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LOPES DE LEÃO, PAULO VERGUEIRO A DEFESA DE PIRATININGA 1. CROQUI 1925-1926. RICA E HISTÓRICA OBRA RETRATANDO OS COMBATES DO CERCO DE SÃO PAULO DE PIRATININGA (HOJE CIDADE DE SÃO PAULO) OCORRIDO EM 9 DE JULHO DE 1562. ALI NA MURALHA DA COLINA, SABIAMENTE ESCOLHIDA PELO PADRE JOSÉ DE ANCHIETA COMO LOCAL PARA ERGUER A CASA DA DOUTRINA FOI QUE SÃO PAULO PODE SOBREVIVER E TRIUNFALMENTE CONTINUAR RUMO A SUA GRANDEZA, LIVRANDO-SE DO ARRAZAMENTO PELOS BÁRBAROS, QUE OS MAMELUCOS DO PLANALTO CONTRA-ATACARAM E VENCERAM. SE A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE SÃO PAULO FOI LAVRADA PELO MESMO JOSÉ DE ANCHIETA NA CARTA EM QUE DESCREVE PARA PORTUGAL: "AQUI SE FEZ UMA CASINHA DE PALHA COM UMA ESTEIRA DE CANAS POR PORTAS...". O BATISMO DE SÃO PAULO SE DEU VERDADEIRAMENTE TAMBÉM NESSE LOCAL NO PÁTIO DO COLÉGIO, COM A DEFESA DE PIRATININGA. PORTUGUESES, MAMELUCOS, INDIOS CONVERTIDOS E ALIADOS UNIRAM-SE PARA OFERECER SUAS VIDAS NA DEFESA DO SEU LAR. CURIOSAMENTE O NOVE DE JULHO FICOU MARCADO PARA CIDADE DE SÃO PAULO POR CONFLITOS BÉLICOS POR DUAS VEZES. A SEGUNDA, É A MAIS CONHECIDA; A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DEFLAGRADA NAQUELA CIDADE EM 1932. MAS A PRIMEIRA, PERDIDA NO TEMPO OCORREU APENAS DOIS ANOS APÓS A ELEVAÇÃO DE SÃO PAULO A CONDIÇÃO DE VILA NOS IDOS DE 1562 E A MEU VER É A PRIMEIRA EXPRESSÃO DE IDENTIDADE DA CIDADE DE SÃO PAULO E DEVERIA SER ESSE O SEU MARCO INAUGURAL. A OBRA É DO ARTISTA LOPES DE LEÃO, IMPORTANTE PINTOR E GRAVADOR DA CIDADE DE SÃO PAULO DO INICIO DO SEC. XX QUE É UM DOS FUNDADORES DA SOCIEDADE PAULISTA DE BELAS ARTES. A OBRA É O CROQUI PARA A EXECUÇÃO DE UM PAINEL MONUMENTAL QUE NUNCA FOI LEVADO A CABO, ENCOMENDA GOVERNAMEMENTAL QUE FOI MALOGRADA PELA SOMBRA DA PARTICIPAÇÃO FEDERAL BOMBARDEANDO A CIDADE DE SÃO PAULO DURANTE A REVOLUÇÃO ESQUECIDA QUE OCORRERA APENAS UM ANO ANTES EM 1924 E QUE DEU ORIGEM A COLUNA PRESTES. A ENCOMENDA ERA PARA O PALÁCIO DOS CAMPOS ELÍSEOS, SEDE DO GOVERNO DA CIDADE BOMBARDEADO DURANTE O CONFLITO, E OBJETIVAVA CELEBRAR A VITÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO CONTRA AS TROPAS REVOLTOSAS QUE A ATACARAM. ENTRETANTO COMO O GOVERNO DO PRESIDENTE ARTUR BERNARDES ATACOU A CIDADE COM BOMBARDEIOS DE AVIAÇÃO AÉREA (CHAMADOS DE TERRIFICANTES) PARA CONTER O AVANÇO DOS REVOLTOSOS, ACHOU-SE POR BEM NÃO EXECUTAR A OBRA A FIM DE NÃO MELINDRAR O GOVERNO. BRASIL, 1926. 79 X 65 CM (CONSIDERANDO-SE SOMENTE A TELA)NOTA: A cidade de São Paulo em seus quase quinhentos anos só foi atacada frontalmente duas vezes em sua existência; a primeira no cerco de Piratiniga, quando contava com apenas dois anos. A segunda foi em 1924 na chamada Revolução esquecida. Essa tenentada foi Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. O objetivo principal do levante era depor o presidente Artur Bernardes (considerado inimigo dos militares desde a crise das cartas falsas). Entre as reivindicações estava o voto secreto, a justiça gratuita e a instauração do ensino público obrigatório. Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924, a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o bairro da Penha, em 9 de julho, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos Elísios, sede do governo paulista na época. Carlos de Campos ficou instalado em um vagão adaptado na estação Guaiaúna, da Central do Brasil, onde se encontravam as tropas federais vindas de Mogi das Cruzes. No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras no estado de São Paulo. Os revoltosos então entraram em contato com o vice-presidente do estado coronel Fernando Prestes de Albuquerque em Itapetininga, convidando-o para assumir o governo revolucionário em São Paulo. O coronel Prestes que