos lateraes cercam-a dezoito coróas de louro fechadas por uma saudade, recordando os fastos do artista e a dôr que deixou seu prematuro passamento. Sobre estes emblemas correm entrelaçadas folhas de cypresese papoulas, rematando cada oreio em uma dormideira, expressão do eterno somno. A pintura da grade imita o bronze, sendo dourados alguns ornatos. Para o cemitério de São Francisco de Paula, realizou a grade da porta lateral, hoje perdida, usada no Brasil Artístico  como símbolo das possibilidades da arte nacional, o que ocorrerá frequentemente na crítica sobreo fundidor, como um projeto destinado a chamar a atenção do público e como estímulo para realizar, na frente do cemitério, uma obra monumental e grandiosa, ao mesmo tempo em que para provar que no paiz havia recursos proprios, sem ser necessario mendigar no estrangeiro.   Job Justino de Alcântara, professor aposentado da Academia, realizou o desenho executado em granito nacional da pedreira de São Lourenço,lavrado pelo português José dos Santos Vilak, que constava de quatro pilastras de ordem toscana rematadas por vasos funerários. O gradil que circunda o monumento a Dom Pedro i seria sua obra mais importante, pela qual obteve medalha de ouro na Exposição Geral de 1866,  e que apresenta uma boa qualidade artística,com os dragões dos Bragança sustentando os oito faróis, e o escudo do Império, alternando com as iniciais P. I. no gradil. O próprio artista contribuiria com 2.000.000 réis, uma quantidade muito signicativa para a construção do monumento, que foram amplamente recuperados coma encomenda do gradil, pelo qual recebeu 31.200.000. réis, contando a construção e assentamento de todos os elementos. No que se refere à fundição de esculturas ou relevos, encontramos alguns exemplos na produção de Couto. Na Exposição Nacional, apresentou um quadro alegórico representando o Brasil, que também participou da exposição universal de Londres em 1862.  No mesmo ano, concorreu à Exposição Geral com a fundição de um busto em bronze do diretor da Academia,  tirado do original em mármore de José da Silva Santos. Em 1865, ofereceu por meio de sua lha um alto relevo da Verônica, fundidapara contribuir com o leilão da Sociedade Portuguesa de Benecência. Já em 1870, ofereceria um busto de Dom Pedro v ,  fundido na sua ocina. Para a escultura do mesmo rei, inaugurada no Gabinete Português de leitura por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Benecência, a Sociedade Madrepora e o Grêmio Literário Português ofereceu a armação do dossel que a cobria. Na Exposição Geral de 1870  apresentaria também uma coroa imperial fundida em ferro de uma só peça. Uma de suas produções mais especiais foi o portão de ferro fundido do Asilo de Dona Maria Pia em Lisboa, que saiu para a cidade portuguesa na galera Aurora em 1869, no qual integrava aferraria e a fundição de um grande relevo escultórico, obra de Francisco Manuel Chaves Pinheiro, representando a Maria Pia de Savoia exercendo a Caridade, com as personicações de Itália e Portugal nas laterais. Miguel Couto dos Santos apresenta-se, assim, como um fundidor muito ativo, especialmente na década de1860, e é considerado, diferentemente de outros fundidores do período, como um artista que, ainda que não se dedicasse especicamente à fundição artística, realizou grandes obras de ferraria e alguns bustos e relevos tanto em ferro quanto em bronze. Ainda que até o momento não possamos identicar obras de sua autoria, pois nas fundições escultóricas usa modelos de escultores como José da Silva Santos e Francisco Manuel Chaves Pinheiro, Couto transita no âmbito artístico concorrendo às Exposições Nacionais e Gerais, alcançando os maiores reconhecimentos
  • A TRANSVERBERAÇÃO DE SANTA TERESA D'AVILA -  PORTENTOSA IMAGEM SETECENTISTA REPRESENTANDO A TRANSVERBERAÇÃO DE SANTA TERESA D'AVILA REPRESENTA O ÊXTASE DA GRANDE DOUTORA DA IGREJA AO SER FERIDA NO CORAÇÃO  COM UMA LANÇA POR UM QUERUBIM. O PEQUENO E BELO ANJO ESTÁ AOS SEUS PÉS SEGURANDO UMA LANÇA E ESCUDO. O LINDO PANEJAMENTO, PINTURA E UM ROSTO MAGNÍFICO FAZEM DESSA UMA IMAGEM INESQUECÍVEL. EXPRESSIVOS OLHOS DE VIDRO! MUITO RARA REPRESENTAÇÃO! UMA SEMELHANTE PODE SER VISTA NA CASA DE SANTA TERESA D'AVILA.  BRASIL, SEC. XVIII. 81 CM DE ALTURA. NOTA: O fenômeno da transverberação ficou conhecido principalmente por causa da famosa escultura de Gian Lorenzo Bernini, chamada "O Êxtase de Santa Teresa", que está na Igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. Essa magnífica obra barroca retrata uma experiência relatada pela própria Santa Teresa de Jesus, em sua autobiografia: "Quis o Senhor que eu tivesse algumas vezes esta visão: eu via um anjo perto de mim, do lado esquerdo, em forma corporal, o que só acontece raramente. Muitas vezes me aparecem anjos, mas só os vejo na visão passada de que falei. O Senhor quis que eu o visse assim: não era grande, mas pequeno, e muito formoso, com um rosto tão resplandecente que parecia um dos anjos muito elevados que se abrasam. Deve ser dos que chamam querubins, já que não me dizem os nomes, mas bem vejo que no céu há tanta diferença entre os anjos que eu não os saberia distinguir.Vi que trazia nas mãos um comprido dardo de ouro, em cuja ponta de ferro julguei que havia um pouco de fogo. Eu tinha a impressão de que ele me perfurava o coração com o dardo algumas vezes, atingindo-me as entranhas. Quando o tirava, parecia-me que as entranhas eram retiradas, e eu ficava toda abrasada num imenso amor de Deus. A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus. Não se trata de dor corporal; é espiritual, se bem que o corpo também participe, às vezes muito. É um contato tão suave entre a alma e Deus que suplico à Sua bondade que dê essa experiência a quem pensar que minto. De acordo com a descrição de Santa Teresa, está a se falar, sobretudo, de uma experiência extraordinária do amor de Deus. Como muitos não acreditaram no que ela relatou  a própria santa faz referência "a quem pensar que minto" , o próprio Deus fez questão de mostrar a veracidade do que ela dizia. Em 1591  dez anos após a sua morte e vinte após a sua transverberação , exumaram o seu corpo e perceberam que estava incorrupto. Então, a pedido de um bispo, o coração de Teresa foi retirado, a fim de que fosse exposto na cidade de Alba de Tormes, onde ela morreu. Para espanto geral, havia em seu coração uma ferida cicatrizada, com sinais de cauterização  o que se encaixa perfeitamente com a experiência da transverberação, quando foi penetrada por um "dardo de ouro comprido" em cuja ponta de ferro "parecia que tinha um pouco de fogo": o atestado divino de que esse fenômeno é verdadeiro e a santa não estava mentindo.
  • O BANHO DE DIANA  PRECIOSA TAPEÇARIA DE FLANDRES, SEC. XVI, REPRESENTANDO CENA MITOLÓGICA COM O BANHO DE DIANA. ESSA IMPECÁVEL TAPEÇARIA FOI RESTAURADA NO ATELIER PORTELEKI (RESTAURADORES DE TAPEÇARIAS E TAPETES DO MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO  MASP). TECIDA EM LÃ E SEDA A PORTENTOSA TAPEÇARIA RETRATA UMA CENA CLÁSSICA DA ARTE EUROPÉIA COM O BANHO DE DIANA APÓS A CAÇADA. A DEUSA ESTÁ ACERCADA DE SEUS SERVENTES. ESTÃO RETRATADOS OS ANIMAIS ABATIDOS NA CAÇADA E TAMBÉM FIGURAS DE CÃES CAÇADORES ALUDINDO A COSTUMES EUROPEUS DA ÉPOCA EM QUE FOI URDIDA. NADA HÁ QUE DEPRECIE A TAPEÇARIA, A RESTAURAÇÃO PROFISSIONAL TROUXE DE VOLTA AS MARAVILHOSAS CORES  DOS ARTÍFICES DE FLANDRES. A ÁGUA DO RIACHO FOI TECIDA EM SEDA PARA LHE TRAZER O EFEITO DE TRANSPARENCIA. A TAPEÇARIA FOI CONVENIENTEMENTE FORRADA NO AVESSO PARA CONSERVAÇÃO, NESSA FORRAÇÃO FOI ADICIONADO SISTEMA PARA FIXAÇÃO NA PAREDE COM VELCRO COMO USUAL NOS MUSEUS. O RESTAURO CUSTOU r$ 25.00,00 CONFORME NOTA DO ATELIER PORTELEKI (VIDE CÓPIA DA NOTA NOS CRÉDITOS EXTRAS DO LOTE). OPOTUNIDADE ÚNICA PARA ADQUIRIR UMA TAPEÇARIA DE FLANDRES EM CONDIÇÕES ORIGINAIS . FLANDRES, SEC. XVII, 217 X 310 CMNOTA:  No início do século 16, em Bruxelas, um número crescente de tapeçarias foi produzido para satisfazer as encomendas cada vez maiores. Como a antiga técnica medieval de urdidura alta era muito lenta, ela foi suplantada pelo tear horizontal de urdidura baixa. Isso acelerou o processo por ter pedais para trabalhar os fios da urdidura e simplificou o acesso aos desenhos colocados abaixo do tear. Essas caricaturas, ou seja, os desenhos de trabalho, pertenciam ao tecelão que podia alterá-las como quisesse, emprestar aos colegas ou vendê-las. Duas, três ou quatro cópias eram geralmente tecidas de cada tapeçaria.Entre as oficinas bem estabelecidas estavam as de Pieter van Aelst e Pieter Pannemaker. Van Aelst foi credenciado ao Papa Leão X e três gerações de príncipes reinantes: Maximiliano da Áustria, Filipe, o Belo e Imperador Carlos V. Ele produziu uma série de séries famosas  A Paixão (1507) na Catedral de Trento e na coleção nacional espanhola , a História de Davi no Castelo de Sigmaringen e, o mais famoso de todos, Os Atos dos Apóstolos dos desenhos animados de Rafael. A oficina de Pieter Pannemaker é creditada com a História de David agora no Musée de Cluny, com uma tapeçaria que se pensa ter sido feita para o trono do imperador Carlos V, e com a admirável Última Ceia de 1516 no Museo d'Arte Sacra em Camaiore .O grande sucesso das tapeçarias de Bruxelas em toda a Europa deveu-se em parte às condições contemporâneas. Em 1519 o imperador Carlos V herdou as terras da Borgonha, Áustria, Castela e Aragão tornando-se assim governante do maior império do mundo. Vastas riquezas fluíram para uma corte que dominou a Europa e estabeleceu novos padrões sociais de luxo para o mundo ocidental. Príncipes, dignitários da igreja e da aristocracia competiam entre si para possuir as preciosas tapeçarias narrativas de Flandres. Diante dessa demanda, desenhos no estilo do Hortus Conclusus de Jan van Roome, por mais charmosos e encantadores que fossem, ficaram desatualizados.Um novo estilo veio da Itália, fortemente influenciado pelas caricaturas de Rafael para os Atos dos Apóstolos. A Itália nessa época ainda não era um importante centro de tecelagem. Tecelões itinerantes passaram por Siena, Veneza, Roma, Correggio e Ferrara, mas sua produção era pequena, não mais do que algumas encomendas locais. Houve algumas exceções notáveis  A Paixão no Museo di S. Marco em Veneza, que é atribuída aos desenhos de Zanino di Pietro ou Nicolo di Pietro (1420-1430), uma obra poderosa e expressiva, única em seu gênero. Depois, há a descida da Cruz na Coleção Lenbach e no Museu de Arte de Cleveland, que sem dúvida foi tecida em Ferrara a partir de desenhos de Cosimo Tura, e a elegante Anunciação clássica com as armas de Gonzaga agora no Art Institute of Chicago.Uma série particularmente valiosa é The Months in the Castello Sforzesco em Milão, tecida a partir de desenhos atribuídos a Bramantino. Esta é a primeira série em que a descoberta renascentista do espaço e da perspectiva foi metodicamente incorporada em tapeçarias. Quando o Papa Leão X encarregou Rafael de desenhar as tapeçarias para a Capela Sistina, ele sabia que as caricaturas deveriam ser enviadas para tecelagem à oficina de van Aelst em Bruxelas.A influência de Rafael na arte da tapeçaria foi exaustivamente discutida. É importante perceber que Rafael não pretendia apenas transferir sua arte pictórica para o tear. Seu objetivo era diferente  introduzir símbolos espirituais e figurativos em uma composição equilibrada e racional.A influência que seus cartuns tiveram sobre os artesãos de Bruxelas foi esmagadora. Ele deu o golpe mortal no conceito de 'parede tecida', embora a função monumental da tapeçaria tenha sido preservada. Doravante, a decoração teve que se adequar à estrutura arquitetônica e narrativa às demandas intelectuais do desenho animado.A chegada à Itália dessas tapeçarias da Flandres provocou espanto pela qualidade técnica da tecelagem e também pela exatidão com que a tapeçaria seguiu a pintura original. Esse apreço que cada região tinha pela outra não implicava necessariamente uma compreensão plena: a tecelagem dos Atos (1515-1519) marcava o início de uma longa série de trocas entre os tecelões do norte e os pintores italianos.As obras seguintes foram o Putti perdido em jogo encomendado em Bruxelas por Leão X após caricaturas de Giovanni da Udine, o Grottesche também desenhado por Giovanni da Udine para Leão X (também perdido), a Vida de Cristo por van Aelst de caricaturas da escola de Rafael (Vaticano), e a execução em Bruxelas da Última Ceia por Leonardo da Vinci e oferecida por Francisco 1 ao Papa Clemente VII do Vaticano.As relações entre os tecelões de tapeçarias italianas e de Flandres avançaram ainda mais com as reformas inauguradas por pintores flamengos que haviam trabalhado na Itália  artistas conhecidos como Bernard van Orley (que superintendeu a tecelagem dos Atos dos Apóstolos em Bruxelas), Michiel Coxcie , Pieter Coecke, van Aelst e Jan Vermeyen. Essa mudança de gosto foi gradual e muitas das características mais antigas ainda apareciam  como nas Caçadas de Maximiliano da Áustria, de Bernard van Orley. A adoção da perspectiva renascentista, de visão em profundidade, é contrabalançada por uma composição artificial no fundo da tapeçaria. O objetivo era claramente manter as antigas práticas de tecelagem, que pareciam nativas da tapeçaria, ao mesmo tempo em que incorporavam os novos elementos.Gostos contemporâneos e tradicionais foram combinados na obra de Pieter Coecke, na História de São Paulo (Viena) e nos Sete Pecados Capitais (Madri). As caricaturas de Michiel Coxcie são mais parecidas com Raphael. A primeira tapeçaria tecida de sua História do Gênesis está no Museu Wawel, em Cracóvia, embora aqui o artesão tenha se esforçado demais para obter uma expressão que não compreendeu completamente.Os efeitos totais da nova maneira não foram imediatamente evidentes. Jan Vermeyen, que projetou a conquista formal de Túnis encomendada pelo imperador Carlos V (1554), voltou-se para temas maneiristas em seu Vertumnus e Pomona. Ele usou desenhos após a 'escola de pérgola' que se seguiu em Bruxelas no estúdio de Wilhelm Pannemaker ao mesmo tempo que Putti at Play (Madrid).Willem Pannemaker, filho de Pieter, foi um dos mais importantes tecelões de tapeçarias de Flandres que trabalhavam em Bruxelas. Abastecendo as cortes dos imperadores Carlos V e Filipe II, produziu algumas séries bem conhecidas, como a Conquista de Túnis, os Sete Pecados Capitais, uma cópia da História de Jacó de van Orley e o maravilhoso Verdure com Folhagem Grande com as armas de o imperador Carlos V de (Viena).A partir de 1528 a atribuição das várias séries a diferentes oficinas tornou-se mais fácil. Este foi o ano em que o município de Bruxelas instruiu as várias oficinas a utilizarem duas marcas, uma para a cidade (um escudo vermelho entre dois Bs, as iniciais de Bruxelas e Brabante) e uma pessoal. Estas marcas não são todas identificáveis, embora sejam conhecidas as dos principais tecelões de tapeçarias da Flandres.
  • NOSSA SENHORA DA PIEDADE IMPORTANTE IMAGEM SETECENTISTA EM MADEIRA  POLICROMADA E DOURADA COM ROSTO E MÃO EM MARFIM. DE VERTENTE LUSÍADA, ESSA LINDA E EMOCIONANTE ESCULTURA TEM OS TRAÇOS ERUDITOS DO ALTO BARROCO PORTUGUÊS. O CRISTO DE ROSTO SUBLIME E REFINADO TEM OS CABELOS LONGOS E TRANÇADOS. AS CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS SÃO EXTRAORDINÁRIAS. O ROSTO SOLENE E TRISTE DA VIRGEM CONSEGUE TRANSMITIR TODA A DOR, A EMOÇÃO  E O DESALENTO DA MÃE QUE SEGURA NOS BRAÇOS O FILHO QUE JAZ SEM VIDA EM SEU COLO. UMA CENA QUE DESPERTA PIEDADE MAS QUE RELEMBRA ACIMA DE TUDO O SACRIFÍCIO DE CRISTO E SUA MÃE EM FAVOR DE TODOS OS HOMENS.A VIRGEM CINGE BELISSIMA COROA EM PRATA DE LEI. PORTUGAL, SEC. XVIII. 30 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA COROA). COM A COROA 40 CM DE ALTURA. NOTA: Trata-se de uma imagem que fala pela força da expressão artística. Na imagem, Nossa Senhora está com seu Filho Jesus morto nos braços. Remete a um momento muito específico de dor e sofrimento, logo após a morte de Jesus na cruz. A imagem de Nossa Senhora da Piedade contém uma teologia profunda. Jesus, morto, recém descido da cruz, nos braços de sua mãe. Retrata o sacrifício de salvação feito por Jesus e Maria como corredentora, acompanhando seu filo até o fim. Retrata a dor da Mãe que, consciente de sua missão, oferece seu filho pela salvação da humanidade. A representação mais antiga de que se tem notícia de Senhora da Piedade encontra-se em Portugal. Trata-se de uma obra pintada em madeira, fixada numa das várias capelas presentes no claustro da Sé, na cidade de Lisboa.Pertencia a urna Irmandade muito antiga, que tinha como missão enterrar os mortos, visitar e consolar os presidiários e acompanhar os condenados à pena de morte. Com efeito, tal imagem aparece em 1230 acompanhando ninguém menos que o pai do famoso Santo Antônio, a caminho da pena de morte. O pai foi salvo pelo filho santo, que demonstrou milagrosamente sua inocência. Há também uma outra história de Nossa Senhora da Piedade em Portugal. Esta recebeu o apelido de Nossa Senhora da Piedade de Merceana. A tradição conta que esta imagem apareceu no tronco de uma árvore, no século XII. Certa vez um camponês começou a observar que um de seus bois se afastava para o campo todos os dias sempre no mesmo horário. Algum tempo depois, voltava. O homem chamou outros companheiros e seguiram o boi. O animal dirigia-se a uma carvalheira, e se ajoelhava debaixo dela, fixando os olhos num de seus galhos. No alvo do olhar do boi encontraram uma pequena imagem de Nossa Senhora da Piedade. Mais tarde, construíram uma pequena capela naquele local e a devoção cresceu. Foi provavelmente este culto a Nossa Senhora da Piedade que chegou ao Brasil e se fixou em Minas Gerais, pois ela era a padroeira de Guaratinguetá, parada obrigatória dos bandeirantes a caminho do interior, até chegar à Serra da Piedade, peto de Caeté e de Belo Horizonte, onde existe um santuário dedicado a ela. Vários relatos de graças e milagres acompanham a imagem de madeira desde a sua fixação no Santuário. Sua festa acontece no dia 15 de setembro, um dia depois da festa da Exaltação da Santa Cruz. A antiga antífona chamada STABAT MATER DOLOROSA traz os seguintes versos traduzidos: Na sua alma agoniada enterrou-se a dura espada de uma antiga profecia Oh! Quão triste e quão aflita entre todas, Mãe bendita, que só tinha aquele Filho. Quanta angústia não sentia, Mãe piedosa quando via as penas do Filho seu! Quem não chora vendo isso:contemplando a Mãe de Cristo num suplício tão enorme? Quem haverá que resista se a Mãe assim se contrista padecendo com seu Filho?
  • MENINO DEUS - PRECIOSA IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO MENINO DEUS COM UMA MÃO EM POSIÇÃO DE BENÇÃO. ADORNADO COM  RICAS  JÓIAS EM OURO 20K SENDO COROA, GRANDE CAJADO COM ESTANDARTE, CHINELOS COM PEDRA NA TONALIDADE VERMELHA E CORDÃO COM CORAÇÃO TÍPICO DA OURIVESSARIA MINHOTA PORGUESA (60 GRAMAS SOMENTE EM OURO). BELO ROSTO ANGELICAL E EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. ESCULTURA DE EXTRAORDINÁRIA QUALIDADE! O CONJUNTO ESTA ACOMODADO DENTRO DE REDOMA.  PORTUGAL, SEC. XIX. 47 CM DE ALTURA (COM A REDOMA) SOMENTE O MENINO: . NOTA: Das tradições religiosas brasileiras uma das mais ingênuas e das mais alegres é a devoção ao Menino Deus. Essa tradição tem como origem no Brasil a cidade de Salvador onde mãos hábeis das freiras do Convento de Santa Clara do desterro fabricavam durante todo o ano roupinhas para serem vestidas na imagem.
  • CONJUNTO DE CHÁ E CAFÉ EM PRATA DE LEI E SEU TABULEIRO - BELISSIMO CONJUNTO PARA CHÁ E CAFÉ ACOMODADO SOBRE SEU TABULEIRO EM PRATA DE LEI. MARCAS DE CONTRASTE PARA O INICIO DO SEC. XX TEOR 833. DOTADO DE BULE PARA CHÁ, BULE PARA CAFÉ, CREMEIRA, JARRA PARA ÁGUA, AÇUCAREIRO E TABULEIRO. PEÇAS GRANDIOSAS COM BULES ALTOS E BELISSIMOS! LINDOS GUILLOCHES NO TABULEIRO! FINO TRABALHO DE OURIVESSARIA! INICIO DO SEC. XX. 78 CM DE COMPRIMENTO (TABULEIRO), 31 CM DE ALTURA (CAFETEIRA. 9772 G
  • RELICÁRIO DE ALTAR COM RELÍQUIA DO SANTO LENHO ATRIBUIDO A GIROLAMO MENAZZI (1759 - 1835). LINDO RELICÁRIO DE ALTAR EM PRATA DE LEI E MADEIRA DO INICIO DO SEC. XIX. CONTÉM RELÍQUIA DO SANTO LENHO LACRADA COM SELO CARDINALÍCIO EM CERA VERMELHA. MODELO DE RELICARIO IDENTICO AOS DA IGREJA SANT'ANTONIO DEI PORTOGHESI INCLUSIVE DO SANTO LENHO,EM ROMA. VIDE NOS CREDITOS EXTRAS DESSE LOTE O RELICARIO DE GIROLAMO MENAZZI IGUAL A ESSE EM PREGÃO DA IGREJA DE SANT'ANTONIO DEI PORTOGHESI. A IGREJA DE SANTO ANTONIO DOS PORTUGUESES É UMA IGREJA  NACIONAL PORTUGUESA EM TERRRITÓRIO ROMANO, O PATRIARCA DE LISBOA É O PRESBÍTERO DO TEMPLO. O RELICARIO EM PREGÃO TEM SELO NA PARTE POSTERIOR ONDE SE LÊ PARCIALMENTE  MARCAS DE PERTENÇA DA IGREJA DE SANTA BARBARA DO CONSELHO DE LOURINHÃ (FREGUESIA DE LISBOA). ROMA, INICIO DO SEC. XIX. 43 CM DE ALTURA.
  • SÃO FRANCISCO DE ASSIS  PORTENTOSA IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA COM RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. MAGNÍFICOS OLHOS EM VIDRO. ROSTO BELISSIMO! ELEGANTE PLANEJAMENTO! O SANTO SEGURA CRUZ EM MADEIRA DE ONDE PENDE CRISTO EM PRATA DE LEI. IMPRESSIONANTE TALHA ERUDITA COM  FORMIDÁVEL MOVIMENTO! POUCAS VEZES SE VERÁ DISPONÍVEL NO MERCADO IMAGEM COM TAL PRIMOR ARTÍSTICO E BELEZA! MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 80 CM DE ALTURA (SEM CONTAR O TAMANHO DO RESPLENDOR ) E 93 CM DE ALTURA CONSIDERANDO O RESPLENDOR.
  • SERVIÇO DA INDEPENDENCIA  CIA DAS INDIAS  RARA CHÁVENA EM PORCELANA DE COMPANHIA DAS INDIAS DO SERVIÇO DA INDEPENDENCIA DE DOM PEDRO I. CERTAMENTE A LOUÇA MAIS VALORIZADA DO UNIVERSO DAS COLECIONÁVEIS DO PERÍODO IMPERIAL  E TAMBÉM A MAIS RARA.  A CHÁVENA É DE PORCELANA BRANCA E A DECORAÇÃO APRESENTA ARMAS IMPERIAIS CARACTERISTICAS DOS PRIMEIROS MESES DA INDEPENDÊNCIA BRASILEIRA (VIDE FEITIO DA COROA QUE ASSEMELHADA A COROA REAL PORTUGUESA FOI UTILIZADA SOMENTE NO ANO DE 1822). O BRASÃO CONTÉM DISTICO EM AZUL COM QUINZE ESTRELAS, ESFERA ARMILAR SOBRE CRUZ DE MALTA APLICADOS SOBRE FUNDO EM ESMALTE VERDE.RAMOS DE CAFÉ E FUMO LADEIAM AS ARMAS. CRUZADOS SOBRE O BRASÃO O CETRO IMPERIAL E O BASTÃO DA JUSTIÇA. ESSA ALIÁS É UMA  BOA DICA PARA  DISTINÇÃO ENTRE AS PEÇAS ORIGINAIS DESSE SERVIÇO DAS EDIÇOES POSTERIORES (NÃO ORIGINAIS) QUE APRESENTAM SEMPRE A INVERSÃO DA POSIÇÃO DO CETRO IMPERIAL (ORIGINALMENTE A DIREITA) COM O DA JUSTIÇA (ORIGINALMENTE A ESQUERDA). FESTÕES  VERMELHO REALÇADO A OURO DÃO DISPOSTOS  COMO GUIRLANDA INTERROMPIDA POR MEDALHÕES COM O MOTE  VIVA A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL , COROAS E ARMAS IMPERIAIS. SEGUNDO A TRADIÇÃO HISTÓRICA DA PORCELANA DA CASA IMPERIAL BRASILEIRA O SERVIÇO DA INDEPENDÊNCIA FOI PRESENTEADO A DOM PEDRO I POR UM GRUPO DE ABASTADOS PATRIOTAS BRASILEIROS APÓS O EVENTO DA INDEPENDÊNCIA.  REPRODUZIDO NA CAPA E NA PÁGINA 105 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL POR JENNY DREYFUS. NÃO É UM SERVIÇO EXTENSO, VISTO QUE MUITO POUCAS PEÇAS SÃO CONHECIDAS (PELO MENOS ORIGINAIS). POR TRATAR-SE DE PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS, FEITAS SOB ENCOMENDA E QUE DEMORAVAM UM TEMPO RELATIVAMENTE GRANDE PARA CONFECÇÃO IMAGINA-SE QUE SÓ TENHA FICADO PRONTO ALGUNS ANOS DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA. A  COROA SOBRE O BRASÃO É ASSEMELHADA MUITO MAIS A COROA REAL PORTUGUESA  DO QUE A COROA IMPERIAL DE DOM PEDRO I DEMONSTRANDO QUE A ENCOMENDA EM SI FOI FEITA POUCO DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA MAS O TEMPO PARA RECEBE-LA DA CHINA DEVE TER SIDO LARGO. NÃO SE PODE ESQUECER QUE O SERVIÇO DOS PAVÕES DE DOM JOÃO VI DEMOROU MAIS DE TRINTA ANOS PARA FICAR PRONTO, NO QUE PESE QUE O SERVIÇO DOS PAVÕES SEJA UM SERVIÇO MUITO EXTENSO.  CHINA, DEC. 1820. 9 CM DE DIAMETRONOTA: O Anuário do Museu Histórico de Petrópolis em 1942, vol. 3 pag 128 assim se refere ao Serviço da Independencia:  Branco com ornamentação verde, vermelho e ouro, formando medalhões com o escudo imperial e a legenda Viva a Independência do Brasil. Ao centro, as armas do Império nascente em escudo circular, entre dois ramos, com o cetro e o bastão da justiça  . Pavilhão vermelho, com a coroa sobreposta. Nos medalhões, com as armas, orla azul com quinze estrelas. Não tem marca.
  • IMPERIAL ORDEM DO CRUZEIRO PERÍODO DOM PEDRO I -  ACOMPANHADA DE SEU ESTOJO ORIGINAL. PLACA PEITORAL DE GRANDE DIMENSÃO OURO MACIÇO E ESMALTES. COM ESTOJO ORIGINAL. ESTRELA DE CINCO PONTAS BIFURCADAS E MAÇANETADAS, AO CENTRO, MEDALHÃO REDONDO AZUL-CELESTE, COM CRUZ LATINA FORMADA POR DEZENOVE ESTRELAS BRANCAS, CIRCUNDADO POR ORLA AZUL-FERRETE COM A LEGENDA "BENEMERITIUM PRAEMIUM". ENCIMADA POR COROA IMPERIAL. PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. RARAMENTE SE VERÁ PLACA DA IMPERIAL ORDEM DO CRUZEIRO EM TÃO BOAS CONDIÇÕES E ACOMPANHADA DE SEU ESTOJO ORIGINAL. 8,5 CM DE ALTURA, 80,5 GNOTA: Com a Independência do Brasil, D. Pedro I criou a Ordem Imperial do Cruzeiro, em 1. de dezembro de 1822, para comemorar a sua Aclamação, Sagração e Coroação.Foi, assim, a primeira ordem honorífica genuinamente brasileira. Seu desenho partiu de modelo francês, mas seu nome e suas características basearam-se na "posição geográfica desta vasta e rica região da América Austral, que forma o Império do Brasil, onde se acha a grande constelação do Cruzeiro, e igual, em memória do nome, que sempre teve este Império, desde o seu descobrimento, de Terra de Santa Cruz."Era destinada a premiar brasileiros e estrangeiros em quatro graus: as Grã-Cruzes, Dignitários, Oficiais e Cavaleiros. Sua maior distribuição ocorreu no dia da Coroação e Sagração de D. Pedro I. Aos agraciados não eram cobrados emolumentos, exceto o feitio da insígnia e o registro dos diplomas. Ficavam, porém, obrigados a dar uma joia qualquer, ao seu arbítrio, para dotação de uma Caixa de Piedade, destinada à manutenção dos membros pobres da Ordem ou dos que, por casos fortuitos ou desgraças, caíssem em pobreza.Sua insígnia tinha em seu anverso uma estrela branca de cinco pontas bifurcadas e maçanetadas, assentada sobre guirlanda de ramos de café e fumo, pendente de coroa imperial. Ao centro, medalhão redondo azul-celeste, com cruz latina formada por dezenove estrelas brancas, circundado por orla azul-ferrete com a legenda "BENEMERITIUM PRAEMIUM", já seu reverso era igual ao anverso, com alteração no medalhão para a efígie de D. Pedro I, e na legenda para "PETRUS I BRASILIAE IMPERATOR". Sua fita e banda eram de cor azul-celeste.A Ordem do Cruzeiro do Sul foi abolida com a República, porém reformada pelo ditador Getúlio Vargas em 1932, voltou a ser concedida, porém somente à personalidades estrangeiras.
  • DONA FRANCISCA DE BRAGANÇA - PRINCESA DE JOINVILLE - RETRATO PINTADO SOBRE MARFIM DA PRINCESA DONA FRANCISCA, IRMÃ DE DOM PEDRO II E FILHA DE DOM PEDRO I COM A IMPERATRIZ LEOPOLDINA. 4 CM DE ALTURA
  • SANTANA MESTRA  MAGNIFICA ESCULTURA SETECENTISTA EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO SANTANA MESTRA. LINDO RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. IMAGEM DE EXCEPCIONAL QUALIDADE DA ESCOLA DE PERNAMBUCO. FORMIDÁVEL PANEJAMENTO COM LINDAS DOBRAS E PREGUEADOS. O TRONO É DECORADO COM ALMOFADAS EM REBAIXO. PEÇA MAGNIFICA COM O SABOR DA ARTE SACRA DO ALTO BARROCO PERNAMBUCANO. 29 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR)NOTA: A figura de Santana Mestra é figura de veneração recorrentemente representada no período do alto barroco no séc. XVIII em Portugal e em suas colônias. Na arte barroca, a iconografia de SantAnna evoca mais a educação de Maria do que sua concepção e genealogia. Dois tipos iconográficos ressaltam este tema: SantAnna Mestra e SantAnna Guia. Nessas representações Maria é sempre menina, mesmo quando apresentada como uma mulher em miniatura. Ela já tem idade para aprender questões religiosas e morais. O tipo iconográfico de SantAnna Mestra foi criado no século XIII ou antes, possivelmente na Inglaterra. O livro que Anna carrega é seu atributo essencial. O livro indica que os dois tipos iconográficos convergem para o mesmo significado fundamental. Tudo leva a crer que este significado foi responsável pela difusão intensa desta iconografia de SantAnna como educadora em Minas. No mundo lusitano, o culto da imagem de SantAnna Mestra era estimulado através de indulgências prometidas aos que orassem diante das imagens representadas em gravuras ou pinturas como no caso desta em pregão. O que SantAnna ensinava a sua filha? O conteúdo do livro aberto de SantAnna Mestra é raramente indicado em esculturas e gravuras (por exemplo: Salmo 24 e Deus). No entanto, há gravuras portuguesas que revelam o sentido do ensinamento, por apresentarem inscrições na parte inferior da estampa (Psal. 118 e Prov. 4). Nas obras do século XVIII, a religião e a virtude compunham a essência da educação da Virgem, e estes valores davam sentido às imagens de SantAnna Mestra, norteando os devotos que as contemplavam. A iconografia da Contra-Reforma revela que a forma mais significativa de uma mãe ser santa foi sendo mestra e guia. A santa do livro é onipresente no catolicismo setecentista das Minas. Mais do que um instrumento do saber, o livro é um canal de comunicação, destinado a Maria e aberto também ao fiel que contempla a imagem (Mãe, mestra e guia: uma análise da iconografia de SantaAnna Maria Beatriz de Mello e Souza).
  • DONA MARIA II  RAINHA DE PORTUGAL E PRINCESA DO BRASIL  LINDA CAIXA TABAQUEIRA EM MADEIRA LACADA COM TAMPA DECORADA COM RETRATO DE DONA MARIA II POR OCASIÃO DA RECUPERAÇÃO DO TRONO USURPADO POR SEU TIO DOM MIGUEL. POSSUI A LEGENDA: D. MARIA II RAINHA DE PORTUGAL E ALGARVES. JUNTO COM SEU IRMÃO DOM PEDRO II FOI UMA DAS DUAS ÚNICAS PESSOAS NASCIDAS NA AMÉRICA QUE SE TORNARAM MONARCAS. PORTUGAL. CHAMADA DE RAINHA INSUBMISSA FOI UMA MULHER INDEPENTE E EMPODERADA, ALGO INCOMUM PARA SEU TEMPO.  DEC. 1830. 7 CM DE DIAMETRO. NOTA: Quando, a 4 de abril de 1819, nasceu no Rio de Janeiro D. Maria da Glória, futura Rainha D. Maria II, filha do então Infante D. Pedro, que seria o Rei D. Pedro IV de Portugal, e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria, o Reino encontrava-se ainda a recuperar da devastação provocada pelas Invasões Francesas, que tinha motivado a deslocação, em 1808, da Casa Real Portuguesa para o Brasil. A possibilidade dessa colónia caminhar para a independência, levam D. João VI, avô de D. Maria, a retardar o regresso da Corte à Europa. Contudo, em 1821, apesar desta divisão de interesses e vontades, agravada pelo conflito entre liberais e absolutistas, que lacerava a própria Casa Real, a Coroa acaba por regressar a Portugal.É nesta complicada teia política e com apenas sete anos, que o seu pai abdica, em abril de 1826, do trono de Portugal a seu favor, numa tentativa de evitar o confronto entre as fações liberais e absolutistas que dividiam, na época, o Reino e a Europa. Neste sentido, estava previsto que a futura rainha, logo que tivesse maior idade, casasse com o seu tio, D. Miguel, entretanto nomeado, em julho de 1826 regente e lugar-tenente do Reino. Contudo, após este assumir a regência ao chegar a Lisboa, em janeiro de 1828, o projeto de matrimónio depressa foi esquecido. Perante a perspetiva de fracasso do acordo, D. Maria, que tinha permanecido no Brasil, viajou para a Europa em julho de II - 18 1828, mas com os grupos políticos, entretanto em confronto, viu-se impossibilitada de entrar no seu futuro Reino. Só a 23 de setembro de 1834, com o fim da Guerra Civil e já com quinze anos de idade, é que pisa pela primeira vez solo português e inicia o seu reinado.Casa em 1 de dezembro 1834 com Augusto de Leuchtenberg, neto da Imperatriz Josefina, primeira mulher de Napoleão Bonaparte, mas este viria a falecer logo em março do ano seguinte. Volta a casar em 9 de abril de 1836, com Fernando de SaxeCoburgo-Gotha, irmão de Leopoldo I, rei dos Belgas e primo do príncipe Alberto, marido da Rainha Vitória da Inglaterra.Ao longo de quase todo o reinado sucederam-se graves acontecimentos políticos, tendo D. Maria II, logo de início, se deparado com um reino mergulhado em antagonismos ideológicos e ambições rivais que originavam fraturas sociais e crises políticas profundas.Neste complexo ambiente sociopolítico, a monarca entre cedências e resistências, e mesmo perante todas as adversidades, demonstrou sempre grande firmeza e habilidade política na defesa das prerrogativas reais e a legalidade constitucional.Apesar de todas as dificuldades, esta também foi uma época em se deu uma modernização marcante de Portugal, bem visível nas políticas de saúde e de obras públicas de Costa Cabral, na remoção das antigas estruturas feudais, nas importantes reformas do ensino e instrução, na abertura económica e na internacionalização do País, nos projetos coloniais e marítimos de Sá da Bandeira, na estabilização política e no início de um dos períodos mais prósperos de Portugal com a Regeneração, em 1851. D. Maria II foi cognominada de A Boa Mãe, em face da aprimorada educação que dispensou aos seus sete filhos ou de A Educadora, devido às grandes reformas que tiveram lugar durante o seu reinado no campo do Ensino e da Educação.Entre essas alterações destaca-se a criação de um ensino técnico e politécnico e a profunda reforma do ensino naval com a instituição da moderna Escola Naval. Esta reforma iniciou-se em 1836, após a Revolução Setembrista ter colocado no poder Sá da Bandeira e Passos Manuel, os quais deram início a uma série de mudanças estruturais. É neste âmbito que, em 11 de janeiro de 1837, foi criada a Escola Politécnica, em substituição da Academia Real da Marinha, situação que originaria nos anos seguintes um aceso debate entre aqueles que queriam dar maior enfâse na teoria e os que consideravam mais importante a formação no campo da liderança e do comando de um navio de guerra, perto das lides marítimas e da hierarquia da Marinha.É então nomeada uma comissão que acaba por propor o fim do modelo existente, incluindo a extinção da Academia Real dos Guardas-Marinhas e a criação de um novo modelo de ensino. Assim, por decreto de D. Maria II promulgado a 23 de abril de 1845, nascia a "Escola Naval", cuja respetiva estrutura e normas de funcionamento foram promulgadas alguns dias depois, mais concretamente a 19 de maio. A nova escola dos futuros oficiais de Marinha a situar no Terreiro do Paço, na antiga Ribeira das Naus, local simbólico associado aos Descobrimentos e às Navegações Portuguesas, seria chefiada por um diretor, dotado de largos poderes administrativos e disciplinares, acompanhado de um corpo docente estabilizado, formado por oficiais e civis dotados de elevado prestígio académico e científico.Desta forma, D. Maria II ficará indelevelmente, associada a uma das maiores e mais fecundas reformas do ensino naval que tiveram lugar em Portugal.A Rainha veio a falecer ao dar à luz o seu décimo primeiro filho, a 15 de novembro de 1853, tendo sido considerada uma perda irreparável pelas suas qualidades de mãe e soberana, numa altura em que o País tinha finalmente entrado numa fase de tranquilidade e desenvolvimento.
  • PALACIANO JARRÃO DE APARATO CONSTRUIDO  EM PRATA DE LEI. DECORADO COM VOLUTAS VEGETALISTAS, ROCAILLESE QUERUBINS  QUE SEGURAM GUIRLANDAS. TERÇO SUPERIOR EM ELEGANTE TORCEIL. INICIO DO SEC. XX. 54 CM DE ALTURA. 3810 G
  • SANTO ANTONIO  LINDA ESCULTURA EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO SANTO ANTONIO COM MENINO JESUS QUE SE AGARRA GRACIOSAMENTE AO SANTO. BASE REVESTIDA EM PRATA DE LEI BATIDA E RELEVADA COM ELEMENTOS VEGETALISTAS. SOB OS PÉS DO SANTO FIGURAS DE QUEBUBINS SOBRE ROLOS DE NUVENS. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. PORTUGAL, SEC. XVIII. 56 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR)

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