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  • SANTA LUZIA  MAGNIFICA ESCULTURA SEISCENTISTA DE GRANDE DIMENSÃO EM MADEIRA ENTALHADA E POLICROMADA DE FATURA LUZÍADA.  REPRESENTA SANTA LUZIA,  A VIRGEM DE SIRACUSA. A SANTA SEGURA EM SUA MÃO DIREITA O SEU ATRIBUTO PRINCIPAL, UM PÚCARO QUE CONTÉM SEUS DOIS OLHOS. BELO PLANEJAMENTO E POLICROMIA! CABELOS ARTISTICAMENTE ENTALHADOS.PORTUGAL, SEC. XVII. 73 CM DE ALTURANOTA: Santa Lucia de Siracusa (283-304) mais conhecida por Santa Luzia (santa de luz), foi uma jovem siciliana nascida numa rica família de Siracusa, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Dioclesiano. Era considerada como uma das jovens mais belas de sua cidade, mas secretamente Lúzia fez um voto de consagrar sua virgindade a Cristo. Um dia resolveu com apoio de sua mãe entregar todos os seus bens aos pobres e por isso foi denunciada como Cristã ao Imperador Diocleciano , que tentou persuadi-la a se converter aos ídolos. Luzia se mostrou cheia do Espírito Santo em frente ao imperador Diocleciano. Ele vendo que nada a convertia fez inúmeras coisas cruéis com ela. Primeiro mandou jogá-la em uma casa de prostituição, cheia de homens sedentos de um corpo virginal como o de Luzia, mas foi em vão: ninguém conseguia tirar Luzia dali. Nem mesmo uma junta de bois conseguiu. Os soldados saíram envergonhados por isso retiram-se envergonhados por não conseguir tira-la dali. Seus pés eram como se estivessem fincados no chão, como raízes de plantas. Tentaram depois colocar fogo em seu corpo, mas Luzia fez a seguinte oração: "Ó Senhor Deus, Jesus Cristo meu Rei, não deixai que essas chamas me façam mal algum." As chamas nada fizeram contra ela, nem mesmo vermelhidão no seu corpo deixaram, e por isso retiraram ela de dentro do fogo. Como tudo isso não havia dado certo, foi lhe aplicado o castigo mais cruel depois da degolação. Luzia não se convertia de jeito nenhum aos falsos deuses, e por isso um soldado, a mando do imperador, arrancou-lhe os olhos de sua face, e entregou os olhos em um prato a Luzia, mas milagrosamente ao entregar o prato com os olhos de Luzia, no rosto da mesma, nasceram-lhe dois lindos olhos, sãos, perfeitos e mais lindos do que os outros. Vendo que nada a convencia de converter-se ao paganismo, deceparam sua cabeça no momento que Luzia dizia: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade" No mesmo instante sua cabeça rolou pelo o chão. Era 13 de Dezembro do ano de 304 D.C. Os cristãos recolheram seu corpo virginal e a sepultaram nas catacumbas de Roma. Sua fama de Santa se espalhou por toda a Itália e Europa e depois para todo mundo, onde hoje é venerada e honrada como a "Santa da Visão", padroeira dos Oftalmologistas.
  • SÃO FRANCISCO DE ASSIS  EXCEPCIONAL ESCULTURA EM TERRACOTA POLICROMADA REPRESENANDO SÃO FRANCISCO DE ASSIS. DE MUITO BOA QUALIDADE POSSUI ROSTO EXPRESSIVO E BELÍSSIMO. O BARRO EMPREGADO NA CONFECÇÃO É CARACTERÍSTICO DAQUELE UTILIZADO NA IMAGINÁRIA MINEIRA DA PRIMEIRA METADE DO  SEC. XVIII, NESSE CASO BARRO COZIDO E OCO. NESSE PERIODO, ATUARAM EM MINAS ARTISTAS E/OU ARTÍFICES PORTUGUESES, O QUE SE DENOTA NOS  TRAÇOS DELICADOS DO ROSTO DESSA IMAGEM DE SÃO FRANCISCO. FOI SÓ POR VOLTA DE 1770, QUE COMEÇA A SURGIR UMA PRODUÇÃO REGIONAL COM CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS. PODEMOS ENTÃO LOCALIZAR A PRODUÇÃO DESSA IMAGEM PARA UM PERÍODO RECUADO DA DÉCADA DE 1770. ALGUNS TRAÇOS TÊM SIDO APONTADOS COMO TÍPICOS DE MINAS GERAIS: A AUSÊNCIA DE PADRÕES ESSENCIALMENTE REPETITIVOS OU ACADÊMICOS, UMA POLICROMIA  MENOS CARREGADA, MAIS UNIFORME E MAIS ECONÔMICA QUE SIMILARES LITORÂNEAS, FEIÇÕES MAIS INGÊNUAS E JOVIAIS E UM ELEGANTE TRATAMENTO DOS TRAJES. O BARRO FOI INICIALMENTE EMPREGADO NO BARROCO MINEIRO PELA FÁCIL MALEABILIDADE AOS DETALHES E HABILIDADES DO ESCULTOR, FOI O MATERIAL MAIS EMPREGADO NAS ESCULTURAS DEVOCIONAIS DO BRASIL NO SÉCULO XVIII. AS IMAGENS NA REGIÃO PRECURSORA DE MINAS PODIAM SER EM BARRO CRU (MACIÇAS) OU COZIDO, OCAS  (EM EXIGÊNCIA DE UMA TÉCNICA BEM MAIS APURADA), SEM POLICROMIA OU COM A POLICROMIA BEM SIMPLIFICADA, FEITA DIRETAMENTE SOBRE O SUPORTE APÓS A QUEIMA. O DOURAMENTO, RARAMENTE EXISTENTE, ERA COLOCADO GERALMENTE APENAS EM ALGUNS DETALHES, COMO NAS BORDAS DE ALGUMAS VESTIMENTAS. MINAS GERAIS, MEADOS DO SEC. XVIII. 27 CM DE ALTURANOTA: SÃO FRANCISCO DE ASSIS: Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a Senhora Pobreza. Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?. Ele respondeu que ao amo. Porque, então, transformas o amo em criado?, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas. Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho. Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224. Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.
  • são sebastião  placa de peregrino da terra santa  raro medalhão em madeira de oliveira recoberta com placagem em madreperola esgrafitada em negro e rematada com detalhes em vermelho. na parte inferior figuração do divino espírito santo. em reserva, são sebastião representado estando atado a uma árvore, com o corpo perfurado por flechas. terra santa, sec. xviii. 20,5 cm de altura.nota: Feitos em madeira de oliveira e com aplicações de madrepérola, esta produção é um trabalho  muito característico da Terra Santa e durante séculos foram feitas pelos franciscanos, que as vendiam aos peregrino. Sao Francisco de Assis visitou a Terra Santa por volta do ano de 1219, que estava na época sobre domínio do Islã e instalou aí uma missão, obtendo do Papa a custódia sobre os lugares santos do cristianismo. Até 1847 os franciscanos cumpriram escrupulosamente essa missão confiada pela igreja e para sobreviverem, vendiam aos peregrinos crucifixos, registos e rosários feitos com materiais abundantes na região, a madeira de oliveira, e a madrepérola, recolhida nas margens do Mar Vermelho. Por essa razão, estas peças são frequentemente decorados com motivos alusivos à Ordem de S. Francisco, como as insígnias da Ordem, imagens de S. Francisco ou de outros santos franciscanos.
  • SÃO BENEDITO  GRANDE  IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO! BRASIL, SEC. XIX. 47 CM DE ALTURA.NOTA: São Benedito nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526. Benedito significa abençoado. Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos. O senhor deles, sabendo disso, prometeu que, se eles tivessem um filho, daria a ele a liberdade. Assim, eles tiveram Benedito. E, como prometido, ele foi libertado pelo seu senhor ainda menino. Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe. Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Porém, com muita calma e paciência suportou tudo. Vendo isso, o líder dos eremitas franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. São Benedito aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos. O Papa Pio IV, desejando unificar a ordem franciscana, ordenou aos eremitas que se juntassem a qualquer ordem religiosa. Benedito foi para o mosteiro da Sicília, um convento em Santa Maria de Jesus. Era o convento dos franciscanos capuchinhos. Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor. Vivia sempre alegre e com muita mansidão, conquistando a todos com sua comida saborosa e sua simpatia. Foi transferido depois para o convento de SantAna di Giuliana, ficando por 4 anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte. Por causa de sua vida exemplar, trabalho, oração e ajuda a todos, Frei Benedito tornou-se um líder natural. Em 1578 foi convidado para ser o Guardião, (superior) do mosteiro, cargo que aceitou depois de muita relutância. Apesar de ser analfabeto, administrou o mosteiro com grande sucesso, seguindo com rigor os preceitos de São Francisco. Organizou os noviços, foi caridoso os padres, era o primeiro a dar exemplo nas orações e no trabalho. Todos queriam ver e tocar em São Benedito, por causa de sua fama de santidade, palavras, milagres e orações. Os escravos simpatizavam muito com ele, por ser negro, pobre e com grandes virtudes. Em torno do seu nome surgiram numerosas irmandades. São Benedito é um dos Santos mais populares no Brasil, com inúmeras paróquias por todos os lugares inspiradas em seu modelo de humildade e caridade. Grande é o numero de milagres de São Benedito, inclusive a ressurreição de dois meninos, a cura de vários cegos e surdos, a multiplicação de peixes e pães, e vários outros milagres. Alguns milagres de multiplicação de alimentos aconteceram na cozinha de São Benedito. Por isso, ele é tido carinhosamente pelo povo como o Santo Protetor da cozinha, dos cozinheiros, contra a fome e a falta de alimentos. Um dia Frei Benedito profetizou que quando morresse teria que ser enterrado às pressas para evitar problemas para seus irmãos. Depois disso, ficou gravemente doente e faleceu no dia 4 de abril de 1589, aos 65 anos de idade. E a profecia se cumpriu: quando ele faleceu uma multidão invadiu o mosteiro para vê-lo, conseguir algum objeto seu ou um pedaço de sua roupa de monge para terem como relíquia do santo pobre e humilde, causando problemas para o convento. Na hora de sua morte ele disse com muita alegria:Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco! E morreu em paz. Seu corpo foi transladado para a igreja e exalava suave perfume. Exumado posteriormente, estava intacto, (incorrupto). Em 1611 seu corpo foi colocado em uma urna de cristal na igreja de Santa Maria em Palermo para visitação e permanece até os dias de hoje.
  • SÃO JOÃO BATISTA  LINDA ESCULTURA EM MADEIRA ENTALHADA, MAGNIFICAMENTE POLICROMADA E DOURADA. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO! REPRESENTA FIGURA DE SÃO JOÃO BATISTA QUE APONTA PARA CORDEIRO, SEU ATRIBUTO MAIOR. MERECEM DESTAQUE AS VESTES DESSA IMAGEM TANTO PELO INCRÍVEL MOVIMENTO (PARECEM VOAR AO VENTO) QUANTO PELA POLICROMIA EXCEPCIONALMENTE BELA REMATADA EM PONTA SECA E A ELABORAÇÃO DA ESCULTURA. SOB A BASE ETIQUETA DO ATELIER DO ARTÍFICE JOÃO PEREIRA CAMPOS, DA CIDADE DO PORTO. PORTUGAL, SEC. XIX. 35 CM DE ALTURA
  • SANTO CRISTO DOS MILAGRES  BELA IMAGEM EM BARBOTINA POLICROMADA E DOURADA DE FEIÇÃO IDÊNTICA A DAQUELA VENERADA NO CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA, NA CIDADE E CONSELHO DE PONTA DELGADA, NA ILHA DE SÃO MIGUEL NOS AÇORES. A IMAGEM DO CONVENTO DA ESPERANÇA É NA VERDADE A REPRESENTAÇÃO DE UM CRISTO DITO ECCE HOMO E É CERTAMENTE UMA DAS MAIS VENERADAS EM PORTUGAL. O EXEMPLAR EM PREGÃO É CONTRUÍDO EM BARBOTINA, UMA SUSPENSÃO COLOIDAL DE ARGILA, COMO UM MINGAU QUE É MOLDADO EM UM NEGATIVO OBTIDO A PARTIR DE UMA IMAGEM ESCULPIDA EM BARRO. O RESULTADO É UMA IMAGEM OCADA IDÊNTICA A ESCULTURA ORIGINAL. O GENERO DE IMAGENS EM BARBOTINA FOI MUITO EMPREGADO NA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX E GANHOU O BRASIL COM A EXPANSÃO PROPORCIONADA PELA PENETRAÇÃO DO CAFÉ, DA IMIGRAÇÃO E DA RIQUEZA. EDUARDO ETZEL EM SEU LIVRO IMAGENS RELIGIOSAS DE SÃO PAULO, APRECIAÇÃO HISTÓRICA RELATA A EXISTÊNCIA DE UMA IMAGEM DE SANTANA MESTRA ENCONTRADA NA CIDADE DE ITAPIRA EM SÃO PAULO, COM DATAÇÃO NA PARTE POSTERIOR DA BASE PARA O ANO DE 1859. PORTUGAL, SEC. XIX. 21 CM DE ALTURA.NOTA: Na noite de 21 para 22 de Outubro de 1522, um violento sismo provocou um grande deslizamento de terras nas encostas sobranceiras a Vila Franca do Campo, causando o soterramento da maior parte da vila, então capital de São Miguel. O efeito combinado do sismo e do soterramento provocou a morte de milhares de pessoas. O sismo causou ainda mortes em muitas outras povoações de São Miguel e também grandes deslizamentos de terras na Maia, e região circunvizinha, e em Ponta Garça. Um ano depois, em 1523 provavelmente em virtude do grande número de mortos insepultos do terremoto, grassou em São Miguel uma epidemia de peste que causou alguns milhares de mortes e obrigou ao isolamento da ilha durante vários anos. A epidemia também atingiu o Faial, embora sem graves consequências. Esta epidemia que durou até 1630, contribuiu para o enraizamento do culto ao Divino Espírito Santo e intensificou nos sobreviventes a religiosidade. As crônicas da fundação de São Miguel mostram que o Capitão Donatário Ruy Câmara resolveu instalar na ilha uma casa conventual da ordem monástica das Clarissas. Para tanto o Capitão mandou buscar em Roma as respectivas Bulas Apostólicas com vista à ereção canónica. A tradição difundiu a ideia de que o Papa Paulo III, juntamente com a concessão às clarissas das Bulas para fundação do Convento da Esperança na Ilha de São Miguel dos Açores, quando da deslocação de duas delas a Roma , também lhes havia ofertado uma imagem-sacrário do Ecce Homo. No entanto, a nau que transportava a sagrada imagem naufragou nas costas da ilha quando se preparava para aportar. Desapareceu o navio nas profundezas do Oceano levando consigo a imagem doada pelo Papa que continha em seu relicário um pedaço da Santa Cruz de Cristo. Dias depois, após a consternação causada pela tragédia, algumas irmãs que descansavam a beira mar avistaram entre as pedras do costão uma caixa de onde irradiava uma luz com singular aspecto de cruz. Resgataram das pedras a tal caixa e quando a abriram estava lá a imagem do Cristo Ecce Homo com sua relíquia do Santo Lenho. Essa imagem é então objeto da veneração dos ilhéus de São Miguel há quase cinco séculos e em todo esse tempo é anualmente levada em solene procissão que dura mais de cinco horas, constituindo-se como, a maior procissão, a mais grandiosa e a de maior devoção que se realiza em terras portuguesas. Em todos esses anos muitos prodígios e milagres foram atribuídos ao Senhor Bom Jesus dos Milagres e em gratidão, os devotos lhe recobriram que jóias e estas são consideradas as mais ricas da imaginária sacra em toda península Ibérica. Assim é constituído o tesouro do Senhor Jesus dos Milagres: O Resplendor, em platina cromada de ouro, pesa 4,850 gramas e está incrustado de 6.842 pedras preciosas de todas as qualidades: topázios, rubis, ametistas, safiras, etc. Além do valor artístico, esta jóia está carregada de elementos simbólicos ligados à teologia. O primeiro é a da Santíssima Trindade, representada por um triângulo no centro que contém três caracteres com o seguinte significado: "Sou o que Sou" e também "Pai, Filho e Espírito Santo". Deste triângulo irradiam os resplendores para as extremidades da peça. O segundo elemento é a Redenção de Cristo, representada pelo cordeiro sobre a cruz e pelo livro dos Sete Selos do Apocalipse. Um terceiro é a Eucaristia, simbolizada por uma ave, o pelicano, pelo cálice e pelo cibório. O último elemento simbólico do RESPLENDOR é a Paixão de Cristo passando pela coroa representada em pormenor: desde a túnica ao galo da Paixão, passando pela coroa de espinhos integralmente feita de esmeraldas. Se o Resplendor é a jóia mais rica do Tesouro, a Coroa é a sua peça mais delicada. Em ouro, pesando apenas 800 gramas, possui 1.082 pedras preciosas, todas elas trabalhadas com minúcia, onde os próprios espinhos são pequeníssimas pedras que diminuem de tamanho nas extremidades. O Relicário é, por outro lado, a peça mais enigmática do Tesouro. É a única que está permanentemente colocada no peito da imagem e serve para guardar o Santo Lenho, que se crê ser uma farpa da verdadeira cruz em que Jesus foi crucificado. O Cetro, a quarta peça do Tesouro, é constituída por 2.000 pérolas que formam um maciço de cana, 993 pedras preciosas ao longo do tronco e no conjunto de brilhantes com renda de ouro na base, onde está colocada a Cruz de Cristo. Finalmente, as Cordas, com 5,20 metros de comprimento, constituem a quinta peça do corpo principal do Tesouro. São duas voltas de pérolas e pedras preciosas enroladas em fio de ouro. Estas jóias possuem um valor incalculável. As Jóias do Senhor Santo Cristo dos Milagres, como também a coleção de capas usadas pela imagem, podem ser admiradas no Convento de Nossa Senhora da Esperança.
  • IMPORTANTES TOCHEIROS ESCULPIDOS EM JACARANDÁ COM FEITIO DE BALAÚSTRE DE TRADIÇÃO BANDEIRISTA PAULISTA. IMPONENTES E DE ELEGANTE CONTRUÇÃO! BRASIL, SEC. XVIII/XIX. 103 CM DE ALTURANOTA: O uso de estruturas em balaústre não é exclusivo do período colonial paulista mas foi muito empregado tanto nos acabamentos arquitetônicos como janelas, alpendres e objetos de uso como tocheiros. O grau de destaque da família era muitos refletido pelo  número, elaboração e dimensão de balaústres empregados na residência.
  • EXTRAORDINÁRIO CONJUNTO COM OITO MAGNIFICAS CADEIRAS  DOM JOÃO V CONSTRUIDAS EM JACARANDÁ COM ASSENTOS FORRADOS EM TECIDO ADAMASCADO. FABULOSOS PÉS DE GARRA E BOLA. ESPALDAR ALTO COM SUPORTE DECORADO EM FRISOS CAPRICHOSAMENTE REVIRADO NAS LATERAIS SUPERIORES. O ESPALDAR É AINDA REMATADO POR REQUINTADA DECORAÇÃO DE VOLUTAS NO ÁPICE. AO CENTRO, CARTELA VASADA COM BELÍSSIMO DESENHO. ASSENTO ELEGANTEMENTE ONDULADO POSSUI MOVIMENTO BOMBÊ FRONTALMENTE REMATADO POR VOLUTA. PERNAS DIANTEIRAS DE SAÍDA PROEMINENTE. CURVAS E RECURVAS COM JOELHEIRAS REVESTIDADES DE ACANTOS E VOLUTAS. FINALAM EM ARTÍSTICOS PÉS DE GARRA E BOLAS. PERNAS TRASEIRAS COM MOVIMENTO DE SABRE. SÃO CONTRUÍDAS COM ENCAIXES CARACTERÍSTICOS DE ALTA E ANTIGA FORNITURA. TODAS ESSAS CARACTERISTICAS TORNAM ESSE CONJUNTO EXEMPLAR NA FORMA E NO ESTILO DA FORNITURA
  • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA  GADO NELORE NO PASTO -  ASSINADO E DATADO 1980. OST . BELA OBRA. RETRATA CENA CAMPESINA CARACTERÍSTICA APRESENTANDO EM PRIMEIRO PLANO GADO NELORE NO PASTO EMOLDURADO POR ÁRVORES COM CASAS DE JOÃO DE BARRO , AO FUNDO CASEBRE, CÉU COM NUVENS E AVES VOANDO. OBRA BELÍSSIMA! 44 X 32 CM SOMENTE A PINTURA E 64 X 54 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA).NOTA: Artista (pintor e escritor) autodidata, pintou o desbravamento e a implantação da agricultura na região noroeste do estado de São Paulo. Viveu a maior parte de sua vida na cidade de São José do Rio Preto onde existe um museu, fundado por ele próprio, com algumas de suas obras. É considerado um artista naif ou primitivo. Autor de livros, como o "Romance de minha vida", publicado em 1949, "Maria Clara" em 1970 e "Sou pintor, sou poeta" em 1981, Também gravou dois Long Plays em Vinil contando "causos" e falando sobre sua vida. Foi retratado em um curta-metragem dirigido por Carlos Augusto Calil " Quem não conhece o Silva?". Retratou em sua obra a transformação da mata em lavoura e a transformação de um país agrário em urbano. Em 1931, José Antônio da Silva mudou-se para São José Do Rio Preto. Participou da exposição de inauguração da Casa de Cultura da cidade, em 1946, suas pinturas chamaram atenção dos críticos, Lourival Gomes Machado (1917-1967) Paulo Mendes de Almeida (1905-1986) e do filósofo João Cruz e Costa. A partir daí o autodidata de formação, que exerceu também atividades na lavoura até ser descoberto passou a dedicar-se a pintura. Dois anos depois, realiza mostra individual na Galeria Domus, em São Paulo. Nessa ocasião Pietro Maria Bardi (1900-1999), diretor do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), adquire seus quadros e deposita parte deles no acervo do museu. O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) edita seu primeiro livro, Romance de Minha Vida, em 1949. Na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, recebe prêmio aquisição do Museum of Modern Art (MoMA) Museu de Arte Moderna de Nova York. Em 1966, Silva cria o Museu Municipal de Arte Contemporânea de São José do Rio Preto e grava dois LPs, ambos chamados Registro do Folclore Mais Autêntico do Brasil, com composições de sua autoria. No mesmo ano, ganha Sala Especial na 33ª Bienal de Veneza. Publica ainda os livros Maria Clara, 1970, com prefácio do crítico literário Antônio Candido (1918); Alice, 1972; Sou Pintor, Sou Poeta, 1982; e Fazenda da Boa Esperança, 1987. Transfere-se de São José do Rio Preto para São Paulo, em 1973. Em 1980, é fundado o Museu de Arte Primitivista José Antônio da Silva (MAP), em São José do Rio Preto, com obras do artista e peças do antigo Museu Municipal de Arte Contemporânea. Apresenta em suas telas espaços amplos, abertos e temas ligados a vida no campo, como o algodoal, os cafezais e o boi no pasto, que acabam tornando-se sua produção mais conhecida. Como nota o crítico P.M. Bardi, o artista revela grande espontaneidade na abstração dos detalhes em suas telas, onde, por exemplo, fileiras de pontos brancos indicam o algodoal. Destacam-se em sua obra o desenho expressivo, o senso da cor e o caráter de fantasia. Silva percorre uma grande variedade de temas: natureza-morta, pintura sacra, marinha, pintura histórica e de gênero. Algumas telas possuem um tom irônico. Nos quadros realizados a partir da década de 1970, o artista cria maior distinção entre a figura e o plano de fundo, empregando também grandes planos de cores.
  • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA  CASA COM TERREIRO (FAZ  PARTE DE UM TERNO APRESENTADO NESSE LOTE E NOS DOIS PRÓXIMOS) -  ASSINADO E DATADO 1981 NA PINTURA E TAMBÉM NO VERSO. OLEO SOBRE CARTÃO. BELA OBRA! RETRATA TERREIRO COM CASA RURAL, ÁRVORES E CAMPO AO FUNDO. OBRA BELÍSSIMA! 34 X 30 CM SOMENTE A PINTURA E 58 X 54 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA).
  • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA  PAISAGEM RURAL  - (FAZ  PARTE DE UM TERNO APRESENTADO NESSE LOTE E NOS DOIS PRÓXIMOS)  ASSINADO E DATADO 1954. PRIMEIROS ANOS DA CARREIRA DO ARTISTA. ÓLEO SOBRE PLACA DE MADEIRA ALMOFADADA NO VERSO. ASSINADA E DATADA NO VERSO. CENA DINÄMICA COM PAISAGEM MOSTRANDO CASA, ÁRVORES, ÁRVORES CORTADAS.  NA PINTURA E TAMBÉM NO VERSO. OLEO SOBRE CARTÃO. BELA OBRA! RETRATA TERREIRO COM CASA RURAL, ÁRVORES E CAMPO AO FUNDO. OBRA BELÍSSIMA! 16 X 14 CM SOMENTE A PINTURA E 29 X 27 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA).
  • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA (FORMA TERNO COM O APRESENTADO NO LOTE ANTERIOR E NO PRÓXIMO)  PAISAGEM RURAL -  ASSINADO E DATADO 1954. PRIMEIROS ANOS DA CARREIRA DO ARTISTA. ÓLEO SOBRE PLACA DE MADEIRA ALMOFADADA NO VERSO. ASSINADA E DATADA NO VERSO. CENA COM PAISAGEM MOSTRANDO CASA E MUITAS ÁRVORES. 16 X 14 CM SOMENTE A PINTURA E 29 X 27 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA).
  • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA (FORMA TERNO COM O APRESENTADO NOS DOIS LOTES ANTERIORES)  PAISAGEM RURAL -  ASSINADO E DATADO 1954. PRIMEIROS ANOS DA CARREIRA DO ARTISTA. ÓLEO SOBRE PLACA DE MADEIRA ALMOFADADA NO VERSO. ASSINADA E DATADA NO VERSO. LINDA CENA COM PAISAGEM MOSTRANDO ÁRVORES, ANIMAIS PASTANDO E AO CENTRO BELA ÁRVORE FLORIDA. 16 X 14 CM SOMENTE A PINTURA E 29 X 27 CM (CONSIDERANDO O TAMANHO DA MOLDURA).
  • O ARCANJO RAFAEL GUIA TOBIAS A RAGÉS - placa de peregrino da terra santa  raro medalhão em madeira de oliveira recoberta com placagem em madreperola esgrafitada em negro com RESQUÍCIOS DE ARREMATES EM VERMELHO. na parte inferior EMBLEMA DOS CAVALEIROS DA ORDEM DO  SANTO SEPULCRO, CUJOS CAVALEIROS ERAM NOMEADOS PELA MAIS ALTA AUTORIDADE RELIGIOSA DA TERRA SANTA, A CUSTÕDIA DA TERRA SANTA LIDERADA A PARTIR DO SEC XV PELOS FRANCISCANOS. NA PARTE SUPERIOR A REPRESENTAÇÃO DO OLHO DA PROVIDENCIA (O OLHO DE DEUS QUE TUDO VÊ DENTRO DE UM TRIANGULO QUE REPRESENTA A SANTÍSSIMA TRINDADE). DO LADO ESQUERDO O CRISTOGRAMA JESUS SALVADOR DOS HOMENS E DO LADO DIREITO O NOME DE DEUS EM GREGO. EM RESERVA O ANJO DE terra santa, sec. xvIIi. 19 cm de altura.NOTA: O reino de Israel durou duzentos e cinqüenta e quatro anos, e teve dezenove reis, todos ímpios. Freqüentemente mandou-Ihes Deus profetas para admoestá-los e levá-los a eles e a seus súditos à prática do verdadeiro culto, mas inutilmente. As ameaças dos profetas foram desprezadas e os mesmos profetas foram encarcerados, exilados ou mortos. Tantas iniquidades esgotaram a misericórdia do Senhor, que entregou o povo e o rei de Israel nas mãos de seus inimigos. O último rei de Israel foi Oséias, sob cujo governo teve fim aquele reino. No princípio ele tentou libertar-se do jugo dos Assírios de quem se tinha tornado tributário; mas, indignado, Salmanassar, rei da Assíria, marchou com poderoso exército para expugnar Samaria. Depois de três anos de cerco, apoderou-se da cidade, prendeu Oséias e meteu-o a ferros. Depois de submeter todo o reino ao seu poder, levou o rei e o povo para a Assíria e para a Média, donde não mais voltaram. Os Israelitas padeceram na Assíria duríssima escravidão; muitas vezes faltou-lhes um pedaço de pão para matarem a fome e um trapo para se vestirem. Muitos foram assassinados e seus cadáveres atirados fora dos muros da cidade para servirem de pasto às aves de rapina e a outros animais ferozes, sem que se lhes pudesse dar sepultura, sendo isto proibido por uma lei desumana. Assim aquele povo, que fora surdo aos repetidos avisos dos profetas do Senhor, pagava o duro preço de suas infidelidades. Deus, que é sempre bom, mandou um consolador aos pobres Israelitas. Foi o piedoso Tobit, homem educado no santo temor de Deus, grandemente estimado pela sua piedade e paciência. Levado ao cativeiro com os outros, à vista de seus irmãos oprimidos, dedicou-se ao santo mister de consolar os aflitos, de alimentar e vestir os necessitados e sepultar os mortos. Quando sabia que um Israelita morto era atirado em qualquer canto, deixava o que estava fazendo e aproveitava da escuridão da noite para enterrá-lo. O rei cruel, tendo notícia de semelhantes fatos e de como Tobit dispensava seus bons ofícios aos seus irmãos de exílio, mandou que fosse espoliado de todos os bens e condenado à morte. Apesar disso, o Senhor conservou-lhe a vida: fugindo à cólera do rei, ficou escondido por algumas pessoas piedosas, em companhia de sua mulher e seu filho Tobias. Pouco depois, tendo sido assassinado esse rei cruel, pôde Tobit continuar no desempenho de seu piedoso mister. Um dia, tendo-se sentado à mesa para jantar, veio seu filho adverti-lo de que haviam deixado na praça um cadáver. Levantou-se imediatamente da mesa, foi buscar o cadáver e o ocultou em casa, sepultando-o depois durante a noite, mostrando assim quanto era constante e qual o seu ardor no exercício da caridade. A virtude de Tobit foi experimentada por Deus com grandes tribulações. Uma ocasião, após ter passado a noite inteira a dar sepultura aos mortos, voltava para casa ao clarear do dia, e prostrado de cansaço deitou-se perto de um muro sobre o qual havia um ninho de andorinhas, e ali adormeceu. Durante o sono caiu-lhe nos olhos um pouco de cisco quente do ninho daqueles passarinhos e ficou cego. Nesse mísero estado, conservou-se sempre fiel ao Senhor. Nada temia tanto como o pecado e até a sombra dele. Sua mulher que o sustentava com o seu trabalho, levou para casa um dia um cabrito que lhe haviam dado como paga. O cego, ouvindo-o berrar, disse: Vê lá que esse cabrito não tenha sido roubado! Se o foi, mulher, volta imediatamente a restituí-lo ao seu dono. Não devemos lançar mão da mínima coisa pertencente aos outros. Oprimido por tantas desventuras, Tobit pediu ao Senhor que o chamasse à outra vida. Supondo que Deus ouvira o seu pedido, deu ao filho estas lembranças: Meu filho: recomendo-te que respeites sempre tua mãe e nunca te esqueças do que ela sofreu por ti. Não se apague ele tua mente a imagem de teu Deus e guarda-te do pecado e de fazer algo contra os mandamentos divinos. Tem compaixão dos pobres e Deus terá compaixão de ti. Faze esmola; se tiveres pouco, desse mesmo pouco dá o que puderes, mas dá de boa vontade. A esmola apaga os pecados, faz achar misericórdia diante de Deus e conduz à vida eterna. Nas dúvidas, aconselha-te com homens prudentes, mas não te associes nunca aos perversos. Foge da soberba e preserva-te da impureza. O filho, todo comovido, respondeu-lhe: Meu pai, farei tudo quanto me disseste. E manteve fielmente a sua promessa. O bom Tobit não morreu então, como supunha. O Senhor conservou-lhe a vida para fazê-lo gozar inefáveis, consolações, por meio de seu filho chamado também Tobias. Um dia disse o velho a seu filho: Tobias, emprestei dez talentos de prata a Gabel, que reside em Rages, cidade da Média. Eis o documento relativo. Apresentando-lho, ele te restituirá logo o dinheiro. Mas como tu não sabes o caminho, vai procurar algum amigo fiel que te possa guiar. O filho obediente saiu de casa e encontrou um jovem prestes a empreender uma viagem. Ignorando que o desconhecido fosse um anjo de Deus, disse-lhe delicadamente: Bom jovem, quem és tu? Conheces a estrada que conduz à Média? E o jovem respondeu: Eu sou Israelita e conheço bem o caminho de que falas, pois morei muito tempo em Rages, na casa de Gabel. Tobias, com o consentimento do pai, partiu com o anjo Rafael, que disfarçado sob aparência humana e sem dar-se a conhecer, prontificou-se a acompanhá-lo. Chegando à margem do Tigre, um peixe monstruoso atacou o jovem Tobias, e já parecia que ia devorá-lo, quando o Arcanjo lhe disse que não temesse e que segurasse o peixe, o matasse e lhe tirasse o fígado, com o qual faria um remédio para curar o pai. Uma viagem iniciada sob tão bons auspícios não podia terminar senão próspera e feliz. E de fato, o anjo não só fez com que Tobias recebesse o dinheiro que fora buscar, como também procurou, e conseguiu que o mesmo desposasse uma rica e virtuosíssima donzela de nome Sara, filha única de Raguel. Entretanto, Tobias e sua mulher esperavam ansiosos pela demora. Muitas vezes a mãe, do alto de um monte, procurava impaciente ver se o descobriria ao longe. Por muitos dias foi vã a sua expectativa. Finalmente avistou-o um dia e satisfeitíssima, correu a dara boa nova. o marido. O velho Tobit, apesar de cego, quis ir ao encontro do amado filho. Os pais o abraçaram com ternura. Isto era apenas o início das grandes consolações que ao velho Tobit queria a bondade divina conceder.O jovem Tobias unge os olhos do pai com o fel do peixe, e o velho imediatamente recupera a vista, e pode ver, não somente o filho amado, mas ainda observa a esposa, admira suas singulares qualidades e as grandes riquezas que trouxera consigo. Espalhada a noticia da volta do filho de Tobias e de como o bom pai tinha sido curado, seus parentes se reuniram para dar graças ao Senhor e festejar o acontecimento. Em presença de todas essas pessoas, enumerou o filho os solenes benefícios que havia recebido do companheiro de viagem, que ainda julgava ser um homem. Querendo de alguma maneira recompensá-lo, pediram-lhe quisesse aceitar metade das riquezas que havia trazido. O anjo então deu-se a conhecer e disse ao velho: Agora é tempo de eu manifestar a verdade. Quando sepultavas os mortos e te ocupavas em obras pias ou em fervorosas orações, eu oferecia tudo ao Senhor. E porque êle te amava, quis que a cegueira aumentasse teu merecimento; depois mandou-me Deus a mim para curar-te e trazer-te todos estes bens. Pois que eu sou o anjo Rafael, um dos sete espíritos que estamos continuamente na presença de Deus. Louvai, pois, ao Senhor e contai a todos as suas maravilhas. Dito isto, desapareceu. Eles ficaram por três horas prostrados no chão bendizendo o nome de Deus. Tobit viveu ainda quarenta e dois anos; sentindo, depois, que se avizinhava a hora de sua morte, chamou o filho e recomendou-lhe que se mantivesse fiel e constante no santo serviço de Deus. Depois serenamente expirou, na paz do Senhor, com cento e dois anos de idade. O filho Tobias atingiu a idade de noventa e nove anos. Ele, seus filhos e netos imitaram as virtudes paternas; por isso foram sempre benquistos dos homens e abençoados por Deus.
  • MARFIM DE GOA  MAGNIFICO CRISTO VIVO ESCULPIDO EM MARFIM DE VERTENTE INDO PORTUGUESA DO FINAL DO  PERÍODO  QUINHENTISTA. LINDO ROSTO, OLHOS AMENDOADOS, FEIÇÃO ORIENTAL, CABELOS SINUOSOS.  EXCEPCIONAL ESCULTURA CORPORAL COM DETALHADA MORFOLOGIA! BELISSIMA PÁTINA NATURAL ADQUIRIDA AO LONGO DE  MAIS DE 400 ANOS DE HISTÓRIA!  PEÇA DIGNA DE COLEÇÃO PELA QUALIDADE E ANTIGUIDADE. GOA, POSESSÃO PORTUGUESA NA ÍNDIA, FINAL DO SEC. XV 23 CM DE ALTURA.NOTA: As imagens indo portuguesas produzidas em Goa atingiram o máximo da perfeição plástica com nível de trabalho europeu. Entretanto percebe-se influência dos parâmetros e cultura local nas feições das imagens. Assim, pode-se perceber por exemplo a presença de olhos amendoados, feições orientais, cabelos sinuosos e tipificação com divindades hindus (assim o Menino Bom Pastor apresenta semelhança com imagens de buda meditando). A produção dessas imagens começou no sec. XVI e ganhou no séc. XVII um grande impulso. São extremamente bonitas e colecionáveis.
  • ELEGANTE CATA MIGALHAS EM PRATA DE LEI COM RICOS CINZELADOS FLORAIS. FEITIO RETANGULAR COM EXTREMIDADES EM MOVIMENTO CONTRA BOMBE.  PEGA EM MADEIRA COM FIEITO DE BALAUSTRE. ELEVADO SOBRE QUATRO PÉS EM GARRA COM INTERIOR EM IMPECAVEL VERMEIL. BRASIL, SEC. XX. 21 CM DE COMPRIMENTO. 650 G
  • HUIZHOU -  RIQUISSIMA TALHA ORIENTAL ARTISTICAMENTE ESCULPIDA EM GRANDE COLMO ÚNICO DE BAMBU. NA PARTE FRONTAL É RECOBERTA EM OURO E NA TRASEIRA PINTADA EM VERMELHO CAMARÃO. TRATA-SE DE UM TRADICIONAL GÊNERO DE ESCULTURA CHAMADO HUIZHOU EM ALUSÃO A REGIÃO ONDE É TRADICIONALMENTE EXECUTADA DESDE A DINASTIA MING NO SEC. XV. ESTA TALHA EM PARTICULAR TEM UMA INACREDITAVEL RIQUEZA DE DETALHES E UMA INCRIVEL QUALIDADE ESCULTÓRICA. DESCREVE UMA CENA DE BATALHA COM A DEFESA DE UMA CIDADE. NAS PARTES INFERIORES GUERREIROS E CAVALEIROS COM LANÇAS E ESPADAS SE DEGLADEIAM EM LUTA. NA PARTE SUPERIOR O PORTÃO DA CIDADE COM VIGIAS NA TORRE. A ENTRADA DA CIDADE É GUARDADA POR DOIS SOLDADOS E UMA DIVINDADE. NA PARTE SUPERIOR DOIS VIGIAS.  NA PARTE FRONTAL É RECOBERTA EM OURO E NA TRASEIRA PINTADA EM VERMELHO CAMARÃO. PENDE DA TALHA UM BELO PENDURADOR EM METAL BASTANTE ELEGANTE. OBRA IMPORTANTE E BELÍSSIMA. CHINA, SEC. XIX. 67 X 15 CMNOTA: Na cultura tradicional chinesa, o bambu é um símbolo da beleza oriental. Representa integridade moral, resistência, modéstia e lealdade. Para outros, significa solidão e elegância. Essa versatilidade o tornou um dos principais temas de pinturas, caligrafia e poemas chineses. Por milhares de anos, gerações de artistas elogiaram o bambu, usando-o para esculturas e desenhos. Huizhou fica na junção de três províncias - Anhui, Zhejiang e Jiangxi. Com seu charme e decorações esculpidas, a arquitetura antiga e as obras de arte de Huizhou receberam atenção mundial. A arte tradicional de decorações arquitetônicas esculpidas significa a harmonia entre solidez estrutural e estética. Os artesãos esculpem as peças de construção de acordo, e as figuras e cores são naturais e adequadas. A escultura em bambu, juntamente com a escultura em madeira, pedra e tijolo, é conhecida como as quatro maravilhas da escultura em Huizhou. Elas são suaves e elegantes - como uma pintura chinesa.  A escultura em bambu de Huizhou é uma parte importante da arte chinesa de bambu. Foi  em meados da dinastia MING que a escultura em bambu se tornou gradualmente uma forma de arte independente. Como o bambu carrega as conotações culturais de integridade moral, isolamento e uma pessoa de honra, era consistente com as necessidades psicológicas da inteligência da época. Assim, a escultura em bambu ganhou prestigio.  Primeiro, os artesãos procuravam desenhar uma figura do objeto e selecionar a matéria-prima. Os colmos de bambu de três a cinco anos de idade eram os preferidos. Os colmos selecionados necessariamente deveriam estar livres de danos e cortados de novembro a janeiro, quando o teor de umidade do bambu é baixo.Em seguida, os colmos eram secos verticalmente na sombra com ventilação, evitando a luz solar direta. A casca verde deve era removida da superfície do bambu, que era então tratado com produtos para evitar danos causados por fungos e insetos. Os colmos eram então fervidos para drenar a glicose. Depois, os artesãos poliam a superfície do bambu e usavam um lápis para desenhar um padrão de escultura na superfície com um pedaço de papel duplicado. Eles usavam uma faca afiada para modelar o contorno do padrão e, em seguida, uma faca para detalhar a escultura. Existem principalmente dois tipos de escultura em bambu - escultura em superfície, que existe em duas formas: intaglio e rebaixo; e escultura tridimensional. O passo final era concluir o trabalho com a cor certa, geralmente vermelho escuro ou cor de café. Escultura de bambu tem uma longa história na China. Os escultores antigos absorveram habilidades de caligrafia e pintura e criaram trabalhos de escultura em bambu de alta qualidade.
  • FUKUROKUJO  DEIDADE DA RIQUEZA, LONGEVIDADE E SABEDORIA. ANTIGA ESCULTURA EM MADEIRA REPRESENTANDO FOKUROKUJO MONTANDO UM CERVO. CARREGA NAS MÃOS O CAJADO E UM ROLO DE PERGAMINHO ONDE ESTÁ REGISTRADA A SABEDORIA DO MUNDO. ESCULTURA DE MUITO BOA QUALIDADE! CHINA, DINASTIA QING, SEC. XIX. 41 CM DE ALTURA. MARCAS DO TEMPO
  • BELA ESCULTURA EM ROSEWOOD DITA MADEIRA DE ROSEIRA" .  REPRESENTA FIGURA DE PESCADOR SEGURANDO GRANDE CARPA. CHINA, FINAL DO SEC. XIX/XX. 42 CM DE ALTURA. MARCAS DO TEMPO
  • RARA SACRA EM MADEIRA ENTALHADA E DOURADA ESTILO E ÉPOCA DOM JOSÉ I. RESQUICIOS DE INSCRIÇÕES. BRASIL, SEC. XVIII. 25 X 27 CM. NOTA: As SACRAS continham textos em latim utilizados para a celebração da missa. Eram uma espécie de lembrete a memória do sacerdote porque continham as orações a serem proferidas nas celebrações. No século XIX, as sacras começaram a assumir a forma de porta-retratos, que emolduravam os textos protegidos com vidro. Esse elemento litúrgico caiu em desuso no inicio do sec. XX.

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