já organizara um batalhão em defesa da legalidade, na região da Estrada de Ferro Sorocabana, e respondeu aos revoltosos: Só aceitaria o governo das mãos do Dr. Carlos de Campos, livre, espontaneamente, legalmente! A cidade de São Paulo foi bombardeada por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial os bairros operários, como a Mooca e o Brás, e de classe média, como Perdizes. Sem artilharias nem aviões para enfrentar as tropas legalistas, os tenentes rebeldes se retiraram para Bauru na madrugada de 28 de julho, onde Isidoro Dias Lopes ouvira a notícia de que o exército legalista se concentrava na cidade de Três Lagoas, no atual Mato Grosso do Sul. Às 10 horas da manhã de 28 de julho Carlos de Campos retornou ao seu gabinete no Palácio do Governo. Isidoro Dias Lopes e Juarez Távora planejaram, então, um ataque àquela cidade. A derrota em Três Lagoas, no entanto, foi a maior derrota de toda esta revolta. Um terço das tropas revoltosas morreu, feriram-se gravemente, ou foram capturadas. Os tenentistas recuaram rumo ao sul do Brasil, na cidade de Foz do Iguaçu, unindo-se aos oficiais gaúchos comandados por Luís Carlos Prestes, no que veio a ser o maior feito guerrilheiro no Brasil até então: a Coluna Prestes. Teve início na madrugada de 5 de julho e terminou em 28 de julho de 1924. Um inquérito feito pelo Governo do Estado de São Paulo, logo após o fracasso do movimento subversivo de julho de 1924, detectou inúmeros casos de vandalismo e estupros no interior do estado de São Paulo, especialmente sob os olhos do Tenente João Cabanas, que comandava um grupo de revoltosos que foi denominado como a Coluna da Morte. O inquérito também apurou que muitos coronéis do interior que faziam oposição ao Dr. Carlos de Campos apoiaram o movimento subversivo de Julho. O general de divisão Abílio Noronha, comandante da 2ª Região Militar, que abrangia São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, acusou políticos de estarem por trás da revolta, incitando os militares a aderirem à revolução tenentista. Outro general, o general Noronha, criticou a retirada precipitada da capital paulista, do presidente do estado e das tropas leais a ele, alegando que o governo paulista tinha condições de ter resistido e vencido os revoltosos, logo no início da revolta, e dentro da cidade de São Paulo. Os tenentes e demais militares que participaram desta revolta e das demais revoltas da década de 1920 receberam anistia dada por Getúlio Vargas logo após a vitória da Revolução de 1930. No bairro de Perdizes, a revolução de 1924 ainda é comemorada anualmente. O PRIMEIRO ATAQUE A SÃO PAULO FOI O CERCO DE PIRATININGA OU A GUERRA DE PIRATININGA realizado em 9 de julho de 1562 à então Vila de São Paulo de Piratininga, hoje cidade de São Paulo, por índios das tribos guarulhos, guaianás e carijós, que se uniram numa coligação e se rebelaram contra a aliança entre Tibiriçá e os jesuítas. Alguns destes índios eram familiares de Tibiriçá, outros haviam morado na aldeia dos padres e recebido a catequese, mas agora os renegavam. A união entre portugueses e os tupis causava desconfiança e antipatia entre os nativos mais radicais que, se procuravam qualquer pretexto para atacarem os europeus, encontraram um bastante importante: a prática da escravidão por parte dos colonizadores. Pressentindo a hostilidade crescente, os portugueses trataram de nomear João Ramalho chefe da defesa militar de São Paulo em 28 de maio de 1562, de acordo com o cargo já exercido anteriormente em Santo André. Em 3 de julho de 1562 um índio que vivia com aqueles que pretendiam atacar, mas que tinha parentes vivendo entre os homens de Tibiriçá, avisou aos jesuítas prevenindo-os para que se defendessem do ataque iminente. Cinco dias antes do ataque, por ordens de Tibiriçá os índios abandonaram suas casas e lavouras, num costume de guerra indígena, preparando-se para a guerra. Jaguaranho ("cão bravo" em tupi) temendo pela vida de seu tio, Tibiriçá, tentou convencê-lo a abandonar a defesa dos padres, sem conseguir. Incomodados com essa aliança, as tribos rebeldes desferiram o ataque na manhã de 9 de julho de 1562, dois anos após São Paulo ser elevada à condição de vila. O ataque ocorreu no local onde estava estabelecido o colégio dos jesuítas, onde hoje está o Pátio do Colégio. Eram realizados aos gritos de jukaí karaíba (morte aos portugueses). Os invasores estavam todos pintados e emplumados, de acordo com sua tradição militar. O cerco foi liderado por Jaguaranho, que provavelmente agiu sob ordens de seu pai, Piquerobi, líder da aldeia rebelde de Ururaí, localizada onde hoje fica o bairro de São Miguel Paulista, na zona leste da cidade. Piquerobi era irmão de Tibiriçá e de Caiubi, outro aliado dos europeus. João Ramalho, embora tivesse um relacionamento distante dos jesuítas, chegando mesmo a uma inimizade, tratou de lutar corajosamente contra os índios invasores. Além de estar cumprindo seu papel de chefe da defesa militar, João Ramalho era genro de Tibiriçá, e naturalmente não ficaria ausente nesse momento. Logo no primeiro dia da batalha, Jaguaranho, após vencer as linhas de defesa, preferiu arrombar as portas da igreja onde as mulheres índias e mamelucas estavam rezando à atacar os padres, que se encontravam vulneráveis. Enquanto procurou arrombar a porta foi flechado na barriga e morreu no local, fato que reverteu a vantagem dos invasores. O combate prosseguiu até o dia seguinte, 10 de julho, com vitória para os portugueses e aliados. Durante o combate o chefe tupiniquim Tibiriçá matou seu irmão Piquerobi. Chegado pois o dia, que foi a oitava de Visitação de Nossa Senhora, investiu pela manhã contra Piratininga a hoste numerosa dos contrários, pintados e empenachados, com enorme alarido. A vitória representou a continuidade da existência da Vila de São Paulo, o que se mostraria fundamental para a expansão colonial ocorrida nos séculos seguintes. Mas talvez devido a aglomeração de pessoas, e certamente pela falta de comida, a peste desintérica fez muitas vítimas no planalto, entre eles o próprio Tibiriçá, morto em 25 de dezembro de 1562. PAULO VERGUEIRO LOPES DE LEÃO (São Paulo, São Paulo, 1889 - Idem, 1964). Pintor, professor e gravador. Entre 1908 e 1911, cursa ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito de São Paulo. Ainda em 1911, participa da 1ª Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios, também em São Paulo. Em 1913, viaja para Florença, Itália, com pensão do governo do estado de São Paulo e estuda, com o pintor Filadelfo Simi (1849-1923), na Academia de Belas Artes. Entre 1915 e 1918, na mesma cidade, aprofunda os conhecimentos de gravura com Mazzoni Zarini (1869-1949), na Scuola d´Incisione all´Acquaforte. Tendo conseguido a prorrogação da bolsa de estudos, transfere-se para Paris, onde permanece de 1920 a 1921, dedicando-se à pintura sob orientação de Louis-François Biloul (1874-1947). Neste último ano, integra o Salão dos Artistas Franceses. Em 1924, é um dos fundadores da Sociedade Paulista de Belas Artes. Dez anos depois, organiza e integra o 1º Salão Paulista de Belas Artes e atua nas comissões de seleção e premiação. Participa de várias edições do evento até 1954, sendo laureado em 1935 e 1952 e recebendo prêmio póstumo em 1964. Em 1936, torna-se diretor da Escola de Belas Artes de São Paulo, onde é professor e presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1932 e 1944, dirige a Pinacoteca do Estado de São Paulo, que se vincula, por alguns anos, à Escola de Belas Artes.

