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Arte sacra

SENHOR BOM JESUS DOS MILAGRES VENERADO NO CONVENTO DA ESPERANÇA NA ILHA DE SÃO MIGUEL NOS AÇORES SUNSUOSO ICONE EM SUA RICA MOLDURA, AMBOS EM PRATA DE LEI ESTILO E ÉPOCA DOM JOÃO V. SUNTUOSO CONJUNTO COM EXCEPCIONAL QUALIDADE DE EXECUÇÃO. CONSTITUIDO POR ROBUSTA MOLDURA EM PRATA FINAMENTE CINZELADA TRABALHADA EM REPUXO. ELEMENTOS EM ROCAILLE FITOMÓRFICA APRESENTAM-SE EM RELEVO. SOBRE A MOLDURA CRUZ LATINA DE REQUINTADA CONCEPÇÃO. EM RESERVA, APLICADA SOBRE TRABALHO DE MANUFATURA TÍPICA AÇORIANA EM FINO TECIDO CARMEZIM COM PASSEMANARIA EM OURO, ÍCONE DO SENHOR BOM JESUS DOS MILAGRES LAVRADO EM PRATA DE LEI. ALMA EM MADEIRA. PEÇA CARACTERÍSTICA DO ALTO BARROCO PORTUGUÊS VIVIDO NOS IDOS DO INÍCIO DO REINADO DE DOM JOÃO V. ILHA DE SÃO MIGUEL DOS AÇORES, INICIO DO SEC. XVIII. 29 X 21,5 CM. 1086 G NOTA: Na noite de 21 para 22 de Outubro de 1522, um violento sismo provocou um grande deslizamento de terras nas encostas sobranceiras a Vila Franca do Campo, causando o soterramento da maior parte da vila, então capital de São Miguel. O efeito combinado do sismo e do soterramento provocou a morte de milhares de pessoas. O sismo causou ainda mortes em muitas outras povoações de São Miguel e também grandes deslizamentos de terras na Maia, e região circunvizinha, e em Ponta Garça. Um ano depois, em 1523 provavelmente em virtude do grande número de mortos insepultos do terremoto, grassou em São Miguel uma epidemia de peste que causou alguns milhares de mortes e obrigou ao isolamento da ilha durante vários anos. A epidemia também atingiu o Faial, embora sem graves consequências. Esta epidemia que durou até 1630, contribuiu para o enraizamento do culto ao Divino Espírito Santo e intensificou nos sobreviventes a religiosidade. As crônicas da fundação de São Miguel mostram que o Capitão Donatário Ruy Câmara resolveu instalar na ilha uma casa conventual da ordem monástica das Clarissas. Para tanto o Capitão mandou buscar em Roma as respectivas Bulas Apostólicas com vista à ereção canónica. A tradição difundiu a ideia de que o Papa Paulo III, juntamente com a concessão às clarissas das Bulas para fundação do Convento da Esperança na Ilha de São Miguel dos Açores, quando da deslocação de duas delas a Roma , também lhes havia ofertado uma imagem-sacrário do Ecce Homo. No entanto, a nau que transportava a sagrada imagem naufragou nas costas da ilha quando se preparava para aportar. Desapareceu o navio nas profundezas do Oceano levando consigo a imagem doada pelo Papa que continha em seu relicário um pedaço da Santa Cruz de Cristo. Dias depois, após a consternação causada pela tragédia, algumas irmãs que descansavam a beira mar avistaram entre as pedras do costão uma caixa de onde irradiava uma luz com singular aspecto de cruz. Resgataram das pedras a tal caixa e quando a abriram estava lá a imagem do Cristo Ecce Homo com sua relíquia do Santo Lenho. Essa imagem é então objeto da veneração dos ilhéus de São Miguel há quase cinco séculos e em todo esse tempo é anualmente levada em solene procissão que dura mais de cinco horas, constituindo-se como, a maior procissão, a mais grandiosa e a de maior devoção que se realiza em terras portuguesas. Em todos esses anos muitos prodígios e milagres foram atribuídos ao Senhor Bom Jesus dos Milagres e em gratidão, os devotos lhe recobriram que jóias e estas são consideradas as mais ricas da imaginária sacra em toda península Ibérica. Assim é constituído o tesouro do Senhor Jesus dos Milagres: O Resplendor, em platina cromada de ouro, pesa 4,850 gramas e está incrustado de 6.842 pedras preciosas de todas as qualidades: topázios, rubis, ametistas, safiras, etc. Além do valor artístico, esta jóia está carregada de elementos simbólicos ligados à teologia. O primeiro é a da Santíssima Trindade, representada por um triângulo no centro que contém três caracteres com o seguinte significado: "Sou o que Sou" e também "Pai, Filho e Espírito Santo". Deste triângulo irradiam os resplendores para as extremidades da peça. O segundo elemento é a Redenção de Cristo, representada pelo cordeiro sobre a cruz e pelo livro dos Sete Selos do Apocalipse. Um terceiro é a Eucaristia, simbolizada por uma ave, o pelicano, pelo cálice e pelo cibório. O último elemento simbólico do RESPLENDOR é a Paixão de Cristo passando pela coroa representada em pormenor: desde a túnica ao galo da Paixão, passando pela coroa de espinhos integralmente feita de esmeraldas. Se o Resplendor é a jóia mais rica do Tesouro, a Coroa é a sua peça mais delicada. Em ouro, pesando apenas 800 gramas, possui 1.082 pedras preciosas, todas elas trabalhadas com minúcia, onde os próprios espinhos são pequeníssimas pedras que diminuem de tamanho nas extremidades. O Relicário é, por outro lado, a peça mais enigmática do Tesouro. É a única que está permanentemente colocada no peito da imagem e serve para guardar o Santo Lenho, que se crê ser uma farpa da verdadeira cruz em que Jesus foi crucificado. O Cetro, a quarta peça do Tesouro, é constituída por 2.000 pérolas que formam um maciço de cana, 993 pedras preciosas ao longo do tronco e no conjunto de brilhantes com renda de ouro na base, onde está colocada a Cruz de Cristo. Finalmente, as Cordas, com 5,20 metros de comprimento, constituem a quinta peça do corpo principal do Tesouro. São duas voltas de pérolas e pedras preciosas enroladas em fio de ouro. Estas jóias possuem um valor incalculável. As Jóias do Senhor Santo Cristo dos Milagres, como também a coleção de capas usadas pela imagem, podem ser admiradas no Convento de Nossa Senhora da Esperança.

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Tipo: Arte sacra

SENHOR BOM JESUS DOS MILAGRES VENERADO NO CONVENTO DA ESPERANÇA NA ILHA DE SÃO MIGUEL NOS AÇORES SUNSUOSO ICONE EM SUA RICA MOLDURA, AMBOS EM PRATA DE LEI ESTILO E ÉPOCA DOM JOÃO V. SUNTUOSO CONJUNTO COM EXCEPCIONAL QUALIDADE DE EXECUÇÃO. CONSTITUIDO POR ROBUSTA MOLDURA EM PRATA FINAMENTE CINZELADA TRABALHADA EM REPUXO. ELEMENTOS EM ROCAILLE FITOMÓRFICA APRESENTAM-SE EM RELEVO. SOBRE A MOLDURA CRUZ LATINA DE REQUINTADA CONCEPÇÃO. EM RESERVA, APLICADA SOBRE TRABALHO DE MANUFATURA TÍPICA AÇORIANA EM FINO TECIDO CARMEZIM COM PASSEMANARIA EM OURO, ÍCONE DO SENHOR BOM JESUS DOS MILAGRES LAVRADO EM PRATA DE LEI. ALMA EM MADEIRA. PEÇA CARACTERÍSTICA DO ALTO BARROCO PORTUGUÊS VIVIDO NOS IDOS DO INÍCIO DO REINADO DE DOM JOÃO V. ILHA DE SÃO MIGUEL DOS AÇORES, INICIO DO SEC. XVIII. 29 X 21,5 CM. 1086 G NOTA: Na noite de 21 para 22 de Outubro de 1522, um violento sismo provocou um grande deslizamento de terras nas encostas sobranceiras a Vila Franca do Campo, causando o soterramento da maior parte da vila, então capital de São Miguel. O efeito combinado do sismo e do soterramento provocou a morte de milhares de pessoas. O sismo causou ainda mortes em muitas outras povoações de São Miguel e também grandes deslizamentos de terras na Maia, e região circunvizinha, e em Ponta Garça. Um ano depois, em 1523 provavelmente em virtude do grande número de mortos insepultos do terremoto, grassou em São Miguel uma epidemia de peste que causou alguns milhares de mortes e obrigou ao isolamento da ilha durante vários anos. A epidemia também atingiu o Faial, embora sem graves consequências. Esta epidemia que durou até 1630, contribuiu para o enraizamento do culto ao Divino Espírito Santo e intensificou nos sobreviventes a religiosidade. As crônicas da fundação de São Miguel mostram que o Capitão Donatário Ruy Câmara resolveu instalar na ilha uma casa conventual da ordem monástica das Clarissas. Para tanto o Capitão mandou buscar em Roma as respectivas Bulas Apostólicas com vista à ereção canónica. A tradição difundiu a ideia de que o Papa Paulo III, juntamente com a concessão às clarissas das Bulas para fundação do Convento da Esperança na Ilha de São Miguel dos Açores, quando da deslocação de duas delas a Roma , também lhes havia ofertado uma imagem-sacrário do Ecce Homo. No entanto, a nau que transportava a sagrada imagem naufragou nas costas da ilha quando se preparava para aportar. Desapareceu o navio nas profundezas do Oceano levando consigo a imagem doada pelo Papa que continha em seu relicário um pedaço da Santa Cruz de Cristo. Dias depois, após a consternação causada pela tragédia, algumas irmãs que descansavam a beira mar avistaram entre as pedras do costão uma caixa de onde irradiava uma luz com singular aspecto de cruz. Resgataram das pedras a tal caixa e quando a abriram estava lá a imagem do Cristo Ecce Homo com sua relíquia do Santo Lenho. Essa imagem é então objeto da veneração dos ilhéus de São Miguel há quase cinco séculos e em todo esse tempo é anualmente levada em solene procissão que dura mais de cinco horas, constituindo-se como, a maior procissão, a mais grandiosa e a de maior devoção que se realiza em terras portuguesas. Em todos esses anos muitos prodígios e milagres foram atribuídos ao Senhor Bom Jesus dos Milagres e em gratidão, os devotos lhe recobriram que jóias e estas são consideradas as mais ricas da imaginária sacra em toda península Ibérica. Assim é constituído o tesouro do Senhor Jesus dos Milagres: O Resplendor, em platina cromada de ouro, pesa 4,850 gramas e está incrustado de 6.842 pedras preciosas de todas as qualidades: topázios, rubis, ametistas, safiras, etc. Além do valor artístico, esta jóia está carregada de elementos simbólicos ligados à teologia. O primeiro é a da Santíssima Trindade, representada por um triângulo no centro que contém três caracteres com o seguinte significado: "Sou o que Sou" e também "Pai, Filho e Espírito Santo". Deste triângulo irradiam os resplendores para as extremidades da peça. O segundo elemento é a Redenção de Cristo, representada pelo cordeiro sobre a cruz e pelo livro dos Sete Selos do Apocalipse. Um terceiro é a Eucaristia, simbolizada por uma ave, o pelicano, pelo cálice e pelo cibório. O último elemento simbólico do RESPLENDOR é a Paixão de Cristo passando pela coroa representada em pormenor: desde a túnica ao galo da Paixão, passando pela coroa de espinhos integralmente feita de esmeraldas. Se o Resplendor é a jóia mais rica do Tesouro, a Coroa é a sua peça mais delicada. Em ouro, pesando apenas 800 gramas, possui 1.082 pedras preciosas, todas elas trabalhadas com minúcia, onde os próprios espinhos são pequeníssimas pedras que diminuem de tamanho nas extremidades. O Relicário é, por outro lado, a peça mais enigmática do Tesouro. É a única que está permanentemente colocada no peito da imagem e serve para guardar o Santo Lenho, que se crê ser uma farpa da verdadeira cruz em que Jesus foi crucificado. O Cetro, a quarta peça do Tesouro, é constituída por 2.000 pérolas que formam um maciço de cana, 993 pedras preciosas ao longo do tronco e no conjunto de brilhantes com renda de ouro na base, onde está colocada a Cruz de Cristo. Finalmente, as Cordas, com 5,20 metros de comprimento, constituem a quinta peça do corpo principal do Tesouro. São duas voltas de pérolas e pedras preciosas enroladas em fio de ouro. Estas jóias possuem um valor incalculável. As Jóias do Senhor Santo Cristo dos Milagres, como também a coleção de capas usadas pela imagem, podem ser admiradas no Convento de Nossa Senhora da Esperança.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada