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  • ROBUSTO  PAR DE CASTIÇAIS EM PRATA MACIÇA DITOS PÉ DE GARRA E BOLA. MARCAS DE CONTRASTE PSEUDO P COROADO PARA A SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. CORPO EM BALAUSTRE. LINDOS CINZELADOS FLORAIS. ELEVADO SOBRE QUATRO EXCEPCIONAIS PÉS EM GARRA E BOLA COM INVULGAR QUALIDADE DE EXECUÇÃO. BRASIL, SEC. XIX. 25 CM DE ALTURA
  • SANTO ANTÔNIO  LINDA MEDALHA EM MADREPÉROLA COM CERCADURA EM OUROS BRANCO E AMARELO 18K COM CRAVAÇÃO DE QUATRO BRILHANTES. PORTUGAL, INICIO DO SEC. XX. 4 CM DE ALTURA, 5,8 G
  • PRESIDENTE JÚLIO PRESTES  ULTIMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA VELHA E ÚNICO PRESIDENTE ELEITO DO BRASIL IMPEDIDO DE TOMAR POSSE. TÈTARD FRÉRES -  MONUMENTAL FLOREIRO ESTILO MÉDICE EM PRATA DE LEI COM MARCAS DA MAISON ODIOT (EX COLEÇÃO SENADOR JOSÉ DE FREITAS VALLE  VILA KYRIAL). ELEGANTE FEITIO ESSE VASO DE TAMANHO INCOMUM FOI EXECUTADO COM PERFEIÇÃO PELA MAISON TÈTARD FRÉRES OS MAIORES PRATEIROS FRANCESES DO PERÍODO ART DECO. BORDA COM GODRONS QUE SÃO TAMBÉM REPRODUZIDOS NO TERÇO INFERIOR DO FLOREIRO. NO TERÇO SUPERIOR MAGNIFICA GUIRLANDA FORMADA POR LAURÉIS REMATADOS POR PRESILHAS. O PÉ TAMBEM É CIRCUNDADO POR GROSSO LAURÉU. MARCAS DA MANUFATURA E CONTRASTE CABEÇA DE MERCÚRIO. EM RESERVA A DEDICATÓRIA:  AO EXMO SENADOR JULIO PRESTES HOMENAGEM DO CENTRO DOS FABRICANTES NACIONAES DE PAPEL RIO, 15  XI  26.. O SENADOR JOSÉ DE FREITAS VALLE FOI AMIGO PESSOAL DE JÚLIO PRESTES  E SEU COLEGA NO EXERCICIO DE MANDATO NO SENADO PAULISTA, FOI TAMBÉM ALIADO HISTÓRICO DO PRESIDENTE WHASHINGTON LUIZ TENDO INCLUSIVE DESGOSTADO DA POLITICA APÓS O GOLPE QUE IMPEDIU A POSSE COMO PRESIDENTE DE JÚLIO PRESTES. FRANÇA INICIO DO SEC. XX. 55 CM DE ALTURA, 4390 KG.NOTA: A Associação dos Fabricantes Nacionais de Papel, assim como a Associação Paulista dos Fabricantes de Papel e outros segmentos da nascente indústria brasileira apoiaram Júlio Prestes desde sua ascensão do Senado Estadual Paulista (hoje Assembléia Legislativa), a Presidência do Estado (hoje governo do estado) e a pretensão a Presidência da República patrocinada pelo então Presidente Washington Luiz. O setor industrial brasileiro era antagônico as elites agrárias do País que criticavam a proteção as industrias cujos proprietários eram tidos como parasitas que tiravam a mão de obra do campo e encareciam o custo de vida. Prestes teve sempre discurso alinhado com o atendimento das pretensões da Indústria e recebeu em troca apoio incondicional do setor. Na verdade os industriais sabiam que a despeito do olhar de desdém e desprezo lançado pela elite agrária a nova burguesia industrial o verdadeiro inimigo da indústria eram os importadores que mantinham um lobby para manter o estado das coisas, ou seja não produzir nada manufaturado no Brasil. Nesse sentido a plataforma de governo de Julio Prestes defendia que:  A riqueza decorrente da produção do ferro e do aço será calculada quando cessarmos a sua importação, desde os instrumentos da lavoura até os instrumentos pelos quais de aferem da força e do progresso dos povos civilizados. Assim as vésperas da eleição de 1930 essa mesma associação que presenteou e homenageou Julio Prestes em 1926 publicou no Correio Paulistano um manifesto de apoio a eleição de Prestes assinado também por várias entidades de classe setoriais do Brasil. Fez isso para contrapor a candidatura de Getúlio Vargas alinhado com a Elite Agrária Rio Grandense e francamente ante industrial.  JÚLIO PRESTES DE ALBUQUERQUE nasceu no dia 15 de março de 1882 em Itapetininga, São Paulo. Era filho de Olímpia de Santana e do quarto presidente do estado de São Paulo, Fernando Prestes de Albuquerque. Júlio Prestes iniciou os estudos em sua cidade natal. Em 1906 tornou-se bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1909, iniciou na carreira política ao se eleger Deputado Estadual, em São Paulo, pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Júlio Prestes foi reeleito diversas vezes, permanecendo no cargo até 1923. Como Deputado Estadual, defendeu os servidores públicos, apresentou os projetos de lei que criaram o Tribunal de Contas de São Paulo e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Também foi autor da lei que incorporou a Estrada de Ferro Sorocabana ao patrimônio do Estado. Ainda em 1923, foi presidente da Comissão de Finanças da Câmara de São Paulo. No mesmo ano foi eleito Deputado Federal, onde foi líder da bancada paulista. Posteriormente, foi presidente da Comissão de Finanças e líder da bancada governista do presidente Washington Luís. Nesse período, foi o responsável pelas articulações que resultaram na aprovação, em dezembro de 1926, do Plano de Estabilização Econômica e Financeira. Em 1927, foi reeleito deputado federal com sessenta mil votos, a maior votação do Brasil até então. Porém, com a morte de Carlos de Campos, então presidente de São Paulo, seu pai, o coronel Fernando Prestes, renunciou ao cargo de vice-presidente do estado. Devido a tal acontecimento, foram realizadas novas eleições e Júlio Prestes foi eleito presidente do estado de São Paulo, assumindo o cargo no dia 14 de julho de 1927. Durante sua gestão, Júlio Prestes realizou obras significativas para o estado paulista, como: Criou o Instituto Biológico; Criou o Manicômio Judiciário do Estado; Iniciou a criação do Jardim Botânico de São Paulo; Reorganizou o Banespa e o Instituto do Café de São Paulo; Construiu os edifícios do Palácio da Justiça e da Faculdade de Medicina; Iniciou a construção da estação São Paulo, hoje chamada Estação Júlio Prestes; Criou o Parque da Água Branca, que preservou uma grande área verde na cidade; Foi pioneiro no incentivo à utilização do álcool de cana-de-açúcar como combustível em automóveis; Promoveu uma intensa campanha de combate à hanseníase e construiu os asilos-colônias para os portadores da doença; Construiu mais de 1200 salas de aula, aumentando em 50% o número de alunos matriculados em escolas estaduais; Foi o pioneiro em privatização de rodovias, construindo os primeiros quilômetros da Rodovia Anchieta; Em 13 de julho de 1928 inaugurou o serviço telefônico automático na cidade de São Paulo; Criou leis sobre a proteção da caça e pesca, sobre a fiscalização de produção e consumo de alimentos e ao combate a doenças próprias da lavoura e da pecuária; Construiu o Ramal de Mairinque, segunda ligação ferroviária do interior de São Paulo com o porto de Santos, quebrando o monopólio da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí; Retomou a construção de estradas de rodagem, iniciadas na gestão anterior, entre elas a São Paulo-Rio e São Paulo-Paraná, além de criar a diretoria dessas estradas, hoje nomeado Departamento de Estradas de Rodagem. Em 1929, Júlio Prestes foi indicado como candidato à sucessão presidencial por Washington Luís. No entanto, os governos de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba Negaram apoio a Prestes. Júlio Prestes passou o governo de São Paulo a seu vice, Heitor Penteado, e candidatou-se à Presidência da República, tendo como vice-presidente Vital Soares, então presidente da Bahia. A atitude de Washington Luís, não agradou o Partido Republicano de Minas Gerais (PRM) e quebrou o compromisso da Política do Café-Com-leite, provocando o rompimento das relações entre Minas e São Paulo. Os três estados se uniram e formaram a Aliança Liberal, indicando como candidato para a presidência da República Getúlio Vargas, presidente do Rio Grande do Sul, e João Pessoa, presidente da Paraíba, para vice. Após uma campanha acirrada, Júlio Prestes, chamado de "Candidato Nacional", obteve 1.091.709 (um milhão noventa e um mil setecentos e nove) votos nas eleições realizadas em 1º de maio de 1930. Após a divulgação dos resultados oficiais, Prestes passou o governo do estado em definitivo para o seu vice e viajou para o exterior, sendo recebido como presidente do Brasil em Washington, Londres e Paris. Ao discursar em Washington, Júlio Prestes afirmou que o Brasil nunca seria uma ditadura. A derrota não foi aceita por todos da Aliança, que veicularam denúncias de fraude e, mesmo antes das eleições, já tramavam por um levante armado, oferecendo o comando militar a Luís Carlos Prestes que o recusou através de um manifesto. Em 26 de julho, o candidato à vice-presidência pela coligação Aliança Liberal, João Pessoa, foi assassinado em virtude de questões políticas internas da Paraíba. Esses dois fatos foram o pretexto utilizado para iniciar uma a revolução no Rio Grande do Sul no dia 3 de outubro de 1930. No dia 24 do mesmo mês, diante da possibilidade de uma guerra civil que colocaria em risco todo o país, Washington Luís foi deposto por um golpe militar coordenado na Capital Federal. As Forças Armadas do Exército e Marinha estabeleceram uma junta governativa que deveria controlar e pacificar o país, contudo, no dia 3 de novembro de 1930, entregaram o poder a Getúlio Vargas, impedido o presidente Júlio Prestes de assumir a presidência. Prestes pediu exílio na Inglaterra, onde viveu durante quatro anos (vide foto de prestes na carruagem real de Jorge V sendo conduzido para audiência com o monarca ao receber asilo politico na Inglaterra). Nesse tempo, voltou a dedicar-se a poesia, na qual expressava sua angustia por viver longe da família e dos amigos Ao retornou ao Brasil após a reconstitucionalização do país, em 1934, Júlio Prestes afastou-se definitivamente da política. Passou a se dedicar ao cultivo do algodão em sua terra natal. Em 1945, voltou à cena política com a fundação da União Democrática Nacional (UDN), partido de oposição à ditadura do Estado Novo. Júlio Prestes faleceu no dia 09 de fevereiro de 1946, em São Paulo. No exílio, Júlio Prestes dedicou-se a literatura, que ele dizia ser uma paixão de infância. Escreveu poesias das quais se destacam: Brutus e Prece. Segue abaixo, o poema prece (1932), escrito em Portugal durante o exílio:Na Igreja Da Graça Em Beja, Existe Uma Nossa Senhora da Saudade, A sua alegria é uma alegria triste. Mas agora a tristeza é uma fonte de bondade, Uma lágrima vence o seu sorriso. E há no seu esplendor da sua mocidade O clarão de um crepúsculo indeciso A iluminar uma saudade. É esta a Santa dos Expatriados Que floresce e viceja. Nos corações dos exilados Que rezam nessa Igreja Nossa Senhora da Saudade, Padroeira de Portugal Senhora dos que sofrem, dos que penam Longe dos seus e do país natal.
  • SAGRADA FAMÍLIA COM SANTANA E O INFANTE SÃO JOÃO BATISTA ESCOLA CONVENTUAL LUSÍADA - ÓLEO SOBRE CANVAS - EXTRAORDINÁRIA OBRA SETECENTISTA DO BARROCO PORTUGUÊS COM REPRESENTAÇÃO DA VIRGEM MARIA, SÃO JOSÉ, SANTA ANA, MENINO JESUS E O INFANTE SÃO JOÃO BATISTA ACOMPANHADO DE SEU ATRIBUTO, UM GRACIOSO CORDEIRO. OBRA DELICADA DE FATURA CONVENTUAL DO INICIO DOS ANOS SETECENTOS. PERCEBE-SE EM PRIMEIRO PLANO A FIGURA DA VIRGEM, EM CUJA PERNA O MENINO JESUS SE APOIA CANDIDAMENTE ENQUANTO ESTENDE A MÃO PARA ACARICIAR O CORDEIRO. O ANIMAL É DELICADAMENTE ABRAÇADO PELO INFANTE SÃO JOÃO BATISTA. A VIRGEM BAIXA O OLHAR, COM MODÉSTIA EM DIREÇÃO AO MENINO JESUS. SANTANA SENTADA NO CHÃO OBSERVA PENSATIVA O SEU NETO  ENQUANTO SUA MÃO ENLAÇA A CINTURA DE SÃO JOÃO BATISTA. UM POUCO AO FUNDO DA CENA,  SÃO JOSÉ APOIADO EM SEU CAJADO, SENTADO JUNTO A UMA FONTE QUE JORRA (ALUDINDO AO FUTURO BATISMO DE CRISTO), ESTENDE UM OLHAR PROTETOR AO DIVINO MENINO JESUS. PERCEBE-SE QUE TODOS OS PERSONAGENS TANTO OS ADULTOS, QUANTO O INFANTE SÃO JOÃO E O PRÓPRIO CORDEIRO TEM O OLHAR DIRIGIDO AO MENINO DEUS.  PAISAGEM AGRESTE COM ÁRVORES, CASTELO E UM RIO QUE CORRE AO FUNDO. NA LINHA DO HORIZONTE UMA CADEIA DE MONTANHAS. PORTUGAL, PRINCIPIO DO SEC. XVIII. 130 X 104 CM. EXISTE ALGUMA PERDA DE PIGMENTO EM DADOS PONTOS DA TELA MAS O QUADRO NUNCA FOI REENTELADO, ESTÁ EM BOM ESTADO E PODE SER FACILMENTE RECUPERADO COM PEQUENA INTERVENÇÃO. NOTA: Em 1834, com a extinção das ordens religiosas masculinas em Portugal e a consequente nacionalização dos seus bens, o Estado português tornou-se responsável por um número muito significativo de obras de arte, sobretudo de natureza sacra. Para auxiliar a gestão dos acervos, foram criados depósitos em diversos pontos do país para onde eram remetidas as obras retiradas dos conventos extintos, entre os quais teve particular importância o designado Depósito das Livrarias dos Extintos Conventos (DLEC), instituído nesse ano no Convento de São Francisco da Cidade, em Lisboa, para onde foi conduzida uma boa parte das bibliotecas conventuais, mas também Quadros, Estatuas, e quaisquer preciosidades artísticas ou cientificas provenientes de casas religiosas de norte a sul do país . Com a criação, em 1836, da Academia de Belas-Artes e sua instalação no mesmo edifício do Convento de São Francisco da Cidade, ficou claramente estabelecido que o DLEC entregou por inventario á mesma Academia os quadros existentes naquele Deposito, a fim de que ella os pudesse classificar, e designar os que deveriam servir para o estudo dos Acadêmicos e Artistas. Ao final foram selecionadas cerca de 500 obras e as demais permaneceram armazenadas em depósito. Muitas obras importantes e cuja existência era bem conhecida não chegaram a dar entrada no deposito por estarem em franco mau estado. Muitas outras pinturas não entraram no DLEC, mas por razões bem diferentes: foram desviadas para coleções particulares. Ao longo de mais de um século muitas boas pinturas conventuais portuguesas foram dispersadas e vendidas.
  • BELO TINTEIRO EM PRATA DE LEI DECORADO COM MARCAS PARA ALEMANHA (LUA E COROA) E PRATEIRO KOCH & BERGFELDA DE MEADOS DO SECULO XIX. DECORAÇÃO NEOCLÁSSICA COM A EMULAÇÃO DE CARACTERES GRECO ROMANOS RELEVADOS COMO GREGAS E ANFÔRAS, TÍPICA DO PERÍODO COINCIDENTE COM O ASSOMBRO QUE CAUSARAM AS GRANDES DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS DAS CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS. AO CENTRO FIGURA DO DEUS MERCÚRIO. O DEUS É APRESENTADO COM SUA INDUMENTÁRIA ORIGINAL PORTANDO O ELMO ALADO QUE LHE DÁ INVISIBILIDADE, UM CADUCEU, QUE É UMA ESPÉCIE DE BASTÃO QUE NARCOTIZA, MAS TAMBÉM É SÍMBOLO DA SABEDORIA E UMA BOLSA COM DINHEIRO.  TRATA-SE DE UM TINTEIRO TÍPICO DE UM COMERCIANTE, CUJA PROFISSÃO, SEGUNDO A CULTURA HELENÍSTICA TINHA O PATRONATO DESSA DIVINDADE. OS FRASCOS PARA TINTAS SÃO DE VIDRO ARTÍSTICO DA BOHÊMIA DECORADOS COM ESMALTES ROSE, ROSÁCEAS RELEVADA E FINALIZADOS COM SUAVE IRIDESCÊNCIA. ESTÁ ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. ALEMANHA, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 21 CM DE DIAMETRO.NOTA: O deus Mercúrio era encarregado de levar as mensagens de um deus para o outro Logo ao nascer, filho de Zeus e Maia foi colocado dentro de um grande salgueiro. Ali ele desatou as faixas que lhe envolviam, saiu a andar pela Tessália onde roubou os rebanhos de Admeto que Apolo estava guardando. Apagou os traços do roubo, subornou as testemunhas, sacrificou duas novilhas aos deuses, matou uma tartaruga da qual fez uma lira, escondeu o gado e voltou ao berço como se nada tivesse acontecido. Já começou, então, a mostrar, a sua rapidez, versatilidade, diversidade e astúcia. Apolo descobriu o roubo, e como tinha o dom da adivinhação, acusou Mercúrio. Os deuses não acreditaram, porque, afinal, Mercúrio era um bebê. Mas Apolo levou-o a Zeus que o obrigou a não mentir. Por isso Mercúrio não mente, mas também não diz a verdade completa. Para conquistar Apolo, Mercúrio tocou a lira feita da tartaruga, encantando-o. Então Apolo trocou os rebanhos pela lira. Por tudo isso tornou-se patrono do comércio, dos ladrões, da astúcia e dos viajantes. Aliás os viajantes e comerciantes jogavam pedras num monte para que Mercúrio protegesse seus negócios. Na Grécia ainda existem grandes montes de pedras pelos caminhos depositados para esse deus.
  • ALDO BONADEI  COMPOSIÇÃO COM FRUTOS  OSC  ACID  1965  BELA PINTURA DA FASE MAIS CONHECIDA E VALORIZADA DESSE IMPORTANTE ARTISTA DO GRUPO SANTA HELENA. ESSA OBRA EM PREGÃO ESTÁ REPRODUZIDA NA CAPA DO CATÁLOGO DO LEILOEIRO ANDRÉ CENSIN DE 4 DE NOVEMBRO DE 2009 (OCASIÃO EM QUE FOI ADQUIRIDA PELO COMITENTE).O CATÁLOGO ACOMPANHA A OBRA. BRASIL, 1965. 23 X 35 CM SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA, COM ELA: 70 X 61 CMNOTA: Aldo Cláudio Felipe Bonadei (São Paulo, São Paulo, 1906 - Idem, 1974). Pintor, designer, gravador, figurinista e professor. Entre 1923 e 1928 é aluno de desenho do pintor Pedro Alexandrino (1856-1942), período em que também freqüenta o ateliê do pintor Antonio Rocco (1880-1944). Em 1929, Bonadei torna-se amigo do professor de arte Amadeo Scavone. Viaja para a Itália, entre 1930 e 1931, e freqüenta a Accademia di Belle Arti di Firenze Academia de Belas Artes de Florença, onde tem aulas com o pintor Felice Carena (1879-1966) e seu assistente Ennio Pozzi (1893-1972), ambos ligados ao movimento novecento. Nesse período, dedica-se ao desenho da figura humana, principalmente ao nu.  Retorna a São Paulo no início da década de 1930 e participa ativamente do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista (FAP) e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Integra de 1939 e 1941 o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, que promove reuniões de artistas. Datam dessa época as suas primeiras experiências abstratas. Em 1949 leciona na Escola Livre de Artes Plásticas, primeira escola de arte moderna de São Paulo e participa do Grupo Teatro de Vanguarda. No ano seguinte, funda a Oficina de Arte (ODA), com Odetto Guersoni (1924-2007) e Bassano Vaccarini (1914-2002). No fim da década de 1950 atua como figurinista nas peças Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912-1980), e Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna (1927-2014), ambas encenadas pela Companhia Nídia Lícia - Sérgio Cardoso. Nesse período, desenha alguns figurinos para dois filmes dirigidos por Walter Hugo Khoury (1929-2003), Fronteiras do Inferno (1958) e Na Garganta do Diabo (1959). Aldo Bonadei, para o crítico Jacob Klintowitz, destaca-se entre os pintores do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. O interesse por diferentes áreas leva-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista tem importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e, como aponta a estudiosa Lisbeth Rebollo, é um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.
  • A partir desse momento apregoaremos a série de OBJETOS DE VERTU disponíveis nesse leilão. Projetados para serem belos e funcionais variam de caixas a toucadores. Foram feitos pelas melhores e mais prestigiadas grifes mundiais com um único objetivo serem sofisticados, funcionais e elegantes. .Eles são obras de arte, além de acessórios, e, como tal, muitas vezes muito apreciados - e bem utilizados - por seus proprietários. Os objetos de vertu (também escritos como virtu) são nomeados como tal pelo virtuosismo de sua habilidade. Eles geralmente tomam a forma de pequenas caixas ou recipientes feitos de metais preciosos, como prata ou ouro. Os melhores exemplos geralmente apresentam esmalte ou são montados com pedras preciosas. Os primeiros exemplos de objetos de vertu foram feitos para homens e usados para rapé ou apresentados como presentes diplomáticos. No século XVIII, vemos mais formas emergindo, como asboites à mouches -pequenas caixas com vários compartimentos Outros exemplos incluem carnets de bailes - cartões de dança, que vieram com um pequeno lápis para fazer anotações - e malas de costura e agulhas. Foram feitos principalmente na França, Suíça e Alemanha por fabricantes especializados. No início do século XX, esses objetos evoluíram para o melhor acessório para uma noite na cidade, seja em Paris, Londres ou Nova York. Produzidos pelas principais casas de joalheria, como Cartier e Van Cleef & Arpels, objetos de vertu eram tão essenciais para a indumentária de uma noite quanto um vestido ou um par de sapatos, e representavam o casamento perfeito de forma e função. Esses lindos estojos de esmalte de jóias, que são obras de arte em si, tiveram, portanto, um uso muito prático. Essas peças foram definitivamente projetadas para serem vistas e admiradas. Alguns têm borlas e pulseiras, por isso não foram feitos para se esconder em uma bolsa de noite, diz o especialista, "mas deveriam ser exibidos com destaque, como peças de joalheria adicionais. Com seu design elegante e detalhes requintados, alguns dos objetos menores e mais simples podem ser usados como acessórios hoje. Certamente um pó compacto ou uma caixa de comprimidos podem ser guardados em uma bolsa ou caixas de cigarro podem ser usadas para cartões de visita. Não há dúvida de que esses objetos foram amados.Há uma variedade de estilos, do Art Deco ao Chinoiserie. Em Londres, as principais coleções de caixas douradas podem ser encontradas na Wallace Collection e na V&A, que abriga a Gilbert Collection. Em Nova York, colecionadores interessados devem visitar o The Met, que abriga a Wrightsman Collection. Recentemente foi realizada uma exposição de objetos de vertu da Era do Jazz pertencentes ao príncipe e à princesa Sadruddin Aga Khan, realizada no Museu Cooper Hewitt,em Nova York. Iniciaremos com o lote que segue: LINDA PONDRIERE EM PRATA DE LEI COM DECORAÇÃO EM ESMALTES. FEITIO QUADRADO. DECORADA com esmalteS EM AZUL E RESERVA COM REPRESENTAÇÃO DE EROS E PSIQUE. Face inferior rematada por belo guilloche. NA PARTE INTERNA BELO ESPELHO BIZOTADO. Extraordinário estado de conservação! FRANÇA, 8 X 8 cm.  NOTA: O Mito de Eros e Psique faz parte da mitologia grega. Foi narrado nos últimos tempos da Antiguidade na história latina na obra O Asno de Ouro de Apuleio. Sua história é uma alegoria a alma humana, que é purificada por paixões e desgraças, e é, portanto, preparada para desfrutar da verdadeira e pura felicidade. Eros, chamado de Cupido pelos romanos, era filho da deusa do amor, Afrodite. Era um imortal de beleza inigualável. Já Psiquê, mortal, era uma das três filhas de um rei, todas muito belas, capaz de despertar a admiração de qualquer pessoa, tanto que muitos vinham de longe para apreciá-las. Logo, as duas irmãs de Psiquê casam-se. Apenas a jovem não casa, ainda que seja a mais bela das três, e justamente por isso era a mais temida, já que sua beleza fazia seus pretendentes tivessem medo de serem rejeitados. Consultando os oráculos, os pais da jovem entristeceram-se pelo destino da filha, já que foram aconselhados a vestirem-na com trajes de núpcias e colocarem-na num alto de um rochedo para ser desposada por um terrível monstro! Na verdade, tudo fazia parte de um plano da vingativa Afrodite, que sofria de inveja da beleza da moça. Assim que a jovem foi deixada no alto do rochedo, um vento muito forte, Zéfiro, soprou e a levou pelos ares e ela foi colocado em um vale. Psiquê adormece exausta e quando acorda parece ter sido transportada para um cenário de sonhos, um castelo enorme de mármore e ouro e vozes sussurradas que lhe informavam tudo que precisava. Foi levada aos seus aposentos e logo percebeu que alguém a acompanhava e logo descobriu que era o marido que lhe havia sido predestinado, ele era extremamente carinhoso e a fazia sentir bastante amada, mas ele havia colocado uma condição, que ela não poderia vê-lo, pois se assim o fizesse o perderia para sempre. Psiquê concorda com a condição e permanece com ele. O próprio Eros, que tinha sido encarregado de executar a vingança da mãe, se apaixonara por Psiquê, mas que tem de se manter escondido para evitar a fúria de Afrodite. Com o passar do tempo, ela se sentia extremamente feliz, porque seu marido era o melhor dos esposos e a fazia sentir o mais profundo amor, mas resolve fazer-lhe um pedido arriscado: o de ir visitar seus pais, mesmo com a advertência dos oráculos e o temor do esposo, ela insiste, até que ele cede. Da mesma forma que foi transportada até o seu novo lar, Psiquê vai até a casa dos pais. O reencontro gera a felicidade dos pais e a inveja das irmãs, que enchem-na de perguntas sobre o marido, e ela acaba revelando que nunca vira seu rosto. Elas acabam convencendo-na que ela deveria vê-lo e ela se enche de curiosidade. Quando a noite chega e ela retorna à casa, o coração dela está totalmente tomado pela curiosidade, então ela acende uma vela e procura ver o rosto do marido. Ela fica totalmente extasiada e encantada pela beleza estonteante do marido oculto, Eros, que teria feito esse pedido para que a esposa se apaixonasse pelo que é e não pela sua beleza. Psiquê ficou tão deslumbrada pela visão do esposo que não percebeu que uma gota da cera da vela pinga no peito do amado e o acorda assustado. Ele, ao ver que ela tinha quebrado a promessa, a abandona. Sozinha e infeliz, Psiquê começou a vagar pelo mundo. Passando, assim, por vários desafios e sofrimentos impostos por Afrodite como uma vingança por ela ter ferido o seu filho, a jovem luta tentando recuperar o seu amor, mas acaba entregando-se à morte, caindo num sono profundo. Ao vê-la tão triste e arrependida, Eros, que também sofria com a ausência da amada, implorou a Zeus que tivesse misericórdia deles. Com a concessão de Zeus, Eros usou uma de suas flechas, despertando a amada, transformando-a numa imortal, levando-a para o Olimpo. A partir daí, Eros e Psiquê nunca mais separaram-se. O mito de Eros (o amor) e Psiquê (a alma) retrata a união entre o amor e a alma. Em grego "psiquê"significa tanto "borboleta" como "alma". Uma alegoriaàimortalidade da alma, simboliza tambéma alma humana provada por sofrimentos e aprovada, recebendo como prêmio o verdadeiro amor que é eterno.
  • GEORG ADAM SCHEID  O GRANDE MESTRE DE OURIVESSARIA E ESMALTAGEM DO IMPÉRIO AUSTRO HÚNGARO. GRANDE CIGARREIRA COMPARTIMENTALIZADA EM PRATA DE LEI COM FECHO EM PEDRA DURA AZUL. ABRE-SE EM QUATRO COMPARTIMENTOS. ESSE É UM DOS MODELOS MAIS CONHECIDOS DE SCHEID CUJA ESPECIALIZADA FORAM OBJETOS DE VIRTU PRINCIPALMENTE CIGARREIRAS. MARCAS AUSTRIACAS PARA A PRIMEIRA DÉCADA DO SEC. XX E MARCA DE EXPORTAÇÃO PARA ALEMANHA ONDE HAVIA O CORRESPONDENTE M. SCHUTZ QUE NEGOCIAVA JUNTO AQUELE IMPÉRIO PARTE DA PRODUÇÃO DE SCHEID. INTERIOR COM VERMEIL. PEÇA GRANDE, ROBUSTA E DA MANUFATURA DE UM DOS MAIORES ARTISTAS EUROPEUS  EM OURIVESSARIA NA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. IMPÉRIO AUSTRO HUNGARO, PRIMEIRA DÉCADA DO SEC. XX. FECHADA 14 X 9 CM E ABERTA TEM 52 CM DE COMPRIMENTO. 410 GNOTA: Georg Adam Scheid nasceu em Schönau Baden, Württemberg, em 28 de julho de 1837. Começou sua aprendizagem em 1853 e depois trabalhou em Pforzheim e Stuttgart.Em 1858, ele chegou a Viena e entrou na oficina do joalheiro em ouro e prata Michael Markowitsch.Casou-se com uma das filhas de Markowitsch e, em 1862, a empresa passou a se chamar Markowitsch & Scheid e adotou a marca M&S. Ficou localizada na Sandwirtgasse 8 e depois na Gumpendorfer Strae 83. Em 1882 eles se separaram e Sheid iniciou sua própria operação florescente graças a fama que atingiu por seu trabalho artístico. A Markowitsch & Scheid era então de propriedade de Adolf Markowitsch, filho de Michael Markowitsch, e mantinha a mesma marca, a empresa fechou em 1898. As especialidades da fábrica de Sheid eram caixas de cigarros, caixas de pólvora, estojos para escritório , objetos de toalete e caixas jóias, que também foram vendidas para Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Bélgica e Espanha. Em 1894, os filhos Arthur (1870-1897) e Robert (1872-1950), bem como seu sobrinho George (1850-1937), entraram como parceiros.Em 1911, George Adam Sheid retirou-se da vida comercial e Robert e Georg Sheid assumiram.Robert e seu irmão mais novo Ludwig (1886-1960) assumiram a direção. Após a Primeira Guerra Mundial, a queda do mercado externo para o setor de decoração e a má situação econômica levaram, como conseqüência, à liquidação da manufatura. As obras mais famosas de Scheid estão relacionadas ao movimento secessionista austríaco e aproveitaram a colaboração com artistas famosos como Koloman Moser (1868-1918), Josef Hoffmann (1870). Josef Maria Auchentaller (1865-1949) Georg Adam Scheid morreu em 3 de abril de 1921 em Meran e foi enterrado no túmulo da família no Evangelischer Friedhof Simmering,
  • TIFFANY E CO COLEÇÃO 1837  - PENDENTES CÍRCULOS ENTRELAÇÃDOS. BELO CORDÃO EM PRATA DE LEI DE ONDE PENDEM DOIS CÍRCULOS ENTRELAÇADOS UM EM OURO 18K E OUTRO EM PRATA DE LEI. SIMBOLIZAM O AMOR ETERNO. 6,1 G
  • RARA TABATIÉRE ( CAIXA PARA RAPÉ ) SETECENTISTA  EM PRATA DE LEI, VERMEIL E CRAVAÇÃO DE PEDRAS EM CABOCHON. MARCAS PARA A HOLANDA, CORRESPONDENTES AO INÍCIO DO SEC. XVIII. CORPO TRABALHADO EM ROCAILLE VEGETALISTA E ESCUDELAS.  TAMPA APRESENTA EM RELEVO CENA LACUSTRE COM CASAL, SENTADO SOB UM DOSSEL, NAVEGANDO EM BARCO CONDUZIDO POR UM REMADOR. NO ENTORNO DA RESERVA MOLDURA COM CRAVAÇÃO DE PEDRAS LAPIDADAS EM CABUCHON. O uso do rapé na Inglaterra aumentou em popularidade após aGrande Praga de Londres(1665-1666), já que as pessoas acreditavam que o rapé tinha uma valiosa propriedade anti-séptica. iSSO acrescentou um poderoso impulso ao seu consumo. Curioso pensar que nos nossos dias, quatrocentos anos depois, durante a ATUAL pandemia do coronavirus circularam boatos de que o fumo ajudava a previnir a infecção.  PEÇA BELÍSSIMA E HISTÓRICA! HOLANDA, PRIMEIRO QUARTEL DO SEC. XVIII. 8 X 6 X 3 CMNOTA: Em 1561,Jean Nicot, embaixador daFrançaemLisboa, que descreveu as propriedades medicinais do tabaco como uma panaceia em seus escritos, é creditado por ter introduzido o rapé na corte deCatarina de Médicipara tratar suas fortes e persistentes dores de cabeça. Catarina de Médici ficaria tão impressionada com suas propriedades curativas, que prontamente declarou que o tabaco passaria a ser denominadoHerba Regina, (em latim,Erva Real), e seu selo real de aprovação ajudaria a popularizar o rapé entre a nobreza francesa. No início dos anos 1600, o rapé se tornou uma mercadoria cara de luxo. Em 1611, o rapé fabricado comercialmente chegou a América do Norte por meio deJohn Rolfe, o marido dePocahontas, que introduziu uma variedade espanhola mais doce de tabaco para a América do Norte. Embora a maioria dos colonos norte-americanos nunca aceitaram por completo o estilo inglês de uso do rapé, os aristocratas americanos o usavam. Ainda no início do século XVI, aCasa de Contrataçãoespanhola estabeleceu e manteve o monopólio do comércio de tabaco nas primeiras indústrias de fabricação de rapé, na cidade deSevilha, que se tornaria a primeira produção e centro de desenvolvimento do rapé, juntamente com o tabaco e seus derivados, na Europa . No início, essas fábricas eram usinas produtoras independentes e dispersas dentro da cidade, porém o posterior controle estatal sobre a atividade concentrou a produção em uma localização em frente à Igreja de São Pedro. Por meados do século XVIII, decidiu-se construir um grande e imponente edifício industrial do lado de fora das muralhas da cidade e, assim, aReal Fábrica de Tabacosfoi construída, tornando-se a primeira fábrica de tabaco industrial da Europa, tornando-se a primeira na produção e venda de tabaco, e o segundo maior edifício da Espanha na época.  Um procedimento, considerado elegante, para se cheirar rapé consistia em primeiro, fechar-se uma dasmãos, navertical. Depois esticava-se o dedão firmemente para cima. Ao fazer isso aparece, na junção da mão com obraço, um oco, produzido pelotendãoesticado dodedo. Nesse oco se coloca o pó. Aproxima-se então o pó de uma dasnarinas, tendo a outra tampada com o dedo indicador da outra mão. Aspira-se com força fazendo com que o pó entre pela narina e em seguida, oespirrovem.
  • ASCENSÃO DE CRISTO  CIRCULO DE TINTORETTO  OST  (SECULO XVI OU XVII) A TELA RETRATA UMA PARTE DE UMA PINTURA QUE ORIGINALMENTE TINHA OUTROS COMPONENTES. NA PARTE TRASEIRA INSCRIÇÕES EM FRANCÊS: 16  17 SIECLE AUTEUR INCONNU ECOLE TINTORETO. RETRATA O MOMENTO DA ASCENSÃO DE CRISTO AOS CÉUS. PERCEBE-SE NA REPRESENTAÇÃO AS FIGURAS DE 10 DISCIPULOS, DA VIRGEM E DE SANTA MARIA MADALENA. NO ALTO DA TELA OS PÉS DO CRISTO EM ASCENSÃO E UM HALO DE RESPLENDOR. EM PRIMEIRO PLANO SÃO PEDRO E SÃO JOÃO. A ESQUERDA A VIRGEM OLHA FIXAMENTE EM DIREÇÃO AO CRISTO MANTENDO AS MÃOS POSTAS ENQUANTO SANTA MARIA MADALENA COM EXPRESSÃO DE ASSOMBRO OLHA MISTERIOSAMENTE PARA OUTRA DIREÇÃO. UM DOS DISCIPULOS APONTA PARA O CRISTO MAS TEM O ROSTO VOLTADO PARA OUTRA DIREÇÃO COMO QUE A CONTAR SOBRE A CENA QUE SE DESENVOLVE. A PINTURA É SEM DÚVIDA DE MUITO BOA QUALIDADE E AS FISIONOMIAS REVELAM EXPRESSÕES DIVERSAS COMO ASSOMBRO E PERPLEXIDADE MAS TAMBÉM DEVOÇÃO E ADORAÇÃO. QUANDO ATRIBUIMOS A PINTURA AO CÍRCULO DE TINTORETTO, FAZEMOS EXATAMENTE COM BASE NAS REPRESENTAÇÕES DO ARTISTA, ASSIM A CAPACIDADE PARA DESTACAR EM UM PLANO PRINCIPAL ALGUNS PERSONAGENS UTILIZANDO A TECNICA DO SFUMATTO PARA ESVANECER FIGURAS DESTACANDO OUTRAS. O QUADRO A ULTIMA CEIA DE TINTORETTO TEM PERSONAGENS MUITO SEMELHANTES AOS RETRATADOS NESSA PINTURA (VIDE FOTO NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE). ENFIM, É UMA PINTURA COM CARACTERISTICAS DAS  DE UM GRANDE MESTRE E PORTANTO DE MUITO BOA QUALIDADE. ITÁLIA, SEC. XVI/XII. 86 X 46 CM (COM A MOLDURA)NOTA: O nome verdadeiro de batismo de Tintoretto era Jacopo Robusti - ele adotou Tintoretto como apelido, que significa "O pequeno tintureiro". Foi pioneiro no novo formato da época - óleo sobre tela. Ele era um inovador, constantemente procurando novas maneiras de trazer à vida histórias da Bíblia e da mitologia clássica. O drama era mais importante para ele do que um acabamento suave. As tintas a óleo em uma superfície áspera deram aos artistas a capacidade de experimentar com tamanho e textura. E, em vez de as pessoas viajarem para ver a arte in situ, as telas - mesmo as muito grandes - podem ser enroladas e enviadas por todo o mundo. Para dirigir a narrativa de suas pinturas, ele usou a figura humana - geralmente musculosa e freqüentemente extraída da vida. Eles conduzem o olhar do espectador através de cenas complexas com gestos e poses dramáticos, às vezes de maneiras surpreendentes. Há para o expectador uma sensação um convite para participar do processo, assim como ele teria ponderado o assunto antes de começar a pintar. E enquanto muitos artistas retratam a história bíblica da Última Ceia com dignidade e contenção, os discípulos de Tintoretto ficam claramente chocados e horrorizados ao saber que um deles trairá Jesus pela manhã. Em sua versão mais famosa de A Última Ceia (1563/1564), eles recuam das notícias ou se inclinam para ouvir com mais atenção. Uma cadeira é derrubada, enquanto um gato tigrado parece aproveitar a confusão para cheirar uma tigela de comida no chão. Tintoretto também foi prolífico, organizando uma oficina para produzir suas pinturas para acompanhar o ritmo das encomendas. No século XVI, Veneza era um centro comercial e criativo para artistas que incluíam seu grande rival Ticiano. Ticiano - 30 anos mais velho - realmente tentava impedir o crescimento da carreira de Tintoretto sempre que possível. Mas Tintoretto especializou-se em pinturas religiosas de uma forma como o mundo não conhecia. A obra de Tinturetto inspirou artistas  posteriores como Rubens, Rembrandt e Velasquez. Tintoretto era particularmente hábil em pintar velhos, o que era tão bom quanto havia muitos deles em Veneza na época.
  • MONUMENTAL CONJUNTO DE FRONTESPÍCIO DE SACRÁRIO COM MOLDURA E PORTA. FATURA PORTUGUESA DO ALTO PERÍODO DO BARROCO SITUADA ENTRE O FINAL DO PERIODO SEISCENTISTA OU INICIO DO SETECENTISTA. TODO O CONJUNTO É MAGNÍFICO. EMOLDURANDO A LINDA PORTA DO SACRÁRIO ESCULPIDA EM RELEVO COM CRUZ REMATADA POR  MUITAS FLORES, ESTÁ A MOLDURA EXCEPCIONAL COM A REPRESENTAÇÃO DE AVES FENIX BICANDO FLORES. AS FENIX SÃO AVES MÍTICAS QUE ARDEM E renasceM das próprias cinzas; representando a morte e a Ressurreição de Cristo. CAPRICHOSAS VOLUTAS EM VULTO PERFEITO ENRODILHAM-SE EM TORNO DA MOLDURA. NO ALTO A FRONTE SOLENE DE UM QUERUBIM. EM TORNO DA PORTA TORCEIL CARACTERÍSTICO DO ALTAR PORTUGUÊS NACIONAL, DERIVADO DO MANUELINO E TÃO PRESENTE NO PERÍODO ÁUREO DO ESTILO BARROCO. TODAS ESSAS CARACTERÍSTICAS FAZEM DESSE UM PRECIOSO E BELO CONJUNTO. PORTUGAL, SEC. XVII/XVIII. 73 X 48 CMNOTA: No cristianismo, o simbolismo animal representou um papel importante. Três dos evangelistas têm emblemas de animais: São Lucas, o boi; São Marcos, o leão e São João, a águia. Apenas São Mateus é representado como um homem. O próprio Cristo apareceu, simbolicamente, como o cordeiro de Deus ou como o peixe; Estes atributos animais de Cristo indicaram que mesmo um Filho de Deus não prescinde da sua natureza animal, do mesmo modo que da sua  natureza espiritual. Considera-se tanto o subumano quanto o sobre-humano como partes do reino divino. Esta relação entre os dois aspectos do homem é admiravelmente simbolizada na imagem do nascimento de Cristo em um estábulo, entre animais. No Antigo Testamento o animal era tido como a criatura de Deus, em cuja mão está a alma de todo ser vivo (Jô 12, 10). No culto, o homem como um todo, procura entrar em comunhão com o seu Deus através dos símbolos. A água, o fogo, o ar, as nuvens, o vento, as plantas, os animais, toda a natureza fala de Deus e pode servir de linguagem para o homem, servindo de sinais litúrgicos que significam e comunicam a graça divina (BECKHÄUSER, 1976, p. 8). Várias representações simbólicas do cristianismo estão presentes nas ornamentações dos altares-mores, destinando-se a exprimir, através da arte, aspectos reais e religiosos, figuras humanas e divinas, fantásticas e mitológicas, entre outras, portadoras de uma pluralidade de significados, que enriquecem e embelezam a Igreja. Tal repertório ornamental apresenta-se impregnado de signos, cuja decodificação pode levar a leituras que possibilitem reconhecer, nos diversos componentes, particularidades relativas à hierarquia celeste que se desenvolve rumo ao alto.(Altar Mor: Igrejas de Salvador: séculos XVII e XVIII - Maria da Graça Andrade Dias)
  • SANTO AMARO  GRANDE E BELA ESCULTURA EM MADEIRA REPRESENTANDO SANTO AMARO. INVOCAÇÃO RARAMENTE ENCONTRADA! BELO ROSTO E EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. O SANTO É APRESENTADO COM AS ROUPAS DA ORDEM BENEDITINA REMATADAS EM PRECIOSO OURO EM PONTA SECA. BRASIL, SEC. XIX. 72 CM DE ALTURA.NOTA: Nasceu em Roma e entrou muito cedo para a vida religiosa. Filho espiritual e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade. Realidades daquele tempo, mas que apontam para uma necessidade dos tempos atuais. Ele foi apontado, desde muito cedo, como um exemplo de silêncio e também de correspondência às exigências da vida monacal. Vida de austeridade, de ação, de oração; ora et labora de fato. Grande amigo de São Bento, viveu momentos que ficaram registrados. São Gregório foi quem deixou o testemunho de que, certa vez, São Bento, por revelação, soube que um jovem estava para se afogar em um açude. Disse ao então discípulo Amaro que fosse ao encontro daquele jovem. Ele foi. Sem perceber, com tanta obediência, ele caminhou sobre as águas e salvou aquele jovem; depois que ele percebeu que havia acontecido aquele milagre. Retribuíram a ele, mas, claro, ele atribuiu a São Bento, pois só obedeceu. Santo Amaro, enviado pelo seu Mestre à França, aí fundou, em 535, o primeiro mosteiro beneditino, em Glanfeuil, no Anjou, que graças à liberalidade do rei difundiu-se rapidamente, e, à sua volta, surgiu a primeira localidade que lhe leva o nome. Santo Amaro faleceu no mosteiro francês aos setenta e dois anos, a 15 de janeiro de 567, depois de uma peste que também levou à morte muitos de seus monges. É invocado contra várias doenças e especialmente enxaquecas, artrose e artrite. Muito difundido é o culto a Santo Amaro em Portugal e na Espanha. Por conseguinte no Brasil também teve ampla difusão. Talvez o mais célebre padroado desse santo seja a cidade de Santo Amaro da Purificação na Bahia: A capela de Santo Amaro e o Solar Paraíso foram as primeiras construções do que viria a ser a primitiva área urbana da cidade. A região era habitada pelos índios Caetés, Pitiguaras e Carijós. A primeira povoação, entretanto, nasceu às margens do rio Traripe, próxima ao mar, em 1557. A morte trágica de um jesuíta tornou o local amaldiçoado e fez os moradores, já na segunda metade do século XVII, se transferirem para as proximidades do rio Subaé onde os padres Beneditinos construíram a capela. A zona rural chegou a ter 61 engenhos e inúmeras casas de farinha, construídos à medida que o desenvolvimento chegava com a produção do açúcar, da farinha e do fumo. A partir de 1700 o povoamento, nascido em volta da capela de Santo Amaro, deslocou-se para a praça de Nossa Senhora da Purificação, onde estão a Matriz e a Casa de Câmara e Cadeia. A cidade cresceu acompanhando o rio Subaé e a estrada que cruzava o rio e seguia paralela à sua margem. O município foi criado com o nome de Vila de Nossa Senhora da Purificação e Santo Amaro. Em sua história, Santo Amaro se destacou em movimentos de emancipação como a Revolução dos Alfaiates, as lutas pela Independência e a Guerra do Paraguai.
  • SEVRES  ASSINADA E. LORAN. MONUMENTAL ANFORA EM PORCELANA E GUARNIÇÃO EM BRONZE ORMOLU. RICA DECORAÇÃO COM ESMALTES MANUAIS. EM UMA DAS FACES SÃO APRESENTADAS NA REVERVA DO BOJO UMA CENA CAMPESTRE COM TRÊS JOVENS DAMAS E OVELHA. NO GARGALO UMA CENA DE GALANTEIO. NA OUTRA FACE DUAS CENAS LACUSTRES COM CASAS. O BRONZE É DE MUITO BOA QUALIDADE REMATADO POR DUAS GRANDES CARIÁTIDES DE ONDE PARTEM AS ALÇAS COM FEITIO DE RAMAGEM. BORDA FENESTRADA. A BASE TAMBÉM EM BRONZE É DECORADA POR LAURÉU. FUNDO NA TONALIDADE AZUL COBALTO. ARREMATES EM BELISSIMO OURO. MARCAS SOB A BASE. FRANÇA, SEC. XIX. 60 CM DE ALTURA
  • MARIA JOANNA MACHADO  LINDO PRATO EM PORCELANA DA IMPORTANTE MANUFATURA INGLESA DE DAVENPORT. FEITIO RECORTADO E LUXUOSAMENTE REMATADO EM OURO.  DECORADO COM PINTURAS MANUAIS REPRESENTANDO CENAS LACUSTRES E RUÍNAS ARQUITETÔNICAS. NA CALDEIRA ENTRE GUIRLANDA DE FOLHAS EM OURO, RESERVA COM CIRCULO CONTENDO AS INSCRIÇÕES MARIA JOANNA MACHADO E AO CENTOR EM DESTAQUE BAHIA. GUARNECEU A RESIDÊNCIA DA ARISTOCRATA QUE ERA NETA MARECHAL JEAN BAPTISTE JOURDAN, OFICIAL DE CONFIANÇA DO IMPERADOR NAPOLEÃO BONAPARTE QUE SE ENCONTRA SEPULTADO AO LADO DO IMPERADOR NO PALÁCIO NACIONAL LES INVALIDES. FOI CASADA COM O COMENDADOR FRANCISCO XAVIER MACHADO VIVIAM EM UM SUNTUOSO SOLAR QUE DESDE 1877  ABRIGA O ASILO DA MENDICIDADE DOM PEDRO II. EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO NA PÁGINA 77 DO LIVRO LOUÇA HISTÓRICA DO MUSEU DE ARTE DA BAHIA. MEADOS DO SEC. XIX. 23 CM DE DIAMETRO
  • MARQUÊS DE FRANCO E ALMODOVAR , NATURAL DO MARANHÃO  DOM EMÍLIO ERNESTO FRANCO  (MARANHÃO 1835  LISBOA 1914)  LINDO WINE JUG  EM CRISTAL E PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA 1903. A TAMPA É CINZELADA COM MONOGRA  EF ENTRELAÇADO SOB COROA DE MARQUÊS. PERTENCEU A DOM EMÍLIO ERNESTO FRANCO, BRASILEIRO MARANHENSE, FEITO MARQUÊS POR DOM LUIZ I REI DE PORTUGAL NO FINAL DO SEC. XIX. ERA UM RIQUÍSSIMO BANQUEIRO QUE FICOU CONHECIDO POR SUA EXCENTRICIDADE MAS PRINCIPALMENTE PELA BENEMERÊNCIA E FILANTROPIA QUE LHE RENDEU ENORME POPULARIDADE NA CIDADE DE LISBOA. EM 1902 ERA O BAILIO-PRESIDENTE DA ORDEM DO SANTO SEPULCRO DE JERUSALÉM EM PORTUGAL.  SEU PALACETE FICAVA NO PRÍNCIPE REAL. TRAJAVA-SE QUASE SEMPRE COM UM CHALE MANTA ENROLADO AO CORPO, A MÃO CHEIA DE ANÉIS E UM GRANDE CHARUTO NA BOCA. TAL ERA A EXCENTRICIDADE DE SUA APARÊNCIA QUE BORDALLO PINHEIRO CARICATURISTA E CRÍTICO DA SOCIEDADE LISBOETA MODELOU UM PALITEIRO QUE BATIZOU COM O TÍTULO DO MARQUÊS. UM PATO  BONACHÃO DE CARTOLA E FRAQUE . VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DO LOTE O NECROLÓGIO DO MARQUÊS E A FOTO DO PALITEIRO DE BORDALLO QUE O HOMENAGEIA. INICIO DO SEC. XX. 24 CM DE ALTURA
  • RAIMUNDO CASTRO MAYA  LEGUMEIRA COM PRESENTOIR EM PORCELANA MONOGRAMADA COM MARCAS CARACTERÍSTICAS DA PORCELANA KUTANI. ESTILO E ÉPOCA BELLE EPOQUE. DECORADA COM PAISAGEM LACUSTRE MUITAS GUEIXAS, CEREJEIRAS EM FLOR E AO FUNDO MONTANHAS.REMATADA POR BORDA ROUGE DE FEUR DECORADA COM FINO TRABALHO EM OURO. POSSUI MONOGRAMA ENTRELAÇADO CM PERTENCEU AO ENGENHEIRO E DIPLOMATA MARANHENSE RAYMUNDO DE CASTO MAYA. HOMEM DE GRANDE CULTURA, FREQUENTOU A CORTE DO SEGUNDO REINADO E FOI CONVIDADO PESSOALMENTE POR D. PEDRO II PARA SER PRECEPTOR DE SEUS NETOS. ERA CASADO COM THEODOSIA OTTONI DE CASTRO MAYA. FOI ARREMATANTE DOS LEILÕES DO PAÇO IMPERIAL LOGO APÓS  O GOLPE REPUBLICANO. ERA PAI DE RAYMUNDO OTTONE DE CASTRO MAYA, MILIONÁRIO BRASILEIRO QUE FORMOU A FUNDAÇÃO CASTRO MAYA E SUAS COLEÇÕES. JAPÃO, FINAL DO SEC. XIX. 38 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: A coleção hoje conservada pelos Museus Castro Maya tem início muito antes da instituição legal da fundação responsável por administrá-los em 1963. Sua origem remonta ao fim do século XIX, quando foi iniciada pelo engenheiro e Diplomata maranhense Raymundo de Castro Maya, pai do quase homônimo Raymundo Ottoni de Castro Maya. Homem de grande cultura, integrante da corte do Segundo Reinado, Castro Maya fora convidado pessoalmente por D. Pedro II para ser preceptor de seus netos. Era casado com Theodósia Ottoni de Castro Maya, herdeira da tradicional família mineira dos Ottoni e filha de Christiano Benedicto Ottoni, primeiro diretor da Estrada de Ferro D. Pedro II, em cujo projeto Castro Maya havia trabalhado. Após a queda da monarquia e o subsequente banimento da Família Imperial do território brasileiro, o governo republicano provisório decidiu livrar-se dos bens dos Orléans e Bragança e de qualquer objeto que lembrasse o regime deposto ou a figura do imperador. Com este intento, organizou o "leilão do Paço de São Cristóvão", pondo a venda objetos históricos, obras de arte, artefatos arqueológicos, mobiliário e antiguidades que pertenciam à família.  Foi por ocasião do "leilão do Paço" que Castro Maya iniciou sua coleção, adquirindo um grande número de lotes (quase todos doados por seu filho ao Museu Imperial, décadas mais tarde). Após as aquisições, seguindo os passos da Família Imperial, os Castro Maya deixaram o Brasil, estabelecendo-se em Paris.Na capital francesa, Castro Maya deu continuidade à coleção, formando o núcleo do que viria a ser os Museus Castro Maya. Em 1892, adquiriu em leilão no Hôtel Drouot telas de Gustave Courbet, Théodore Rousseau, Hippolyte Bellangé e, nomeadamente, Vista da baía do Rio de Janeiro tomada das montanhas da Tijuca, de Nicolas-Antoine Taunay, outrora pertencente à coleção do dramaturgo Étienne Arago. Colecionou gravuras, na condição de membro-fundador da Société des Amis de l'Eau-Forte. Devotou-se igualmente à bibliofilia, adquirindo raros volumes de brasiliana e tornando-se membro da Société des Cents Bibliophiles. Também dedicou-se a formar um notável núcleo de numismática, adquirindo moedas da antiguidade grega, romana e bizantina (este núcleo do acervo foi leiloado por seu filho em 1957, após encomendar moldagens em gesso das peças). Em 1894, Castro Maya assumiu o cargo honorífico de Vice-Cônsul brasileiro em Paris, mas ficou pouco tempo na função, retornando com a família para o Brasil em 1899. O patriarca, entretanto, continuaria empreendendo viagens constantes à Europa até a década de 1920. Aproveitava essas ocasiões para ampliar sua coleção, trazendo para o Rio de Janeiro telas de Rosa Bonheur, Antoine Vollon e Félix Ziem, entre outros, bem como peças orientais, objetos artísticos para fins decorativos, como tapetes persas, mobiliário de luxo, elementos arquitetônicos coloniais, prataria e ourivesaria, estatuetas em bronze etc. Aproveitava também as oportunidades que apareciam no mercado interno, tendo adquirido nos leilões de J. Dias dos Santos no Rio de Janeiro, por exemplo, uma segunda pintura de Taunay (Festa napolitana) e uma paisagem de Constant Troyon. Foi também o primeiro Castro Maya o responsável por adquirir as propriedades onde, futuramente, seriam instalados os museus que hoje levam o nome da família. Em 1898, comprou a Chácara do Céu e, em 1913, o Sítio do Açude. A residência principal da família, entretanto, continuava a ser o palacete da Rua Guanabara (atualmente, Rua Pinheiro Machado), no bairro de Laranjeiras.
  • DUQUE DE ORLEANS  BROCHE PARA PRENDEDOR DE CAPA EM PRATA DE LEI COM INCRUSTAÇÃO DE PEDRARIAS  (SAFIRAS OU MINAS NOVAS). NA PARTE POSTERIOR BRASÃO DOS DUQUES DE ORLEANS ESCUDO ENTRE PLUMAS COM TRES FLORES DE LIS SOB ELMO COM COROA DE DUQUE. BELA E IMPORTANTE PEÇA! FRANÇA, SEC. XVIII. 5 CM DE ALTURA. 28,2 GNOTA: Duque de Orleães é um dos mais importantes títulos nobiliárquicos franceses, remontando pelo menos ao século XIV. Era sempre atribuído a príncipes da família real francesa. Freqüentemente na história de França, o duque d'Orleães teve importante papel político. Os Orleães subiram ao trono com Luís XII (século XV) e Luís Filipe (século XIX). Os descendentes constituem os pretendentes orleanistas do trono francês, sendo o título ostentado por diversos membros da Casa de Orleães, e é utilizado pelo primogênito do conde de Paris. DONA ISABEL MARIA AMÉLIA LUISA VITORIA TERESA JOANA MIGUELA GABRIELA RAFAELA GONZAGA DE ORLEANS E BRAGANÇA E DOBRZENSKY DE DOBRZENICZ foi uma princesa brasileira, neta da Princesa Isabel foi casada com o Conde de Paris, herdeiro presuntivo do trono Francês
  • LOETZ  DECOR FENOMENEM GENRES - IMPORTANTE PAR DE VASOS EM VIDRO ARTISTICO COM SUAVE IRIDESCENCIA. FUNDO TOPÁZIO COM LISTRAS HORIZONTAIS EM ROXO. DA BOCA PARTEM TRÊS ESTRUTURAS COMO PÉTALAS QUE ADORNAM O GARGALO. BOJO É DECORADO COM CONCAVIDADES. PEÇAS BELÍSSIMAS E MUITO REPRESENTATIVAS DA PRODUÇÃO DESSE IMPORTANTE MESTRE VIDREIRO.  ESTÃO IMPECÁVEIS! IMPÉRIO AUSTRO HUNGARO, CIRCA DE 1900. 31 CM DE ALTURA.NOTA: Uma das principais razões para o grande sucesso de Loetz na Exposição Mundial de Paris em 1900 foi o uso de decorações coloridas e brilhantes, mais tarde conhecidas como DECOR FENOMENEM GENRES (GENERO FENOMENAL). Nos últimos 10 anos do século XIX, Loetz começou a experimentar vidro colorido e altamente iridescente. Estes vasos possuem uma das variantes mais antigas da Decoração Fenômeno que foram documentadas pela primeira vez em 1898. A base amarela, juntamente com a decoração de listras paralelos , confere ao vaso uma aparência esbelta e altamente elegante. A decoração parece fluir como se estivesse escorrendo. Como quase toda produção de LOETZ esses floreiros não são assinados. Acredita-se geralmente que somente as peças para exportação foram assinados. Mas de acordo com o Dr. Jan Mergl, co-autor de "Das Böhmische Glas" e "H. Ricke, Lotz 1880-1940" não existem quaisquer regras gerais. Ele afirma que as peças para as exposições importantes (Paris, St. Louis, Milan), ou aquelas doadas ou vendidas a museus, muitas vezes continham a assinatura Loetz, mas isso não era uma prática geral. Loetz, foi fundada em 1836 por Johan Loetz em Klostermuhle, Bohemia, que estava dentro do império Austro-Húngaro naquela época. Em 1898, após vários anos de experimentação com variações na queima, a empresa patenteou uma técnica para produzir o brilho metálico azul ou ouro profundo pelo qual Loetz é conhecida em todo o mundo. Mas é com a explosão Art Nouveau, que Loetz entrou no cenário mundial. Na Exposição Mundial de Paris em 1900, Loetz compartilhou o primeiro prêmio com outros famosos fabricantes de artigos de vidro Art Nouveau como Tiffany, Gall e Daum. Embora os vidro de Loetz sejam às vezes tidos como uma tentativa de copiar Tiffany, na verdade essa fama não se justifica, foi a Tiffany americana a ficar impressionada com os vidros Loetz.
  • DOM JOÃO VI - SERVIÇO DOS PAVÕES excepcional GRANDE E RARO MEDALHÃO EM porcelana com esmaltes do reinado Qianlong. Feitio FEITIO CIRCULAR. Pertenceu ao serviço do Rei Dom João VI. China, meados do sec. XVIII. 23 cm de diâmetro. NOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou, em suas últimas fornadas, redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Além de pratos de vários tamanhos, foram confeccionadas sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras, wine-coolers e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como viajante, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo. Com o fim do Império em 1890, foram realizados diversos leilões pelo leiloeiro Joaquim Dias dos Santos, no Rio de Janeiro, mas seus registros foram logo depois perdidos num incêndio ocorrido pouco depois na loja do leiloeiro.

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