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LOPES DE LEÃO, PAULO VERGUEIRO A DEFESA DE PIRATININGA 1. CROQUI 1925-1926. RICA E HISTÓRICA OBRA RETRATANDO OS COMBATES DO CERCO DE SÃO PAULO DE PIRATININGA (HOJE CIDADE DE SÃO PAULO) OCORRIDO EM 9 DE JULHO DE 1562. ALI NA MURALHA DA COLINA, SABIAMENTE ESCOLHIDA PELO PADRE JOSÉ DE ANCHIETA COMO LOCAL PARA ERGUER A CASA DA DOUTRINA FOI QUE SÃO PAULO PODE SOBREVIVER E TRIUNFALMENTE CONTINUAR RUMO A SUA GRANDEZA, LIVRANDO-SE DO ARRAZAMENTO PELOS BÁRBAROS, QUE OS MAMELUCOS DO PLANALTO CONTRA-ATACARAM E VENCERAM. SE A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE SÃO PAULO FOI LAVRADA PELO MESMO JOSÉ DE ANCHIETA NA CARTA EM QUE DESCREVE PARA PORTUGAL: "AQUI SE FEZ UMA CASINHA DE PALHA COM UMA ESTEIRA DE CANAS POR PORTAS...". O BATISMO DE SÃO PAULO SE DEU VERDADEIRAMENTE TAMBÉM NESSE LOCAL NO PÁTIO DO COLÉGIO, COM A DEFESA DE PIRATININGA. PORTUGUESES, MAMELUCOS, INDIOS CONVERTIDOS E ALIADOS UNIRAM-SE PARA OFERECER SUAS VIDAS NA DEFESA DO SEU LAR. CURIOSAMENTE O NOVE DE JULHO FICOU MARCADO PARA CIDADE DE SÃO PAULO POR CONFLITOS BÉLICOS POR DUAS VEZES. A SEGUNDA, É A MAIS CONHECIDA; A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DEFLAGRADA NAQUELA CIDADE EM 1932. MAS A PRIMEIRA, PERDIDA NO TEMPO OCORREU APENAS DOIS ANOS APÓS A ELEVAÇÃO DE SÃO PAULO A CONDIÇÃO DE VILA NOS IDOS DE 1562 E A MEU VER É A PRIMEIRA EXPRESSÃO DE IDENTIDADE DA CIDADE DE SÃO PAULO E DEVERIA SER ESSE O SEU MARCO INAUGURAL. A OBRA É DO ARTISTA LOPES DE LEÃO, IMPORTANTE PINTOR E GRAVADOR DA CIDADE DE SÃO PAULO DO INICIO DO SEC. XX QUE É UM DOS FUNDADORES DA SOCIEDADE PAULISTA DE BELAS ARTES. A OBRA É O CROQUI PARA A EXECUÇÃO DE UM PAINEL MONUMENTAL QUE NUNCA FOI LEVADO A CABO, ENCOMENDA GOVERNAMEMENTAL QUE FOI MALOGRADA PELA SOMBRA DA PARTICIPAÇÃO FEDERAL BOMBARDEANDO A CIDADE DE SÃO PAULO DURANTE A REVOLUÇÃO ESQUECIDA QUE OCORRERA APENAS UM ANO ANTES EM 1924 E QUE DEU ORIGEM A COLUNA PRESTES. A ENCOMENDA ERA PARA O PALÁCIO DOS CAMPOS ELÍSEOS, SEDE DO GOVERNO DA CIDADE BOMBARDEADO DURANTE O CONFLITO, E OBJETIVAVA CELEBRAR A VITÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO CONTRA AS TROPAS REVOLTOSAS QUE A ATACARAM. ENTRETANTO COMO O GOVERNO DO PRESIDENTE ARTUR BERNARDES ATACOU A CIDADE COM BOMBARDEIOS DE AVIAÇÃO AÉREA (CHAMADOS DE TERRIFICANTES) PARA CONTER O AVANÇO DOS REVOLTOSOS, ACHOU-SE POR BEM NÃO EXECUTAR A OBRA A FIM DE NÃO MELINDRAR O GOVERNO. BRASIL, 1926. 79 X 65 CM (CONSIDERANDO-SE SOMENTE A TELA)NOTA: A cidade de São Paulo em seus quase quinhentos anos só foi atacada frontalmente duas vezes em sua existência; a primeira no cerco de Piratiniga, quando contava com apenas dois anos. A segunda foi em 1924 na chamada Revolução esquecida. Essa tenentada foi Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. O objetivo principal do levante era depor o presidente Artur Bernardes (considerado inimigo dos militares desde a crise das cartas falsas). Entre as reivindicações estava o voto secreto, a justiça gratuita e a instauração do ensino público obrigatório. Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924, a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o bairro da Penha, em 9 de julho, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos Elísios, sede do governo paulista na época. Carlos de Campos ficou instalado em um vagão adaptado na estação Guaiaúna, da Central do Brasil, onde se encontravam as tropas federais vindas de Mogi das Cruzes. No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras no estado de São Paulo. Os revoltosos então entraram em contato com o vice-presidente do estado coronel Fernando Prestes de Albuquerque em Itapetininga, convidando-o para assumir o governo revolucionário em São Paulo. O coronel Prestes que já organizara um batalhão em defesa da legalidade, na região da Estrada de Ferro Sorocabana, e respondeu aos revoltosos: Só aceitaria o governo das mãos do Dr. Carlos de Campos, livre, espontaneamente, legalmente! A cidade de São Paulo foi bombardeada por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial os bairros operários, como a Mooca e o Brás, e de classe média, como Perdizes. Sem artilharias nem aviões para enfrentar as tropas legalistas, os tenentes rebeldes se retiraram para Bauru na madrugada de 28 de julho, onde Isidoro Dias Lopes ouvira a notícia de que o exército legalista se concentrava na cidade de Três Lagoas, no atual Mato Grosso do Sul. Às 10 horas da manhã de 28 de julho Carlos de Campos retornou ao seu gabinete no Palácio do Governo. Isidoro Dias Lopes e Juarez Távora planejaram, então, um ataque àquela cidade. A derrota em Três Lagoas, no entanto, foi a maior derrota de toda esta revolta. Um terço das tropas revoltosas morreu, feriram-se gravemente, ou foram capturadas. Os tenentistas recuaram rumo ao sul do Brasil, na cidade de Foz do Iguaçu, unindo-se aos oficiais gaúchos comandados por Luís Carlos Prestes, no que veio a ser o maior feito guerrilheiro no Brasil até então: a Coluna Prestes. Teve início na madrugada de 5 de julho e terminou em 28 de julho de 1924. Um inquérito feito pelo Governo do Estado de São Paulo, logo após o fracasso do movimento subversivo de julho de 1924, detectou inúmeros casos de vandalismo e estupros no interior do estado de São Paulo, especialmente sob os olhos do Tenente João Cabanas, que comandava um grupo de revoltosos que foi denominado como a Coluna da Morte. O inquérito também apurou que muitos coronéis do interior que faziam oposição ao Dr. Carlos de Campos apoiaram o movimento subversivo de Julho. O general de divisão Abílio Noronha, comandante da 2ª Região Militar, que abrangia São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, acusou políticos de estarem por trás da revolta, incitando os militares a aderirem à revolução tenentista. Outro general, o general Noronha, criticou a retirada precipitada da capital paulista, do presidente do estado e das tropas leais a ele, alegando que o governo paulista tinha condições de ter resistido e vencido os revoltosos, logo no início da revolta, e dentro da cidade de São Paulo. Os tenentes e demais militares que participaram desta revolta e das demais revoltas da década de 1920 receberam anistia dada por Getúlio Vargas logo após a vitória da Revolução de 1930. No bairro de Perdizes, a revolução de 1924 ainda é comemorada anualmente. O PRIMEIRO ATAQUE A SÃO PAULO FOI O CERCO DE PIRATININGA OU A GUERRA DE PIRATININGA realizado em 9 de julho de 1562 à então Vila de São Paulo de Piratininga, hoje cidade de São Paulo, por índios das tribos guarulhos, guaianás e carijós, que se uniram numa coligação e se rebelaram contra a aliança entre Tibiriçá e os jesuítas. Alguns destes índios eram familiares de Tibiriçá, outros haviam morado na aldeia dos padres e recebido a catequese, mas agora os renegavam. A união entre portugueses e os tupis causava desconfiança e antipatia entre os nativos mais radicais que, se procuravam qualquer pretexto para atacarem os europeus, encontraram um bastante importante: a prática da escravidão por parte dos colonizadores. Pressentindo a hostilidade crescente, os portugueses trataram de nomear João Ramalho chefe da defesa militar de São Paulo em 28 de maio de 1562, de acordo com o cargo já exercido anteriormente em Santo André. Em 3 de julho de 1562 um índio que vivia com aqueles que pretendiam atacar, mas que tinha parentes vivendo entre os homens de Tibiriçá, avisou aos jesuítas prevenindo-os para que se defendessem do ataque iminente. Cinco dias antes do ataque, por ordens de Tibiriçá os índios abandonaram suas casas e lavouras, num costume de guerra indígena, preparando-se para a guerra. Jaguaranho ("cão bravo" em tupi) temendo pela vida de seu tio, Tibiriçá, tentou convencê-lo a abandonar a defesa dos padres, sem conseguir. Incomodados com essa aliança, as tribos rebeldes desferiram o ataque na manhã de 9 de julho de 1562, dois anos após São Paulo ser elevada à condição de vila. O ataque ocorreu no local onde estava estabelecido o colégio dos jesuítas, onde hoje está o Pátio do Colégio. Eram realizados aos gritos de jukaí karaíba (morte aos portugueses). Os invasores estavam todos pintados e emplumados, de acordo com sua tradição militar. O cerco foi liderado por Jaguaranho, que provavelmente agiu sob ordens de seu pai, Piquerobi, líder da aldeia rebelde de Ururaí, localizada onde hoje fica o bairro de São Miguel Paulista, na zona leste da cidade. Piquerobi era irmão de Tibiriçá e de Caiubi, outro aliado dos europeus. João Ramalho, embora tivesse um relacionamento distante dos jesuítas, chegando mesmo a uma inimizade, tratou de lutar corajosamente contra os índios invasores. Além de estar cumprindo seu papel de chefe da defesa militar, João Ramalho era genro de Tibiriçá, e naturalmente não ficaria ausente nesse momento. Logo no primeiro dia da batalha, Jaguaranho, após vencer as linhas de defesa, preferiu arrombar as portas da igreja onde as mulheres índias e mamelucas estavam rezando à atacar os padres, que se encontravam vulneráveis. Enquanto procurou arrombar a porta foi flechado na barriga e morreu no local, fato que reverteu a vantagem dos invasores. O combate prosseguiu até o dia seguinte, 10 de julho, com vitória para os portugueses e aliados. Durante o combate o chefe tupiniquim Tibiriçá matou seu irmão Piquerobi. Chegado pois o dia, que foi a oitava de Visitação de Nossa Senhora, investiu pela manhã contra Piratininga a hoste numerosa dos contrários, pintados e empenachados, com enorme alarido. A vitória representou a continuidade da existência da Vila de São Paulo, o que se mostraria fundamental para a expansão colonial ocorrida nos séculos seguintes. Mas talvez devido a aglomeração de pessoas, e certamente pela falta de comida, a peste desintérica fez muitas vítimas no planalto, entre eles o próprio Tibiriçá, morto em 25 de dezembro de 1562. PAULO VERGUEIRO LOPES DE LEÃO (São Paulo, São Paulo, 1889 - Idem, 1964). Pintor, professor e gravador. Entre 1908 e 1911, cursa ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito de São Paulo. Ainda em 1911, participa da 1ª Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios, também em São Paulo. Em 1913, viaja para Florença, Itália, com pensão do governo do estado de São Paulo e estuda, com o pintor Filadelfo Simi (1849-1923), na Academia de Belas Artes. Entre 1915 e 1918, na mesma cidade, aprofunda os conhecimentos de gravura com Mazzoni Zarini (1869-1949), na Scuola d´Incisione all´Acquaforte. Tendo conseguido a prorrogação da bolsa de estudos, transfere-se para Paris, onde permanece de 1920 a 1921, dedicando-se à pintura sob orientação de Louis-François Biloul (1874-1947). Neste último ano, integra o Salão dos Artistas Franceses. Em 1924, é um dos fundadores da Sociedade Paulista de Belas Artes. Dez anos depois, organiza e integra o 1º Salão Paulista de Belas Artes e atua nas comissões de seleção e premiação. Participa de várias edições do evento até 1954, sendo laureado em 1935 e 1952 e recebendo prêmio póstumo em 1964. Em 1936, torna-se diretor da Escola de Belas Artes de São Paulo, onde é professor e presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1932 e 1944, dirige a Pinacoteca do Estado de São Paulo, que se vincula, por alguns anos, à Escola de Belas Artes.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada